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Questões Penal Militar

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QUESTÕES – REVISÃO – DIREITO PENAL § 1º A lei posterior que, de qualquer outro

MILITAR modo, favorece o agente, aplica-se


retroativamente, ainda quando já tenha
LEMBRAR QUE NESSA PROVA CAI O CÓDIGO sobrevindo sentença condenatória irrecorrível.
PENAL MILITAR SEM ALTERAÇÕES DA
REFORMA DE 2023! Medidas de segurança
Nos termos do Código Penal Militar (Decreto-Lei
Art. 3º As medidas de segurança regem-se
nº 1.001, de 21.10.1969 e alterações
pela lei vigente ao tempo da sentença,
posteriores), as assertivas abaixo, tratam da
prevalecendo, entretanto, se diversa, a lei
aplicação e especificidades da lei penal militar. vigente ao tempo da execução.
Leia e responda o que se pede.

I. Não há crime sem lei anterior que o defina, nem Tempo do crime (Teoria da Atividade)
pena sem prévia cominação legal.
Art. 5º Considera-se praticado o crime no
II. Ninguém pode ser punido por fato que lei momento da ação ou omissão, ainda que outro seja
posterior deixa de considerar crime, cessando, em o do resultado.
virtude dela, a própria vigência de sentença
condenatória irrecorrível, salvo quanto aos efeitos Carlos, policial militar, quando em serviço,
de natureza penal. encontrou seu amigo Alberto, estudante de
Direito. Enquanto conversavam em uma rua de
III. A lei posterior que, de qualquer outro modo,
Niterói, cidade na qual moravam, avistaram uma
favorece o agente, aplica-se retroativamente, salvo amiga comum, Flávia, passando com ela a
quando já tenha sobrevindo sentença condenatória conversar.
irrecorrível.

IV. As medidas de segurança regem-se pela lei A dupla, já com a intenção de com Flávia
vigente ao tempo da sentença, prevalecendo, praticar conjunção carnal, a convidou para
juntos beberem no bar de propriedade do pai de
entretanto, se diversa, a lei vigente ao tempo da
Alberto, na cidade vizinha de São Gonçalo.
execução.
Após ingerirem bebida alcoólica, aproveitando-
V. Considera-se praticado o crime no momento do se do estado de embriaguez de Flávia, ainda no
resultado da ação ou da omissão. interior do bar, a dupla, mediante grave ameaça,
praticou com ela conjunção carnal.
A) Apenas I, II e III estão corretas.
Descoberto o fato após o registro efetuado pela
B) Apenas III, IV e V estão erradas. vítima, tendo Carlos e Alberto tudo confessado,
o Ministério Público deverá oferecer denúncia
C) Apenas II, III e IV estão corretas.

D) Apenas I, IV e V estão corretas. A) contra ambos, perante a vara criminal de Niterói.

E) Apenas II, III e V estão erradas. B) contra Carlos, perante a auditoria militar
GABARITO: E) estadual, e contra Alberto, perante a vara criminal
de Niterói.
Princípio de legalidade
C) contra ambos, perante a vara criminal de São
Gonçalo.
Art. 1º Não há crime sem lei anterior que o defina,
nem pena sem prévia cominação legal.
D) contra Carlos, perante a auditoria militar
estadual, e contra Alberto, perante a vara criminal
Lei supressiva de incriminação de São Gonçalo.
Art. 2° Ninguém pode ser punido por fato que
lei posterior deixa de considerar crime, cessando,
E) contra ambos, perante a auditoria militar
em virtude dela, a própria vigência de sentença
estadual.
condenatória irrecorrível, salvo quanto aos efeitos
de natureza civil.
GABARITO: D)
Retroatividade de lei mais benigna
Art. 9º Consideram-se crimes militares, em Tribunal do Júri. (Redação dada pela Lei nº
tempo de paz: 13.491, de 2017)

II – os crimes previstos neste Código e os previstos § 2o Os crimes de que trata este artigo, quando
na legislação penal, quando praticados: dolosos contra a vida e cometidos por militares
das Forças Armadas contra civil, serão da
c) por militar em serviço ou atuando em razão da competência da Justiça Militar da União, se
função, em comissão de natureza militar, ou em praticados no contexto: (Incluído pela Lei nº
formatura, ainda que fora do lugar sujeito à 13.491, de 2017)
administração militar contra militar da reserva, ou
reformado, ou civil; III – de atividade de natureza militar, de operação
de paz, de garantia da lei e da ordem ou de
-> Alberto, por outro lado, é um cidadão comum atribuição subsidiária, realizadas em conformidade
(civil) e, por esse motivo, será processado perante com o disposto no art. 142 da Constituição Federal
a vara criminal de São Gonçalo, local em que e na forma dos seguintes diplomas
se consumou a infração, nos termos do art. 70 do legais: (Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017)
CPP:
Nos termos do art. 9º do Código Penal Militar
Art. 70. A competência será, de regra, (CPM), que trata dos crimes militares em tempo
determinada pelo lugar em que se consumar a de paz, marque a alternativa CORRETA:
infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em
que for praticado o último ato de execução. A) Considera-se crime militar apenas o fato
praticado por militar em situação de atividade
Em operação conjunta de garantia da Lei e da contra militar na mesma situação ou praticado por
Ordem, de iniciativa do Presidente da militar em serviço ou atuando em razão da função
República, com militares do Exército e membro contra civil.
da Polícia Militar estadual, ocorre a morte de um
civil. Existem indícios da prática de um crime B) Policial Militar que durante o atendimento de
doloso contra a vida, sendo que há suspeita da uma ocorrência pratica fato capitulado como crime
participação de um soldado do Exército na legislação penal comum, só comete crime militar
Brasileiro e um soldado da Polícia Militar se o fato for também tipificado como crime do
estadual neste fato. Nesse caso, é correto Código Penal Militar.
afirmar que a competência para o eventual
julgamento é C) Considera-se crime militar apenas o fato
praticado por militar da ativa em desfavor de militar
A) da Justiça Militar da União, para o Militar do da ativa ou da reserva remunerada, quer seja em
Exército, e da Justiça Militar dos Estados, para o serviço ou atuando em razão do serviço.
Policial Militar estadual.
D) Policial Militar que durante o atendimento de
B) do Tribunal do Júri, para ambos. uma ocorrência pratica fato capitulado como crime
na legislação penal comum, comete crime militar.
C) da Justiça Federal, para o Militar do Exército, e
do Tribunal do Júri, para o Policial Militar estadual. GABARITO: D)

D) da Justiça Militar da União, para ambos, em Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo
razão da conexão. de paz: (...)

E) da Justiça Militar da União, para o Militar do II – os crimes previstos neste Código e os previstos
Exército, e do Tribunal do Júri, para o Policial Militar na legislação penal, quando praticados: (Redação
estadual. dada pela Lei nº 13.491, de 2017)

GABARITO: E) c) por militar em serviço ou atuando em razão da


função, em comissão de natureza militar, ou em
Art. 10. § 1o Os crimes de que trata este artigo, formatura, ainda que fora do lugar sujeito à
quando dolosos contra a vida e cometidos por administração militar contra militar da reserva, ou
militares contra civil, serão da competência do reformado, ou civil; (Redação dada pela Lei nº
9.299, de 8.8.1996)
GABARITO: D)

O Soldado Stive, da Polícia Militar do Estado do A afirmativa está em conformidade com o


Rio de Janeiro, de serviço, juntamente com sua entendimento jurisprudencial do STF, que afastou
companheira de serviço, Soldado Julieta, a aplicação do Art. 302 do CPPM, e entendeu
durante abordagem a uma civil conhecida como aplicável ao processo penal militar o Art. 400 do
Chapinha, por imprudência e sem intenção, CPP, possibilitando a realização do interrogatório
efetuou um disparo de arma de fogo que veio a do réu ao final da instrução.
atingir fatalmente Chapinha. Diante da conduta
praticada pelo Soldado Stive, é correto afirmar “Reunirem-se dois ou mais militares
que o policial militar cometeu ou assemelhados, com armamento ou
material bélico, de propriedade militar,
A) crime comum de homicídio culposo. praticando violência à pessoa ou à coisa
pública ou particular em lugar sujeito ou não à
B) crime militar de homicídio culposo. administração militar:

C) crime comum de feminicídio. Pena - reclusão, de quatro a oito anos.”

D) crime militar de feminicídio. Segundo o Código Penal Militar, aqueles


que praticam a conduta acima descrita
E) crime comum de lesão corporal seguida de cometem o crime previsto com o nomen
morte. iuris de

GABARITO: B) A) organização de grupo para a prática de


violência.
“João”, Soldado policial militar da PMDF, em
B) motim.
atividade de perseguição que se iniciou no
centro de Brasília e acabou em Águas Lindas de
Goiás/GO, efetuou disparo acidental de sua C) revolta.
arma, que veio a causar o homicídio culposo de
um transeunte na localidade goiana. Depois do D) conspiração.
ocorrido, apresentou-se em seu quartel e foi
preso administrativamente. E) incitamento.

Marque a assertiva CORRETA: GABARITO: A)

A) Apesar de estar em serviço, como estava fora Assinale a alternativa que só contenha crimes
da sua área de atuação e o crime é de homicídio, contra a Administração Militar, de acordo com o
não será julgado pela Justiça Militar. Código Penal Militar.

B) Ainda que o crime de homicídio fosse doloso, a A) Desacato a superior; Desacato a militar;
investigação seria realizada pela Polícia Militar, por Desacato a assemelhado ou funcionário.
meio de Inquérito Policial Militar.
B) Desacato a superior; Desrespeito a superior;
C) A citação do réu militar deve ser realizada por Recusa de obediência.
mandado de citação a ser cumprido em sua
residência ou trabalho.
C) Desacato a militar; Oposição a ordem de
sentinela; Reunião ilícita.
D) Conforme interpretação do Supremo Tribunal
Federal, o interrogatório do réu na Justiça militar
deve ser realizado depois da oitiva das D) Desrespeito a superior; Reunião ilícita;
testemunhas. Publicação ou crítica indevida.

E) As prisões disciplinares dos militares admitem a E) Publicação ou crítica indevida; Operação militar
concessão de liberdade provisória mediante o sem ordem superior; Uso indevido por militar de
pagamento de fiança, mas não se admite o uso uniforme, distintivo ou insígnia.
de habeas corpus para exame de seu mérito.
GABARITO: A) A) prisão simples, de 3 meses a 1 ano, e multa.

Recusa de Obediência, Reunião Ilícita, Oposição B) reclusão, de três a nove anos, mais o aumento
a Ordem de Sentinela e Publicação de crítica de um terço decorrente da violência ter sido
indevida são crimes contra a Autoridade ou praticada com arma.
Disciplina Militar – Da Insubordinação.
C) reclusão, de seis a doze anos.
Lembre-se que o crime de Desobediência é contra
a Administração Militar – Do Desacato e D) detenção, de cinco a dez anos.
Desobediência.
E) detenção, de um a três anos, mais o aumento de
Operação militar sem ordem superior é crime dois terços decorrente da violência ter sido
contra a Autoridade ou Disciplina Militar – Da praticada com arma.
Usurpação e do Excesso de Autoridade.
GABARITO: B)
Uso indevido por militar de uniforme, distintivo ou
insígnia é crime contra a Autoridade ou Disciplina
O crime de Violência contra Superior é crime
Militar – Da Usurpação e Do Excesso ou Abuso de contra a Autoridade ou Disciplina Militar – Da
Autoridade.
Violência contra Superior ou Militar em Serviço. Em
sua forma simples, é punido com pena de
Considerando o Código Penal Militar, o agente detenção de 3 meses a 2 anos. Em sua forma
que pratica a conduta de desrespeitar o qualificada, quando praticado contra comandante
superior diante de outro militar está sujeito a ou oficial-general, é punido com pena de
pena de reclusão de 3 a 9 anos. Se a violência é praticada
com o emprego de arma é aumentada de 1/3. Se
A) prisão simples, de dois a seis meses, e multa. da violência resulta lesão corporal, aplica-se além
da violência a do crime contra a pessoa. Se da
violência resulta morte, pena de reclusão de 12 a
B) detenção, de três meses a um ano, se o fato não
30 anos. Se o crime ocorre em serviço, aumenta
constitui crime mais grave.
em 1/6.
C) detenção, de seis meses a dois anos, se o fato
não constitui crime mais grave. Com relação ao Código Penal Militar e ao Código
de Processo Penal Militar, assinale a alternativa
correta.
D) reclusão, de um a três anos.

A) O crime de motim exige que todos os integrantes


E) reclusão, de dois a quatro anos, e multa.
do movimento estejam armados, e o eventual
Inquérito Policial Militar instaurado para apurar
GABARITO: B) esse motim deverá terminar no prazo de trinta dias
se o indiciado estiver solto, contados a partir da
O crime de Desrespeito a superior (desrespeitar data em que se instaurar o inquérito.
superior diante de outro militar) é crime contra a
Autoridade ou Disciplina Militar. Pena de detenção B) O crime de publicação ou crítica indevida
3 meses a 1 ano, se o fato não constitui crime mais contempla para sua tipificação apenas a conduta
grave. Parágrafo único. Se o fato é praticado daquele que critica publicamente ato de seu
contra o comandante da unidade a que pertence superior e a eventual prisão em flagrante
o agente, oficial-general, oficial de dia, de dependerá sempre da homologação da autoridade
serviço ou de quarto, a pena é aumentada da de polícia judiciária.
metade (Desrespeito a comandante, oficial
general ou oficial de serviço).
C) O crime de embriaguez em serviço é apenado
com detenção, e o eventual Inquérito Policial Militar
José, militar da ativa, mediante o uso de arma de instaurado para apurar tal crime deverá terminar no
fogo, praticou o crime de violência contra o superior prazo de trinta dias se o indiciado estiver solto,
fora do horário de serviço. Considerando o Código contados a partir da data do fato motivador.
Penal Militar e que a vítima é comandante da
unidade a que pertence José, caso ele seja D) O crime de desacato a militar é apenado com
condenado, em tese, estará sujeito à pena de detenção, e o eventual Inquérito Policial Militar
instaurado para apurar tal crime deverá terminar no
prazo de quarenta dias se o indiciado estiver solto, Dormir em serviço
contados a partir da data em que se instaurar o
inquérito. Art. 203. Dormir o militar, quando em serviço, como
oficial de quarto ou de ronda, ou em situação
GABARITO: D) equivalente, ou, não sendo oficial, em serviço de
sentinela, vigia, plantão às máquinas, ao leme, de
O crime de Desacato a Militar é crime contra a ronda ou em qualquer serviço de natureza
Administração Militar – Do Desacato e semelhante: Pena - detenção, de três meses a um
Desobediência. ano.

Desacato a militar. O crime de Embriaguez em Serviço é crime contra


o Serviço Militar ou Dever Militar. Para sua
configuração não basta a mera ingestão de álcool
Art. 299 - CPM. Desacatar militar no exercício de
pelo militar durante o serviço, mas sim que o militar
função de natureza militar ou em razão dela:
se apresente EMBRIAGADO. Assim, só
caracterizará quando o militar se apresentar
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, se o EMBRIAGADO para o serviço ou embriagar-se
fato não constitui outro crime. durante o serviço.

Prazos para terminação do inquérito. O crime de Deserção é crime contra o Serviço


Militar e Dever Militar – Da Deserção.
Art. 20 - CPPM. O inquérito deverá terminar dentro
em vinte dias, se o indiciado estiver preso, O crime de Concerto para Deserção (concertarem-
contado esse prazo a partir do dia em que se se militares para a prática da deserção), se não
executar a ordem de prisão; ou no prazo de chega a consumar-se: pena de detenção, 3 meses
quarenta dias, quando o indiciado estiver solto, a 1 ano. Se chega a consumar: pena de reclusão,
contados a partir da data em que se instaurar o 2 a 4 anos.
inquérito.
O crime de Exercício do Comércio é crime contra o
É correto afirmar que: Serviço Militar – Do Exercício de Comércio.
Somente oficial da ativa pode cometer.
A) o crime militar de dormir em serviço exige o dolo
do autor para a sua caracterização. Exercício de comércio por oficial Art. 204.
Comerciar o oficial da ativa, ou tomar parte na
B) a ingestão de álcool pelo militar durante o administração ou gerência de sociedade comercial,
serviço caracteriza o crime militar de embriaguez ou dela ser sócio ou participar, exceto como
em serviço. acionista ou cotista em sociedade anônima, ou
por cotas de responsabilidade limitada: Pena -
C) o simples concerto para deserção não é crime suspensão do exercício do pôsto, de seis meses a
militar. dois anos, ou reforma.

D) pratica o crime militar de exercício de comércio O crime de Uso Indevido por Militar de Uniforme,
a praça que toma parte na administração ou Distintivo ou Insígnia é crime contra a Autoridade
gerência de sociedade comercial. ou Disciplina Militar – Da Usurpação e Do Excesso
ou Abuso de Autoridade. Não há necessidade do
agente auferir vantagem com isso.
E) o militar que usa indevidamente uniforme,
distintivo ou insígnia de posto ou graduação
superior somente cometerá crime militar se obtiver Uso indevido por militar de uniforme, distintivo
alguma vantagem desse uso. ou insígnia. Art. 171. Usar o militar ou
assemelhado, indevidamente, uniforme, distintivo
ou insígnia de pôsto ou graduação superior: Pena -
GABARITO: A)
detenção, de seis meses a um ano, se o fato não
constitui crime mais grave.
O crime de Dormir em Serviço é crime contra o
Serviço Militar e o Dever Militar – Do Abandono de
Posto e de outros crimes em Serviço. Exige dolo
específico, caso venha dormir por descuido,
desleixo ou imprudência sua conduta será
considerada atípica.
Assinale a alternativa que apresenta a assertiva permanecer, por mais de oito dias: Pena -
correta. detenção, de seis meses a dois anos; se oficial, a
pena é agravada.
A) Desrespeitar um superior hierárquico diante de
um civil caracteriza o crime militar de desrespeito a
superior. Acerca do tempo e do local do crime na lei penal

militar, são adotadas, respectivamente, as


B) O despojamento, apenas por menosprezo, de
uniforme militar por parte do militar não caracteriza teorias:
crime militar.

C) O militar que critica publicamente em rede social A ) da atividade e do resultado.


na internet uma resolução do Governo pratica o
crime militar de publicação ou crítica indevida. B ) da atividade e da ubiquidade.

D) O crime militar de desrespeito a símbolo C ) da ubiquidade e do resultado.


nacional se caracteriza com base no ato ultrajante
praticado pelo militar ao símbolo nacional
D ) do resultado e da ubiquidade.
independentemente do lugar ou diante de quem o
ato for praticado.
E ) do resultado e da atividade.
E) Pratica o crime militar de deserção o militar que
se ausenta, sem licença, da unidade em que serve, GABARITO: B)
ou do lugar em que deve permanecer, por mais de
dois dias.
A Lei n° 13.491/2017 alterou o art. 9° do Código
GABARITO: C) Penal Militar e promoveu uma ampliação da
competência da Justiça Militar. Ao lado dos
crimes propriamente militares e
O crime de Desrespeito a Superior é crime contra a
impropriamente militares, a referida legislação
Autoridade ou Disciplina Militar – Do Desrespeito a
instituiu os crimes militares por extensão.
Superior e Símbolo Nacional ou Farda. O crime de
Desrespeito a Superior se consuma perante outro
Diante do exposto, é correto afirmar que o
militar, e não perante civil. Art. 160. Desrespeitar
Código Penal Militar considera crime militar, em
superior diante de outro militar: Pena - detenção,
tempo de paz,
de três meses a um ano, se o fato não constitui
crime mais grave.
A) aquele cometido por militar em situação de
atividade que utilize armamento de propriedade
O crime de Despojamento Desprezível é crime militar.
contra a Autoridade ou Disciplina Militar – Do
Desrespeito a Superior e Símbolo Nacional. Prevê B) entre outros, o previsto na legislação penal
a conduta de despojar-se de uniforme, comum, quando praticado por militar em serviço.
condecoração militar, insígnia ou distintivo, por
menosprezo ou vilipêndio. C) todo aquele previsto na legislação penal comum,
independentemente do sujeito ativo.
O crime de Publicação ou Crítica Indevida é crime
contra a Autoridade ou Disciplina Militar – Da D) todo aquele praticado por militares federais ou
Insubordinação. Art. 166. Publicar o militar ou estaduais em situação de atividade.
assemelhado, sem licença, ato ou documento
oficial, ou criticar públicamente ato de seu GABARITO: B)
superior ou assunto atinente à disciplina militar,
ou a qualquer resolução do Govêrno: Pena -
detenção, de dois meses a um ano, se o fato não
constitui crime mais grave.

O crime de Deserção é crime contra o Serviço


Militar – Da Deserção. Configura-se após os 8 dias.
Art. 187. Ausentar-se o militar, sem licença, da
unidade em que serve, ou do lugar em que deve
No que se refere aos crimes militares e às medidas No próximo item, é apresentada uma situação
de segurança adotadas nesses casos, julgue o item hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada
subsecutivo. à luz do direito penal militar.

O militar que cometer homicídio contra outro Em determinada organização militar, durante o
militar dentro de um quartel cometerá um crime expediente, dois militares que trabalhavam na
propriamente militar, pois o ato terá sido mesma seção desentenderam-se e um deles, sem
praticado nessa condição. justificativa e intencionalmente, disparou sua arma
de fogo contra o outro, que faleceu imediatamente.
Certo. Nessa situação, o autor do disparo cometeu crime
impropriamente militar.
Errado.
CERTO
GABARITO: ERRADO
ERRADO
Assinale a alternativa que indica um crime
GABARITO: ERRADO
propriamente militar, de acordo com a denominada
Teoria Clássica.
O próximo item apresenta uma situação hipotética
A) Ingresso clandestino (art. 302 do Código Penal seguida de uma assertiva a ser julgada acerca do
Militar). direito penal e do direito penal militar.

B) Omissão de socorro (art. 201 do Código Penal


Militar).
José, utilizando uma arma militar furtada de um
C) Dano em navio de guerra ou mercante em quartel, participou de crime de roubo tentado a uma
serviço militar (art. 263 do Código Penal Militar). agência bancária no município X, vizinho àquele da
subtração da arma. Nessa situação, será
considerado local do crime de roubo tentado o
D) Ofensa às Forças Armadas (art. 219 do Código
município onde ocorreu a ação, e não o município
Penal Militar).
onde se operou a subtração do armamento.
E) Favorecimento a desertor (art. 193 do Código
C) Certo.
Penal Militar).

E) Errado.
GABARITO: B)

GABARITO: CERTO
Ainda com relação ao direito penal militar,
julgue o item que se segue.
O próximo item apresenta uma situação
hipotética seguida de uma assertiva a ser
Considere a seguinte situação hipotética. Um
julgada acerca do direito penal e do direito
grupamento do Exército Brasileiro estava em
penal militar. José, utilizando uma arma militar
determinada comunidade urbana realizando
furtada de um quartel, participou de crime de
atividade de policiamento, em apoio a processo
de ocupação e pacificação da região, quando, roubo tentado a uma agência bancária no
município X, vizinho àquele da subtração da
em determinado dia, um civil desacatou um dos
arma. Nessa situação, será considerado local
militares do referido grupamento. Nessa
do crime de roubo tentado o município onde
situação hipotética, segundo o entendimento
ocorreu a ação, e não o município onde se
do STF, a lei penal militar deverá ser aplicada e
operou a subtração do armamento.
a conduta do civil será considerada crime
militar.
C) Certo.
C) Certo.
E) Errado.
E) Errado.
GABARITO: CERTO
GABARITO: CERTO
Art. 33. Diz-se o crime: IV - em exercício regular de direito.

Culpabilidade Parágrafo único. Não há igualmente crime


quando o comandante de navio, aeronave ou praça
I - doloso, quando o agente quis o resultado de guerra, na iminência de perigo ou grave
ou assumiu o risco de produzi-lo; calamidade, compele os subalternos, por meios
violentos, a executar serviços e manobras
urgentes, para salvar a unidade ou vidas, ou evitar
II - culposo, quando o agente, deixando de
o desânimo, o terror, a desordem, a rendição, a
empregar a cautela, atenção, ou diligência
revolta ou o saque.
ordinária, ou especial, a que estava obrigado em
face das circunstâncias, não prevê o resultado que
podia prever ou, prevendo-o, supõe levianamente Estado de necessidade, como excludente do
que não se realizaria ou que poderia evitá-lo. crime

Excepcionalidade do crime culposo Art. 43. Considera-se em estado de


necessidade quem pratica o fato para preservar
direito seu ou alheio, de perigo certo e atual, que
Parágrafo único. Salvo os casos expressos
em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto não provocou, nem podia de outro modo evitar,
desde que o mal causado, por sua natureza e
como crime, senão quando o pratica dolosamente.
importância, é consideràvelmente inferior ao mal
evitado, e o agente não era legalmente obrigado a
Nenhuma pena sem culpabilidade arrostar o perigo.

Art. 34. Pelos resultados que agravam Legítima defesa


especialmente as penas só responde o agente
quando os houver causado, pelo menos,
culposamente. Art. 44. Entende-se em legítima defesa quem,
usando moderadamente dos meios necessários,
repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito
Coação irresistível seu ou de outrem.

a) sob coação irresistível ou que lhe suprima Excesso culposo


a faculdade de agir segundo a própria vontade;
Art. 45. O agente que, em qualquer dos casos
Obediência hierárquica de exclusão de crime, excede culposamente os
limites da necessidade, responde pelo fato, se êste
b) em estrita obediência a ordem direta de é punível, a título de culpa.
superior hierárquico, em matéria de serviços.
Excesso escusável
§ 1° Responde pelo crime o autor da coação
ou da ordem. Parágrafo único. Não é punível o excesso
quando resulta de escusável surprêsa ou
§ 2° Se a ordem do superior tem por objeto a perturbação de ânimo, em face da situação.
prática de ato manifestamente criminoso, ou há
excesso nos atos ou na forma da execução, é Excesso doloso
punível também o inferior.
Art. 46. O juiz pode atenuar a pena ainda
Exclusão de crime quando punível o fato por excesso doloso.

Art. 42. Não há crime quando o agente pratica Elementos não constitutivos do crime
o fato:
Art. 47. Deixam de ser elementos constitutivos
I - em estado de necessidade; do crime:

II - em legítima defesa; I - a qualidade de superior ou a de inferior,


quando não conhecida do agente;
III - em estrito cumprimento do dever legal;
II - a qualidade de superior ou a de inferior, a Art. 59 - A pena de reclusão ou de detenção
de oficial de dia, de serviço ou de quarto, ou a de até 2 (dois) anos, aplicada a militar, é convertida em
sentinela, vigia, ou plantão, quando a ação é pena de prisão e cumprida, quando não cabível a
praticada em repulsa a agressão. suspensão condicional: (Redação dada
pela Lei nº 6.544, de 30.6.1978)
Penas principais
I - pelo oficial, em recinto de estabelecimento
Art. 55. As penas principais são: militar;

a) morte; II - pela praça, em estabelecimento penal


militar, onde ficará separada de presos que estejam
cumprindo pena disciplinar ou pena privativa de
b) reclusão;
liberdade por tempo superior a dois anos.
c) detenção;
Separação de praças especiais e
graduadas
d) prisão;
Parágrafo único. Para efeito de separação, no
e) impedimento; cumprimento da pena de prisão, atender-se-á,
também, à condição das praças especiais e à das
f) suspensão do exercício do pôsto, graduadas, ou não; e, dentre as graduadas, à das
graduação, cargo ou função; (Revogado pela Lei que tenham graduação especial.
nº 14.688, de 2023) Vigência
Pena do assemelhado
g) reforma. (Revogado pela Lei nº 14.688,
de 2023) Vigência Art. 60. O assemelhado cumpre a pena
conforme o pôsto ou graduação que lhe é
Pena de morte correspondente. (Revogado pela Lei nº 14.688,
de 2023) Vigência
Art. 56. A pena de morte é executada por Pena dos não assemelhados (Revogado
fuzilamento. pela Lei nº 14.688, de 2023) Vigência
Parágrafo único. Para os não assemelhados
Comunicação dos Ministérios Militares e órgãos sob contrôle
dêstes, regula-se a correspondência pelo padrão
de remuneração. (Revogado pela Lei nº 14.688,
Art. 57. A sentença definitiva de condenação à
de 2023) Vigência
morte é comunicada, logo que passe em julgado,
ao Presidente da República, e não pode ser
executada senão depois de sete dias após a Pena superior a dois anos, imposta a
comunicação. militar

Parágrafo único. Se a pena é imposta em zona Art. 61. A pena privativa de liberdade por mais
de operações de guerra, pode ser imediatamente de dois anos, imposta a militar, é cumprida em
executada, quando o exigir o interêsse da ordem e penitenciária militar e, na falta desta, em
da disciplina militares. penitenciária civil, ficando o recluso ou detento
sujeito ao regime do estabelecimento a que seja
recolhido.
Mínimos e máximos genéricos
Art. 61 - A pena privativa da liberdade por mais
Art. 58. O mínimo da pena de reclusão é de
de 2 (dois) anos, aplicada a militar, é cumprida em
um ano, e o máximo de trinta anos; o mínimo da
penitenciária militar e, na falta dessa, em
pena de detenção é de trinta dias, e o máximo de
estabelecimento prisional civil, ficando o recluso ou
dez anos.
detento sujeito ao regime conforme a legislação
penal comum, de cujos benefícios e concessões,
Pena até dois anos imposta a militar também, poderá gozar. (Redação dada
pela Lei nº 6.544, de 30.6.1978)
Art. 59. A pena de reclusão ou de detenção
por tempo até dois anos, imposta a militar, é Pena privativa da liberdade imposta a civil
convertida em pena de prisão e cumprida:
Art. 62. O civil cumpre a pena imposta pela VII – a incapacidade para o exercício do
Justiça Militar em penitenciária civil ou, à falta, em poder familiar, da tutela ou da curatela, quando tal
seção especial de prisão comum, ficando sujeito ao medida for determinante para salvaguardar os
regime do estabelecimento a que seja recolhido. interesses do filho, do tutelado ou do
curatelado; (Redação dada pela Lei nº 14.688,
Art. 62 - O civil cumpre a pena aplicada pela de 2023)
Justiça Militar, em estabelecimento prisional civil,
ficando ele sujeito ao regime conforme a legislação VIII - a suspensão dos direitos políticos.
penal comum, de cujos benefícios e concessões,
também, poderá gozar. (Redação dada Indignidade para o oficialato
pela Lei nº 6.544, de 30.6.1978)
Art. 100. Fica sujeito à declaração de
Cumprimento em penitenciária militar indignidade para o oficialato o militar condenado,
qualquer que seja a pena, nos crimes de traição,
Parágrafo único. Por crime militar praticado espionagem ou cobardia, ou em qualquer dos
em tempo de guerra poderá o civil ficar sujeito a definidos nos arts. 161, 235, 240, 242, 243, 244,
cumprir a pena, no todo ou em parte, em 245, 251, 252, 303, 304, 311 e 312.
penitenciária militar, se, em benefício da segurança
nacional, assim o determinar a sentença. Incompatibilidade com o oficialato

Parágrafo único - Por crime militar praticado Art. 101. Fica sujeito à declaração de
em tempo de guerra poderá o civil ficar sujeito a incompatibilidade com o oficialato o militar
cumprir a pena, no todo ou em parte em condenado nos crimes dos arts. 141 e 142.
penitenciária militar, se, em benefício da segurança
nacional, assim o determinar a
Exclusão das fôrças armadas
sentença. (Redação dada pela Lei nº
6.544, de 30.6.1978)
Art. 102. A condenação da praça a pena
privativa de liberdade, por tempo superior a dois
Pena de impedimento
anos, importa sua exclusão das fôrças armadas.
Art. 63. A pena de impedimento sujeita o
Perda da função pública
condenado a permanecer no recinto da unidade,
sem prejuízo da instrução militar.
Art. 103. Incorre na perda da função pública o
assemelhado ou o civil:
DAS PENAS ACESSÓRIAS

Penas Acessórias Art. 103. Incorre na perda da função pública o


civil: (Redação dada pela Lei nº 14.688, de
Art. 98. São penas acessórias: 2023)

I - a perda de pôsto e patente; I - condenado a pena privativa de liberdade por


crime cometido com abuso de poder ou violação de
dever inerente à função pública;
II - a indignidade para o oficialato;
II - condenado, por outro crime, a pena
III - a incompatibilidade com o oficialato; privativa de liberdade por mais de dois anos.

IV - a exclusão das fôrças armadas; Parágrafo único. O disposto no artigo aplica-


se ao militar da reserva, ou reformado, se estiver
V - a perda da função pública, ainda que no exercício de função pública de qualquer
eletiva; natureza.

VI - a inabilitação para o exercício de função Inabilitação para o exercício de função


pública; pública

VII - a suspensão do pátrio poder, tutela ou Art. 104. Incorre na inabilitação para o
curatela; exercício de função pública, pelo prazo de dois até
vinte anos, o condenado a reclusão por mais de
quatro anos, em virtude de crime praticado com
abuso de poder ou violação do dever militar ou
inerente à função pública.

Têrmo inicial

Parágrafo único. O prazo da inabilitação para


o exercício de função pública começa ao têrmo da
execução da pena privativa de liberdade ou da
medida de segurança imposta em substituição, ou
da data em que se extingue a referida pena.

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