AULA 4a – Ligantes
asfálticos, agregados e
misturas asfálticas
PTR 3322 - Pavimentação Rodoviária
Profa. Kamilla Vasconcelos
Profa. Dra. Liedi Bernucci
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
ESCOLA POLITÉCNICA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE
TRANSPORTES Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY
Introdução
PROJETO
LOCAL MATERIAIS CONSTRUÇÃO MANUTENÇÃO
PAVIMENTO
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Introdução
Pavimento asfáltico
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Introdução
MATERIAIS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS
• REVESTIMENTO
• TEMPERATURA
• BASE
• CHUVA / UMIDADE
• SUBBASE
• REFORÇO DO SUBLEITO
• SUBLEITO
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Introdução
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Ligantes Asfálticos
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
ESCOLA POLITÉCNICA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE
TRANSPORTES Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY
Introdução
Brasil: cerca de 95% das estradas
pavimentadas são de revestimento
asfáltico
CAP: Cimento asfáltico de petróleo
Asfaltos naturais x provenientes de
destilação
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Introdução
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Introdução
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Introdução
11
Introdução
12
Introdução
13
Introdução
EFEITO DA
TEMPERATURA
EFEITO DO
TEMPO/FREQUÊNCIA
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Introdução
EFEITO DO TEMPO E DA TEMPERATURA
MATERIAL VISCOELÁSTICO
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Introdução
Material viscoelástico
ELÁSTICO VISCOSO
Carga Deformação Carga Deformação
Pneu Recuperável Pneu Não-Recuperável
Antes Durante Depois Antes Durante Depois
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Tipos de ligantes asfálticos
Ligante Asfáltico
Os tipos de ligantes asfálticos existentes no mercado brasileiro são denominados:
(a) cimentos asfálticos de petróleo – CAP;
(b) asfaltos diluídos – ADP;
(c) emulsões asfálticas – EAP;
(d) asfaltos oxidados ou soprados de uso industrial;
(e) asfaltos modificados por polímero (AMP) ou por borracha de pneus (AMB);
(f) agentes rejuvenescedores (AR e ARE).
Checar no livro Pavimentação Asfáltica as
principais características de cada tipo de
ligante asfáltico
18
Ligantes alternativos
termoquímicos
Processos
Métodos Up-
grading
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Especificação brasileira
Limites Métodos
Características Unidade
CAP 30-45 CAP 50-70 CAP 85-100 CAP 150-200 ABNT ASTM
Penetração (100g, 5s, 25, oC) 0,1mm 30 a 45 50 a 70 85 a 100 150 a 200 NBR 6576 D5
Ponto de Amolecimento oC 52 46 43 37 NBR 6560 D 36
Viscosidade Saybolt-Furol
a 135oC 192 141 110 80
ssf NBR 14950 E 102
a 150oC 90 50 43 36
a 177oC 40 a 150 30 a 150 15 a 60 15 a 60
Viscosidade Brookfield
a 135oC, SP 21, 20rpm mín 374 274 214 155
cP NBR 15184 D 4402
a 150oC, SP 21, mín 203 112 97 81
a 177oC, SP 21 mín 76 a 285 57 a 285 28 a 114 28 a 114
(-1,5) a (-1,5) a
Índice de Susceptibilidade Térmica (-1,5) a (+0,7) (-1,5) a (+0,7) - -
(+0,7) (+0,7)
Ponto de Fulgor mín. oC 235 235 235 235 NBR 11341 D 92
Solubilidade em tricloroetileno, mín % massa 99,5 99,5 99,5 99,5 NBR 14855 D 2042
Ductilidade a 25 oC, mín. cm 60 60 100 100 NBR 6293 D 113
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Especificação brasileira
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Especificação brasileira
Ensaio de penetração
Exemplo de equipamento
manual de medida de
penetração e esquema de
ensaio
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Especificação brasileira
Ensaio de viscosidade
Viscosidade Saybolt-Furol
• Muito utilizado no Brasil
• Medida empírica
• Sem especificação fora do país
• 135°C
• Segundo Saybolt Furol (SSF)
Equipamento Saybolt-Furol de ensaio de viscosidade e esquema do seu interior
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Especificação brasileira
Ensaio de viscosidade
Viscosímetro Brookfield
Equipamento Brookfield para medida de viscosidade de ligantes asfálticos
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Especificação brasileira
Ensaio de ponto de amolecimento
Estimativa de
suscetibilidade
térmica
Equipamento automático
e manual para medida do
ponto de amolecimento
do ligante asfáltico
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Especificação brasileira
Ensaio de durabilidade
Envelhecimento do
ligante durante a
mistura com o
agregado em usina,
estocagem,
transporte, aplicação
em campo e durante
vida de serviço
(Whiteoak, 1980
apud Shell, 2003)
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Especificação brasileira
Ensaio de durabilidade
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Ligante asfáltico modificado
Razões para o uso do asfalto modificado
• Rodovias com alto volume de tráfego (ex.: corredores de ônibus)
• Melhoria da resistência à formação de trilhas de roda e ao trincamento por fadiga
• Aumento da coesividade e adesividade
• Criação de membranas de proteção das camadas superficiais de reflexão de trincas
• Revestimento de pontes para diminuir suscetibilidade térmica e aumenta resistência à flexão
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Especificação brasileira – Asfalto modificado
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Especificação brasileira
Recuperação elástica ou retorno elástico
ASTM D 6084
ABNT NBR 14756/2004
4°C ou 25°C
5 cm/min
200 mm de estiramento e secciona-se o fio de ligante
Retorno após 60 min Prof. Kamilla Vasconcelos 32
Asfalto-borracha
PROCESSO ÚMIDO
BORRACHA MOíDA
PROCESSO SECO
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Asfalto-borracha
No processo úmido, o pó de pneu
representa de 15 a 20% da massa de
ligante, ou menos que 1,5% da massa
total da mistura
Estocável (terminal blending) e não-
estocável (continuous blending)
Exemplo de maior consistência do asfalto-borracha no momento da usinagem
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Asfalto-borracha
Especificações dos Cimentos Asfálticos de Petróleo Modificados por Borracha Moída
de Pneus – Asfalto-borracha – ANP, 2008
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Emulsões asfálticas
• Dispersão do CAP em água
com o uso de emulsificante e
energia mecânica
• Existem vários tipos,
identificadas pelo tempo de
ruptura, pela carga da
partícula e pela finalidade
• Devem ser usadas
preferencialmente as
catiônicas
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Agregados
maciço
Qualidade equipamentos
estocagem
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Agregados - Fracionamento
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Agregados - Estocagem
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Agregados - Estocagem
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Agregados - Estocagem
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Agregados – Porcentagem de faces fraturadas
0% fraturado 100% com 2 ou mais
faces fraturadas
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Misturas asfálticas
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Misturas asfálticas
Qual
proporção?
Ligante Agregado
Desem
penho
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Misturas asfálticas
DEFORMAÇÃO
PERMANENTE
Subleito
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Misturas asfálticas
TRINCAMENTO
POR FADIGA
Subleito
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Misturas asfálticas - Dosagem
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Misturas asfálticas - Dosagem
É necessário entender a volumetria para definir o “teor ótimo” de asfalto – ver no livro!
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Misturas asfálticas - Dosagem
Procedimento Marshall
T - 1,0% T - 0,5% T% T + 0,5%c T + 1,0%
Essa compactação (por impacto) simula a compactação da mistura em campo?
51
Misturas asfálticas - Dosagem
Determinação do teor de projeto
VV
RBV
Fluência
Estabilidade
DAP
4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0
Teor de Ligante
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Especificação brasileira – Misturas asfálticas
Exercício 4
i) O percentual de cada agregado e a granulometria final da combinação de agregados
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Especificação brasileira – Misturas asfálticas
Exercício 4
i) O percentual de cada agregado e a granulometria final da combinação de agregados
Projeto de
PEDRIS PÓ DE Cal CH
Peneiras BRITA 1 dosagem Faixa Especificada
CO PEDRA "I"
CBUQ 19
ASTM mm 30 29 40 1 100 Lim. Inf. SPV 19 Lim. Sup SPV 19
1" 25,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100 100
3/4" 19,0 99,4 100,0 100,0 100,0 99,8 90 100
1/2" 12,5 41,7 100,0 100,0 100,0 82,5 68 88
3/8" 9,5 6,0 94,8 100,0 100,0 70,3 57 77
Nº 4 4,8 1,3 18,3 78,6 100,0 38,1 36 51
Nº 10 2,0 1,1 1,6 57,8 100,0 24,9 21 30
Nº 40 0,4 1,1 1,2 29,3 94,0 13,3 8 15
Nº 80 0,2 1,0 1,2 17,3 88,0 8,4 4 11
Nº 200 0,1 0,8 1,0 9,3 84,0 5,1 2 8
Não há somente 1 solução!!!!!!
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Especificação brasileira – Misturas asfálticas
Exercício 4
ii) O cálculo dos parâmetros volumétricos para todos os teores de Densidade relativa aparente do
CAP testados e o gráfico resumo do VV, VAM e RBV agregado (𝑮𝒔𝒃)
Razão entre a massa específica
aparente do agregado e a massa
específica da água destilada a uma
dada temperatura. É adimensional e
obtida conforme as normas DNIT 413
– ME, para agregados graúdos, e
DNIT 411 – ME, para agregados
miúdos.
Massa específica aparente da
combinação de agregados:
Gsb = 2,715
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Especificação brasileira – Misturas asfálticas
Exercício 4 Densidade relativa aparente da
mistura asfáltica compactada (𝑮𝒎𝒃)
ii) O cálculo dos parâmetros volumétricos para todos os teores de Razão entre a massa de um corpo de
CAP testados e o gráfico resumo do VV, VAM e RBV prova e a massa de igual volume de
água por ele ocupado, ambas à
temperatura de ensaio
(adimensional). É obtida conforme a
norma DNIT 428 – ME.
Densidade relativa máxima medida
da mistura asfáltica solta (𝑮𝒎𝒎)
Razão entre a massa da mistura
asfáltica não compactada (solta) e a
massa da água ocupando o mesmo
volume, ambas à temperatura
padronizada do ensaio. É
adimensional e obtida conforme a
norma DNIT 427 – ME
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Especificação brasileira – Misturas asfálticas
Exercício 4
ii) O cálculo dos parâmetros volumétricos para todos os teores de Volume de vazios da mistura asfáltica
CAP testados e o gráfico resumo do VV, VAM e RBV compactada (𝑽𝒗)
Volume total de espaços não
preenchidos entre as partículas de
agregado recobertas com ligante
asfáltico em uma mistura asfáltica
compactada (volume de ar). Expresso
em porcentagem e obtido através de
cálculo específico.
Volume de vazios (com ar)
Vv =(𝐺𝑚𝑚−𝐺𝑚𝑏)/𝐺𝑚𝑚
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Especificação brasileira – Misturas asfálticas
Exercício 4
ii) O cálculo dos parâmetros volumétricos para todos os teores de Vazios no agregado mineral da mistura
CAP testados e o gráfico resumo do VV, VAM e RBV asfáltica compactada (𝑽𝑨𝑴)
Espaços vazios entre as partículas de
agregado da mistura compactada,
incluindo o volume de vazios com ar e o
volume de ligante asfáltico efetivo.
Expresso em porcentagem e obtido
através de cálculo específico..
VAM=(𝑉𝑣+𝑉𝐶𝐵)=100−((𝐺𝑚𝑏/𝐺𝑠𝑏)𝑥𝑃s)
Ps =100 −%𝐶𝐴𝑃= "porcentagem total de
agregados na mistura asfáltica"
VCB = vazios cheios de betume
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Especificação brasileira – Misturas asfálticas
Exercício 4
ii) O cálculo dos parâmetros volumétricos para todos os teores de Relação betume vazios da mistura
CAP testados e o gráfico resumo do VV, VAM e RBV asfáltica compactada (𝑹𝑩𝑽)
Razão entre o volume de ligante
asfáltico efetivo e os vazios no
agregado mineral. Expresso em
porcentagem e obtido através de
cálculo específico.
Relação Betume Vazio
RBV =100 (𝑉𝐴𝑀−𝑉𝑣)/ 𝑉𝐴𝑀)
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Especificação brasileira – Misturas asfálticas
Exercício 4
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Especificação brasileira – Misturas asfálticas
Exercício 4
Vazios do
Porcentagem Relação
Agreg.
% CAP de Vazios Betume Vazios
Mineral
(%VV) (%RBV)
(%VAM)
Mínimo 3,0% 13,0% 65,0%
Máximo 5,0% 15,0% 75,0%
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Especificação brasileira – Misturas asfálticas
Exercício 4
iii) A explicação de como foi encontrado o teor de projeto de asfalto
Teor de projeto de CAP ~ 4,4%
Para Vv = 4% (e 65% ≤ RBV ≤ 75%) Prof. Kamilla Vasconcelos 63
Misturas asfálticas - Dosagem
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Obrigada
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