Faculdade de Odontologia
Universidade Federal de Minas Gerais
Gabriela Luiza Nunes Souza
Jéssica Madeira Bittencourt
Priscilla Luz Campos
Leticia Cristine da Silva
André Souza Rufino
Débora Santos de Souza
Marco Thulio Silvestrini Lima
Cristiane Baccin Bendo
Técnica não
instrumental na
terapia pulpar
de dentes decíduos
1º edição
Belo Horizonte
Comissão Editorial FAO UFMG
2024
Gabriela Luiza Nunes Souza
Doutoranda em Odontologia - UFMG
Jéssica Madeira Bittencourt
Professora Substituta / Departamento SCA - UFMG
Priscilla Luz Campos
Doutoranda em Odontologia - UFMG
Leticia Cristine da Silva
Mestranda em Odontologia - UFMG
André Souza Rufino
Graduando em Odontologia - UFMG
Débora Santos de Souza
Graduanda em Odontologia - UNA
Marco Thulio Silvestrini Lima
Graduando em Odontologia - UFMG
Cristiane Baccin Bendo Neves
Professora Adjunta / Departamento SCA - UFMG
Técnica não
instrumental na
terapia pulpar
de dentes decíduos
1º edição
Belo Horizonte
Comissão Editorial FAO UFMG
2024
Direitos de autor ©2024. Os autores desta obra são responsáveis pela publicação,
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Universidade Federal de Minas Gerais
Reitora
Profa. Dra. Sandra Goulart Almeida
Vice-reitor
Prof. Dr. Alessandro Fernandes Moreira
Faculdade de Odontologia UFMG
Diretor
Prof. João Batista Novaes Junior
Vice-diretora
Profa. Patrícia Valente Araújo Jacques Gonçalves
Comissão Editorial da FAO UFMG
Profa. Fabiana Vargas Ferreira, Rogéli Tibúrcio Ribeiro da Cunha Peixoto, Rafaela
da Silveira Pinto, Aline Araújo Sampaio, Francisca Daniele Jardilino, Barbara da
Silva Mourthé Matoso, Ana Carolina Marques Medeiros , Luciana Gonçalves Silva
Souza , Mateus Henrique Silva Trindade, Hebertt Gonzaga dos Santos Chaves,
Débora Rosana Alves Braga Silva Montagnoli.
ÍNDICE
Prefácio
6 Objetivo da terapia pulpar
6 Causas do comprometimento pulpar
9 Diagnóstico pulpar
11 Tratamento endodôntico radical
12 Tratamento não instrumental
21 Considerações finais
22 Referências bibliográficas
Prefácio
A História da Endodontia não é bem elucidada.
Acredita-se que no Egito a.C, a dor de dente era
vista como castigo divino e, por isso, os rituais
terapêuticos eram mágico-religiosos. Já no século I,
surgiu o conceito da endodontia, em que os
“médicos” já aconselhavam a remoção da polpa
dentária doente ao invés de extrair o elemento
dentário, sendo essas técnicas baseadas em
empirismo. Há relato de tentativas de vedar os
canais com chumbo e ouro em folhas no século
XVIII.
O conhecimento científico começou
posteriormente, quando o homem começou a
entender o porquê de vários fenômenos naturais, e
com isso, veio a intervir cada vez mais nos
acontecimentos ao seu redor. A ciência é dinâmica!
Frequentemente, conceitos e técnicas que eram
bem delimitadas pela literatura se tornam
ultrapassadas.
Nesta obra, os autores discorrem sobre a técnica
não instrumental na terapia pulpar de dentes
decíduos, método que dispensa a instrumentação
dos canais radiculares e facilita a realização da
desinfecção.
Objetivo da terapia pulpar
Manter a integridade da dentição e dos tecidos de suporte
até que ocorra a esfoliação fisiológica do dente decíduo 1 .
Causas do comprometimento pulpar
A polpa do elemento dentário pode ser afetada por
cárie dentária ou traumatismo dentário.
Cárie dentária
A cárie é uma doença prevalente e impactante 2,
em especial naquelas populações socialmente
menos favorecidas, e pode ter efeitos negativos na
qualidade de vida das crianças 3, devido à:
Perda de função
Comprometimento estético
Presença de dor
O envolvimento pulpar é a consequência clínica
mais prevalente da cárie não tratada 4 .
Além do tipo e da intensidade da dor, o
diagnóstico e o tratamento de lesões cariosas
com comprometimento pulpar irão depender
da condição patológica do tecido pulpar, das
condições dos tecidos de suporte e do
remanescente coronário 5 .
6
Traumatismo dentário
O traumatismo dentoalveolar em crianças é um
problema de saúde pública devido ao seu
impacto na estética, na função e por sua alta
prevalência em urgências odontológicas 1 . Nesse
sentido:
Lacerações da mucosa bucal,
Sangramento abundante,
Fraturas dentárias e do osso alveolar,
Luxações e avulsões dentárias,
são situações desafiadoras, que necessitam de
atenção e cautela por parte do profissional para o
correto diagnóstico e realização do melhor
tratamento3 .
Diante da ocorrência de traumatismos dentários,
o comprometimento pulpar pode levar à
necessidade de tratamento endodôntico 5 .
O diagnóstico pulpar indicará qual
tratamento deverá ser realizado 5.
7
Deste modo, nos casos de fraturas coronárias
com exposição pulpar em que o atendimento
odontológico é realizado rapidamente e a polpa
apresenta vitalidade, pode-se optar por
tratamentos endodônticos conservadores,
como o capeamento pulpar direto ou a
pulpotomia.
Entretanto, já em casos nos quais o tecido pulpar
radicular se encontra irreversivelmente
inflamado ou necrosado e quando há o
diagnóstico de traumas graves, como intrusão e
extrusão graves, o tratamento endodôntico
radical é mais indicado 5.
8
Diagnóstico pulpar
Um dos maiores desafios na prática clínica é a
avaliação e diagnóstico preciso do estado pulpar.
As recomendações e o tipo de terapia pulpar
dependem do diagnóstico clínico e radiográfico,
considerando a condição pulpar 1,6.
Anamnese
É essencial que durante a anamnese sejam
coletados dados de presença de sintomas dolorosos
atuais ou pregressos relacionados aos dentes 5.
Dentes com histórico de dor de curta duração
provocada por estímulos mecânicos, químicos ou
térmicos pode indicar polpa normal ou em
condição inflamatória reversível 1,5,6 .
Relato de dor espontânea, de longa duração,
agravada pelo decúbito, que necessitou de
analgésico para seu controle, sugere condição
inflamatória irreversível 1,5,6 .
Descrição de persistência de dor por algum
tempo, que então desapareceu, pode sugerir
natureza necrótica 1,5,6.
9
Diagnóstico pulpar
Muitas vezes, o diagnóstico só é confirmado após a
abertura do dente, durante o transoperatório, sendo
imprescindivel observar os sinais clínicos da polpa.
Sinais clínicos
Pulpite irreversível apresenta hemorragia
excessiva de difícil hemostasia, com coloração
vermelha escura. Radiograficamente pode ser
observado um espessamento do ligamento
periodontal 1,5,6 .
Já a necrose pulpar pode ser marcada por
mobilidade dentária, edema gengival (quando
não associado a condições periodontais) e
possibilidade de surgimento de patologias do
trato sinusal ou tecidos moles (por exemplo:
parúlide, fístula e abscesso). Radiograficamente
podem ser observados lesão interradicular ou
lesão periapical 1,5,6.
Dentes decíduos que apresentam tecidos pulpares
inflamados ou necróticos devem ter como última
alternativa a exodontia 7 .
10
Tratamento endodôntico radical
Dessa forma, a terapia endodôntica de dentes
decíduos é essencial para manutenção do dente
funcional no arco até o momento da esfoliação
fisiológica 1 .
Indicação
Dentes decíduos com tecido pulpar inflamado
irreversivelmente ou necrótico que possuem até
2/3 de reabsorção radicular 1,8 .
Técnica
Os canais radiculares são instrumentados com
limas manuais ou mecanizadas, irrigados com
substância antimicrobiana e preenchidos com
material obturador reabsorvível. O dente é então
restaurado e deve ser acompanhado clínica e
radiograficamente quanto ao sucesso e eventos
adversos pelo menos a cada 12 meses 1,8 .
Quando um dente precisa ser mantido por menos de
doze meses e apresenta reabsorção radicular avançada,
1,8
a técnica não instrumental é preferível à pulpectomia .
11
Tratamento endodôntico não
instrumental
O tratamento endodôntico não instrumental
também é conhecido como Lesion Sterilization
and Tissue Repair (LSTR) ou Esterilização de lesão
e reparação tecidual (tradução livre).
O tratamento endodôntico não instrumental foi
proposto como uma alternativa mais simples e
rápida à pulpectomia 9.
Desenvolvido em 1990 por Hoshino na Universidade
de Niigata, a terapia consiste em um procedimento
endodôntico que envolve a localização da entrada
dos canais radiculares, seguida pela colocação de
pasta composta por associação de antibióticos para
desinfetar os sistemas de canais radiculares e
promover o reparo das lesões periapicais e
interrradiculares 9,10,11.
12
Tratamento endodôntico não
instrumental
Indicações
Dor espontânea;
Fístula;
Edemas faciais e intraorais;
Mobilidade patológica;
Sensibilidade à percussão vertical e/ou horizontal;
Sangramento pulpar contínuo, mesmo após
remoção da polpa coronária;
Reabsorção radicular externa ou interna patológica
envolvendo até um terço das raízes;
Radiolucidez interradicular ou periapical sem
envolvimento do germe do dente permanente
sucessor;
Espessamento do espaço do ligamento
12
periodontal .
Por ser uma técnica mais simples, quando
comparada a pulpectomia, pacientes com
comportamento negativo podem se beneficiar
dessa modalidade de tratamento 12.
13
Tratamento endodôntico não
instrumental
Contraindicações
Pacientes com risco de endocardite infecciosa,
pré ou pós-transplantes e/ou
imunocomprometidos;
Histórico de alergia a algum dos medicamentos
utilizados nas pastas;
Dentes que não podem ser restaurados;
Dentes que apresentem: obliteração do canal
radicular, extensa reabsorção interna, calcificação
radicular e perfuração do assoalho da câmara
pulpar12.
14
Tratamento endodôntico não
instrumental
Materiais Utilizados
Pastas antibióticas: A ação se dá pela inserção da
pasta na entrada dos canais radiculares e no
assoalho da câmara pulpar. As paredes dentinárias,
são porosas e permitem a permeabilidade da pasta.
Pasta CTZ
Cappielo e Soller (1964) realizaram na Argentina o
tratamento de dentes decíduos com
comprometimento pulpar usando uma associação
entre antibióticos sem a intervenção nos condutos
radiculares. A dupla descreveu uma técnica
executada em sessão única, utilizando uma pasta
antibiótica composta por Cloranfenicol, Tetracilina
e Óxido de Zinco e Eugenol, na proporção em peso
de 1:1:2 dos componentes em pó, e manipulados
com o eugenol no momento de uso. Essa pasta foi
denominada CTZ, e deve ser inserida na entrada dos
canais radiculares e no assoalho da câmara pulpar
para neutralizar a ação da microbiota neste local13.
15
Composição
Dois antimicrobianos: Tetraciclina e Cloranfenicol.
Tetraciclina: é um antimicrobiano que atua contra
um elevado número de bactérias, como as aeróbias,
anaeróbias facultativas e espiroquetas, além de
microrganismos Gram positivos e Gram negativos.
Cloranfenicol: é um antimicrobiano bacteriostático
de amplo espectro, que também pode ser
bactericida em concentrações elevadas ou quando
usado contra microrganismos altamente sensíveis,
sendo ativo contra várias bactérias Gram negativas,
além de possuir excelente atividade contra todos os
14
anaeróbios .
Outros componentes da pasta são o Óxido de Zinco
e o Eugenol.
Óxido de Zinco: é um material biocompatível,
radiopaco e com capacidade antimicrobiana.
Eugenol: possui potente ação antibacteriana, e tem
propriedades analgésicas extraídas do cravo-da-
Índia. Este composto apresenta efeitos terapêuticos
na dentina e polpa, reduzindo a atividade bacteriana
de espécies como o Enterococcus faecalis, coco
Gram positivo frequentemente relacionado a
infecções odontológicas14.
16
Figura 1: Sequência Clínica para uso da pasta CTZ
Radiografia inicial
Anestesia local, isolamento absoluto
e abertura coronária.
Irrigação com hipoclorito de sódio 2,5%
1 2 ou Clorexidina 2%
3 Localização da entrada dos canais
com sonda exploradora
4
Remoção do teto da câmara pulpar e
5 dos restos necróticos e um pouco da
polpa da entrada dos canais
6 Secagem da câmara pulpar
com algodão estéril
7
Manipulação da pasta CTZ
8 Inserção da pasta no assoalho da
câmara pulpar e na entrada dos
9 canais radiculares
10 Limpeza das margens da cavidade;
11 Tampão/selamento com guta percha branca
Restauração definitiva
Radiografia final e controle clínico e radiográfico
Fonte: Dos autores, 2023
17
Tratamento endodôntico não
instrumental
Pasta 3-Mix
Também conhecida como Pasta Tripla
Antibiótica/Poliantibiótica, Mistura de Antibióticos
ou Medicamentos Mistos, a pasta 3MIX envolve o
uso de três antibióticos de amplo espectro -
Ciprofloxacina, Metronidazol e Minocilina (3Mix) -
além de um veículo de Macrogol e Propilenoglicol
(MP)15 .
O metronidazol foi selecionado como um
medicamento apropriado devido a sua atividade
contra bactérias anaeróbias estritas, que constituem
a maioria das bactérias no sistema de canais
radiculares. Além disso, esse medicamento também
possui a capacidade de penetrar em camadas mais
profundas da dentina cariada e assim desinfetar
lesões in vivo. Entretanto, o metronidazol sozinho,
mesmo numa concentração de 100 µg/ml, não
consegue erradicar todas as bactérias, sendo
necessário a adição de outros medicamentos 15.
18
Dessa forma, a ciprofloxacina, um agente
bactericida eficaz contra bactérias Gram negativas, e
a minocilina, um agente bacteriostático de ação
prolongada eficaz contra uma ampla gama de
microrganismos, foram adicionados ao
metronidazol. Esses medicamentos antibacterianos
foram selecionados com base nos estudos feitos
para entender as bactérias-alvo nos tratamentos
15
endodônticos por LSTR .
19
Figura 2: Sequência Clínica para uso da pasta 3-Mix
Radiografia inicial
Anestesia local, isolamento absoluto e abertura
coronária.
1 Irrigação com 5mL de Hipoclorito de sódio
2
a 2,5% e aspiração
3
Localizar a entrada dos canais com
4 sonda exploradora
Secagem da câmara pulpar com
5 algodão estéril e manipulação da
pasta triantibiótica
6 Inserção da pasta no assoalho
da câmara pulpar e na entrada
dos canais radiculares
7
Pressionar a pasta com bolinhas de
algodão estéreis
8
Limpeza das margens da cavidade
9
11 10 Tampão/selamento com guta percha branca
Restauração definitiva
Radiografia final e controle clínico e radiográfico
Fonte: Dos autores, 2023
20
Considerações finais
É notável o avanço tecnológico no tratamento
endodôntico em dentes decíduos: localizadores apicais
eletrônicos, instrumentação mecanizada e o
desenvolvimento de técnicas mais conservadoras,
promovendo um tratamento mais eficiente do que anos
atrás era possível. Porém, este tipo de tratamento ainda é
um desafio para o profissional, seja por dificuldade ao
acesso às publicações, ou por uma visão inadequada
sobre a literatura científica.
A ciência ainda tem muito o que avançar em relação aos
tratamentos endodônticos em dentes decíduos,
entretanto, uma grande barreira é fazer com que essas
informações cheguem a prática clínica, para que
especialistas e clínicos tenham conhecimento e acesso a
essas inovações para tornar essa mudança uma realidade
para os pacientes.
Que a leitura dessa obra seja esclarecedora em relação ao
tratamento endodôntico não instrumental em dentes
decíduos, quanto às suas indicações e contraindicações,
assim como a sua aplicação, quando bem indicada.
21
Referências Bibliográficas
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4- Lopes ABS, Ramos-Jorge ML, Machado GF, Vieiraopes ABS, Ramos-
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22
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Endod J Feb 37(2):132–138.
12- Sain S, J R, S A, George S, S Issac J, A John S. Lesion Sterilization and
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Sep-Oct;11(5):446-450.
13-Castro M, Lima M, Lima C, Moura M, Moura J, Moura L. Lesion sterilization
and tissue repair with chloramphenicol, tetracyline, zinc oxide/eugenol
paste versus conventional pulpectomy: A 36-month
randomized controlled trial. Int J Paediatr Dent. 2023 Jul;33(4):335-345.
14-Hoshino E, Kurihara-Ando N, Sato I, et al. In-vitro antibacterial
susceptibility of bacteria taken from infected root dentine to a mixture of
ciprofloxacin, metronidazole and minocycline. Int Endod J. 1996;29(2):125-
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15- Kayalvizhi G, Subramaniyan B, Suganya G. Topical application of
antibiotics in primary teeth: an overview. J Dent Child (Chic). 2013;80(2):71-
79.
23
RESUMO
O tratamento endodôntico em dentes decíduos
ainda é um desafio para o odontopediatra, seja
pela complexidade microbiológica e morfológica
dos canais radiculares desses dentes, ou pelo
comportamento infantil. A técnica endodôntica
não instrumental, do inglês Lesion Sterilization
and Tissue Repair (LSTR), se caracteriza por não
haver a necessidade de instrumentar os canais, e
foi criada para superar esses desafios. Assim, essa
obra objetiva apresentar desde a indicação até a
sequência clínica da terapia LSTR, além de fornecer
subsídios para a compreensão dos aspectos
biológicos e técnicos da terapia, baseado em
evidências científicas e prática clinica, buscando
obter o melhor resultado possível para o paciente.
Palavras-chave: endodontia, dente decíduo, odontopediatria.
Faculdade de Odontologia da UFMG
Comissão Editorial
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