REPÚBLICA DE ANGOLA
GOVERNO DA PROVÍNCIA DE LUANDA
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
ESCOLA DO SEGUNDO CICLO DO ENSINO SECUNDÁRIO
LICEU Nº 5114
GEOLOGIA
LUANDA/ZANGO II
2023/2024
REPÚBLICA DE ANGOLA
GOVERNO DA PROVÍNCIA DE LUANDA
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
ESCOLA DO SEGUNDO CICLO DO ENSINO SECUNDÁRIO
LICEU Nº 5114
GRUPO:3
SALA:12
CLASSE:12ª
DISCIPLINA: GEOLOGIA
CURSO: CIÊNCIAS FÍSICAS E BIOLÓGICAS (C.F.B)
Nº NOME DO INTEGRANTE NOTA INDIVIDUAL
19 JOAQUIM V. DROIA ANTÓNIO
20 JOSÉ FERNANDO PIRES
15 IRENE CASSULE
17 JANETH MENDONÇA
DOCENTE
___________________________________
TEODORO TORRES
SUMÁRIO
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1.INTRODUÇÃO
A ação geológica das águas do mar é um tema de grande relevância na geologia e
na ciência ambiental. As águas do mar, através de processos como erosão, transporte e
deposição, desempenham um papel crucial na modelagem da paisagem costeira e na
formação de uma variedade de características geológicas.
Objetivos Gerais
Analisar a ação geológica das águas do mar: Este trabalho tem como objetivo geral
analisar a ação geológica das águas do mar, com foco em como esses processos influenciam
a formação e a evolução das paisagens costeiras.
Compreender a importância desses processos para o meio ambiente: Além disso,
este trabalho visa entender a importância desses processos geológicos para o meio ambiente,
incluindo o papel que desempenham na manutenção dos ecossistemas costeiros.
Objetivos Específicos
Estudar os processos de erosão, transporte e deposição: Um dos objetivos
específicos deste trabalho é estudar em detalhes os processos de erosão, transporte e
deposição realizados pelas águas do mar, e como esses processos contribuem para a formação
de características geológicas específicas, como praias, dunas e estuários.
Investigar o impacto das mudanças climáticas: Outro objetivo específico é
investigar o impacto das mudanças climáticas na ação geológica das águas do mar, incluindo
como o aumento do nível do mar e as mudanças nos padrões climáticos podem afetar esses
processos geológicos.
Este trabalho, portanto, busca não apenas aumentar a compreensão desses processos
geológicos, mas também destacar a importância de proteger nossas costas e ecossistemas
marinhos à luz das mudanças climáticas.
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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
As zonas da faixa marinha caracterizam-se por uma intensa actividade geológica
provocada pelo mar. O movimento das ondas, a subida e descida rítmica do nível das águas
consequentes das marés e as correntes marinhas resultantes da moção das águas de um local
para o outro da superfície da Terra, provoca um profundo desgaste do material da superfície
continental em determinadas zonas costeiras e a sua deposição noutros locais, por vezes
muito distantes da sua origem. Com isto salientado, podemos observar que as acções
geológicas das águas do mar têm um papel no que concerne aos diversos fenómenos que
ocorrem na terra.
Muitas pessoas utilizam as palavras Mar e Oceano como se elas fossem sinónimas.
A confusão entre esses dois termos é compreensível, pois a diferença entre eles é muito
pequena, pois ambos se referem a grandes extensões de águas salgadas.
A primeira e principal diferença básica entre mar e oceano é a sua extensão
territorial. Os oceanos ocupam grandes extensões e são delimitados por porções de terra (na
verdade, são as terras emersas que são delimitadas pelos oceanos), enquanto os mares são
bem menores e costumam ser delimitados pelos continentes em boa parte de suas entradas.
Outro aspecto importante para se notar é a profundidade. Os Oceanos são tão
profundos que até hoje o homem não conseguiu chegar e nem transportar um aparelho para
a localidade mais profunda deles, com milhares de metros. Por outro lado, os mares possuem
uma profundidade que costuma ficar em algumas centenas de metros.
Existem três tipos principais de mares: os abertos, que são abertos e possuem uma
ampla ligação com os oceanos; os continentais, que possuem uma ligação muito restrita com
os oceanos, e os fechados, que se ligam às águas oceânicas apenas indirectamente (através
de canais e rios).
MOVIMENTOS E AÇÃO EROSIVA DAS ÁGUAS DO MAR
As águas do mar estão em constante movimento, esse movimento são as ondas,
marés e correntes marinhas, provocando uma ação erosiva sobre os materiais sólidos com
que entram em contato quer no fundo do mar quer na costa. Esta erosão é condicionada por
alguns fatores, tais como: as ondas; marés (que dependem da atração gravítica da Lua e do
Sol); as correntes; O tipo de rochas existentes no litoral, o levantamento ou a
subsidência das zonas costeiras e as variações do nível médio das águas do mar (que
condicionam as mudanças da linha de costa).
A erosão marinha está presente em todo o litoral do planeta, resultando em um
longo processo de atrito da água do mar com as rochas que transformam os relevos em
planícies.
No primeiro momento, a ação erosiva do mar forma grandes paredões íngremes,
chamados de falésias. Após isso, ocorre o recuo da praia, onde o sedimento removido pelas
ondas é transportado lateralmente pelas correntes de deriva litoral.
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O mar reage mecanicamente e quimicamente nesse contato com o solo nos dois
tipos de costas existentes, a costa de arriba (que é alta e escarpada) e a costa de praia (que é
baixa e arenosa). A água desgasta o solo quimicamente, resultando em reações que causam
alterações nas formações rochosas. Já na parte mecânica, a força da água é capaz de
quebrar, lascar e transportar esses pedaços do solo para outros lugares e também de volta
para o solo. Quando a força da água diminui e vem a calmaria, esses resíduos começam a
ser depositados.
O resultado dessa erosão é a variação na largura da faixa de areia da praia e a
diminuição de paredões rochosos na região litorânea. Nas cidades costeiras, os danos
causados vão da destruição de habitações e infraestruturas (como portos, cais, etc.), até
problemas ambientais.
Nesses casos, é possível retardar a ação erosiva do mar construindo defesas
costeiras pesadas, como enrocamentos ou esporões (que são os famosos quebra-mares) e
também realimentando as praias com areia.
TRANSPORTE DOS SEDIMENTOS MARINHOS
Grande parte dos depósitos sedimentares marinhos é composta por um ou vários
tipos de sedimentos de origens diversas tais como os precipitados de sais a partir da água do
mar (sedimentos autigénicos), conchas e matérias orgânicas derivadas da vida marinha e
terrestre (sedimentos biogénicos), produtos vulcânicos e hidrotermais originados das
actividades magmáticas no meio marinho (sedimentos vulcanogénicos), além de uma
pequena quantidade de fragmentos cósmicos, atraídos pela gravidade terrestre, que se
depositam em bacias oceânicas (sedimentos cosmogénicos).
Todos estes materiais depositam-se ao longo da costa e formam uma cintura
contínua na periferia dos continentes. Podemos considerar a partir da costa a seguinte ordem
de deposição: blocos, calhaus, rolados, cascalhos, areias e vasas (este é o lodo que se
deposita no fundo das águas).
Segundo a localização, maior ou menor profundidade e arrastamento da costa, os
sedimentos marinhos repartem-se pelas seguintes categorias:
Os sedimentos litorais ou costeiros, formam-se na plataforma litoral. Os detritos
são dos mais diversos tamanhos e são constituídos por blocos, cascalhos, calhaus, areias e
vasas.
Os sedimentos neríticos são constituídos por detritos de pequeníssimas dimensões
e geralmente são vasas argilosas que podem apresentar várias cores como azuis, vermelhas e
verdes.
Os sedimentos abissais constituem-se a profundidades para além dos 2000 metros.
Denominam-se sedimentos pelágicos por serem constituídos, em grande parte, por restos de
seres platónicos depositados a grandes distâncias da costa.
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FORMAS LITORAIS DE EROSÃO E DEPOSIÇÃO
A ação que o mar exerce sobre os continentes faz-se sentir aos seguintes níveis
desgaste, transporte e deposição. A ação de desgaste está condicionada pelos seguintes
fatores:
Reações químicas entre a água e os materiais;
Ação mecânica da água;
Força e direção das rochas;
Natureza das rochas - dureza, constituição química e coesão.
As zonas costeiras ou zonas da orla marinha caracterizam-se por uma intensa
atividade geológica provocada pelo mar. O movimento das ondas, a subida e descida rítmica
do nível das águas resultantes das marés e as correntes marinhas resultantes do movimento
das águas de uns locais para os outros da superfície da Terra provocam um profundo desgaste
do material da superfície continental em determinadas zonas costeiras e a sua deposição
noutros locais, por vezes muito distantes da sua origem.
O mar é o receptor final dos sedimentos gerados no continente e constantemente
drenados para as bacias oceânicas. Calcula-se que apenas 10% dos sedimentos depositados
no mar sejam efetivamente produzidos pelo próprio mar. A observação das linhas de costa
permite apreciar o trabalho do mar sobre o litoral e formas de acumulação de sedimentos.
Fig. 3 – Formas de erosão
Nas regiões costeiras, onde as massas rochosas, estratificadas ou não, penetram na
água com forte inclinação, proporcionam-se as condições para a formação de escarpados.
Com o decorrer dos tempos geológicos, regiões costeiras podem afundar-se ou, por outro
lado, as águas marinhas elevarem-se e inundarem regiões anteriormente emersas.
Na linha de costa, existe sempre uma interação de forças destrutivas, resultado da
meteorização, erosão e, por outro lado, ações construtivas, por acumulação de detritos.
O desgaste origina materiais soltos, de dimensões muito variáveis que as correntes
marítimas transportam, por vezes, a grandes distâncias. Quando a velocidade e força das
correntes diminuem os materiais transportados são depositados.
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TRANGRESSÃO E REGRESSÃO MARINHA
A transgressão e a regressão marinha são fenômenos geológicos dinâmicos que
ocorrem em resposta a mudanças no nível do mar e na tectônica de placas.
Transgressão Marinha
A transgressão marinha é um processo geológico que ocorre quando há um aumento
relativo no nível do mar, resultando na invasão do mar sobre a terra. Este fenômeno é
frequentemente causado por eventos tectônicos que resultam na subsidência da crosta
terrestre ou pelo aumento do volume de água nos oceanos devido ao derretimento das calotas
polares. Durante uma transgressão marinha, os sedimentos são depositados em camadas
sobrepostas, com os grãos mais finos no topo à medida que a energia do ambiente diminui.
Regressão Marinha
A regressão marinha, por outro lado, ocorre quando há uma diminuição relativa no
nível do mar, expondo o fundo do mar anterior. Este processo pode ser desencadeado por
eventos tectônicos que resultam na elevação da crosta terrestre ou pela formação de gelo nos
polos, que retira água dos oceanos. Durante uma regressão marinha, ocorre uma sequência
inversa de deposição de sedimentos, com os grãos mais grossos depositados no topo à medida
que a energia do ambiente aumenta.
NÍVEL MÉDIO DO MAR E POPULAÇÃO HUMANA
O nível médio do mar (NMM) é a altitude média da superfície do mar. Este
indicador é fundamental para entender as mudanças ambientais e seus impactos no
planeta. Atualmente, o aumento do NMM devido às mudanças climáticas tem sido pauta de
diversos debates científicos, isso porque mais de 60% da humanidade vive em regiões
costeiras e será diretamente afetada por esse fenômeno.
Atualmente, mais de 60% da humanidade vive em regiões costeiras e será
diretamente afetada pelo aumento do nível do mar 3. As projeções publicadas por órgãos
especializados estão causando pânico e interferindo diretamente no desenvolvimento
socioeconômico de diversos países, que precisam estar preparados para as consequências3.
A pesquisa conclui que, no mundo, há cerca de 1,05 milhão de km² de áreas situadas
a menos de dois metros acima do nível do mar, onde o risco de intempéries é maior. No total,
são 267 milhões de pessoas vivendo nessas regiões, das quais 62% estão nos trópicos
O aumento do nível do mar trará sérias consequências globais, como inundações
recorrentes e desaparecimento de ilhas e cidades litorâneas3. Portanto, é crucial compreender
a importância do NMM para a humanidade e para o meio ambiente 2. A conscientização e a
preparação para essas mudanças são fundamentais para mitigar os impactos e proteger as
populações vulneráveis.
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IMAGENS NO DOCUMENTO (ADENDO)
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CONCLUSÃO
Este trabalho abordou a ação geológica das águas do mar, um tema de grande
relevância na geologia e na ciência ambiental. Ao longo do estudo, exploramos os processos
de erosão, transporte e deposição realizados pelas águas do mar e como esses processos
contribuem para a formação de características geológicas específicas, como praias, dunas e
estuários.
Também investigamos o impacto das mudanças climáticas na ação geológica das
águas do mar, incluindo como o aumento do nível do mar e as mudanças nos padrões
climáticos podem afetar esses processos geológicos.
A partir da análise realizada, concluímos que a ação geológica das águas do mar tem
um impacto significativo na formação e evolução das paisagens costeiras. Além disso, as
mudanças climáticas estão acelerando esses processos, o que pode levar a alterações
significativas na paisagem costeira no futuro.
Em suma, a ação geológica das águas do mar é um campo de estudo fascinante e
relevante que tem implicações diretas para a nossa compreensão do mundo natural e para a
nossa capacidade de proteger e preservar os nossos preciosos ecossistemas costeiros.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BRANDÃO, J. Geologia - 12.º ano, Texto Editora; Lisboa; 1991
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1953
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ROQUE, M.; Ferreira, M.; Castro, A. Geologia - 12.º ano, Porto Editora; Porto; 1998