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Estatuto Servidores Trombudo Central

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LEI COMPLEMENTAR N° 816, DE 31 DE OUTUBRO DE 1990.

Dispõe sobre o Estatuto dos Servidores


Públicos do Município de Trombudo Central.

TÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - O regime jurídico das relações de trabalho dos servidores do quadro de


pessoal permanente da Câmara, da Prefeitura, das autarquias e das fundações
instituídas e mantidas pelo município obedecerá ao disposto neste estatuto.

Art. 2º - Para os efeitos deste estatuto:

I – servidor público é a pessoa legalmente investida em cargo público;

II – cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um


servidor, criado por lei, em número certo, com denominação própria e pago pelos
cofres públicos;

III – quadro é o conjunto de cargos em comissão e efetivos de cada poder, autarquia ou


fundação instituída e mantida pelo município;

IV – cargo em comissão é o que, com funções de direção, chefia, assessoramento ou


assistência, se destina ao provimento provisório, fundado no critério de confiança da
autoridade competente;

V – cargo efetivo é o que, com funções permanentes inerentes ao serviço público


municipal, se destina ao provimento em caráter definitivo e é organizado em classes de
carreira;

VI – classe é o conjunto de cargos efetivos da mesma denominação, profissão ou


atividade;

VII – carreira é o conjunto de classes da mesma natureza, dispostas verticalmente para


o efeito de promoção do servidor, podendo a lei estabelecer que as atribuições mais
complexas do cargo sejam atribuídas as classes de grau mais elevado.

Paragrafo único. Em substituição aos cargos em comissão, a lei poderá criar funções
de confiança, cujas atribuições serão cometidas a servidores estáveis ou efetivos.

Art. 3º - É vedada a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei.


TÍTULO II

DO INGRESSO

CAPÍTULO I

DOS REQUISITOS DE INGRESSO

Art. 4º - São requisitos para o ingresso no quadro de pessoal a que se refere neste
estatuto:

I – nacionalidade brasileira;

II – o gozo de direitos políticos;

III – quitação com as obrigações militares e eleitorais;

IV – o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

V – a idade mínima de dezoito anos;

VI – boa saúde física e mental;

VII – a aprovação em concurso público quando se tratar de nomeação para cargo


efetivo;

Parágrafo único. A lei ou a resolução da Câmara podem estabelecer outros requisitos


para o ingresso, em face da natureza das atribuições do cargo.

CAPÍTULO II

DO CONCURSO

Art. 5º - O concurso público será de provas ou de provas e títulos.

Parágrafo único. O concurso será de provas e títulos:

I – para ingresso em carreira do magistério;

II – nos casos previstos em lei ou resolução da câmara;

III – quando o edital de concurso exigir.

Art. 6º - O Prazo de validade do concurso público será fixado no edital de concurso,


não podendo ser superior a dois anos.
Parágrafo 1º. O prazo de validade do concurso, fixado no edital, pode ser prorrogado
por uma vez e igual período, se houver interesse do órgão ou entidade que o promove;

Parágrafo 2º. Se o edital for omisso, o prazo de validade será de dois anos, vedada sua
prorrogação.

Art. 7º - O concurso público credencia o nele aprovado a nomeação durante o prazo de


sua validade ou eventual prorrogação, obedecida a ordem de classificação,
computadas as vagas existentes na data do edital, as que decorrerem de vacância do
cargo e as que vierem a ser criadas.

Paragrafo único. Enquanto não se esgotar o prazo de validade do concurso ou de sua


eventual prorrogação, os nele aprovados serão convocados com prioridade sobre
novos concursados, para assumir o cargo.

Art. 8º - O edital de concurso público, do qual se dará ampla divulgação, conterá os


seguintes requisitos mínimos:

I – prazo para a inscrição, não inferior a trinta dias, contado da sua publicação oficial;

I – prazo para a inscrição, não inferior a 10 (dez) dias, contado de sua publicação
oficial; (Lei Municipal n° 989 de 11/03/1994)

II – requisitos para a inscrição e condições para o provimento do cargo;

III – tipo e conteúdo das provas e, se for o caso, categoria de títulos;

IV – forma de julgamento das provas e, se for o caso, dos títulos;

V – critérios de aprovação e classificação;

VI – prazo de validade;

VII – valor da taxa de inscrição.

Parágrafo 1º. O prazo para inscrição no concurso, se ainda não encerrado, pode ser
prorrogado uma vez por igual período.

Parágrafo 2º. As alterações no edital implicam reabertura do prazo de inscrição.

Art. 9º - O concurso público será organizado, executado e julgado alternativamente;

I – por uma comissão composto de pelo menos três servidores estáveis, integrantes
dos quadros de pessoal do município, ainda que não pertençam ao quadro do órgão ou
entidade que o promover.

I – por uma comissão composta de pelo menos três servidores, integrantes do quadro
de pessoal do município, não podendo estes participarem do concurso público. (Lei
Municipal n° 989 de 11/03/1994)

II – por uma pessoa jurídica de direito público ou privado contratada para a tarefa;
Paragrafo único. Na hipótese do inciso I, é facultada a contratação de profissionais
habilitados para a elaboração, aplicação e correção das provas e julgamento dos
títulos.

Art. 10 – o concurso será homologado pela autoridade competente do órgão ou


entidade que o promover, e publicado seu resultado.

Paragrafo único. Homologado o concurso, será expedido o certificado de habilitação,


que conterá:

I – o nome do aprovado;

II – a denominação do cargo posto em concurso;

III – classificação do concorrente e a nota de aprovação.

TÍTULO III

DO PROVIMENTO, DO EXERCÍCIO E DA PROMOÇÃO

CAPÍTULO I

DO PROVIMENTO

SEÇÃO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 11 – O provimento dos cargos públicos far-se-á por ato da autoridade competente
de cada poder, autarquia ou fundação instituída e mantida pelo município.

Art. 12 – São formas de provimento de cargo público;

I – nomeação;

II – promoção;

III – aproveitamento;

IV – reintegração;

V – recondução;

VI – reversão.
Paragrafo único. A investidura de servidor em função de confiança, far-se-á mediante
designação pela autoridade competente.

SEÇÃO II

DA NOMEAÇÃO E DA POSSE

Art. 13 – Nomeação é o ato pelo qual o cargo efetivo de classe inicial de carreira, ou o
cargo em comissão, é atribuído à uma pessoa.

Art. 14 – Posse é a aceitação expressa do cargo identificado no ato de nomeação, com


o compromisso de bem servir, formalizada com a assinatura do termo pela autoridade
competente e pelo empossando.

Parágrafo 1º. O prazo para a posse é de trinta dias, prorrogável por mais trinta, a
requerimento do interessado, contado;

I – da data da publicação do ato de nomeação;

II – do término da licença ou afastamento, tratando-se de servidor municipal sujeito ao


regime deste estatuto, licenciado ou legalmente afastado.

Parágrafo 2º. Se a posse não se der no prazo legal, o ato de nomeação será tornado
sem efeito, e, sendo o caso, nomeado imediatamente o próximo classificado no
concurso.

Art. 15 – A posse depende da apresentação pelo empossando de:

I – a prova de aptidão física e mental para o exercício do cargo, constante de atestado


médico oficial;

II – declaração de bens e valores que constituem seu patrimônio;

III – declaração de que a posse do cargo não implica acumulação proibida de cargo,
emprego ou função pública;

IV – outros documentos necessários ao ingresso no serviço público municipal não


exigidos por ocasião da inscrição no concurso, se for o caso.

SEÇÃO III

DA PROMOÇÃO

Art. 16 – Promoção é a elevação do servidor da classe a que pertence para a


imediatamente superior, na carreira, obedecidos os critérios de antiguidade e
merecimento, alternadamente.
Art. 17 – A antiguidade é determinada pelo tempo de efetivo exercício na classe,
apurado em dias.

Art. 18 – O merecimento é apurado na classe, considerados os fatores definidos em


regulamento de promoções pela autoridade competente de cada poder, autarquia ou
fundação instituída e mantida pelo município.

Paragrafo único. Quando ocorrer empate na apuração da antiguidade, terá preferência,


sucessivamente, o servidor:

I – de maior tempo de serviço na carreira;

II – de maior tempo de serviço público no município;

III – de maior tempo de serviço público;

IV – de maior número de dependentes;

V – mais idoso.

Art. 19 – O servidor não pode ser promovido:

I – por antiguidade ou merecimento:

a) se não contar pelo menos setecentos e trinta dias de efetivo exercício na classe;
b) se estiver suspenso disciplinarmente, em virtude de decisão administrativa;

II – por merecimento, quando afastado para o exercício de mandato eletivo ou licença


não remunerada.

Art. 20 – Será anulada a promoção feita indevidamente e promovido quem de direito.

Parágrafo 1º. O servidor indevidamente promovido não ficará obrigado a restituir o que
a mais houver recebido, salvo se comprovado dolo ou na fé de sua parte.

Parágrafo 2º. O servidor a quem caiba a promoção será indenizado da diferença de


remuneração a que tiver direito.

Art. 21 – O servidor submetido a processo administrativo disciplinar poderá ser


promovido, mas a promoção será tornada sem efeito se do processo resultar a
aplicação de penalidade.

Art. 22 – O processo de promoção será conduzido por uma comissão de promoção


constituída pela autoridade competente de cada poder, autarquia ou fundação.

Art. 23 – As promoções serão realizadas anualmente, desde que verificada a existência


de cargos vagos, no dia primeiro de janeiro.

Parágrafo 1º. O processo das promoções será instaurado e concluído no primeiro


semestre do ano e seus efeitos pecuniários vigorarão a partir do dia primeiro de julho.
Parágrafo 2º. Para todos os efeitos, será considerado promovido o servidor que falecer,
aposentar-se ou for colocado em disponibilidade em que tenha sido decretada, no
prazo legal, a promoção a que teria direito.

SEÇÃO IV

DO APROVEITAMENTO

Art. 24 – Aproveitamento e o retorno a cargo público do servidor colocado em


disponibilidade, observadas as seguintes normas:

I – ocorrendo vaga no quadro de pessoal, o aproveitamento terá precedência sobre as


demais formas de provimento;

II – havendo mais de um concorrente a mesma vaga, terá preferencia o de maior tempo


de disponibilidades e, em caso de empate, aplicar-se-ão os critérios de desempate
previstos para a promoção por antiguidades;

III – o aproveitamento far-se-á a pedido ou ofício, respeitada a habilitação profissional;

IV – é vedado o aproveitamento em cargo de remuneração superior a do cargo


anteriormente ocupado;

V – no caso de aproveitamento de oficio, em cargo de remuneração inferior a do


anteriormente ocupado, o servidor terá direito a diferença;

VI – o aproveitamento dependerá da prova de capacidade, mediante inspeção médica


oficial;

VII – provada em inspeção médica oficial a incapacidade definitiva do servidor


convocado para o aproveitamento, será ele aposentado e, para o cálculo do tempo de
serviço, será levado em conta o período de disponibilidade;

VIII – será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o


servidor convocado não entrar em exercício no prazo de trinta dias contados da data da
convocação, salvo caso de doença comprovada em inspeção médica oficial.

SEÇÃO V

DA REINTEGRAÇÃO

Art. 25 – Reintegração e o reingresso do servidor no quadro a que pertencia, com


ressarcimento dos prejuízos, quando invalizada sua demissão por decisão
administrativa ou judicial.
Parágrafo 1º. A reintegração dar-se-á no cargo anteriormente ocupado ou resultante de
sua transformação.

Parágrafo 2º. A reintegração implica a abertura automática de vaga suplementar na


classe que deva ser reintegrado o servidor, a qual será extinta quando ocorrer a
primeira vaga na classe final de carreira.

Parágrafo 3º. Se o cargo tiver sido extinto, o servidor será colocado em disponibilidade,
com vencimentos integrais, se não for possível seu aproveitamento imediato.

Parágrafo 4º. O servidor reintegrado será submetido a exame médico e aposentado


quando incapaz.

SEÇÃO VI

DA RECONDUÇÃO

Art. 26 – Recondução é o retorno do funcionário estável ao cargo anteriormente


ocupado, quando inabilitado em estágio probatório relativo a outro cargo dos quadros
do município.

Parágrafo único. Na recondução observar-se-á o disposto nos parágrafos 2 e 3 do


artigo anterior.

SEÇÃO VII

DA REVERSÃO

Art. 27 – Reversão é o retorno a atividade, se houver vaga a ser provida por


merecimento, do servidor aposentado:

I – por invalidez, quando comprovada por inspeção médica oficial a insubsistência dos
motivos determinantes da aposentadoria;

II – voluntariamente, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.

Parágrafo 1º. A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua


transformação.

Parágrafo 2º. Não poderá reverter o aposentado que contar mais de setenta nos de
idade.
CAPITULO II

DO EXERCÍCIO

Art. 28 – Exercício é o desempenho das atribuições do cargo.

Paragrafo único. O inicio, a interrupção e o reinicio do exercício serão registrados no


assentamento individual do servidor.

Art. 29 – É de trinta dias o prazo para o servidor entrar em exercício, contados da data
de posse ou do ato administrativo de provimento quando dispensada aquela.

Paragrafo único. Será exonerado o servidor que não entrar em exercício nesse prazo.

Art. 30 – A promoção não interrompe o exercício, que é contado no novo


posicionamento da carreira a partir da data da publicação do respectivo ato.

Art. 31 – São considerados como de efetivo exercício os afastamentos em virtude de:

I – concessão de ausência ou abono de faltas, nos termos deste estatuto;

II – exercício de cargo em comissão ou equivalente, ou prestação de assessoramento,


em órgãos ou entidades do município ou de cuja administração o município participe;

III – cedência à órgão ou entidade da estrutura organizacional de outro município, do


estado ou da união;

IV – participação, como instrutor ou treinando, em programa de treinamento


regularmente instituído;

V – desempenho de mandato eletivo municipal, estadual ou federal exceto para


promoção por merecimento;

VI – convocação para o serviço militar;

VII – júri e outros serviços obrigatórios por lei;

VIII – missão ou estudo fora do município, quando autorizado;

IX – licença:

a) a gestante, a adotante e paternidade;


b) para tratamento da própria saúde, até dois anos;
c) para atividade política;
d) para desempenho de mandato classista, exceto para promoção por
merecimento e licença-prêmio;
e) por motivo de acidente de serviço ou doença profissional;
f) premio por assiduidade;
Art. 32 – O ocupante de cargo em provimento efetivo, integrante do sistema de carreira,
fica sujeito a 40 (quarenta) horas semanais de trabalho, salvo quando a lei estabelecer
duração diversa.

Parágrafo 1º. Além do cumprimento desse horário, o ocupante de cargo em comissão


pode ser convocado sempre que houver interesse da administração.

Parágrafo 2º. A pedido do servidor, se houver conveniência, para administração, a


carga horária diária fixada em lei poderá ser reduzida com redução proporcional da
remuneração.

CAPÍTULO III

DA REMOÇÃO E DA REDISTRIBUIÇÃO

SEÇÃO I

DA REMOÇÃO

Art. 33 - Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, com


preenchimento de claro de lotação, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem
mudança de sede.

Parágrafo 1º. Dar-se-á a remoção a pedido, para outra localidade, por motivo de saúde
do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente, condicionada a comprovação por
inspeção médica oficial e claro de lotação.

Parágrafo 2º. A remoção por permuta e processada a vista do pedido subscrito por
ambos os interessados, e será concedida se houver interesse para a administração.

Art. 34 – Haverá em cada poder, autarquia ou fundação uma comissão de remoções


vinculada ao respectivo órgão de pessoal, admitida a constituição de comissões
específicas para casa unidade administrativa.

SEÇÃO II

DA REDISTRIBUIÇÃO

Art. 35 – Redistribuição é a movimentação do servidor com o respectivo cargo, para


quadro de pessoal de outro órgão ou entidade, observado o interesse da administração
e nos termos de lei especifica.
TÍTULO IV

DA VACÂNCIA E DA DISPONIBILIDADE

CAPÍTULO I

DAS FORMAS DE VACANCIA

Art. 36 – São formas de vacância de cargo público:

I – exoneração;

II – demissão;

III – recondução;

IV – aposentadoria;

V – falecimento.

Paragrafo único. A vacância de função de confiança decorrerá de dispensa, a pedido


ou de ofício, aposentadoria ou falecimento.

CAPÍTULO I

DA EXONERAÇÃO

Art. 37 – Dá-se a exoneração:

I – a pedido do servidor;

II – por iniciativa da autoridade competente, quando:

a) não forem satisfeitas as condições do estágio probatório e não couber


recondução;
b) o servidor não entrar em exercício no prazo legal;
c) o servidor tomar posse em outro cargo, emprego ou função pública e não for
permitida a acumulação;
d) tratar-se de servidor investido em cargo em comissão ou função de
confiança.

Art. 38 – A demissão será aplicada como penalidade, nos casos definidos neste
estatuto ou lei complementar.
CAPÍTULO III

DA APOSENTADORIA

Art. 39 – O servidor será aposentado:

I – Por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrente de


acidente de serviço, moléstia profissional, ou doença grave, contagiosa ou incurável, e
proporcionais nos demais casos;

II – compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao


tempo de serviço;

III – voluntariamente;

a) aos trinta e cinco anos de serviço, se homem, e aos trinta, se mulher, com
proventos integrais;
b) aos trinta anos de efetivo exercício em funções de magistério, se professor, e
vinte e cinco, se professora, com proventos integrais;
c) aos trinta anos de serviço, se homem, e aos vinte e cinco, se mulher com
proventos proporcionais ao tempo de serviço;
d) aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e aos sessenta, se mulher,
com proventos proporcionais ao tempo de serviço.
e) o servidor ao aposentar-se deverá ter no mínimo os últimos 5 (cinco) anos de
serviço público prestado ao município de Trombudo Central.

Parágrafo 1º. Para os efeitos do inciso I, consideram-se doenças graves contagiosas


ou incuráveis a tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira
posterior ao ingresso no serviço público, haseniase, cardiopatia grave, doença de
Parkinson, paralisia irreversível e incapacitante, espondiloartrose anquilosante,
nefropatia grave, estados avançados do mal de paget, síndrome da imunodeficiência
adquirida, e outras que a lei indicar, com base na medicina especializada, ou como tal
forem reconhecidas pela previdência social nacional.

Parágrafo 2º. Nos casos de exercício de atividades consideradas penosas, insalubres


ou perigosas a aposentadoria de que trata o inciso III, “A” e “C”, observará o disposto
em lei complementar federal e, na sua falta, pela legislação da previdência social
nacional.

Art. 40 – A aposentadoria compulsória será automática, declarada pela autoridade


competente e com vigência a partir do dia imediato aquele em que o servidor atingir a
idade limite de permanência do serviço ativo.

Art. 41 – A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará a partir da data de


publicação do respectivo ato.

Parágrafo 1º. A aposentadoria por invalidez será precedida por licença para tratamento
de saúde, por período não excedente a vinte e quatro meses.
Parágrafo 2º. Expirado o período da licença e não estando em condições de reassumir
o cargo, o servidor será aposentado.

Parágrafo 3º. O lapso de tempo compreendido entre o término da licença e a


publicação do ato de aposentadoria será considerado como de prorrogação da licença.

CAPÍTULO IV

DA DISPONIBILIDADE

Art. 42 – Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade o servidor estável ficará em


disponibilidade remunerada, com vencimentos integrais.

TÍTULO V

DOS DIREITOS

CAPÍTULO I

DA EFETIVIDADE

Art. 43 – Efetividade é o direito do servidor ao cargo de carreira no qual foi investido


nos termos deste estatuto.

Paragrafo único. A efetividade não impede sejam alteradas, por lei ou resolução da
câmara, as atribuições do cargo, desde que da alteração não resulte:

I – redução da dignidade das atribuições inerentes ao cargo;

II – rebaixamento hierárquico;

III – diminuição de ordem patrimonial;

IV – mudança da natureza das atribuições que foram conferidas originalmente ao


servidor e para as quais teve que se submeter a concurso público específico, que
demonstrasse capacidade profissional ou habilitação para seu desempenho.

CAPÍTULO II

DA ESTABILIDADE

Art. 44 – Estabilidade é o direito de permanência no serviço público municipal do


servidor nomeado para cargo de carreira mediante concurso público, após cumprido o
estágio probatório.
Art. 44 – Estabilidade é o direito de permanência no serviço público municipal do
servidor para cargo de carreira mediante concurso público, após cumprido o estágio
probatório. ALTERADO (Lei Complementar n° 1.337 de 13/12/2002)

Paragrafo único. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial


transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja
assegurado ampla defesa.

Parágrafo único. O servidor público só perderá o cargo em virtude de sentença judicial


transitada em julgado, mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada
ampla defesa ou mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho,
assegurada ampla defesa. ALTERADO (Lei Complementar n° 1.337 de 13/12/2002)

Art. 45 – Estágio probatório é o período de dois anos de exercício no cargo efetivo,


durante o qual serão apurados os seguintes requisitos necessários a confirmação do
servidor no cargo:

I – idoneidade moral;

II – assiduidade;

III – disciplina;

IV – eficiência.

Art. 45 – Estágio probatório é o período de três anos de efetivo exercício, durante o


qual serão apurados os seguintes requisitos necessários a confirmação do servidor no
cargo:

I – qualidade no trabalho;

II – produtividade no trabalho;

III – iniciativa;

IV – presteza;

V – pontualidade;

VI – assiduidade;

VII – administração do tempo;

VIII – uso adequado dos equipamentos de serviços;

IX – aproveitamento em programas de capacitação. ALTERADO (Lei Complementar n°


1.337 de 13/12/2002)

Parágrafo 1º. Estágio probatório obedecerá a procedimento compatível com a natureza


do cargo, definido em regulamento aprovado pela autoridade competente.
Parágrafo 2º. O órgão responsável pelo procedimento de estágio, dentro de dezoito
meses da entrada em exercício do servidor, deverá oferecer relatório circunstanciado
sobre seu desempenho e concluir por sua confirmação ou não no cargo.

Parágrafo 2º. O órgão responsável pelo procedimento de estágio, dentro de trinta e três
meses da entrada em exercício do servidor, obrigatoriamente deverá oferecer relatório
circunstanciado sobre seu desempenho, como condição para a aquisição da
estabilidade. ALTERADO (Lei Complementar n° 1.337 de 13/12/2002)

Parágrafo 3º. Se o relatório for desfavorável ao servidor, a ele será concedido prazo de
dez dias para defender-se.

Parágrafo 3º. Se o relatório for desfavorável ao servidor, a ele será concedido prazo de
quinze dias para defender-se. ALTERADO (Lei Complementar n° 1.337 de 13/12/2002)

Parágrafo 4º. Recebida a defesa, o órgão responsável pelo procedimento de estágio


submeterá a matéria, instruída com parecer final, a autoridade competente para decidir.

CAPÍTULO III

DO TEMPO DE SERVIÇO

Art. 46 – É contado para todos os efeitos o tempo de serviço público prestado ao


município, salvo expressa disposição legal em contrário.

Art. 47 – É contado apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade:

I – o tempo de serviço público prestado à união, aos estados, ao distrito federal e a


outros municípios;

II – o tempo correspondente ao desempenho de mandado eletivo federal, estadual,


distrital ou municipal, anterior ao ingresso no serviço público municipal.

III – o tempo de serviço em atividade privada, vinculada a previdência social, ou não,


desde que devidamente comprovado.

Parágrafo 1º. O tempo de serviço a que se refere o inciso I não poderá ser contado
com quaisquer acréscimos, ou em dobro, salvo se houver disposição correspondente
neste estatuto.

Parágrafo 2º. É contado em dobro para o efeito de aposentadoria:

I – o tempo de licença-prêmio por assiduidade que o servidor não houver gozado;

II – o tempo de serviço prestado as forças armadas em operações de guerra.

Parágrafo 3º. É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado


concomitantemente em mais de um cargo, emprego ou função de órgãos ou entidades
da administração direta, indireta ou fundacional pública federal, estadual, distrital ou
municipal, ou em atividade privada vinculada a previdência social nacional.

Art. 48 – A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos em
anos, considerando o ano com o de trezentos e sessenta e cinco (365) dias.

Paragrafo único. Feita a conversão, os dias restantes, até cento e oitenta e dois (182),
não serão computados, arredondando-se para um ano quando excederem esse
número, para o efeito de aposentadoria.

CAPÍTULO III

DA REMUNERAÇÃO

Art. 49 – Remuneração é a retribuição pecuniária devida mensalmente ao servidor pelo


efetivo exercício do cargo, correspondente ao vencimento acrescido das vantagens
financeiras permanentes ou temporárias, previstas neste estatuto.

Parágrafo 1º. A lei fixará a relação de valores entre a maior e a menos remuneração
dos servidores públicos.

Parágrafo 2º. Nenhum servidor, ativo ou inativo, poderá perceber, mensalmente,


remuneração superior ao que for pago, em espécie, a igual título, ao prefeito.

Parágrafo 3º. A revisão geral da remuneração dos servidores públicos entrará em vigor
sempre na mesma data, qualquer que seja o quadro a que pertençam.

Parágrafo 4º. O maior salário pago não poderá ser superior a 10 (dez) vezes da menor
remuneração paga ao servidor com 40 (quarenta) horas semanais.

Art. 50 – São vencimentos a soma do vencimento e das vantagens financeiras


incorporadas ao patrimônio do servidor, nos termos deste estatuto.

Paragrafo único. Os vencimentos são irredutíveis.

Art. 51 – Vencimento é a retribuição mensal, pelo efetivo exercício do cargo,


correspondente ao padrão, nível ou símbolo fixado em lei ou resolução da câmara.

Art. 52 – São vantagens financeiras:

I – o décimo terceiro vencimento (ou gratificação natalina);

II – o adicional por tempo de serviço;

III – a gratificação pelo exercício de cargo em comissão;

IV – a gratificação pela realização de tarefa especial;

V – a gratificação pelo exercício de função de confiança;


VI – o adicional de produtividade;

VII – o adicional de habilitação;

VIII – a gratificação pelo exercício do magistério;

IX – a gratificação pela ministração de aulas em curso de treinamento ou pelo


desempenho da função de examinador de concurso público ou processo seletivo.

X – o adicional de férias;

XI – o adicional pelo exercício de atividades em condições penosas, insalubres ou


perigosas;

XII – o adicional pela prestação de serviço extraordinário;

XIII – o adicional pela prestação de trabalho noturno.

XIV – salário família a razão de C$ 100,00 (cem cruzeiros), por filho, até atingir a idade
de 14 (quatorze) anos, cujo valor será reajustado de acordo com o reajuste salarial do
servidor.

XIV – o salário família pago ao servidor será equivalente ao valor pago mês a mês ao
do Instituto Nacional de Seguridade Social. ALTERADO (Lei Municipal n° 989 de
11/03/1994)

XV – adicional de sobreaviso. ACRESCENTADO (Lei Complementar n° 1.883 de


09/07/2015).

Art. 53 – Décimo terceiro vencimento (ou gratificação natalina) corresponde a um doze


avos dos vencimentos a que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de
exercício, no respectivo ano.

Parágrafo 1º. A fração igual ou superior a quinze dias será paga como mês integral.

Parágrafo 2º. A vantagem será apaga até o dia vinte do mês de dezembro de cada
ano.

Parágrafo 3º. A vantagem não será considerada para cálculo de qualquer outra
vantagem financeira.

Parágrafo 4º. O servidor exonerado perceberá a vantagem proporcional aos meses de


efetivo exercício, calculada sobre os vencimentos do mês da exoneração.

Art. 54 – O adicional por tempo de serviço é devido a razão de seis por cento a cada
três anos de serviço no município, incidente sobre o vencimento do cargo.

Art. 55 – O servidor nomeado para o cargo em comissão, que optar pela remuneração
do cargo efetivo, perceberá gratificação de 20%, do vencimento do cargo em comissão.
Art. 56 – O servidor nomeado para cargo de confiança e ou cargo que exija a
representação, perceberá gratificação de 30% do vencimento do cargo, arbitrado pela
autoridade competente.

Art. 57 – Ao servidor designado para realizar tarefa especial, poderá ser concedida
gratificação no valor de até 50% do vencimento do cargo, pelo prazo máximo de três
meses, consecutivos ou alternados, em cada ano.

Art. 58 – O adicional de produtividade é devido, nos termos da lei que o instituir, aos
servidores cujas atividades devam ser mensuradas em unidades monetárias de
produção, sempre que convier ao município.

Art. 59 – O adicional de habilitação, comprovada esta pela apresentação de títulos de


escolaridade ou de treinamento específico, será concedida nos termos da lei ou
resolução da Câmara que a instituir.

Art. 60 – Ao ocupante de cargo das carreiras do magistério poderão ser concedidas,


nos termos da lei, gratificações em razão das dificuldades de acesso ao local de
trabalho, pelo desenvolvimento de trabalhos de classe, em razão das peculiaridades da
classe em que leciona ou de atividades especificas realizadas fora de classe.

Art. 61 – A gratificação pela ministração de aulas em curso de treinamento ou pelo


desempenho da função de examinador de concurso público ou processo seletivo será
fixada no ato que designar o servidor e não será inferior a uma vez nem superior a
cinco vezes o menor vencimento pago pelo município.

Art. 62 – Independentemente de solicitação, será pago ao servidor, por ocasião das


férias, adicional de um terço dos vencimentos correspondentes ao período de férias.

Art. 63 – O servidor que realize atividades em condições penosas, insalubres ou


perigosas faz jus a um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo, de 20%.

Parágrafo 1º. Os adicionais não acumuláveis por tipo de atividades, devendo o servidor
optar por um deles.

Parágrafo 2º. O direito ao adicional cessa quando deixar de realizar atividade ou com a
eliminação das condições ou riscos que deram causa a sua concessão.

Art. 64 – O adicional pela prestação de serviço extraordinário será pago por hora de
trabalho que exceda o período normal de expediente, acrescido de 50% da hora
normal de trabalho.

Parágrafo 1º. Valor da hora normal de trabalho será determinado com base nos
vencimentos do servidor.

Parágrafo 2º. Somente será permitido serviço extraordinária para atender a situações
excepcionais e temporárias, conforme dispuser o regulamento do órgão ou entidade
que deva concede-lo.
Art. 65 – O adicional de trabalho noturno, assim entendido o que for prestado no
período de vinte e duas e seis horas, será de 25% dos vencimentos do cargo.

Art. 65-A - O Sobreaviso caracteriza-se pela disponibilidade do Servidor, por um


período de até 48 (quarenta e oito) horas, além da jornada normal de trabalho, para
prestar assistência aos trabalhos normais ou atender a necessidades ocasionais de
operação.

Parágrafo 1º. Considera-se sobreaviso o servidor que permanecer em sua própria


casa, ou de posse de equipamento de comunicação que permita a localização
imediata, para o atendimento de chamado para o serviço.
Parágrafo 2º. Os Servidores cuja atribuição exija a disponibilidade em regime de
sobreaviso serão designados por ato de Chefe do Poder Executivo, fazendo jus ao
recebimento de 30% (trinta por cento) do valor da hora normal de trabalho.
Parágrafo 3º. Em estando em sobreaviso, havendo a necessidade efetiva da realização
de tarefas peculiares à sua função, perceberá como serviço extraordinário as horas de
efetivo serviço, não incidindo sobre esse período o adicional de sobreaviso.
Parágrafo 4º. Estando sob o regime de sobreaviso, o servidor não poderá se afastar do
perímetro urbano do Município, devendo permanecer em locais previamente
comunicados à chefia imediata e que possibilite a localização através da rede de
comunicação disponível.
Parágrafo 5º. O Controle das horas efetivadas a título de sobreaviso e de adicional de
serviço extraordinário será realizado através de controle diário, com a caracterização
detalhada das atividades exercidas no período. ACRESCENTADO (Lei Complementar
n° 1.883 de 09/07/2015)
Art. 66 – O servidor perderá:

I – a remuneração dos dias que faltar ao serviço, salvo justificativa aceita pela chefia
imediata, até o limite de uma falta por mês.

II – a parcela da remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências e saídas


antecipadas, iguais ou superiores a trinta minutos, salvo justificativa aceita pela chefia
imediata.

II – a parcela da remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências e saídas


antecipadas, iguais ou superiores a 05 (cinco) minutos, salvo justificativa aceita pela
chefia imediata; ALTERADO (Lei Complementar nº 2.053 de 23/04/2019)

§ 1º. A frequência do servidor público municipal, será apurada mediante registro de


ponto eletrônico digital, conforme regulamentação a ser baixada pelo Poder Executivo
Municipal. ACRESCENTADO (Lei Complementar nº 2.053 de 23/04/2019)

§ 2º. O registro de frequência de ponto eletrônico, será diário no início, no intervalo


para refeição/descanso e o término da jornada, plantão ou escala de trabalho de
revezamento, bem como nas saídas e entradas durante o seu transcurso, podendo o
ponto eletrônico ser facultativo em circunstâncias excepcionais, mediante emissão de
relatório individual de espelho de Ponto, expressando a apuração dos registros,
ocorrências e justificativas referentes à frequência do servidor, no qual deverá ser
assinado pelo servidor e pela chefia imediata. ACRESCENTADO (Lei Complementar nº
2.053 de 23/04/2019)

III – a remuneração do cargo efetivo se nomeado para cargo em comissão, ressalvado


o direito de opção e o de acumulação permitida.

Art. 67 – Salvo por imposição legal, ou ordem judicial, nenhum desconto incidirá sobre
a remuneração ou provento.

Paragrafo único. Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em folha


de pagamento a favor de terceiros, a critério da administração e com reposição dos
custos, quando significamente onerosos.

Art. 68 – As reposições e indenizações ao município serão descontadas em parcelas


mensais não excedentes a décima parte da remuneração ou provento.

Paragrafo único. A não quitação do débito no prazo previsto implicará sua inscrição em
dívida ativa.

Art. 69 – O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto,


sequestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultante de
homologação ou decisão judicial.

Art. 70 – Incorporam-se ao patrimônio do servidor, passando a integrar seus


vencimentos:

I – a expressão monetária do adicional por tempo de serviço conquistado;

II – a gratificação pelo exercício de cargo em comissão ou função de confiança, na


proporção de um quinto por período de doze meses, consecutivos ou alternados, de
percepção, a partir do sexto ano de exercício, até o limite de cinco quintos;

III – a diferença entre a remuneração do cargo em comissão e a do cargo efetivo,


excluído o adicional por tempo de serviço, nos termos do inciso anterior;

IV – o adicional de produtividade, o adicional de habilitação e as gratificações inerentes


ao exercício do magistério, nos termos da lei e, se for o caso, da resolução da câmara,
que as instituir.

Parágrafo 1º. Se essas vantagens forem extintas, tiverem seu critério de concessão
alterado ou forem incorporadas ao vencimento do cargo em razão de reclassificação ou
adoção de nova política de remuneração, eventuais diferenças permacerão sendo
pagas ao servidor que as houver incorporado a seu patrimônio, como vantagem
pessoal nominalmente identificável, em obediência ao principio da irredutibilidade de
vencimento.

Parágrafo 2º. A vantagem pessoal nominalmente identificável será atualizada


monetariamente pelo índice aplicável ao vencimento sempre que houver revisão geral
da remuneração dos servidores públicos.
CAPÍTULO V

DAS INDENIZAÇÕES, DOS AUXÍLIOS E DOS PRÊMIOS

SEÇÃO I

DAS INDENIZAÇÕES

Art. 71 – O servidor que, por determinação da respectiva chefia, se deslocar da sede


de trabalho, no interesse do serviço, fara jus a:

I – transporte gratuito;

II – diárias a título de indenização das despesas de alimentação e pousada, cujo valor


e critério de concessão serão fixados por ato do chefe de cada poder;

III – indenização das despesas com ligações telefônicas interurbanas e locomoção na


cidade de destino, mediante comprovação.

Parágrafo 1º. Não cabe a concessão de diária quando:

I – o deslocamento do servidor, no território do município, constituir exigência inerente


as atribuições do cargo;

II – o deslocamento for por período inferior a quatro horas.

Parágrafo 2º. Pagar-se-á meio diária quando o descolamento não exigir pernoite da
sede de trabalho.

Art. 72 – Em substituição ao regime de diárias, poderá ser adotado, sempre que


convier aos interesses da administração, em razão da natureza do deslocamento do
servidor, o regime de indenização das despesas com alimentação e pousada, mediante
apresentação dos respectivos comprovantes, até o limite fixado em ato do chefe de
cada poder.

Art. 73 – Tanto no regime de diárias como no de indenização, o servidor tem direito a


adiantamento de numerário antes de iniciado o deslocamento, conforme arbitramento
feito pela respectiva chefia, promovendo-se a tomada de contas, para restituição ou
pagamento de eventuais diferenças, até cinco dias após o retorno.

Parágrafo único. Se o deslocamento não se realizar, por qualquer motivo, o numerário


correspondente ao adiantamento será restituído dentro de setenta e duas horas.

Art. 74 – Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que realizar despesas


com a utilização de meio próprio de locomoção para a execução de serviços externos,
por força das atribuições do cargo, a razão de 30% (trinta por cento) sobre o valor do
litro de gasolina por quilometro rodado.
Art. 75 – Nos casos em que a remoção de oficio implicar mudança de residência,
correrão por conta da administração as despesas com o transporte do servidor, de sua
família, de um empregado doméstico e dos respectivos bens.

Art. 76 – As despesas do servidor convocado para participar de cursos e treinamento


serão suportadas pelo município, podendo ser adotado o regime de diárias, o de
indenização ou de concessão de ajuda de custo arbitrada pelo chefe de cada poder,
quando a alimentação ou a hospedagem não forem proporcionadas diretamente pelo
poder público.

SEÇÃO II

DOS AUXÍLIOS

Art. 77 –REVOGADO O servidor licenciado para tratar de sua própria saúde, a cada
doze meses ininterruptos de afastamento, fara jus a auxílio de valor igual ao do
vencimento do cargo efetivo. (Lei Municipal n° 989 de 11/03/1994)

Art. 78 – Ao servidor que tiver a atribuição de pagar e receber em moeda corrente será
concedido, enquanto exerce-la, auxílio no valor de 5% (cinco por cento) do seu
vencimento a título de compensação por diferença de caixa.

SEÇÃO III

DOS PRÊMIOS

Art. 79 – Ao servidor que elaborar trabalho técnico, cientifico ou considerado de


especial relevância, que venha a ser aproveitado pelo município e não seja resultado
do exercício do cargo, e facultada a concessão de prêmio, arbitrado pela autoridade
competente, cujo valor não será superior a duas vezes o vencimento do cargo.

CAPÍTULO VI

DAS LICENÇAS

SEÇÃO I

DISPOSIÇÃO GERAL

Art. 80 – São modalidades de licença:


I – para tratamento de saúde, de doença profissional ou por acidente em serviço;

II – por motivo de doença em pessoal da família;

III – para repouso a gestante, a adotante e paternidade;

IV – por motivo de afastamento de cônjuge ou companheiro;

V – para serviço militar obrigatório;

VI – para atividade política e desempenho de atividade classista;

VII – premio por assiduidade;

VIII – para tratar de interesses particulares.

Parágrafo 1º. São competentes para a concessão de licença a autoridade superior de


cada poder, autarquia ou fundação, admitida a delegação de competência.

Parágrafo 2º. As licenças previstas nos incisos IV e VIII não se aplicam ao servidor cujo
vinculo com o município decorra apenas do exercício de cargo em comissão.

SEÇÃO II

DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE, DOENÇA PROFISSIONAL OU POR


ACIDENTE EM SERVIÇO

Art. 81 – Será concedida ao servidor, a pedido ou de ofício, pelo prazo indicado no


atestado ou laudo médico, licença com vencimentos integrais, para tratamento de
saúde, de doença profissional ou por acidente em serviço.

Parágrafo 1º. Findo o prazo da licença, o servidor será submetido a nova inspeção
médica, que concluirá pela volta ao serviço, pela prorrogação da licença ou pela
aposentadoria.

Parágrafo 2º. No curso da licença, o servidor pode requerer exame médico, caso se
julgue em condições de retornar ao exercício do cargo.

Parágrafo 3º. Considerado apto em exame médico, o servidor reassumirá exercício do


cargo, sob pena de serem anotadas como faltas injustificadas os dias de ausência.

Parágrafo 4º. Sempre que necessário a inspeção médica será realizadas residência do
servidor ou no local em que se encontre por determinação médica.

Art. 82 – O servidor, que recusar submeter-se a inspeção médica determinada pela


autoridade competente, ficará afastado do cargo, com perda integral da remuneração,
enquanto perdurar a recusa.
Parágrafo único. Se a recusa perdurar por mais de trinta dias, será instaurado processo
disciplinar para a apuração de responsabilidade.

Art. 83 – Considera-se doença profissional a que decorrer das condições do serviço ou


de fatos nele ocorridos, devendo o laudo médico estabelecer-lhe rigorosa
caracterização e nexo de causalidade.

Art. 84 – Considera-se acidente em serviço o dano físico ou mental sofrido pelo


servidor, que tiver como causa, mediata ou imediata, o exercício das atribuições do
cargo.

Parágrafo 1º. Equipara-se ao acidente em serviço o dano:

I – decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servidor no exercício das


atribuições do cargo;

II – sofrido no percurso da residência para o local de trabalho e vice-versa.

Parágrafo 2º. A prova do acidente será feito no prazo de dez dias, mediante processo.

SEÇÃO III

DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍLIA

Art. 85 – Pode ser concedida licença ao servidor, por motivo de doença de cônjuge ou
companheiro, padrasto ou madrasta, ascendente ou descendente, enteado ou colateral
consanguíneo ou afim até o segundo grau civil, mediante comprovação médica e da
circunstancia de ser indispensável sua assistência direta que não possa ser prestada
simultaneamente com o desempenho das atribuições do cargo.

Parágrafo único. A licença será concedida com vencimentos integrais, por até noventa
dias.

Parágrafo único. A licença será concedida com vencimentos integrais, por até 30
(trinta) dias. (Lei Municipal n° 989 de 11/03/1994)

SEÇÃO IV

DA LICENÇA A GESTANTE, ADOTANTE E PATERNIDADE

Art. 86 – Será concedida licença a servidora gestante, por cento e vinte dias
consecutivos, sem prejuízo dos vencimentos.
Art. 86 – Será concedida licença maternidade a servidora pública municipal por 120
(cento e vinte) dias consecutivos, e prorroga por 60 (sessenta) dias, sem prejuízo dos
vencimentos. ALTERADO (Lei Complementar n° 1.765 de 09/04/2013)

Parágrafo 1º. A licença poderá ter inicio a partir do oitavo mês de gestação, salvo
antecipação por prescrição médica.

Parágrafo 2º. No caso de natimorto ou aborto não criminoso, dar-se licença para
tratamento de saúde.

Parágrafo 3º. Adere ao Programa Empresa Cidadã, que prorroga por 60 (sessenta)
dias a duração da licença maternidade prevista no inciso XVIII do caput do art. 7º da
Constituição Federal; ACRESCENTA (Lei Complementar n° 1.765 de 09/04/2013)

Parágrafo 4º. A prorrogação será garantida a empregada da pessoa jurídica que aderir
ao Programa, desde que a empregada a requeira até o final do primeiro mês após o
parto, e concedida imediatamente após a fruição da licença maternidade de que trata o
inciso XVIII do caput do art. 7º da Constituição Federal; ACRESCENTA (Lei
Complementar n° 1.765 de 09/04/2013)

Parágrafo 5º. A prorrogação será garantida na mesma proporção, também a


empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança;
ACRESCENTA (Lei Complementar n° 1.765 de 09/04/2013)

Parágrafo 6º. Durante o período de prorrogação de licença maternidade, a empregada


terá direito a sua remuneração integral, nos mesmos moldes devidos no período de
percepção do salário maternidade pago pelo regime geral de previdência social;
ACRESCENTA (Lei Complementar n° 1.765 de 09/04/2013)

Parágrafo 7º. No período de prorrogação de licença maternidade de que trata esta lei, a
empregada não poderá exercer qualquer atividade remunerada e a criança não poderá
ser mantida em creche ou organização similar; ACRESCENTA (Lei Complementar n°
1.765 de 09/04/2013)

Parágrafo 8º. Em caso de descumprimento do disposto no parágrafo 7º, a empregada


perderá o direito a prorrogação. ACRESCENTA (Lei Complementar n° 1.765 de
09/04/2013)

Art. 87 – Para amamentar o próprio filho, até seis meses de idade, a servidora lactante
terá direito, durante a jornada de trabalho, a uma hora de descanso, que poderá ser
parcelada em dois períodos de meia hora.

Art. 88 – A servidora que adotar ou obtiver a guarda judicial de criança com idade de
zero a seis anos, para ajustá-lo ao novo lar, tem direito a noventa dias de licença com
vencimentos integrais.

Art. 89 – É assegurada ao servidor licença de cinco dias, sem perda de vencimentos, a


contar do dia do nascimento do filho seu.
SEÇÃO V

DE LICENÇA POR MOTIVO DE AFASTAMENTO DE CONJUGE OU COMPANHEIRO

Art. 90 – O servidor cujo cônjuge ou companheiro for também servidor da


administração direta, autarquia ou fundação pública terá licença, sem remuneração,
para acompanha-lo quando passar a ter exercício em outro município.

SEÇÃO VI

DA LICENÇA PARA SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO

Art. 91 – Ao servidor que for convocado para serviço militar obrigatório será concedida
licença com vencimentos, descontada mensalmente a importância que receber na
qualidade de incorporado, salvo se optar pelas vantagens do serviço miliar.

Parágrafo 1º. Licença será concedida a vista de documento oficial que prove a
incorporação.

Parágrafo 2º. O servidor desincorporado reassumirá o cargo no prazo de trinta dias.

SEÇÃO VII

DA LICENÇA PARA ATIVIDADE POLÍTICA OU CLASSISTA

Art. 92 – O servidor tem direito a licença, sem remuneração, durante o período que
mediar entre a desincompatibilização do cargo, determinada por lei, ou sua escolha em
convenção partidária, para concorrer a cargo eletivo, e o dia do registro de sua
candidatura perante a justiça eleitoral.

Parágrafo único. A partir do registro da candidatura a até o décimo quinto dia seguinte
ao da eleição, o servidor estável fará jus a licença com vencimentos integrais, como se
em efetivo exercício estivesse.

Art. 93 – É assegurada licença, com remuneração, ao servidor eleito presidente de


entidade de classe ou sindicato representativo da categoria.

SEÇÃO VIII

DA LICENÇA-PRÊMIO POR ASSIDUIDADE


Art. 94 – Após cada quinquênio ininterrupto de exercício, o servidor faz jus a três
meses de licença, a título de prêmio por assiduidade, com os vencimentos do cargo
efetivo.

Parágrafo 1º. Se for do interesse do servidor, a licença-prêmio de gozada


parceladamente, desde que haja aquiescência da administração.

Parágrafo 2º. Na mesma repartição, não poderão gozar licença-prêmio,


simultaneamente, servidores em número superior a sexta parte do respectivo quadro
de lotação e, se o número for inferior a seis, somente um deles poderá entrar em gozo
da licença.

Parágrafo 3º. Tem preferencia para o gozo da licença-prêmio quem a requerer em


primeiro lugar, ou quando requerido ao mesmo tempo, o que tenha mais tempo no
serviço público no município.

Parágrafo 4º. Considera-se deferida, nos termos em que se solicitada licença-prêmio


não despachada pela autoridade competente no prazo de trinta dias.

Parágrafo 5º. O servidor tem o direito a conversão da licença-prêmio em dinheiro, total


ou parcialmente, na proporção de um mês por ano ou integralmente, por ocasião de
aposentadoria.

Parágrafo 5º. O servidor tem direito a conversão da Licença Prêmio em dinheiro, total
ou parcialmente, na proporção de um mês por ano, ou integralmente por ocasião de
aposentadoria ou falecimento. ALTERADO (Lei Complementar n° 1.704 de 20/12/2011)

Art. 95 – Não se concederá licença-prêmio ao servidor que no período aquisitivo:

I – sofrer penalidade disciplinar de suspensão;

II – afastar-se do cargo em virtude de:

a) licença para tratamento de pessoa da família, sem remuneração;


b) licença para tratamento de assuntos particulares;
c) licença para desempenho de atividades classista;
d) licença por afastamento do cônjuge ou companheiro;
e) condenação a pena privativa da liberdade, por sentença definitiva.

Parágrafo único. As faltas injustificadas ao serviço retardarão a concessão da licença-


prêmio na proporção de um mês para cada falta.

Art. 96 – O tempo de licença-prêmio não gozada será contado em dobro para o efeito
de aposentadoria.

SEÇÃO IX

DA LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES PARTICULARES


Art. 97 – A critério da administração, poderá ser concedida licença ao servidor estável,
para tratar de interesses particulares, pelo prazo de até dois anos consecutivos, sem
remuneração.

Art. 97 – A critério da administração, poderá ser concedida licença ao servidor estável,


para tratar de interesses particulares, pelo prazo de até dois anos consecutivos, sem
remuneração, prorrogável uma única vez por igual período. ALTERADO (Lei
Complementar n° 1.546 de 29/04/2008)

Parágrafo 1º. A licença poderá ser interrompida a qualquer tempo, a pedido do servidor
ou no interesse do serviço.

Parágrafo 2º. Não se concederá a licença:

I – antes de decorrido dois anos do término da anterior; ALTERADO (Lei


Complementar n° 1.546 de 29/04/2008)

I – antes de decorrido dois anos de efetivo exercício após o término da licença anterior,
concedida nos termos do presente artigo;

II – ao servidor nomeado, removido ou redistribuído, antes de completar dois anos de


exercício. ALTERADO (Lei Complementar n° 1.546 de 29/04/2008)

II – ao servidor nomeado, removido ou redistribuído, antes de completar três anos de


exercício.

CAPÍTULO VII

DAS CONCESSÕES

Art. 98 – Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço:

I – por um dia, para doação de sangue;

II – até dois dias, para se alistar como eleitor;

III – até cinco dias, por motivo de:

a) seu casamento;
b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos,
enteados ou adotados e irmãos.

CAPÍTULO VIII

DO DIREITO DE PETIÇÃO
Art. 99 – Em defesa de direito ou de interesse legitimo, e assegurado ao servidor
requerer, pedir reconsideração e recorrer na esfera administrativa, observadas as
seguintes normas:

I – a petição, dirigida a autoridade competente para decidir, será encaminhada por


intermédio do superior hierárquico imediato, que, se for o caso, a despachará no prazo
de cinco dias.

II – o prazo para decisão, qualquer que seja a instância, é de trinta dias, ressalvadas a
necessidade de diligência ou parecer especializado, caso em que o prazo será de
noventa dias;

III – só cabe pedido de reconsideração a autoridade que deva decidir em última


instância;

IV – cabe recurso para a autoridade imediatamente superior a que expediu o ato ou


decidiu em primeira instância;

V – nenhum recurso ou pedido de reconsideração pode ser dirigido a mesma


autoridade por mais de uma vez;

VI – os requerimentos, recursos e pedidos de reconsideração não tem efeito


suspensivo;

VII – o direito de requerer prescreve:

a) em cinco anos, quanto ais atos de demissão, cassação de aposentadoria e de


disponibilidade ou que afetem o interesse patrimonial a créditos resultantes da
relação de trabalho;
b) em um ano, nos demais casos;

VIII – o prazo para recorrer ou pedir reconsideração é de trinta dias, contados da data
da publicação da decisão ou da em que o servidor for cientificado pessoalmente;

IX – o pedido de reconsideração e o recurso interrompem o prazo de prescrição.

Parágrafo 1º. Para o exercício do direito de petição, e assegurada vista do processo ou


do documento, na repartição, ao servidor ou ao procurador por ele constituído, bem
como cópia das peças em que tenha interesse a sua defesa.

Parágrafo 2º. A administração deve rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados
de ilegalidades ou inconstitucionalidade.

CAPÍTULO IX

DAS FÉRIAS

Art. 100 – O servidor tem direito, anualmente, a trinta dias de férias.


Parágrafo 1º. Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze)
meses de exercício.

Parágrafo 2º. É vedado levar a conta de férias qualquer falta ao serviço.

Parágrafo 3º. É facultado ao servidor converter 1/3 (um terço) das férias em abono
pecuniário, desde que o requeira com pelo menos 30 (trinta) dias de seu inicio.

Parágrafo 4º. As férias só poderão ser interrompidas por motivo de calamidade publica,
convocação para serviço oficial obrigatório, ou por motivo de superior interesse público,
caso em que os dias restantes serão gozados pelo dobro, tão logo cessado o período
de convocação.

TÍTULO VI

DO REGIME DISCIPLINAR

Art. 101 – São deveres do servidor:

I – exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;

II – lealdade às instituições a que servir;

III – observância das normas legais e regulamentares;

IV – cumprimento as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;

V – atender com presteza:

a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as


protegidas por sigilo;
b) a expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de
situações de interesse pessoal;
c) às requisições para defesa da fazenda pública.

VI – levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver


ciência em razão do cargo;

VII – zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público;

VIII – guardar sigilo sobre assuntos de repartição;

IX – manter conduta compatível com a moralidade administrativa;

X – ser assíduo e pontual ao serviço;


XI – tratar com urbanidade as pessoas;

XII – representar contra a ilegalidade ou abuso de poder.

Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será encaminhada ela via
hierárquica e obrigatoriamente apreciada pela autoridade superior aquela contra a qual
é formulada.

CAPÍTULO II

DAS PROIBIÇÕES

Art. 102 – Ao servidor público e proibido:

I – ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe


imediato;

II – retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou


objeto da repartição;

III – recursar fé a documento público;

IV – opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou


execução de serviço;

V – promover manifestações de apreço ou desapreço no recinto da repartição;

VI – referir-se de modo depreciativo ou desrespeitoso as autoridades públicas ou aos


atos do poder público, mediante manifestação escrita ou oral;

VII – cometer à pessoa estranha a repartição, fora dos previstos em lei, o desempenho
de encargo que seja de sua competência ou de seu subordinado;

VIII – compelir ou aliciar outro servidor no sentido de filiação à associação profissional


ou sindical, ou partido político;

IX – valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da


dignidade da função pública;

X – participar de gerência ou administração de empresa privada, de sociedade civil, ou


exercer comércio e nessa qualidade, transacionar com o município;

XI – atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quanto


se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau;

XII – receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão


de suas atribuições;

XIII – aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro, sem licença da


autoridade competente;
XIV – praticar usura sob qualquer de suas formas;

XV – proceder de forma desidiosa;

XVI – cometer a outro servidor atribuições estranhas as do cargo que ocupa, exceto em
situações de emergência e transitórias;

XVII – utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades


particulares;

XVIII – exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo
e com o horário de trabalho.

Parágrafo único. É lícito ao servidor criticar atos do poder público do ponto de vista
doutrinário ou da organização do serviço, em trabalho assinado.

CAPÍTULO III

DA ACUMULAÇÃO

Art. 103 – Ressalvados os casos previstos na constituição federal, é proibida a


acumulação remunerada de cargos, empregos e funções na administração direta,
autarquia, empresas públicas, sociedades de economia mista ou fundações mantidas
pelo poder público, da união, estados, distrito federal e municípios.

Parágrafo único. A acumulação de cargos, ainda que permitida, fica condicionada a


comprovação da compatibilidade de horários.

CAPÍTULO IV

DAS RESPONSABILIDADES

Art. 104 – O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício


irregular de suas atribuições.

Parágrafo 1º. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou


culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros, observado o seguinte:

I – a indenização de prejuízo causado ao erário poderá ser liquidada na forma prevista


no art. 68;

II – tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a fazenda


pública, em ação regressiva;
III – a obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será
executada, até o limite do valor da herança recebida, decorrente do ilícito.

Parágrafo 2º. A responsabilidade penal abrange os crimes e convenções imputados ao


servidor, nessa qualidade.

Parágrafo 3º. A responsabilidade administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo


no desempenho do cargo ou função.

Parágrafo 4º. As sanções cíveis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo


independentes entre si.

Parágrafo 5º. A responsabilidade civil ou administrativa do servidor, será afastada no


caso de absolvição que negue a existência do fato ou a sua autoria.

CAPÍTULO V

DAS PENALIDADES

Art. 105 – São penalidades disciplinares:

I – advertência;

II – suspensão;

III – demissão;

IV – cassação de aposentadoria ou disponibilidade.

Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento


legal e a causa da sanção disciplinar.

Art. 106 – Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade


da infração, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstancias
agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.

Parágrafo 1º. São circunstâncias agravantes da pena:

I – a premeditação;

II – a reincidência;

III – o conluio;

IV – a continuação;

V – o cometimento do ilícito:
a) mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte o processo disciplinar;
b) com abuso de autoridade;
c) durante o cumprimento da pena;
d) em público.

Parágrafo 2º. São circunstância atenuantes da pena:

I – haver sido mínima a cooperação do servidor no cometimento da infração;

II – ter o agente:

a) procurado, espontaneamente e com eficiência, logo após o cometimento da


infração, evitar-lhe ou minorar-lhe os efeitos;
b) cometido a infração sob coação de superior hierárquico a que não podia resistir,
ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto de terceiro;
c) confessado espontaneamente a autoria da infração ignorada ou imputada a
outrem.

Art. 107 – A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição
constante do art. 102, incisos I ao VIII, e de inobservância de dever funcional previsto
em lei, regulamento ou norma interna.

Art. 108 – A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com
advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a
penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias.

Parágrafo único. Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de


suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por
dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em
serviço.

Art. 109 – As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros


cancelados após o decurso de três e cinco anos de efetivo exercício, respectivamente,
se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.

Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos retroativos.

Art. 110 – A demissão será aplicada nos seguintes casos:

I – crime contra a administração pública;

II – abandono de cargo;

III – inassiduidade habitual;

IV – improbidade administrativa;

V – incontinência pública e conduta escandalosa;

VI – insubordinação grave em serviço;


VII – ofensa física, em serviço, a servidor ou particular, salvo em legitima defesa
própria ou de outrem;

VIII – aplicação irregular de dinheiro público;

IX – revelação de segredo apropriado em razão do cargo;

X – lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio municipal;

XI – corrupção

XII – acumulação proibida de cargos, empregos ou funções públicas;

XIII – transgressão do art. 102, incisos IX a XVI.

Parágrafo 1º. Configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao


serviço, por mais de trinta dias consecutivos.

Parágrafo 2º. Configura inassiduidade habitual a falta ao serviço sem causa justificada,
por 60 (sessenta) dias, interpoladamente, durante o período de 12 (doze) meses.

Parágrafo 3º. A acumulação proibida:

I – se comprovada boa-fé, acarreta a demissão de um dos cargos, emprego ou função,


dando-se ao servidor o prazo de 15 (quinze) dias para optar por um deles;

II – se comprovada má-fé, acarreta a demissão de ambos os cargos, empregos ou


funções e o servidor é obrigado a devolver o que houver recebido dos cofres públicos
municipais.

Parágrafo 4º. A pena de demissão implica:

I – automaticamente, a vacância do cargo efetivo, quando decorrente de infração


cometida pelo servidor no exercício de cargo em comissão ou função de confiança;

II – a impossibilidade do reingresso no serviço público municipal:

a) nos 15 (quinze) anos seguintes ao de sua aplicação, nos casos dos incisos I, IV,
VIII, X e XI;
b) nos 5 (cinco) anos seguintes ao de sua aplicação, nos demais casos.

III – a indisponibilidade dos bens do servidor e o ressarcimento ao erário, sem prejuízo


da ação penal cabível, nos casos dos incisos IV, VIII e X.

Art. 111 – Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver


praticado, na atividade, falta punível com demissão.

Art. 112 – São competentes para a aplicação de penalidades:

I – quaisquer que sejam elas, o prefeito, o presidente da câmara, ou a autoridade


superior de autarquia ou fundação;
II – as de repreensão e suspensão até 30 (trinta) dias, a autoridade indicada nos
regimentos e regulamentos de cada poder, autarquia ou fundação.

Art. 113 – A ação disciplinar prescreverá:

I – em 5 (cinco) anos, quanto as infrações puníveis com demissão, cassação de


disponibilidade ou aposentadoria;

II – em 2 (dois) anos, quanto a suspensão;

III – em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à repreensão.

Parágrafo 1º. O prazo de prescrição começa a correr da data em que o ilícito foi
praticado.

Parágrafo 2º. Os prazos de prescrição previstos em lei penal aplicam-se as infrações


disciplinares capituladas também como crime.

Parágrafo 3º. A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar


interrompe a prescrição.

Parágrafo 4º. Interrompido o curso da prescrição, este recomeçará a correr, pelo prazo
restante, a partir do dia em que cessar a interrupção.

TÍTULO VII

DA APURAÇAO DE RESPONSABILIDADE

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 114 – A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público e obrigada
a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo
disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa.

Art. 115 – As denuncias sobre irregularidade serão objeto de apuração, desde que
contenham a identificação e o endereço do denunciante e sejam formuladas por
escrito, confirmada a autenticidade.

Parágrafo único. Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou
ilícito penal, a denúncia será arquivada, por falta de objeto.

Art. 116 – Da sindicância instaurada pela autoridade poderá resultar:

I – arquivamento do processo;
II – aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até 30 (trinta) dias;

III – abertura de processo administrativo disciplinar.

Art. 117 – Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de
penalidade de suspensão por mais de 30 (trinta) dias de demissão, cassação de
aposentadoria ou disponibilidade, ou demissão de cargo em comissão ou função de
confiança será obrigatória a instauração de processo disciplinar.

CAPÍTULO II

DO AFASTAMENTO PREVENTIVO

Art. 118 – Como medida cautelar e a afim de que o servidor não venha a influir na
apuração da irregularidade, a autoridade instauradora do inquérito, sempre que julgar
necessário, poderá ordenar o seu afastamento do cargo, pelo prazo de até 60
(sessenta) dias, sem prejuízo dos vencimentos.

Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual
cessarão os efeitos, ainda que não concluído o processo.

CAPÍTULO III

DO PROCESSO DISCIPLINAR

Art. 119 – O processo disciplinar e o instrumento destinado a apurar responsabilidade


de servidor por infração praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha
relação mediata com as atribuições do cargo em que se encontre investido.

Art. 120 – O processo disciplinar será conduzido por uma comissão de inquérito,
composta de 3 (três) servidores estáveis, designados pela autoridade competente, que
indicará, dentre eles, o seu presidente.

Parágrafo 1º. A comissão terá como secretário o servidor designado pelo seu
presidente, podendo a designação recair em um de seus membros.

Parágrafo 1º. Não poderá participar de comissão de sindicância ou de inquérito perante


o acusado, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau.

Art. 121 – A comissão de inquérito exercerá sua atividades com independência e


imparcialidade assegurado o sigilo necessário a elucidação do fato ou exigido pelo
interesse da administração.
Art. 122 – O processo disciplinar inicia-se com a publicação do ato que constituir a
comissão e compreenderá:

I – inquérito administrativo;

II – julgamento do feito.

SEÇÃO I

DO INQUÉRITO

Art. 123 – O inquérito administrativo será contraditório, assegurada ao acusado ampla


defesa, com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito.

Art. 124 – O relatório da sindicância integrará o inquérito administrativo, com peça


informativa da instrução do processo.

Parágrafo único. Na hipótese de o relatório da sindicância concluir pela prática de


crime, a autoridade competente oficiará autoridade policial, par abertura do inquérito,
independentemente da imediata instauração do processo disciplinar.

Art. 125 – O prazo para a conclusão do inquérito não excederá 60 (sessenta) dias,
contados, da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida sua
prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem.

Parágrafo 1º. Sempre que necessário, a comissão dedicará tempo geral a seus
trabalhos, ficando seus membros dispensados do ponto, até a entrega do relatório final.

Parágrafo 2º. As reuniões da comissão serão registradas em atas deverão detalhar as


deliberações adotadas.

Art. 126 – Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada de depoimentos,


acareações, investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova,
recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa
elucidação dos fatos.

Art. 127 – É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo,


pessoalmente ou intermédio de procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir
provas e contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de prova pericial.

Parágrafo 1º. O presidente da comissão poderá denegar pedidos considerados


impertinentes, meramente proletários ou de nenhum interesse para o esclarecimento
dos fatos.

Parágrafo 2º. Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do


fato independer de conhecimento especial de perito.
Art. 128 – As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado expedido pelo
presidente da comissão, devendo a segunda via, com o ciente do interessado, ser
anexada aos autos.

Parágrafo único. Se a testemunha for servidor público, a expedição do mandado será


imediatamente comunicada ao chefe da repartição onde serve, com indicação do dia e
hora marcados para a inquirição.

Art. 129 – O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito
a testemunha traze-lo por escrito.

Parágrafo 1º. As testemunhas serão inquiridas separadamente;

Parágrafo 2º. Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se infirmem, proceder-


se-á a acareação entre os depoentes.

Art. 130 – Concluída a inquirição das testemunhas, a comissão promoverá o


interrogatório do acusado, observados os procedimentos previstos nos artigos 128 e
129.

Parágrafo 1º. No caso de mais de um acusado, cada um deles será ouvido


separadamente, e sempre que divergirem em suas declarações sobre fatos ou
circunstancias, será promovida a acareação entre eles.

Parágrafo 2º. O procurador do acusado poderá assistir ao interrogatório, bem como a


inquirição das testemunhas, sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas,
facultando-se lhe, porém, reinquiri-las, por intermédio do presidente da comissão.

Art. 131 – Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, a comissão
proporá a autoridade competente que ele seja submetido a inspeção médica oficial, da
qual participe pelo menos um psiquiatra.

Parágrafo único. O incidente de sanidade mental será processado em auto apartado e


apenso ao processo principal, após a expedição do laudo pericial.

Art. 132 – Tipificada a infração disciplinar, será elaborada a perca de instrução do


processo, com a indiciação do servidor.

Parágrafo 1º. O indiciado será citado por mandado expedido pelo presidente da
comissão para apresentar defesa escrita, no prazo de ____ dias, assegurando-se lhe
vista do processo na repartição.

Parágrafo 2º. Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum de 20 (vinte) dias.

Parágrafo 3º. O prazo de defesa pode ser prorrogado pelo dobro, para diligências
reputadas indispensáveis.

Parágrafo 4º. No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia da citação, no


prazo para defesa contar-se-á da data declarada em termo próprio, pelo membro da
comissão que fez a citação.
Parágrafo 5º. O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar a
comissão o lugar onde poderá ser encontrado.

Art. 133 – achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital,
publicado no diário oficial da união e em jornal de grande circulação na localidade do
último domicilio conhecido, para apresentar defesa.

Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o prazo para defesa é de 15 (quinze) dias,
contados da publicação do edital.

Art. 134 – Considerar-se à revel o indiciado que, regularmente citado, não apresentar
defesa no prazo legal.

Parágrafo 1º. A revelia será declarada por termo nos autos do processo e devolverá o
prazo para defesa.

Parágrafo 2º. Para defender o indiciado revel, a autoridade instauradora do processo


designará um defensor dativo.

Art. 135 – Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório minucioso, onde resumirá
as peças principais dos autos e mencionará as provas em que se baseou para formar a
sua convicção.

Parágrafo 1º. O relatório será sempre conclusivo quanto a inocência ou a


responsabilidade do servidor.

Parágrafo 2º. Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissão indicará o


dispositivo legal ou regulamentar transgredido, bem como as circunstâncias agravantes
ou atenuantes.

Art. 136 – O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido a


autoridade que determinou a sua instauração para julgamento.

SEÇÃO II

DO JULGAMENTO

Art. 137 – No prazo de 60 (sessenta) dias, contados do recebimento do processo, a


autoridade julgadora proferirá a sua decisão.

Parágrafo 1º. Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada do autor da instauradora


do processo, este será encaminhado a autoridade competente, que decidirá em igual
prazo.

Parágrafo 2º. Havendo mais de um indiciado a diversidade de sanções, julgamento


caberá à autoridade competente para a imposição da pena grave.
Art. 138 – O julgamento acatará o relatório da comissão de inquérito, salvo quando
contrárias às provas dos autos.

Parágrafo único. Quando o relatório da comissão contrariar as provas dos autos, a


autoridade julgadora poderá, motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-
la, ou isentar o servidor de responsabilidade.

Art. 139 – Verificada a existência de vicio insanável, a autoridade julgadora declarará a


nulidade total ou parcial do processo e ordenará a constituição de outra comissão, para
instauração de novo processo.

Parágrafo único. O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade do processo.

Art. 140 – Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora determinará o


registro do fato nos assentamentos individuais do servidor.

Art. 141 – Quando a infração estiver capitulada como crime, o processo disciplinar será
remetido ao ministério público para instauração da ação penal, ficando translado na
repartição.

Art. 142 – O servidor que responde a processo disciplinar só poderá ser exonerado, a
pedido, do cargo, ou função, ou aposentado voluntariamente após a conclusão do
processo e o cumprimento da penalidade, acaso aplicada.

SEÇÃO III

DA REVISÃO DO PROCESSO

Art. 143 – O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de
oficio, quando se aduzirem fatos novos ou circunstancias suscetíveis de justificar a
inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada.

Parágrafo 1º. Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor,


qualquer pessoa da família poderá requerer a revisão do processo.

Parágrafo 2º. No caso da incapacidade mental do servidor, a revisão será requerida


pelo respectivo curador.

Art. 144 – No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente.

Art. 145 – A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para
a revisão que requer elementos novos, ainda não apreciados no processo originário.

Art. 146 – O requerimento de revisão do processo será dirigido ao prefeito, presidente


da câmara ou a autoridade superior da autarquia da fundação.

Parágrafo único. Recebida a petição, o dirigente do órgão ou entidade providenciará a


constituição de comissão, na forma prevista no artigo 120 deste estatuto.

Art. 147 – A revisão ocorrerá em apenso ao processo originário.


Parágrafo único. Na petição inicial, o requerente pedirá dia e hora para a produção de
provas e inquirição das testemunhas que arrolar.

Art. 148 – A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias para a conclusão dos trabalhos,
prorrogável por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem.

Art. 149 – Aplicam-se aos trabalhos da comissão revisora, no que couber, as normas e
procedimentos próprios de comissão de inquérito.

Art. 150 – O julgamento caberá ao prefeito, presidente da câmara ou autoridade


superior de autarquia ou fundação.

Parágrafo 1º. O prazo para julgamento será de até 60 (sessenta) dias, contados do
recebimento do processo, no curso do qual a autoridade julgadora poderá determinar
diligências.

Parágrafo 2º. Concluídas as diligências, será renovado o prazo para julgamento.

Art. 151 – Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito à penalidade
aplicada, restabelecendo-se todos os direitos atingidos, exceto em relação a demissão
de cargo em comissão, ocupado por servidor não estável ou efetivo, hipótese em que
ocorrerá apenas a conversão da penalidade em exoneração.

Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento de


penalidade.

TÍTULO VIII

DA PROVIDÊNCIA E DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

Art. 152 – O município instituirá plano de previdência e assistência social para os


servidores submetidos ao regime deste estatuto e seus dependentes, que devera
contemplar os seguintes benefícios mínimos:

I – quanto ao servidor:

a) auxílio-natalidade;
b) salário-família;

II – quanto aos dependentes:

a) pensão temporária ou vitalícia;


b) pecúlio;
c) auxílio-funeral;
d) auxílio-reclusão.

III – quanto aos servidores e seus dependentes:


a) assistência a saúde;
b) auxílio-reclusão.

Parágrafo único. Os benefícios do plano serão concedidos nos termos e condições


definidos em lei específica.

Art. 153 – O plano de previdência e assistência social será custeado pelo poder público
e com o produto de arrecadação de contribuições sociais dos servidores.

Parágrafo único. A contribuição do servidor poderá ser diferenciada em função da


remuneração mensal.

Art. 154 – É facultado ao município aderir, total ou parcialmente, a planos de


seguridade social do estado ou da união, nos termos da lei.

TÍTULO IX

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 155 – O dia do servidor municipal será comemorado a 28 (vinte e oito) de outubro.

Art. 156 – A inspeção médica, quando exigida por este estatuto, será disciplinada por
ato especifico de cada poder, que deverá definir os casos de validade de atestados de
médicos particulares.

Art. 157 – Os prazos fixados neste estatuto ou na legislação pertinente ao regime


jurídico dos servidores serão contínuos, excluindo-se na sua contagem o dia de inicio e
incluindo-se o de vencimento.

Parágrafo único. Os prazos só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na


repartição em que corra o processo ou deva ser praticado o ato.

TÍTULO X

DAS DIPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 158 – Ficam submetidos a regime deste estatuto os atuais servidores municipais
estatutários e celetistas da câmara, da prefeitura e autarquias e fundações instituídas e
mantidas pelo município, exceto os contratados, cujos contratados só poderão ser
prorrogados nos termos de lei especifica.

Parágrafo 1º. Os empregos ocupados pelos atuais servidores celetistas e


comissionados, ficam transformados em cargos, na data da publicação deste estatuto,
de acordo com o que dispõe o artigo 2º, da lei nº 772.
Parágrafo 2º. Os contratos individuais de trabalho se extinguem automaticamente pela
transformação dos empregos em cargos, ficando assegurados aos seus ocupantes
estáveis a continuidade da contagem do tempo de serviço para os fins previsto neste
estatuto.

Art. 159 – Na área da educação e cultura poderão ser contratados auxiliares, com
experiência comprovada, para atender setores da cultura e artesanato, bem como,
pessoal com formação de primeiro grau para suprir necessidades no magistério, em
locais onde não haja oferta de emprego, num prazo não superior a um ano.

Art. 160 – O regime previdenciário e assistencial do servidor será através do instituto


de previdência do estado de Santa Catarina, mediante a contribuição que será
estipulada por aquele órgão previdenciário.

Art. 161 – Ficam revogadas as leis números 772 de 20 de março de 1990, com
exceção do artigo 2.

Art. 162 – Este estatuto entra em vigor na data de sua publicação.

TÍTULO XI

DO MAGISTÉRIO DO MUNICÍPIO DE TROMBUDO CENTRAL

I – O professor é lotado com 20 (vinte) horas semanais e a ampliação da carga horária


não cria vínculo de efetividade.

II – O professor pedagogo possui carga horária de 40 (quarenta) horas semanais,


sendo lotado na Secretaria Municipal da Educação.

III – No caso de redução de matrícula de uma unidade escolar, será removido o


professor com menor tempo de serviço na unidade.

IV – Se o número de matrícula aumentar, o professor retornará para o local da lotação.

V – Todo professor terá sua lotação especificada em uma unidade escolar.

VI – Quando uma unidade escolar é fechada, o professor é remanejado para onde


houver vaga e na falta de vaga prestará seus serviços na Secretaria Municipal de
Educação.

VII – Quando o professor for convocado para assumir cargo de coordenação na


Secretaria Municipal de Educação, perceberá uma gratificação de 10% (dez por cento)
sobre o salário de carreira.

VIII – Fica permitida a permuta entre professores titulares com autorização da


Secretaria Municipal de Educação durante o recesso escolar.
IX – Quando o professor efetivo for convocado para assumir cargo de confiança, não
perde sua lotação.

X – Havendo necessidade de suprir vagas ocorridas em unidades escolares na


Secretaria Municipal de Educação, poderá abrir concurso de remoção a cada período
não inferior a 3 (três) anos.

XI – O regente educacional que tiver horas de aperfeiçoamento, de acordo com as


normas estabelecidas por órgãos superiores, receberá 10% (dez por cento) de
gratificação sobre o salário de carreira de cinco em cinco anos e com mínimo de 120
(cento e vinte) horas de aula de aperfeiçoamento realizadas no quinquênio.

XII – O professor admitido por concurso público, no grau de professor II, perceberá as
seguintes gratificações sobre o salário básico, quando apresentar diploma de
conclusão.

a) licenciatura curta, de 30% (trinta por cento);


b) licenciatura plena, de 60% (sessenta por cento);
c) pós-graduado, de 100% (cem por cento), graduado em área de educação.

XIII – O membro do magistério municipal tem direito a percepção de indenização de


despesas com transportes coletivos, para deslocamento de sua residência até a
unidade escolar em que prestar serviço. (Lei Municipal n° 900 de 12/06/1992 –
Revogou a Lei Municipal n° 639 de 02/12/1986).

GIDEON BLAESE
Prefeito Municipal

A presente Lei for registrada e publicada no lugar de costume na data supra.

HEINZ SCHROEDER
Secretário da Administração
Lei Complementar n° 1.439 de 13 de julho de 2005.

Institui critérios para concessão da gratificação de


penosidade insalubre e periculosidade.

FERNANDO LUIZ HOFFMANN ,Prefeito Municipal de Trombudo Central, Estado de


Santa Catarina no uso de suas atribuições legais,

FAÇO SABER que a Câmara de Vereadores de Trombudo Central aprovou e eu


sanciono a seguinte Lei Complementar :

Art.1º - O servidor público municipal fará jus à gratificação por prestação de serviços
em locais penosos, insalubres ou com risco de vida.

Parágrafo único. Para efeitos desta Lei entende-se :

a) por atividades consideradas penosas, o trabalho


árduo ,difícil ,molesto ,trabalhoso ,incômodo ,doloroso, rude e que exige
atenção constante e vigilância acima do comum;
b) por atividade consideradas insalubres ,aquelas que, por sua própria natureza,
condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes
nocivos à saúde ,acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e
da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos;
c) por atividades executadas com risco de vida ,na forma da regulamentação
aprovada pelo ministério do trabalho , aquelas que, por sua natureza ou
métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou
explosivos em condições de risco acentuado.

Art.2º - O valor da gratificação a que se refere o art.1º, acima dos limites de tolerância
estabelecidos pelo Ministério do trabalho, terá por base de cálculo o salário mínimo
vigente, segundo classifiquem nos graus máximo ,médio e mínimo, observados os
percentuais abaixo enumerados:

I - 40% (quarenta por cento) para grau máximo;

II - 20% (vinte por cento) para grau médio;

III - 10% (dez por cento) para grau mínimo.

Parágrafo 1º. Os adicionais não são acumuláveis por tipo de atividade, devendo o
servidor optar por um deles.

Parágrafo 2º. O direito ao adicional cessa quando deixar de realizar a atividade ou com
a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física que deram causa a sua
concessão.

Art.3º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um


adicional de 20% (vinte por cento) sobre o vencimento base, excluídos quaisquer
adicionais.

Art.4º - Compete à Secretaria da Administração (Recursos humanos ):

a) a realização de Laudos pericial através de Médico ou Engenheiro do Trabalho


,registrados no Ministério do Trabalho,
b) caracterizar e classificar o grau de penosidade, insalubridade , os limites de
tolerância aos agente agressivos ,meios de proteção e o tempo máximo de
exposição do empregado a esse agentes, conforme determina o quadro das
Atividades do Ministério do Trabalho ,
c) fiscalizar e controlar a concessão da gratificação, podendo suspender o
pagamento sempre que constatar qualquer irregularidade.

Art. 5º - A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá:

I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites
de tolerância;

II - com a utilização de Equipamentos de Proteção Individual (IPI) ao trabalhador, que


diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância.

Art.6º - As despesas decorrentes desta Lei correrão à conta das dotações próprias do
Orçamento Geral do Município.

Art.7º - Fica revogado o artigo 63 e seus parágrafos da Lei Complementar 816 de


31.10.1990.
Art.8º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, ficam revogadas as
disposições em contrário.

Trombudo Central, em 13 julho de 2005.

FERNANDO LUIZ HOFFMANN

Prefeito Municipal

Esta lei foi registrada e publicada no lugar de costume e na data supra

ZULNEI LUCHTEMBERG

Secretário da Administração

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