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Alquimia

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Alquimia

dição do século XVII da Tábua de esmeralda, livro chave da alquimia ocidental

Alquimia é uma prática que combina elementos da Química, Física, Biologia, Medicina,
Semiótica, Misticismo, Espiritualismo, Arte, Antropologia, Astrologia, Filosofia, Metalurgia e
Matemática. Existem quatro objetivos principais na sua prática. Um deles seria a
"transmutação" dos metais inferiores ao ouro; o outro a obtenção do "Elixir da Longa Vida",
um remédio que curaria todas as doenças, até a pior de todas (a morte), e daria vida longa
àqueles que o ingerissem. Ambos os objetivos poderiam ser conseguidos ao obter a Pedra
Filosofal, uma substância mística. O terceiro objetivo era criar vida humana artificial, os
homunculus. O quarto objetivo era fazer com que a realeza conseguisse enriquecer mais
rapidamente (este último talvez unicamente para assegurar a sua existência, não sendo um
objetivo filosófico). É reconhecido que, apesar de não ter caráter científico, a Alquimia foi uma
fase importante na qual se desenvolveram muitos dos procedimentos e conhecimentos que
mais tarde foram utilizados pela Química. A alquimia foi praticada na Mesopotâmia, Egito
Antigo, Império Persa, Índia Antiga, China Antiga, Grécia Clássica, Império Romano, Mundo
Islâmico, América Latina Pré-colombiana, Europa Medieval e Renascentista.

A ideia da transformação de metais em ouro, acredita-se estar diretamente ligada a uma


metáfora de mudança de consciência. A pedra seria a mente "ignorante" que é transformada
em "ouro", ou seja, sabedoria. Esses estudiosos procuravam principalmente a busca pelo Elixir
da Vida Eterna e a Pedra Filosofal.

Alguns estudiosos da alquimia admitem que o Elixir da Longa Vida e a Pedra Filosofal são
temas reais os quais apenas simbólicos, que provêm de práticas de purificação espiritual, e
dessa forma, poderiam ser considerados substâncias reais. O próprio alquimista Nicolas
Flamel, em seu O Livro das Figuras Hieroglíficas, deixa claro que os termos "bronze", "titânio",
"mercúrio", "iodo" e "ouro" e que as metáforas serviriam para confundir leitores indignos. Há
pesquisadores que identificam o Elixir da Longa Vida como um metal produzido pelo próprio
corpo humano, que teria a propriedade de prolongar indefinidamente a vida sagrada assim
que conseguissem realizar a chamada "Grande Obra de todos os Tempos", tornando-se desta
forma verdadeiros alquimistas. Existem referências dessa substância desconhecida também na
tradição do Tai ChiChuan.

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Resumo

Embora alguns influenciados pelo conhecimento científico moderno atribuam à Alquimia um


caráter de "protociência", deve-se lembrar de que ela possui mais atributos ligados à religião
do que à ciência.

Parte desta confusão de tratar a Alquimia como protociência é consequência da importância


que, nos dias de hoje, se dá à Alquimia física (que manipulava substâncias químicas para obter
novas substâncias), particularmente como precursora da Química.

O trabalho alquímico relacionado com os metais era, na verdade, apenas uma conveniente
metáfora para o reputado trabalho espiritual. Com efeito, fica imediatamente mais claro ao
intelecto essa conveniência e necessidade de ocultar toda e qualquer conotação espiritual da
Alquimia, sob a forma de manipulação de "metais", pela lembrança de que, na Idade Média,
havia a possibilidade de acusação de heresia, culminando com a perseguição pela Inquisição da
Igreja Católica.

Como ciência oculta, a alquimia reveste-se de um aspecto desconhecido, oculto e místico.

A própria transmutação dos metais é um exemplo deste aspecto místico da Alquimia. Para o
alquimista, o universo todo tendia a um estado de perfeição. Como, tradicionalmente, o ouro
era considerado o metal mais nobre, ele representava esta perfeição. Assim, a transmutação
dos metais inferiores em ouro representa o desejo do alquimista de auxiliar a natureza em sua
obra, levando-a a um estado de maior perfeição. A alquimia vem se desenvolvendo nos
tempos modernos. Portanto, a alquimia é uma arte filosófica, que busca ver o universo de
outra forma, encontrando nele seu aspecto espiritual e superior.

Resumo
Embora alguns influenciados pelo conhecimento científico moderno atribuam à Alquimia um
caráter de "protociência", deve-se lembrar de que ela possui mais atributos ligados à religião
do que à ciência.

Parte desta confusão de tratar a Alquimia como protociência é consequência da importância


que, nos dias de hoje, se dá à Alquimia física (que manipulava substâncias químicas para obter
novas substâncias), particularmente como precursora da Química.

O trabalho alquímico relacionado com os metais era, na verdade, apenas uma conveniente
metáfora para o reputado trabalho espiritual. Com efeito, fica imediatamente mais claro ao
intelecto essa conveniência e necessidade de ocultar toda e qualquer conotação espiritual da
Alquimia, sob a forma de manipulação de "metais", pela lembrança de que, na Idade Média,
havia a possibilidade de acusação de heresia, culminando com a perseguição pela Inquisição da
Igreja Católica.

Como ciência oculta, a alquimia reveste-se de um aspecto desconhecido, oculto e místico.

A própria transmutação dos metais é um exemplo deste aspecto místico da Alquimia. Para o
alquimista, o universo todo tendia a um estado de perfeição. Como, tradicionalmente, o ouro
era considerado o metal mais nobre, ele representava esta perfeição. Assim, a transmutação
dos metais inferiores em ouro representa o desejo do alquimista de auxiliar a natureza em sua
obra, levando-a a um estado de maior perfeição. A alquimia vem se desenvolvendo nos
tempos modernos. Portanto, a alquimia é uma arte filosófica, que busca ver o universo de
outra forma, encontrando nele seu aspecto espiritual e superior.

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A Pedra Filosofal

Os alquimistas tentavam reproduzir e produzir em laboratório a Pedra Filosofal (ou medicina


universal) a partir de matéria-prima mais grosseira. Com esta pedra seria possível obter a
transmutação dos metais e o Elixir da Imortalidade, que é capaz de prolongar a vida
indefinidamente. O trabalho relacionado com a Pedra Filosofal era chamado por eles de "A
Grande Obra".

Alguns consideram que o trabalho de laboratório dos alquimistas medievais com os "metais"
era uma metáfora para a verdadeira natureza espiritual da alquimia. Assim, a transformação
dos metais em ouro pode ser interpretada como uma transformação de si próprio, de um
estado inferior para um estado espiritual superior. Outros consideram que as operações
alquímicas e a transmutação do operador ocorrem em paralelo; existem, ainda, outras
opiniões.

A Pedra Filosofal poderia não só efetuar a transmutação, mas também elaborar o Elixir da
Longa Vida, uma panaceia universal, que prolongaria a vida indefinidamente. Isto demonstra
as preocupações dos alquimistas com a saúde e a medicina. Vários alquimistas são
considerados precursores da moderna medicina, e entre eles destaca-se Paracelso. Além disso,
com a Pedra Filosofal seria capaz de realizar transmutações sem seguir uma das principais
regras da alquimia, a Lei da Troca Equivalente, uma transmutação que se acreditava possível
de ser feita com tal pedra, era a ressurreição humana, sem ela, isso seria impossível, pois de
acordo com Lei da Troca Equivalente, para reviver um humano, o preço é um humano (além
desse tipo de transmutação ser proibida).

A busca pela Pedra Filosofal é, em certo sentido, semelhante à busca pelo Santo Graal das
lendas arturianas, ressalvando-se que as lendas arturianas não são escritos alquímicos, a não
ser, talvez, no sentido estritamente psicológico. Em seu romance Parsifal escrito entre os anos
de 1210 e 1220, Wolfram von Eschenbach associa o Santo Graal não a um cálice, mas a uma
pedra que teria sido enviada dos céus por seres celestiais e teria poderes inimagináveis.
Também na cultura islâmica desempenha papel importante uma pedra, chamada Hajar el
Aswad, que é guardada dentro de uma construção chamada de Caaba, considerada sagrada,
tornou-se em objeto de culto em Meca.

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A Interpretação dos textos alquímicos

A própria palavra "hermético" sugere a dificuldade dos textos dos autores alquímicos. Esta tem
por causas:

Os autores se referirem às substâncias e processos por nomes próprios à Alquimia;

Haver vários processos (vias) de operação que não são explicitados;

A maioria das substâncias serem referidas com perífrases elaboradas;

A existência de muitas referências mitológicas e cultas;

O uso de palavras que, lidas em voz alta, produzem uma outra;

O não apresentar partes de processos, referindo o leitor a outro autor;

O não apresentar as operações por ordem;

O enganar propositadamente o leitor.


Em alguns casos (e.g. Mutus Liber, "O Livro Mudo"), a exposição é feita apenas, ou
predominantemente, por gravuras alegóricas. Escrito dessa maneira, até um livro de culinária
seria impenetrável em seu conteúdo. As finalidades deste obscurecimento eram proteger-se
de perseguições e não deixar os processos cair na via pública.

Qualificações habituais dos autores são o ser "caridoso", se expõe os seus temas
corretamente, ou "invejoso" (cioso do seu conhecimento) se engana o leitor. Um autor pode
ser caridoso num trecho e invejoso em outro.

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O processo alquímico

Ilustração do manuscrito De summa (século XVIII). Exaltação da Quinta Essência.

Um livro alquímico do século XVII, que associa símbolos com os astros.

O processo alquímico é o principal trabalho dos alquimistas (frequentemente chamado de "A


Grande Obra"). Trata-se da manipulação dos metais, e da fabricação da Pedra Filosofal. As
matérias-primas do processo alquímico são, entre outras, o orvalho, o sal, o mercúrio e o
enxofre. De um modo geral, o processo alquímico é descrito de forma velada usando-se uma
complicada simbologia que inclui símbolos astrológicos, animais e figuras enigmáticas.

O orvalho é utilizado para umedecer ou banhar a matéria-prima. O sal é o dissolvente


universal. Os outros dois elementos, mercúrio e enxofre são as principais matérias-primas da
alquimia. O enxofre é o princípio fixo, ativo, masculino, que representa as propriedades de
combustão e corrosão dos metais. O mercúrio é o princípio volátil, passivo, feminino, inerte.
Ambos, combinados, formam o que os alquimistas descrevem como o "coito do Rei e da
Rainha".

O sal, também conhecido por arsénico, é o meio de ligação entre o mercúrio e o enxofre,
muitas vezes associado à energia vital, que une corpo e alma.

A linguagem dos textos alquímicos com frequência faz uso de imagens sexuais. E não é muito
incomum que a ligação de elementos seja comparada a um "coito". Normalmente este
casamento é associado à morte, e é representado, com frequência, ocorrendo dentro de um
sarcófago.
Enquanto a união de ambos os elementos é representada por um "casamento" ou "coito", o
combate entre o enxofre e o mercúrio, entre o fixo e o volátil, entre o masculino e o feminino
é comumente representado pela luta entre o dragão alado e o dragão áptero.

Também é muito frequente o uso de símbolos da astrologia na linguagem alquímica.


Associam-se os planetas da astrologia com os elementos da seguinte forma:

O Sol com o ouro

A Lua com a prata

Mercúrio com mercúrio

Vênus com o cobre

Marte com o ferro

Júpiter com estanho

Saturno com chumbo

Sol e Lua com Platina

Os alquimistas acreditavam que o mundo material é composto por matéria-prima sob várias
formas, as primeiras dessas formas eram os quatro elementos (água, fogo, terra e ar),
divididos em duas qualidades: Úmido (que trabalhava principalmente com o orvalho), Seco,
Frio ou Quente. As qualidades dos elementos e suas eminentes proporções determinavam a
forma de um objeto, por isso, os alquimistas acreditavam ser possível a transmutação:
transformar uma forma ou matéria em outra alterando as proporções dos elementos através
dos processos de destilação, combustão, aquecimento e evaporação.

Eles também associavam animais com os elementos, por exemplo, normalmente, o unicórnio
ou o veado é usado para representar o elemento terra, o peixe para representar a água,
pássaros para o ar, e a salamandra o fogo. Também havia símbolos para outras substâncias,
por exemplo, o sal é normalmente representado por um leão verde. O corvo simboliza a fase
de putrefação do processo alquímico, que assume uma cor negra. Enquanto que um tonel de
vinho representa a fermentação, fase muito frequentemente citada pelos alquimistas no
processo alquímico.

Exemplo de um processo alquímico.


Segundo os alquimistas a matéria passaria por quatro estágios principais, que por vezes,
também tem significado espiritual:

Nigredo: ou Operação Negra, é o estágio em que a matéria é dissolvida e putrefacta (associada


ao calor e ao fogo);

Albedo: ou Operação Branca, é o estágio em que a substância é purificada (associada à ablução


com Aquae Vitae, à luz da lua, feminina e à prata);

Citrinitas: ou Operação Amarela, é o estágio em que se opera a transmutação dos metais, da


prata em ouro, ou da luz da lua, passiva, em luz solar, ativa;

Rubedo: ou Operação Vermelha, é o estágio final, em que se produz a Pedra Filosofal - o


culminar da obra ou do casamento alquímico.[1]

Os processos apresentam perigo real de explosão (algumas composições resultam em reações


violentas, que se aproximam da pólvora), queimaduras (temperatura próximas dos 1000 °C e
quase sempre acima dos 100 °C, ácidos e bases fortes), envenenamento (gases) e toxicidade
por metais (Mercúrio, Antimônio, Chumbo). Os perigos psicológicos são também reais, em
consequência de trabalho excessivo, concentração prolongada, frustração repetida, falta de
repouso, por vezes isolamento, estímulos à imaginação, etc.

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O homunc

O Elixir Vermelho enquanto pequeno Rei na retorta

Talvez uma das mais interessantes ideias dos alquimistas seja a criação de vida humana a
partir de materiais inanimados. Não se pode duvidar da influência que a tradição judaica teve
neste aspecto, pois na cabala existe a possibilidade de dar vida a um ser artificial, o Golem.

O conceito do homúnculo (do latim, homunculus, pequeno homem) parece ter sido usado pela
primeira vez pelo alquimista Paracelso para designar uma criatura que tinha cerca de 12
polegadas de altura e que, segundo ele, poderia ser criada por meio de sémen humano posto
em uma retorta hermeticamente fechada e aquecida em esterco de cavalo durante 40 dias.
Então, segundo ele, se formaria o embrião. Outro alquimista famoso que tentou criar
homúnculos foi Johanned Konrad Dippel, que utilizava técnicas bizarras como fecundar ovos
de galinha com sêmen humano e tapar o orifício com sangue de menstruação.

Podemos observar que esta ideia dos alquimistas ficou profundamente marcada na
consciência da humanidade, e tem aparecido regularmente no imaginário popular, na forma
de monstros artificiais, como nos animes/mangás Fullmetal Alchemist, Ragnarok, e Fate/Stay
Night, no jogo de RPG Promethean the created e no mais famoso deles, Frankenstein (obra
literária de Mary Shelley).

No entanto, também é possível que o homúnculo seja quer uma alegoria, quer uma
interpretação demasiado literal das imagens alegóricas alquímicas respeitantes à criação, pela
arte, de novas entidades minerais, sejam elas objetivos finais ou intermédios. Essas imagens
comportam, muitas vezes, a representação de um ser emblemático, humano, animal ou
quimérico, numa retorta.

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Legado alquímico à era presente

Contribuição à ciência moderna

A alquimia medieval acabou fundando, com os estudos sobre os metais, as bases da química
moderna. Diversas novas substâncias foram descobertas pelos alquimistas, como o arsênico.
Eles também deixaram como legado alguns procedimentos que usamos até hoje, como o
famoso banho-maria, devido a alquimista Maria, a Judia, considerada fundadora da Alquimia
na Antiguidade; a ela atribui-se também a descoberta do ácido clorídrico. Por coincidência, o
desejo dos alquimistas de transmutar os metais tornou-se realidade nos nossos dias com a
fissão e fusão nuclear.

Alberto Magno (1193-1280), discípulo de Jordão da Saxônia, conseguiu preparar a potassa


caustica. Foi o primeiro a descrever a composição química do cinábrio, do alvaiade, do mínioe
do arsênico derivado do anidrido arsênico.

Arnaldo de Vilanova estudou a terebentina, cujo nome era oleum mirabile, a essência de
rosmarinho, os ácidos clorídrico, sulfúrico e azótico

Raimundo Lúlio, discípulo de Arnaldo de Vilanova, preparou o bicarbonato de potássio e


descobriu o ácido azótico e os calomelanos.

Paracelso, condiscípulo de Agrippa, do alquimista Tritêmius, identificou o zinco; pioneiro na


utilização medicinal dos compostos químicos

Henning Brand descobriu o elemento químico do fósforo, e a vendeu a outro alquimista


alemão Johann Daniel Kraft, que tratou de sua produção e comercialização.

Tomás de Aquino, discípulo de Alberto Magno escreveu largamente sobre o arsênico

Roger Bacon, discípulo de Roberto de Grosseteste, escreveu um longo tratado sobre os metais

Giambattista della Porta preparou o óxido de estanho II


O Renascentista Basile Valentin descobriu os ácidos sulfúrico e clorídrico[2] e dissertou sobre o
antimônio, os vinhos e a aguardente.

Andréas Libavius produziu o acetato de chumbo, o ácido canfórico e o sulfato de amônio,


como também foi pioneiro nos processos químicos de destilação, filtração e sublimação.

A psicologia moderna também incorporou muito da simbologia da alquimia. Carl Jung


reexaminou a simbologia alquímica procurando mostrar o significado oculto destes símbolos e
sua importância como um caminho espiritual.

Mas com certeza a maior influência da alquimia foi nas chamadas ciências ocultas. Não há
ramo do ocultismo ocidental que não tenha recebido alguma ideia da alquimia, e que não a
referencie.

No entanto, os alquimistas tradicionais, "metálicos", continuam a existir e agora apresentam


os seus trabalhos na Web, em sites, fóruns e blogs, incluindo fotografias das substâncias
necessárias ou que vão obtendo, ou dos seus equipamentos, bem como os seus próprios
comentários à obra de outros autores, clássicos e contemporâneos.

Acima de tudo, a alquimia deixou uma mensagem poderosa de busca pela perfeição. Em um
mundo tomado pelo culto ao dinheiro à aparência exterior, em que pouco o homem busca a si
próprio e ao seu íntimo, as vozes dos antigos alquimistas aparecem como um chamado para
que o homem reencontre seu lado espiritual e superior; ou a que, na mais simples das análises,
tenha um qualquer objetivo na vida, ainda que longínquo, através do viver uma aventura que
se pode cumprir numa divisão esquecida da casa.

Influência na cultura popular

Hoje em dia, a alquimia está voltando a se evidenciar no dia-a-dia das pessoas com best-sellers
como a série de livros Harry Potter e outros como O Alquimista e O Código da Vinci; os
mangás/animes Fullmetal Alchemist e Fullmetal Alchemist: Brotherhood (também, a seus
quatro OVAs); além de outras obras, como Fera Ferida, uma novela televisiva, e em jogos,
como Orychi, um RPG.

Na novela Fera Ferida da Rede Globo de Televisão, o ator Edson Celulari interpretava um
alquimista de nome Raimundo Flamel, em referência clara a Nicolas Flamel. Em Harry Potter e
a Pedra Filosofal, o famoso alquimista Nicolas Flamel é evidenciado como descobridor e
possuidor da Pedra Filosofal, em estudos em conjunto com o diretor Albus Dumbledore e nos
livros aparece com 667 anos. Em O Código da Vinci ele é evidenciado como grão-mestre do
Priorado de Sião, uma organização que tem como objetivo a proteção do Santo Graal e dos
descendentes de Jesus Cristo. Paulo Coelho, o escritor brasileiro de maior sucesso
internacional, também estudioso da alquimia, publicou vários livros que falam sobre o tema,
especialmente O Alquimista, Brida, As Valkírias, dentre outras obras, onde temas da alquimia
aparecem implícitos. Já o mangá/anime Fullmetal Alchemist, narra a história dos irmãos
Edward Elric e Alphonse Elric, que depois de perderem o braço direito e a perna esquerda, e o
corpo (respectivamente, Edward e Alphonse) partem em busca da Pedra Filosofal, a única
capaz de recuperar o que foi perdido. Durante a série, diversas referências são mostradas,
como Van Hohenheim, antigo alquimista, que no mangá é o pai dos garotos.

Sobre a transformação de elementos químicos

Atualmente a ciência tem conhecimento que a transformação dos principais elementos


químicos acontece no interior de estrelas, por meio da fusão nuclear. O átomo mais simples, o
hidrogênio, se choca no núcleo estrelar para formar hélio, produzindo como resultado deste
processo o calor e luminosidade das estrelas, esta fase que ocorre a conversão de hidrogênio
em hélio é chamada de sequência principal. Quando a estrela esgota seu combustível de
hidrogênio ela começa a fundir o hélio resultante do processo em elementos mais pesados,
como por exemplo o berílio, e em elementos mais pesados ainda como o oxigênio.
Dependendo do tamanho da estrela, ela pode ejetar suas camadas mais externas para o
espaço na chamada nebulosa planetária devido as suas instabilidades internas ou a estrela
pode explodir em uma supernova (ou hipernova) que produzirá elementos ainda mais pesados
se ela tiver, em média, 10 vezes mais massa que o Sol.

Vários elementos muito pesados da tabela periódica foram produzidos em laboratório por
meio de fusão nuclear acelerando e chocando 2 átomos (assim como nas estrelas) para formar
um novo, como por exemplo o Copernício. São processos de produção bem onerosos e difíceis
de se obter resultados. Em geral estes elementos artificiais são muito instáveis e rapidamente
decaem em segundos ou em menos tempo para elementos estáveis. Todos os elementos da
tabela periódica maiores que o urânio, ou seja, a partir do número atômico 93, são artificiais,
sintetizados em laboratório.

A fissão nuclear também é outro modo de produzir outros elementos químicos a partir de uma
matéria prima e é muito mais conhecida por ser utilizada em armamentos nucleares e usinas
nucleares, onde elementos radioativos instáveis perdem prótons e/ou nêutrons com o tempo
se tornando estáveis ou em outro elemento químico.

Atualmente tanto para a fissão nuclear como para a fusão nuclear a ciência não possui
tecnologia possível para tornar ambos os processos mais fáceis, controláveis e baratos. É
possível que no futuro a ciência encontre um meio de produzir elementos a partir de outro de
maneira mais viável e fácil, tudo dependerá das tecnologias e conhecimentos a medida que
forem se desenvolvendo e acumulando. Quando isto acontecer surgirá a possibilidade de se
criar elementos raros como o ouro a partir de elementos próximos do mesmo na tabela
periódica, como a platina, ou de elementos mais comuns como o ferro. A escassez de certos
elementos raros, como as terras raras, deixaria de existir.

fontes_ Jo Hedesan. «The Four Stages of Alchemical Work». Consultado em 3 de outubro de


2012

Pauwels, Louis; Bergier, Jacques. in: O Despertar dos Mágicos (fr:1960, pt:1982 Difel)

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Química

É a ciência que estuda a composição, estrutura, propriedades da matéria, as mudanças


sofridas por ela durante as reações químicas e a sua relação com a energia É considerada uma
ciência exata e é chamada muitas vezes de ciência central porque é a ponte entre outras
ciências naturais[4][nota como Física, Matemática e Biologia. A Química possui papel
fundamental no desenvolvimento tecnológico, pois a utilização dos conceitos e técnicas dessa
ciência permite a obtenção de novas substâncias, além de preocupar-se com a prevenção de
danos e exploração sustentável do meio ambiente.

As áreas da Química são agrupadas em quatro grandes divisões, a saber: Química Inorgânica
(estuda a matéria inorgânica), Química Orgânica (estuda os compostos de carbono), Físico-
Química (compreende os aspectos energéticos e cinéticos dos sistemas químicos e suas
transformações em escalas macroscópicas, e atômico-molecular), e Química Analítica (analisa
materiais e ajuda a compreender a sua composição e quantidade de sistemas químicos). Áreas
interdisciplinares e complementares incluem Bioquímica, Ensino de Química, e Química
Ambiental.

No Brasil são considerados profissionais relacionados a ciências químicas, com registro nos
Conselhos Federais e Regionais de Química: Engenheiros Químicos, Bacharéis e Licenciados em
Química, Bacharéis em Química Industrial ou Química Tecnológica, Bacharéis em Bioquímica.

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História

O desenvolvimento desta ciência teve como base as observações de experimentos, sendo


portanto, considerada uma ciência experimental
O Alquimista, de Pietro Longhi.

Os filósofos gregos Empédocles e Aristóteles acreditavam que as substâncias eram formadas


por quatro elementos: terra, vento, água e fogo. Paralelamente, discorria outra teoria, o
atomismo, que postulava que a matéria era formada por átomos, partículas indivisíveis que se
podiam considerar a unidade mínima da matéria. Esta teoria, proposta pelo filósofo grego
Demócrito de Abdera, não foi popular na cultura ocidental, dado o peso das obras de
Aristóteles na Europa. No entanto, tinha seguidores (entre eles Lucrécio) e a ideia ficou
presente até o princípio da Idade Moderna.

Entre os séculos III a.C. e o século XVI d.C, a Química estava dominada pela alquimia. O
objetivo de investigação mais conhecido da alquimia era a procura da pedra filosofal, um
método hipotético capaz de transformar os metais em ouro, e o elixir da longa vida. Na
investigação alquímica desenvolveram-se novos produtos químicos e métodos para a
separação de elementos químicos. Deste modo foram-se assentando os pilares básicos para o
desenvolvimento de uma futura química experimental. O cientista irlandês Robert Boyle é tido
por muitos como o iniciador da Química moderna, já que, em meados do século XVII, ele
executou experimentos planejados, estabelecendo através deles generalizações. Apesar dos
méritos de Boyle, muitos consideram o francês Antoine Laurent Lavoisier, que viveu no século
XVIII, o pai da Química, especialmente devido ao seu trabalho sobre o conceito de conservação
da massa, sendo este considerado o marco do estabelecimento da química moderna,
ocasionando a chamada Revolução Química. Os estudos de Lavoisier foram referência para
que fosse proposto por John Dalton, no início do século XIX, o primeiro modelo atômico. A
Química experimentou grande desenvolvimento teórico e metodológico durante o século XX,
especialmente pelo estabelecimento da mecânica quântica, métodos espectroscópicos e
metodologias de síntese orgânica, que impulsionaram o descobrimento de novos fármacos,
determinação da estrutura química de moléculas, como o ácido desoxirribonucleico e
sofisticação das teorias já existentes

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A separação da Alquimia

A Química, como é conhecida atualmente, começou a desenvolver-se entre os séculos XVI e


XVII. Nessa época estudou-se o comportamento e propriedades dos gases estabelecendo-se
técnicas de medição. Aos poucos, foi-se desenvolvendo e refinando o conceito de elemento
como uma substância elementar que não podia ser descomposto em outras. Também esta
época desenvolveu-se a teoria do flogisto para explicar os processos de combustão.

Robert Boyle desenvolveu sua magnum opus "O Químico Cético", abandonando as teorias
aristotélicas de alquimia e contemplando a pesquisa experimental e conclusões com base em
experimentos. Georg Ernst Stahl e Johann Joachim Becher desenvolveram em 1700 a teoria do
flogisto. Esta teoria, que se manteve por 80 anos até ser refutada, afirmava que as substâncias
suscetíveis de sofrer combustão continham o flogisto, e que o processo de combustão
consistia basicamente na perda desta substância. A causa da má interpretação da teoria do
flogisto era a então substância ainda desconhecida presente no ar, o oxigênio. Joseph
Priestley, estudando a composição do ar, percebeu a existência de uma substância no ar, a
qual participava dos processos respiratórios e promovia reações de oxidação de metais aos
seus óxidos. A teoria de elementos de Boyle considerava que um elemento químico era uma
pluralidade de átomos idênticos, indivisíveis.

Por volta do século XVIII, a Química adquire definitivamente as características de uma ciência
experimental. Desenvolvem-se métodos de medição cuidadosos que permitem um melhor
conhecimento de alguns fenómenos, como o da combustão da matéria; Antoine Lavoisier foi o
responsável por perceber a presença do carbono nos seres vivos e a complexidade de suas
ligações em relação aos compostos inorgânicos e refutador da teoria do flogisto, e assentou
finalmente os pilares fundamentais da Química moderna.

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Princípios da Química moderna

Tradicionalmente, os princípios da Química se iniciam com o estudo das partículas


elementares, átomos, moléculas substâncias e outros agregados da matéria. Matéria é tudo
aquilo que ocupa espaço e possui massa de repouso (ou massa invariante). É um termo geral
para a substância da qual todos os objetos físicos consistem.

Tipicamente, a matéria inclui átomos e outras partículas que possuem massa. A massa é dita
por alguns como sendo a quantidade de matéria em um objeto e volume é a quantidade de
espaço ocupado por um objeto, mas esta definição confunde massa com matéria, que não são
a mesma coisa.

Diferentes campos usam o termo de maneiras diferentes e algumas vezes incompatíveis; não
há um único significado científico que seja consenso para a palavra "matéria", apesar do termo
"massa" ser bem definido. A matéria pode ser encontrada principalmente nos estados sólido,
líquido e gasoso, em forma isolada ou em combinação. Reações químicas[19] e outras
transformações como as mudanças de fase envolvem o rearranjo de ligações químicas e outras
interações entre as moléculas. Estas transformações envolvem invariavelmente diversos
conceitos importantes como energia, equilíbrio químico entre outros. A seguir serão
explanados as principais entidades usadas para descrever a matéria bem como alguns
conceitos que permeiam as transformações sofridas pela matéria.

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Bioquímica e Química Quântica

A Bioquímica, anteriormente chamada de Química Biológica ou Fisiológica,[surgiu a partir das


investigações de fisiologistas e químicos sobre compostos e conversões químicas em seres
humanos e plantas no século XIX . O termo Bioquímica foi proposto pelo químico e médico
alemão Carl Neuberg (1877-1956) em 1903, embora no século XIX grandes pesquisadores,
como Wohler, Liebig, Pasteur e Claude Bernard, estudassem a Química da vida sobre outras
denominações.

Com a Segunda Guerra Mundial, o mundo ingressou na era atômica, marcada pelo
descobrimento dos elementos transurânicos e pelos avanços na radioquímica. A
disponibilização de isótopos permitiu a realização de experimentos importantes sobre o
comportamento cinético e mecanístico dos compostos inorgânicos, o qual foi racionalizado por
Henry Taube, em 1949, com base nas teorias de ligação. O entendimento lógico do caráter
lábil/inerte dos compostos de coordenação lançou a semente dos mecanismos de
transferência de elétrons, propostos por Taube em 1953, definitivamente consagrados com o
Prêmio Nobel que lhe foi outorgado em 1983.

Desde a metade do século XX, com o desenvolvimento de novas técnicas como a


cromatografia, a difracção de raios X, marcação por isótopos e o microscópio eletrônico, houve
avanço na área da Bioquímica. Essas técnicas abriram o caminho para a análise detalhada e a
descoberta de muitas moléculas e rotas metabólicas das células, como a glicólise, ciclo de
Krebs (ciclo dos ácidos tricarboxílicos) e a fosforilação oxidativa (cadeia transportadora de
elétrons).

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Espécies químicas

Representação clássica de um átomo segundo modelo proposto por Rutherford e Bohr.

O átomo é a unidade básica de matéria que consiste de um núcleo denso central rodeado por
uma nuvem de elétrons de carga negativa. O núcleo atômico contem prótons carregados
positivamente e nêutrons eletricamente neutros (exceto o hidrogênio que é o nuclídeo estável
sem nêutrons). Os elétrons de um átomo interagem com o núcleo por força eletromagnética, e
do mesmo modo, um grupo de átomos permanecem ligados uns aos outros por ligações
químicas baseadas nesta mesma força, formando uma molécula. Um átomo que contém o
mesmo número de prótons e elétrons é eletricamente neutro, caso contrário é carregado
positivamente ou negativamente e é chamado de íon. Um átomo é classificado de acordo com
o número de prótons e nêutrons no seu núcleo: o número de prótons determina o elemento
químico e o número de nêutrons determina o isótopo do elemento.[nota 3] O modelo
atualmente aceito para explicar a estrutura atômica é o modelo da mecânica quântica.

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Antiátomo
Antiátomos constituem a antimatéria, possuindo cargas elétricas inversas às dos átomos. São
compostos por antipartículas denominadas pósitrons, antiprótons e antinêutrons.

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Elemento

Elemento químico é o termo coletivo para todos os tipos de átomos com o mesmo número
atômico. Assim, todos os átomos de um elemento químico possuem necessariamente o
mesmo número de prótons no núcleo. Um elemento é identificado por um símbolo, uma
abreviatura que é na maioria dos casos derivada do nome em latim do elemento [por exemplo,
Pb (plumbum), Fe (ferrum)]. Os elementos estão dispostos na tabela periódica em ordem
crescente do número atômico. Um total de 118 elementos são conhecidos até esta data
(2018).

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Substância

Uma substância química é um tipo de matéria com composição e conjunto de propriedades


definidos. Estritamente falando, uma mistura de compostos, elementos e compostos ou
elementos não é uma substância química, mas pode ser chamado de produto químico. A
maioria das substâncias que encontramos em nossa vida diária são misturas, como por
exemplo o ar e a biomassa.

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Uma molécula é uma entidade eletricamente neutra formada de dois ou mais átomos unidos
por ligações covalentes.

As moléculas são distinguidas dos íons pela ausência de carga elétrica. No entanto, em Física
Quântica. Química Orgânica e Bioquímica, o termo molécula é usado frequentemente com
menor rigor, sendo aplicado também aos íons poliatômicos. Na teoria cinética dos gases, o
termo molécula é frequentemente utilizado para qualquer partícula gasosa,
independentemente da sua composição. De acordo com essa definição, átomos de gases
nobres são considerados moléculas, apesar do fato de que elas são compostas por um único
átomo sem ligação química.[33] Uma molécula pode ser constituída por átomos de um único
elemento químico, tal como com o oxigênio gasoso (O2), ou de diferentes elementos, como
acontece com a água (H2O). Átomos e complexos ligados por ligações covalentes, como
pontes de hidrogênio ou ligações iônicas geralmente não são considerados moléculas
individuais.

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Ião

É uma partícula eletricamente carregada, ou seja, é um átomo ou uma molécula que perdeu
ou ganhou elétrons. Um íon é chamado cátion quando perde um ou mais elétrons, que são
negativos, ficando carregado positivamente (por exemplo, o cátion sódio: Na+). Por outro lado,
os ânions são os íons carregados negativamente, ou seja, ganharam eletróns (por exemplo,
ânion cloreto: Cl−). Como exemplos de íons poliatômicas podem ser citados os íon hidróxido
(OH−) ou o íon fosfato (PO43−). Os íons no estado gasoso são frequentemente chamados de
plasma.

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Conceitos envolvidos na transformação da matéria

Reação ácido-base

Substâncias possuem propriedades ácidas e/ou básicas. Existem diferentes teorias que
explicam o comportamento ácido-base. A mais simples é a teoria de Arrhenius, que diz que um
ácido é uma substância que produz íons hidrônio, quando dissolvida em água; e uma base é
uma substância que produz íons hidroxila, quando dissolvida em água. De acordo com a teoria
ácido-base de Brønsted-Lowry, ácidos são substâncias que doam um cátion hidrogênio a outra
substância em uma reação química; por extensão, uma base é a substância que recebe estes
íons hidrogênio. A terceira teoria é teoria ácido-base de Lewis, o qual é baseado na formação
de ligações químicas. A teoria de Lewis explica que um ácido é uma substância que é capaz de
aceitar um par de elétrons de uma outra substância durante o processo de formação da
ligação química, enquanto que a base é uma substância que cede um par de elétrons para
formar uma nova ligação.[35] Existem várias outras maneiras em que uma substância pode ser
classificada como um ácido ou de uma base, como é evidente na história deste conceito.

A acidez pode ser mensurada especialmente por dois métodos. Uma delas, com base na
definição de Arrhenius de acidez, é o potencial hidrogeniônico (pH). O pH é definido como o
logarítmo decimal do inverso da atividade de íons hidrogênio, aH+, em uma solução. Assim, as
soluções que têm um baixo pH tem alta concentração de íons hidrônio, e pode-se dizer que
são mais ácidas.

Outra maneira, que tem como base a definição de Bronsted-Lowry, é a constante de


dissociação de um ácido (Ka), que medem a capacidade relativa de uma substância para agir
como um ácido sob a definição de Bronsted-Lowry. Isto é, as substâncias com um Ka maior são
mais propensas a doar íons hidrogênio em reações químicas do que aquelas com menores
valores de Ka.

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Fase

Em ciências físicas, fase é uma região do espaço (um sistema termodinâmico), no qual todas as
propriedades físicas são essencialmente uniformes.[38] Exemplos de propriedades físicas
incluem a densidade, índice de refração, magnetização e composição química. Uma descrição
mais simples é que uma fase é uma região de um material que é quimicamente uniforme,
fisicamente distinta e (frequentemente) mecanicamente separáveis. Num sistema composto
por gelo e água num frasco de vidro, os cubos de gelo são uma fase, a água é uma segunda
fase e o ar úmido sobre a água é uma terceira fase.

A termo fase é usado às vezes como sinônimo de estado da matéria. Além disso, por vezes é
utilizado para se referir a um conjunto de estados de equilíbrio demarcados em termos de
variáveis de estado, tais como pressão e temperatura por um limite de fase em um diagrama
de fases. Como os limites de fase se relacionam às alterações na organização da matéria, tais
como a mudança do estado líquido para o estado sólido ou de uma alteração mais sutil de uma
estrutura de cristal para o outro, este último uso é semelhante à utilização de fase como
sinônimo de estado da matéria. No entanto, o uso dos termos estado da matéria e diagrama
de fase não são compatíveis com a definição formal citada acima e o significado pretendido
deve ser determinado a partir do contexto em que o termo é utilizado. Diferentes tipos de
estados ou fases são considerados com o sólido, líquido e gasoso, o condensado de Bose-
Einstein e o plasma, sendo que estes dois últimos são estudados em níveis avançados da física.

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Ligação

Uma ligação química ocorre quando uma interação entre os átomos permite a formação de
substâncias químicas que contêm dois ou mais átomos. A ligação é provocada por força de
atração eletrostática entre as cargas opostas, quer entre elétrons e os núcleos, ou como o
resultado de uma atração dipolar. A força das ligações químicas varia consideravelmente em
termos energéticos; existem "ligações fortes", como as ligações covalentes ou iônicas e
"ligações fracas", tais como interações dipolo-dipolo, a força dispersão de London e ligações de
hidrogênio. A muitos compostos, a teoria da ligação de valência, o modelo de repulsão dos
pares eletrônicos (VSEPR) e o conceito do número de oxidação são usados para explicar a
estrutura molecular e formação das ligações químicas. Outras teorias de ligação, como a teoria
do orbital molecular também são muito utilizadas.

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A Lei de Coulomb

É uma lei da física que descreve a interação eletrostática entre partículas eletricamente
carregadas. Foi formulada e publicada pela primeira vez em 1783 pelo físico francês Charles
Augustin de Coulomb e foi essencial para o desenvolvimento do estudo da Eletricidade.

Esta lei estabelece que o módulo da força entre duas cargas elétricas puntiformes (q1 e q2) é
diretamente proporcional ao produto dos valores absolutos (módulos) das duas cargas e
inversamente proporcional ao quadrado da distância r entre eles. Esta força pode ser atrativa
ou repulsiva dependendo do sinal das cargas. É atrativa se as cargas tiverem sinais opostos. É
repulsiva se as cargas tiverem o mesmo sinal.

Diagrama que descreve o mecanismo básico da lei de Coulomb. As cargas iguais se repelem e
as cargas opostas se atraem

Após detalhadas medidas, utilizando uma balança de torção, Coulomb concluiu que esta força
é completamente descrita pela seguinte equação.

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Reação

Uma reação química é um processo que leva a transformação de uma substâncias a outra.
Classicamente, as reações químicas compreendem alterações que envolvem o movimento dos
elétrons na formação e quebra de ligações químicas entre os átomos. A substância (ou
substâncias) inicialmente envolvida numa reação química é chamada de reagente. As reações
químicas produzem um ou mais produtos, que em geral têm propriedades diferentes das dos
reagentes. Reações muitas vezes consistem de uma sequência de subetapas e as descrição
exata sobre o curso destas reações ilustram um mecanismo de reação. As reações químicas
são descritas com equações químicas que apresentam graficamente os materiais de partida, os
produtos finais e os intermediários, por vezes, as condições de reação.

Reações químicas acontecem a uma taxa reacional característica a uma dada concentração e
temperatura. Reações que ocorrem rapidamente são descritas como espontâneas, que não
exigem o fornecimento de energia extra. As reações não espontâneas ocorrem tão lentamente
que exigem a introdução de algum tipo de energia adicional (tal como o calor, luz ou de
eletricidade), a fim de se completar ou atingir o equilíbrio químico.

Diferentes reações químicas são combinadas durante a síntese química, de modo a obter um
produto desejado. Em bioquímica, uma série de reações químicas formam as vias metabólicas.
Essas reações são geralmente mediadas por enzimas. Essas enzimas catalisam muitas reações
que não ocorreriam sob condições presentes no interior de uma célula.

O conceito geral de reação química foi estendido para entidades menores do que os átomos,
incluindo as reações nucleares, decaimentos radioativos e reações entre partículas
elementares, como descrito pela teoria quântica de campos.
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Redox

Reações redox (redução-oxidação) incluem todas as reações químicas em que átomos têm o
seu estado de oxidação alterado por transferência de elétrons, seja pelo ganho (redução) ou
perda de elétrons (oxidação). As substâncias que possuem a capacidade de oxidar outras
substâncias são chamadas de oxidantes (agentes oxidantes). Do mesmo modo, as substâncias
que tem a capacidade de reduzir outras substâncias são ditas redutoras e são conhecidos
como agentes redutores. Um redutor transfere elétrons a outra substância, então ele sofre
oxidação. A oxidação e redução refletem a alteração no número de oxidação - a transferência
efectiva de electrões nunca pode ocorrer. Assim, a oxidação é melhor definida como um
aumento no número de oxidação, de redução e como uma diminuição no número de oxidação

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Equilíbrio

Em uma reação química, o equilíbrio químico é o estado em que ambos os reagentes e


produtos estão presentes em concentrações e estas não tendem a se alterar com o tempo.
Geralmente, este estado resulta quando a reação (produtos para reagentes) prossegue à
mesma taxa que a reação inversa (produtos para reagentes). As taxas reacionais de ambas não
são iguais a zero, mas sendo iguais, não existem alterações líquidas das concentrações tanto
dos reagentes quanto dos produtos. Esse processo é chamado de equilíbrio dinâmico.

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Energia

No contexto de Química, a energia é um atributo de uma substância como uma consequência


da agregação de sua estrutura atômica ou molecular. Uma vez que uma transformação
química gera mudanças na estrutura de uma substância, o processo é invariavelmente
acompanhado por um aumento ou diminuição de energia nas substâncias envolvidas. Parte da
energia é transferida entre o ambiente e os reagentes sob a forma de calor ou de luz; assim, os
produtos de uma reação podem ser mais ou menos energéticos do que os reagentes.

A reação é dita ser exergônica a variação da energia livre de Gibbs tem valor negativo,
indicando a possibilidade de uma reação espontânea. No caso de endergônicas a situação é
inversa. A reação é dito ser exotérmica se liberta calor para o ambiente e as reações
exotérmicas absorvem o calor do meio.

As reações químicas são invariavelmente impossível, a menos que os reagentes superem uma
barreira de energia conhecida como energia de ativação. A velocidade de uma reação química
(em dada temperatura T) está relacionada com a energia de ativação E pelo Fator de
Boltzmann, {\displaystyle e^{-E/kT}} e^{{-E/kT}} - que expressa a possibilidade de uma
molécula ter uma energia maior ou igual a E em dada temperatura T. Esta dependência
exponencial da taxa de reação em dada temperatura é conhecida como equação de Arrhenius.
A energia de ativação necessária para que uma reação química ocorra pode ser na forma de
calor, luz, eletricidade ou força mecânica sob a forma de ultra-som.[47]

O conceito de energia livre, que também incorpora considerações sobre entropia, é um meio
muito útil para prever a possibilidade de ocorrência de uma reação química e determinar o
estado de equilíbrio de uma reação em termodinâmica química. A reacção só é possível se a
mudança total na energia livre de Gibbs negativa, {\displaystyle \Delta G\leq 0\,} \Delta G\leq
0\,, e, se for igual a zero, a reação química está em equilíbrio.

Existem apenas limitados possíveis estados de energia para elétrons, átomos e moléculas.
Estas são determinadas pelas regras da mecânica quântica, que exigem quantização da
energia. Os átomos e moléculas em um estado energético estão em estado excitado.
Moléculas e átomos que substância neste estado energético são frequentemente muito mais
reativos, isto é, mais passíveis de reações químicas.

A fase de uma substância é determinada pela sua energia própria e a energia do ambiente.
Quando as forças intermoleculares de uma substância é tal que a energia do ambiente não é
suficiente para superá-las, ocorrem então as fases mais ordenada, como líquido e sólido, como
é o caso com a água (H2O), um líquido à temperatura ambiente porque as suas moléculas
interagem por ligações de hidrogênio.O sulfeto de hidrogênio (H2S) é um gás a temperatura e
pressão padrão porque as suas moléculas interagem por interações dipolo-dipolo, que são
mais fracas.

A transferência de energia a partir de uma substância química para outra depende do tamanho
dos quanta de energia emitidos a partir de uma substância. No entanto, a energia térmica é
frequentemente transferida mais facilmente de qualquer substância para outra porque os
fônons responsáveis pelos níveis de energia vibracional e rotacional em uma substância têm
muito menos energia do que os fótons invocados para a transferência de energia eletrônica.
Assim, devido aos níveis de energia vibracional e rotacional serem mais próximos
espacialmente mais espaçados do que os níveis eletrônicos de energia, o calor é mais
facilmente transferido entre substâncias em relação à luz ou de outras formas de energia
eletrônica. Por exemplo, a radiação eletromagnética ultravioleta não é transferida com o
máximo de eficiência de uma substância a outra como a energia térmica ou elétrica.

A existência de níveis de energia característicos para as diferentes substâncias químicas é útil


para a sua identificação por meio da análise de linhas espectrais. Diferentes tipos de espectros
são frequentemente utilizados em espectroscopia, por exemplo, o infravermelho e
microondas. A espectroscopia também é utilizada para identificar a composição de objetos
remotos - como estrelas e galáxias distantes - analisando os seus espectros de radiação.

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Química Inorgânica

A química inorgânica estuda todos os elementos da tabela periódica e alguns compostos de


carbono. A química orgânica dedica-se especialmente ao estudo dos compostos de carbono.

Química Inorgânica é o campo da química que estuda a estrutura, reatividade e preparação


dos compostos inorgânicos e organometálicos. Este domínio abrange todos os compostos
químicos, com exceção dos compostos orgânicos, que são temas de estudo da Química
Orgânica. A distinção entre as duas disciplinas está longe de ser absoluta e há muita
sobreposição, especialmente na disciplina Química Organometálica. A Química Inorgânica tem
aplicações em todos os aspectos da indústria química, incluindo catálise, ciência dos materiais,
pigmentos, surfactantes, revestimentos, medicamentos, combustíveis e agricultu.

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Classificação dos compostos inorgânicos.

Os compostos inorgânicos são classificados em quatro grandes grupos: os sais, os óxidos, os


ácidos e as bases. Os sais são constituídos de um cátion e um ânion unidos por uma ligação
iônica, como por exemplo o brometo de sódio NaBr, que é constituído de um cátion Na+ e um
ânion de brometo Br−. Os sais são caracterizados por um alto ponto de fusão e são maus
condutores de eletricidade no estado sólido. Outras características importantes são a
solubilidade em água e a facilidade de cristalização. Alguns sais (por exemplo NaCl) são muito
solúveis em água e outros (por exemplo BaSO4) não o são.

Um óxido é um composto químico que contém pelo menos um átomo de oxigênio e um outro
elemento químico em sua fórmula química. Óxidos de metais contêm tipicamente um ânion de
oxigênio no estado de oxidação de -2. A maior parte da crosta terrestre é constituída de óxidos
sólidos, resultado de elementos que são oxidados pelo oxigênio no ar ou dissolvido na água. A
combustão de hidrocarbonetos produz os dois principais óxidos de carbono: monóxido de
carbono e dióxido de carbono.

A teoria de Brønsted-Lowry define como bases como aceitadores de íons de hidrogênio,


enquanto a teoria de Lewis define bases como doadores de par de elétrons. A teoria mais
antiga é a de Arrhenius, que define bases como espécies que liberam ânion hidróxido quando
em solução e é estritamente aplicável aos compostos alcalinos.
A definição para ácidos segue o raciocínio contrário da definição de base. A teoria de Brønsted-
Lowry define como ácidos substâncias que doam íons hidrogênio, enquanto a teoria mais geral
de Lewis define ácidos como aceitadores de par de elétrons. A teoria de Arrhenius define
como ácidos espécies que liberam íons hidrogênio em solução aquosa.

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Química de Coordenação

Os compostos de coordenação tradicionais apresentam metais ligados a pares de elétrons que


se encontram nos átomos dos grupos ligantes, tais como H2O, NH3, Cl− e CN−. Em compostos
de coordenação modernos quase todos os compostos orgânicos e inorgânicos podem ser
utilizados como ligantes. O metal é geralmente um metal dos grupos 3-13, assim como os
trans-lantanídeos e trans-actinídeos. A estereoquímica dos complexos de coordenação pode
ser muito rica, como sugerido por Alfred Werner após a separação de dois enantiômeros de
[Co((OH)2Co(NH3)4)3]6+, uma manifestação precoce de que a quiralidade não é inerente aos
compostos orgânicos. Um tema dentro deste tópico é a química supramolecular de
coordenação.[50]

Exemplos de compostos de coordenação: *Co(EDTA)+−, *Co(NH3)6+3+, TiCl4(THF)2.

Os principais elementos da tabela periódica estão nos grupos da 1, 2 e 13-18 (excluindo o


hidrogênio), mas devido à sua reatividade, os elementos do grupo 3 (Sc, Y, La) e do grupo 12
(Zn, Cd e Hg) são também geralmente incluídos entre os principais.

Principais compostos de grupo

Compostos do grupo principal são conhecidos desde os primórdios da química como o enxofre
elementar e o fósforo branco. Experimentos com oxigênio, O2, realizados por Lavoisier e
Priestley não só identificou um gás diatômico importante, mas abriu o caminho para descrever
compostos e reações de acordo com razões estequiométricas. A descoberta de uma síntese da
amônia bastante prática usando catalisadores de ferro por Carl Bosch e Fritz Haber no início de
1900 impactou a humanidade profundamente, demonstrando a importância da síntese
inorgânica. Típicos compostos do grupo principal são SiO2, SnCl4, e N2O. Muitos compostos do
grupo principal pode também ser classificados como "organometálicos", uma vez que contêm
grupos orgânicos, por exemplo, B(CH3)3). Os compostos do grupo principal também ocorrem
na natureza, por exemplo, fosfato de DNA e, portanto, podem ser classificados como
bioinorgânicos. Por outro lado, os compostos orgânicos que não estão ligados a hidrogênio são
classificados como compostos inorgânicos, tais como os fulerenos e os óxidos de carbono.
Os compostos que contêm metais do grupo 4 a 11 são considerados compostos de metais de
transição. Alguns compostos de um metal do grupo 3 ou 12 são, por vezes, também
incorporadas neste grupo, mas também muitas vezes classificados como compostos do grupo
principal. Compostos de metais de transição mostram uma química de coordenação rica,
variando de tetraedros de titânio (por exemplo, TiCl4) à geometria quadrado planar de alguns
complexos de níquel e complexos de coordenação octaédrica para compostos de cobalto. Uma
gama de metais de transição podem ser encontrados em compostos biologicamente
importantes, tais como o ferro na hemoglobina.

Exemplos de composto contendo metais de transição: pentacarbonilo de ferro e cisplatina.

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Reações em Química Orgânica

Reações orgânicas são reações químicas envolvendo compostos orgânicos. A teoria geral
dessas reações envolve conceitos de afinidade eletrônica do átomo-chave, impedimento
estérico, ácido-base e intermediários reativos. Os tipos de reação básicos são: reações de
adição, reações de eliminação, reações de substituição, reações pericíclicas, reações de
rearranjo e reações redox. Cada reação possui um mecanismo de reação passo a passo que
explica como acontece a sequência reacional, embora a descrição detalhada de alguns passos
nem sempre é clara a partir de uma lista de reagentes isolados. O curso passo a passo de
qualquer mecanismo de reação pode ser representado usando setas curvas, que indicam a
movimentação de elétrons entre os reagentes, intermediários e produtos finais.

Mecanismo de uma reação de substituição utilizando setas: representação do movimento de


pares de elétrons.

A Química Orgânica aplicada é chamada de Química Orgânica sintética. A síntese de um novo


composto é normalmente uma tarefa de resolução de problemas. Os compostos são
sintetizados seguindo uma rota sintética, onde a molécula ganha forma depois de várias
etapas de conexão de moléculas menores. A prática de criar novas vias sintéticas para
moléculas complexas é chamada de síntese total. Devido a complexidade e a utilização de
reagente muitas vezes caros, é necessário um adequado planeamento de cada etapa reacional,
sempre visando o máximo rendimento possível.

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Bioquímica Estrutural

Esse ramo da Bioquímica preocupa-se em estudar os aspectos estruturais das biomoléculas. As


quatro principais classes de biomoléculas são os carboidratos, os lípidos, as proteínas e os
ácidos nucleicos. Muitas moléculas biológicas são polímeros: neste terminologia, os
monômeros são micromoléculas relativamente pequenas que estão ligadas em conjunto para
gerar estas grandes macromoléculas. Diferentes macromoléculas podem reunir-se em
complexos maiores, muitas vezes necessários para a atividade biológica. Os carboidratos, por
exemplo, são constituídos de diversos monômeros chamados monossacarídeos. Alguns destes
monossacáridos incluem a glicose (C6H12O6), a frutose (C6H12O6) e a desoxirribose
(C5H10O4). Os lipídeos são biossintetizados a partir de uma molécula de glicerol combinado
com outras moléculas. Os triglicerídeos, a principal classe de lipídeos, são constituídos por uma
molécula de glicerol e três moléculas de ácidos graxos. Os ácidos graxos, também considerados
monômeros, podem ser saturados ou insaturados. As proteínas são biomoléculas muito
grandes - macro-biopolímeros - sintetizadas a partir de monômeros chamados aminoácidos.
Existem 20 aminoácidos essenciais, cada um contendo um grupo carboxilo, um grupo amino e
uma cadeia lateral, chamada de grupo "R". O grupo "R" varia entre os aminoácidos, o que faz
com que cada um destes aminoácido seja diferente um do outro. Estas diferenças e as
propriedades destas cadeias laterais influenciam imensamente a conformação tridimensional
de uma proteína. Quando os aminoácidos se combinam, formam uma ligação especial
chamada ligação peptídica. Estas são reações de desidratação e os produtos podem ser um
peptídeo ou uma proteína. Por fim, os ácidos nucleicos são as biomoléculas envolvidas no
armazenamento, transferência e tradução da informação genética: o DNA e os RNAs. Estes
ácidos nucleicos possuem elevada massa molecular, e contêm em sua estrutura molecular
ácido fosfórico, pentoses (monossacarídeo) e bases purínicas e pirimidínicas. São portanto
macromoléculas formadas por nucleotídeos.[65] Os nucleotideos são a adenina, citosina,
guanina, timina e uracila, sendo que timina é presente somente no DNA e a uracila somente
no RNA. A adenina liga-se com a timina e a uracila; a guanina e citosina pode ligar apenas uma
com a outra.

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