Faculdade de Enfermagem Nova Esperança
Curso Bacharel em Biomedicina – 5° Período
Antônio Leandro Lino Costa
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO l
MOSSORÓ – RN
2022
Antônio Leandro Lino Costa
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO l
Relatório de estágio curricular supervisionado l
como requisito parcial para conclusão do
bacharelado em Biomedicina.
Coordenador (a): Prof. Dr. Almino Afonso de
Oliveira Paiva.
MOSSORÓ – RN
2022
Antônio Leandro Lino Costa
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO l
Este trabalho foi apresentado como relatório de
estágio curricular supervisionado, obtendo a
nota _________, atribuída pelo coordenador de
curso.
_____ de _______________ de 2022.
Coordenador
RELATÓRIO ENTREGUE À SECRETARIA DA FACENE/RN EM
_____/_________/_______.
__________________________________
Assinatura do funcionário
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................... 04
2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS .............................................................. 05
2.1 UROANÁLISE ......................................................................................... 05
2.2 PARASITOLOGIA ................................................................................... 06
2.3 HEMATOLOGIA ...................................................................................... 06
2.4 BIOQUÍMICA .................................................. ....................................... 08
2.5 IMUNOLOGIA ......................................................................................... 09
3 CONCLUSÃO ............................................................................................. 11
4 REFERÊNCIAS .......................................................................................... 12
1 INTRODUÇÃO
A profissão foi regulamentada em 1979 e o Conselho Federal e os
Regionais de Biomedicina foram criados e hoje regulamentam o exercício da
profissão em suas várias especializações¹.
O Curso de Bacharelado em Ciências Biomédicas propõe-se a formar
profissionais de alta capacidade na atividade de pesquisa e docência em nível
superior, nas diversas áreas da Biomedicina¹.
Com o objetivo de informar os profissionais da área da saúde, as
entidades de ensino superior que ministram o Curso de Ciências Biológicas -
Modalidade Médica, as entidades privadas e públicas, que prestam serviços no
campo da saúde e as Autoridades Governamentais, o CRBM - 1ª Região
elaborou este documento que relata a origem e a criação da Biomedicina¹.
A função do CFBM e dos CRBM é zelar pelo profissional responsável,
salvaguardando seus direitos e punir, quando necessário, os abusos e as
irregularidades cometidas no exercício da profissão, em defesa da coletividade¹.
2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
2.1 UROANÁLISE
O sumário de urina ou EAS (elementos anormais e sedimentoscopia)
consiste na análise da amostra de urina, incluindo exame físico, químico e
sedimentoscopia da amostra, onde é possível observar os achados na urina do
paciente, como cristais, células epiteliais, microrganismos, muco, hemácias e
dentre outros.
No exame físico, é avaliado os aspectos observáveis antes da
centrifugação da amostra, como a cor, volume e turbidez. A cor da amostra é um
aspecto importante pois através dela pode-se ter uma ideia se existe alguma
anormalidade no trato urinário, ou até mesmo uma patologia. É notável que
existem diversos parâmetros para avaliação da cor da urina, porém muitos
laboratórios padronizam em 3 ou 4 tipos para facilitar sua rotina, como amarelo
claro, amarelo escuro e amarelo âmbar (um amarelo forte, meio castanho).
Durante a rotina também é possível observar algumas urinas de outras cores,
como vermelha quando há presença de sangue, que pode indicar uma infecção
urinária, verde quando o paciente faz uso de algum medicamento ou ingere
alimentos com corantes muito fortes ou até mesmo uma urina rosa, que pode
indicar presença de sangue ou alimentos com pigmentos fortes, como beterraba.
O exame químico da amostra de urina é feito com a fita reagente, que é
constituída por um suporte plástico contendo áreas impregnadas com reagentes
químicos específicos. Após mergulhar a fita na amostra de urina, uma reação de
cor se desenvolvem quando as áreas de química seca entram em contato com
a urina, podendo assim ter a confirmação se há ou não elementos químicos
formados na amostra.
A sedimentoscopia da amostra de urina é de grande importância para
avaliação do paciente. Após o eame físico e químico, é feita a preparação da
amostra para ser observada no microscópio, onde é realizada a centrifugação,
que através dela todos os sólidos suspensos daquela amostra, que são os
glóbulos vermelhos e brancos, bactérias, cristais e parasitas irão ficar em
repouso. Assis, é desprezado toda a parte superior da amostra e é feita a análise
apenas do sedimento formado, por isso essa análise é chamada de
sedimentoscopia. Através da análise do sedimento da urina, é possível descobrir
muitas patologias, além de auxiliar o diagnóstico de infecções e doenças renais
até casos de doenças crônicas, como hipertensão ou diabetes. É útil ainda para
realizar o acompanhamento da doença e a resposta aos tratamentos.
2.2 PARASITOLOGIA
O exame parasitológico de fezes EPF tem como função a busca por
parasitas, ovos e cistos dos mesmos, após a eliminação do paciente através das
fezes. Existem diversos métodos usados para a preparação a mostra de fezes
para análise microscópica, todavia, existe uma que é mais usada devido seu
baixo custo e grande eficácia, que é o método de Hoffman.
- A técnica consiste em reservar 2 a 4 gramas da amostra de fezes e desmanchar
em um frasco com água com auxílio de um bastão.
- Coar toda a emulsão em um cálice com uma gaze com 4 dobraduras.
- Completar todo o frasco com água e deixar sedimentar por 2 horas.
- Com uma pipeta Pasteur, retirar pequena amostra de sedimento do vértice do
cálice, colocá-la sobre uma lâmina, adicionar o corante lugol e cobrir com
lamínula.
Este método também é conhecido como sedimentação espontânea, e
detecta a presença de ovos nas fezes, principalmente os pesados, após
coloração com lugol. Diversas variações são realizadas nessa técnica a fim de
promover a visualização de mais formas evolutivas, dada a praticidade da
técnica.
2.3 HEMATOLOGIA
A Hematologia estuda os elementos figurados do sangue, sendo eles as
hemácias (glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas. A
Hematologia também estuda a produção desses elementos e os órgãos onde
eles são produzidos (órgãos hematopoiéticos) pela medula óssea, baço e
linfonodos. O estudo da hematologia baseia-se na anormalidade desses
elementos sanguíneos e as patologias relacionas a eles.
Na área da hematologia, o uso de máquinas automatizadas é
predominante, facilitando e dando auxilio na rotina laboratorial, principalmente
para aqueles laboratórios com alta demanda. Os contadores eletrônicos fazem
a contagem global de hemácias, leucócitos e plaquetas, e ainda calculam índices
hematimétricos, dosam a hemoglobina, determinam o hematócrito e fazem a
contagem diferencial de leucócitos.
Ademais, é fundamental também a prática de contagem manual, onde é
realizado através da observação e leitura de uma lamina de esfregaço de sangue
periférico. Através dessa contagem manual, é possível fazer o comparativo com
os valores dados pela máquina e fazer a observação das hemácias. Abaixo será
descrito todo o processo para uma confecção de lâmina imuno-hematológica,
desde a coleta:
Coleta:
- É feita a palpação no braço do paciente, para encontrar a melhor veia e mais
calibrosa.
- Prepara-se todo o material da coleta, tira o ar da seringa e deixa tudo reservado
próximo e acessivelmente.
- Garroteia o braço do paciente, realiza a assepcia no local da veia, sendo
recomendada com um algodão umedecido com álcool a 70% em movimento
circular.
- É inserida a agulha até observar o retorno do sangue, é aí que se tem a certeza
que pegou a veia e faz a aspiração.
- Após aspiração, retira o garrote e em seguida a agulha, orienta-se o paciente
a apenas pressionar o local com algodão, não é recomendado dobrar o braço,
pois dificulta o processo de formação do tampão plaquetário no interior do vaso,
fazendo com não pare de sangrar.
- Coloca o sangue no tubo com a tampa roxa, contendo o EDTA, que é um
anticoagulante que vai evitar com que o sangue forme coágulos, o que dificulta
na análise.
- Faz a homogeneização total do sangue com o anticoagulante.
Esfregaço:
- Limpa a lamina com uma gaze e álcool 70%, para retirar a sujeita e qualquer
resquício de gordura da lâmina.
- Faz a pipetagem de 5 microlitros da amostra de sangue e coloca na lamina.
- Com a extensora, faz um arraste do início da lamina em direção a amostra de
sangue, até encostar nela e ela se espalhar pela extensora.
- Com a extensora formando um ângulo entre 30 e 45° com a lâmina deve-se
deslizar suave e uniformemente, em movimento único, afim de formar a cabeça,
corpo e calda do esfregaço.
- Em seguida, é feita a coloração, com uso dos corantes panóticos rápidos (metanol,
eosina e azul de metileno);
- Por fim, leva-se a lâmina corada para o microscópio, onde é feita a contagem
diferencial das células e observação das hemácias, caso haja uma poiquilocitose.
Um dos testes que são de suma importância a todo individuo é a tipagem
sanguínea no sistema ABO e Rh, onde denomina seu tipo sanguíneo. Segue a
descrição de como é realizado:
- Em uma lâmina previamente higienizada, é adicionada 3 amostras de sangue do
paciente em locais distantes uma da outra e identificados.
- Em cada uma delas adicionar uma gota do soro anti-A, anti-B e anti-D.
- Misturar bem cada uma das amostras e observar se há ou não aglutinação.
- Por fim, a amostra é classificada conforme a presença ou ausência de
aglutinação em cada área e dando assim o resultado.
2.4 BIOQUÍMICA
A bioquímica é voltada principalmente para a química dos processos
biológicos que ocorrem em todos os seres vivos, enfocando a estrutura e a
função de componentes celulares como proteínas, carboidratos, lipídios, ácidos
nucleicos e outras biomoléculas.
O setor de bioquímica, assim como a hematologia, é amplamente
automatizado, onde permite uma realização de exames em lote e de uma forma
bem mais rápida, quando pensado em urgências na entrega dos resultados. O
maquinário disponível permite com que as dosagens dos analitos ocorram a
partir de técnicas colorimétricas e espectofotométrica, determinando a
quantidade dos analitos presentes em uma amostram através da absorbância de
energia radiante (luz).
Porém, alguns laboratórios ainda fazem uso do modelo manual de análise
dessas amostras, onde é feita a preparação da amostra e os cálculos são
realizados de forma manual, pode-se citar como exemplo o colesterol,
triglicerídeos e glicose, onde a amostra do paciente é levada ao
espectrofotômetro, e é aplicada uma fórmula.
2.5 IMUNOLOGIA
Os testes rápidos imunocromatográficos são aqueles onde a interpretação
do resultado é feita em no máximo 30 minutos, e não necessitam de uma grande
estrutura laboratorial. Elestem como objetivo a detecção de anticorpos, como
HIV, sífilis e Hepatites Virais.
A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) curável e
exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode
apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária,
secundária, latente e terciária). Nos estágios primário e secundário da infecção,
a possibilidade de transmissão é maior. O principal exame usado para detecção
da sífilis é o VDRL (Venereal Disease Research Laboratory), onde ele irá fazer
a detecção da bactéria organismo, porém este exame pode dar um falso-positivo,
visto que o paciente pode estar com alguma outra doença como lepra ou
tuberculose, por isso, ele deve ser realizado em conjunto com outros exames
complementares. Segue a descrição de como é realizado o exame:
- Pipetar 50 microlitros da amostra nas cavidades da placa.
- Pipetar aproximadamente 20 microlitros do reagente junto com a amostra (a
quantidade do reagente pode variar de acordo com a marca do fabricante).
- Levar ao homogenizador durante 4 minutos a 180 rpm.
- Após a agitação, observar no microscópio se há ou não floculação.
Os demais testes imunológicos como HIV ou Hepatite são realizados em
placas de testes rápidos, com o volume da amostra, volume do reagente e tempo
de reação variado de acordo com cada fabricante.
3 CONCLUSÃO
Dado o exposto, o estágio curricular obrigatório l permitiu uma gama de
aprendizado tanto teórico como principalmente prático, onde permitiu ampliar as
técnicas cientificas adquiridas ao decorrer do curso. Assim, é sabível que foi de
grande interesse para o desenvolvimento ético profissional, onde existiu diversas
experiências de relação com outros profissionais e foi possível conhecer de perto
a rotina laboratorial. É notável que o estágio torna-se algo essencial para o
desenvolvimento de qualquer profissional, sendo ele um analista clínico
principalmente, para que assim seja possível uma melhor capacitação para
exercer a área.
4 REFERÊNCIAS
1 – Histórico da biomedicina – Disponível em:
https://www.biomedicinapadrao.com.br/p/historico-da-biomedicina.html
2 - Exame VDRL: o que é, resultados e como é feito – Disponível em:
https://www.tuasaude.com/exame-vdrl/
3 – Sífilis - Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/infeccoes-
sexualmente-transmissiveis/sifilis
4 - Testes Rápidos - Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/profissionais-
de-saude/testes-rapidos
5 – Bioquímica - Disponível em:
https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/413/2018/12/bioquimica.pdf
6 – Hematologia: o que é? - Disponível em:
https://www.globalmedclinica.com.br/hematologia-o-que-e/
7 - Sedimentoscopia: Análise Microscópica de Sedimento de Urina -
Disponível em: https://kasvi.com.br/sedimentoscopia-analise-urina/
8 – Tira reagente no exame de urina – Disponível em: https://labtest.com.br/wp-
content/uploads/2016/09/Infotec_Tira_de_Urina.pdf