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Preparos de Dentes Com Finalidade Protética

Preparos com finalidade protética

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PREPAROS DE DENTES COM FINALIDADE PROTÉTICA

PRINCÍPIOS MECÂNICOS

 Retenção
 O preparo deve apresentar certas características que impeçam o deslocamento
axial da restauração quando submetida às forças de tração.
 retenção é a qualidade que uma prótese apresenta de atuar contra as forças de
deslocamento ao longo da sua via de inserção.
 A retenção depende basicamente do contato existente entre as superfícies
internas da restauração e as superfícies externas do dente preparado, o que é
denominado retenção friccional.
 Quanto mais paralelas forem as paredes axiais do dente preparado, maior será a
retenção friccional da restauração.
 O aumento exagerado da retenção friccional dificulta a cimentação da
restauração pela resistência ao escoamento do cimento, impedindo o seu
assentamento final e, consequentemente, causando o desajuste oclusal e
cervical da restauração.
 Quanto maior for a coroa clínica de um dente preparado, maior será a superfície
de contato e a retenção final. Dessa forma, no caso de dentes longos, como
ocorre após tratamento periodontal, pode -se aumentar a inclinação das
paredes para um maior ângulo de convergência oclusal sem prejuízo da
retenção.
 coroas curtas devem apresentar paredes com inclinação próxima ao paralelismo
e receber meios adicionais de retenção, como a confecção de sulcos nas
paredes axiais, para possibilitar um aumento nas superfícies de contato.
 meios adicionais de retenção – caixas, canaletas, pinos, orifícios, etc.– são
importantes para compensar qualquer tipo de deficiência existente no dente a
ser preparado.
 Não há necessidade de a superfície estar muito polida para a obtenção de uma
prótese bem adaptada e com retenção adequada. Aliás, o polimento pode até
contribuir para a diminuição da capacidade de retenção da prótese se o cimento
apresentar somente características de união por imbricação mecânica.

 Resistência ou estabilidade
 A forma de resistência ou estabilidade conferida ao preparo previne o
deslocamento da prótese quando esta é submetida a forças oblíquas, que
podem provocar sua rotação.
 Quando há incidência de uma força lateral, como ocorre durante o ciclo
mastigatório, ou quando há parafunção, a coroa tende a girar em torno de um
fulcro cujo raio forma um arco tangente nas paredes opostas do preparo,
deixando o cimento sujeito às forças de cisalhamento, que podem causar sua
ruptura e, consequentemente, iniciar o processo de deslocamento da prótese.
 Existem vários fatores diretamente relacionados com a forma de resistência do
preparo:
 Magnitude e direção da força:
 forças de grande intensidade e direcionadas lateralmente, como ocorre
nos pacientes que apresentam bruxismo, podem causar o
deslocamento da prótese.
 Relação altura/largura do preparo:
 Quanto maior a altura das paredes, maior a área de resistência do
preparo para impedir o deslocamento da prótese quando submetida a
forças laterais.
 se a largura for maior que a altura, maior será o raio de rotação
e,portanto, as paredes do preparo não oferecerão uma forma de
resistência adequada.
 A altura do preparo deve ser pelo menos igual à sua largura.
 Quando isso não for possível, como nos casos de dentes com coroas
curtas, devem -se confeccionar sulcos, canaletas ou caixas para criar
novas áreas de resistência ao deslocamento.
 Integridade do dente preparado:
 a porção coronal íntegra, seja em estrutura dentária, em núcleo
metálico ou em resina, resiste melhor à ação das forças laterais do que
aquelas parcialmente restauradas ou destruídas.

 Rigidez estrutural
 O preparo deve ser executado de tal forma que a restauração apresente
espessura suficiente para que as coroas resistam às forças mastigatórias
e não comprometam a estética e o tecido periodontal.

 Integridade marginal
 O objetivo básico de toda restauração cimentada é estar bem adaptada
e com uma linha mínima de cimento, para que a prótese possa
permanecer em função o maior tempo possível.
 O desajuste entre as margens da restauração e o termino cervical será
preenchido com cimentos que apresentam diferentes graus de
degradação marginal.
 Margens inadequadas facilitam a instalação do processo patológico do
tecido gengival.

PRINCÍPIOS BIOLÓGICOS

 Preservação do órgão pulpar


 Fatores de irritação pulpar

-calor gerado durante a técnica de preparo

-Qualidade das pontas diamantadas e da caneta de alta rotação


-Quantidade de dentina remanescente

-Permeabilidade dentinária

-Reação exotérmica dos materiais empregados

-Grau de infiltração marginal

 Preservação da saúde periodontal


 A melhor localização do término cervical é aquela em que o profissional pode
controlar todos os procedimentos clínicos e o paciente tem condições efetivas
para higienização.
 o preparo deve se estender o mínimo necessário dentro do sulco gengival.
 A extensão cervical dos dentes preparados pode variar de 2 mm aquém da
gengiva marginal livre até 1 mm no interior do sulco.
 Os pacientes que pertencem ao grupo de risco à cárie não devem ter o término
cervical colocado aquém do nível gengival.
 As razões mais frequentes para a colocação intrassulcular do término gengival
são:
 Razões estéticas, com o objetivo de mascarar a cinta metálica de coroas
metalocerâmicas ou metaloplásticas ou da interface
cerâmica/cimento/dente para as coroas em cerâmica.
 Restaurações de amálgama ou resina composta em cavidades cujas
paredes gengivais já se encontram no nível intrassulcular.
 Presença de cáries que se estendam para dentro do sulco gengival.
 Presença de fraturas que terminem subgengivalmente.
 Razões mecânicas, aplicadas geralmente aos dentes curtos, para a
obtenção de maior área de dente preparado e, consequentemente,
maior retenção e estabilidade, evitando a necessidade de procedimento
cirúrgico periodontal de aumento da coroa clínica.
 Colocação do término cervical em área de relativa imunidade à cárie,
como se acredita ser a região correspondente ao sulco gengival.
 O preparo subgengival dentro dos níveis convencionais de 0,5 a 1 mm
não traz problemas para o tecido gengival.
 ESTÉTICA
 preservar o estado de saúde do periodonto
 confeccionar restaurações com forma, contorno e cor corretos
 Desgaste insuficiente apresentará espessura insuficiente

 TIPOS DE TÉRMINO CERVICAL


 Ombro ou degrau arredondado (ombro com ângulo axiogengival arredondado)
 Término em que o ângulo entre as paredes gengival e axial do preparo é
de aproximadamente 90°, mantendo arredondada a intersecção entre
essas duas paredes para evitar a formação de tensões na cerâmica
nessa área.
 indicado nos preparos para coroas confeccionadas em cerâmica, em
dentes anteriores ou posteriores.
 Contraindicado em dentes com coroa clínica curta ou com largura
vestibulolingual que impeça a realização de desgaste uniforme nas
paredes sem diminuir a resistência da própria coroa do dente.
 O preparo deve apresentar desgaste uniforme de 1 mm de espessura na
região do término cervical, de até 1,5 mm nas faces axiais e de 2 mm
nas faces oclusal e incisal.

 Ombro ou degrau biselado


 Término em que ocorre a formação de um ângulo de aproximadamente
90° entre a parede axial e a cervical, com biselamento da aresta
cavossuperficial
 Indicado para as coroas metalocerâmicas com ligas áureas na sua face
vestibular e na metade das faces vestibuloproximais.
 Assim, como o término em ombro, o término em ombro biselado resulta
em um desgaste acentua do da estrutura dentária para permitir um
espaço adequado para a colocação da estrutura metálica e da cerâmica
de revestimento. O bisel deverá apresentar uma inclinação mínima de
45°, o que permite um selamento marginal e um escoamento do
cimento melhores que os proporcionados pelo término em ombro.
 Como esse tipo de término tem também a função de acomodar, sem
sobrecontorno, o metal e a cerâmica nas coroas metalocerâmicas.

 Chanfrado
 permite uma espessura adequada para as facetas estéticas de cerâmica
ou resina e seus respectivos suportes metálicos, facilitando a adaptação
da peça fundida e o escoamento do cimento.
 indicado para a confecção de coroas metalocerâmicas com ligas básicas
(não áureas), por apresentarem maior resistência e dureza que as ligas à
base de ouro, coroas metaloplásticas, independentemente do tipo de
liga utilizada, e para as restaurações MOD em metal.

 Chanferete
 término em que a junção entre a parede axial e a gengival é feita por
um segmento de círculo de pequena dimensão (aproximadamente a
metade do chanfrado), devendo apresentar espessura suficiente para
acomodar o metal
 A adaptação da peça fundida e o escoamento do cimento são
facilitados, permitindo uma visualização nítida da linha de acabamento
e a preservação da estrutura dentária.
 indicado para coroa total metálica e como término cervical nas faces
lingual e linguoproximal das coroas metaloplásticas e metalocerâmicas,
independentemente da liga a ser utilizada, coroas parciais dos tipos três
quartos e quatro quintos, Dentes com tratamento periodontal ou
recessão gengival que resulte em aumento acentuado da coroa clínica.

 PREPARO PARA COROA METALOCERÂMICA (TÉCNICA DA SILHUETA)


 Para dentes anteriores
 Sulco marginal cervical: Esse procedimento tem a finalidade de guiar a
quantidade de desgaste e a forma do término do preparo. Com uma
ponta diamantada esférica com diâmetro de 1,4 mm, o sulco é realizado
nas faces vestibular e lingual até chegar próximo ao contato do dente
vizinho. A profundidade do sulco de ± 0,7 mm (metade do diâmetro da
ponta diamantada) é conseguida introduzindo a ponta a 45° em relação
à superfície a ser desgastada.
 Sulcos de orientação: nas faces vestibular, incisal e linguocervical, Com
uma ponta diamantada de extremidade ogival em alta rotação, são
feitos dois sulcos na face vestibular correspondentes ao diâmetro da
ponta diamantada (1,2 mm), um no meio e outro próximo à face
proximal.
 União dos sulcos de orientação e desgaste da concavidade palatina:
Com a mesma ponta diamantada, faz -se a união dos sulcos das faces
vestibular, incisal e lingual, mantendo -se a relação de paralelismo
previamente obtida.
 Desgastes da metade íntegra e da face proximal: Com o dente vizinho
protegido por uma matriz de aço, procede -se à eliminação da
convexidade natural dessa área com uma ponta diamantada tronco -
cônica fina. Esse desgaste deve ser realizado até que se tenha distância
mínima de 1 mm entre o término cervical do dente preparado e o
dente vizinho.
 Preparo subgengival: ponta diamantada com extremidade ogival para
estender o término do preparo dentro do sulco gengival deve ser feito
deixando metade de seu diâmetro em contato com o dente e a outra
metade fora do dente e, portanto, em contato com o epitélio sulcular.
Não se deve encostar a ponta diamantada nas paredes axiais para a
execução desse procedimento.
 Acabamento: A regularização do preparo deve ser feita com as mesmas
pontas anteriormente usadas, em baixa rotação, arredondando -se
todas as arestas formadas e eliminando áreas de esmalte sem suporte
ou irregularidades que possam ter permanecido na região do término
cervical.

 Preparo para coroa metalocerâmica sem cinta metálica na face


vestibular e na metade das faces proximais:
 A única diferença deste preparo em relação ao preparo
convencional para metalocerâmica está no término cervical da
face vestibular e na metade das faces proximais, que deve ser
em ombro ou degrau arredondado.

 Preparo para coroa metalocerâmica para dentes posteriores


 Sulco marginal cervical vestibular e lingual: O desgaste marginal
é feito com a ponta diamantada esférica, seguindo os mesmos
procedimentos descritos no preparo para dentes anteriores
 Sulcos de orientação vestibular, oclusal e lingual:
 Para os dentes superiores, os sulcos são realizados com uma
ponta diamantada de extremidade ogival, e a profundidade dos
sulcos vestibulares deve ser de 1,2 mm (diâmetro da ponta
diamantada).
 Os sulcos do terço mediocervical da face palatina devem ter um
desgaste de ± 0,6 mm
 Na região médio -oclusal, uma espessura de ± 1,5 mm
 Na face oclusal, os sulcos devem ser feitos acompanhando os
planos inclinados das cúspides e com uma profundidade
aproximada de 1,5 mm.
 Nos dentes inferiores, os sulcos da face vestibular devem ser
realizados aprofundando -se o diâmetro da ponta diamantada,
para obter o desgaste de 1,2 mm.
 região médio -oclusal, essa quantidade de desgaste também é
necessária para dar resistência à coroa
 Os sulcos da face lingual deverão também ser realizados
acompanhando a sua inclinação e com profundidade
correspondente à metade do diâmetro da ponta diamantada,
ou seja, ± 0,6 mm
 Desgastes proximais: O desgaste proximal é feito seguindo os
mesmos princípios e com a mesma ponta diamantada descritos
no preparo para dentes anteriores.
 União dos sulcos de orientação: A união dos sulcos deve ser
feita com a mesma ponta diamantada empregada em sua
confecção. Compare com o dente antagônico para certificar -se
de que existe espaço suficiente para o metal ou o metal e a
cerâmica.
 Preparo subgengival e acabamento: Para a realização desses
procedimentos, os princípios e as pontas diamantadas são os
mesmos descritos anteriomente.

 Preparo para coroa metalocerâmica sem cinta metálica na face vestibular e na metade
das faces proximais
 A única diferença deste preparo em relação ao preparo convencional para
metalocerâmica está no término cervical da face vestibular e na metade das
faces proximais, que deve ser em ombro ou degrau arredondado.

 PREPARO PARA COROA TOTAL EM CERÂMICA


 A diferença entre os preparos para coroas totais cerâmicas e metalocerâmicas
está na forma e na quantidade de desgaste do término cervical e das faces axiais
e incisal/oclusal. O término cervical deve ter a forma de ombro com ângulo
axiogengival arredondado (ombro arredondado) e desgaste uniforme de 1 mm;
as faces axiais podem ter até 1,5 mm de desgaste, dependendo da cerâmica e
da cor do dente; já as faces oclusal e incisal devem ter de 1,5 a 2 mm de
desgaste.
 PREPARO PARA COROA TOTAL METÁLICA
 A coroa total metálica é indicada quando o fator estético não precisa ser
considerado (segundo e terceiro molares).
 A única diferença desse tipo de preparo para o de coroa metalocerâmica está na
quantidade de desgaste que é realizado na face vestibular, visto que esta será
recoberta somente com metal. Assim, o desgaste na face vestibular deve
apresentar ± 0,6 mm. A quantidade de desgaste das faces oclusais e das áreas
funcionais das cúspides de contenção cêntrica (médio -oclusal da face vestibular
dos dentes inferiores e médio -oclusal da face palatina dos superiores) deve ser
de ± 1,2mm, ou seja, correspondente ao diâmetro da ponta diamantada.

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