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HM1 Parte 2 2024 Completo

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Renascença ou Renascimento

• Termo Renaissance aparece em 1855 pelo historiador francês


Jules Michelet.
• Para o nosso estudo inclui os séculos XV e XVI (1400 a 1599)
• Período de grande efervescência cultural e das artes inspirada na
retomada de valores e modelos da antiguidade (Grécia e Roma)
• Formação de um estilo internacional juntando elementos das
tradições francesa, inglesa e italiana
• Maior uso de 3as. e 6as.
• Contraponto imitativo
• Homofonia
• Desenvolvimento da imprensa musical estimulando a produção
de um repertório de gosto mais popular e em vernáculo
• Reforma protestante trouxe um novo tipo de música religiosa
(Protestante) e, como reação, novos estilos para a música católica
Música no Renascimento
• Fontes de referência à música dos gregos limitadas apenas aos
tratados, nenhuma música
• Músicos empregados nas capelas das cortes, mantidos pelos
aristocratas e não pela igreja
• Entretenimento secular assim como funções sacras
• Educação musical nos coros das igrejas e capelas
• Século XV – proeminência dos compositores do norte da Europa
(França e Países Baixos)
• Século XVI – Roma e Veneza se tornam centros de formação
• Mulheres recebem formação musical (em conventos e orfanatos)
• Instrumentistas eram treinados como aprendizes
• Patronagem: encomendas, competições
O Novo Contraponto
• 3as e 6as ganharam status de consonâncias exigindo novas
abordagens ao contraponto
• Johannes Tinctoris: Liber de arte contrapuncti (Livro da arte do
contraponto, 1477):
• Cita compositores ativos na época
• Cria regras para o tratamento de dissonâncias e suspensões
• Gioseffo Zarlino's Le istitutioni harmoniche (1558) sintetiza as
regras do contraponto desenvolvido pós-Tinctoris
• Todas as vozes passam a ser iguais em importância (a partir da
segunda metade do século XV); composição das vozes
simultaneamente e não mais a partir de tenor (cantus firmus)
dado ou pré-composto . (Leitura: Pietro Aaron, pg 191)
• Duas texturas emergem: Contraponto Imitativo e Homofonia
Contraponto Imitativo
• Vozes fazem eco repetindo um motivo ou frase
• Repetições são a um intervalo de 4ª, 5ª ou 8ª.

Homofonia
• Vozes movem-se essencialmente sob o mesmo ritmo
• Vozes mais graves acompanhando o cantus com intervalos
consonantes
Afinação e temperamento
Sistema Justo: Relações matemáticas para a escala diatônica >
1:1, 9:8, 5:4, 4:3, 3:2, 5:3, 15:8, 2:1.

Sistema Pitagórico: Usava-se o ciclo de quintas (3:2) de Eb até G#, ficando com as
oitavas afinadas e com todas as quintas perfeitamente afinadas exceto a última
(G#-Eb), que ficava dissonante e cujo batimento «uivava» como um lobo porque
ficava demasiado curta (chamada 5ª do lobo).

Sistema Ptolomomaico: proposto por Ptolomeu (Séc. II DC), baseado em terças


(5:4) naturais.

Sistemas Mesotônicos: proposto por Pietro Aron (Séc. XVI) a partir das quintas
temperadas (levemente estreitadas) para obter melhor resultado com a terças.
Alguns tons mantém a relação 9:8 e outros 10:9.

Sistemas de temperamento desigual: “o cravo bem temperado”, Weckmeister e


outros.

Ouça a comparação numa linha cromática harmonizada


Capítulo V – Da Idade Média ao Renascimento
Música da Inglaterra e do ducado da
Borgonha no séc XV

Onde é a Borgonha?
(Burgundy)
Embora fossem oficialmente
súditos dos reis da França, os
duques da Borgonha se equiparava
a estes em poder e influência. Seus
territórios se extendiam por boa
parte da França e Países Baixos
(Holanda, Bélgica, Luxemburgo).
Havia grande incentivo e muitos
recursos para as artes com o
estabelecimento de conjuntos
musicais na igrejas para produção
não apenas de música sacra mas
também secular. Por vezes um
conjunto inteiro era transferido
para outra cidade onde conseguia
contratos mais rentosos.
A música inglesa deu contribuições importantes para o
desenvolvimento de um estilo internacional na primeira metade do séc.
XV. A influência do estilo inglês nos compositores do continente europeu
foi celebrada num poema em francês Contenance Angloise (1442) de
Martin le Franc dedicado ao Duque Felipe o Bom da Borgonha onde
exaltava a qualidade inglesa da ‘consonância animada’ (lively
consonance). O novo estilo internacional que misturava características
francesas, italianas, e inglesas floresceu em especial na área de influência
dos duques da Borgonha e a maioria dos compositores importantes do
final do séc. XV vieram desta área. Os músicos da Borgonha viajavam com
seus patrões e muitos se transferiram para outros empregos em outras
regiões interagindo com músicos de toda a Europa de modo a contribuir
com o desenvolvimento de um estilo internacional.
UM PARÊNTESIS para falar sobre as várias significações deste termo.
MOTETO:
1. Início dos 1200 > Obra polifônica derivada das cláusulas (com
palavras acrescentadas nas vozes superiores)
2. Meados dos 1200-1300 > Obra polifônica com vozes superiores com
texto próprio (sacro ou profano) em Latim ou Francês, sobrepostas a
um tenor (material pre-existente)
3. 1310-1450 > Moteto isorítmico
4. 1400 em diante > Tratamento polifônico de um texto em latim que
não fosse do Ordinário da Missa.
5. Meados de 1500 > Tratamento polifônico de um texto sacro em
latim ou outra língua.
Música Inglesa no início do século XV
Características:
• Preferência por terças e sextas,
especialmente em movimento paralelo
• melodias simples
• algumas dissonâncias
• Tratamento silábico do texto
• Homofonia
Exemplo: John Dunstable (ca. 1390-1453)
Quam pulchra es < Moteto
Fauxbordon:
Técnica de harmonização homofônica em que a
voz superior (cantus firmus) é dobrada uma 4ª
abaixo pela voz intermediária e uma 6ª ou uma
8ª (final de frase) abaixo pelo voz mais grave. O
resultado sonoro se aproxima da sonoridade dos
acordes 6/3 da música inglesa.
A diferença é que o Cantus Firmus está no
soprano enquanto na Inglaterra, quando usava-
se uma melodia como base, esta vinha na voz
central ou na voz mais grave.
Exemplo de Fauxbourdon:
Ave Maris Stella de Guillame Dufay
Borgonha, século XV
Principais compositores:
• Guillaume Du Fay (ca. 1397-1474)
• Binchois (ca. 1400-1460)
Binchois
De plus en plus, Rondeau
(Influência inglesa, anacruze, harmonia
relativamente cheia e melodia ‘em tríades’)
Binchois
De plus en plus,
Rondeau
(Influência inglesa,
anacruze, harmonia
relativamente cheia
e melodia ‘em
tríades’)
Borgonha, século XV

Du Fay

Missa Se la face ay pale < baseado numa


ballade do próprio
Gloria (e outros movimentos: o tema aparece
mascarado de diversas formas, com ritmos
alargados, distribuído entre as vozes etc, como
uma charada, às vezes aparecendo de forma
identificável)
Borgonha, século XV

Du Fay
Representa o estilo
interncaional dos meados
de 1400
Resvellies vous, 1423
Ballade (aab com refrão) <
francesa
Complexidade Rítimica e
ornamentos dissonantes <
francesa
Melodias suaves e
melismas virtuosísticos
no final das frases <
italianas
Resumo - Da Idade Média ao Renascimento
Música da Inglaterra e do ducado da Borgonha no séc. XV

Dunstable, Binchois e Du Fay ajudaram a formar e espalhar um


estilo internacional fundindo elementos franceses (inventividade
rítmica), italianos (suavidade melódica) e ingleses (harmonização
clara e “quase tonal”). Esta sonoridade nova estimulou os
compositores a escrever homofonicamente enfatizando as
similaridades entre as partes e não as diferenças.

Sonoridades predominantemente consonantes , incluindo


acordes 6/3 paralelos; controle das dissonâncias; igual
importância das vozes; maior identidade melódica e rítmica das
linhas; texturas a quatro vozes; uso ocasional de imitações. Estas
características representam um afastamento do estilo musical da
Idade Média e sinalizaram a nova era do Renascimento.
Capítulo VI – A Era Renascentista de Ockeghem a
Josquin

A Cultura Musical da Renascença


- Humanismo impulsionou o desejo por uma
música capaz de mover a alma (leituras pg. 184,
Bispo Cirillo e 185, Zarlino). Palavras e música
- Impressão Musical, produção e distribuição de
tratados e coleções de partituras
- Tinctoris e Zarlino estabelecem regras para o
tratamento das dissonâncias (como passagem ou
suspensões)
Renascimento – 1ª Geração
• A palavra determinando os outros elementos da
música.
• Polifonia sem a predominância do tenor (Cantus
Firmus)
• Baixo passa ter função estruturante
• Uso de consonâncias imperfeitas em cadências (não na
final)
• Gêneros sacros: Missa cíclica e Motetos
• Chanson rompe as formas fixas
• Busca por mecanismos polifônicos mais transparentes
como cânones ao invés de isoritmia
Capítulo VI – A Era Renascentista de Ockeghem a Josquin
Compositores do Norte – A geração após Du Fay
Ockeghem (ca. 1420-1497) – celebrado em toda Europa
por sua 13 Missas, 1 Requiem, 5 motetos e 21 Chansons

Missas – uso de um único Cantus Firmus como base para


todos os movimentos (como Du Fay), cíclica; 4 vozes iguais
em importância; ampliação das tessituras; textura mais
cheia e espessa com sonoridade mais escura e homogêna;
uso de cânones.
Exemplo: Missa Prolationen, Kyrye (A 4 vozes em duas
pautas, cada uma com duas claves e duas “fórmulas de
compasso”)
Capítulo VI – A Era Renascentista de Ockeghem a Josquin
Ockeghem: Missa Prolationen, Kyrye (A 4 vozes em duas
pautas, cada uma com duas claves e duas “fórmulas de
compasso”)
Missa Prolationum – Johannes Ockeghem (1425-1497)
Cânone Duplo com prolação (aumentação rítmica)
Exemplo - Kyrie
Capítulo VI – A Era Renascentista de Ockeghem a Josquin
Seguidores de Ockeghem: Jacob Obrechet , Heinrich Isaac
e Josquin des Prez.

Innsbruck , ich muss dich lassen (Isaac)


Belo exemplo de estilo italiano em alemão

Ave Maria virgo serena - Moteto (Josquin)


Imitativo mas com preocupação com o sentido do texto,
naturalidade no canto.
Capítulo VI – A Era Renascentista de Ockeghem a Josquin
Tipos de missa de acordo com a forma em que o material original
era incorporado:
• Missa de Imitação ou Missa de Paródia > “empresta”
extensivamente um fragmento polifônico preexistente que é
“retrabalhado” para criar algo novo em cada movimento da
missa.
• Missa de Cantus Firmus < Uma melodia preexistente é
apresentada em todos os movimentos da missa (no caso de
Josquin, a maioria se baseia em melodias seculares)
• Missa de Paráfrase > uma melodia emprestada é parafraseada
(as frases tratadas como motivos) em todas as vozes em cada
movimento
As missas de Josquin são os exemplos mais importantes destes tipos
de missa cultivados no final do séc. XV e início do séc. XVI. A partir
dele os compositores se voltaram cada vez mais para a Missa de
Imitação.
Missa Pange Lingua – Josquin
é um dos melhores exemplos
de Missa de Paráfrase > o
material usado provém do
hino com este nome de São
Thomás de Aquino.

Hino original:
Capítulo VII – Novas correntes no século XVI

Impressão musical: música cantada por amadores >


vernáculo > estilos nacionais

• Villancico – Espanha
• Novo tipo de Chanson na França (silábico, homofônico
e + cantável)
• Frottola – Italia
• Madrigal
Capítulo VII – Novas correntes no século XVI

Petrucci – publicação a partir de 1504 de livros de partituras dos


dois principais gêneros da época na Itália: a Frottola e a Lauda

Frottola (Poética) – canções estróficas, seculares, diatônicas, com


ritmo marcado e acompanhamento instrumental (precursora do
Madrigal)
Marco Cara > Io no compro piu speranza

Lauda (Religiosa) Filippo da Lurano > Salve sacrata

Harmonização a partir do baixo com função de fundamental


A 4 vozes com partes instrumentais
Madrigal
• levou a Itália a assumir uma papel de liderança na
música europeia pela primeira vez;
• tratamento detalhado do texto em cada verso
(refletindo o ritmo e o sentido das palavras);
• grandes poetas (ex: Torquato Tasso, Giovanni Guarini,
Ludovico Ariosto);
• variedade de texturas (homofonia e contraponto);
temas sentimentais e heróicos (tratamento sensual
valorizando sentimentos e sensações)
• todas as vozes com igual importância;
• PALAVRA
Capítulo VII – Novas correntes no século XVI

Madrigal – primeira geração: presença de imigrantes do norte


Jacques Arcadelt (1505-1568) – belga, imigrou para a Italia, transpôs
as habilidades da polifonia sacra para os madrigais seculares
Il bianco e dolce cigno

Cipriano de Rore (1516-1565) – flamengo, trabalhou em Ferrara e


Parma, influenciou fortemente Monteverdi
O sonno – poema de Giovanni della Casa
Datemi pace, o duri piei pensieri – poema de Petrarca

Cromatismo: como elemento de expressão, alteração de estados de


ânimo (leitura Zarlino pág 238)
Cromatismo: como elemento de expressão, alteração de
estados de ânimo (leitura Zarlino, pág 238, Grout e Palisca)
Capítulo VII – Novas correntes no século XVI

Madrigal – segunda geração > italianos natos

Luca Marenzio (1553-1599)


Solo e pensoso – texto de Petrarca

Carlo Gesualdo (1561-1613)


“o cara” do cromatismo expressivo
Io parto e non piu dissi
Capítulo VII – Novas correntes no século XVI

Madrigal – segunda geração > italianos natos

Claudio Monteverdi (1567-1643)


Cruda Amarilli
Surge o termo Seconda Pratica
Capítulo VII – Novas correntes no século XVI
Espanha: Villancico
• cultivado pela aristocracia, foi a forma mais importante
canção polifônica secular do Renascimento na
Espanha.
• Villancicos eram estróficos, silábicos e
predominantemente homofônicos
• Juan del Encina (1468–1529) foi o principal compositor
Exemplo: Oy comamos y bebamos
Capítulo VII – Novas correntes no século XVI
França: Novo tipo de Chanson
• sílábico, homofônico, mais cantável e geralmente de espírito
ligeiro.
• Claudin de Sermisy (1490–1562) foi um dos principais
compositores deste gênero> Tant que vivray
• Clément Janequin (1485–1560) tornou-se célebre por suas
chansons descritivas com imitação de paisagens sonoras
(guerras, pássaros, feirantes etc.) > Les Cris de Paris, Le chant des
oiseaux
• Orlando di Lassus (1532-1594) fundiu diversas tradições
incluindo o madrigal italiano em suas chansons. Sempre atento
as intenções poéticas do texto fossem elas humorísticas ou
sombrias.> La nuict froide et sombrie
Capítulo VII – Novas correntes no século XVI
Inglaterra: English Madrigals e Lute songs
• A cultura italiana tornou-se ‘moda’ neste período, e os madrigais
foram muito cultivados havendo até edições de madrigais
italianos com letras traduzidas para o inglês.
• Thomas Morley (1558–1602) dedicou uma coleção de madrigais
(Os Trinfos de Orianna) à rainha Elisabeth I, chamada de Rainha
Virgem > As Vesta was
• John Dowland (1563–1626) foi o principal compositor de lute
songs, ou airs, um gênero de canções para voz solo e rico
acompanhamento de alaúde > Flow my tears. Muitas lute songs
recebiam arranjos para outras formações vocais ou
instrumentais (variações ver próximo slide).
Capítulo VII – Novas correntes no século XVI
5 Tipos de Música Instrumental:
- Danças Ex: Tylman Susato (arranjador e editor): Pavane and
Galliarde (par de danças) La morisque, from Danserye
- Arranjos de obras vocais Ex: Luis de Narváez: Cancion Mille
regres (original de Josquin > )
- Uso de melodias pre-existentes
- Variações Ex: William Byrd: Pavana Lachrymae, pavane
variations
- Obras instrumentais abstratas muitas vezes derivadas de
práticas de improvisação; peças polifônicas instrumentais
seguiam modelos de obras vocais como madrigais (material
musical original). Ex. Canzonas per Sonare De Giovanni Gabrieli
(1555-1612)
Capítulo VII – Novas correntes no século XVI

Canzone (Canzonas): principal gênero de musica contrapontística


instrumental do final do séc XVI. Primeiro eram transcrições de
Chansos francesas, depois se tornaram peças novas.
Ritmo inicial: 1 minima 2 seminimas
Ex. Canzonas per Sonare De Giovanni Gabrieli (1555-1612)
Uso de efeitos estereofônicos
Capítulo VIII – Música Sacra no Renascimento Tardio

REFORMA: Martinho Lutero (Alemanha); João Calvino


(França, Países Baixos e Suíça) e Henrique VIII (Inglaterra)
- Contra a venda de indulgências; contra o poder da Igreja
e do Papa. 5 solas (somente: a fé, a escritura, Cristo, a
graça, glória somente a Deus)

CONTRA-REFORMA: Reação de reformas internas da Igreja


Católica ante a Reforma luterana.
Capítulo VIII – Música Sacra no Renascimento Tardio

Música da REFORMA - Martinho Lutero (Alemanha):


Grande importância dada à música (2º lugar, depois do verbo
divino); compartilhava as idéias de Platão e Aristóteles sobre
o poder educacional e ético da música; ênfase no canto da
congregação e consequentemente no uso do vernáculo.

O próprio Lutero escreveu muitos Corais, hinos estróficos em


alemão para serem cantados pela congregação.
Muitas vezes usava-se melodias seculares conhecidas
procedimento conhecido como contrafacta (Ex: O Welt ich
muss dich lassen, baseado em Innsbruck, ich muss dich
lassen de Heinrich Isaac).
Capítulo VIII – Música Sacra no Renascimento Tardio

Música da REFORMA –
Coral assume na música
luterana dos séc. XVII e XVIII o
papel que o cantochão tivera. Ex.
Ein Feste burg (Lutero) (ao lado
manuscrito com assinatura).

Hino (muitas vezes baseado em


melodia famosa)
Harmonização a 4 vozes
Tratamento polifônico

Motete Coral (novas


composições usando o hino
como material para criação) –
compositores importantes como
Orldando di Lasso, Michael
Praetorius e Hans Leo Hassler
( ex. Ein Feste burg de Hassler)
Capítulo VIII – Música Sacra no Renascimento Tardio

Música da REFORMA –
Cria-se uma distinção e formas de combinação entre a música para a congregação
e o coro

Música do Calvinismo
Calvino queria o foco unicamente na adoração do Senhor, sem distrações. > canto
de Salmos em melodias monofônicas
Ex. Loys Bourgeois: Psalm 134, Or sus, serviteurs du Seigneur, metrical psalm
Para uso caseiro (fora da igreja) compositores escreviam arranjos com
instrumentos (exemplo ou a 4 vozes (exemplo Jan Sweelinck 1562-1621)
Capítulo VIII – Música Sacra no Renascimento Tardio

CONTRA-REFORMA – Concílio de Trento (1546-1563 em 3 períodos), principal


documento da contra-reforma, determinou a necessidade da clareza das palavras
na música litúrgica bem como a sintonia entre música e texto.

Principais compositores da contra-reforma:

• Adrian WILLAERT (1490-1562), venerado pelos madrigalistas italianos tendo


sido professor de da Rore e influenciado Lassus, Gabrielli e muitos outros.
Ex: O magnum mysterium – moteto

• Pierluigi PALESTRINA (1525-1594), lenda diz que teria salvado a polifonia de


ser condenado pelo Concílio de Trento compondo uma missa a 6 vozes que era
reverente em espírito e preocupada com a inteligibilidade das palavras. Missa
Papae Marcelli (ouvir Agnus Dei). Até hoje é referência no ensino do
contraponto modal em espécies. Em 1725 Johann Joseph Fux publica um
método de contraponto chamado Gradus et Parnassus, escrito em forma de
diálogo do Aluno, ele, e o mestre, Palestrina. Este livro foi usado como objetto
de estudo por grandes compositores como Bach, Mozart e Beethoven.
Capítulo IX – A “invenção” da “Ópera”

Desejo de reconstruir a tragédia grega


Camerata Fiorentina – grupo de intelectuais de Florença empenhados nesta
busca, liderados por Giovanni Bardi, incluia Girolamo Mei, Vincenzo Galilei (pai de
Galileu), Giulio Caccini, Emilio de' Cavalieri, Jacopo Peri, Francesco Rasi e Ottavio
Rinuccini.
• “seguir Platão”
• Baixo contínuo ou baixo cifrado (pag. 314)
• Estilo Recitativo – recitar cantando, cantar recitando (leitura Peri pag. 322)
• Orfeo, que resgata Euridice do mundo das trevas é a perfeita analogia do
homem renascentista que através do humanismo e da filosofia sente-se
resgatar-se das trevas do teocentrismo medieval. Torna-se o personagem das
primeiras ‘tragédias em música’ (o termo ópera ainda não era usado)
Emilio de Cavalieri – Rappresentatione di Anima e di Corpo (1600), texto de
Agostino Manni
Jacopo Peri – Dafne (1597 – primeira ópera) e Le musiche sopra l’Euridice (1600)
ambas com texto de Rinuccini.
Giulio Caccini – Euridice (1602), texto de Rinuccini (o mesmo usado por Peri)
Claudio Monteverdi – L’Orfeo, favola in musica (1607), texto de Alessandro Striggio
SUGESTÃO DE LEITURA:
TESE DE DOUTORADO DO PROF. STASI

Palavra, harmonia e o platonismo ficiano na monodia


dramatica da seconda pratica

https://repositorio.unicamp.br/Acervo/Detalhe/437178

Videos com áudio e análises da relação palavra e harmonia >


• Tu se' morta (Orfeo de Monteverdi)
• Non piango e non sospiro (Euridice de Jacopo Peri)
• Ecco l'altra palude (Orfeo de Monteverdi).
Capítulo 11 – A música instrumental no barroco tardio

• A música instrumental “sai da sombra” da música vocal e ganha


independência e protagonismo.
• Cada vez mais, a escolha dos instrumentos se torna determinante no
processo criativo oferecendo diferentes possibilidades de exploração
de recursos.
• Ascenção do violino e teclados (órgão e cravo); melhorias e
desenvolvimento dos instrumentos de sopro
• Destaque:
• Música para instrumento solo para alaúde e teclados
• Música para conjuntos (formação da orquestra)
Capítulo 11 – A música instrumental no barroco tardio

Desenvolvimento na construção de instrumentos:


• Órgãos de tubo sofisticados < sobretudo na Alemanha
• Cravos c/ 2 teclados < desenvolvidos sobretudo nos Países Baixos e
muito populares na França
• Família dos violinos na Itália (Cremona): Nicolò Amati, Antonio
Stradivari e Bartolomeo Giuseppe Guarneri
Capítulo 11 – A música instrumental no barroco tardio

Tipos de música instrumental:


1. Variações
2. Música abstrata (ver subtipos, na sequência).
3. Danças
Capítulo 11 – A música instrumental no barroco tardio

Gêneros improvisatórios:
1. Tocattas ou peças improvisatórias executadas no cravo ou órgão
2. Tocattas de Girolamo Frescobaldi (1583-1643): várias seçoes
curtas cada uma sobre uma figura rítmica
3. Johann Jacob Froberger (1616-1667): estudou com Frescobaldi;
Tocattas que alternam passagens improvisatórias com seções de
contraponto imitativo.
Capítulo 11 – A música instrumental no barroco tardio

Gêneros contínuos:
1. Ricercare e Fuga; Ricercare é uma forma na qual um único tema
(sujeito) é desenvolvido continuamente em imitação (ex:
Frescobaldi)
2. Fantasia (para teclado); tinha uma escala maior e organização
formal mais complexa que o ricercare (ex: Sweelinck (1562-1621)
3. English consort fantasias; gênero principal para o conjunto de
viols foi a fantasia imitativa também chamada de Fancy (John
Coprario 1575-1626)
Capítulo 11 – A música instrumental no barroco tardio

Gêneros seccionados:
1. Sonata; no século XVII refere-se a uma obra para um ou dois
instrumentos melódicos acompanhados por um baixo contínuo; a
escrita para solo era idiomática e imitava também o estilo vocal
2. Sonatas para conjuntos; em Veneza a Sonata se assemelha à
Canzona com várias seções baseadas em sujeitos diferentes
3. Biagio Marini (1594-1693); trabalhou na catedral de São Marcos
(Veneza); destaque para as suas Sonatas para violino, repletas de
‘gestos instrumentais’ idiomáticos.
Capítulo 11 – A música instrumental no barroco tardio

Música para órgão:


1. Teve sua era de ouro na regiões luteranas da Alemanha entre 1650 e
1750; destaque para Dietrich Buxtehude (1637-1707) cuja música para
órgão influenciou fortemente J.S. Bach (1685-1750)
2. Servia de prelúdio para parte da liturgia
3. Tocattas e Preludios; peças curtas em estilo livre alternando com peças
longas em contraponto imitativo
4. Fuga; abre com uma exposição na qual o sujeito na tônica é imitado pela
resposta na dominante; as outras vozes alternam sujeito e resposta;
algumas fugas contém episódios.
5. Composições Chorales; baseadas em Chorales luteranos tais como
Variações Corais, Fantasias Corais e Prelúdios Corais
Capítulo 11 – A música instrumental no barroco tardio

Cravo deslocou gradualmente o alaúde da posição de principal instrumento


solo, enquanto Elisabeth-Claude Jacquet de la Guerre (1665-1729) e
François Couperin (1668-1733) publicavam coleções de obras voltadas para
o público amador.
• A música para cravo incorporava elementos típicos do alaúde como o
estile brisè (quebrado, arpegiado) e as ornamentações (Agrements).
• Ambos serviram na corte de Luiz XIV.
• Estilização de danças, publicadas em coleções que seguiam
preferencialmente uma determinada ordem (Suites).
SUITE > Prelude, Allemande, Courente, Sarabande, Gavotte, Gigue, Minuet
(com alguma variação) Ex: Suites de Jacquet de la Guerre
Vários foram os compositores e
instrumentistas que publicaram
Tábuas de Ornamentos
detalhando formas de
ornamentação que eram
comumente usadas na
execução musical.

< Ao lado uma destas tábuas


publicada por francês Jean-
Henri d'Anglebert (1629 -1691)
Capítulo 11 – A música instrumental no barroco tardio
Arcangelo Corelli (1653-1713) – somente música instrumental , associado à
ascenção do violino e da orquestra de cordas.
• Suas sonatas serviram de modelo a ser seguido pelo próximo meio século
Tipos de Sonata
• Trio Sonata – 2 violinos e bx continuo ênfase no liricismo e não na
virtuosidade, podiam ser de dois tipos:
• Sonata da Chiesa (igreja) – 4 mov (lento-rápido-lento-rápido), geralmente 1.
Majestoso 2. Fuga. 3. Dueto Lento ternário. 4. dança rápida.
Ex: Sonata Op. 3 Nº 5
• Sonata da Camara – prelúdio + 2 ou 3 danças. Ex: Sonatas Op. 2
• Sonata Solo – ênfase na virtuosidade, 5 movimentos (lento, rápido,
rápido, lento, rápido) Sonatas para violino Op. 5
Capítulo 10 – Opera e música na segunda metade do século XVII

• A ópera se espalhou através da Itália e resto da Europa.


• Veneza permaneceu como o grande centro operístico e tradições
operísticas distintas emergiram na França, Inglaterra e Alemanha.
• Esses estilos influenciaram a música vocal, de a música câmera e a
música sacra.
Capítulo 10 – Opera e música na segunda vocal metade do século XVII

ITÁLIA:
• Era a fonte estilística tanto para as óperas como para as cantatas
(obras mais curtas, não encenadas, e com menos cantores e músicos)
e em ambos os casos se usa a forma de recitativo e aria.
• Os cantores eram as estrelas e recebiam cachets altíssimos
• O tipo de ária mais usado era a aria da capo (ABA).
• Cantatas: Roma era o centro e Alessandro Scarlatti (1660-1725) foi o
compositor de maior destaque deste gênero, com mais de 600
cantatas cheias de recursos harmônicos usados com grande efeito
expressivo.
Capítulo 10 – Opera e música na segunda vocal metade do século XVII
FRANÇA:
• Diferenças na língua levando a uma sonoridade diversa da ópera italiana.
• Havia a obrigatoriedade (que durou muito tempo) de haver danças e também havia o
controle do estado (“O estado sou eu” Luis XIV).
• Jean Baptiste Lully combinava drama, música e dança no que foi chamado de Tragedie
em Musique. Ele obteve do rei o direito exclusivo de produzir dramas musicais na França.
Ex. Persee
• Óperas começam com uma Overture em 4 partes e tinham em cada ato uma seção de
dança chamada divertissement. Eram grandes produções envolvendo orquestra, cantores,
coro, dançarinos e efeitos especiais.
Lully regia conjunto de cordas les 24 violons du Roy que se tornaram o modelo para a
orquestra moderna com vários violinos dobrando uma mesma parte. Morreu por um
gangrena consequência de ter atingido o pé com o bastão que usava para reger a orquestra.
Marc-Antoine Charpentier (1643 - 1704) também se destaca compondo não só óperas (ex.
Medeia) como oratorios e música sacra. Fundia o estilo italiano com o Francês e o
operístistico com o sacro (Ex. Te Deum).
Capítulo 10 – Opera e música na segunda vocal metade do século XVII
INGLATERRA:
• Masques eram entretenimentos de côrte que se assemelhavam aos Ballets de corte
francesa com elementos de drama.
• Dido and Aeneas (1689) de Henry Purcell incorporava elementos do Masque com os da
ópera francesa (overture e coros homofonicos) e italiana (arias).
ALEMANHA:
• Mostra duas tendências conflitantes os luteranos ortodoxos preferiam destinar todos os
recursos para música coral e instrumental (elemento coletivo) enquanto os pietistas
preferiam a música simples que mostrasse o sentimento individual do crente.
• Johann Pachelbel (1653–1706) e Dieterich Buxtehude se destacam.
• Em Hamburgo são encenadas as primeiras óperas em alemão adaptando o estilo italiano
do recitativo com o estilo de canções francesas e alemãs. Destacam-se Reinhard Keiser
(1674–1739) e Georg Philipp Telemann (1681–1767).
Capítulo 12 – A primeira metade do século XVIII

1. Itália – Antonio Vivaldi e o Concerto


2. França – François Couperin e Jean Philippe Rameau
3. Alemanha- Johann Sebastian Bach
4. Inglaterra – George Friederic Handel
Capítulo 12 – A primeira metade do século XVIII
Itália – Antonio Vivaldi e o Concerto
• Baseado em Veneza trabalhou numa espécie de orfanato para moças onde montou uma orquestra e compôs oratorios, música sacra e
concertos.
• Giuseppe Torelli (1658–1709), compositor de Bologna foi o responsável por estabelecer a forma do concerto: 3 movimentos (rápido-lento-
rápido) e uso da forma de Ritornello nos movimentos rápidos (2 trechos de solo são enquadrados por um tema recorrente tocado pela
orquestra).

• 3 tipos de concerto:
• orquestral (sem solo)
• concerto grosso (grupo de solistas concertino alterna com o conjunto maior ripieno)
• concerto solo.
• Vivaldi usa com maestria efeitos sonoros do conjunto orquestral e dá pela primeira vez grande importância aos movimentos lentos.
• Usava títulos sugestivos e referências extra-musicais que tinha apelo no mercado da publicação de partituras.
Capítulo 12 – A primeira metade do século XVIII

França – François Couperin e Jean Philippe Rameau


• Couperin destacou-se nas composições para cravo e Rameau nas óperas incluindo
Hippolyte et Aricie (1733) and Castor et Pollux (1737) e Les Indes Galantes (1735).
• Rameau (1683–1764)
• publicou 1722 o Tratado de Harmonia que estabeleceu a base para a teoria da música
tonal.
• Teorias de Rameau
Por considerar que os princípios da harmonia derivam das leis da acústica, trata o
acorde como o elemento principal determinando que a fundamental, e não
necessariamente o baixo definia a harmonia. Foi ele que cunhou os termos tônica,
dominante e subdominante (base da harmonia funcional) e reconheceu a modulação
como uma mudança na função de um acorde.
• Em muitos aspectos, suas óperas se assemelham com as de Lully mas trazem novidades
como passagens instrumentais com orquestrações mais elaboradas e referências ao
que sugere o texto além de uma transição suave entre o recitativo e aria.
Capítulo 12 – A primeira metade do século XVIII

Alemanha – Johann Sebastian Bach (1685–1750)


• Compôs em todos os gêneros da sua época, menos óperas, para atender as
necessidades locais dos cargos que ocupou em diversas municipalidades.
• Em Arnstadt, Mühlhausen, and Weimar destacam-se as obras para órgão, os
arranjos corais (hinos luteranos) e concertos para teclado nos quais adaptou os
modelos estabelecidos por Vivaldi.
• Em Köthen o príncipe Leopoldo era calvinista e não havia música instrumental nas
igrejas e Bach dedicou-se à música de câmara e orquestral. Nessa época surge o
Cravo bem temperado (2 livros com 24 pares de Prelúdios e Fugas em todas as
tonalidades maiores e menores); suítes para cravo, suítes para orquestra (sempre
seguindo o modelo de danças da suíte francesa), Variações Goldberg concertos de
Brandenburgo e a Oferenda Musical.
Continua>
Capítulo 12 – A primeira metade do século XVIII

Alemanha – Johann Sebastian Bach (1685–1750) - continuação


• Em Leipzig tinha várias funções incluindo ensinar música e latim, compor e ensaiar a
música para as igrejas luteranas (Thomas Kirche)
• Ao todo temos conhecimento de 209 cantatas incluindo mais de 1200 movimentos
individuais. Uso da retórica musical (Deletare, Movere e Docere) para ilustrar o texto
que seria objeto do sermão.
• Oratórios da Paixão de Cristo segundo São Lucas, segundo São Matheus e segundo São
João (as duas últimas com cerca de 3 horas de música cada).
• Missa em Si menor
• Poucas de suas músicas foram publicadas em vida. Felix Mendelssohn que foi regente
da orquestra de Leipzig foi um dos responsáveis pela “redescoberta” de várias obras
primas.
• Suites e Partitas para violino, violoncelo e flauta são parte obrigatório do repertório
destes instrumentos até hoje. Chaconne
Capítulo 12 – A primeira metade do século XVIII

Alemanha – Johann Sebastian Bach (1685–1750)


Arie – do Oratório “Paixão Segundo São Matheus”
• Erbarme dich, mein Gott, Tende piedade, meu Deus,
um meiner Zähren willen! por causa das minhas lágrimas!
Schaue hier, Herz und Auge Olha aqui, coração e olhos
weint vor dir bitterlich. choram amargamente diante de Vós.
Erbarme dich, mein Gott. Tende piedade, meu Deus.
A Arte da Fuga – Obra incompleta que traz 12 e fugas e 2 Cânones sobre um
mesmo tema, incluindo fugas por aumentações, diminuições, inversões e
movimento retrógrado.
Capítulo 12 – A primeira metade do século XVIII
Inglaterra – George Friederic Handel (1685-1759)
• Nascido na Alemanha, onde estudou com compositores alemães e italianos, trabalhou na ópera de Hamburg
como violinista e depois e regente tendo composto ali sua primeira ópera. Viajou à Italia onde foi aclamado e
mais tarde foi nomeado Mestre de Capela de Hanover (Alemanha), mas estava sempre ausente pois já começara
a fazer sucesso em Londres onde depois trabalharia para o Rei George I, sendo inclusive diretor da Royal
Academy of Music.
• Suas 42 óperas, cantadas em italiano, combinavam Aberturas e danças francesas, recitativos e árias italianos e
orquestração e contraponto alemães. Muitas das partes masculinas eram originalmente para cantores castratti
(homens castrados quando jovens para manter o registro vocal agudo). Ex. Giulio Cesare.
• Foi o responsável pelo surgimento do English Oratorio tendo escrito 29 obras neste gênero entre elas o famoso
Messiah. O oratório é uma obra de grandes proporções para coro, orquestra e solistas, que conta em forma de
concerto (não encenada) uma história religiosa, mitológica ou um evento histórico. O Coro tem papel importante
e há pouca interação entre os personagens. Handel foi o primeiro a compor oratórios em inglês (Esther, 1718).
• Também importantes obras no gênero instrumental e orquestral destacando-se concertos para órgão, concerti
grossi, sonatas de câmera, e suítes orquestrais entre as quais Royal Fireworks Music e Water Music ambas
compostas para espetáculos ao ar livre.
• Foi muito bem sucedido em termos de prestígio e dinheiro, tendo sido também sócio em muitos projetos.
• Muitas de suas obras apresentam “empréstimos” de material de outras obras, em geral suas, que serviam ao
propósito das ocasiões. Esta era uma prática comum na época.

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