Física
Conceito geral da física-
Física é a ciência que estuda a natureza e fenômenos em seus aspectos gerais. Analisa suas
relações e propriedades, além de descrever e explicar a maior parte de suas consequências. Busca
a compreensão científica dos comportamentos naturais e gerais do mundo em nosso entorno, desde
as partículas elementares até o universo como um todo.[1][2] Com o amparo do método científico e
da lógica, e tendo a matemática como linguagem natural, esta ciência descreve a natureza por
meio de modelos científicos. É considerada a ciência fundamental, sinônimo de ciência natural: as
ciências naturais, como a química e a biologia, têm raízes na física. Sua presença no cotidiano é
muito ampla, sendo praticamente impossível uma completíssima descrição dos fenômenos físicos
em nossa volta. A aplicação da física para o benefício humano contribuiu de uma forma
inestimável para o desenvolvimento de toda a tecnologia moderna, desde o automóvel até os
computadores quânticos.[nota 1]
História da física e surgimento das primeiras teorias-
Historicamente, a afirmação da física como ciência moderna está intimamente ligada ao
desenvolvimento da mecânica, que tem como pilares principais de estudo a energia mecânica e os
momentos linear e angular, suas conservações e variações. Desde o fim da Idade Média havia a
necessidade de se entender a mecânica, e os conhecimentos da época, sobretudo aristotélicos, já
não eram mais suficientes. Galileu centrou seus estudos nos projéteis, pêndulos e movimentos dos
planetas; Isaac Newton, mais tarde, elaborou os princípios fundamentais da dinâmica ao publicar
suas leis e a gravitação universal em seu livro Principia, que se tornou a obra científica mais
influente de todos os tempos.
A termodinâmica, que estuda as causas e os efeitos de mudanças na temperatura, pressão e
volume em escala macroscópica, teve sua origem na invenção das máquinas térmicas durante o
século XVIII. Seus estudos levaram à generalização do conceito de energia.
A ligação da eletricidade, que estuda cargas elétricas, com o magnetismo, que é o estudo das
propriedades relacionadas aos ímãs, foi percebida apenas no início do século XIX por Hans
Christian Ørsted. As descrições físicas e matemáticas da eletricidade e magnetismo foram
unificadas por James Clerk Maxwell. A partir de então, estas duas áreas, juntamente com a óptica,
passaram a ser tratadas como visões diferentes do mesmo fenômeno físico, o eletromagnetismo.
No início do século XX, a incapacidade da descrição e explicação de certos fenômenos observados,
como o efeito fotoelétrico, levantou a necessidade de abrir novos horizontes para a física. Albert
Einstein publicou a teoria da relatividade geral em 1915, propondo a constância da velocidade da
luz e suas consequências até então inimagináveis. A teoria da relatividade de Einstein leva a um
dos princípios de conservação mais importantes da física, a relação entre massa e energia,
geralmente expressa pela famosa equação E=mc². A relatividade geral também unifica os
conceitos de espaço e tempo: a gravidade é apenas uma consequência da deformação do
espaço-tempo causado pela presença de massa. Max Planck, ao estudar a radiação de corpo
negro, foi forçado a concluir que a energia está dividida em "pacotes", conhecidos como quanta.
Einstein demonstrou fisicamente as ideias de Planck, fixando as primeiras raízes da mecânica
quântica. O desenvolvimento da teoria quântica de campos trouxe uma nova visão da mecânica
das forças fundamentais. O surgimento da eletro e cromodinâmica quânticas e a posterior
unificação do eletromagnetismo com a força fraca a altas energias são a base do modelo padrão,
a principal teoria de partículas subatômicas, capaz de descrever a maioria dos fenômenos da
escala microscópica que afetam as principais áreas da física.
Importancia da fisica-
A física é uma ciência significativa e influente e suas evoluções são frequentemente traduzidas no
desenvolvimento de novas tecnologias. O avanço nos conhecimentos em eletromagnetismo permitiu
o desenvolvimento de tecnologias que certamente influenciam o cotidiano da sociedade moderna:
o domínio da energia elétrica permitiu o desenvolvimento e construção dos aparelhos elétricos; o
domínio sobre as radiações eletromagnéticas e o controle refinado das correntes elétricas permitiu
o surgimento da eletrônica e o consequente desenvolvimento das telecomunicações globais e da
informática. O desenvolvimento dos conhecimentos em termodinâmica permitiu que o transporte
deixasse de ser dependente da força animal ou humana graças ao advento dos motores térmicos,
que também impulsionou toda uma Revolução Industrial. Nada disso seria possível, entretanto, sem
o desenvolvimento da mecânica, que tem suas raízes ligadas ao próprio desenvolvimento da física.
Porém, como qualquer outra ciência, a física não é estática. Físicos ainda trabalham para
conseguir resolver problemas de ordem teórica, como a "catástrofe do vácuo",[3] gravitação
quântica, termodinâmica de buracos negros,[4] dimensões suplementares,[5] flecha do tempo,
inflação cósmica[6] e o mecanismo de Higgs.[7]
Ainda existem fenômenos observados empiricamente e experimentalmente que ainda carecem de
explicações científicas, como a possível existência da matéria escura,[8] raios cósmicos com energias
teoricamente muito altas[9] e até mesmo observações cotidianas como a turbulência. Para tal,
equipamentos sofisticadíssimos foram construídos, como o Large Hadron Collider, o maior
acelerador de partículas já construído do mundo, situado na Organização Europeia para a
Investigação Nuclear (CERN).
física clássica
A mecânica clássica se refere às três principais formulações da mecânica pré-relativística: a
mecânica newtoniana, mecânica lagrangeana e a mecânica hamiltoniana.[1][2] É a parte da física
que analisa o movimento, as variações de energia e as forças que atuam sobre um corpo. No
ensino de física, a mecânica clássica geralmente é a primeira área da física a ser lecionada. É
geralmente classificada em estática, cinemática e dinâmica.
estática-
A estática é a parte da física que estuda sistemas sob a ação de forças que se equilibram. De acordo com a
segunda lei de Newton, a aceleração destes sistemas é nula. De acordo com a primeira lei de Newton, todas as
partes de um sistema em equilíbrio também estão em equilíbrio.[1] Este fato permite determinar as forças internas
de um corpo, a partir do valor das forças externas.[1]
cinemática-
A cinemática (do grego κινημα, movimento) é o ramo da física que se ocupa da descrição dos movimentos de
pontos, corpos ou sistemas de corpos (grupos de objetos), sem se preocupar com a análise de suas causas.[1][2][3]
Considerada uma "geometria do movimento", é ocasionalmente vista como um ramo da matemática.[4][5][6] Neste
campo, uma situação problema é iniciada ao descrever a geometria do sistema e declarando as condições iniciais
de quaisquer valores de posição, velocidade e/ou aceleração dos pontos do sistema. E então, usando argumentos
geométricos, pode-se determinar valores desconhecidos de posição, velocidade e/ou aceleração de partes do
sistema.
O estudo de como as forças agem nos corpos não é tratado na cinemática, mas na dinâmica.A cinemática é
utilizada na astrofísica para descrever o movimento de corpos celestes e de conjuntos destes. Na engenharia
mecânica, robótica e biomecânica[7] a cinemática é útil para descrever o movimento de sistemas compostos por
partes interdependentes, como motores, braços robóticos ou o esqueleto humano
.A análise cinemática é o processo de medida das quantidades cinemáticas usadas para a descrição do
movimento. Na engenharia, por exemplo, a análise cinemática pode ser utilizada para identificar a amplitude de
movimento de um dado mecanismo, e a síntese cinemática, serve para o processo inverso, desenha um mecanismo
que terá certa amplitude de movimento. Ainda, a cinemática aplica a geometria algébrica para obter vantagem
mecânica em um certo sistema ou mecanismo.
dinâmica-
Em física, a dinâmica é o ramo da mecânica clássica responsável por estudar a ação de forças no movimento de
um corpo e seus efeitos, além de determinar suas causas.[1]
Os fundamentos da dinâmica foram estudados, inicialmente, por Galileu Galilei em seus experimentos com corpos
em queda livre e movimento em plano inclinado.[2] No entanto, Isaac Newton foi o primeiro a formular
sistematicamente conceitos como inércia, a definição de força e o princípio da ação e reação.[3
bases da mecânica clássica-
A mecânica clássica pode ser resumida em três etapas simples, que descrevem completamente as suas bases:
1-Definimos o vetor velocidade como a derivada temporal do vetor-posição de uma partícula,
em um determinado referencial;Definimos o momento linear como o produto da velocidade
pela massa da partícula;
2-A força é a derivada temporal do momento linear, se ele for medido em relação a um
referencial inercial. Ela obedece à segunda lei de Newton e, mais especificamente, às leis de
força;
3-Existe um referencial inercial, de acordo com a primeira lei de Newton.
Dois exemplos de leis de força são a Lei de Hooke e a teoria de Newton da gravitação
universal.
O principal objetivo da física clássica é encontrar as leis de força, que são leis que determinam a ação de forças
sobre as partículas em certos casos. Determinadas as leis de força envolvidas em um sistema, podemos em
princípio determinar completamente o movimento das partículas do sistema, através das relações definidas nas
três etapas acima.
unidades de medida-
medidas unidade símbolo
comprimento metro m
massa quilograma kg
tempo segundo s
força newton n
potência watt w
trabalho joule j
energia joule j
momento linear quilograma-metros -por-segundo kg.m/s
momento angular quilograma-metro ao quadrado kg.m2/s
por segundo
momento de inércia de quilograma-metro ao quadrado kg.m2
massa
torque Newton-metro n.m