CPDC II Trabalho Final
CPDC II Trabalho Final
Faculdade de Direito
Ciência Política e Direito Constitucional II
TEMA: O Poder Político e sua organização no Estado Moçambicano: princípios gerais
relativos à organização do poder político; o Presidente da República e a Assembleia da
República.
Grupo IV
Discentes:
Docentes:
Prof. Doutor António Salomão Chipanga
Prof. Doutora Lúcia Ribeiro
Lic. Ana Sénia Sambo
2
5.5 Competências Parlamentares da Assembleia da República .................................................. 26
5.5.1 Competências Parlamentares ..................................................................................... 26
6. Relação entre a Assembleia Da República e o Presidente Da República ............................... 27
7. O Tribunal Supremo ................................................................................................................... 28
7.1 Princípio da separação de poderes ........................................................................................ 28
7.2 Os Tribunais .......................................................................................................................... 29
7.2.1 Objectivos Dos Tribunais ........................................................................................... 29
7.3 Hierarquia dos tribunais ........................................................................................................ 30
7.4 O Tribunal Supremo .............................................................................................................. 30
7.4.1 Organização do Tribunal supremo ............................................................................ 30
8. ÓRGÃOS CENTRAIS E SECRETÁRIO DE ESTADO ......................................................... 33
8.1 Definição de Órgãos Centrais ............................................................................................... 33
8.2 Secretário de Estado .............................................................................................................. 33
Conclusão ............................................................................................................................................. 35
Referências Bibliográficas .................................................................................................................. 36
Relatório Da Realização Do Trabalho ............................................................................................... 38
3
Introdução
O trabalho visa abordar sobre o poder político como a capacidade de obrigar os outros a
adoptar certo comportamento ou a possibilidade de impor, de forma eficaz, o respeito da
conduta, própria ou alheia. Portanto, vamos explicar sobre a sua organização no Estado
Moçambicano.
Por fim, mas não menos importante, faremos menção aos órgãos centrais e aos Secretários
de Estado.
4
Objectivos:
Objectivos gerais:
Analisar a Organização do Poder Politico do Estado Moçambicano;
Entender sobre o a Organização e Funcionamento dos Órgãos de Soberania, em
especifico, o Presidente da Republica de Moçambique e a Assembleia da Republica;
Objetivos específicos:
Ilustrar a Organização do Poder Politico de Moçambique;
Identificar os Órgãos de Soberania;
Identificar as Funções do Presidente da Republica e da Assembleia da República;
Caracterizar os Órgãos de Soberania: Presidente e Assembleia da República;
Relacionar o Presidente da Republica a Assembleia Republica;
Indicar o papel do Tribunal Supremo em relação ao Presidente e aos Órgãos que gozam
de imunidade
Metodologia
Valemo-nos da pesquisa bibliográfica, visto que fomos buscar os manuais que tratam
do nosso tema, tendo em via disso usado o método comparativo no trato dos manuais. Fez-se
também a discussão em grupo, no qual conseguimos definir os conteúdos que dizem respeito
ao nosso tema.
5
1. PODER POLÍTICO
1.1 Conceito de poder
Aristóteles (384 a. – 322 a.C.) defende que o Homem é, naturalmente, um animal político
“feito para viver em sociedade”.1 Faz parte da natureza humana a sociabilidade, a tendência de
viver em sociedade e a necessidade de se juntar e organizar comunidades. Porém este mesmo
Homem possui interesses próprios, e, quando em sociedade, disputam iguais oportunidades e
tratamento em circunstâncias semelhantes que faz nascer conflitos.
Por conta desses conflitos da vida social, o filósofo inglês Thomas Hobbes afirma que é
necessário estabelecer limites a convivência social. Para ele o “estado de natureza” do Homem
é sinónimo de “estado de guerra, onde o individuo luta apenas pelos seus interesses, há um
conflito de interesses.2
Max Weber define poder como sendo a “possibilidade de obter obediência, em certas
pessoas, a uma ordem que tenha um conteúdo determinado”.
Marcelo Rebelo de Sousa5 define poder como sendo “ a faculdade de intervenção do ser
humano pelo ser humano, de molde a determinar ou influenciar a conduta alheia”. E, deste
surgem duas noções que são a do poder de influência, entendido como um poder de
condicionar condutas, sem vincular, recorrendo à recompensa e não à punição. E a de poder de
injunção entendido como um poder de determinar condutas alheias, servindo-se
privilegiadamente da punição u ameaça de punição.
1
AMARAL, Diego Freitas do, Manual de Introdução ao Direito, Lisboa, Vol. I, 2004, Cascais, Almeida, 2003.
2
SABADELL, Ana Lúcia, Manual de Sociologia Jurídica: Introdução a uma leitura externado Direito, 2ª ed.,
Editora Revista dos Tribunais, São Paulo, 2002.
3
BONAVIDES, Paulo, Ciência Política, 10ª edição, Malheiros Editora, Brasil, 2000.
4
CAETANO, Marcelo, Manual de Ciência Política e Direito Constitucional, Tomo I, Coimbra, 1996, pág. 9.
5
SOUSA, Marcelo Rebelo de, GALVÃO, Sofia, Introdução ao estudo do Direito, 5ª edição, Lex, Lisboa, 2000,
pág. 14.
6
1.1.1 Conceito de Poder Político
Em ciência política fala-se de Poder como Poder político que é um dos elementos que
caracterizam o Estado.
Autores como Adriano Moreira definem o poder político como “ capacidade de obrigar
os outros a adoptar certo comportamento”6. Seria, portanto, essa intervenção do Homem pelo
Homem.
A legitimidade dos governantes implica, segundo Jorge Miranda10, que não basta o
governante invocar qualquer intenção do seu poder ou ter, pura e simplesmente, a força material
para se fazer obedecer (...) tem ainda de obter o consentimento, pelo menos passivo, dos
destinatários do poder. Tem ainda de se configurar como autoridade”.
6
MOREIRA, Adriano, Ciência Política, Coimbra, 1995, pág. 72.
7
Manual de ciência ... pág. 5
8
Introdução ao estudo do Direito, pág. 16
9
Introdução ao ..., pág. 16
10
MIRANDA, Jorge, Ciência Política, Formas de Governo, pág. 43
7
Legitimidade de exercício – é a legitimidade que resulta do modo como é exercido
o poder político pelos governantes.
Desta distinção pode, em conformidade, resultar que uma decisão política seja
simultaneamente legal e ilegítima. Legal, porque está em enquadrada pelas regras em vigor
no âmbito de uma determinada ordem jurídica. E porque, neste caso, o fundamental é as regras
vigentes terem sido criadas em conformidade com os procedimentos de produção de normas
jurídicas existentes. Ilegítima, porque as regras em vigor que sustentam a decisão política não
traduzem, nem respeitam, a vontade da comunidade a que se destinam ou um conjunto de
normas que transcendam a vontade dos seus governantes.
8
Segundo Gouveia13 a organização do poder político (poderes do Estado) consiste na defi-
nição do estatuto dos diversos órgãos de soberania, isto é, conforme Silva14 consiste da
definição, da formação, composição e competência dos órgãos de soberania do Estado.
Nesta pesquisa, debruçamo-nos sobre os órgãos de soberania do Estado moçambicano que
são: O Presidente da República, a Assembleia da República, o Governo, os Tribunais e o
Conselho Constitucional (art.133 e seguintes da Constituição da República de Moçambique -
CRM15).
13
GOUVEIA, J. B. (2015, p. 95), Direito Constitucional de Moçambique, Lisboa/Maputo
14
SILVA, M. M. G; (2017, p. 6), O poder local e a organização política e administrativa do Estado português;
evolução no regime político democrático vigente’
15
Constituição da Republica de Moçambique, Revisão aprovada pela Lei 1/2018 de 12 de Junho.
16
CHIPANGA, A. S. Lições sumárias de Direito Constitucional Moçambicano, p.2
9
2.4 Órgãos Do Plano Constitucional
Além dos órgãos de soberania que são órgãos centrais do Estado, existem outros órgãos
do plano constitucional que também são órgãos centrais, aqueles cujo âmbito de actuação é a
totalidade do território nacional e compreendem o conjunto dos órgãos governamentais e as
demais instituições do Estado com âmbito nacional, (Chipanga…) Conselho Superior da
Comunicação Social, artigo 50 CRM, Comissão Nacional de Eleições, artigo 135, n.˚3 CRM,
Conselho de Estado, artigo 164 CRM, Ministério, Secretarias de Estado e Comissões
Nacionais, Banco de Moçambique, artigo 160 CRM, Ministério Público, artigo 234 e seguintes.
CRM; Conselho Superior da magistratura do Ministério Público artigo 238 CRM;
Administração Pública, artigo 249 e seguintes CRM; Policia da República, artigo 254 CRM;
Provedor de Justiça, artigo 256 e seguintes CRM; Forças de Defesa e segurança, artigo 266 e
seguintes CRM; Conselho Nacional de Defesa e Segurança, artigo 268 e seguintes CRM,
incluindo as áreas sob jurisdição do Estado Moçambicano no estrangeiro (Embaixadas,
consulados, agencias e outras formas de representação do Estado) cujos titulares são nomeados
pelo Presidente da República.
17
e 7 No dia 3 de Agosto de 2023, a Assembleia da República aprovou a alteração do n o 3 do artigo 311, que
estabelecia a realização das primeiras eleições distritais em 2024.
10
Os proponentes dos candidatos são os cidadãos moçambicanos organizados em grupos de
eleitores proponentes, partidos políticos ou em coligações de partidos políticos. (no3 do 169
CRM)
A democracia moçambicana é representativa, significa que o povo exerce o seu poder
através de representantes eleitos por ele. Presidente da República (no 1 do art. 145 CRM)
Assembleia da República (art.167), Assembleia Provincial (no1 do art. 278).
Neste sentido, os órgãos colegiais são os órgãos que do ponto de vista estrutural,
apresentam um número plural de titulares, sendo aquelas questões tanto mais difíceis quanto
maior for aquele número.
Obviamente que tais questões acabam por se diferencial assim como a complexidade
funcional e estrutural do respectivo estatuto, em razão da destrinca, que ficou assinalada, entre
órgãos colegiais parlamentares e restritos.
As reuniões e deliberações tem que ser previamente marcadas, a fim de se poder contar
com a presença dos respectivos titulares, agindo por razões de eficiência com base numa ordem
de trabalho sendo definidos o especo e tempo em que vai ter lugar, para o efeito se produzindo
a necessidade convocatória.
Para que o funcionamento possa validamente acontecer e necessário que esteja presente
um número mínimo de titulares, sob pena de o órgão não funcionar uma vontade funcional
minimamente consciente. A esta exigência se chama quórum.
11
Os regimentos internos dos órgãos colegiais podem estabelecer desvios a esta orientação
geral, de acordo com a consideração de algumas singularidades.
A produção da vontade dos órgãos colegiais exige ainda, por definição, a contagem dos
votos para a respectiva formação, partindo-se da pluralidade dos votos a favor, dos votos contra
e dos votos de abstenção, sem esquecer que os titulares podem não estar todos presentes no
momento de votação, se bem que presentes noutros momentos da reunião do órgão colegial em
questão, que se pode prolongar por horas ou dias.
A CRM tem sobre o assunto uma disposição específica, que pode assim arvorar-se a regra
geral de deliberação no Direito Constitucional Moçambicano: “As deliberações da Assembleia
da República são tomadas por mais de metade dos votos dos Deputados presentes”
12
4. Formas De Designação Dos Titulares Do Poder Político
Segundo o professor Jorge Miranda entende-se por órgão “o centro autónomo
institucionalizado de emanação de uma vontade que lhe é atribuída, sejam quais forem a
relevância, o alcance, os efeitos (externos ou mesmo internos) que ela assuma; o centro de
formação de actos jurídicos do Estado (e no Estado); a instituição, tornada efectiva através de
uma ou mais de uma pessoa física, de que o Estado carece para agir (para agir
juridicamente).(Republica, 2004)19.
Os titulares dos órgãos e agentes detentores das faculdades ou parcelas do poder político
pertence à comunidade estadual e é desta que são designados segundo regras e procedimentos
estabelecidos na Constituição e na lei.
O Estado moçambicano tal como os demais Estados modernos fixa no nº 1 do artigo 135,
o princípio geral que se deve obedecer para a designação dos titulares do poder politico na
República de Moçambique.
São dois os grandes grupos em que se arrumam os modos de designação dos titulares dos
órgãos públicos do seu cruzamento se apresentando os
correspondentes tipos:21
A designação por mero efeito do Direito significa que as escolhas dos titulares, de alguma
sorte, estão pré-determinadas por uma previsão jurídico-normativa, apenas se distinguindo
19
Jorge Miranda, Manual de Direito Constitucional, Tomo V, Actividade Constitucional do Estado, Coimbra,
1997, pág. 45.
20
António Chipanga, Apontamentos sobre a organização do poder politico em Moçambique.
21
sobre os diversos modos de designação dos governantes, v. Marcelo Rebelo de
Sousa, Direito Constitucional…, pp. 283 e ss.; Marcello Caetano, Manual de Ciência Política…,
I, pp. 235 e ss.; Jorge Miranda, Manual…, V, pp. 62 e ss.; Jorge Bacelar Gouveia, Manual…,
II, pp. 1171 e ss.
13
conforme a ocorrência de certas circunstâncias que não são o produto específico de uma
vontade relevante que tivesse esse desiderato.
Inerência: a escolha de alguém para um cargo em razão do facto de ser titular de outro
cargo;
Sorteio: a escolha de alguém em função de uma solução estatística, de entre um mais
amplo leque de hipóteses possíveis;
Rotação: a escolha de alguém por se encontrar no momento da assunção do cargo,
numa sequência plural de igual distribuição por várias pessoas;
Antiguidade: a escolha de alguém por ser a mais antiga no exercício de outro cargo,
antiguidade que também pode ser da idade;
Herança: a escolha de alguém por adquirir o direito de ser titular de um cargo na morte
de outra pessoa.
Eleição Directa- o povo escolhe os seus representantes por meio do sufrágio universal.
Exemplo: presidente da república, deputados da Assembleia presidencial e os órgãos de
soberania e os governadores das províncias, deputados das assembleias municipais e os
órgãos de descentralização.
Eleição Indirecta – os representantes do povo, deputados da Assembleia da República
votam em nome do povo e dos seguintes órgãos, membros do conselho superior dos
magistrados judicial art.º 231, e os juízes conselheiros do Conselho Constitucional art.º
240.
Nomeação: a escolha de alguém por indicação unilateral, sem qualquer contraditório
de candidaturas; O Presidente da República na qualidade de chefe de Estado nomeia o
Presidente do tribunal supremo, vice-presidente, o Presidente do Conselho
14
Constitucional, o Presidente do Tribunal Administrativo, sendo os actos verificados
pela Assembleia da República, art.º 158, art.º 225 nº 2, art.º 228 nº 2.
Cooptação: a escolha de alguém para fazer parte de um órgão determinada pela vontade
dos outros titulares que já fazem parte desse mesmo órgão;
Revolução: a escolha de alguém na sequência de um processo revolucionário, com
ruptura da Ordem Constitucional;
Aclamação: a escolha de alguém através da expressão de uma vontade colectiva e
pública.
1. Sufrágio Universal- consiste no pleno direito de votar e ser votado de todos os cidadãos
elegíveis e na garantia da correcta e transparente apuração dos resultados.
15
República de Moçambique,“ são órgãos de soberania o Presidente da República, a Assembleia
da República, o Governo, os tribunais e o Conselho Constitucional.”22
Têm sido dois os critérios propostos para explicar a conclusão de serem estes órgãos, e
não outros a possuírem esta qualidade de órgãos de soberania:23
- O critério da decisão cogente: é o órgão de soberania o órgão que produz atos obrigatórios.
Quer parecer-nos que o critério válido só pode ser a conjugação destes dois, num sentido
ecléctico: os órgãos de soberania são órgãos que, desenvolvendo um ou vários dos poderes
públicos, se assumem como produzindo atos decisórios. Do ponto do regime aplicável,
sobressai a orientação geral de o seu estatuto estar submetido a uma reserva de Constituição:
“Os órgãos de soberania (…) devem obediência à Constituição e às leis”.24
22
Artigo 133º da Constituição da República de Moçambique
23
GOUVEIA, Jorge Bacelar, Manual de Direito Constitucional de Moçambique,v.Ed.IdiLP, Lisboa,2015,pp, 378 e
ss
24
Artigo 134º da CRM
16
por exemplo, o regime de independência dos Tribunais, não permite que o PR possa exercer
funções jurisdicionais.25
A Assembleia da República- o órgão legislativo do país, composto por deputados eleitos pelo
voto directo.
Os Tribunais- incluindo o Tribunal Supremo, que é o tribunal mais alto do país e os outros
restantes tribunais.
Segundo o prof. Gouveia, ele afirma que os órgãos de soberania são sempre órgãos do
Estado, a inversa não é verdadeira, porque nem todos os órgãos do Estado são órgãos de
soberania. Ex: O Provedor de Justiça, o Procurador-geral da República.
Órgãos Constitucionais
25
CANOTILHO,J.J Gomes. Direito constitucional e teoria da constituição,6ª edição, Almedina, Coimbra,
2002,pp.615.
26
MIRANDA, Jorge, Manual de Direito Constitucional, Tomo V, Actividade Constitucional do Estado,
Coimbra,1997,pág.45.
17
Para o prof. GOUVEIA, cotejando os órgãos constitucionais e os órgãos de soberania,
pode-se dizer que todos os órgãos de soberania são órgãos constitucionais, mas nem todos
órgãos constitucionais são órgãos de soberania, como dois círculos concêntricos, um menor
dentro do outro maior. “Órgãos constitucionais são os que:
4.4PRESIDENTE DA REPÚBLICA
É um órgão unipessoal, eleito por sufrágio universal, directo, igual, secreto, pessoas e
periódico (de cinco em cinco anos). O presidente da República, como cargo ou função, assume,
simultaneamente, duas funções: a de ser um órgão político e um órgão administrativo.
Diz-se que é um órgão político pirarucu, como refere Marcelo CAETANO, “em todos os
regimes, a par dos políticos que são os titulares dos órgãos governativos, e por isso, se situam
acima da administração, certos agentes administrativos designados para exercício de funções
de confiança política. O Presidente da República é na verdade um titular de órgãos
governativos, designadamente: à Presidência da República e o Governo.
É preciso discernir, nesta pesquisa, sobre quais são os poderes do Presidente da República
enquanto órgão político e enquanto órgão administrativo.
27
CANOTILHO, J.J Gomes. Direito constitucional e teoria da constituição,6ª ed,Almedina, Coimbra,2002,pp.561
e ss.
18
a. Dirigir a nação através de mensagem e comunicações, informar, anualmente, a
Assembleia da República sobre a situação geral da nação, decretar a mobilização geral
ou parcial, convocar eleições gerais, dissolver a Assembleia da República, nomear,
demitir e exonerar o Procurador-Geral da República, o Vice-Procurador Geral da
República e os Procuradores Gerais Adjuntos.;
b. Nomear o Presidente do Tribunal Supremo, do Conselho Constitucional e do Tribunal
Administrativo;
c. Celebrar tratados internacionais, orientar a política interna e externa, receber cartas
credenciais dos embaixadores e enviados diplomáticos dos outros países e nomear,
exonerar e demitir os Embaixadores e enviados Diplomáticos da República de
Moçambique.
19
Este relacionamento concretiza, nas palavras do art. 134 da CRM, a interdependência dos
poderes. Como se vê, a função do Presidente da República concentra em si um leque de poderes
que lhes conduz a uma figura incontornável do sistema, dai a que este governo, caracteriza-se
como presidencialista atípico.
Composição:
20
5. ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
5.1 A ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA NO SISTEMA POLÍTICO-CONS-
TITUCIONAL
A Assembleia da República, que vem sistematicamente localizada a seguir ao Presidente
da República, é um órgão colegial, de base pluralista político-partidária28.
No plano do texto constitucional, a regulamentação do mesmo vem dividido por três
capítulos, inseridos no Título VII da seguinte forma:
28
MACIE, ALBANO, Direito do Processo Parlamentar, 2012, pág. 22
29
Art. 168, nº 1, da CRM.
30
GOUVEIA, Jorge Bacelar, Direito Constitucional Moçambicano, pág. 449
21
Tal como o Presidente da República, a Assembleia da República assume uma apreciável
centralidade no exercício do poder político em Moçambique, desta feita prevalecendo-se de
outras características, que lhe são muito próprias:
– Ser um órgão colegial amplo;
– Ser um órgão representativo da diversidade político-partidária do país;
– Ser um órgão que detém o mais relevante poder público, que é o poder para rever a
Constituição.
31
CHIPANGA, António Salomão, Sumários: Organização do Poder Político, pág. 16
32
Ibidem ou Ibid
22
Contudo, muitos aspectos do regime dos Deputados são definidos – além daquilo que é
constitucionalmente relevante – no Estatuto do Deputado (ED), aprovado pela L nº 31/2014,
de 30 de Dezembro, diploma legislativo com 72 artigos.
O mandato do Deputado inicia-se com a sua tomada de posse e são várias as vicissitudes
que se repercutem sobre a sua efectividade:
23
– Magistrado em efectividade de funções;
– Diplomata em efectividade de serviço;
– Militar e polícia no activo;
– Governador provincial e administrador distrital;
– Titular de órgãos autárquicos.
O regime das imunidades constitucionalmente estabelecidas em favor dos Deputados à
Assembleia da República bifurca-se em dois âmbitos fundamentais33:
– Na irresponsabilidade: “Os Deputados da Assembleia da República não podem ser
processados judicialmente, detidos ou julgados pelas opiniões ou votos emitidos no exercício
da sua função de Deputado”;
– Na inviolabilidade: “Nenhum Deputado pode ser detido ou preso, salvo em flagrante
delito, ou submetido a julgamento sem consentimento da Assembleia da República”.
A amplitude desta imunidade, na dimensão da irresponsabilidade, é atenuada por enfrentar
excepções: “Exceptuam-se a responsabilidade civil e a responsabilidade criminal por injúria,
difamação ou calúnia”.
Em matéria de estatuto de Deputados, confere-se um regime especial ao Deputado que
seja o líder do partido político que represente a oposição, dando-se-lhe o nome de “Líder do
Segundo Partido com Assento Parlamentar”34.
33
Cfr. oart. 178 da CRM e arts. 3 ess. do ED.
34
GOUVEIA, Jorge Bacelar, Direito Constitucional Moçambicano, pág. 453
35
GOUVEIA, Jorge Bacelar, Direito Constitucional Moçambicano, pág. 455
24
A principal vertente de decisão da Assembleia da República, sendo ela também a que
interessa residualmente, é a respectiva valência como universo dos seus membros: como o
conjunto de todos os seus Deputados, tecnicamente representados pelo plenário parlamentar,
a quem estão cometidas as suas fundamentais competências.
Mas a Assembleia da República também toma importantes decisões, ainda que não tão
relevantes quanto aquelas, no âmbito de outros centros de decisão, havendo que dissociar os
órgãos político-legislativos dos órgãos administrativos:
São “órgãos político-legislativos” da Assembleia da República:36
– O Plenário;
– A Comissão Permanente;
– As Comissões de Trabalho;
– O Presidente da Assembleia da República.
36
Cfr.oart. 59 do RAR
37
Cfr. oart. 20 da LOAR e o art. 59 do RAR.
25
– As Comissões de Trabalho (parlamentares especializadas): órgãos que agregam vários
Deputados de acordo com a representatividade parlamentar geral, em razão de matérias
específicas da actividade desenvolvida, com uma duração permanente ou com uma duração
limitada, não esquecendo ainda as comissões de inquérito;
26
h) Ratificar a nomeação do Presidente do Tribunal Supremo, do Presidente do Conselho
Constitucional, do Presidente do Tribunal Administrativo e do Vice-Presidente do
Tribunal Supremo;
i) Eleger o Provedor de Justiça;
j) Deliberar sobre o programa do Governo;
k) Deliberar sobre os relatórios de actividades do Conselho de Ministros;
l) Deliberar sobre as grandes opções do Plano Económico e Social e do Orçamento do
Estado e os respectivos relatórios de execução;
m) Aprovar o Orçamento do Estado;
n) Definir a política de defesa e segurança, ouvido o Conselho Nacional de Defesa e
Segurança;
o) Definir as bases da política de impostos e o sistema fiscal;
p) Autorizar o Governo, definindo as condições gerais, a contrair ou a conceder
empréstimos, a realizar outras operações de crédito, por período superior a um exercício
económico e a estabelecer o limite máximo dos avales a conceder pelo Estado;
q) Definir o estatuto dos titulares dos órgãos de soberania, das províncias e dos órgãos
autárquicos;
r) Etc.
Prestar informação anual sobre a situação geral da nação em Sessão Plenária e solene,
convocada para o efeito e sem sujeição à debate;
Em caso de rejeição do Programa Quinquenal do Governo, após o debate o PR pode
dissolver a Assembleia da República, convocando novas eleições legislativas;
Declarar o estado de sitia e de emergência;
27
Depois que a AR ratifique a nomeação do Presidente do Tribunal Supremo, do
Presidente do Conselho Constitucional, do Presidente do Tribunal Administrativo e do
Vice-Presidente do Tribunal Supremo, o PR faz a nomeação;
Declara o estado de guerra ou sua cessação, sujeita ao parecer da Assembleia da
República;
Compete a Assembleia da República requerer o exercício da acção penal contra o
Presidente da República;
Cabe ao PR, o poder de veto das leis aprovadas pela AR, isto é, as leis para poderem
valer como tais, devem ser promulgadas pelo Presidente da República. Pode devolver
a lei à AR com mensagem fundamentada para reavaliação, como também, em caso de
dúvidas sobre a constitucionalidade, pode requerer ao Conselho Constitucional para a
verificação da sua constitucionalidade, servindo o acórdão de fundamento para a não
promulgação e posterior devolução à AR.
É ao Presidente da Assembleia da República que lhe compete exercer, de forma
interina, as funções do Presidente da República em caso de vacatura do cargo;
Em caso de ausência ou impedimento do Presidente da República, o Presidente da
Assembleia da República tem a função de substituí-lo.
7. O Tribunal Supremo
7.1 Princípio da separação de poderes
FILHO, afirma que, essencialmente, a separação de poderes consiste na distinção dos três
(3) poderes estatais, ou em outras palavras, este princípio pressupõe a tripartição das funções
do Estado no caso, a função legislativa, a função executiva e a função jurisdicional. 38
A função legislativa esta encarregue de legislar, ou seja, tem a função de criar e aprovar
leis, e este poder é exercido, nos termos do n° 1 do artigo 178° da CRM.
38
FILHO, Manuel Goncalves Ferreira; Curso de Direito Constitucional; 38ªEdição, Editora Saraiva, 2012,
28
juntamente com os ministros por ele indicados, os órgãos da Administração pública, entre
outros.39
A função jurisdicional, que será o foco deste tema, tem a responsabilidade de interpretar
as leis e julgar os casos de acordo com as regras constitucionais e as leis criadas pelo legislativo,
aplicando a lei a um caso concreto, que lhe é apresentado como resultado de um conflito de
interesses. Esta função é exercida pelos Tribunais, que são representados pelos juízes,
desembargadores, entre outros40
De acordo com Martins, embora estes poderes exerçam controlos recíprocos, eles também
fundamentam-se na independência, ou seja, um poder não pode subordinar-se ao outro. 41
7.2 Os Tribunais
O dicionário define tribunal como sendo um órgão de soberania com competência para
julgar causas forenses e do contencioso administrativo, aplicando a lei de forma a assegurar a
defesa dos direitos e interesses legalmente protegidos dos cidadãos e a dirimir os confeitos de
interesse publico e privado. 42
Segundo MENDES, “os tribunais são órgãos encarregados de aplicar o direito em casos
concretos litigiosos”43
Legalmente, os tribunais podem ser definidos como órgãos de soberania que administram
justiça em nome do povo, vide artigo 1° da Lei Orgânica dos Tribunais Judiciais.
39
https://www.politize.com.br/separacao-dos-tres-poderes-executivo-legislativo-e-judiciario/acedido aos
03/09/2023
40
Ibidem
41
MARTINS, Flávio; Curso de Direito Constitucional, 3ª Edição, São Paulo, Saraiva Educação, 2019
42
https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/tribunal acedido aos 04/09/2023
43
MENDES, João de Castro; Introdução ao Estudo do Direito, 1 Edição, Lisboa[s.n], 1979, p: 117
29
Penalizar as violações da legalidade e decidir pleitos de acordo com o estabelecido na
lei.44
1. Tribunal Supremo
2. Tribunal Administrativo
3. Os tribunais Judiciais
Destes, iremos nos debruçar somente sobre o Tribunal Supremo, que será o foco do
desenvolvimento que se segue.
Em sua composição, podemos encontrar, de acordo com o artigo 30 da Lei Orgânica dos
Tribunais Judiciais, as seguintes figuras:
Presidente
Vice-presidente
Um mínimo de sete juízes profissionais e dezassete juízes eleitos, sendo oito suplentes.
Plenários
Secções
44
Cf. Lei Orgânica dos Tribunais Judiciais; Lei n°10/92 de 06 de maio, art. 3
45
Cf. Artigo 222° da CRM de 2004, I serie, 16 de novembro de 2004, Maputo, 2004, plural editores
46
Cf. Lei Orgânica dos Tribunais Judiciais; Lei n°10/92 de 06 de maio, Art. 28
30
7.4.1.1 Competências do plenário
Aas competências do plenário são dívidas em duas instâncias, nomeadamente, em Instância
Única e em 2ª Instancia
47
Cf. Lei Orgânica dos Tribunais Judiciais; Lei n°10/92 de 06 de maio, Arts. 33, 34
31
7.4.1.2 Competências das Secções
A semelhança dos plenários, as secções podem ser divididas em secções de 1ª Instancia e
secções em 2ª Instancia
a. Julgar em matéria de facto e de direito os recursos que nos termos da lei devam ser
interpostos para o Tribunal Supremo;
b. Conhecer dos conflitos de competência entre os tribunais judiciais de província, ou
entre estes e os tribunais judiciais de distrito;
c. Ordenar a suspensão, a requerimento do representante do Ministério Público junto do
Tribunal Supremo da execução de sentenças proferidas por tribunais de escalão inferior,
quando se mostrem manifestamente injustas ou ilegais;
d. Anular as sentenças a que se refere a alínea anterior;
e. Proceder nos termos mencionados nas alíneas
f. Julgar os processos de revisão e confirmação de sentenças estrangeiras;
g. Conhecer dos pedidos de habeas corpus;
h. Conhecer dos pedidos de revisão de sentenças cíveis e penais;
32
i. Propor ao Plenário a adopção das medidas necessárias à uniformização da
jurisprudência e boa administração da justiça;
j. Exercer as demais atribuições conferidas por lei.48
Elaborado por: CAMBULA, Yone da Lia
48
Cf.Lei Orgânica dos Tribunais Judiciais; Lei n°10/92 de 06 de Maio, Arts. 38, 39
49
CHIPANGA, Antônio, Lições sumárias de Direito Constitucional Moçambicano, Maputo, 2011, pp. 2
50
Vide Artigo 138 CRM.
51
Vide Artigo 139 CRM.
33
O órgão que tem a prerrogativa de agir em determinada província é denominado
Secretário de Estado que é o cargo criado no seguimento da revisão constitucional de 2018 e
da nova legislação sobre descentralização de 2018 e 2019. O Secretário de Estado na província
representa o governo central e é nomeado e empossado pelo Presidente da República. 52
Este
órgão assegura a realização das funções exclusivas e de soberania do Estado, superintende e
supervisiona os serviços de representação do Estado na província e nos distritos.53
Como consta da alínea e) do nº 2 do artigo 139, que estabelece que uma das atribuições
dos órgãos centrais é a representação do Estado ao nível provincial, distrital e autárquico, sendo
que os dirigentes dos governos provinciais e das autarquias, isto é, o governador e o presidente
do conselho municipal respectivamente, são eleitos por voto popular, estando ainda
programadas as eleições distritais para eleição do administrador de distrito também por voto
popular.
52
https://pt.wikipedia.org/wiki/Secret%C3%A1rio_de_Estado?wprov=sfla1
53
Vide Artigo 141 CRM
54
CHIPANGA, Antônio, Lições sumárias de Direito Constitucional Moçambicano, Maputo, 2011, pp. 24
34
Conclusão
Após debruçarmo-nos sobre os temas que versam sobre a Organização do Poder Politico
e parte dos órgãos de soberania que são o Presidente da República e a Assembleia da
República, buscando analisar de forma aprofundada as várias nuances que giram em torno de
cada um e por fim buscando uma relação entre ambas, pudemos inferir que o Estado
Moçambicano esta politicamente organizado de forma a corporizar formalmente o principio do
Estado Democrático, ficando clara a separação de poderes.
Estes dois órgãos relacionam-se à medida em que agem muitas vezes em consonância um
com outro e pela prerrogativa que ambos têm de fiscalizar alguns actos protagonizados um pelo
outro de modo a garantir que o fim último que é a segurança e o bem-estar do Povo
moçambicano seja assegurado.
Coube fazer menção ao Tribunal Supremo, que é o órgão judiciário à que cabe a
competência de julgar o Presidente da Republica, os Deputados e outros órgãos que gozam de
imunidade e consequentemente, as suas infracções são tratadas num regime especial. Este facto
acentua o Principio do Estado de Direito Democrático que denota a posição superior da lei em
relação toda.
35
Referências Bibliográficas:
Obras de Referências
AMARAL, Diego Freitas, Manual de Introdução ao Direito, Lisboa, Vol. I, Cascais, Almeida,
2003;
AMARAL, Diego Freitas, Uma Introdução à Politica, Lisboa, Bernardo Editora, 2014;
BONAVIDES, Paulo, Ciência Política, 10ª edição, Malheiros Editora, Brasil, 2000;
CAETANO, Marcelo, Manual de Ciência Política e Direito Constitucional, Tomo I, Coimbra,
1996;
CANOTILHO, J.J Gomes. Direito constitucional e teoria da constituição, 6ª ed.
Almedina, Coimbra, 2002;
FILHO, Manuel Goncalves Ferreira; Curso de Direito Constitucional; 38ªEdição,
Editora Saraiva, 2012;
GOUVEIA, Jorge Bacelar, Manual de Direito Constitucional de Moçambique, Lisboa,
2015;
MACIE, ALBANO, Direito do Processo Parlamentar, 2012;
MARTINS, Flávio; Curso de Direito Constitucional, 3ª Edição, São Paulo, Saraiva
Educação, 2019
MENDES, João de Castro; Introdução ao Estudo do Direito, 1 Edição, Lisboa [s.n],
1979;
MIRANDA, Jorge, Manual de Direito Constitucional, Tomo V, Actividade
Constitucional do Estado, Coimbra, 1997;
MOREIRA, Adriano, Ciência Política, Coimbra, 1995;
SABADELL, Ana Lúcia, Manual de Sociologia Jurídica: Introdução a uma leitura
externado Direito, 2ª ed., Editora Revista dos Tribunais, São Paulo, 2002.
SOUSA, Marcelo Rebelo de, GALVÃO, Sofia, Introdução ao estudo do Direito, 5ª
edição, Lex, Lisboa, 2000.
Legislações
Constituição da Republica de Moçambique, I serie, 16 de novembro de 2004, Plural
editores, Maputo, 2004;
Lei dos Direitos e Deveres do Presidente da Republica: Lei n°32/2014 de 30 de
Dezembro
Lei Orgânica da Assembleia da Republica: Lei n° 13/2013 de 12 de Agosto
Lei Orgânica dos Tribunais Judiciais; Lei n°10/92 de 06 de Maio;
Regimento da Assembleia da Republica: Lei n°1/2015 de 27 de Fevereiro
Sites da internet
• https://www.politize.com.br/separacao-dos-tres-poderes-executivo-
legislativo-e-judiciario/ - acedido aos 03/09/2023
• https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/tribunal/-acedido
aos 04/09/2023
36
Outras fontes
CHIPANGA, António Salomão, Sumários: Organização do Poder Político;
CHIPANGA, António Salomão. Lições Sumárias de Direito Constitucional:
Princípios Estruturantes da Constituição da República de Moçambique. Maputo.
Agosto 2010.
CHIPANGA, António, Lições sumárias de Direito Constitucional Moçambicano,
Maputo, 2011.
37
Relatório Da Realização Do Trabalho
Após a distribuição dos respectivos temas aos grupos de trabalho que comportam a turma do
curso de Direito, primeiro ano laboral, no dia 18 de Agosto de 2023, o quarto grupo composto
por 10 membros, fez a distribuição dos subtemas da seguinte forma:
OLIVEIRA, Rádica Moisés O poder político
ZAMBUCO, Júlia Ramos Princípios gerais relativos à organização do
poder político
OMAR, Edmilson Ismael João Órgãos colegiais
SANDACA, Marinalva da Paula Formas de designação dos titulares do poder
políticos e as respectivas formas do exercício
do mesmo
ANTÓNIO, Madalena Luciano Órgãos de soberania, do Estado e
constitucionais
MAMUGY, Abdul Alimo Momade O Presidente da República
CUMBANE, Hilton do Rosário A Assembleia da República
SIGAÚQUE, Neidy Helena Julião Relação entre o Presidente da República e a
Assembleia República e o sistema de governo
moçambicano
CAMBULA, Yone da Lia Armando Tribunal Supremo
MAMBO, Quiyola de Castro Órgãos centrais e o secretário do Estado
38