AUXÍLIAR VETERINÁRIO
PEQUENO PORTE
PROFILAXIA
NOTA DE
EDIÇÃO
Este material didático foi compilado pela Divisão de Ensino da Escola de Equitação do Exército em parceria com a
Seção Veterinária e seus parceiros e faz parte do material de apoio pedagógico do Estágio de Auxiliar Veterinário
Pequeno Porte (Aux Vet PP).
Autor
2 º Ten VET ALMARA DE LUCAS VARGAS
Equipe Técnica
ST Alexandre Macário dos Santos
2° Ten Mariana Brilhante Lima
Revisor
TC Alex Titan Lima da Silva
1° Ten Erika Neiva Cardoso
Edição revisada e atualizada em maio de 2023
SUMÁRIO
1. PROFILAXIA;
2. CALENDÁRIO DE MEDIDAS PROFILÁTICAS NO EXÉRCITO BRASILEIRO;
3. ENDOPARASITOSES;
4. ECTOPARASITOSES;
5. VACINAS X DOENÇAS;
6. BIBLIOGRAFIA.
1. PROFILAXIA
O QUE É PROFILAXIA?
1. Prevenção de doenças;
2. Medicina preventiva, que se ocupa das medidas necessárias à preservação da saúde da coletividade.
4
2. MEDIDAS
PROFILÁTICAS
Calendário de Medidas Profiláticas Compulsórias
De acordo com o Art 4º, do Cap I, do Título II, da Port nº 036-DGS, de 16 de Dezembro de 1999
– Instruções Reguladoras das Atividades de Remonta e Veterinária, em Tempo de Paz – (IR 70-
19), esta Diretoria aprova, para execução no ano de 2022 pelas OM com efetivo de animais, o
calendário abaixo:
5
ENTRADA PRAZO DE
ENTIDADES MÓRBIDAS DOS APLICAÇÃO PERIODICIDADE MEDIDAS LANÇAMENTO NO
PRODUTOS NAS OM SISTEMA PEGASUS
NAS OM ATÉ
Endoparasitoses 31 JAN FEV Trimestral 1ª Vermifugação 31 MAR
1ª Profilaxia
contra
Ectoparasitoses 31 JAN FEV Quadrimestral Ectoparasitas 31 MAR
Cinomose, coronavirose, hepatite,
leptospirose, Parainfluenza, 31 MAR ABR Anual Vacinação 31 MAIO
Parvovirose
2ª Profilaxia
Ectoparasitoses 31 MAI JUN Quadrimestral contra 31 JUL
Ectoparasitas
Endoparasitoses 31 ABR MAI Trimestral 2ª Vermifugação 31 JUN
Traqueobronquite Infecciosa 30 JUN JUL Anual Vacinação 31 AGO
Raiva 31 JUL AGO Anual Vacinação 30 SET
Giardíase canina (1) 31 JUL AGO Anual Vacinação 30 SET
Endoparasitoses 30 JUL AGO Trimestral 3ª Vermifugação 30 SET
3ª Profilaxia
Ectoparasitoses 31 SET OUT Quadrimestral contra 31 NOV
Ectoparasitas
NOV
Endoparasitoses 30 OUT Trimestral 4ª Vermifugação 31 DEZ
Leishmaniose Visceral Canina (2) (3) - - Eventual Sorologia e Até 30 dias após a realização
(4) Vacinação das medidas profiláticas
Sorologia dos
reprodutores e
Brucelose (5) - - Anual matrizes 15 JUN
6
2. MEDIDAS
PROFILÁTICAS
Sorologia dos
Leptospirose (6) - - Anual reprodutores e 15 JUN
matrizes
Observações:
(1)A vacinação contra giardíase canina terá sua realização a critério das OM com efetivo canino autorizado;
(2)A vacinação de cães soronegativos contra Leishmaniose Visceral Canina será realizada a critério das OM com efetivo canino autorizado, após consulta
da SGLRV/ D Abst e diagnóstico sorológico e parasitológico negativo, sempre atendendo ao disposto na Legislação Federal em vigor sobre o assunto;
(3)O(s) resultados(s) diferente do negativo para Leishmaniose Visceral Canina e outras enfermidades infecto-contagiosas e parasitárias deverá ser
informado(s), imediatamente via DIEx, constando o(s) nº(s) de matrícula (s) e o(s) nome(s) do(s) animal(is) infectados.
(4)As OM com efetivo canino e situadas em regiões consideradas endêmicas para Leishmaniose Visceral Canina, deverão adotar medidas preventivas e
realizar 2 (dois) exames de diagnóstico por ano, com técnicas de diagnóstico distintas.
(5)Brucela canis. Sorologia dos reprodutores e matrizes de CRDC, utilizando o método ELISA.
(6)Sorologia dos reprodutores e matrizes de CRDC.
Em conseqüência:
-o Cmt/Ch/Dir da OM é o responsável pela aplicação das medidas profiláticas e pelo lançamento das informações relativas a elas no Sistema
ELETRÔNICO DE CONTROLE DE ANIMAIS (PEGASUS), assessorado pelo Ch da Sec Vet ou SCG da OM que possui efetivo animal;
-as OM poderão propor à SGLRV/ D Abst, alterações na execução das medidas acima, desde que devidamente justificadas.
7
3.
ENDOPARASITOSES
ENDOPARASITOSES:
São aquelas doenças em que os parasitas vivem internamente no organismo do hospedeiro, geralmente no
trato gastrointestinal do animal, mas que também podem migrar para outros órgãos como coração,
estômago, rins e pulmões. Por exemplo, as bactérias, protozoários, vermes e outros (FERREIRA et al, 2013).
*Condições higiênico-sanitárias e socioeconômicas
* Idade
EXEMPLOS:
Ancylostoma spp. (Larva Migrans Cutânea)*;
Toxocara spp. (Larva Migrans Visceral)*;
Dipylidium caninum*;
Giardia spp *;
Dirofilaria immitis;
E muitos outros...
*Zoonozes
8
3.
ENDOPARASITOSES
SINTOMAS:
anemia;
perda de apetite (hiporexia) e anorexia;
perda de peso (causada pela menor digestão e absorção de nutrientes);
fraqueza muscular;
pelagem eriçada e sem brilho;
aumento de volume abdominal;
dor ou desconfortos abdominais;
retardamento do crescimento;
desidratação e/ou desnutrição;
êmese;
diarréias com ou sem a presença de sangue.
9
3.
ENDOPARASITOSES
ENDOPARASITAS/ ANCILOSTOMÍASE:
10
3.
ENDOPARASITOSES
ENDOPARASITAS/ TOXOCARÍASE:
11
3.
ENDOPARASITOSES
ENDOPARASITAS/ DIPILIDIOSE:
12
3.
ENDOPARASITOSES
ENDOPARASITAS/ GIARDÍASE:
13
3.
ENDOPARASITOSES
ENDOPARASITAS/ DIROFILARIOSE:
14
3.
ENDOPARASITOSES
VERMÍFUGOS:
15
4.
ECTOPARASITOSES
ECTOPARASITOSES
São aquelas doenças em que os parasitas vivem externamente, na pele e nos pêlos do hospedeiro. Por
exemplo, pulgas, carrapatos, piolhos, ácaros microscópicos e outros. A dermatite alérgica à picada de
ectoparasitas é uma enfermidade bastante frequente na clínica de pequenos animais (OLIVEIRA et al, 2008).
ECTOPARASITAS: carrapatos, pulgas, ácaros (sarnas).
DOENÇAS:
Carrapatos: Babesiose, Erliquiose, Febre Maculosa;
Pulgas: Dipilidiose, Hemobartonelose, DAPP;
Ácaros: Sarnas demodécica, sarcóptica e otodécica.
SINTOMAS: Variados! Dos mais brandos aos mais graves!
16
4.
ECTOPARASITOSES
CARRAPATOS:
17
4.
ECTOPARASITOSES
PULGAS:
18
4.
ECTOPARASITOSES
ÁCAROS (SARNAS SARCÓPTICA E DEMODÉCICA):
19
4.
ECTOPARASITOSES
ÁCAROS (SARNA OTODÉCICA):
20
4.
ECTOPARASITOSES
ANTIPARASITÁRIOS:
21
5. VACINAS X
DOENÇAS
VACINAS:
POLIVALENTE (V8 OU V10) – Cinomose, Parvovirose, Coronavirose, Hepatite Infeciosa Canina, Parainfluenza,
Adenovírus Tipo 2 e Leptospirose.
LEPTOSPIROSE – Leptospira spp.
RAIVA
TRAQUEOBRONQUITE INFECCIOSA (Tosse dos Canis) - Vários agentes infecciosos, que atuam isoladamente ou
em conjunto, estão envolvidos na etiopatogenia do complexo respiratório infeccioso canino, tais como os
vírus Adenovírus canino tipo 2, Vírus da influenza canina, Vírus da parainfluenza canina, Herpesvírus canino
tipo 1 e Coronavírus canino; além das bactérias Bordetella bronchiseptica, Streptococcus equi zooepidemicus
e Mycoplasma cynos (Bauman, 1999; Buonavoglia & Martella, 2007; Nelson e Couto, 2015).
GIARDÍASE CANINA (CRITÉRIO DAS OM)
LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA (CRITÉRIO DAS OM)
22
5. VACINAS X
DOENÇAS
DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS:
Cinomose: Alta incidência no Brasil, fácil transmissão entre os cães podendo deixar graves sequelas neurológicas
ou até levar à morte, na maioria dos casos. Acomete filhotes, adultos e cães idosos não vacinados.
Parvovirose: Causa vômitos e diarréia grave com perda de sangue, principalmente em filhotes. A transmissão
entre os cães ocorre facilmente e apresenta mortalidade superior a 50%.
Coronavirose: Provoca principalmente diarréias e vômitos.
Traqueobronquite Infecciosa Canina (Tosse dos Canis): Adenovirus tipo 2, Parainfluenza e outros, causam
doenças respiratórias. Sintomas: episódios agudos de tosse seca/improdutiva e contínua, resultante da irritação
dos brônquios, bronquíolos e traquéia; secreção mucolítica nasal; secreção ocular; dificuldades
respiratórias/dispneia e movimentos de “mímica de vômito” que podem ser facilmente confundidos com
engasgos pelo tutor, etc.
Hepatite Infecciosa Canina: Sintomas: vômitos, diarréias e leva à hepatite aguda.
23
5. VACINAS X
DOENÇAS
DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS:
Leptospirose: Provoca alterações graves nos rins e fígado. Para esta enfermidade, cães que residem em
casas, com acesso à rua e/ou áreas rurais (sítios, hotel fazenda, etc.) estão mais suscetíveis à doença. É
extremamente importante sua prevenção devido a possibilidade de transmissão da doença para o homem,
através da exposição direta ou indireta a urina de animais, cães, principalmente ratos infectados pela
bactéria Leptospira; sua penetração ocorre através da pele com lesões, pele íntegra imersa por longos
períodos em água contaminada ou através de mucosas.
Traqueobronquite Infecciosa Canina: Bordetella bronchiseptica e outras.
24
5. VACINAS X
DOENÇAS
DOENÇAS CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS:
Leishmaniose: As leishmanioses tegumentares causam lesões na pele, mais comumente ulcerações e, em
casos mais graves (leishmaniose mucosa), atacam as mucosas do nariz e da boca. Já a leishmaniose visceral,
como o próprio nome indica, afeta as vísceras (ou órgãos internos), sobretudo fígado, baço, gânglios
linfáticos e medula óssea, podendo levar à morte. Os sintomas incluem febre, emagrecimento, anemia,
aumento do fígado e do baço, hemorragias e imunodeficiência.
Giardíase: Agente Giardia spp. A transmissão da giárdia em gatos e cães pode ocorrer pela ingestão dos
cistos do protozoário que foram liberados nas fezes de indivíduos infectados ou pela ingestão de água e
alimentos que estejam contaminados (FARIA e CONTI, 2021). E, os sintomas incluem enterites; dores
abdominais; diarréia ou fezes com odor fétido. Geralmente são de aspecto mole ou aquoso, espumosas e de
cor pálida. As fezes podem ter a presença de gorduras devido a esteatorréia (sinal patognomônico causado
pela má absorção); vômito; desidratação; distensão abdominal; perda de peso; anorexia; e outros.
25
5. VACINAS X
DOENÇAS
26
4. VACINAS X
DOENÇAS
27
5. VACINAS X
DOENÇAS
VACINAS:
28
6. BIBLIOGRAFIA
Imagens e conteúdo retirados dos seguintes sites, trabalhos ou livros:
Imagens: internet.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Bauman G. (1999). Traqueobronquite infecciosa do cão - Tosse dos canis. In: J. Beer (Ed). Doenças Infecciosas em Animais
Domésticos (pp. 145-148). Brasil: Roca.
Calendário de Medidas Profiláticas Compulsórias de acordo com o Art 4º, do Cap I, do Título II, da Port nº 036-DGS, de 16 de
Dezembro de 1999 – Instruções Reguladoras das Atividades de Remonta e Veterinária, em Tempo de Paz – (IR 70-19), Diretoria
de Abastecimento (D Abst) para execução no ano de 2022, pelas OM com efetivo de animais.
http://www.dabst.eb.mil.br/index.php/classes/category/57-normas-gerais?download=676:3-2-calendario-de-obrigacoes-
para-sglrv-profilaxia
FARIA, Lucas Costa; CONTI, Fabio Zacheu. Incidência da giárdia SPP. nas fezes de cães em áreas públicas de Águas Claras, São
Sebastião e Asa Sul, Distrito Federal, Brasil. Dissertação apresentada ao Centro Universitário de Brasilia – CEUB, Brasília, 2021.
Disponível em: https://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/pic/article/view/8302.
29
6. BIBLIOGRAFIA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
FERREIRA, Fernando Pinto et al. Frequência de parasitas gastrointestinais em cães e gatos do município de Londrina, PR,
com enfoque em saúde pública. Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 34, n. 6, p. 3851–3858, 2013.
Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/4457/445744138014.pdf.
OLIVEIRA, Amanda Claudia et al. Ctenocephalides canis e ctenocephalides felis: revisão de literatura.
Revista Cientifica Eletrônica de Medicina Veterinária, Garça, v. 6, n. 11, p. 1-5, 2008.
Disponível em: http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/9xwDPiLIb8PLwoS_2013-6-14-10-24-6.pdf.
Acesso em: 18 jul. 2022.
SILVA, E. M. da; LOURES, G. de P.; FRANCISCATO, C. Endoparasite infections in dogs seen as zoonoses – literature review.
Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 6, p. e53911629388, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i6.29388.
Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/29388.
SITE:
https://portal.fiocruz.br/doenca/leishmaniose
30
PREVENIR É MELHOR DO QUE
REMEDIAR!
31