Técnico em Mecânica
PFM – Processos de
fabricação mecânica
Prof.: Carlos Felipe Ribeiro Mathias da Cruz
6/17/2024
Parâmetros de
usinagem
PFM – Processos de
Fabricação Mecânica
2
• Conceito;
• Velocidade de corte;
• Avanço;
• Profundidade de corte;
• RPM;
• Potência de usinagem;
• Potência de máquina;
• Tempo de usinagem;
• Rugosidade;
• Códigos de pastilhas
intercambiáveis e
suportes.
3
Divisão dos processos
de fabricação
Os processos de fabricação
podem ser divididos em
Processos Processos Processos terciários -
grupos fundamentais, cada primários - alteram secundários - alteram as
um com suas próprias as matérias primas , alteram as propriedades da peças
características e aplicações transformando-as geometrias e formas de acordo com os
em geometrias e básicas, através da requisitos de projeto e
específicas formas básicas. Ex. adição ou remoção desempenho. Ex.
fundição, laminação, de material.. Ex. Tempera, nitretação,
forjamento Usinagem, pintura,
estampagem, texturização, outros
soldagem
4
Conceito
O que é usinagem?
É a operação que confere à peça forma, dimensões ou acabamento, ou
ainda uma combinação qualquer desses três, através da remoção de
material sob a forma de cavaco.
Princípio – com exceção dos processos não convencionais de usinagem,
a remoção de material ocorre através da interferência entre
ferramenta e peça. A ferramenta é constituída de um material de
dureza e resistência muito superior ao material da peça
5
Conceito
O que é Cavaco?
É a porção de material da peça retirada pela ferramenta,
caracterizando-se por apresentar forma irregular.
6
Conceito
O que é cavaco e quais suas
características?
É a porção de material da peça retirada pela
ferramenta, caracterizando-se por apresentar
forma irregular.
7
Conceito
A usinagem no contexto dos
processos de fabricação
8
Conceito
Critérios para a Determinação da Usinabilidade dos Materiais
A usinabilidade normalmente é determinada por comparação e para
determinada característica, tal como a vida da ferramenta.
Neste caso pode-se determinar um índice de usinabilidade através da
comparação com o desempenho previamente conhecido de um material
padrão.
9
Conceito
Determinação da Usinabilidade dos Materiais
Os principais critérios, que são passíveis de serem expressos em valores
numéricos, são:
▪ Vida da ferramenta;
▪ Força de corte;
▪ Potência consumida.
Servem para definir o custo do trabalho de usinagem.
10
Conceito
Propriedade dos Materiais que podem influenciar na Usinabilidade
Dureza e resistência mecânica: Valores baixos geralmente favorecem a
usinabilidade
Ductibilidade: Valores baixos geralmente favorecem a usinabilidade
Condutividade térmica: Valores elevados geralmente favorecem a
usinabilidade
Taxa de encruamento: Valores baixos geralmente favorecem a
usinabilidade
11
Conceito
Movimentos na usinagem
❑ Movimento de corte:
É o movimento entre a ferramenta e a peça que
provoca remoção de cavaco durante uma única
rotação ou um curso da ferramenta.
Geralmente este movimento ocorre através da
rotação da peça (torneamento) ou da ferramenta
(fresamento).
12
Conceito
Movimentos na usinagem
❑ Movimento de avanço ( f ):
É o movimento entre a ferramenta e a peça que, juntamente com
o movimento de corte, possibilita uma remoção contínua do
cavaco ao longo da peça.
13
Conceito
Movimentos na usinagem
❑ Movimento de ajuste ou penetração (ap):
É o movimento entre a ferramenta e a peça, no qual
é predeterminada a espessura da camada de
material a ser removida.
14
MOVIMENTO EFETIVO
Conceito
Movimentos na usinagem
❑ Movimento efetivo de corte:
É o movimento entre a ferramenta e a peça, a
partir do qual resulta o processo de usinagem.
Quando o movimento de avanço é continuo, o
movimento efetivo é a resultante da composição
dos movimentos de corte e de avanço.
15
16
Conceito
Movimentos na usinagem
❑ Movimento de correção:
É o movimento entre a ferramenta e a peça, empregado para
compensar alterações de posicionamento devidas, por exemplo,
pelo desgaste da ferramenta.
17
Conceito
Movimentos na usinagem
❑ Movimento de aproximação:
É o movimento da ferramenta em direção à peça, com a finalidade
de posicioná-la para iniciar a usinagem.
❑ Movimento de recuo:
É o movimento da ferramenta pelo qual ela, após a usinagem, é
afastada da peça
18
Velocidade de corte
Fórmula:
Π.d.n
vc =
1000
✓ Vc = velocidade de corte [m/min];
✓ d = diâmetro da peça (ferramenta) [mm];
✓ n = rotação da peça (ferramenta) [rpm].
19
Velocidade de avanço
Fórmula:
1000.vc
v f = f.n = .f
Π.d
✓ Vf = velocidade de avanço [mm/min];
✓ f = avanço [mm/rot];
✓ n = rotação da peça (ferramenta) [rpm];
✓ Vc = velocidade de corte [m/min];
✓ d = diâmetro da peça (ferramenta) [mm].
20
Tempo de corte
Fórmula:
If If Π.d.If
tc = = =
v f f.n 1000.f.v c
✓ tc = tempo de corte [min];
✓ If = percurso de avanço [mm];
✓ Vf = velocidade de avanço [mm/min].
21
RPM – Rotação Por Minuto
Fórmula:
✓ Reparem que o cálculo do RPM é obtido pela mesma fórmula
utilizada para obter a velocidade de corte, porém reajustando
a equação.
22
Forças de usinagem
As forças de usinagem são as forças
que atuam sobre a ferramenta de
corte durante o processo de
usinagem.
Força de Corte (Fc): É a projeção da força de
usinagem no plano de trabalho, na direção de corte.
Força de Avanço (Ff): É a projeção da força de
usinagem sobre o plano de trabalho, na direção de
avanço.
Força Passiva (Fp): É a projeção da força de
usinagem perpendicular ao plano de trabalho.
23
Potência de usinagem
Potência de corte:
Fc .Vc
Pc = 3
[kW ]
60.10
✓ Fc [N] e Vc [m/min].
24
Potência de usinagem
Potência de avanço:
Ff .Vf
Pf = 6
[kW ]
60.10
✓ Ff [N] e Vf [mm/min].
25
Potência de máquina
Potência de avanço:
Pc
Pm =
✓ Como Pf sempre será menor que o Pc, costuma-se dimensionar a
potência do motor utilizando a potência de corte (Pc);
✓ = 60% a 80% para máquinas convencionais e 90% para
máquinas CNC
26
27
Rugosidade
Definição:
A rugosidade na usinagem refere-se às
irregularidades microgeométricas que existem nas
superfícies das peças, que são originadas no
processo de fabricação. Essas irregularidades podem
ser causadas por marcas, ranhuras e sulcos na
superfície da peça, que são deixados pela
ferramenta que atuou sobre a superfície da peça.
28
Códigos de pastilhas intercambiáveis e suportes
Definição
As pastilhas intercambiáveis, também conhecidas como insertos, são
peças que se encaixam em suportes porta-ferramentas. Essas placas
possuem arestas cortantes e são projetadas para diferentes materiais e
tipos de usinagem. Elas são usadas, principalmente, para realizar
cortes em material bruto nos processos como fresamento,
rosqueamento e torneamento.
Os suportes são as ferramentas que seguram as pastilhas
intercambiáveis durante o processo de usinagem. Eles são projetados
para permitir que as pastilhas sejam facilmente trocadas quando
necessário, proporcionando flexibilidade e eficiência ao processo de
usinagem.
29
Códigos de pastilhas
intercambiáveis e
suportes
Tipos:
Existem os mais variados tipos de pastilhas e
suportes, como veremos ilustrado nos próximos
slides.
30
31
As ilustrações nos mostra alguns
tipos de pastilhas intercambiáveis
e seus respectivos suportes.
Importante salientar que cada um tem uma
aplicação específica, e a partir disso vamos
ver como identificar as pastilhas para cada
aplicação.
Vale informar que o suporte utilizado vai
depender da aplicação e consequantemente da
pastilha.
32
Códigos de pastilhas
intercambiáveis e
suportes
Classificação:
O sistema de designação ISO para pastilhas
intercambiáveis (ISO 1832) é um sistema
padronizado para nomear uma pastilha
intercambiável.
O sistema foi concebido de forma a que cada
caraterística e dimensão importante da pastilha
intercambiável seja apresentada utilizando um
sistema de códigos. Isto torna-se o nome da pastilha
intercambiável.
33
34
35
Códigos de pastilhas
intercambiáveis e
suportes
Problemas causados:
Os principais problemas causados nas pastilhas são:
• Desgaste das pastilhas;
• Quebra das pastilhas;
• Usinagem defeituosa.
36
Códigos de pastilhas intercambiáveis e suportes
Como escolher a pastilha de torneamento correta?
Há muitos parâmetros a serem considerados ao escolher a pastilha de torneamento.
Selecione cuidadosamente a geometria da pastilha, a classe da pastilha, o formato da
pastilha (ângulo de ponta), o tamanho da pastilha, o raio de ponta e o ângulo de posição
(ataque), para obter um bom controle de cavacos e desempenho da usinagem.
• Selecione a geometria da pastilha com base na operação selecionada, por exemplo,
acabamento
• Selecione a pastilha com o maior ângulo de ponta possível para resistência e economia
• Selecione o tamanho da pastilha de acordo com a profundidade do corte
• Selecione o maior raio de ponta possível para resistência da pastilha
• Selecione o menor raio de ponta se houver tendência a vibrações
37
Como escolher a pastilha de torneamento
correta?
Geometria da pastilha de torneamento.
As geometrias para torneamento podem ser divididas
em três tipos básicos que são otimizados para
operações de acabamento, usinagem média e
desbaste. O diagrama mostra a área de trabalho para
cada geometria , com base na quebra de cavacos
aceitável em relação ao avanço e à profundidade de
corte.
38
39
Como escolher a pastilha de torneamento
correta?
Formato da pastilha de torneamento:
O formato da pastilha deve ser selecionado em relação à acessibilidade do
ângulo de posição da ferramenta. O maior ângulo de ponta possível deve ser
selecionado para propiciar resistência e confiabilidade à pastilha. Porém, isso
deve ser balanceado de acordo com a variação de cortes que precisam ser
executados.
Um ângulo de ponta grande é robusto, porém requer maior potência da
máquina e tem maior tendência à vibração.
Um ângulo de ponta pequeno é mais fraco e tem menor contato da aresta de
corte, o que pode tornar a pastilha mais sensível aos efeitos térmicos.
40
Resistência da aresta viva (Ângulo de ponta grande):
• Aresta mais robusta
• Faixas de avanço mais altas
• Maior força de corte
Como escolher a pastilha de • Maior vibração
torneamento correta?
Menos tendências à vibração (Ângulo de ponta pequeno):
Formato da pastilha de
• Maior acessibilidade
torneamento:
• Menor vibração
• Menor força de corte
• Aresta de corte mais fraca
41
Como escolher a pastilha de torneamento
correta?
Tamanho da pastilha de torneamento:
Selecione o tamanho da pastilha dependendo das
exigências da aplicação e o espaço para a ferramenta de
corte na aplicação.
Com uma pastilha grande, a estabilidade é melhor. Para
usinagem pesada, o tamanho da pastilha, geralmente,
está acima de iC 25 mm (1 pol.).
No acabamento, o tamanho pode ser reduzido em muitos
casos.
42
Tamanho da pastilha de torneamento:
Como escolher o tamanho da pastilha?
1- Determine a maior profundidade de corte, ap;
2- Determine o comprimento de corte necessário, LE, e
considere o ângulo de posição (ataque) do porta-ferramenta
e a profundidade de corte, ap e a especificação da máquina;
3- Com base no LE e no ap necessários, o comprimento L da
aresta de corte correta e o IC para a pastilha podem ser
selecionados.
43
Como escolher a pastilha de torneamento
correta?
Raio de ponta da pastilha de torneamento:
O raio de ponta RE é um fator importante em operações
de torneamento. As pastilhas estão disponíveis em vários
tamanhos de raio de ponta. A escolha depende da
profundidade de corte e do avanço e influencia o
acabamento superficial, a quebra de cavacos e a
resistência da pastilha.
44
Raio de ponta pequeno:
• Ideal para profundidades de corte pequenas;
• Reduz a vibração;
• Aresta de corte fraca;
• Geralmente uma melhor quebra de cavacos.
Como escolher a pastilha de
torneamento correta?
Raio de ponta grande:
Raio de ponta da pastilha de
torneamento: • Faixa de avanço alta;
• Grandes profundidades de corte;
• Segurança da aresta robusta;
• Forças radiais maiores.
45
Como escolher a pastilha de torneamento
correta?
Profundidade do corte e forças de corte:
A relação entre o raio de ponta e a profundidade de corte afeta a
tendência a vibrações. As forças radiais que empurram a pastilha
para longe da superfície de corte tornam-se mais axiais conforme a
profundidade de corte aumenta.
É preferível ter mais forças axiais do que radiais. Forças radiais
altas podem ter um efeito negativo na ação de corte o que pode
resultar em vibração e acabamento superficial insatisfatório.
Como regra geral, escolha um raio de ponta menor ou igual que a
profundidade de corte.
46
Como escolher a pastilha de
torneamento correta?
Tipo de pastilha de torneamento positiva ou
negativa.
Uma pastilha negativa tem um ângulo de 90° (o ângulo
de folga é 0°), enquanto uma pastilha positiva tem um
ângulo inferior a 90° (por exemplo, o ângulo de folga é
7°). A ilustração da pastilha negativa mostra como ela é
montada no suporte e inclinada. Algumas características
dos dois tipos de pastilhas estão listadas no próximo
slide:
47
Tipo de pastilha de torneamento
positiva ou negativa.
Pastilha de torneamento positiva
• Face única;
• Baixas forças de cortes;
• Folga lateral;
• Primeira escolha para torneamento interno e externo
de peças delgadas.
48
Tipo de pastilha de torneamento
positiva ou negativa.
Pastilha de torneamento negativa.
• Face dupla e/ou única;
• Alta resistência da aresta;
• Folga zero;
• Primeira escolha para torneamento externo;
• Condições de corte pesado.
49
Como escolher a pastilha de
torneamento correta?
Ângulo de posição para torneamento.
O ângulo de posição, KAPR (ou o ângulo de ataque, PISR), é
o ângulo entre a aresta de corte e a direção de avanço. É
importante escolher o ângulo de posição/de ataque correto
para o êxito da operação de torneamento. O ângulo de
posição/de ataque influencia:
• Formação de cavacos;
• Direção de forças de corte;
• Comprimento da aresta de corte em corte.
50
Ângulo de posição grande (ângulo de ataque pequeno):
• As forças são direcionadas para o mandril. Há menor tendência à
vibração;
• Capacidade de tornear cantos a 90 graus;
• As forças de corte mais altas, especialmente, na entrada e na
saída do corte;
Como escolher a pastilha de • A tendência ao desgaste tipo entalhe em HRSA e peças
torneamento correta? endurecidas.
Ângulo de posição para
torneamento. Ângulo de posição pequeno (ângulo de ataque grande):
• As forças radiais mais altas direcionadas para a peça causarão
tendência à vibração;
• Carga reduzida na aresta de corte;
• Produz um cavaco mais fino = faixa de avanço mais alta;
• Reduz o desgaste tipo entalhe;
• Não pode tornear cantos a 90°.
51