Na Maçonaria temos a oportunidade de transcender nossos conhecimentos, correlacionando
diversas áreas como a mística da espiritualidade, o esoterismo e a ciência em torno da fé no
G∴A∴D∴U∴. Aprendemos formas de utilização de ferramentas simbólicas, além de alegorias, o
que nos leva a uma maior lucidez, nos conectando energeticamente com o cosmos e com o
Universo. A única certeza que tenho, como Aprendiz, é que, a exemplo do universo, estou em
constante transformação, inserido em uma Ordem repleta de conhecimento, mas que ainda
devo me dedicar em descobrir, por meio das instruções, da ritualística, com o objetivo de
formar construtores morais e sociais em tempos muito difíceis que nossa sociedade atravessa.
Todos os maçons, os irmãos espalhados pelo universo têm a honra e o prazer de fazerem parte
de um seleto grupo de homens que passaram pelas viagens da iniciação, fizeram seu
juramento e tiraram a venda que trazia a escuridão, sendo concedida a Luz. Podemos aprender
com Boaz a forma com a qual nos ensinaram à entrar no Templo, estando sempre fresca em
nossas memórias as três pancadas dadas para adentrarmos aos trabalhos: “batei e sereis
atendido; pedi e recebereis; procurai e encontrareis”, as quais descrevem os deveres do
maçom em praticar boas ações para com o próximo e os bens que lhe couberem em partilha,
tratar todos os homens, sem distinção de classe e de raça, como seus iguais e irmãos e ir em
socorro dos deserdados da fortuna e dos aflitos.
A Corda de 81 nós simboliza a união fraternal e espiritual, que deve existir entre todos os
maçons do mundo. Representa, também, a comunhão de ideias e de objetivos da Maçonaria,
os quais, evidentemente, devem ser os mesmos em qualquer parte do planeta. A Corda em
conjunto com o Pavimento Mosaico, as Romãs e a Cadeia de União, representa que todos os
Maçons espalhados pela terra devem formar uma única família. “Devemos edificar templos à
virtude e cavar masmorras aos vícios”, isto porque: esta é a nossa grande missão. A filosofia
maçônica, alicerceada nos nobres ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, procura
transmitir ao Aprendiz Maçom, desde sua iniciação, que ele é um ser inserido em um processo
contínuo de lapidação, o que se extrai do seguinte simbolismo, muito utilizado na Maçonaria: o
Aprendiz Maçom é uma Pedra Bruta que precisa ser lapidada, de forma contínua, com auxílio
do maço e do cinzel, para formação de uma Pedra Polida.
O Aprendiz Maçom é uma Pedra Bruta que precisa ser lapidada, de forma contínua, para
formação de uma Pedra Polida, ou seja, um ser repleto de luz, um homem digno, de caráter
ilibado e dotado de sentimentos bons, livre de vícios e paixões mundanas e completamente
capaz de concorrer à construção moral da humanidade, verdadeira obra da Maçonaria, é um
verdadeiro caminho para se alcançar a virtude da exaltação da condição humana.
Nesta esteira, cumpre destacar palavras do admirável escultor Michelangelo, o qual merece
sempre ser lembrado: “Quando olho um bloco de mármore, vejo a escultura dentro dele. Tudo
o que tenho a fazer é retirar as aparas. Existe uma obra de arte que a nós foi destinado criar.”
“Venerável Mestre, o candidato deixou de contribuir para a Beneficência Maçônica, faltando,
assim, aos princípios de Caridade de nossa Instituição!”. Bolsa de Beneficência vazia! Espírito
vazio.
Meus diletos Irmãos, que o rito da Iniciação seja não só a purificação da alma mas também a
reflexão de uma vida.
Constituindo uma mesma Família, apoiando uns aos outros, assim como as sementes da romã,
símbolo da harmonia social.
O Oriente de nossa Loja simboliza o mundo invisível, tudo que é abstrato, isto é, o mundo
espiritual e o Ocidente representa o mundo visível, que nossos sentidos alcançam, ou seja, o
mundo material.
GRAU DE APRENDIZ MAÇOM
6ª INSTRUÇÃO, RITUAL DA GLMMG “REAA”
“O desejo de saber é natural dos homens bons”
Leonardo da Vinci
Abrindo os véus para o aprendizado da instrução -, passamos a
desenvolver estudos de ascensão ao reconhecimento entre os
irmãos.
Fato é que o tema a ser desenvolvido ancora tópicos já explorados e debatidos, em
instruções anteriores. Mas seguimos analisando a evolução dos aprendizes
Maçons interessados em trabalhar no desbastar da pedra bruta como se fossem
obreiros da grande obra.
Encetamos estudando o real significado dos “sinais – palavras e toques” que são
utilizados na Ordem Maçônica como aporte do reconhecimento como tal, ao irmão
maçom.
Segundo Oswaldo Wirth em:
“Os Mistérios da Arte Real - Ritual do Adepto”, observa
que, quando se diz que um maçom se reconhece por seus
sinais, palavras e toques, é preciso entender o que isso
significa esotericamente”.
A tríade (das palavras) concretiza a busca da investigação do saber se o “indivíduo”
possui a qualificação inicial de um irmão maçom (averiguado pelo diálogo).
Ainda temos o manuseio e as explicações das indumentarias obrigatórias do maçom
em especial o avental -, que na labuta maçônica simboliza as ações do trabalho
contínuo para a descoberta da verdade e aperfeiçoamento da Humanidade.
Para Oswaldo Wirth:
“Não existe aí vaidade do artista orgulhoso de sua
profissão, porque nada poderia ser mais glorioso sobre a
Terra que o porte do avental, insígnia do participante da
Grande Obra.”
Na instrução continuada expomos o objeto concreto: o “Templo Maçônico” que se
descreve como forma de “quadrilongo” tendo a sua cobertura de uma “abóbada /
cúpula” contendo desenhos de “estrelas, nuvens, o Sol, a Lua e inúmeros astros” -,
equilibrados pela atração de uns sobre os outros e, sustentada por 12 (doze)
colunas, representando os doze (signos) do Zodíaco, ou seja, as 12 (doze)
constelações que o “SOL” percorre no espaço de um ano solar.
Seguindo com os relatos de pormenores marcamos os pilares ou colunas, em
número de três “Sabedoria - Força – Beleza” que representam as “Três Luzes”
colocadas no “Oriente – Ocidente – Sul”.
Prosseguindo com os estudos passamos a mencionar as figuras alegóricas /
simbólicas:
O Pórtico ladeado por “duas colunas”,
A Pedra Bruta, a Pedra Cúbica,
O “Esquadro – Compasso – Nível – Prumo”,
O Maço e o Cinzel,
O Painel da Loja,
O Sol e a Lua,
O Pavimento Mosaico ladeado pela Orla Dentada / Denteada
Sequenciando o passeio pelo Templo Maçônico aprendemos que o Oriente indica
o ponto de onde provém a luz, sendo o Ocidente a região para a qual “ELA” se dirige.
Emoldurando a base dos ensinamentos temos: o Ocidente representando o mundo
visível, alcançados pelos nossos sentidos, ou seja, tudo o que é material. Enquanto
que o Oriente, vai simbolizar o mundo invisível, a parte abstrata, isto é, o mundo
espiritual.
Persistindo na pesquisa e desmiuçando a instrução em sua simbologia encontramos
no Templo Maçônico duas colunas de bronze associada aos dois pontos solsticiais.
Numa destas colunas registramos as romãs colocadas nos capitéis, que tem na
essência filosófica representar as Lojas e os maçons espalhados pela superfície da
terra -, e na sua representação da colagem das sementes arremete a fraternidade e
a união que deve existir entre os homens.
Segundo Joaquim Gervásio, o Templo Comum:
“Nas sociedades iniciáticas, e o lugar onde se reúnem os seus
adeptos; esotericamente, é o ser humano ideal e perfeito, que
deve ser “edificado” pelos “construtores” da raça; é o
iniciado verdadeiro mais ainda muito raro”.
Entende José Castellani, que o Templo Maçônico:
“É o local onde se reúnem as Lojas para sessões com
abertura ritualística maçônica, ou com toda a ritualística
própria dos três graus simbólicos (já que a Loja pode reunir-
se em outros locais”.
A Pedra Bruta num contexto maçônico representa o homem sem instruções, rude,
com suas rigidezes de caráter e, dominado pela ignorância. Enquanto que na Pedra
Cúbica, o homem é concebido como culto / instruído, capaz de dominar as paixões,
os preconceitos -, ficando livre das asperezas (registrando perspectivas evolutivas).
Quão intensamente é admirável na história da maçonaria a utilização dos
instrumentos imprescindíveis (esquadro – compasso – nível – prumo) que
consolidam o alinhamento do construtor social, induzindo a seguir normas pelas
quais devemos pautar nossa conduta.
Detalhando o (maço e cinzel) afirmo que detém a representatividade da inteligência
e razão, tornando o homem capaz de divisar o bem do mal, o justo do injusto.
Seguindo com minúcias alegóricas temos a Prancha da Loja, que representa a
memória, a faculdade que temos e somos dotados para fazer julgamento.
Nestas tarefas do delinear as figuras alegóricas no sentido do porquê? Comento
que o (Sol e a Lua) estão em nossos Templos -, carecido pôr a Lua representar o
universo nos esplendores da abobada celeste.
Abordaremos sobre o Pavimento de Mosaico com a Orla Dentada, voltado a figura
do no 1º Vigilante.
O Pavimento de Mosaico solidifica a representatividade magna devido marcar a
variedade do solo terrestre. Constituido pelas pedras brancas e pretas ligadas pelo
mesmo cimento, simboliza a união de todos maçons ... e infinitas comparações.
Enquanto a Orla Dentada, manifesta a união que deverá existir entre todos os
homens, quando o Amor Fraternal dominar todos os corações.
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Trabalho sobre a sexta instrução do grau Apr M
A Sexta instrução começa nos fazendo relembrar a iniciação e nossas evolução ate
aqui. enxergo a alusão do desbaste da pedra bruta ao polimento completo na pedra
polida como um processo, não estamos mais na pedra totalmente bruta e nem perto da
pedra polida, estamos num processo, a cada instrução aprendemos mais e mais.
Dessa vez nos foi explicado a simbologia do avental, das doze colunas que sustentam
nosso templo, os pilares da sabedoria, forca e beleza e as alusões ao universo na
arquitetura da loja.
O avental do aprendiz maçom representa a inocência intelectual do mesmo. Usado
com a aba levantada para ajuda-lo e protege-lo em seu trabalho no desbaste da pedra
bruta.
Os dozes pilares que sustentam a loja são representados pelos 12 signos do zodíaco, as
doze constelações que cobrem o céu num periodo de um ano. Representando tando as
diferentes personalidades quanto ao tempo de trabalho.
A loja maçônica tem o formato de um quadrilongo, orientada do ocidente ao oriente,
local em que a luz percorre durante o dia, representando também o dia do trabalho, do
meio dia a meia noite. Sua altura chegando ao céu e sua profundidade indo até o centro
da terra
Na nossa segunda Instrução, nós aprendizes, tomamos contacto com mais pormenores
dos símbolos que até então nos eram desconhecidos, as suas significações e
simbologias.
Por exemplo, a orientação da nossa oficina do Oriente ao Ocidente e do Norte ao Sul
que representam toda a grandiosidade e compromisso da nossa Instituição com os
acontecimentos da humanidade, no trabalho árduo e incessante da Maçonaria em laborar
a favor do desenvolvimento do homem para a sua plenitude.
Sustentando a nossa Loja vemos as três grandes
colunas SABEDORIA, FORÇA e BELEZA, que nos remetem para os princípios
básicos que devem dirigir a aprendizagem Maçónica, respectivamente:
SABEDORIA – para através do discernimento, dar orientação aos nossos actos e
pensamentos.
FORÇA – que deve ter todo o Maçom para superar as adversidades do mundo profano e se
aprofundar mais e sempre nos Augustos Mistérios da Maçonaria.
BELEZA – Item importante e que deve estar sempre muito bem enraizado no coração de
todo o Maçom, para que sejamos instrumentos de proliferação do amor emanado através do
G∴ A∴ D∴ U∴ .
Descobrimos também no interior da nossa Loja as luzes, que dentre elas, o SOL
representando o G∴ A∴ D∴ U∴ está sempre simbolizando toda a glória e esplendor do
Criador, aquecendo-nos com os seus raios energizantes e curativos, não apenas do
corpo, mas principalmente, da alma.
O PAVIMENTO MOSAICO que, com os seus quadrados brancos e pretos, remetem o
Maçom à humildade que lhe deve ser inerente, perante as mais variadas representações
da Fé no Criador, orientando-nos para o caminho da tolerância e desapego aos
preconceitos quando nos deparamos com conceitos diversos de religiosidade mas, que
não representando nenhuma afronta às Leis Maçónicas, devem ser respeitadas e vistas
como a exteriorização do amor ao G∴ A∴ D∴ U∴.
Esta tolerância, deve dar-se apenas no sentido de desapego à conceitos pré-concebidos
que a nossa vivência no mundo profano eventualmente nos faz incorporar, e o respeito
às religiosidades humanas tem a finalidade de busca a uma harmonia Universal.
A ORLA DENTADA, simbolizando o princípio da Atracção Universal a unirmos cada
vez mais, nos mais variados níveis de convivência social, quer seja nos nossos círculos
de amizade, de família ou de fraternidade em volta da nossa Loja e com os nossos
Irmãos em todo o mundo, através do Amor Fraternal.
O ESQUADRO e o COMPASSO, cujas pontas estão ocultas, lembram-nos de que,
enquanto não estiver completo o nosso trabalho de desbastamento da Pedra Bruta jamais
poderemos fazer uso deste.
Nesta Instrução também nos são apresentadas as JÓIAS MÓVEIS que são:
ESQUADRO, representa a rectidão que o Venerável Mestre deverá ter nos seus trabalhos e
sentimentos perante os seus obreiros e a
O NÍVEL, decorativo do 1º Vig∴ tem na sua simbologia o Direito Natural, que é a base
para a igualdade social, e que dele derivam todos os Direitos.
O PRUMO, que orna o 2º Vig∴ simboliza o desapego ao interesse ou à afeição no trato
com os obreiros.
O NÍVEL e o PRUMO auto-completam-se e devem sempre co-existir para que através
da Justiça, Imparcialidade e observância dos regulamentos Maçónicos, os homens
estejam sempre em posição de igualdade para responder ou valer-se dos seus atributos
como Maçons na busca da Liberdade, e Justiça sem qualquer facilitação ou pendências
para qualquer um, sob pena de, em havendo qualquer deferência à pessoa, ficar abalado
o equilíbrio que deve existir para todos em todo o mundo.
Tomamos conhecimento também, nesta Instrução, das JÓIAS FIXAS que decoram o
nosso Templo:
A PRANCHETA DA LOJA, utilizada pelo Mestre na orientação dada ao Aprendiz rumo
ao aperfeiçoamento na Real Arte Maçónica.
A Pedra Bruta , em cuja superfície o Aprendiz deve trabalhar e polir até ser considerado
Obreiro competente e capaz, quando do julgamento do Mestre, determinando estar a Pedra
Bruta. Ela representa o Obreiro, no seu estado anterior ao da sua entrada na nossa Augusta
Instituição, cuja inteligência, costumes e actos estavam desfocados pela convivência no
mundo profano.
É através do trabalho como Obr∴ e do seu comprometimento e entrega aos nossos
Sereníssimos Regulamentos e Regras Morais, de Virtude e eterna Vigilância à vontade
do G∴ A∴ D∴ U∴ que o Aprendiz Maçom poderá atingir a qualidade de P∴ P∴ , para
então se poder tornar um membro produtivo e um amplificador da Doutrina maçónica.
A Pedra Cúbica , é a obra acabada do homem no fim da sua vida, que através do Labor e
da exaustão, conseguiu atingir a plenitude da Virtude, Piedade, e do Amor.
A Pedra Cúbica , ou Pedra Polida deve ser sempre o objectivo do Maçom e deverá ser o
porto ao qual todos nós deveremos encaminhar a Nau das nossas vidas a partir de agora.
Este porto, cujo solo tem origem Divina, será a recompensa de uma vida de entrega,
desapego e trabalho na construção de Templos à Virtude e Masmorras ao Vício e às
Trevas, que infelizmente, permeiam nossas vidas, mas que são sempre vencidas, quando
em contacto com a Luz e a Grandiosidade do G∴ A∴ D∴ U∴.
Esta 2ª Instrução, foi de grande valor, pois através destes ensinamentos pudemos, na
qualidade de Ap∴ M∴ discernir a grandeza da Real Arte Maçónica.
Será através das simbologias e orientações apresentados que certamente iremos
direccionar os nossos passos rumo ao nosso aperfeiçoamento humano, e também de
toda a humanidade.