0% acharam este documento útil (0 voto)
27 visualizações49 páginas

Tratamento de Água

Tratamento de água
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
27 visualizações49 páginas

Tratamento de Água

Tratamento de água
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 49

Tratamento de Água para

Caldeiras
O aumento da procura por fontes renováveis de
energia é tão importante quanto a preservação e
racionalização dos meios de geração de energia.
TRATAMENTO QUÍMICO DA ÁGUA
Há muitos anos a água para caldeiras sofre
tratamento para remoção de dureza e sólidos totais.
Na medida em que as caldeiras foram aumentando
sua importância e também as pressões de trabalho
foram aumentando, a exigência da qualidade da
água também seguiu a mesma linha.
POR QUE TRATAR A ÁGUA ?

• Como sabemos, a água na natureza tem origem nos oceanos, lagos, rios,
e os ciclos são mantidos pela evaporação e a precipitação na forma de
chuva. Mesmo a água da chuva, que é uma água destilada, ou seja,
consequência da evaporação possui gases dissolvidos já que na atmosfera
temos os mais diversos tipos de gases em diferentes concentrações. A
água dos rios traz dissolvido ou em suspensão, gases, matéria orgânica,
sais de diferentes tipos de metais, e antes de ser utilizada precisa ser
tratada para a eliminação seletiva de Contaminantes.
• E o custo do tratamento?
• Preocupe-se com o custo do “Não Tratamento. Isto
vale para o gerador de vapor, para as turbinas e
todos os periféricos.
“ Custo fixo nunca é
recuperado”
ALÉM DO TRATAMENTO QUÍMICO

• A maioria dos processos industriais é contínuo, com


algumas paralisações preventivas para manutenção
ou até mesmo por problemas operacionais. O ideal
é operar em plena capacidade 24 horas diárias no
limite da capacidade nominal.
NÃO HÁ ÁGUA DE CALDEIRA 100% PURA.
TAMPOUCO VAPOR 100% PURO.

Portanto é impossível manter um sistema geração de vapor


sem contaminações. Daí a necessidade de tratamento
preventivo constante.
ARRASTAMENTO

Esse fenômeno está associado a fervura da


água, isto é, devido ao fato de que, quando
as bolhas de vapor atingem a superfície da
água, elas se rompem e algumas diminutas
partículas de água são projetadas no
espaço do vapor.
ESPUMAÇÃO
Esse fenômeno ocorre quando bolhas de vapor se formam nas
superfícies de aquecimento mas ao invés de se romperem
normalmente, juntam-se, formando uma camada de espuma na
superfície da água. Essa espuma pode preencher o espaço do vapor a
uma tal extensão, que parte dele pode entrar nos tubos de vapor.
Causas para Espumação
As causas da formação espuma são:
■ excessiva concentração de sólidos na água (STD);
■ excessiva alcalinidade cáustica; ou
■ matéria orgânica em suspensão na água, como óleo e graxas
O FENÔMENO DO HIDE-OUT
( Cristalização )
• Em regiões das caldeiras, onde a razão da transferência de calor for
alta, a produção de vapor aumenta e pode acontecer que a solução
normalmente diluída, de produtos químicos dissolvidos na água, se
torne concentrada. E isso, a tal ponto, que esses produtos,
dependendo da sua solubilidade, poderão cristalizar-se sobre o metal
dos tubos.
IMPUREZAS DA ÁGUA

SiO2 – Dióxido de Silício


CaO – Óxido de Calcio SiO2
CaSiO3 – SiO2 + CaO CL2
Cl2 – Gás Cloro CaSiO3 O2
O2 – Oxigênio Ca(HCO3)2
CaCO3 – Carbonato de Calcio TDS
MGCO3 – Carbonato de Magnésio CO2
Mg(HCO3)2 – Bicarbonato de Magnésio Mg(HCO3)2
Ca(HCO3)2 – Bicarbonato de Cálcio
CaCO3
MgCO3 Microorganismos
Poluição do ar Atmosférico

CO – Monóxido de Carbono
CO2 – Dióxido de Carbono
SO3 – Oxido Sulfúrico
NO – Oxido Nítrico
NO2 – Dióxido de Nitrogênio
HNO2 – Acido Nitroso
H2O2 – Peróxido de Hidrogênio
O3 – Ozônio
H2SO4 – Ácido Sulfúrico
PAN – Poli acrilonitrila
DUREZA DAS ÁGUAS NATURAIS
• A ação dissolvente da água sobre as rochas calcáreas, é
devida ao conteúdo de dióxido de carbono.
CaCO3 + CO2 + H2O  Ca(HCO3)2
Carbonato Dióxido de Água Bicarbonato
de Cálcio Carbono de Cálcio
(Insolúvel) (solúvel)

MgCO3 + CO2 + H2O  Mg(HCO3)2


Carbonato Dióxido de Água Bicarbonato de
de Magnésio Carbono Magnésio
(Insolúvel) (solúvel)
• Sais de cálcio, magnésio, ferro, manganês, sílica,...
São os principais causadores de incrustações em
Máquinas industriais (Caldeiras).
Dureza da água
Classificação das águas em função da
dureza
• Com relação a concentração de dureza, a água pode ser
classificada em quatro categorias:

Dureza
Classificação
(mg CaCO3/L)
Branda < 75
Dureza moderada 76 - 150
Dura 151 - 300
Muito dura > 300
Fatores associados à dureza
• Para o controle da corrosão e incrustações em redes de
água, o controle da dureza devido a carbonatos é muito
importante;
• Em função do equilíbrio entre carbonatos a água pode ser
corrosiva ou incrustante:

– Se a água tiver tendência para solubilizar carbonato ela é


considerada corrosiva;
– No caso de haver tendência para precipitação de carbonato a
água considerada incrustante.
Dureza em águas de abastecimento

• Para água de abastecimento público é


recomendado que a dureza da água esteja entre
80 mg/L a 100 mg/L como CaCO3;
Remoção da dureza
• O processo de remoção da dureza é conhecido como
abrandamento;
• O abrandamento pode ser feito de três formas:
– Precipitação química  processo geralmente utilizado para
águas com elevada concentração de dureza;
– Troca catiônica  mais indicado para o caso onde a
concentração da dureza seja baixa;
– Processo de nanofiltração  utilização de membranas
poliméricas.
Vantagens e desvantagens dos processos
de abrandamento
• Troca catiônica:
– Vantagens:
• Grande eficiência para remoção dos íons responsáveis pela
dureza;
• As resinas podem ser regeneradas;
• Não há formação de lodo no processo.
– Desvantagens:
• Requer um pré-tratamento da água;
• Ocorre saturação da resina, exigindo a sua regeneração;
• Elevação da concentração de SDT na água;
• Requer o tratamento do efluente da regeneração.
ABRANDADOR COM ZEÓLITO DE SÓDIO
Vantagens e desvantagens dos processos
de abrandamento
• Nanofiltração:
– Vantagens:
• Remove com eficiência íons responsáveis pela dureza;
• Não requer a utilização de produtos químicos;
• Ocorre a remoção de outros contaminantes, orgânicos e
inorgânicos.
– Desvantagens:
• Tem uma menor produção de água em relação aos demais
processos;
• Requer um nível elevado de pré-tratamento;
• Água com elevada dureza pode resultar em perda da
eficiência do sistema;
• Ocorre a geração de uma corrente de concentrado.
OSMOZE
Reverse Osmosis or RO System
Reverse Osmosis Pressure Vessel
PURIFICAÇÃO DE ÁGUAS

• DESTILAÇÃO:
Na destilação, as matérias sólidas presentes na água não a
acompanham, quando esta passa para o estado de vapor.
Portanto, todas as substâncias sólidas dissolvidas na água são
eliminadas por esse processo.

No entanto os gases dissolvidos na água


acompanham o vapor que está sendo
produzido.
DESMINERALIZAÇÃO
• Esse processo, que tende a substituir a destilação, baseia-
se na capacidade que tem certas substâncias, de reter ÍONS
dissociados que entram em contato com elas e ceder
outros ÍONS diferentes daqueles retidos. Tais substâncias
chamam-se trocadores iônicos, que são resinas sintéticas e
constituem-se duas categorias a saber:
DESMINERALIZAÇÃO

Mg(HCO3)2 – Bicarbonato de Magnésio


Ca(HCO3)2 – Bicarbonato de Cálcio
Na(HC)3 – Piruvato de Sódio H2CO3 – Ácido Carbônico
Ca – Cálcio H2SO4 – Ácido Sulfúrico
Mg – Magnésio HCl – Ácido Clorídrico
Na – Sódio HNO3 – Ácido Nítrico
SO4 – Sulfato H2SiO3 – Ácido Meta-Silico
NO3 – Nitrato NaOH – Hidróxido de Sódio
SiO2 – Dióxido de Silício
O2 – Oxigênio
CO2 – Dióxido de Carbono
NH4H – Hidróxido de Amônio
RESINAS TROCADORAS DE CÁTIONS
São substâncias que tem a capacidade de reter os cátions
de sais dissolvidos

No caso de carbonatos e bicarbonatos, o ácido resultante é o ácido


carbônico, conforme reações abaixo:
RESINAS TROCADORAS DE ANIONS
São substâncias que têm a capacidade de reter anions de
sais dissolvidos e dissociados iônicamente na água,
substituindo-os por outros.

As reações que se processam são as seguintes:


• As resinas trocadoras de anions também precisam ser regeneradas de
tempos em tempos, o que é feito pela passagem de uma solução pela
resina.
• Sulfatos, cloretos, sílica e outros anions entram em solução e são
substituídos por ÍONS de hidroxila.
• As reações que se processam são as seguintes:
DESMINERALIZAÇÃO
EFEITOS CORROSIVOS DE GASES
DISSOLVIDOS
• AMÔNIA
Em presença de oxigênio, ela se torna altamente corrosiva ao
cobre e suas ligas. Desde que se possa ter certeza de que o
oxigênio dissolvido é eliminado eficientemente, a amônia pode,
inclusive, ser adicionada ao sistema, como agente regulador do pH.

A sua presença, no entanto, deve ser sempre controlada e


considerada como um perigo potencial,
• DIÓXIDO DE CARBONO

O seu principal efeito é o de tornar ácida a água segundo a reação:

Mesmo na ausência de oxigênio dissolvido, a água


contendo dióxido de carbono tem caráter corrosivo.

Há a necessidade da adição de um produto alcalino que neutralize o


seu efeito. A amônia e aminas voláteis, como morfolina e ciclo
hexamina, são os produtos mais usados.

A recomendação, é para o uso de substâncias voláteis que não se


concentrarão na caldeira, saindo com o vapor e protegendo o ciclo.
• OXIGÊNIO DISSOLVIDO
O oxigênio é o gás que oferece maior perigo, do ponto de
vista da corrosão de caldeiras. A sua solubilidade na água é
alta, e diminue com o aumento da temperatura da água.
Solubilidade do oxigênio em água a diferentes temperaturas
e à pressão de 760 mm de Hg.
Temperatura C Solubilidade em ppm de oxigênio
0 14,6
10 11,2
20 9.05
30 7,5
50 5,55
70 3,75
90 1,65
95 0,9
99 0,2
100 ZERO
Assim, a maior parte do oxigênio dissolvido em
água de alimentação é facilmente removível por
processos físicos de desaeração.

No entanto, mesmo pequenos traços de oxigênio dissolvido ainda


oferecem perigo às caldeiras, porque é necessária a adição de
agentes redutores, capazes de reagirem com os traços de oxigênio
ainda presentes após a desaeração. Antigamente o produto
universalmente aceito era o sulfito de sódio, que combina com o
oxigênio segundo a reação:
A Hidrazina é um produto volátil não aumentando
o conteúdo de sólidos na água de caldeira, o que,
sem dúvida é uma vantagem considerável. A sua
CANCERÍGENA
reação com o oxigênio dá como resultado, água e
nitrogênio e forma um filme de óxido passivo
protetor ( Magnetita) .
Atualmente, o produto mais utilizado tem sido a
Carbohidrazida, que é um produto volátil, evitando
a manipulação com a Hidrazina ( que é
cancerígena). A sua reação com o oxigênio dá como
resultado, água , nitrogênio e CO2.
DESAERAÇÃO
ÁGUA DE CALDEIRA
Inúmeros tipos de tratamento interno de água de caldeira têm
sido utilizados nos últimos cem anos. Esses tipos variam desde a
adição de uma variedade de produtos químicos orgânicos e
inorgânicos até a adição de produtos químicos não específicos,
tais como variados produtos, e, tem três objetivos principais:

a- prevenir e controlar a formação de depósitos na caldeira.


b- prevenir a corrosão da caldeira e seus auxiliares.
c- conduzir vapor de alta pureza.
FRAGILIZAÇÃO DO METAL DAS CALDEIRAS,
PELO HIDROGÊNIO

A fragilização do metal das caldeiras pelo hidrogênio


é uma forma de corrosão, na qual o hidrogênio
penetra no aço-carbono.

O hidrogênio, após penetrar no aço, sob condições favoráveis


de pressão e temperatura, reage com o carbono para formar o
metano de acordo coma seguinte reação
FRAGILIZAÇÃO DO METAL DAS CALDEIRAS,
PELO HIDROGÊNIO
EXPLOSÃO DE REFINARIA-TROCADOR DE CALOR
FRAGILIZAÇÃO CÁUSTICA DO METAL DE
TUBOS DE CALDEIRAS
A fragilização cáustica é um tipo de corrosão que
ocorre em caldeiras.

A fragilidade cáustica seria uma das formas primárias de


corrosão, para que o fenômeno da fragilidade por
hidrogênio ocorra, pois quando a soda cáustica ( ou
potassa cáustica ) reage com o ferro, há a liberação de
hidrogênio, de acordo com a reação.

Você também pode gostar