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Projeto Final - Gestão de IPSS

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Projeto: Patinhas que cuidam

Projeto de intervenção social e


comunitária

Patinhas que cuidam.

Projeto elaborado no âmbito da formação: Gestão de IPSS

Entidade promotora: AC Formação

Formadora: Cátia Borges

Projeto elaborado pela formanda: Inês Capela

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Projeto: Patinhas que cuidam

Indíce:

1 - Apresentação do projeto

2 - Enquadramento geral
o Caraterização do local onde o projeto será desenvolvido
o Caracterização da instituição XPT
o Caracterização do espaço físico
o Equipa técnica
o Caracterização do publico alvo

3 - Terapias Assistidas por Animais (TAA)

4 - Objetivos
o Geral
o Específicos

5 - Local de intervenção

6 - Metodologia e cronograma

o Plano de atividades do projeto


o Metodologia

7 - Apreciações de custos

o Despesas previstas com recursos humanos


o Despesas totais do projeto

8 - Avaliações do projeto
o Cronograma de atividades
o Resultados a atingir

9 - Considerações finais

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Projeto: Patinhas que cuidam

Projeto: Patinhas que cuidam

1 - Terapia assistida por animais a jovens/ adultos com deficiência


intlectual em CACI.

Este programa de intervenção assistida por animais visa melhorar a vida de jovens e
adultos com deficiência intelectual no Centro de Atividade e Capacitação para a
Inclusão (CACI). Combinando a interação com animais e atividades terapêuticas, o
programa tem como objetivo promover o desenvolvimento pessoal, social e emocional
de forma mais lúdica e estimulante.

A terapia assistida por animais é uma abordagem inovadora para auxiliar jovens e
adultos com deficiência intelectual a desenvolver habilidades físicas, emocionais e
sociais.

Este projeto de intervenção visa prporcionar no CACI sessões de terapia assistida por
animais para a promoção, o bem-estar e a inclusão desses indivíduos.

2 - Enquadramento Geral

Caraterização da cidade de Braga

Braga é uma das cidades mais jovens da Europa (foi considerada a cidade mais jovem
da Europa em 1989), o que a torna uma cidade dinâmica e enérgica. Nos últimos 30
anos a população do Distrito cresceu mais de 25 por cento. Braga oferece igualmente
oportunidades de cultura e lazer únicas no país, como cinemas, teatro, exposições,
museus e galerias de arte. É uma cidade cheia de cultura e tradições, onde a História e a
religião vivem lado a lado com a indústria tecnológica e a vida universitária. Braga é
das mais antigas cidades portuguesas e uma das cidades cristãs mais antigas do mundo;
fundada no tempo dos romanos como Bracara Augusta, conta com mais de 2000 anos

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Projeto: Patinhas que cuidam

de História como cidade. Situada no Norte de Portugal, mais propriamente no Vale do


Cávado, Braga possui cerca de 170 mil habitantes, sendo o centro da Grande Área
Metropolitana do Minho (GAM), com cerca 800 mil habitantes. A Associação de Apoio
e Inclusão ao Autista (AIA) localiza-se na Rua do Assento de Cima nº18 na freguesia de
Palmeira, situa-se numa zona principalmente rural, mas de acesso fácil e próximo ao
centro da cidade e de estruturas fundamentais da cidade como Camara Municipal de
Braga, Hospital de Braga e Universidade do Minho. Na área envolvente temos
estruturas como a Escola de Palmeira, Centro Comercial Nova Arcada, Aeroclub de
Braga, Kartódomo Internacional de Braga, Clube de Golf, Casa do Povo, Associação
Amigos da Terceira Idade de Palmeira, Creche de Braga, Parque de lazer da Quinta de
São José e Parque de lazer de Gerizes. Tendo como parceiros nas diversas atividades a
Quinta Pedagógica de Braga, Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, Ludoteca da Estufa,
Sporting Club de Braga, desporto adaptado e participação no programa Cultura para
todos com o apoio da Camara Municipal de Braga e da Universidade do Minho.

Caraterização da instituição XPT

A XPT é uma IPSS com sede na freguesia de Palmeira concelho de Braga. Fundada em
2010, somos uma Associação de direito privada sem fins lucrativos e reconhecida como
de utilidade pública (IPSS), que tem como missão principal o apoio a pessoas com
Autismo (peturbações do espetro do autista) de todos os grupos étarios. A XPT presta
apoio com três respostas difererenciadas: Resposta Social do Centro de Atividades e
Capacitação para a Inclusão (CACI); Centro de Terapias em Regime Ambulatório
(CETRA) e Avaliações com equipa multidisciplinar e encaminhamento para
diagnóstico.

Funcionamento da resposta social – centro de atividades e capacitação para a


inclusão (CACI)

A RS CACI apoia jovens/adultos com idade igual ou superior a 18 anos, que não
possam por si só, temporariamente ou permanentemente, dar continuidade ao seu
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Projeto: Patinhas que cuidam

percurso formativo ou exercer uma atividade profissional, ou ainda que se encontrem


em processo de inclusão socioprofissional, designadamente entre experiências laborais.
A entrada dos candidatos nesta Resposta Social implica o preenchimento de uma ficha
de pré-inscrição, entrevista efectuada pelos técnicos, estando a integração dependente
dos critérios de admissão explícitos no regulamento interno, bem como das vagas
existentes. A RS CACI funciona diariamente das 8h às 18h. Encerra a segunda quinzena
de agosto a terça-feira de Carnaval e sugunda de Páscoa. A equipa técnica da RS CACI
reúne mensalmente, estando as reuniões calendarizadas para a última semana de cada
mês.

Espaço físico

Os clientes da RS CACI usufruem dos diferentes espaços das instalações, consoante as


atividades a desenvolver, programadas nos seus plano individual de inclusão. As
atividades estritamente ocupacionais desenrolan-se em salas fixas, bem como algumas
atividades terapêuticas, encontran-se ao seu dispor sala de convivio, sala de
relaxamento, casas de banho e a cozinha/refeitório para Atividades da Vida Diária
(AVD`S) e espaço exterior. Para algumas atividades utilizam-se serviços/espaços
disponíveis na comunidade, tais como, recintos desportivos, espaços culturais, entre
outros.

Equipa técnica

A equipa técnica é composto por oito colaboradores.

 1 Diretora técnica/ Coordenadora da RS (Técnica de Serviço Social);


 1 Terapeuta Ocupacional;
 1 Psicologo;
 1 Fisioterapeuta;
 1 Monitor;
 2 Ajudantes de Ação Direta;
 1 Auxiliar Serviços Gerais.

Caraterização dos clientes da RS CACI

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Projeto: Patinhas que cuidam

O grupo é constituído por catorze clientes, sendo cinco do género feminino e nove
masculinos, com idades compreendidas entre os 18 e os 68 anos. Os clientes apresentam
graus de funcionalidade diferentes, com diversos níveis de linguagem
verbal/comunicação, sendo que cinco são não verbais e comunicam por gestos. Um
cliente necessita de acompanhamento permanente devido a alterações comportamentais.
Necessitam de apoio permanente da terceira pessoa para as atividades desenvolvidas
uns de forma verbal outros de orientação física. Quatro clientes necessitam de apoio
quer na alimentação, higiene e locomação, destes um usa material de incontinência (de
forma permanente). Um cliente desloca-se em cadeira de rodas, com apoio parcial
(cadeira eletrica, apoio nas transferências). Na alimentação, é necessária preparação
prévia dos alimentos, auxiliar na preensão do talher, ou inclusive dar apoio total na
ingestão. Na higiene, requerem ajuda física na ida à casa de banho, sendo necessária a
presença do colaborador para fornecer indicações, de modo a que ocorra um
comportamento adequado. Dado as diferentes especificidades do grupo as atividades
foram criadas de modo a dar resposta aos clientes tendo em atenção o PII de cada um.

3 - Terapias Assistida por Animais (TAA)

A terapia assistida por animais, também conhecida como zooterapia, é uma abordagem
terapêutica que envolve a interação entre humanos e animais para promover o bem-estar
físico, mental e emocional. Ela tem sido amplamente utilizada em diferentes áreas,
como saúde, educação e reabilitação.

A aplicação das intervenções assistidas por animais (IAA) e a diversificação das suas
metodologias em Portugal, iniciou-se, em finais do século XX, existindo diversas
referências à equitação terapêutica e hipoterapia, particularmente associados às áreas da
saúde e desenvolvimento motor, para posteriormente, no início do século XXI se
começarem a desenvolver projetos com natureza mais diversa e com recurso ao cão para
fins terapêuticos, educativos ou de inclusão social (Caçador, 2014; Freitas, 2014;
Nogueira 2015; Santos 2019).

4 - Objetivos

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Projeto: Patinhas que cuidam

O desenvolvimento deste projeto terá por base um conjunto de objetivos que orientarão
desenho das ações a que se propõe concretizar.

Objetivo geral: melhorar a condição física, mental e emocional dos jovens/adultos com
deficiência intlectual a frequentar o CACI.

Objetivos específicos:

Nível psicomotor

 Estimulação para o desenvolvemento psicomotor e da linguagem;


 Estimulação de psiomotricidade fina e grossa;
 Maior facilidade em trabalhar a lateralidade;
 Permite trabalhar a destreza motora com maiores níveis motivacional (com vista
ao aumento da autonomia em alguns casos);
 Melhorar a coordenação motora;
 Melhorara o equilibrio global.

Nível emocional

 Proporcionar maiores níveis de conforto nos jovens, através da presença de um


cão em terapia;
 Facilitar o aumento de confiança a jovens com transtornos emocionais;
 Aumentar a autoestima;
 Através da suavidade e textura de alguns animais ultrapassar problemas
sensoriais;
 Potenciar laços afetivis;
 Aumentar os níveis motivacionais.

Nível social

 Facilitar na eliminação de barreiras sociais, o que facilita para a comunicação


mais eficaz entre terapeuta e jovem, fomentando a empatia;

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Projeto: Patinhas que cuidam

 Melhorar as conexões emocionais, conexão emocionais feitas com animais,


podem ser mais facilmente transferidas para relações entre humanos, por via do
aumento de atitudes empaticas;
 Treino de competências não verbais;
 Treino de assertividade, através do ensino sobre como comunicar efetivamente
com o cão;
 Treino de competências de autocontrolo.

Nível educacional

 Promover a aprendizagem sobre a vida, reprodução, nascimento, morte e


acidentes, através do convivio com animais;
 Promover a aprendizagem através de jogos pedagógicos que envolvem a
presença do cão.

A população alvo necessita de trabalhar continuamente algumas das problemáticas


em questão, sendo que este projeto vai dividir-se em quatro sessões mensais ao longo do
ano de 2024, sendo que existindo possibilidade de continuidade será prolongado. Cada
sessão terá a duração de duas horas, sendo que se divide em duas abordagens diferentes,
sessão individual e em grupo.

5 - Local de intervenção

As atividades terapêuticas de Cinoterapia são desenvolvidas maioritariamente


nas instalações do CACI, entre a sala de atividades e o exterior (parque de
estacionamento e campo de futebol), decorrendo também na comunidade (em locais
sem grandes estímulos, quer para o animal, quer para o cliente).

A mais valia da terapia ser no CACI é que, desta forma, todos os clientes podem
usufruir de atividade terapêutica com animais, sem necessitarem de sair do contexto da
instituição, poupando às instituições/utentes as despesas inerentes ao transporte, dando
assim oportunidade a todos os clientes de usufruir desta terapêutica.

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Projeto: Patinhas que cuidam

6 - Metodologia e cronograma

Vocacionada para pessoas com Necessidades de Saúde Especiais, é um complemento


terapêutico verdadeiramente eficaz em diversas problemáticas (como perturbações do
espectro do autismo, PHDA, síndrome de Down, síndrome de Prader-Willi, distrofias
musculares, desordens emocionais, problemas de adaptação social, problemas de
ansiedade e PSPT, traumatismos, paralisia cerebral, entre outros), tendo em conta que a
mera interação com o animal em atividades, poderá levar a uma mudança, quer em
termos relacionais e afetivos, quer em termos comportamentais, favorecendo a
superação de obstáculos e promovendo a autonomia e autoconfiança.

O animal funciona como catalisador e desbloqueador, levando a que a pessoa retire o


foco das suas dificuldades, para se focarem no animal. É um trabalho versátil, onde são
desenvolvidas atividades de promoção de competências sociais, relacionais, afetivas,
comunicacionais, psicomotoras e cognitivas. É possível abranger pessoas com variadas
patologias e idades, pois todos os exercícios e objetivos terapêuticos traçados, têm em
conta a individualidade de cada um, é realizada uma avaliação inicial de competências
que permitirá dar respostas diferenciadas ao universo do público alvo abrangido.

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Projeto: Patinhas que cuidam

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Projeto: Patinhas que cuidam

Plano de actividades do projecto


Ações Atividades Finalidade da inervenção Destinatários Recursos humanos Recursos Recursos Calendário Avaliação
materiais/físicos financeiros
/Intervenientes
Definição de um 1) Negociação com a Manutenção do elo com o Clientes do CACI Assistente Social; Sala de atividades e Custo mensal Semanal On-going; Ex-
espaço para direcção e mesa animal; Promover a Fisioterapeuta; cadeiras (já previsto (ano 2024) post.
visitas administrativa para convivência com o animal e Terapeuta Ocupacional; existentes e sem 148,56€
acompanhadas defenição do espaço 2) regras para a sua interação. Pisocólogo e necessidade de
por animais Divulgação do projeto e acompanhamte e aquisição);
objetivos. cuidados do cão. Bebedouros;
Material de limpeza.
Terapias Terapias Assistidas por Manter/restabelecer a Clientes do CACI Assistente Social;
Assistidas por Animais ligação afectiva entre o sem entraves Fisioterapeuta;
animais animal e o cliente; clínicos para Terapeuta Ocupacional;
Promover a socialização realizar a Pisocólogo e
entre os clientes e combater actividade acompanhamte e
a solidão da pessoa cuidados do cão.
institucionalizada;
Consciencializar a
comunidade para a
problemática dos maus-
tratos e abandono animal
Terapia 1) Reunião de equipa Manter/restabelecer a Custo mensal Ex-ante;
Assistida por multidiscipli nar para ligação afectiva entre o previsto Ongoing; Ex-
Animais em definição dos rclientes animal e o cliente; Melhoria 228,56€ post.
grupo participantes 2) da função física, social,
Apresentação das emocional e cognitiva do
necessidades identificadas cliente.
no cliente à família,
proposta de realização de
TAA e seus objectivos
Terapia 1) Reunião de equipa Manter/restabelecer a
Assistida por multidisciplinar para ligação afectiva entre o

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Projeto: Patinhas que cuidam

Animais definição dos Clientes animal e o cliente;


Individual participantes
Melhoria da função física,
2) Apresentação das social, emocional e
necessidades identificadas cognitiva.
do cliente à família,
proposta de realização de
TAA individual e seus
objectivos

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Projeto: Patinhas que cuidam

Metodologia

Neste projecto a intervenção será baseada no modelo Psicossocial. Este modelo de


intervenção tem em conta o aspecto psicológico e social de cada individuo numa
determinada situação, e concede extrema importância ao diagnóstico social e a sua
capacidade enquanto instrumento para avaliação de uma realidade (Caparrós, 1998). Se
caracteriza por su preocupación por el bienestar del individuo; esto no implica que la
persona tenga que ser conformista com la sociedad, sino que, por el contrario, intenta
prevenir o remediar las amenazas para las personas derivadas de la crisis o las
deprivaciones (Caparrós, 1998:169). As fases da metodologia de intervenção deste
modelo passam pela identificação da necessidade ou problema do indivíduo; pela
compreensão da situação-problema; pelo desenho de um plano de acção; pela
efectivação da acção e por fim pela sua avaliação. O sucesso deste modelo depende em
muito da relação que o profissional estabelece, neste caso em concreto, com a pessoa. É
com recurso a técnicas de empatia que o profissional consegue iniciar esta relação de
ajuda (Caparrós, 1998). De acordo com Robertis (2011), a intervenção pode ser feita
directa ou indirectamente: As intervenções directas são as que têm lugar numa relação
de frente a frente entre o terapeuta e o cliente; estão os dois presentes, o terapeuta e a
pessoa, e são ambos atores. As intervenções indirectas são as que têm lugar na ausência
do cliente, sendo o terapeuta o único ator a pessoa é simplesmente beneficiária.
(Robertis, 2011:139).

A primeira fase metodológica deste projecto é realizar uma avaliação diagnóstica para
apurar quais as necessidades e potencialidades de cada cliente para perceber em qual
das acções do projecto será mais benéfico envolvê-la. É necessário informar esta pessoa
e respectiva família do conteúdo do projecto, apresentar os seus objectivos e principais
benefícios. Depois de integrada no projecto, o cliente continua a ser acompanhada pelo
profissional até ao momento em que esta satisfaça as suas necessidades. O profissional
vai escutá-la, fazê-la reflectir sobre o processo pelo qual está a passar e se necessário
alterar o seu plano de acção. Em simultâneo vai intervir indirectamente para monitorizar
o projecto. A intervenção indirecta não passará apenas pela monitorização do projecto

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Projeto: Patinhas que cuidam

mas também pela criação de redes de parceria, participação e organização de reuniões


de equipa, apresentação e divulgação do projecto aos familiares e avaliação do projecto.
Recursos

Os recursos humanos alocados a este projecto variam entre a equipa técnica e


multidisciplinar da instituição e equipa binomia da clinica veterinária Fiel Amigo A
equipa técnica da instituição é constituída pelos seguintes profissionais: assistente
social, psicóloga clínica, terapeuta ocupacional e fisioterapeuta. Quanto à solicitação de
prestadores de serviços, esta diz respeito ao terapeuta que recorre ao animal como
instrumento, o único profissional que implicará custos para o projecto. Cabe à Clinica
veterinária Fiel Amigo e ao terapeuta custear as despesas de saúde, alimentação e outras
dos animais que optam incluir no projecto. No que diz respeito aos recursos físicos
serão rentabilizados espaços já existentes no CACI como a sala de atividades. Para
desenvolvimento das actividades são necessários materiais que já existem na instituição
como é o caso das cadeiras ou do material de limpeza. O investimento será necessário
para desenvolver a TAA visto que terá de se recorrer a um profissional e um animal que
não fazem parte dos recursos da instituição.

Previsão orçamental do projecto “Patinhas que cuidam, a previsão dos custos dos
recursos necessários ao projecto foi desenhada uma previsão orçamental. Com o
objectivo de apurar o valor do investimento para em TAA foram contactadas seis
entidades que prestam o serviço em questão e foi realizada uma comparação dos vários
preços apresentados. Desta comparação pode concluir-se que uma sessão (de 1 hora) de
TAA em grupos de oito pessoas pode custar entre 40€ a 65€, e uma sessão individual de
TAA custará entre 30€ a 40€. Este orçamento contempla também os recursos humanos
que já existem na instituição e que estão afectos ao projecto. Para apurar o nível mínimo
de remuneração dos profissionais recorreu-se à leitura e interpretação do Boletim do
Trabalho e do Emprego, onde se considerou o assistente social, psicólogo e
fisioterapeuta categorias profissionais nível III com menos de 5 anos de carreira. O
cálculo para obtenção do valor das despesas gerais e despesas de consumíveis foi
elaborado pela mestranda e tem elevado carácter subjectivo.

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Projeto: Patinhas que cuidam

7 – Apreciação de custos

Despesas previstas com recursos humanos

Profissional Nível minimo de Afetação do profissional Custo mensal ao projeto


remuneração ao projeto (%) (€)
Assistente social 1056,83€ 15% 158,52€
Psicologo 1056,83€ 15% 158,52€
Fisioterapeuta 1056,83€ 15% 158,52€
Terapeuta 1056,83€ 15% 158,52€
ocupacional
Total 634,08€

Despesas totais do projecto

Descrição das despesas Custo mensal previsto


Despesas gerais (água, luz e telefone) 15€
Consumiveis/material de escritório e limpeza 10€
Terapia Assistida por animais 80€
Recursos Humanos 634,08€
Total 739,08€
Total anual: 8868,96€

Contemplados todos os recursos necessários ao projecto prevê-se que este tenha um


custo anual de aproximadamente 8868,96€.

Será realizada uma candidatura do projeto ao INR que dispõe de fundos para a
realização de projetos no ambito social e comunitário, no decorrer do mês de dezembro
de 2023.

8 - Avaliação do projecto

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Projeto: Patinhas que cuidam

A avaliação é o instrumento que permite compreender os sucessos e insucessos de um


determinado projecto, pode ser realizada apenas apresentação de resultados ou também
para a reflexão e aprendizagem que podem resultar na correcção de situações
identificadas através do processo de avaliação (Capucha, 2008). De forma mais
completa eloquente pode definir-se a avaliação como uma “forma de investigação social
aplicada, sistemática, planificada e dirigida; encaminhada para identificar, obter e
proporcionar de maneira válida e fiável dado e informação suficiente e relevante para
apoiar um juízo acerca do mérito e valor das diferentes componentes de um programa
(tanto na fase de diagnóstico, programação ou execução), ou de um conjunto de
actividades específicas que se realizam, tenha realizado ou realizarão, com o propósito
de produzir efeitos e resultados concretos; comprovando a extensão e o grau em que os
ditos resultados se tenham dado, de tal forma que sirva de base ou guia para uma
tomada de decisão racional e inteligente entre cursos de acção, ou para solucionar
problemas e promover o conhecimento e a compreensão dos factores associados ao
Êxito ou fracasso dos seus resultados” (Aguillar & Ander-Egg, 1992:18). A avaliação
pode ocorrer durante três momentos distintos no decorrer de um projecto: antes de
iniciar a actividade para indagar as potencialidades e obstáculos previamente, é
chamada a avaliação ex-ante; a avaliação ex-post no fim do projecto para a apresentação
de resultados definitivos; e a avaliação on-going que ocorre durante o decorrer do
projecto abrangendo quatro dimensões de avaliação de um projecto: dos impactos, da
realização, da operacionalização e da concepção da intervenção (Capucha, 2008). Para
além de ser realizada no final do projecto (avaliação ex-post) a avaliação será também
on-going, decorrendo durante a execução do projecto e através de reuniões, de
periocidade mensal, da equipa multidisciplinar para avaliação do projecto, da evolução
dos residentes participantes, de novos participantes a iniciar e para discutir e solucionar
problemas que possam surgir nesse período de tempo. No início do projecto a avaliação
(ex-ante) vai ser aplicada pela equipa multidisciplinar aos clientes que se integram nos
critérios para participar em TAA para conhecer as potencialidades ou barreiras que
deles possam advir. A avaliação do projecto vai ser realizada de forma interna pelos
profissionais envolvidos tentando sempre preservar o sentido crítico para evitar uma
avaliação enviesada. Guerra (2002), para a verificação do sucesso de um projecto,
sugere a análise de uma série de factores de apreciação: da adequação; da eficácia; da
eficiência; da equidade; do impacte; e de verificação da pertinência. A apreciação da

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Projeto: Patinhas que cuidam

adequação deve partir da questão “O projecto adequa-se ao contexto do problema e da


situação sobre o qual se pretende intervir? Trata-se de um projecto coerente na sua
construção interna?” (Guerra, 2002:198). Para verificar a pertinência deve averiguar-se
se o projecto é justificável no contexto da missão e estratégia da instituição onde se
desenvolveu o projecto. Para apreciação da eficácia serão utilizados os indicadores
acções realizadas/acções programadas, objectivos realizados/objectivos planeados e
público-alvo atingido/público-alvo previsto. A principal finalidade da apreciação da
eficácia é avaliar se as necessidades foram satisfeitas, se os meios utilizados foram
adequados, pertinentes e suficientes e se os benefícios esperados foram realizados
(Guerra, 2002). Para a apreciação da eficiência serão utilizados os indicadores
objectivos atingidos/ recursos utilizados, actividades realizadas/recursos utilizados e
recursos utlizados/recursos previstos para responder à pergunta “os resultados
confrontados com os recursos utilizados correspondem ao seu emprego mais económico
e satisfatório?” (Guerra, 2002:199). Quanto à apreciação da equidade esta deve guiar-se
a partir da pergunta “Os objectivos, a definição do grupo-alvo, a distribuição dos
recursos aumentaram a igualdade de oportunidades ou geraram (agravaram) novas
desigualdades?” (Guerra, 2002:200). Na avaliação deste projecto em concreto pretende-
se perceber o impacte das acções do projecto nos clientes, comparando a sua situação
actual com a situação inicial.

Cronograma de execução do projecto

O cronograma é uma ferramenta de apoio à gestão de tempo de determinadas


actividades, é útil não só na fase de planeamento do projecto, mas também durante a sua
execução permitindo a quem o monitoriza ter uma visão global das actividades a
planear/realizar distribuídas temporalmente. No projecto em questão, o cronograma
apresentado tem a duração de 12 meses e pode observar-se a distribuição das
actividades ao longo do tempo, sendo algumas destas pontuais e outras recorrentes ao
longo do projecto.

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Projeto: Patinhas que cuidam

Cronograma de actividades

Atividades Jan. Fev Mar Abr Mai Jun Julh Ago Set Out Nov Dez

Criação de regulamentação
interna para a utilização de
espaço para as TAA
Divuldação/informação junto
das familias/responsáveis
sobre as regras e objetivos
das TAA
Criação de parcerias com a
clinica veterinária Fiel
Amigo.
Reunião de equipa
multidisciplinar para
definição dos participantes da
TAA.
Divulgação da existência das
atividades e seus objetivos
junto dos clientes.
Ação de sensibilização sobre
o abandono e mau trato aos
animias.
Reunião de equipa
multidisciplinar para
defenição de estratégias e
clientes a iniciar as TAA.
Apresentação das
necessidades identificadas e
proposta de realização de
TAA em grupo e seus
objetivos.
Reunião de equipa
multidisciplinar para
definição dos participantes
TAA em grupo e individual.
TAA em grupo.

TAA individual

Reunião da equipa
multidisciplinar para
avaliação do projeto, da
evolução dos participantes, e
novos participantes a iniciar.
Avaliação final

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Projeto: Patinhas que cuidam

Resultados a atingir

No quadro apresento os principais resultados a atingir com o projecto. Para a obtenção


destes resultados foram pensadas metas e estratégias para atingi-los.

Resultados a atingir com o projecto

Ações Metas Estratégias Resultados a


atingir
Actividades Iniciar as actividades Iniciar as actividades com um Quantitativos: Dar
Assistidas por com um grupo de 14 grupo de 14 residentes; resposta a 14
Animais residentes; residentes por mês,
Ao fim de 6 meses iniciar um
2 turnos de
Ao fim de 6 meses segundo turno de actividades
actividades;
iniciar um segundo para dar resposta a mais 14
turno de actividades residentes; Qualitativos:
para dar resposta a mais melhoria da função
Divulgação contínua das
14 residentes. física, social,
actividades junto dos
emocional e
residentes e familiares;
cognitiva; maior
Acompanhamento dos
interacção e
residentes ao longo do
socialização entre
processo com o objectivo de
clientes
avaliar a prestação destes e
institucionalizadas;
evitar desistências,
motivá los e incentivá-los prevenção da
solidão e
isolamento social;
estabelecimento de
uma relação de
afectos com o
animal.

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Projeto: Patinhas que cuidam

9 - Considerações finais

A sociedade portuguesa actual tem vindo a dar importância cada vez mais importância
aos animais e ao seu bem-trato. A posição das pessoas com deficiência intlectual no
nosso país parece apresemtar-se numa situação semelhante.

É extremamente interessante perceber os benefícios ao nível afectivo e emocional que


um animal pode proporcionar nesta população.

Contudo torna-se mais importante dar resposta à necessidade identificada de


restabelecer o elo com o animal para, pelo menos, conseguir recuperar esses benefícios
afectivos e emocionais.

É nesta conjuntura que nasce o projecto – Patinhas que cuidam que pretende trazer o
animal à vida da pessoa com deficiência intlectual de forma a poder proporcionar
benefios.

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