LINHAS DE TRANSMISSÂO

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS

ABREU MIGUEL LILIANO

Email:[email protected]
 Informações gerais

Docência:

 Aulas Teóricas - Práticas: Abreu Miguel Liliano

Bibliografia Básica:
 CHECA, L. M. Linhas de transporte de energia. Portugal : Ed. CETOP.

 CAMARGO, C. Transmissão de energia eléctrica. Florianópolis : Ed. Da UFSC, 1984.

 FUCHS, R.D. Transmissão de energia eléctrica : linhas aéreas : teoria das em regime
permanente. Rio de Janeiro : Livros Técnicos e científicos, 1977.

 FUCHS, R.D., ALMEIDA, M.T. Projectos mecânicos das linhas aéreas de transmissão.
São Paulo : Edgard Blücher, 1982.

 John, B. Circuitos Eléctricos -Teoria e Tecnologia. Rio de Janeiro: Elsevier,2009.

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Horário de dúvidas:
 Abreu Miguel Liliano - 6 ª feira, as 11h00-13h00, Sal.dos
professores.
Método de avaliação:

 Será feita através de 3 teste de avaliação contínua, onde será

atribuída aos alunos a classificação na escala de 0 a 20 valores.
Esta avaliação, realizar-se - a através de testes obrigatórios ou
facultativos (caso impossível). Podem ser ainda realizados
trabalhos escritos.

 Os resultados da avaliação contínua, são publicados antes da

realização do exame final. O acesso ou dispensa do exame
final, esta estabelecido no Regulamento Geral do ISPTEC.
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Descrição Geral:

 A disciplina aborda diferentes aspectos no que diz respeito as linhas de

transmissão de energia eléctrica.

 São inicialmente abordadas as principais normas, ferragens, isoladores

e, como também, o cálculo de parâmetros de linha de transmissão.
Incluem-se questões relacionadas com a interligação, metodologias e
requisitos básicos da rede, como os últimos desenvolvimentos em
microgrids. Finalmente, são apresentadas as futuras tendências, como
às smart-grids e microgrids.
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Objectivos

 Fornecer aos alunos conhecimentos e ferramentas que lhes permitam

compreender e avaliar o propósito de uma linha de transmissão de
energia eléctrica.

 Compreender as questões e técnicas envolvendo a operação fiável do

sistema de energia eléctrica no que tange as linhas de transmissão de
energia eléctrica.
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Requisitos

A compreensão dos tópicos abordados na disciplina implica o domínio das

seguintes matérias:

 Electrotecnia geral (grandezas eléctricas, tensão, corrente, potência,

energia, elementos eléctricos).

 Teoria de circuitos eléctricos (fasores, análise de circuitos em AC e DC).

 Tecnologia eléctrica (materiais eléctricos ).

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Competências

 No final do semestre, os alunos deverão deter competências

avançadas nas seguintes matérias:

 Avaliar o propósito de uma linha de transmissão.

 Definir as constantes básicas da linha de transmissão R, L, C, G.

 Calcular o atraso de fase, o comprimento de onda e a velocidade de

propagação de uma linha de transmissão.

 Avaliar as relações da corrente e de tensão numa linha de

transmissão.
 Calcular a impedância característica e a constante de propagação
em função das constantes da linha.
 Programa

CAPÍTULO I:

 Transmissão. Normas. Principais sistemas em Angola e no mundo.

CAPÍTULO II:

 Torres, isoladores, cabos e ferragens.

CAPÍTULO III:

 Parâmetros das linhas de corrente contínua e corrente alternada.

CAPÍTULO IV:

 Estudo de Modelos de linhas. Ondas viajantes, guias de onda.

 Programa

CAPÍTULO V:

 Estudo de Modelos de linhas. Ondas viajantes, guias de onda.

Equação fundamental da Transmissão. A equação da linha sob as
formas exponencial e hiperbólica.
CAPÍTULO VI:
 Conceitos de impedância característica, constantes de propagação,
de atenuação e de fase, comprimento de onda e velocidade das
ondas.
CAPÍTULO VII:
 Operação das linhas de transmissão. Os conceitos das ondas
incidentes e reflectidas.
CAPÍTULO VIII:
 Estudos das vias de distribuição, condutores e transformadores.
Tipos de configurações das redes de Distribuição. Avaliação Técnico
Econômica de um Projeto de distribuição de energia.
Estudo de Modelos de linhas
 Estudo de Modelos de linhas

1-Classificação de linhas aéreas de transmissão.

 As considerações importantes na concepção e operação de uma linha de transmissão

de energia Eléctrica são a determinação de queda de tensão , perdas de energia ao
longo da linha e eficiência de transmissão. Esses valores são muito influenciados pelas
constantes R , L e C da linha de transmissão.

Quais são os valores A queda de tensão na linha depende

dos valores das três constantes de
que provocam as linhas acima mencionadas. Da
perdas de energia e as mesma forma , a resistência dos
condutores de linha de transmissão
quedas de tensão ao é a causa mais importante de perda
longo da linha ??? de energia na linha e determina a
eficiência da transmissão.
 Estudo de Modelos de linhas

1-Classificação de linhas aéreas de transmissão.

 Uma linha de transmissão tem três constantes R , L e C distribuídas
uniformemente ao longo de todo o comprimento da linha . A resistência e a
indutância formam a impedância série. A capacitância existente entre
condutores de linha de uma fase ou de um condutor de neutro de uma linha de
3 fases forma um percurso de derivação ao longo do comprimento da linha .

Será que não posso Dependendo da forma em que é

classificar as linhas de tomada em consideração a
transmissão por causa de capacitância ou os efeitos da
capacitância, as linhas aéreas de
efeitos da capacitância ??? transporte são classificadas como :
 Estudo de Modelos de linhas

1-Classificação de linhas aéreas de transmissão.

 Linhas Curtas Parece-me que já sei disso,

 Linhas médias
mas não lembro –me da
classificação das mesmas
 Linhas longas . de acordo com os níveis de
tensão e o comprimento!!!

Linha Tensão (kV) Comprimento (km)

Curta 20 < 80
Média < 100 240

Longa > 100 > 240

 Estudo de Modelos de linhas

1-Classificação de linhas aéreas de transmissão.

 Linha Curta Será que se pode

 Linha média
considera a capacitância
 Linha longa .
em todas as linhas !!! ???

 Linha Curta -Devido ao comprimento menor e

menor tensão , os efeitos de capacitância são
pequenas e daí podem ser desprezadas.

 Linha média-Devido ao comprimento e à tensão

da linha suficiente , os efeitos de capacitância
são tomadas em consideração.

 Linha longa- As constantes de linha são

distribuídos uniformemente ao longo do
comprimento inteiro da linha.
 Estudo de Modelos de linhas

2- Desempenho de uma Linha de transmissão de energia .

 Termos Importantes.
Ao estudar o desempenho de uma linha de transmissão, é desejável
determinar a sua regulação de tensão e a eficiência da transmissão.
Vamos explicar esses dois termos , por sua vez.

Já ouvi falar!!!!!
 Quando uma linha de transmissão é condutora de
corrente , existe uma queda de tensão na linha
devido a resistência e a indutância de linha.

 O resultado dessa queda de tensão, é a diferença

entre a tensão na fonte e a tensão na carga.
 Estudo de Modelos de linhas

 Termos Importantes.

Regulação de Tensão.

Regulação de tensão (%)

Mais!!!!!

 É desejável que a regulação da tensão de uma

linha de transmissão deve ser baixa ou seja, o
aumento da corrente de carga deve fazer
diferença muito pequena na tensão de
extremidade da recepção .
 Estudo de Modelos de linhas

Termos Importantes.

 Eficiência de transmissão

Eficiência de transmissão (%),

Mais!!!!! Eu já
falei sobre essa
matéria.

 e são valores correspondente

ao de recepção de tensão, corrente e
potência na carga.

 e são valores correspondente ao

envio da corrente, tensão e potência na
fonte.
 Estudo de Modelos de linhas

2- Desempenho das linhas monofásicas curtas de transmissão

.

Agora já sei que os efeitos de

capacitância nas linhas
curtas são desprezadas !!!!!
 I=corrente de carga;
 R = resistência de ambos os condutores;
 XL = reactância do circuito;
 VR = tensão na carga;
 Cos φR = factor de potência (carga)
 VS = tensão de envio (fonte);
 cos φS = factor de potência de envio (fonte)
 Estudo de Modelos de linhas

Exercícios
.
 Uma linha de transmissão monofásica fornece à carga uma potência de 1100 kW a 33 kV a 0.8 p.f.
atrasado. A resistência total e reactância indutiva da linha são de 10 Ω e 15 Ω respectivamente.

Determine:
i. Tensão na fonte e na carga; Mais
ii. F.P. na fonte;
iii. Eficiência de transmissão.
R: 41,67 A, 33709 V, 0·7956 ind., 98·44%
exercício!
!?Bom,
assim
aprendo…
 Estudo de Modelos de linhas

Exercícios
.
 Uma linha de transmissão trifásica com sobrecarga fornece 5000 kW a 22 kV e o F.P é de 0 · 8
(atrasado). A resistência e reactância de cada condutor é de 0,4 Ω/km e 0,6 Ω/km
respectivamente. Considere o comprimento da linha 10 km.
Determine:

i. O envio de tensão monofásica e trifásica;

ii. A regulação percentual;
iii. A eficiência de transmissão.
Respo. 13820·8 V (monofásica); 23·938 kV (trifásica); 8·825% e 93·94%
 Estudo de Modelos de linhas

Exercícios
.
 Uma linha de transmissão trifásica de 11 kV, tem uma resistência de 1 · 5 Ω e reactância de 4 Ω por fase.
Determine:
i. A regulação percentual;
ii. Eficiência da linha quando a carga total fornecida é de 5000 kVA e F.P de 0,8 (atrasado)

Respo: 14,88% e 92·8%

 Três fases, 50 Hz, 16 km de comprimento de linhas aéreas com a carga de 1.000 kW a 11kV, 0 · 8 de
F.P.(atraso). A resistência da linha é 0 · 03 Ω por fase por km e linha de indutância é 0 · 7 mH por fase por
km.

Determine:
i. A tensão do envio e a final;
ii. A regulação de tensão envio percentual;
iii. A eficiência da transmissão.

Respo: 6351 e 6516,052 V; 2·58% e 99·38%

 Estudo de Modelos de linhas

Exercícios
.
 Uma linha trifásica fornece 3600 kW e com F. P. 0 · 8 (atrasado). Se na fonte for de 33 kV.

 Determinar

i. a tensão de extremidade receptora

ii. a corrente de linha
iii. a eficiência da transmissão. A resistência e reactância de cada condutor são 5 · 31 Ω e 5 · 54 Ω
respectivamente.
Respo. 31·93 kV; 81·36 A e 97·15%

 Uma linha de transmissão trifásica com sobrecarga fornece 5000 kW a 22 kV e o F.P é de 0 · 8

(atrasado). A resistência e reactância de cada condutor é de 4 Ω e 6 Ω respectivamente.
Determine:

i. O envio de tensão monofásica e trifásica;

ii. A regulação percentual;
iii. A eficiência de transmissão.

Respo. 13820·8 V (monofásica); 23·938 kV (trifásica); 8·825% e 93·94%

 Estudo de Modelos de linhas

3-Linhas Médias de Transmissão

 Introdução
Nos cálculos de linha de transmissão curtas, os efeitos da capacitância na linha são desprezadas
uma vez que estas apresentam comprimentos menores e transmitem energia com tensões
relativamente baixas (<20 kV). Sendo assim, com o aumento de comprimento da linha, torna-se
importante a consideração da capacitância da linha sendo que o seu valor vai –se aumentando
gradualmente.
Uma vez que as linhas de transmissão médias têm comprimentos suficientes (50-150 km) e
geralmente operam a tensões acima de 20 kV, os efeitos de capacitância não podem ser desprezadas.
Por conseguinte, a fim de se obter uma exactidão razoável nos cálculos de linhas média de
transmissão, a capacitância da linha devem ser tomadas em consideração.

Não posso desprezar os

efeitos da capacitância ao
longo da linha !!!???
 Estudo de Modelos de linhas

3-Linhas Médias de Transmissão

A capacitância é uniformemente distribuída ao longo de todo o comprimento da linha. No entanto,

a fim de fazer os cálculos simples, a capacitância da linha é assumida para ser aglomeradas ou
concentrada na forma de condensadores manobrados em toda a linha em um ou mais pontos. Tal
tratamento de localização a capacitância da linha dá resultados razoavelmente precisos. Os
métodos mais utilizados (conhecidos como métodos de capacitância localizadas) para a solução de
linhas de transmissão média são:

 Método de condensador final.

 Método T nominal .

 Método π nominal.

Embora os métodos acima são utilizados para a obtenção do desempenho dos cálculos de linhas
médias, também podem ser utilizados para linhas curtas se as suas capacitâncias da linha são
dadas em um problema particular.
 Estudo de Modelos de linhas

3-Linhas Médias de Transmissão

 Método de condensador final

Neste método, a capacitância da linha é aglomeradas ou concentrada na extremidade da

recepção ou da carga, conforme mostrado na figura abaixo.
Este método de localização da capacitância na linha no final de carga, sobrestima os
efeitos da capacitância. Torna-se mais viável trabalhar com os valores em fase em vez de
valor de linha-a-linha ou compostos .

Limitações.
Embora o método de condensador final para a solução de linhas média é simples de
trabalhar fora dos cálculos, mas tem os seguintes inconvenientes:

 Há um erro considerável (cerca de 10%) nos cálculos porque a capacitância distribuída

foi que se presume serem aglomeradas ou concentrada.

 Este método sobrestima os efeitos de capacitância linha.

 Estudo de Modelos de linhas

3-Linhas Médias de Transmissão

 Método do Condensador de Fim

Agora já sei que os efeitos de

capacitância nas linhas
médias não são
desprezadas !!!!!  IR = corrente de carga por fase
 R = resistência por fase
 XL = reactância indutiva por fase
 C = capacitância por fase
 cos φR = factor de potência (atrasado).
 VS = tensão na fonte por fase
 Estudo de Modelos de linhas

3-Linhas Médias de Transmissão

 Método de condensador final

Note-se a construção do diagrama de fases .
 O IR corrente de carga fica atrás VR por φR .

 A corrente capacitivo IC leva VR 90º como mostrado.

 A soma fasorial de IC e IR é a corrente final de envio IS.

 A queda na resistência da linha é ISR (AB) em fase com IS

enquanto que a queda indutiva ISXL (BC) é de 90º.

 Portanto , OC representa a tensão final de envio VS.

 Os ângulo φS entre a tensão final de envio VS e a da carga é

que determina o factor de potência final cos φS..
 Exercícios

A linha média de transmissão monofásica de 100 km de comprimento, tem o seguinte

constantes:

Resistência / km = 0 · 25 Ω;
Reactância / km = 0 · 8 Ω.
Susceptância / km = 14 × 10−6 Siemens;
Tensão de linha de recepção = 66,000 V

Supondo que a capacitância total da linha esteja localizada somente na extremidade receptora,
determine
(i) a corrente na fonte
(ii) a regulação da tensão entre a fonte e a carga

(iii) o factor de potência de fornecimento.

A linha está fornecendo 15.000 kW a 0,8 atraso do factor de potência. Desenhe o diagrama fasorial para
ilustrar seus cálculos.

R: 240 A ; 79583V; 20.58%; 0·86 lnd.

 Estudo de Modelos de linhas

3-Linhas Médias de Transmissão

 Método nominal em T
Neste método, assume-se que a capacitância da linha inteira está concentrada no ponto
médio da linha e a metade da resistência da linha e a reactância são agrupadas em
ambos os lados como mostrado na Fig. abaixo. Portanto, neste arranjo, a corrente de
carga completa flui sobre metade da linha. Na Fig. abaixo, representa-se um circuito
monofásico de uma linha trifásica, pois é vantajoso trabalhar em fase em vez de valores
linha-a-linha.
Considerações
Devido a essa modelagem de linha, a corrente de carga capacitiva está fluindo através da
metade da linha de transmissão. Tenha em atenção que, este não é o caso no método
anterior (Método de condensador final ).
No método de condensador final , a corrente de carga capacitiva flui através da linha
inteira, uma vez que a capacitância de derivação é assumida como sendo agrupada na
extremidade receptora..
 Estudo de Modelos de linhas

3-Linhas Médias de Transmissão

 Método nominal em T

Observe a construção do diagrama fasorial. VR é tomado como o fasor de referência

representado pela OA. A carga IR está atrasada por VR por φR. A queda de tensão AB =
IR R / 2, está em fase com IR e BC = IR · XL / 2 leva IR por 90º. O fasor OC representa a
tensão V1 através do condensador C. A corrente de capacitores IC leva V1 por 90º
como mostrado. A soma fasorial de IR e IC resulta em IS. A parte CD = IS R / 2 está em
fase com IS enquanto DE = IS XL / 2 atrasada IS é 90º. Então, OE representa a tensão
fonte VS.
 Estudo de Modelos de linhas

3-Linhas Médias de Transmissão

 Método nominal em T
 Estudo de Modelos de linhas

3-Linhas Médias de Transmissão

Exercícios
Uma linha de transmissão aérea trifásica de 50 Hz com 100 km de comprimento tem a seguintes
constantes:
Resistência / km / fase = 0,1 Ω
Reactância indutiva / km / fase = 0,2 Ω
Susceptância capacitiva / km / fase = 0,04 × 10−4 Siemens
Determine :
(a) a corrente na fonte (b) tensão na fonte
e (c) eficiência de transmissão ao fornecer uma carga equilibrada de 10.000 kW a 66 kV, p.f.
0·853 e 0.8 respectivamente.
atrasados. Use o método T nominal. R:100,4 A ; 40145 <1º40V; 69·533 kV; 97·34%
 Estudo de Modelos de linhas

3-Linhas Médias de Transmissão

 Método nominal em 𝜋
Neste método, a capacitância de cada condutor (isto é, linha para neutro) é dividida em
duas metades; uma metade sendo agrupada na extremidade de envio e a outra metade na
extremidade de recepção como mostrado na Fig. abaixo. É óbvio que a capacitância na
extremidade de envio não tem efeito na queda tensão da linha. No entanto, a sua corrente
de carga deve ser adicionada à corrente da linha para obter a corrente final de envio total.

Considerações do diagrama de linha

Observe a construção do diagrama de fasorial. VR é tomado como o fasor de referência
representado pela OA. O IR está atrasado em relação a VR por φR. A corrente de carga IC1
leva VR em 90º. A corrente de linha IL é a soma fasorial de IR e IC1. A queda de tensão AB =
ILR está em fase com IL, enquanto a queda BC = ILXL leva IL por 90º. Então OC representa a
tensão na fonte VS. A corrente de carga IC2 leva VS em 90º. Assim sendo,
A corrente na fonte IS é a soma fasorial do IC2 e IL. O ângulo φS entre a tensão na fonte VS e
a corrente na fonte IS determina o p.f. cos φS.
 Estudo de Modelos de linhas

3-Linhas Médias de Transmissão

 Método nominal em 𝜋

Corrente da linha
Tensão e Corrente na Carga

Tensão da fonte

Corrente da capacitância da linha no lado

carga Corrente da capacitância da linha no lado
da fonte
 Estudo de Modelos de linhas

3-Linhas Médias de Transmissão

Exercícios
1- Uma linha trifásica , 50 Hz, 150 km tem resistência, reactância indutiva e capacitiva admitância de shunt de
0 · 1 Ω, 0 · 5 Ω e 3 × 10−6 S por km por fase. Se a linha entregar 50 MW a 110 kV e 0 · 8 p.f. (atraso).

Determine a tensão e a corrente na fonte. Assuma um circuito π.

R: 143·55 kV ; 306·4 A

2-Uma linha de transmissão trifásica de 100 km de comprimento e frequência de 50 Hz, possui as seguintes
constantes de linha:
Resistência / fase / km = 0 · 1 Ω
Reactância / fase / km = 0 · 5 Ω
Susceptância / fase / km = 10 × 10- 6 S, se a linha fornecer carga de 20 MW a 9,9 p.f. atrasado em 66 kV na
extremidade receptora, calculado pelo método nominal π:

(i) Factor de potência na fonte;

(ii) Regulação da tensão ;
(iii) eficiência de transmissão.

R: 0·905 (atraso), 15·27 %, 94 %

 Estudo de Modelos de linhas

3-Linhas Médias de Transmissão

No ponto 4 (Recepção), temos os seguintes valores :

𝑈𝑅 = 110 𝐾𝑉, 𝑆𝑟 = 50 MVA, cos 𝜑𝑟 = 0.8 (indutivo), r=5,448 Ohm, X= 15,55 Ohm.
Susceptância capacitiva = 117,44 𝑥 10−6 siemens. Pede- se para determinar :

a) A queda de tensão em percentagem. Resp. (5,63%)

b) As perdas de potência activa em percentagem. Resp. 2,69 %

c) O rendimento de transporte em percentagem. Resp. 97,3 %

d) Pede-se para calcular as grandezas nos pontos indicados da figura e colocar na tabela abaixo.

OBS: Trabalhe com valores trifásicos

 Estudo de Modelos de linhas

3-Linhas Médias de Transmissão

 Estudo de Modelos de linhas

3-Linha longa de Transmissão

INTRODUÇÂO

É bem sabido que as constantes de linha de transmissão estão uniformemente distribuídas

em todo o comprimento da linha. No entanto, uma precisão razoável pode ser obtida em
cálculos de linha para linhas curtas e médias considerando essas constantes como
agrupadas. Se tal suposição de constantes agrupadas for aplicada nas linhas de
transmissão longas (com um excesso de comprimento de cerca de 150 km), verifica-se
que erros graves são introduzidos nos cálculos de desempenho. Portanto, para obter um
grau de precisão justo nos cálculos de desempenho de linhas longas, as constantes de
linha são consideradas como uniformemente distribuídas ao longo do comprimento da
linha. É necessário um tratamento matemático rigoroso para a solução de tais linhas.

Todo o comprimento da linha é dividido em

inúmeras seções, cada seção com constantes de
linha.

Os seguintes pontos podem

ser notados:
 Estudo de Modelos de linhas

3-Linha longa de Transmissão

INTRODUÇÂO

 As constantes de linha são uniformemente distribuídas em todo o comprimento

da linha, como é realmente o caso.

 A resistência e a reactância indutiva são os elementos ligados em série.

 A susceptância de fuga (B) e a condutância de fuga (G), são elementos de

derivação ou transversais.

 A susceptância na linha deve-se ao fato de existir a capacitância entre a linha e o

neutro (Solo). A condutância da linha deve-se ao fato de considerar as perdas de
energia que ocorrem através dos isoladores ou devido ao efeito corona entre os
condutores.

 A corrente de fuga através da admitância transversal é máxima no extremo de

envio da linha e vai diminuindo continuamente a medida que se aproxima do
extremo da recepção do circuito, onde o seu valor atinge a magnitude zero.
 Estudo de Modelos de linhas

3- Análise da Linha de Transmissão Longa (Método Rigoroso ou exacto)

A figura abaixo mostra uma conexão de fase e neutro de uma linha trifásica com impedância longitudinal e as
admitâncias transversais distribuída uniformemente.

 As linhas de transmissão apresentam

características elétricas tais como R L C
G.

 Usando as lei das malhas e a lei dos

nós:
(1) e (2) e portanto (3) e (4).
 Estudo de Modelos de linhas

3-Linha longa de Transmissão

 Substituindo em (1) e (2), obtém-se (5)
e (6): equações diferenciais da linha.

 As tensões e correntes são

sinusoidais, logo são representadas
por fasores; (7) e (8).

 Derivando (7) e substituindo em (8);

Derivando (8) e substituindo em (7),

obtém-se: (9) e (10).

 Estudo de Modelos de linhas

3-Linha longa de Transmissão

 E portanto definem-se a impedância
característica (Z0) e a constante de
propagação (ᵧ). (11) e (12).

 Substituindo (12) em (9) e

rescrevem-se : (13) e (14).

 As soluções das equações diferenciais são

complexas (15) e (16).
 As constantes C1 e C2 são calculadas no
extremo emissor “e” → x=0.
 Estudo de Modelos de linhas

3-Linha longa de Transmissão

 As contantes são (19) e (20).

 Torna-se conveniente o uso de funções

hiperbólicas (21) e (22).

 Após substituição de C1 e C2, (15) e (16)

podem reescrever-se (23 e 24).
 Estudo de Modelos de linhas

3-Linha longa de Transmissão

 No extremo receptor “r”→x=l, assim
origina (25) e (26).

 Sob a forma matricial: (27).

 Por inversão da matriz, (28).

 Sob a forma de quadripolo, (29).

 De (30) a (32) são as constantes

ABCD, onde ZL=(R+jX)l e
YT=(G+jB)l são a impedância
longitudinal e admitância transversal
totais.
 Estudo de Modelos de linhas

3-Considerações finais
 A condutividade do ar representa as fugas de correntes transversais; está associada
ao efeito corona e com a poluição depositada nas cadeias de isoladores. É de difícil
determinação e por isso desconsiderado nas análises de parâmetros de linhas.
 A corrente de retorno corresponde a uma corrente em uma superfície, ou seja, uma
densidade linear (A/m) de corrente. Portanto, o campo eletromagnético não penetra
no solo.
 A densidade de corrente de condução [A/m²] está associada as quedas de tensão de
natureza resistiva ( ΔV/Ic ) e indutiva ( ΔVfem/Ic ).
 A Capacitância traduz a relação entre carga e a diferença de potencial. Evidencia o
armazenamento de energia da linha na forma de campo elétrico (transversal).
 A indutância total, L = Lint + extL , quantifica o armazenamento de energia da
linha na forma de campo magnético/corrente.
 Na impedância longitudinal, fica evidente que os R [Ω/m] e L[H/m] são distribuídos
ao longo da linha.
Exercícios