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Rce Fazenda

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A – ROTEIRO DE CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO(RCE)

1. IDENTIFICAÇÃO

2.1 - PROPRIEDADE

2.1.1 – DENOMINAÇÃO:
Nome: Fazenda Santa Helena(divisa dos
municípios). Município: Cotegipe Estado: BA.

2.1.1 - LOCALIZAÇÃO:
A partir do entroncamento da BR 020 com a entrada para Santa Rita de Cássia, daí no km 37,
entra à direita, daí mais 06 km chega ao imóvel. (Croqui de acesso em anexo)

2.1.2 - DESCRIÇÃO DOS USOS DA PROPRIEDADE:

Fazenda Santa Helena


ITR (NIRF): 4.197.649-5
Área Total (ha):980,50 ha.
Área de Reserva Legal (ha): 197,00 ha.
Área para Supressão: 770,00 ha
Área agricultável (ha): 770,00 ha.
Razão Social / Pessoa Física: AGROPECUÁRIA PEC BOI LTDA

2.2 – PROPRIETÁRIO:

2.2.1 - NOME:
AGROPECUÁRIA PEC BOI LTDA.
2.2.2 - CADASTRO CNPJ:
11.043.474/0001-37

2.3 - SEDE REGIONAL DO EMPREENDEDOR – ENDEREÇO:

O empreendimento possui sede provisória, mas será construída uma definitiva e alojamento,
galpões, cozinha etc na Fazenda Conceição que servira de base para os dois projetos.

2.3 – RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA ELABORAÇÃO/EXECUÇÃO:


2.3.1 - NOME:
Emanuel Carlos Rizério da Silva.
2.3.2 – IDENTIDADE:
02452900-10-SSP-BA.
2.3.3 - CADASTRO CPF:
452.240.645-20.

2.3.4 – PROFISSÃO:
Engenheiro Agrônomo/Engenheiro Segurança do Trabalho/Consultor Ambiental.

2.3.5 - ENDEREÇO:
Rua São Desidério, nº 110 – Centro – Barreiras/BA – CEP: 47.805-350.
Telefone: (77) 3612-2938/9936-4234/9135-2833/8129-2526
E-mail: [email protected]

A.4 – Silvicultura:

1. Gênero e espécie ser utilizado e sua procedência;

- Híbrido de Eucalipto(Clone)
- Espaçamento 2,00m X 3,00 m
- Calagem: 2,5 ton/há

2. Introdução;

A floresta produz de madeira a água, de ar limpo a animais silvestres, de papel a


turismo, de móveis a educação, de tecido a pizza, de tijolo a remédio, de chapa de
fibra a quebra vento, de moradia a perfume. Além disso ajuda a seqüestrar
carbono e mitigar o aquecimento global.

Em tudo isso a árvore participa e tudo isso dá dinheiro.

As florestas de São Paulo empregam para a sua produção e o beneficiamento da sua


matéria prima quase 100 mil pessoas com um faturamento que ultrapassa os 15
bilhões de reais.

Essa é uma realidade que precisa ser conhecida, divulgada e ampliada.


O FLORESTAR que congrega o setor florestal de São Paulo se empenha na
implantação das metas setoriais para os próximos 25 anos: plantar quatro MILHÕES
DE HECTARES gerando um MILHÃO DE EMPREGOS no período.

Esses empregos fortalecerão o consumo regional, propiciarão novos investimentos,


abrirão novos mercados, criarão novos produtos e usos e fixarão a população em seus
locais de origem.

Todas as mais de 300 mil propriedades rurais do Estado possuem um cantinho onde
se pode e se deve plantar floresta. E toda floresta, mais cedo ou mais tarde, vai
produzir um benefício.

As oportunidades que se abrem para o produtor rural e outros ramos ligados ao


setor para diversificarem as suas produções, seus serviços e aumentarem suas
receitas são reais e ambientalmente adequadas.

São Paulo possui uma área de mais de 4 milhões de hectares cuja maior vocação é
plantar florestas.

Atual
A propriedade se encontra paralisada, com Processo Ambiental no INEMA,
aguardando cumprimento de condicionantes para posterior liberação de Supressão de
material lenhoso, praticamente sem rendimento, devido a inúmeros incêndios
ocorridos na região e dentro da própria fazenda Conceição.
Projetado
Cultivo de 770,00 Há de Eucalipto com a pretensão de corte para indústria madereira,
celulose e outros com cortes previstos nos anos 6 ou 7, primeiro, 13-14 segundo, 15-
21 terceiro corte. Tudo como manda o cultivo convencional, obedecendo as análises
de solo, qauntidade de calcáreo, adubo, defensivos, coroamentos, enfim todos os
tratos culturais necessários.

3. Descrição das áreas do empreendimento (ha): área de efetivo plantio ocupada


com pastagens (com identificação de sua tipologia), estradas e aceiros
internos / externos; áreas de preservação permanente, áreas inaptas ou não
utilizadas na produção;
Área efetiva de plantio é de 770,00 ha, em matas degradadas por sucessivos
incêndios, com sinais de revegetação, necessitando apenas suprimir com grade
aradora em mais de 95% da área, pois o fogo consumiu tudo para continuidade da
atividade de Eucalipto.o. A fazenda possui estradas internas e de acesso, precisando
de melhorias, isso acontecerá após a liberação da Supressão Vegetal, pois as
máquinas se deslocarão de uma só vez para realizar as tarefas de Desmatamento,
atividades de melhorias e conservação de estradas internas, curvas de nível onde
necessitar e por último plantio do Eucalipto e início da RECUPERAÇÃO DAS
RESERVAS LEGAIS. Quanto as Áreas de Preservação Permanente, foram definidas
através de georreferenciamento e visita dos Técnicos do INEMA.

4. Supressão de vegetação: Planejamento, Licenciamento, Procedimentos e


Execução.

Será feito supressão e com a utilização de duas passagens de grade aradora,


completando-se o preparo do solo através de gradagem de nivelamento e preparo das
covas para o plantio de mudas de Eucalipto, numa quantidade de 1.667,00 e
conhecido Clone Híbrido de Eucalipto. Não será necessário a utilização de tratores de
esteiras para limpeza e enleiramento, pois todo o material vegetal existente será
incorporado ao solo pelas gradagens.

5. Práticas Agrícolas, de Manejo do Solo e de Manutenção do Eucaliptal, a


serem utilizadas.
Descrição do uso de agrotóxicos e afins.

PLANTIO DO EUCALIPTO

Assim como você cultiva milho, mandioca, feijão e outros produtos, você poderá
cultivar também uma floresta. Isto se faz em muitos países do mundo.

Se isso não for feito, será muito difícil continuar com agricultura, principalmente em
regiões montanhosas.

Assim, numa programação de prazo mais longo, você não terá mais áreas esgotadas
ou sem uso, e seus filhos e netos poderão continuar vivendo da lavoura.
Você terá também outra fonte de renda. A madeira está cada vez mais cara e seu
preço vai subir muito mais. Quem for inteligente vai levar vantagem.

Você deve escolher uma espécie florestal que cresça rápido e que dê retorno
econômico. Você pode, por exemplo, escolher o eucalipto.

O eucalipto é plantado, atualmente, em quase todo o mundo, por ser uma planta que
possui espécies diversificadas e adaptáveis a várias condições de clima e solo. Para
se ter uma idéia da diversificação das espécies, existem eucaliptos que se adaptam
muito bem em regiões de temperatura de 35 0C e outros que suportam um frio de até
180C abaixo de zero.

A maioria das espécies plantadas no Brasil apresenta um crescimento rápido, produz


grande quantidade de madeira e subprodutos e tem fácil adaptação.

Embora se diga que o eucalipto prospera nos mais variados climas e solos, como toda
plantação, ele necessita de certos cuidados, principalmente de manejo para sua boa
produção, desenvolvimento e adequação ambiental.

O eucalipto é considerado uma cultura recuperadora de solo. Por ter raízes profundas,
ele busca, nas camadas inferiores do solo, nutrientes minerais que já estão fora do
alcance de raízes superficiais.

Por esse motivo, o eucalipto pode controlar a erosão do solo e também ocupar áreas
que são impróprias para a agricultura, além de reconstituir no longo prazo as reservas
subterrâneas de água do solo. Além disso, serve de matéria-prima para diversas
finalidades como marcenaria, apicultura, papel e celulose, energia, etc.

Dentre as principais espécies cultivadas recomenda-se:


• papel e celulose (grandis, saligna, urophylla).
• mourão para cerca (citriodora, robusta, globulus).
• pontalete para construção (citriodora, robusta, globulus).
• energético - lenha, carvão (grandis, urophylla, torililana).
• postes (citriodora, robusta, grandis).
PRODUÇÃO DE MUDAS

As mudas já foram encomendadas e serão adquiridas no ponto de plantio. Serão


utilizados sacos plásticos com 8 cm x 15 cm (ou semelhantes), com 4 ou mais
furos na parte inferior ou tubetes. Serão enchidos uniformemente com a terra
peneirada, deixando-a compactada. Após o plantio será feita uma repicagem,
substituindo as mudas mortas ou defeituosas.

PLANTIO DO EUCALIPTO :

ESCOLHA O LOCAL

De preferência, escolha terreno de morro, que esteja fraco, abandonado ou com


samambaia; terreno cansado, com sinal de enxurrada e que não esteja produzindo.

O terreno será preparado dois meses antes do plantio.


Onde tem formiga, não se planta eucalipto.
Deve ser feita uma vistoria em toda a área e nas redondezas.
Eliminar os formigueiros que encontrar dois meses antes do plantio.
Coloque 10 gramas de isca de cada olheiro ativo. Não coloque dentro do olheiro nem
na terra solta da boca do olheiro.

- AVISO IMPORTANTE - não pegue a isca com a mão, use uma vasilha só para
isto. Veja na redondeza também. Formiga não respeita cerca nem divisa de
propriedade.

LIMPEZA DE TODA A ÁREA


Você deve fazer a operação de destoca ou preparo do terreno, aproveitando o material
existente na lavoura, juntando o resto do mato e fazendo leiras no sentido das curvas
de nível.

Comece roçando o mato e leiras formando um cordão, conforme a figura. A fileira deve
ter a largura de 3 metros.

FAZER PLANTIO DIRETO OU ARAÇÃO E GRADAGEM

Preferencialmente deve ser utilizado o plantio direto.


Alternativamente, quando a inclinação do terreno permitir, após a limpeza do terreno,
inicie os trabalhos de aração e gradagem. De preferência esses trabalhos devem ser
realizados após algumas chuvas ou com o solo úmido; isso melhora a profundidade da
aração. Se necessário, faça a gradagem duas vezes.

PLANEJE OS CAMINHOS E ACEIROS

Quando você efetuar os trabalhos de limpeza e aração, faça uma programação dos
aceiros e carreadores internos. Os aceiros devem ter no mínimo 6 m de largura em
todo o perímetro da área, facilitando a prevenção e combate a incêndios.

Os carreadores internos em áreas inclinadas deverão ser traçados em sentido bem


suave, cortando as águas, de modo a não serem prejudicados pela erosão. Poderão
ser traçados com saídas e escoamento de águas ou com elevação de terras no
sistema de curvas de nível. Não faça talhões com mais de 15 hectares.

APLIQUE O FORMICIDA CORRETAMENTE E COM CUIDADO

Quanto maior o formigueiro, maior a quantidade de formicida que você deve colocar no
olheiro. Caso você coloque uma quantidade pequena, as formigas ficam resistentes
àquele formicida, começam a retirar do formigueiro os granulados e não os carregam
mais. Caso isso aconteça, mude de marca de produto e diferencie o atrativo.

Para você ficar sabendo se está colocando a quantidade correta de formicida, meça
rapidamente o
formigueiro conforme o desenho e siga as instruções
nele contidas:

5 metros 2 metros

Meça a terra solta (murundu) em m2.


No exemplo: 5m x 2m = 10m2 é a área do formigueiro.
Para cada 10m2 (área) use 100 gramas de formicida, ou para cada 1m2, 10 gramas.

O ESPAÇAMENTO É MUITO IMPORTANTE

À medida que deixamos maior espaço (área) para cada planta, ela irá se desenvolver
mais em menor tempo. Quando mantemos o espaçamento muito fechado, corremos
riscos de ter um alto índice de árvores dominadas.

O espaçamento que se recomenda é de 3m x 2m, perfazendo 6 m 2 de área por árvore,


com 1.667 plantas por hectare.

Isso não impede que você agricultor escolha o espaçamento que melhor se adapte à
situação de suas terras, lugar ou topografia. Porém, em nenhuma hipótese, o
espaçamento deve ser menor do que 2 x 2 metros.

ALINHAMENTO
O alinhamento poderá ser feito através de cordas, conforme o espaçamento desejado;
marque a corda na distância entre uma cova e outra. Nos terrenos planos, você pode
utilizar trator com sulcador, que cruzando as linhas deixará o espaçamento desejado.
As covas devem ser espaçadas de 2 metros na linha e 3 metros na fileira, sempre
desencontradas, conforme o desenho acima.

ADUBAR DE ACORDO COM O TERRENO

O agricultor pode utilizar a adubação mecânica ou manual, de acordo com a inclinação


do seu terreno e com as características minerais e físicas do seu solo.

No plantio são utilizados de 150 a 250 gramas de NPK 10-30-10 ou uma fórmula
semelhante a essa por planta, com uma cobertura da mesma fórmula depois de 10
meses a um ano. O ideal é proceder a uma análise do solo antes de adubar.

No caso da adubação mecânica, quando o trator fizer o sulco, pode também efetuar a
adubação em conjunto (adubação em sulco). Esse procedimento ajuda nos resultados
e diminui os custos. A adubação manual é utilizada em terrenos inclinados, onde não
se consegue mecanização.

COVEAMENTO EM TERRENOS INCLINADOS

A cova deve ser feita com 40cm de largura por 40cm de profundidade e aterrada. Em
seguida deve-se colocar o adubo.

Você deve efetuar o plantio com as primeiras chuvas, pois nesse caso as covas
ficarão com terras soltas (aterradas). Na hora do plantio utilize uma enxadinha
pequena para reabrir um espaço para colocar as mudas.

Quando o coveamento é aberto e não é aterrado, o sol seca rapidamente a terra de


fora e ao se efetuar o plantio a terra a ser colocada na planta estará seca. Nunca
plante em covas muito pequenas nem em solos compactados.

COMO FAZER AS COVAS


Comece no pé do morro, fazendo as covas bem perto do mato enleirado, como na
figura da página 6. A 2 metros ao lado, abra a outra cova. Use o enxadão, cavando de
cima para baixo no sentido do morro.

Quando a cova é de profundidade pequena as raízes encontram impedimento para


penetração, que na maioria dos casos se dá devido à compactação do terreno. Nesse
caso as raízes se enroscam e em conseqüência teremos uma planta com
desenvolvimento lento e provavelmente comprometida. Quando a cova for mais
profunda, a planta encontra condições de desenvolver as raízes e conseqüentemente
consegue um crescimento normal.

As covas devem ser abertas pelo menos 30 dias antes do plantio. Isto é muito
importante.
A terra da cova deve ser colocada para o lado de baixo, quase em cima da leira do
mato.
Depois, raspe a terra em volta da cova e jogue dentro dela. Não encha a cova toda,
deixe faltando meio palmo.

Desse jeito, quando chover, tem espaço para segurar a água e alguma terra que
escorrer.
CUIDADOS AO TRANSPORTAR AS MUDAS
Quando transportar as mudas do viveiro de produção para o local do armazenamento,
você deve ter cuidado especiais:

• o caminhão deve ser coberto com lona, mesmo que a distância não seja muito
longa, pois o vento causado pela velocidade do veículo queima as folhas das
mudas;

• as caixas deverão ser colocadas no chão ou no local do armazenamento, devagar,


para não abalar as raízes e causar perdas;

• essa operação deverá ser observada e repetida no transporte do local do


armazenamento para o campo;

• ao distribuir as mudas, nas proximidades das covas, nunca as jogue de cima e sim
utilize meios que possibilitem colocá-las suavemente na cova ou na sua
proximidade.

GUARDE AS MUDAS CORRETAMENTE


• em sacos plásticos - limpe uma área plana onde tenha água nas proximidades;
faça canteiros com 1m de largura e 5 a 10m. de comprimento, para que haja
ventilação nas mudas; deixe espaço de 0,5m entre um canteiro e outro, para
trânsito na irrigação.

Nunca armazene todas as mudas juntas sem espaço, formando um canteiro


único, pois dessa forma poderá ocorrer abafamento e conseqüentemente doenças.
Guarde as mudas em lugares abertos, e iluminados.
• em tubetes - o armazenamento ideal das mudas é feito em telas com 1m de
largura e comprimento de até 10m, fixas em madeira, na altura de 1m a 1,30 metro.
Os tubetes devem ser distribuídos na tela sempre com espaços para ventilação. No
caso de não possuir telas na propriedade, você poderá armazenar as mudas na
terra com os seguintes cuidados:

• faça canteiros de 80cm de largura e comprimento que não ultrapasse 10 metros;


• peneire uma camada de areia ou terra solta, de aproximadamente 10cm de altura e
sobre esses canteiros e distribua os tubetes espaçados;

• irrigue conforme a necessidade. Após ser retirada do tubete, a muda tem uma
durabilidade de um a dois dias.

A HORA DO PLANTIO
Se a embalagem da muda que vai ser plantada for de saco plástico, retire-o
totalmente e cubra a cova com terra, 1 a 2 cm acima da parte superior do colo da
muda. A terra deverá ser comprimida com as mãos ou pés, deixando a muda na
posição vertical. Observe sempre se o adubo foi bem misturado à terra.

As mudas embaladas em tubetes devem ser conduzidas para o local de plantio, para
serem retiradas dos mesmos. Pegue a muda pelo tubete, nunca pelas folhas. Aperte o
tubete plástico com os dedos dando um leve toque na parte superior para a muda
soltar por dentro. Você deve ter o cuidado de não levar terra compactada para a cova,
porque isso pode entortar a muda e prejudicar o seu desenvolvimento inicial.
Retire a muda com a palma da mão esquerda ficando as raízes entre os dedos, com a
ponta dos dedos na frente da ponta das raízes e com uma enxadinha, faça um buraco
no centro da cova com a mão direita(se você for canhoto inverta o uso das mãos).

USE UM CUPINICIDA

Antes do plantio, observe se na área existe cupim, pois eles cortam as raízes,
causando a morte da planta. Nesse caso, aplique uma colher de chá de um cupinicida,
bem espalhado no fundo da cova.

REPLANTIO

Deixe uns 20% de mudas para o replantio.


Ele deve ser feito entre 30 e 60 dias depois do plantio.
Não é necessário abrir de novo a cova, mas afofar o local onde você vai plantar a nova
muda.
Nos primeiros 6 meses, você deve deixar a cova livre de mato mantendo sempre a
“coroa” limpa até 1 metro em volta da cova.

Continue combatendo a formiga.


Lembre-se que a muda que morre é a árvore de amanhã. É uma viga ou um poste que
você perdeu. È uma partida que você deixou de entregar.

O plantio de eucalipto pode ser consorciado com o de milho ou de feijão no primeiro


ano, desde que não haja mais do que uma única linha de feijão ou de milho ao centro
da rua em que foi plantado o eucalipto.

FAÇA A MANUTENÇÃO DA FLORESTA

- Combate à formiga - deixe sempre uma ou mais pessoas percorrendo a área


para controlar as formigas cortadeiras; controle as formigas até 10 m longe das
divisas. As incidências maiores são próximas a matagais e locais sujos.

- Capinas mecânicas - nas áreas planas, plantadas com espaçamento de 3 m x 2


m, você pode efetuar uma gradagem nas entrelinhas e capinas manuais nas linhas.
Essa operação fixa mais quantidade de água no solo, beneficiando a planta e, diminui
o custo de manutenção.

- Capinas manuais - em solos inclinados ou levemente inclinados, onde não se


consegue mecanização, efetue a capina manual, que poderá ser por coroamento ou
por trilhamento.

- Coroamento: deverá ser feito um circulo medindo 1 m de uma extremidade a


outra, ou seja, com 0,5 m de raio, sempre mantendo a vegetação das entrelinhas
roçadas.

Trilhamento: nunca deve ser feito acompanhando as águas, pois isso ajudaria a
erosão do local e lavagem do terreno, levando adubo para as partes baixas e, em
alguns casos, destruindo o plantio.

Você deve sempre manter o eucalipto limpo até que ele domine sua área.
COMO FAZER A LIMPEZA DA ÁREA (COROA)

Quando a “coroa” é feita corretamente (50cm de raio) a muda tem espaço suficiente
para um bom desenvolvimento.
Atenção: quando você agricultor for plantar em áreas de pasto (braquiária), faça uma
“coroa” maior, com 75cm de raio e adube com superfosfato simples 150g/cova. A
cobertura também deve ser feita 60 dias após o plantio, mantendo ainda a “coroa”
sempre limpa.

REFORME AS ÁREAS IMPRODUTIVAS

Quando uma plantação de eucalipto, depois de cortada, não apresenta brotação


suficiente para uma produção econômica, você deve reformá-la, isto é, plantá-la
novamente com eucalipto, sem a necessidade de destoca dos tocos antigos.

Quando não há possibilidade de mecanização, após a limpeza efetue o coveamento


conforme orientado anteriormente, seguindo o mesmo alinhamento do plantio anterior.

Nos casos de terrenos planos com espaçamento que suporte mecanização, você pode
cortar os tocos bem baixos e utilizar um trator com arado reformador, cobrindo-os com
terra, e depois efetuar as demais operações de coveamento, adubação e plantio.

Mantenha sempre o eucalipto limpo. No início da brotação do antigo plantio, faça a


desbrota com foices ou enxadas, não deixando prejudicar o novo plantio.
INCÊNDIOS - MELHOR PREVENIR

• mantenha os aceiros de divisa sempre limpos e gradeados;


• fique atento às queimadas dos vizinhos, principalmente na época em que os
agricultores efetuarem as queimadas para preparo do solo, o que geralmente
ocorre no inverno;

• fique sempre alerta, pois não se sabe quando um incêndio se inicia;


• se for possível, coloque cartazes educativos alertando para o perigo de fogo.

ANOTE

• Transporte as mudas em caixas ou balaios. As mudas devem ficar deitadas e


sempre as hastes devem ficar viradas entre si, isto é, sempre folha com folha.

• Antes de retirar as mudas do canteiro, elas devem ser bem molhadas.


• Não deixe as mudas tomando vento ao sol. Elas devem ser molhadas e ficar à
sombra enquanto são plantadas. Não podem ressecar.

• Plante no mesmo dia as mudas transplantadas.


• Quanto menor o tempo que elas ficarem fora do canteiro, melhor.
• Retire aos poucos do canteiro a quantidade que você vai precisar para o plantio.
Evite tirar muitas de uma só vez, para evitar o ressecamento das mudas.

• O melhor dia para plantar é depois de uma chuva, que molhe a terra da cova, ou
dia úmido que esteja nublado ou com chuva miúda.

• A muda deve ficar aprumada e mais enterrada, deixando folga para a água da
chuva.
• Nunca cobrir o ramo novo da muda com terra.
• Não use adubo químico no dia do plantio. Se você quiser usar adubo químico,
deve fazer isto 3 ou 4 dias antes do plantio, jogando no fundo da cova.

• Proteja sua floresta contra incêndios, mantendo limpos os aceiros, na largura


mínima de 4 metros. Atenção: não plante eucalipto embaixo de linhas com
energia elétrica, sem deixar a distância exigida por Lei.

6. Programa de Controle Fitossanitário.

Está todo explicado acima no item 5.


7. Infra-estrutura prevista no Projeto.

A Infra-estrutura prevista no Projeto será financiado 80% pelo FNE RURAL, via
Banco do Paraná com 7 anos de carência e mais 22 anos para pagar, perfazendo
um total de 29 anos e o restante 20% com a aplicação de recursos próprios.

INVERSÕES PREVISTAS:
Desmatamento de área para
770,00 ha Cobertura do Solo
formação Eucalipto
Construção de cercas de arame
15,00 km Instalações
liso divisórias
Implantação de Eucalipto 770,00 ha Cobertura do Solo
Construção de Refeitório/Cantina
01 un Construção Civil
para 10 pessoas
Tubulações para escoamento de
01 verba Instalações
água e tanques
Construção de curvas de nível - - Cobertura do Solo
Construção de Tanque Australiano
08 un Instalações
DE 160 m³ cada.

Insumos externos utilizados (adubos, corretivos, suplementos animais, etc).

Insumos Utilizados: calcáreo dolomítico na ordem de 2,5 ton/ha, adubo químico 4-


14-08.(NPK).
Máquinas e implementos agrícolas:
- Terceirizados
- Tratores de Pneus 4x4 – 140-160 hp
- Grades aradoras 16 discos 32”
- Grade Niveladora 30 discos 22”
- Espalhadora de calcário 05 ton
8. Procedimentos de abertura, manutenção e conservação das estradas internas
e seus dispositivos de drenagem.

As estradas internas serão aceiradas, estando localizadas em pontos de fácil


escoamento das águas provenientes das chuvas. Já a estrada de acesso principal e
que divide praticamente a fazenda e também a contorna em grande parte, serão feitos
canais de escoamento e micro-bacias para o recebimento das águas, preservando a
estrada e prevenindo a erosão.

9. Exploração de jazidas: planejamento, licenciamento, procedimentos e


execução.
Não se aplica. Não existe exploração de jazidas na propriedade.

10. Mão-de-obra prevista (quantificar e especificar) e acompanhamento técnico.

No período de preparo do solo e plantio das mudas, tanto de essências nativas,


quanto Eucalipto serão necessárias 10 pessoas fixas: trabalhadores para preparo de
adubos e sementes, plantio, cozinheira, ajudante de Limpeza.
Terceirizado:
- 03 tratores traçados e 06 tratoristas, para revezamento, mecânico, e finalmente
quando tudo terminado, a propriedade disporá de três residências para vaqueiros e
trabalhadores rurais.

O acompanhamento técnico será feito por um dos representantes legais dos


proprietários, Sr. Luís Carlos de Oliveira e Engenheiro Agrônomo contratado para essa
finalidade com bastante experiência em Eucalipto.

11. Produção esperada e perspectivas de mercado ou de beneficiamento da


produção

Primeiro Corte – 150 m³ x R$ 50,00 x 770,00 Há = R$ 5.775.000,00


Segundo Corte – 250 m³ x R$ 75,00 x 770,00 Há =R$ 14.437.500,00
Primeiro Corte – 300 m³ x R$ 90,00 x 770,00 Há =R$ 20.970.000,00

B - CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL:

B-1- Meio Físico:

1. Caracterização do relevo da propriedade.

1.1. Geologia: A região Oeste da Bahia, possui materiais de origem de solo,


cuja formação pertence principalmente ao CRETÁCEO SUPERIOR, formação
URUCUIA ou ITAPECURU. É constituído quase exclusivamente por arenito de
cores diversas predominando o cinza, o róseo e o vermelho, é fina de comento
argiloso ou silicoso, por vezes com estratificação cruzada. Ocorrem nos
arenitos concreções silicosas esparsas, assim como intercalações de
conglomerados. Esta formação está principalmente relacionada com Latossolo
Vermelho Amarelo distrófico, textura média (LVd), ver Mapa
ExploratórioReconhecimento de Solos do Município de Santa Rita de Cássia-
Ba .
1.1.2 – Geomorfologia: A unidade que caracteriza as formas topográficas da região
denominada
PLATAFORMA APLAINADA, com altitude variando de 700 a 900 m, cujo solo mais
representativo é o
Latossolo Vermelho Amarelo distrófico textura média. O da propriedade em questão
(Fazenda Conceição) relevo é considerado plano, com declividade variando de 1 a
3%, sendo algumas áreas próximas a vereda superior a 3%.

2. Descrição das classes de solo ocorrentes na propriedade;

– Solos Predominantes: Segundo a CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS - ESCALA DE


NORTON a
Fazenda Conceição, se enquadra nas seguintes classes:

Classe II - Terras cultiváveis, com práticas simples de conservação. São terras boas,
podendo exigir drenagem e apresentar baixa fertilidade.(Em torno de 90% da área
total).

Classe III - Terras cultiváveis, mas com sérios problemas de conservação. São
moderadamente boas, apresentando um ou mais fatores restritivos de uso. (Em torno
de 10% da área total).

A Fazenda é formada por Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico (Lvd1): São solos
com horizonte B latossólico, não hidromórfico, com avançado grau de intemperismo,
baixa CTC, teores baixos de argila, com alto grau de floculação, perfis profundos, com
ocorrência muito freqüente de transição difusa e gradual entre horizontes. São muito
porosos, muito friável ou friáveis quando úmido, bem a fortemente drenados e se
apresentam com certa resistência e erosão em virtude da baixa mobilidade da fração
argila, do alto grau de floculação e grande porosidade e permeabilidade. Coloração
varia do vermelho ao amarelo, com saturação de bases baixa (V<50%), por isso
denominado distrófico.

3. Avaliação da potencialidade das terras segundo a capacidade de uso (SNLCS


/ EMBRAPA); - Solos propícios à agricultura de sequeiro: milho, mandioca,
Pastagens e Forrageiras para Pecuária de Corte e Leite e Silvicultura.
4. Descrição dos recursos hídricos;
A propriedade não possui rios e/ou córregos. Para sua exploração, será utilizada a
àgua proveniente do Poço Tubular Semi-Artesiano da Fazenda Santa Helena, vizinha.

B-2- Meio Biótico:

1. Caracterização da vegetação ocorrente na propriedade;

1.1 - Tipos de vegetação e estado de conservação: A vegetação regional / local é


do tipo cerrado perenifólio / subcaucifólio e de formação de veredas. No caso da
Fazenda Conceição temos:

a) Cerrado: Presença de espécies lenhosas arbustivas ou arbóreo arbustivas,


possuindo hastes tortuoso e tecido suberoso, folhas coriáceas e peludas, distribuídas
em um “tapete” herbáceo onde a predominância é de gramíneas e ciperáceas do
gênero Aristida, Trachypogon e Axonopus.
b) Vereda: são áreas de fundo de vales, desenvolvidas sob solos hidromórficos,
constituídos por floresta perenifólia e subperenifólia de várzea e matas-de-galeria até
campo de várzea, encontrando-se lenço freático bem superficial e as espécies
vegetais encontradas são principalmente o buritizinho, pindaíba e o buriti (Mauritia
sp.).

1.2 - Espécies animais e vegetais existentes e as de interesse econômico:

Seriema, (tatu peba, bola, verdadeiro, rabo de couro), raposa, perdigão, perdiz, cotia,
ema, cateto, anta, paca, cotia. As espécies vegetais que normalmente são
encontradas na área em estudo e na região são: Camaçari, veludo, sucupira,
barbatimão etc.

1.3 – Existência de declínio significativo de espécie nativas e ameaçadas de


extinção:
A região já apresenta significativo percentual de áreas suprimidas da cobertura vegetal
natural.
2. Identificação da fauna ocorrente na propriedade:
A perda de biodiversidade é uma das grandes conseqüências da degradação de áreas
florestadas, sendo que na Bahia, o Cerrado está sendo atingido diretamente por
atividades antrópicas como a supressão dessas áreas para posterior implantação de
Florestas Plantadas ou implantação de Pastagem para bovinocultura de corte,
conforme projeto de viabilidade em anexo. Entretanto, sabemos que a importância das
espécies animais no fluxo gênico das plantas, na dispersão de sementes, na
predação, na participação da ciclagem de nutrientes e no fluxo de matéria e energia,
faz dos animais parcela fundamental no funcionamento de um ecossistema.

Habitats da Área do Empreendimento

Nos vários habitats naturais, desde o campo aberto, o campo limpo, o campo sujo,
campo cerrado, área de transição de caatinga, com formações arbóreas, o cerradão, o
campo úmido, a vereda e a mata ciliar, o cerrado apresenta diversidade em espécies.
Toda esta riqueza de ambientes, com vários recursos ecológicos, abriga comunidades
de animais, com diversas espécies e uma grande abundância de indivíduos, alguns
com adaptações especializadas para explorar recursos específicos de cada um
desses habitats.

No Cerrado podem ser encontrados mamíferos com diversos hábitos alimentares:


piscívoros (que se alimentam de peixes), nectarívoros (néctar), hematófagos (sangue),
insetívoros (formigas, cupins, besouros), herbívoros (folhas, capim...), frugívoros
(frutos), carnívoros (vertebrados), onívoros (utilizam vários itens alimentares) ou uma
combinação desses itens alimentares. Mais da metade dos nichos alimentares dos
mamíferos são representados por insetívoros aéreos, frugívoros-onívoros,
insetívorosonívoros e frugívoros-granívoros (Fonseca et al., 1999).

A grande variabilidade de habitats no domínio dos cerrados suporta uma enorme


diversidade de espécies de plantas e animais. Estudos recentes, estimam o número
de plantas vasculares em torno de 5 mil; e que mais de 1.600 espécies de mamíferos,
aves e répteis já foram identificados nos ecossistemas de cerrado (Fauna do Cerrado,
Costa et al., 1981). Entre as plantas diversas são frutíferas (Mangaba, Araticum,
Marolo, Guabiroba, Pequi) ou medicinais (Barbatimão, Carobinha, Catuaba).

De acordo com os estudos levantados na área da propriedade onde se encontra o


empreendimento, os limites e confrontações do imóvel identificada como Cerrado,
encontra-se conforme mapa em anexo. Nos limites, nas confrontações e na
propriedade foram detectados vários tipos de habitats como: árvores e arbustos
formando capoeira densa, e o cerrado em seu estado natural, brejos, veredas,
aguadas, riacho seco, e reservatório de água artificial

Habitats da Propriedade

O solo, coberto por uma camada de serrapilheira em processo de decomposição os


insetos movem-se rapidamente, tatus, cobras, gambás, cutia, entre outros animais que
utilizam esse habitat para viverem e se alimentarem no qual, mantêm vivas cadeias e
as teias alimentares desse ecossistema.

Muitos dos recursos hídricos das proximidades (intermitentes), encontra-se em sua


plena preservação, onde a mata de cerrado está preservada e serve de refugio para

a fauna do empreendimento, salvo ainda que a Reserva Legal foi direcionada


conforme a contigüidade das matas das fazenda confrontantes, ajudando dessa forma
na atração desses animais quando do processo de desmatamento.

Mesmo nos períodos secos onde as condições são extremas é possível a observação
de diferentes espécies de animais adaptados a essas adversidades nas proximidades
da Reserva e das faixas do cerrado existente em toda circunvizinhança.

Com a chegada das chuvas esses recursos ficam alagados e os animais são atraídos
pela abundância de água. Os anfíbios e outros animais que migraram para as regiões
próximas das áreas protegidas e/ou averbadas, retornam para o seu habitat natural
para continuar a perpertuação de suas espécies. A Reserva Legal do empreendimento
foi alocada conforme Lei do Código Florestal 4.771 , conforme a planta
georreferenciada em determinação da Lei 10.267/01 – INCRA, e o projeto econômico
para implantação de Pastagem para Bovinocultura de Corte, com técnicas de plantio e
recomendações, sem ter assim ação antrópica, servindo de habitats de diversas
espécies animais. Em cada árvore ali presente em cada copa é um local para pouso,
refugio e reprodução de espécies. Nessas áreas, exemplares da fauna em especial as
raras, endêmicas ou ameaçadas de extinção, inclusive as formas jovens que por ali se
refugiar será preservada e destinada a cumprir o seu nicho ecológico.

A Área do Empreendimento (Fazenda Conceição) tem como limite e confrontante


principal a Fazenda Camucá e Santa Helena e Novale. E nessa parte da vizinhança,
parte da vegetação nativa encontra-se no seu estado natural. Com a limpeza da
vegetação na área do projeto a fauna local poderá refugiar para essas áreas e para a
Reserva Legal em busca de um outro habitat que é igual ao de origem. Contudo essas
áreas de limites estão com a vegetação em bom estágio de conservação, Esses
habitats dominantes são classificados como principais, pois a quantidade de animais
que vivem nessas áreas são superiores aos habitats homogêneos.

Nessas áreas de limites e confrontações a fauna não sofrerá quase nenhum prejuízos
por causa da conservação dos habitats como também em razão da preservação por
parte do proprietário.

Os animais necessitam da vegetação, para estabelecerem seus territórios, onde


encontram alimentos e abrigo, e onde também em geral fazem seus ninhos. Assim
sendo, a relação fauna - flora é muito estreita, interdependente. Portanto a presença
de vegetação diversificada, pré-estabelece uma fauna também muito rica.

Algumas espécies de animais do cerrado encontrados em seus habitats (existentes na


área em estudo, conforme entrevista com moradores e acompanhamento/busca de
dados em campo)

Raposinha (Lycalopex vetulus) – É bem parecida com o cachorro-do-mato, e é uma


das menores das raposas do campo, com cerca de 3 a 4kg. Sua pelagem é curta,
apresentando tonalidade cinzaamarelada, as orelhas e as patas são levemente
avermelhadas, e a cauda tem pêlos longos. Ocorre na região do Planalto Central
brasileiro, preferindo as formações abertas do Cerrado, e utiliza inclusive áreas de
cultivo para procurar suas presas. Apesar de apresentar dieta onívora, a raposinha
tem como item mais importante em sua dieta os cupins (principalmente os syntermes),
que são consumidos durante todo o ano, tanto soldados quanto operários (Dalponte,
1997; MacFadem, 1997). É a que apresenta dieta mais insetívora, quando comparada
com o lobo-guará e o cachorro-do-mato, podendo ser encontrados até 5000 indivíduos
de cupins em cada amostra de fezes analisada (MacFadem, 1997). Além de cupins,
utiliza outros insetos para se alimentar, como besouros escarabeídeos, gafanhotos e
grilos. Pequenos mamíferos são consumidos em menor quantidade, assim como as
aves. Os frutos são importantes em sua dieta, e consome frutos de várias espécies do
Cerrado, como mangaba (Hancornia speciosa), jurubebinha (Solanum granuloso-
leprosum), araticum (Annona crassiflora), cajuzinho do cerrado (Anacardium humili),
entre outros (Dalponte, 1997; MacFadem, 1997). Por se alimentar de várias frutas de
plantas do Cerrado, também pode ser considerada possível dispersora de suas
sementes. Apresenta atividade crepuscular e noturna, mesmo horário de atividade dos
cupins de que se alimenta, os quais provavelmente ela localize pelo som que emitem
ao forragear (Dalponte, 1997; MacFadem, 1997).

Gato-do-mato-pequeno (Leopardus tigrinus) – É a menor espécie de felino do Brasil


e um dos mais ameaçados de extinção. Tem porte e proporções corporais
semelhantes ao do gato doméstico, com comprimento médio do corpo de 49cm e peso
médio de 2,4kg. Os pêlos são todos voltados para trás, inclusive os da cabeça e do
pescoço. A coloração é variável, entre amarelo-claro e castanhoamarelado. As rosetas
são em geral pequenas e abertas. Ocorre em áreas de florestas, de cerrado e
caatinga, e próximo a áreas agrícolas adjacentes a matas. Seus hábitos são solitários,
predominantemente noturnos, mas também com atividade diurna elevada em algumas
áreas. A dieta é de pequenos roedores, aves e lagartos. As principais ameaças
sofridas por essa espécie são a destruição do seu ambiente natural e a caça ilegal
para o comércio de peles (Oliveira & Cassaro, 1999; Azevedo, 1996). Ocorre, na APA
de Cafuringa, preferencialmente nas matas de galeria.

INDICAÇÃO DOS IMPACTOS SOBRE A FAUNA NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO


EMPREENDIMENTO, DURANTE E APÓS A IMPLANTAÇÃO.

Os impactos sobre a fauna são as alterações no equilibro geral representada por


migrações, dispersões, mortes acidentais e propositais de espécimes e espécies
locais e proliferação de espécies oportunistas e favorecidas pelas circunstâncias que
no caso é a supressão da vegetação do Bioma Cerrado.

Com a implantação do projeto pretendemos através da metodologia do afugentamento


natural sem prejuízos maiores as espécies encontradas na área as seguintes
situações:

a)Manutenção dos processos ecológicos e ambientais, garantindo a integridade dos


ecossistemas e a conservação das espécies que compõem a nossa biodiversidade;

b)Melhor conhecimento das espécies e entendimento de suas inter-relações com o


ambiente, por meio dos estudos taxonômicos, biogeográficos e ecológicos;

c) Manutenção da distribuição geográfica original das espécies;


d)Garantia da não extinção das espécies locais;
e)Recuperação de áreas degradadas, tendo em vista a utilização da fauna como
polinizadora e dispersora de sementes;
f) Valorização das propriedades rurais, com base na integridade física e no status de
conservação dos recursos e ambientes naturais.

Minimização dos Efeitos Sobre a Fauna Existente.

Acreditamos que conforme foi instruído no ato da formação do planejamento da


implantação do empreendimento, respeitando as áreas a serem preservadas, (área de
Preservação Permanente e a Reserva Legal), como foi descrito anteriormente fará
com que os efeitos danosos sobre a Fauna existente na área do Empreendimento
sejam minimizados, pois teremos onde alocar os animais que sairão da gleba onde
será feita a Limpeza da área.

Outra situação que podemos considerar como de minimização dos efeitos danosos
sobre a fauna existente é que existem muitas áreas preservadas no entorno, pois as
APP’s de corredores d’águas temporários e pequenas lagoas, favorecem dessa forma
a preservação da Fauna local. Também foi sugerido por nós que sejam plantadas
espécies nativas de frutíferas tanto na borda das matas como dentro delas sendo que
a família Anacardeaceae é uma das que mais poderiam contribuir nesse sentido.

Favorecer o afugentamento natural das espécies no sentido das áreas vegetadas.


O empreendedor compromete-se através desse levantamento trabalhar no sentido de
que a fauna existente dentro do empreendimento será afugentada de forma natural
através do treinamento dado aos seus trabalhadores pelos responsáveis técnicos do
projeto.
C- ANÁLISE AMBIENTAL:

Descrição e análise de impacto ambiental

MEDIDAS MITIGADORAS E/OU MEDIDAS COMPENSATÓRIAS

Tabela – Impactos Ambientais Potenciais e as Respectivas Medidas Atenuantes


da Produção Vegetal.

IMPACTOS AMBIENTAIS MEDIDAS ATENUANTES


POTENCIAIS
Redução da diversidade de espécies A conservação dos elementos típicos
da fauna e da flora. da paisagem, com a conservação dos
principais biótipos, conservando a
necessidade de manutenção da
Reserva Legal. A escolha da cultura
adequada ao ecossistema da
propriedade.

A utilização de práticas de cultivo de


acordo com as características naturais
do lugar.

Contaminação dos solos, ar, água, Não serão usados nas pastagens,
fauna e flora por agrotóxicos e defensivos agrícolas, e sim sementes
fertilizantes. certificadas com alto valor cultural para
formação de um “ Stand” de pastagens
bem formado, abafando o “ mato” e
sobressaindo-se sobre ele.Quando for
necessário será implantado controle
biológico e integrado de pragas,
evitando ao máximo a utilização de
agrotóxicos e a conseqüente
contaminação dos solos, da águas,
ou seja, dos ecossistemas da
propriedade e vizinhos.

Aumento da velocidade do vento A divisão da área agrícola em


devido ao desmatamento. pequenas parcelas com a
implantação de quebra – ventos,
transversalmente a direção principal
do vento.

A integração de árvores e arbustos na


agricultura ( agrossilvicultura).
Contaminação do agricultor devido a A utilização de método de controle
utilização de agrotóxicos. biológico e/ou integrado para o
controle de pragas, reduzindo o uso
e a conseqüente ação danosa dos
agrotóxicos.

A utilização adequada dos agrotóxicos,


se necessário for, será segundo os
preceitos do receituário agronômico
e florestal, com as dosagens e
recomendações técnicas pertinentes.

A utilização correta dos agrotóxicos


e dos equipamentos de proteção
individual (EPIs), quando da
aplicação.

Poluição do ar por fumaça e material Não utilização da prática de


particulado, devido às queimadas. queimadas, especialmente em
grandes dimensões havendo
necessidade de utilizar tal pratica
buscar orientação e autorização da
autoridade ambiental competente.
Erosão, compactação, redução da A cobertura do solo, para mantê-
fertilidade dos solos, com salinização e lo protegido das intempéries,
desertificação de áreas.
podendo ser cobertura vegetal
de plantas cultivadas cobertura
( cobertura viva), ou mortas
( mulching).

A formação de faixas de proteção


contra a erosão, utilizando a
prática de curvas de nível e
terraço especialmente em áreas
inclinadas.

A redução da utilização de máquinas


pesadas para diminuir a compactação
do solo, buscando utilizar máquinas
e tratores mais leves e menos
passadas dos mesmos nas áreas de
cultivo.

Reflorestamento das terras mais


pobres e declivosas com espécies
nativas.

A adubação orgânica para a


manutenção e incremento dos níveis
de matéria orgânica no solo.

Tratamento correto do solo,


assegurando sua estrutura, seus
processos químicos e biológicos e
sua fertilidade.

Impactos dos efeitos climáticos sobre a Planejamento e organização da unidade de


produção produção.

A seleção de variedades de sementes


resistentes as adversidades locais.

Melhoria da resistência das plantas, por meio


de nutrição correta e balanceada, utilizando
preferencialmente adubos orgânicos.
D- BOAS PRÁTICAS AMBIENTAIS (BPA):

Descrição das BPA a serem implementadas, a partir dos seguintes temas:

1. Saúde e Segurança dos trabalhadores: condições de transporte,


alojamento, higiene, alimentação, abastecimento de água potável,
instalações sanitárias, equipamentos de proteção individual e coletiva –
EPI/EPC, treinamento e capacitação;

Numa primeira etapa de limpeza e preparo do solo, serão terceirizados os serviços,


cabendo a Empresa Contratada se responsabilizar por todos os meios de Controle,
Saúde, Segurança dos Trabalhadores e do Meio Ambiente como: transporte,
alojamento, higiene, alimentação, abastecimento de água potável, instalações
sanitárias, equipamentos de proteção individual e coletiva – EPI/EPC, treinamento e
capacitação. Vale ressaltar que o Contratante, terá o poder de fiscalização do efetivo
cumprimento das obrigações do contratado e não se isenta de tais responsabilidades,
uma vez que todos são solidários, conforme determina a legislação vigente. Quando o
empreendimento agrícola estiver em pleno funcionamento, caberá ao proprietário a
aplicação da NR 31(NORMA REGULAMENTADORA DE SEGURANÇA E SAÚDE
NO TRABALHO NA AGRICULTURA, PECUÁRIA SILVICULTURA,

EXPLORAÇÃO FLORESTAL E AQÜICULTURA)–(Portaria n.º 86, de 03/03/05 - DOU


de 04/03/05-
MTE)

2- Resíduos sólidos e líquidos (domésticos, pneumáticos inservíveis, metais,


óleos lubrificantes, embalagens vazias, entre outros), manuseio, recolhimento e
destinação final;

Os resíduos provenientes dos processos produtivos devem ser eliminados dos locais
de trabalho, segundo métodos e procedimentos adequados que não provoquem
contaminação ambiental.

As emissões de resíduos para o meio ambiente devem estar de acordo com a


legislação em vigor sobre a matéria.

Os resíduos sólidos ou líquidos de alta toxicidade, periculosidade, alto risco biológico


deverão ser dispostos com o conhecimento e a orientação dos órgãos competentes e
mantidos sob monitoramento. O proprietário implantará juntamente com a NR 31, um
PGRS, devidamente elaborado por profissional da área, sendo os resíduos gerados no
momento da limpeza da área como: sacos de plásticos, papel higiênico, embalagens
de sabonetes e cremes dentais, entre outros, devidamente guardados em embalagens
plásticas próprias e destinadas ao Aterro Municipal de Santa Rita de Cássia-BA. Já
embalagens de lubrificantes, sacos de adubos e sementes serão encaminhados à
Central de Recebimento de Embalagens próximo à Luís Eduardo Magalhães-
Bahia.

3. Ações de Educação Ambiental junto aos trabalhadores (próprios ou


terceirizados) com relatório e acervo fotográfico: proteção à fauna e à flora
(proibição de caça, apreensão, maus tratos e cativeiro, corte e retirada de
vegetação sem autorização);

Serão implementadas com a NR 31(NORMA REGULAMENTADORA DE


SEGURANÇA E SAÚDE NO
TRABALHO NA AGRICULTURA, PECUÁRIA SILVICULTURA, EXPLORAÇÃO
FLORESTAL E
AQÜICULTURA)–(Portaria n.º 86, de 03/03/05 - DOU de 04/03/05-MTE) que abrange
todos esses aspectos.

4. Ações de recuperação ambiental de áreas degradadas, bem como de


exploração de jazidas, após as respectivas desativações, com cronograma de
execução;

Não se aplica.
5. Ações de controle de processos erosivos na implantação da infra-estrutura
necessária (edificações, sistema viário, rede elétrica, entre outros);

Uso de microbacias, escoamento laterais de água, como o terreno é quase todo


plano para o Sistema viário já existente, a maior parte, e sua conservação em
alguns locais após a limpeza da área serão feitas curvas de nível e até terraços,
quando couber. As edificações serão feitas em locais afastados de APP, Lençol
freático muito raso, fossa sépticas de acordo a Legislação vigente, depósito para
embalagens de medicamentos e defensivos, ambos separados quando for o caso,
no mínimo 50 metros das moradias, sendo aceitável até 30 metros. Rede elétrica
caberá ao Contratado implementar medidas de Segurança e Mitigadoras
encontradas na NR 10 do MTE(Ministério do Trabalho e Emprego) que servirão
para proteção dos trabalhadores e meio ambiente.

6. Plano de resposta a incidentes e acidentes: incêndios, derrames,


vazamentos, entre outros;

Serão implementadas com a NR 31(NORMA REGULAMENTADORA DE


SEGURANÇA E
SAÚDE NO TRABALHO NA AGRICULTURA, PECUÁRIA SILVICULTURA,
EXPLORAÇÃO
FLORESTAL E AQÜICULTURA)–(Portaria n.º 86, de 03/03/05 - DOU de
04/03/05-MTE) que abrange todos esses aspectos.

Citaremos alguns:

- Plano de Emergência Ambiental


- Capacitação e Treinamento dos Funcionários.(Combate a incêndios, Controle
de derrames e vazamentos).

7. Ações de garantia de integridade e conectividade da Reserva Legal, APP e


demais áreas de vegetação nativa utilizando técnicas de manejo da paisagem
que promovam a conexão dos fragmentos florestais encontrados no interior
das propriedades com os fragmentos florestais das propriedades vizinhas,
formando corredores de biodiversidade (fauna/flora);

Serão implementadas, até porque, a propriedade é ligada a outras, formando


corredores naturais ecológicos. A Reserva Legal será cercada e demarcada, evitando
a entrada de pessoas, veículos, etc.Terá placas de advertência e sinalização da
Reserva Legal e aceiros ao redor, para evitar fogo e depredação.
8. Ações de preservação dos recursos hídricos: cuidados nas operações de
captação, manutenção de veículos, lavagens, entre outras;

Serão implementadas com a NR 31(NORMA REGULAMENTADORA DE


SEGURANÇA E SAÚDE NO
TRABALHO NA AGRICULTURA, PECUÁRIA SILVICULTURA, EXPLORAÇÃO
FLORESTAL E
AQÜICULTURA)–(Portaria n.º 86, de 03/03/05 - DOU de 04/03/05-MTE) que abrange
todos esses aspectos.

- Citaremos alguns:

- Plano de Emergência Ambiental


- Capacitação e Treinamento dos Funcionários.(Combate a incêndios, Controle
de derrames e vazamentos de óleo e graxas próximo aos bebedouros, poço
tubular semi-artesiano etc).

9. Práticas de conservação do solo;

Uso de microbacias, escoamento laterais de água, como o terreno é quase todo


plano, em alguns locais após a limpeza da área serão feitas curvas de nível e
até terraços, quando couber. Salientamos que as pastagens bem manejadas
formam um tapete protetor do solo.

10. Ações mitigadoras dos impactos associados à colheita florestal, sobretudo


aqueles relacionados à fauna;

Não se aplica ao caso.

11. Procedimentos relacionados à prescrição, aquisição, transporte,


armazenamento, manuseio, aplicação, destinação de embalagens vazias,
restos e produtos vencidos de agrotóxicos e afins. Excluir as gestantes das
equipes responsáveis pelo manuseio e/ou aplicação de insumos e
agrotóxicos e afins;

Serão implementadas com a NR 31(NORMA REGULAMENTADORA DE


SEGURANÇA E SAÚDE NO
TRABALHO NA AGRICULTURA, PECUÁRIA SILVICULTURA, EXPLORAÇÃO
FLORESTAL E
AQÜICULTURA)–(Portaria n.º 86, de 03/03/05 - DOU de 04/03/05-MTE) que abrange
todos esses aspectos. Quando for necessário, pois a tendência é o pouco uso de
Defensivos Agrícolas. adubos químicos.

E - Relatório de Gestão Agro-Ambiental (RGA):

Deverá ser elaborado anualmente e mantido à disposição dos órgãos de fiscalização


ambiental o Relatório de Gestão Agro-Ambiental (RGA), constando os resultados, a
avaliação e a eficácia da aplicação das Boas Práticas Ambientais (BPA) elencadas no
item anterior.

ANEXO:

Mapa georeferenciado da propriedade:


Em escala compatível, especificando e quantificando em hectares (ha):

1. Área ocupada / planejada para produção (em caso de necessidade de


supressão de vegetação esta deverá estar devidamente autorizada pelo órgão
competente);

2. Áreas de Preservação Permanente;


3. Áreas de Reserva Legal;
4. Áreas de vegetação natural remanescentes;
5. Construções, instalações e demais estruturas físicas;
6. Recursos hídricos;
7. Sistema viário;
8. Área de jazidas utilizadas, se ocorrer;
9. Áreas degradadas objeto de PRAD, se ocorrer;
10. Distância do empreendimento a aglomerados urbanos ou rurais;

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