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Conceitos Fundamentais: Bjeto Do Planeamento E Gestão Do Território

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Planeamento Regional e Urbano

Trata do problema do ordenamento do território(ocupação e utilização) e


tem como objetivo promover a qualidade de vida e sustentabilidade
(económica, social e ambiental)

Conceitos fundamentais:
OBJETO DO PLANEAMENTO E GESTÃO DO TERRITÓRIO
A ocupação do território:

❖ Os espaços são

- urbanos (residenciais, comerciais, mistos);

- Suburbanos/interface urbano-rural, rurais;

- Industriais, agrícolas, naturais;

❖ Os equipamentos são
- Saúde
- Educação
- Justiça
- Desportivos
- Espaços verdes e de lazer
❖ Os serviços e redes infraestruturas
- Sistemas de transportes
- Abastecimento de água e drenagem de águas residuais e pluviais
- Recolha, …, de resíduos sólidos urbanos
- Geração e distribuição de energia (elétrica, gás): sistemas urbanos
de produção, redes elétricas, pontos rápidos/lentos de carregamento
Auto
- Sistemas de informação e de comunicação
- Espaços e corredores verdes
- Logística urbana
❖ Organização integrada da ocupação do espaço
- A superfície; o subsolo; o espaço aéreo;
- Os espaços canais/ segregação e/ou partilha
❖ Os utentes e os skateholders (publico estratégico):
- As pessoas e as atividades/empresas
- As dinâmicas demográficas e socioeconómicas
- Os fluxos de transporte
CONDICIONANTES E TENDÊNCIAS CRÍTICAS
Por que razão é necessário planear e gerir o território e a
mobilidade?

❖ Evolução demográfica: crescimento global da população com


diferentes dinâmicas nas macro- regiões/continentes;
❖ Urbanização: concentração de população nas cidades
- Interação humana
- Criação de conhecimento, inovação, valor económico e cultural
❖ Hiper dependência do automóvel /motorização:
- Congestionamento, acidentes, poluição, consumo de energia, …
- Relação entre a forma/tipo das cidades e o uso do automóvel:
i. Cidades em “mancha de óleo” (à Americana), ou dispersas pelo território
1. obrigam a uma dependência quase total do Auto
ii. Cidades compactas e densas
1. concentram/reduzem a extensão das viagens,
2. potenciam a competitividade/uso de modos (pedonal, bicicleta, TP)
mais eficientes ambiental/.
iii. “Cidades 15 minutos”
1. na proximidade da habitação existem muitas das atividades de uso
diário + frequente (bairros são Unidades de Vizinhança),
2. estas viagens podem ser acessíveis a pé, de bicicleta, eventual/ de
transporte público
3. Menor necessidade do Automóvel
❖ Alteração climática e aquecimento global
❖ Evolução tecnológica
❖ Outras condicionantes:

- Ponto de partida diferente caso a caso

- Legítimos objetivos/necessidades/ expectativas conflituantes

- Direitos adquiridos

- Justiça mais lenta

- Cultura, hábitos e mentalidades

- Restrições financeiras/económicas do Estados

- Tempo de planeamento, aprovação e implementação

CONSCIÊNCIA DA INCERTEZA E COMPLEXIDADE


❖ Certeza vs Convicção com Incerteza vs Dogma ou adivinhação ou ignorância
• Dificuldade de distinguir;
• Necessidade do Método Científico (formular/testar; dúvida metódica) e de
Engenharia
• Necessidade de resistir ao “Dogma” e à “Moda” não sustentados, e à Ignorância
arrogante
❖ Não há panaceias, “receitas” universais, para aplicar sempre e acriticamente!

• É preciso conhecimento;

• É preciso planeamento e projeto.

❖ Dúvidas, convicções e incertezas:


• Opções urbanísticas
• Opções de mobilidade
• Ligar opções urbanísticas à política de mobilidade
• Informar e influenciar stakehorders
• Novas tendências, convicções, apostas e modas

TÉCNICAS DE ANÁLISE E DE RESOLUÇÃO


❖ Capacidade de compreensão e representação analítica da realidade e
das soluções
- Necessidade de caracterização e diagnóstico dos sistemas e dos
problemas
- Necessidade de modelos descritivos e explicativos da realidade

NOÇÃO DE PLANEAMENTO TERRITORIAL


Atividade realizada pela Administração Pública no sentido de preparar
Planos e Programas destinados a promover o desenvolvimento sustentável
de um dado sistema territorial de modo racional e participado.

Trata- se de um processo multiespacial, multiperíodo e multidisciplinar.

FINALIDADE DO PLANEAMENTO TERRITORIAL


❖ Desenvolvimento sustentável- modelo de desenvolvimento que
permite satisfazer as necessidades do presente sem comprometer a
capacidade das futuras gerações satisfazerem as suas próprias
necessidades.

TIPOLOGIA DOS SISTEMAS TERRITORIAIS


Sistema territorial é um conjunto formado pelas atividades realizadas numa
dada área e pelos fluxos gerados por essas atividades e ainda pelos espaços
onde essas atividades se desenvolvem e pelas redes por onde esses fluxos
circulam.
Atividades (económicas; sociais): estudo, compras, lazer, produção, distribuição, …
Fluxos: pessoas, mercadorias, energia, informação, desperdícios, … Espaços:
residenciais, equipamentos coletivos, industriais, florestais, naturais, canais Redes:
transportes, elétrica, comunicações, abastecimento e saneamento básico, …

Sistema urbano: sistema implantado num espaço urbano. Caracterizado por


um elevado nível de estruturas e equipamentos coletivos, concentração de
população e emprego--- planeamento urbano, ou seja, a localização e
definição do uso do solo para as várias funções e configuração de varias
redes, ou seja trata-se de ordenamento do território.

Sistema regional-local- sistema implantado num espaço regional (região ou


sub-região). Território vasto, englobando vários espaços urbanos e cujas
partes apresentam elevada homogeneidade e ou intensas relações
funcionais

Sistema nacional-regional: sistema implantado num espaço nacional


dividido em várias regiões. Planeamento, fundamentalmente, mas não
sempre, de base económica. Está, normalmente, em causa a resolução de
problemas de desemprego persistente e de situações de carência social,
específico de determinadas regiões

HORIZONTE DE PLANEAMENTO:
MULTIDISCIPLINARIDADE:
Áreas temáticas:
- Capital natural
- Demografia e sociedade
- Economia, inovação e competitividade
- Energia
- Transportes
- Sistema urbano
- Habitação
- Património e turismo
-…

INSTRUMENTOS DE PLANEAMENTO :
❖ Planeamento de base económica visa:

- A resolução de problemas de carências sociais e desemprego


persistente

- A promoção de dinamismo económico

- O aproveitamento de recursos não utilizados ou deficientemente


utilizados

Os instrumentos de intervenção são, basicamente, de dois tipos:

INSTRUMENTOS MACRO (dirigidos à produção ou rendimento agregados da


população): descentralização de poderes e territorialização da política
macroeconómica. Visam o aumento da produção e/ou a redistribuição do
rendimento agregado.

- Territorialização da política macroeconómica/setorial: politica orçamental,


politica monetária e politica comercial

INSTRUMENTOS MICRO (dirigidos às empresas, para reafectar o fator


capital, ou às famílias, para reafectar o fator trabalho): incentivos ou
desincentivos (às empresas), controles sobre a localização das empresas,
ações de formação/reconversão profissional, medidas de atração/apoio a
migrações (às famílias).

❖ Planeamento de base física visa:

- o ordenamento do território (organização do espaço)

Os instrumentos de intervenção no território são, basicamente, de dois


tipos:

CONTROLES DE LOCALIZAÇÃO: onde e como se pode instalar uma


determinada função/atividade, onde estão proibidas certas atividades;
AÇÕES DE INVESTIMENTO, designadamente: em habitação, em
infraestruturas e em equipamentos.

METODOLOGIA DO PLANEAMENTO TERRITORIAL:

OBJETIVOS DO PLANEAMENTO TERRITORIAL:


❖ Objetivos finais, fins:

Exprimem as áreas de preocupação relativas a um dado sistema


territorial; no ambiente, bem-estar ( segurança pública, educação, etc.),
coesão, competitividade, …

❖ Objetivos estratégicos, objetivos:

Traduzem qualitativamente os fins, devendo ser expressos de modo a


viabilizarem a avaliação da estratégia.

❖ Objetivos operacionais, metas:

Traduzem quantitativamente os objetivos, devendo ser expressos de


modo a, com base neles, ser possível avaliar o (in)sucesso do programa
ORIENTAÇÕES, DISPOSIÇÕES E AÇÕES:
❖ Orientações (definição de grandes linhas de atuação)
❖ Medidas: disposições (definição de regras básicas de ocupação/uso
do território), ações (investimentos/intervenções diretas sobre o
território)

SISTEMA DE GESTÃO TERRITORIAL :


Estrutura do sistema de gestão territorial: a política de solos, de
ordenamento do território e de urbanismo é desenvolvida,
nomeadamente, através de instrumentos de gestão territorial que se
materializam:

- Programas: estabelecem o quadro estratégico de desenvolvimento


territorial e as suas diretrizes programáticas, ou definem a incidência
espacial de políticas nacionais a considerar em cada nível de
planeamento

- Planos: estabelecem opções e ações concretas em matéria de


planeamento e organização do território bem como definem o uso do
solo.

Análise demográfica:
❖ A análise demográfica compreende:

- Descrição demográfica: caracterização da realidade existente em


termos de população (dimensão, composição, distribuição geográfica,
…), através de: variáveis demográficas e de indicadores demográficos.

- Projeção demográfica: relativa à previsão da variação no tempo de


variações demográficas através de métodos não-casuais ou de métodos
casuais.

❖ A análise demográfica é fundamental no planeamento.


❖ Análise demográfica- variáveis:
Nota:

O envelhecimento progressivo da população é a realidade dos países


desenvolvidos- diminuição do nº de nascimentos e aumento da
esperança média de vida.

❖ Indicadores: condensam a informação das variáveis para facilitar


a perceção da realidade demográfica do território considerado,
para permitir compará-la com a realidade exterior e para
comunicar melhor. Aplicam-se a processos de análise de dados
demográficos num qualquer território.
Relação entre a taxa de crescimento demográfico anual e a taxa de
crescimento demográfico em n anos:
Relação entre a taxa de crescimento total e as taxas de crescimento natural
e de migração:
Projeções populacionais:
MODELO DE CRESCIMENTO LINEAR: É o modelo mais simples de todos, a
variação da população no tempo é dada pela soma de uma quantidade fixa.

MODELO DE CRESCIMENTO EXPONENCIAL: A variação da população no


tempo é dada pela multiplicação da população por um fator constante.

LIMITAÇÕES DOS MODELOS LINEAR E EXPONENCIAL:

- Assumem que o crescimento (ou decréscimo) populacional não tem fim e


tende para + infinito (ou zero, isto é, será extinta)

- Hipótese pouco razoável no longo prazo

- Condições de espaço e recursos


MODELO DE CRESCIMENTO LOGISTICO: permite modelar que o
crescimento populacional tenderá para um certo limite, a população de
saturação.

OUTROS MODELOS DE CRESCIMENTO

Método da extrapolação de
tendências:
FASES DO MÉTODO:
1. Recolha da sucessão (série temporal) de dados {Pt}, t =0, ..., N (N representa o
número de observações relevantes de P, que podem não ser todas as
observações existentes).
2. Ajustamento de funções de regressão de forma P =(t) aos dados recolhidos,
determinando os relevantes parâmetros de calibração usando análises de
regressão linear (minimiza a soma do quadrado dos desvios [resíduos] entre
valores observados e modelados/estimados),
3. Avaliação da qualidade do ajustamento (e retorno a 2 ou passagem para 4).
4. Cálculo(projeção) da variável P em anos futuros (t > N), empregando a função que
melhor se ajusta aos dados recolhidos.

ANALISE DE REGRESSÃO:

O coeficiente de correlação (R) mede a qualidade do ajustamento

• proximidade entre os valores de Y observados e os estimados pela função

• Resíduos –são a parte não explicada pela função de regressão dos valores de y

R ^2(coeficiente de determinação) exprime a percentagem da variação de Y explicada


pela equação (reta) de regressão.

ANALISE DE RESIDUOS- Uma boa adesão à realidade, pressupõe que os Resíduos do


modelo relativamente à variável (y) deverão apresentar:

• uma distribuição aleatória

• uma distribuição norma


SINGULARIDADES: dados errados, se corrigidos manter senão eliminar e incorpora outras
influências significativa desconsiderar se for uma singularidade moderada manter.

QUEBRA DE TENDENCIA- se há uma quebra de tendência, adotar a tendência mais


recente: verificar se a nova linha de tendência é suficiente adotar ou se poderá ser apenas
uma singularidade não adotar e consequências de errar na opção podem ser desastrosas
a 20 anos de distância

LINEARIZAÇÃO DAS FUNÇÕES DE AJUSTAMENTO


Método das componentes de
crescimento:
Método casual:

O cálculo da evolução da população tem em conta as causas da dinâmica


demográfica: nascimentos, óbitos e migrações.
VANTAGENS:

- Rigor: tem em conta as causas da dinâmica demográfica

- Previsões por grupos etários: em vez de apenas a previsão da população total

DESAFIOS:

- Exige muita informação

- Método trabalhoso

- Previsão do saldo migratório: é o menos previsível, pois depende de vários fatores nãi
demográficos: resposta a estímulos económicos, retorno da população que emigrou e
que volta, …

Diagrama da Lexis

o tempo é considerado de duas formas:

- Tempo cronológico: medido pelas datas do calendário

- Tempo pessoal: medido pela idade dos indivíduos


Modelos de rede
Um modelo de rede é uma simplificação da realidade, representando-a
através de nós e arcos:

- Nós- representam centros de procura (população) e de destino


(equipamentos, emprego), bem como interseções dos segmentos de rede.

- Arcos- representa a rede (de transportes) através de ligações diretas


entre os nós.

❖ Princípios de zonamento:
Os nós/centroides devem ser:

- Representativos das origens (população) e destinos (equipamentos,


empregos)

- Dimensionados de acordo com o âmbito e objetivo do estudo

- Consistentes de acordo com o âmbito e objetivo do estudo

- Consistentes com dimensões administrativas e censitárias (municípios,


freguesias, BGRIs, …)

- Homogéneos relativamente a atributos demográficos, económicos, de uso


do solo, …

- Compatíveis/ comparáveis com estudos anteriores (de âmbito


semelhante).

A dimensão (nº de arcos) e a complexidade da rededependem do âmbito e


do objetivo do estudo

Planeamento de equipamentos
coletivos:
Equipamentos coletivos: (EC) infraestrutura através da qual a
população residente num dado território tem acesso aos bens e serviços
necessários à sua sobrevivência, desenvolvimento e bem-estar.

EC podem ser da responsabilidade do setor publico ou do setor privado.

OBJETIVOS:

❖ Atividade desenvolvida por autoridades públicas destinada a


definir as ações a implementar a respeito do
desenvolvimento de redes de equipamentos coletivos.
❖ Objetivos de planeamento:

- Ordenamento do território –Equipamentos são usados para


estimular o desenvolvimento de uma dada cidade ou região, na
direção mais favorável numa perspetiva integrada (Planeamento
estratégico)

- Competitividade de cidade/região –Equipamentos são usados para


atrair pessoas/emprego, investimento, e iniciativas para uma dada
cidade ou região (Planeamento estratégico)

- Bem-estar –equipamentos são usados para responder à procura (efetiva


ou potencial) de bens e serviços (Planeamento operacional)
Decisões típicas em planeamento público em ECs:

- Quantos equipamentos se devem construir?

- Onde se devem localizar os equipamentos?

- Que capacidade deverá ter cada equipamento?

- Como é que a procura deverá ser atribuída aos equipamentos?

Outros elementos do problema:

- Toda a procura deve ser satisfeita

- Devem ser satisfeitas restrições orçamentais

- Os equipamentos poderão ter de satisfazer capacidades mínimas e/ou


máximas

- A procura deverá ser servida no equipamento mais próximo

- O equipamento mais próximo deverá estar a menos de X km/min

COMPLEXIDADE DOS PROBLEMAS: problemas aparentemente simples


podem na realidade ser bastante complexos.
Modelo da p-mediana:
O número p fornece uma indicação dos custos/orçamento. Podemos analisar
a qualidade dos resultados obtidos para cada p.

ANÁLISE URBANISTICA
ENQUADRAMENTO- INDICADORES URBANÍSTICOS

❖ FINALIDADE DA ANÁLISE URBANISTICA.

A análise urbanística é realizada para:

• Descrever um dado território em termos da ocupação e utilização do solo:

• das funções básicas (eg. residência; comércio; indústria);


• assim como de equipamentos (eg. escolas; hospitais);

• infraestruturas de suporte (eg. redes de drenagem ou vias);

• serviços de apoio (eg. transportes públicos);

• (Ajudar a) decidir quais as medidas e ações a desenvolver em função dos


objetivos definidos.

Ord. e gestão do território:


❖ Enquadramento:
- A elaboração e implementação de políticas de ordenamento do
território têm por base um sistema legal regulamentar
- Estas atividades e instrumentos de planeamento, quer de base
física quer económica: carecem de regulamentação (leis, portarias,
normas e regulamentos), aprovada pelos competentes órgãos, que as
torne vinculativas para os seus destinatários, cidadãos individuais ou
entidades coletivas e administração
- Este vínculo jurídico é o garante da liberdade dos cidadãos no que
toca à sua relação com o território, em particular com a defesa da
propriedade privada e impõe uma série de deveres a todos as
entidades intervenientes no processo de transformação do território
para assegurar o bem comum
❖ Aspetos fundamentais a regulamentar nas atividades de planeamento
e de urbanização e edificação:
• definir as competências dos diversos intervenientes (agentes), em
particular
da Administração nos seus níveis (Nacional, Regional e Local) e organ
ismos
• estabelecer os parâmetros fundamentais que regem os processos de
urbanização
• estabelecer condicionantes, restrições e servidões
• definir e regulamentar os instrumentos de política e planeamento
territorial
• criar os mecanismos legais de urbanização e de edificação
• criar mecanismos de proteção dos interesses comuns e individuais no
uso do solo
• produzir os mecanismos de garantia de equidade e de redistribuição d
e custos e benefícios inerentes ao processo de urbanização

plano diretor municipal PDM

- Quantifica a ocupação e transformação do uso do solo

- Regulamenta planos de pormenor (define alinhamentos de edifícios,


regulamenta as construções e define índices líquidos e ao lote)

- Índice de referência tipo usados, por exemplo, índice de utilização,


densidade habitacional, cércea/ altura da fachada

- Flexibilização do planeamento

- PDM como instrumento estratégico

- Reabilitação urbana como vertente fundamental de


desenvolvimento das cidades

-Solo Urbano vs Rústico reclassificação é excecional

Qualificação do solo:

❖ Solo urbano-
Aquele que está total ou parcialmente urbanizado (infraestruturado e
equipado) ou edificado e, como tal, afeto, de acordo com plano
territorial, à urbanização ou edificação;
❖ Solo rústico –
Aquele que, pela sua reconhecida aptidão, se destine:
- Ao aproveitamento agrícola, pecuário, florestal,
- conservação, valorização e exploração de recursos naturais,
recursos geológicos ou recursos energéticos,
- Espaços naturais, culturais, de turismo, recreio e lazer
- Proteção de riscos, ainda que seja ocupado por infraestruturas,
Aquele que não seja classificado como urbano.
Enquadramento

❖ elaboração e implementação de políticas de ordenamento do


território têm por base um sistema legal regulamentar;
❖ Cada instrumento de planeamento suporta‐se em leis, portarias, normas e
regulamentos aprovados pelos competentes órgãos eleitos
❖ Estas atividades, quer de base física quer económica, carecem de
regulamentação que as torne vinculativas para os seus destinatários,
cidadãos individuais ou entidades coletivas e administração
❖ Este vinculo jurídico é o garante da liberdade dos cidadãos no que
toca à sua relação com o território, em particular com a defesa da
propriedade privada, impõe uma série de deveres a todos as
entidades intervenientes no processo de transformação do
território para assegurar o bem comum


A reforma do quadro legal da política de solos, ordenamento do
território e urbanismo.
- A mudança de paradigma flexibilização do planeamento
- Reforço do PDM como instrumento estratégico
- Reabilitação urbana como vertente fundamental de
desenvolvimento das cidades
INOVAÇÕES
1. Classificação do regime do solo
2. O plano diretor municipal concreta todas as regras
vinculativas dos particulares
3. Cooperação intermunicipal
4. Maior flexibilidade no planeamento territorial
5. Municípios com novos instrumentos para a gestão do
território~
6. Novo sistema económico- financeiro
7. Distribuição de encargos e benefícios
8. Aposta na reabilitação urbana

AMBITO E COMPETENCIAS DOS IGTs


Análise socioeconómica
A análise socioecómica é realizada para:

- Descrever a situação socioeconómica de um território

- Comparar essa situação com a de outros territórios

- Prever a evolução dessa situação em resposta a medida de política

INDICADORES SOCIAIS
Sistema económico

AGENTES ECONÓMICOS- entidades (individuais ou coletivas) que


desempenham uma função na atividade económico.
Projeção económica
❖ ENQUADRAMENTO

- A atividade económica, isto é, a existência de emprego é o principal fator


de fixação/atração de população numa dada região

- Os modelos de projeção económica preveem a variação do nível de


emprego numa dada região, e consequentemente alteração dos níveis de
produção e de população residente.
- Permitem prever a evolução dessa região em resposta a medidas de
política implementadas pelo governo e/ou a investimentos privados.

❖ MODELOS DE PROJEÇÃO ECONÓMICA:

- Modelo de base económica no emprego:

- Bi-agente, representa as relações e impactos dos setores básicos(B)


e não básicos (S)

- Modelo Keynesiano regional:

-Avalia impacto esperado de intervenções do estado na economia

- Avalia importância dos fatores influenciadores do produto e


equilíbrio orçamental

- Modelo Input-Output

-Matrir I/O reflete interações entre vários setores da economia


(transações e coef. Técnicos de produção- output de um setor é input de
outro)

- Avalia impacto que alterações numa industria tem sobre outras e


consumidores

- Modelos econométricos multi-regionais

- Avaliação das tendências de convergência/divergência das regiões.


MODELO DE BASE ECONÓMICA NO EMPREGO

Baseia- se na noção de que existem dois tipos de setores produtivos:

- Setor básico(B), cuja produção é integralmente exportada

- Setor não básico, ou de serviços de suporte à população (S), que engloba


todos os setores produtivos cujo produto é consumido no interior da região
[se houver consumo, no interior da região, da produção do setor
considerado básico, esse consumo é incorporado no setor não básico]

Permite estimar o efeito que determinada decisão de


desenvolvimento do setor básico de uma região induzirá na população
residente, através de taxas de migração, bem como na atividade económica
da região, decorrente da adaptação à nova procura de serviços de suporte
na população
Modelo keynesiano regional
Métodos de apoio à decisão
São ferramentas que ajudam a dar racionalidade científica às decisões que
envolvem problemas mais ou menos complexos, problemas que envolvem a
utilização de recursos escassos para satisfazer um objetivo

PLANEAMENTO TERRITORIAL entendido como atividade desenvolvida pela


administração no sentido de definir as orientações e ações que promovam,
de maneira adequada, o desenvolvimento de um território. Estes territórios
formam sistemas que podem englobar apenas partes de uma cidade, ou
cidades inteiras, concelho, ou agrupamento, ou o todo nacional.
SISTEMAS TERRITORIAIS:

OS INSTRUMENTOS: A administração dispõe vários instrumentos para


promover o desenvolvimento do território, que são diferentes em função do
tipo de território

- Urbano e regional (base física) são controlo de localização e controlo de


ações de investimento

- Nacional e regional (base económico) são macro (descentralização,


escolha do local grande investimento publico) e micro (formação
profissional, alojamento imigração, incentivos)

A METODOLOGIA DE PLANEAMENTO:

Um dos aspetos mais pertinente no planeamento territorial é:

Saber qual a metodologia que deve ser seguida na preparação de um plano


para assegurar Racionalidade das decisões tomadas.

- Vários autores, várias propostas ----, propostas de síntese deu


origem à proposta de referência que adotamos.

- Todas as propostas defendem que a elaboração de um plano tem


como ponto de partida a constatação da existência de problemas

- Problema: divergência significativa entre a realidade dum sistema


territorial e os objetivos da administração
A PROPOSTA DE REFERÊNCIA: consubstancia-se em 3 fases:

- Fase de diagnóstico- consiste na explicitação precisa dos problemas


presentes e futuros em face dos objetivos a atingir(fins, objetivos
qualitativos e quantitativos) e caracterização da realidade.

Em Portugal temos múltiplos objetivos e conflituantes. O melhor


cumprimento de um obriga o menor cumprimento de outro. Normalmente
não existe uma solução ótima, mas sim várias soluções eficientes.

- Estratégia- consiste em identificar e gerar diferentes estratégias de


intervenção compostas por orientações e ações, avaliá-las, e selecionar a
que melhor responde aos objetivos. Para gerar essas estratégias de
intervenção alternativas é necessário conjugar o conhecimento da realidade,
teorias para situações ideais e constatação de exemplos de aplicação noutro
território

ALGUNS DOS PRINCIPAIS ASPETOS PARA QUE DEVEM SER EQUACIONADAS


ALTERNATIVAS:

1. Natureza de atividades produtivas a incentivar, e instrumentos a


utilizar para o efeito
2. Hierarquia de centros urbanos a promover, facto que se prende,
nomeadamente, com a definição dos equipamentos coletivos que
devem ser instalados nos centros
3. Forma do desenvolvimento urbano a apoiar
4. Estrutura de sistema de transportes a implementar e rede de
infraestruturas
5. Mecanismos de proteção do ambiente a adotar
6. Origem de meios financeiras a aplicar e a repartição desses meios
7. Etc
Identificadas as alternativas, importa proceder à sua avaliação, para
depois decidir as decisões são tomadas pelos políticos e devem
contar com a participação da população, mas aos técnicos cabe o
apoio à decisão usa- se os métodos multiobjectivo ou multicritério. A
alternativa selecionada deve ser objeto de um orçamento.

- Programa de atuação- consiste em indicações precisas sobre as


intervenções a realizar e as respetivas candelarizações, são geradas e
avaliadas alternativas com base em abordagem sectoriais

Após as quais é elaborada uma proposta de plano, que depois de discutida e


aprovada, passa a plano, a implementar.

❖ Os métodos de apoio à decisão a aplicar dependem do número de


alternativas de intervenção a considerar de ser possível ou não
expressar todos os custos e benefícios de cada alternativa de
intervenção em termos monetários.
ANÁLISE MULTICRITÉRIO: Conjunto de métodos utilizados para
determinar as alternativas de intervenção mais eficientes e,
eventualmente, as de valor mais elevado, tendo em conta vários
objetivos e as respetivas prioridades. São sobretudo utilizados na
fase de estratégia, dada a multiplicidade de objetivos considerados e
a intangibilidade de alguns deles.
ANÁLISE CUSTO-BENEFÍCIO: podem ser também utilizadas nas fases
de estratégias, mas são mais utilizadas na fase de programa
(seleciona melhor alternativa para a concretização das opções
estratégicas selecionadas para setores isolados. Em geral, em função
de objetivos únicos. Se o número de alternativas for reduzido, a
procura de soluções pode ser feita de forma exaustiva, estudando
todas elas em pormenor. A avaliação de cada uma delas pode ser
feita através de análise custos-benefícios.

Análise multicritério
Técnica de estruturação e solução de problemas de decisão
envolvendo várias alternativas de ação e múltiplos objetivos. A sua
finalidade é apoiar/informar os decisores que enfrentam tais
problemas. Tipicamente não existe uma solução ótima única para
estes problemas é necessário usar as prioridades do decisor para
diferenciar as opções alternativas e determinar soluções de
intervenção mais eficientes ou de maior valor
Decisão: é um processo cognitivo, racional e ou irracional que
resulta na seleção do melhor curso de ação de entre um conjunto de
opções alternativas possíveis
Análise Custo-benefício
Técnica de apoio à decisão que consiste na identificação de todos os
impactos possíveis de uma decisão e na avaliação dos benefícios que essa
solução pode gerar menos os custos que pode acarretar. Os benefícios e os
custos devem ser contabilizados em termos monetários, os benefícios
esperados devem ser superiores aos custos estimados. CBA pode
determinar a viabilidade de determinada solução e alternativa de
intervenção a que corresponde a diferença mais elevada entre os benefícios
e os custos para o conjunto da sociedade

❖ NOS PROJETOS PÚBLICOS

É feita uma análise económica onde devem ser considerados todos os


benefícios e os custos que resultam da realização do projeto, não só para o
promotor, mas também para o conjunto dos outros agentes que ele afeta. A
análise económica engloba não só os aspetos monetários, mas também as
externalidades sociais

❖ NOS PROJETOS PRIVADOS

É feita uma análise financeira onde devem ser considerados todos os


benefícios e os custos para o promotor privado.

Os benefícios são difíceis de contabilizar em projetos públicos pois


nem sempre são um reflexo do valor pago pelo utente por isso, geralmente,
definem-se condições mínimas de serviço, e minimizam-se os custos

❖ Qual deve ser o nível de análise? Deve ser definido em referência à


sociedade em que o projeto tem um impacto relevante. Os custos e os
beneficios podem ser suportados e ocorrer a diferentes níveis
geográficos.
❖ Quais os tipos de impacto a avaliar? Económico-financeiros, sociais,
ambientais, …
❖ Incerteza quanto aos resultados obtidos pela ACB : análise de
sensibilidade e análise de risco
Sistema de transportes
❖ O território (urbano ou regional) só pode desenvolver-se se for
provido de boas condições de mobilidade
❖ A rede infraestrutural de transporte é a mais impactante no território
❖ Permite o acesso rápido e fácil de pessoas e mercadorias
❖ Objetivos principais: associados ao sistema de transporte no âmbito
do planeamento territorial
- Competitividade: nenhuma economia pode funcionar de forma
eficiente se o sistema logístico não funcionar devidamente
- Bem-estar: acessibilidade a bens e serviços é uma das
componentes fundamentais da qualidade de vida
- Respeito pelo ambiente- minimização dos impactos negativos
- Mobilidade- até onde podemos ir num determinado espaço de
tempo de viagem. Considera apenas a rede de transporte
- Acessibilidade- o que podemos aceder na distância percorrida nesse
espaço de tempo de tempo de viagem. Considera a rede de
transporte e o uso do solo.
Acessibilidade pode ser medida, por exemplo, através da quantidade
de serviços e empregos que podem ser acedidos por uma pessoa a
partir de um determinado local, dentro de um determinado tempo de
viagem, considerando um ou mais modos.

O sistema de transportes é descrito tendo por referência a sua oferta e


procura:

- A oferta de transportes é assegurada por infraestrutura fixa (rede de


transporte), infraestrutura circulante (meios de transporte) e sistema de
gestão.

- A procura de transportes decorre da necessidade de deslocação de


pessoas em viagens e movimentação de mercadorias
❖ Estudo das inter-relações entre as diferentes componentes do
sistema de transportes para identificar as estratégias e medidas mais
eficientes de intervenção. De modo, a otimizar o seu desempenho
face aos objetivos subjacentes à politica de transportes assumida. ~

GESTÃO DE OFERTA
INSTRUMENTOS DE GESTÃO DA OFERTA

A. Organização da rede viária:

-A rede viária desenvolve-se em sequências interligadas de arcos e nós

- O desenho da infraestrutura deve estar devidamente adaptado ao uso por


diferentes modos

B. Construção de novos componentes infraestruturais

- Novos eixos rodoviários e ferroviários

- Novos tipos de vias

- Gares, portos, aeroportos, etc…

C. Manutenção e reabilitação de eixos e equipamentos existentes


D. Otimização da operacionalidade do sistema

- Melhoramento do funcionamento de cruzamentos

- Criação de sentidos únicos ou proibição de certos movimentos como


viragens à esquerda

- Redistribuição do espaço indisponível para circulação e estacionamento

- Melhoramento da sinalização rodoviária

❖ Incentivar o uso dos modos de transporte mais eficientes


❖ Condicionar os padrões de mobilidade: planeamento territorial
❖ Condicionar os padrões de mobilidade: intervenção sobre os fatores
geradores de viagens

PROCESSO DE PLANEAMENTO

Fases;
Modelo de rede
Um modelo de rede é uma representação simplificada do território e da sua
rede de transportes

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