Direito das
obrigações
PROFA DRA. GISELLA MARTIGNAGO PERES
DO ADIMPLEMENTO E EXTINÇÃO DAS
OBRIGAÇÕES
DO PAGAMENTO DIRETO
TEORIA DO
PAGAMENTO
COMO PAGA
QUEM PAGA QUEM RECEBE PROVA DO ONDE PAGA QUANDO
(OBJETO DO
(SOLVENS) (ACCIPIENS) PAGAMENTO PAGA
PAGAMENTO)
QUEM PAGA - art. 304 a 306 SOLVENS
Próprio DEVEDOR
Terceiro interessado
Sub-rogação - art. 346, III
Terceiro não interessado
Nome próprio – direito de reembolso – art. 305
Nome do devedor
art. 307
Sebastião firmou contrato com Francisco pelo qual se obrigou a dar em pagamento a
Francisco uma saca de café comum, oriundo de grão amplamente disponível no mercado.
A saca de café foi dada a Francisco que, de boa-fé, a recebeu e consumiu. Ocorre que
Sebastião não tinha direito de alienar a saca de café comum, pois o proprietário da saca era
Miguel. Considerando a situação narrada, assinale a alternativa correta.
Alternativas
A. Miguel poderá cobrar de Francisco apenas o valor correspondente à metade da saca de
café dada por Sebastião.
B. Miguel poderá reclamar da saca de café dada em pagamento, ainda que Sebastião não
tivesse o direito de aliená-la.
C. Como Francisco recebeu e consumiu de boa-fé a saca de café, não se poderá mais
reclamar dele, mesmo que Sebastião não tivesse o direito de aliená-la.
D. A responsabilidade para responder por eventual reclamação das sacas de café dadas
em pagamento por solvente sem direito de aliená-las é subsidiária, respondendo
primeiramente Sebastião e depois Francisco.
E. A responsabilidade para responder por eventual reclamação das sacas de café dadas
em pagamento por solvente sem direito de aliená-las é solidária.
QUEM RECEBE – ART. 308 a 311 ACCIPIENS
Próprio credor
Representante do credor CREDOR PUTATIVO – parece que é,
Sucessor do credor mas não é - ART. 309
Teoria da aparência
Pagamento não vale
Incapaz – mas se comprovar que o dinheiro foi revertido para o
incapaz, é possível
PAGA BEM, QUEM PAGA AO PORTADOR DA QUITAÇÃO – ART. 311
MASSSS se as circunstâncias contrariarem a presunção.
OBJETO E PROVA DO PAGAMENTO (COMO PAGA)
Arts 313 a 327
O objeto do pagamento é a prestação, e o credor não é obrigado a
aceitar pagamento parcial.
Princípio do nominalismo
“Art. 315. As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em
moeda corrente e pelo valor nominal, salvo o disposto nos artigos
subsequentes.”
A atualização monetária não gera acréscimos, mas apenas atualização
do valor nominal expresso em moeda
Informativo 310 STJ – Contrato. Moeda estrangeira. Pagamento.
Conversão. Moeda nacional. (...) respeitar o curso forçado da moeda
nacional não significa proibir a vinculação de um débito à variação
cambial notadamente quando esse débito, como na hipótese, tem como
parâmetro caixas de laranja, que são usualmente cotadas em dólares
pelo mercado brasileiro (a própria bolsa de valores de SP – Bovespa faz
suas cotações diárias de produtos agrícolas em dólares). A obediência ao
curso forçado da moeda nacional implica, indiscutivelmente a proibição
de o credor recusar-se a receber o pagamento da dívida em reais e faz
surgir a conclusão de que o momento da conversão em moeda nacional
é o pagamento da dívida, não o do ajuizamento da execução.
Cebolinha foi condenado a entregar a Mônica três mil sacas de milho,
conforme contrato realizado entre as partes e validado judicialmente.
Não possuindo as sacas para entrega, oferece, para quitar a dívida, cem
sacas de ouro. Nos termos do Código Civil, o:
Alternativas
A. devedor poderá lançar mão do pagamento mediante consignação
em caso de recusa do credor
B. credor e o devedor devem partilhar o prejuízo para resolver a demanda
C. credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é
devida, ainda que mais valiosa
D. devedor deve submeter o litígio a mediador judicial especializado em
disputa sobre grãos
Art.313. O credor não é obrigado a receber
prestação diversa da que lhe é devida, ainda que
mais valiosa.
TEORIA DA IMPREVISÃO
ENCHENTE NO RS
Quitação
É a prova do pagamento. É o documento pelo qual o credor
reconhece que recebeu o pagamento e exonera do devedor a
obrigação.
Pagarnão é apenas um dever do solvens, mas um direito. Caso o
devedor busque pagar a dívida e não receber a quitação da dívida,
poderá o devedor realizar uma medida chamada: consignação em
pagamento (art. 335, I).
1. Quitação Por Recibo
1.2. Quitação por devolução – art. 321 e 324
Título de crédito – princípio da cartularidade
Exceção
1.3. Quitação por lançamento
TC eletrônico
LUGAR DO
PAGAMENTO
LEGAL NATURAL
CONVENCIONAL
DOMICÍLIO DOMICÍLIO SITUAÇÃO DA
DIVERSOS COISA
DO DEVEDOR DO CREDOR
TEMPO DO PAGAMENTO
À VISTA
A PRAZO
EM PRESTAÇÕES
CONDICIONAL
VENCIMENTO ANTECIPADO
FALÊNCIA; CONCURSO DE CREDORES
DESVALORIZAÇÃO DA DÍVIDA
PENHORA DA GARANTIA
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
ART. 334 A 345, CC E ART. 539 A 549, CPC
TODO DEVEDOR TEM DIREITO DE PAGAR SUA DÍVIDA
ART. 335:
SE O CREDOR SE RECUSA A RECEBER O PAGAMENTO
SE O CREDOR NÃO QUER DAR QUITAÇÃO
NÃO SE SABE A QUEM PAGAR
O CREDOR ESTÁ INCAPAZ
O CREDOR ESTÁ EM LINS
MAIS DE UMA PESSOA SE DIZ CREDOR
PARA CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO, NECESSÁRIO OBSERVAR AS
MESMAS CARACTERÍSTICAS DA DÍVIDA:
ASPECTOS PESSOAIS
MATERIAIS
TEMPO
MODO
“Consignação. Dinheiro. Coisa devida. A consignação em pagamento visa
exonerar o devedor de sua obrigação, mediante o depósito da quantia ou
da coisa devida, e só poderá ter força de pagamento se ocorrerem em
relação as pessoas, ao objeto, modo ou tempo, todos os requisitos sem os
quais não é válido o pagamento.
Celebrado o contrato entre as partes para a entrega de 372 sacas de soja
de 60 kg, a US$ 9,00 cada uma, sem estipulação de outra forma alternativa
de cumprimento dessa obrigação, não é possível o uso da ação de
consignação em pagamento para depósito em dinheiro daquilo que o
devedor entender devido. A consignação exige que o depósito judicial
compreenda o mesmo objeto que seria preciso prestar, para qeu o
pagamento possa extinguir a obrigação, pois o credor não é obrigado a
receber a prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa”.
STJ, Resp 1.194.264, relator Ministro Luis Felipe Salomão
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO EXTRAJUDICIAL
ENVIAR NOTIFICAÇÃO (AR)
NO SILÊNCIO, O PAGAMENTO SERÁ FEITO
COM A RECUSA DO CREDOR, EM 1 MÊS PODE INGRESSAR COM AÇÃO EM CONSIGNAÇÃO EM
PAGAMENTO
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO JUDICIAL – ART. 319, CPC
DAR, FAZER E NÃO FAZER
SE $, DEPÓSITO
SE COISA, JUIZ DETERMINA DIA, HORA PARA ENTREGA DA COISA
SE O JUIZ JULGAR PROCEDENTE A CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO, E O DEVEDOR
QUISER SACAR O DINHEIRO DEPOSITADO, É POSSÍVEL?
NÃO, MESMO QUE O CREDOR CONCORDE. ART. 339, CC.
ANTES DA SENTENÇA É POSSÍVEL.
DAÇÃO EM PAGAMENTO
ART. 356 A 359, CC
A REGRA DA IDENTIDADE IMPEDE QUE O CREDOR SEJA COMPELIDO A RECEBER
COISA DIVERSA DA DEVIDA.
MAS, PORÉM,
TODAVIA,CONTUDO,
ENTRETANTO
PODE O CREDOR CONCORDAR EM RECEBER COISA DIFERENTE!
DAÇÃO EM PAGAMENTO
- DÉBITO VENCIDO
- INTENÇÃO DE SOLVER A
DÍVIDA
- OBJETO DIVERSO
- ANUÊNCIA DO CREDOR
MAS NÃO SERÁ ALTERADA A OBRIGAÇÃO EM FACULTATIVA OU ALTERNATIVA, POIS A
MODIFICAÇÃO SE DÁ NO MOMENTO DO PAGAMENTO!!
CONFUSÃO
UNIÃO DO CREDOR E DEVEDOR NA MESMA PESSOA
ART. 381 A 384, CC
OBRIGAÇÃO – CONFUSÃO – SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE – RETORNO DA EXIGIBILIDADE
NOVAÇÃO
Cria uma nova obrigação com objetivo principal de extinguir a anterior.
ART. 360 A 367
- EXISTÊNCIA OBRIGAÇÃO ANTERIOR
- EXISTÊNCIA DE NOVA OBRIGAÇÃ OU
EXISTÊNCIA DE NOVO DEVEDOR
- Animus novandi
- PARTES COM LEGITIMIDADE E DISPOR
DOS BENS
- PARTES COM CAPACIDADE
NOVAÇÃO OBJETIVA ( DIFERENTE DA DAÇÃO)
OBJETOS DIFERENTES
NOVAÇÃO SUBJETIVA
SUJEITOS DIFERENTES
NOVAÇÃO MISTA
ALTERAÇÕES DOS OBJETOS E SUJEITOS