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Mente e memória : uma exploração multidisciplinar da doença de Alzheimer.

Zanuto et. al.

Mente e memória : uma exploração multidisciplinar da doença de


Alzheimer.
Bruno Silva Zanuto ¹, Ana Luiza Bosch 2, Beatriz Barreira Nunes Rodrigues Kawaguti 3,
Daiana de Freitas Ferreira Ramo 4, Daniela Luiz Nery 5, Hiago Silva Rocha 6, Lênio Airam
de Pinho 7, Mychelle Christian Cortês 5, Nayara Silva Lobo 5, Victorya Machado Silva de
Melo 5

ARTIGO DE REVISÃO
RESUMO

A DA é uma doença neurodegenerativa, sendo uma das principais causas de morte global,
respondendo por mais de 4% das mortes em 2016. A taxa de mortalidade relacionada à
demência da DA foi de mais de 45 por 100.000 em um estudo europeu de 2013. A prevalência
da DA atípica, mais comum em indivíduos com menos de 65 anos, varia entre 15-65/100.000,
com alguns pacientes apresentando dificuldades visuais ou motoras, disfunção executiva e
outros sintomas. A patogênese da DA está ligada à presença de aglomerados de proteína beta-
amiloide (Aβ) extracelular, conhecidos como placas neuríticas, e emaranhados de proteínas tau
hiperfosforiladas. Essas placas são formadas a partir da proteína precursora de amiloide (APP)
por ação de enzimas, enquanto os emaranhados neurofibrilares consistem principalmente de
proteína tau hiperfosforilada. A relação entre Aβ e tau é sinérgica na neurotoxicidade, com
evidências de que o Aβ pode desencadear a formação de emaranhados de tau. Biometais como
ferro, cobre e zinco também foram associados à DA, com a desregulação desses metais
contribuindo para a toxicidade do sistema nervoso. Fatores genéticos, incluindo o gene APOE e
mutações nos genes APP, PSEN-1 e PSEN-2, também desempenham um papel importante na
DA. A presença do alelo APOE ε4 aumenta significativamente o risco de desenvolver a doença.
Mutações no gene APP estão associadas a um acúmulo de Aβ, enquanto mutações em PSEN-1
e PSEN-2 afetam a produção de Aβ. As manifestações clínicas incluem perda de memória,
depressão, ansiedade, distúrbios de linguagem e outras alterações cognitivas e
comportamentais. A fase da DA varia de pré-clínica a grave, afetando progressivamente o
funcionamento diário do paciente. O diagnóstico combina avaliação clínica, testes
neuropsicológicos e biomarcadores, como proteína tau, Aβ42 e imagens cerebrais. O
tratamento envolve medicamentos como inibidores da acetilcolinesterase e memantina, além
de terapias em estudo que visam as proteínas Aβ. Estilos de vida saudáveis, como atividade física
e dieta, também desempenham um papel importante na prevenção e tratamento da DA.

Palavras-chave: Doença de Alzheimer, demência, memória.

Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences


Volume 5, Issue 4 (2023), Page 1695-1709.
Mente e memória : uma exploração multidisciplinar da doença de Alzheimer.
Zanuto et. al.

Mind and memory: a multidisciplinary exploration of


Alzheimer's disease.
ABSTRACT

AD is a neurodegenerative disease and is one of the leading causes of death globally, accounting
for more than 4% of deaths in 2016. The dementia-related death rate from AD was more than
45 per 100,000 in a 2013 European study. The prevalence of atypical AD, most common in
individuals under 65 years of age, ranges from 15-65/100,000, with some patients experiencing
visual or motor difficulties, executive dysfunction, and other symptoms. The pathogenesis of AD
is linked to the presence of clusters of extracellular amyloid beta (Aβ) protein, known as neuritic
plaques, and tangles of hyperphosphorylated tau proteins. These plaques are formed from
amyloid precursor protein (APP) by the action of enzymes, while neurofibrillary tangles consist
mainly of hyperphosphorylated tau protein. The relationship between Aβ and tau is synergistic
in neurotoxicity, with evidence that Aβ can trigger the formation of tau tangles. Biometals such
as iron, copper and zinc have also been linked to AD, with dysregulation of these metals
contributing to nervous system toxicity. Genetic factors, including the APOE gene and mutations
in the APP, PSEN-1, and PSEN-2 genes, also play an important role in AD. The presence of the
APOE ε4 allele significantly increases the risk of developing the disease. Mutations in the APP
gene are associated with an accumulation of Aβ, while mutations in PSEN-1 and PSEN-2 affect
Aβ production. Clinical manifestations include memory loss, depression, anxiety, language v-
disorders and other cognitive and behavioral changes. The phase of AD varies from preclinical
to severe, progressively affecting the patient's daily functioning. Diagnosis combines clinical
assessment, neuropsychological tests and biomarkers such as tau protein, Aβ42 and brain
imaging. Treatment involves medications such as acetylcholinesterase inhibitors and
memantine, as well as therapies being studied that target Aβ proteins. Healthy lifestyles, such
as physical activity and diet, also play an important role in preventing and treating AD.
Keywords: Alzheimer's disease, dementia, memory.

Instituição afiliada – 1 Discente de medicina da Universidade de Rio Verde/ Campus Rio Verde -GO (UniRV), 2
Instituto Master de Ensino Presidente Antônio Carlos ( IMEPAC)/ Campus Araguari - MG, 3 Universidade Anhembi
Morumbi,4 Centro Universitário do Norte (UNINORTE), 5 Centro Universitário de Mineiros/Campus Trindade-GO
(UNIFIMES), 6 Centro Universitário de Goiatuba (Unicerrado), 7 Universidade do Porto /Portugal
Dados da publicação: Artigo recebido em 05 de Agosto e publicado em 11 de Setembro de 2023.
DOI: https://doi.org/10.36557/2674-8169.2023v5n4p1695-1709
Autor correspondente: Bruno Zanuto [email protected]

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Volume 5, Issue 4 (2023), Page 1695-1709.
Mente e memória : uma exploração multidisciplinar da doença de Alzheimer.
Zanuto et. al.

INTRODUÇÃO
A doença de Alzheimer (DA) é uma patologia neurodegenerativa lentamente
progressiva caracterizada pela presença de placas β-amiloides e emaranhados neurofibrilares.
Essa doença é a principal causa de demência em pacientes senis na atualidade, ocasionando
diversos distúrbios que afetam a qualidade de vida desses indivíduos, como perda progressiva
da memória e prejuízos cognitivos, podendo evoluir para um estado vegetativo do paciente e a
morte.

A DA foi relatada pela primeira vez pelo médico alemão Alois Alzheimer em 1906, ao
estudar por alguns anos a paciente Auguste Deter levada pelo marido com queixas de distúrbios
emocionais e perda da memória recente. Alois descreveu a presença de placas amiloides e perda
maciça de neurônios ao examinar o cérebro de Auguste Deter e descreveu como uma doença
grave do córtex cerebral ( BREIJYEH et al., 2020).

A causa da DA ainda é bem discutida, mas os principais estudos indicam que a


patogênese está relacionada à presença de aglomerados de proteína beta-amiloide (Aβ)
extracelular e emaranhados de proteínas tau. Além disso pesquisas recentes mostraram
mostraram que a DA possui fatores genéticos intimamente relacionadas a manifestação da
doença, como o gene APOE e mutações no gene dominante, como proteína precursora amiloide
( APP), Preselina-1 ( PSEN-1) e Preselina-2 ( PSEN-2) ( KNOPMAN et al., 2021).

Desse modo, o objetivo desse estudo foi avaliar por meio da literatura atual a
epidemiologia, a patogênese, as manifestações clínicas, bem como o diagnóstico e o tratamento
instituído na doença de Alzheimer. Assim, contribuindo para a maior divulgação dessas doenças.

METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa realizada no período de agosto de 2023, por meio
de pesquisas na base de dados Pubmed. Na busca, foram utilizados os descritores: “alzheimer 's
disease” . Foram recuperados 8357 artigos, posteriormente submetidos aos critérios de seleção.

Os critérios de inclusão foram: artigos publicados no período de 2020 a 2023, artigos


de revisão de literatura, que abordaram as temáticas propostas para esta pesquisa,
disponibilizados na íntegra, não havendo restrição quanto à linguagem dos artigos. Os critérios

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de exclusão foram: artigos duplicados e que não atendiam aos demais critérios de inclusão.

Após os critérios de seleção, restaram 13 artigos que foram submetidos à leitura


minuciosa para a coleta de dados. Os resultados foram apresentados de forma descritiva,
divididos em categorias temáticas abordando: epidemiologia, patogênese, manifestações
clínicas, classificação, diagnóstico e tratamento.

RESULTADOS

Epidemiologia

Os números relacionados à doença de Alzheimer ainda são bastante controversos,


possuindo diversos fatores que interferem para que se chegue em valores únicos e universais.

Em 2015 o número de pessoas com demência era de mais de 40 milhões em todo o


mundo, sendo que 60-70% desses indivíduos possuíam Alzheimer, e a estimativa é que esse
número dobre a cada 20 anos, podendo chegar na próxima década a 75 milhões de pessoas
(PERKOVIC et al.,2021).

A prevalência de DA aumenta conforme a idade e varia de acordo com as regiões do


globo, alguns estudos mostraram que essa doença pode afetar cerca de 3-4% dos adultos em
seus últimos anos de trabalho ou no início da aposentadoria. Alguns estudos mostraram que o
sexo tem importante relação com a prevalência de demencia na doença de Alzheimer, indicando
que mulheres são mais suscetiveis a essa condição ( MONFARED et al.,2022).

A demência, independente de suas causas, é uma das principais causas de mortes


globais, sendo responsável, no ano de 2016, por mais de 4% de todas as mortes naquele ano.
Uma pesquisa europeia,realizada em 2013, mostrou que a taxa de mortalidade padronizada por
idade relacionadas à demência da doença de Alzheimer foi de mais de 45 por 100.00 (
MONFARED et al.,2022).

Alguns estudos demonstram que a prevalência de DA atípico,mais comum em indivíduos


menores de 65 anos, cujo primeiro sintomas é a perda de memória, é em torno de 15-

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65/100.000 entre as idades de 45 e 64 anos, sendo que destes pacientes 8-13% apresentam
dificuldades visuais ou motoras, enquanto que uma média de 8% apresentam dificuldades
motoras e 2% possuem disfunção executiva ( GRAFF-RADFORD et al.,2021)

Patogênese

Os principais estudos sobre a patogênese da doença de Alzheimer abordam como causa


dessa patologia a presença de aglomerados de proteína beta-amiloide (Aβ) extracelular,
chamados de placas neuríticas, que se encontram espalhados em várias partes do córtex
cerebral. Além disso, outro importante fator para o estudo da patogênese da DA, são os
emaranhados de proteínas tau, que inicialmente se formam na região do lobo temporal medial
e depois se espalham para áreas como os lobos temporal, parietal e frontal do cérebro (
KNOPMAN et al., 2021). As placas neuríticas, formadas por aglomerados de beta-amiloide (Aβ)
insolúveis,são produzidos a partir da proteína precursora de amilóide (APP) através da ação da
enzima β-secretase 1 (BACE-1) e da clivagem pelo γ-secretase. Enquanto isso, os emaranhados
neurofibrilares consistem principalmente de proteína tau que sofre hiperfosforilação excessiva
(PERKOVIC et al.,2021)

Na patogênese da DA relacionada aos aglomerados de proteína beta-amiloide (Aβ),


temos que por meio de monômeros (Aβ), não tóxico em quantidades fisiológicas,são originados
oligômeros instáveis ( oAβ). Estas oAβ então se agrupam para formar estruturas conhecidas
como protofibrilas, que são pequenas, flexíveis e irregulares. Com o tempo, essas protofibrilas
se estendem para criar fibrilas insolúveis que consistem em repetições de cadeias beta
orientadas perpendicularmente ao eixo da fibra. As agregações de Aβ em sua forma fibrilar,
quando encontradas fora das células, são resistentes à quebra por enzimas hidrolíticas. ( GUO
et al.,2020)

Diante disso, o aumento desses oligômeros instáveis pode resultar na elevação dos
níveis extra-sinápticos de glutamato, levando a uma situação de superexcitação das células
nervosas, mediada pelo receptor extra-sináptico do ácido N-metil-D-aspártico (NMDAR). Isso,
por sua vez, resulta na inibição da potenciação de longo prazo no hipocampo, causando
depressão nas conexões entre as células nervosas e perda de estruturas dendríticas. Além disso,
a oAβ pode perturbar o equilíbrio de cálcio dentro das células, prejudicar a função das
mitocôndrias e induzir a produção de espécies reativas de oxigênio. Esses eventos, em conjunto,
levam à morte programada das células nervosas, conhecida como apoptose, resultando em

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perda de células cerebrais ( GUO et al.,2020).

Em relação a neurotoxicidade da proteína tau, estudos mostraram que a forma


patológica da tau pode se espalhar para as regiões pré e pós-sinápticas em compartimentos
cerebrais relacionados à sinapse em casos de doença de Alzheimer. Assim, a tau pode prejudicar
a formação de microtúbulos e interromper o transporte axonal, principal local de distribuição
dessa proteína, prejudicando as funções pré e pós sinápticas e induzindo a morte de neurônios
( GUO et al.,2020).

Outro importante fator no estudo da patogênese da DA é a relação entre a proteína tau


e Aβ. De acordo com alguns estudos recentes,o Aβ foi capaz de desencadear a formação de
emaranhados de tau em vários modelos animais transgênicos de Alzheimer. Ademais, a
neurotoxicidade da Aβ mostrou-se dependente da tau, pesquisas mostraram que a remoção da
tau pode prevenir a morte de células nervosas induzida pelo Aβ em experimentos in vitro. Além
disso, estudos em animais demonstraram que a falta de tau protege contra déficits de
aprendizado e memória em camundongos que produzem Aβ em excesso. Dessa maneira, pode-
se dizer que esses dois fatores atuam de forma sinérgica para causar danos às células nervosas
( GUO et al.,2020).

Outro importante fator predisponente de DA que tem sido estudado recentemente são
os biometais, como ferro, cobre e zinco. De acordo, com essas novas pesquisas a desregulação,
nutricional ou genética, desses metais poderia causar toxicidade ao sistema nervoso e colaborar
com o aparecimento de DA (LEI et al., 2021).

Na década de 90, descobriu-se que o zinco iônico é capaz de acelerar a formação de


placas amiloides a partir da proteína Aβ solúvel. Posteriormente, também foi constatado que o
cobre iônico e o ferro desempenham papéis semelhantes, promovendo a agregação da Aβ e
catalisando a geração de espécies reativas de oxigênio a partir dos complexos formados. Com o
tempo, foram acumuladas evidências de que esses elementos têm impacto na produção,
modificação pós-traducional, agregação e toxicidade tanto da Aβ quanto da proteína tau, duas
proteínas associadas à doença de Alzheimer (LEI et al., 2021).

Fatores genéticos também estão intimamente relacionados à patogênese da doença de


Alzheimer. Diversos casos de DA foram relacionados a genética e dentre os genes mais
importantes para o aparecimento dessa patologia temos o gene APOE e mutações no gene

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dominante, como proteína precursora amiloide ( APP), Preselina-1 ( PSEN-1) e Preselina-2 (


PSEN-2).

Em relação aos fatores genéticos predisponentes de DA temos que a apolipoproteína E


(ApoE), oriunda do gene APOE e produzida no cérebro por astrócitos e micróglia, é um fator de
risco genético para DA após 65 anos. A presença do alelo APOE ε4 em heterozigose aumenta o
risco de desenvolver demência cerca de 3 a 4 vezes,no entanto, indivíduos homozigotos para
esse gene as chances são ainda maiores, podendo chegar a 15 vezes, em comparação com
indivíduos de alelo APOE ε3. Existem vários mecanismo pelos quais a ApoE pode desencadear a
DA, porém a principal delas diz respeito à depuração e semeadura de Aβ, podendo causar
acúmulo precoce de Aβ ( KNOPMAN et al., 2021).

A proteína APP é uma proteína inserida na membrana celular, de classe I, que sofre
processamento por enzimas conhecidas como α-, β- e γ-secretase, resultando na liberação de
Aβ e outras proteínas. Essa proteína é codificada pelo gene APP, localizado no cromossomo 21.
Foram identificadas vinte e cinco mutações do gene APP que têm uma associação com a doença
de Alzheimer, levando a um acúmulo significativo de Aβ em níveis elevados.Enquanto outras
mutações como A673T é considerada protetora contra DA, haja vista que diminui os níveis de
Aβ secretados ( BREIJYEH et al., 2020).

O PSEN-1, localizado no cromossomo 14,é uma proteína central ativadora do complexo


γ-secretase e têm função importante na produção de Aβ a partir de APP. Estudos mostraram o
seu papel na regulação da memória. Mutações nesse gene aumentam a proporção Aβ42/Aβ40,
oque pode se manifestar com a DA mais precoce. Por outro lado, as mutações do gene PSEN-2
são mais raras, porém quando ocorre temos uma elevação significativa na ação na atividade da
γ-secretase com elevação no nível da razão Aβ-42 e Aβ 42/40 ( BREIJYEH et al., 2020).

Manifestações clínicas

O paciente típico de DA é aquele com comprometimento cognitivo leve amnésico


evoluindo para distúrbios na linguagem, cognição espacial e funções executivas que culmina
com um significativo déficit no funcionamento diário desse paciente. É comum pacientes com
DA em estado inicial de demência apresentarem depressão, ansiedade e retraimento social,
enquanto nos casos avançados torna-se frequente episódios de alucinaçao, descontrole
emocional e comportamentos agressivos ( KNOPMAN et al.,2021).

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A principal manifestação clínica associada a DA é a perda de memória. Recentes estudos


mostraram que essa condição está relacionada com a neurodegeneração do locus coeruleus e o
hipocampo.

A noradrenalina produzida pelo núcleo cerúleo, localizada no tronco cerebral,


desempenha um papel importante na regulação da plasticidade sináptica e no fortalecimento
das conexões entre neurônios, processos fundamentais para a memória e a aprendizagem.
Quando a produção de noradrenalina é reduzida devido à neurodegeneração do núcleo cerúleo,
a plasticidade sináptica pode ser comprometida, tornando mais difícil para o hipocampo e outras
regiões do cérebro formar e consolidar memórias eficazmente. Está alterações do núcleo
cerúleo foi achada em pacientes com DA, o que explica o declínio na memória desses indivíduos,
uma vez que esta regulação catecolaminérgica modula a codificação, consolidação e restauração
da memória baseada no hipocampo ( JAMES et al.,2020).

Outro fator que explicaria essa perda de memória nesses pacientes é o acúmulo de
placas e emaranhados neurofibrilares no córtex entorrinal que com o tempo se espalharia para
o hipocampo e outras regiões prejudicando a memória na DA (RAO et al.,2022).

Embora a Doença de Alzheimer seja frequentemente associada a perda de memória, a


patologia da DA também diz respeito a síndromes focais não amnésicas, estando presentes de
6 a 14% dos casos de DA ( FERRARI et al.,2021).

Uma manifestação focal bastante comum em indivíduos portadores de DA é a chamada


atrofia cortical posterior, que envolve déficits visuoespaciais progressivos. Indivíduos com esse
acometimento, geralmente, possui dificuldades em tarefas básicas e comuns do dia a dia, por
exemplo, dirigir, vestir, escrever, julgar distâncias e dificuldades em perceber objetos no campo
visual. Assim que a atrofia cortical posterior evolui surgem problemas relacionados à memória
episódica e à linguagem ( GRAFF-RADFORD et al.,2021).

Além disso, o acometimento assimétrico frontotemporais dominantes em pacientes


com DA,demonstrou ter íntima relação com distúrbios relacionados à fala, sendo chamada de
afasia progressiva primária ( APP). A APP mostrou-se mais prevalente em pacientes menores de
70 anos e do sexo femino. Esse acometimento se manifesta de três formas, podendo estar
presente simultaneamente no paciente, são elas : afasia progressiva primária agramaticais,

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afasia progressiva primária semântica e afasia progressiva primária logopênica. Dessas formas
de afasia a de maior incidência em pacientes com DA é a APP logopênica, que se manifesta por
dificuldade de encontrar palavras na formulação de frases e deficiências fonológicas ( GRAFF-
RADFORD et al.,2021).

A síndrome corticobasal, pode estar presente em 15-50% dos casos de DA, se


manifestando com bradicinesia, distonia, mioclonia, apraxia, déficit sensorial cortical e o
fenômeno de membro estranho. Além disso, é comum o aparecimento de memória episódica
proeminente, mioclonia e afasia. Estudos mostraram que pacientes com DA acometidos pela
síndrome corticobasal possuem uma relativa preservação das regiões frontais superiores em
comparação com uma maior perda de volume nas regiões occipital e temporoparietal ( GRAFF-
RADFORD et al.,2021).

Estágios da Doença de Alzheimer

Um importante fator para a compreensão e rápido diagnóstico da DA é saber a fase em


que encontra o paciente acometido dessa patologia. A Doença de Alzheimer é dividida em três
estágios, são eles a fase pré-clínica, caracterizada por perda leve de memória, sem prejuízo
funcional nas atividades diárias; fase leve e inicial de DA que tem como característica a perda
de atenção e memória com importantes prejuízos em atividades cotidianas, além de mudança
no humor e depressão; o terceiro estágio dessa doença é a fase de DA moderada, no qual a
doença se espalha pelo córtex, manifestando-se com perda acentuada na memória, dificuldade
de reconhecer pessoas,ler, escrever; e por último temos a DA grave, que envolve a progressão
da doença para toda área do córtex e o acúmulo de emaranhados neurofibrilares e placas
neuríticas, nessa fase o paciente não reconhece mais a família e pode ficar acamado com
dificuldades de engolir, urinar, defecar, levando o paciente à morte. ( BREIJYEH et al.,2020).

Diagnóstico

O processo de diagnóstico de um paciente com suspeita de DA começa com a avaliação


da presença e gravidade do comprometimento cognitivo. Essa avaliação é conduzida por um
médico qualificado com o auxílio de alguém familiarizado com a vida diária do paciente, além
de um exame do estado mental do paciente. Para pacientes leves ou com funcionamento
cognitivo relativamente bom, testes neuropsicológicos podem ser úteis para avaliar a extensão
do comprometimento cognitivo e identificar quais áreas cognitivas estão afetadas, auxiliando

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no prognóstico e na identificação da causa subjacente. O diagnóstico provisório pode ser


confirmado por meio de biomarcadores (KNOPMAN et al.,2021).

Apesar de o diagnóstico da doença de Alzheimer (DA) ser predominantemente baseado


em avaliações clínicas, a confirmação depende da presença de biomarcadores que indicam os
processos fisiopatológicos associados à DA. De fato, os novos critérios de diagnóstico agora
requerem a utilização de biomarcadores presentes no líquido cefalorraquidiano (LCR), como as
proteínas Tau total e hiperfosforilada, bem como a razão entre Aβ42 ou Aβ42/Aβ40, além da
tomografia por emissão de pósitrons (PET) para tau e amilóide ( PASSERI et al.,2022).

Atualmente, a tomografia por emissão de pósitrons ( PET) e a análise da proteína do


líquido cefalorraquidiano ( LCR) possuem importante papel no diagnóstico da DA. A tau 181
fosforilada ( P-tau181), depositada no cérebro e secretada no LCR, pode ser utilizada como
biomarcador da DA.Esse método tem precisão de 85-90% no diagnóstico de Alzheimer. A PET é
uma técnica de imagem médica avançada que permite a visualização de processos metabólicos
e funcionais no cérebro. No caso da DA, o PET é frequentemente utilizado com moléculas
traçadoras específicas que se ligam a proteínas anormais encontradas no cérebro de pacientes
com DA. Ao injetar uma dessas moléculas traçadoras marcadas com radioisótopos no paciente
e, em seguida, realizar a varredura PET, os médicos podem detectar e mapear a acumulação de
placas de beta-amiloide no cérebro. Essa informação é valiosa porque as placas de beta-amiloide
são um dos principais marcadores da DA. Isso pode ajudar os médicos a fazer um diagnóstico
mais preciso da DA e a distinguir a doença de outras condições que podem causar sintomas
semelhantes ( KHAN et al.,2020)

Os biomarcadores são reconhecidos pela sua excelente utilidade diagnóstica na


DA.Dentre esses biomarcadores o p-Tau 181 se relaciona fortemente com o t-tau no líquido
cefalorraquidiano e está consideravelmente aumentada na DA, porém ambos marcadores
possui pequena relevância no estadiamento da gravidade do Alzheimer. Outro biomarcador que
se apresenta alterado é o Aβ 42, encontrando-se reduzido no LCR em pacientes com DA
sintomática ( KHAN et al.,2020)

Um importante exame de imagem utilizado no diagnóstico de Alzheimer é a ressonância


magnética . Um achado de extrema relevância nesse tipo de exame nos pacientes com DA é a
atrofia hipocampal, porém em pacientes com demência da DA é comum a preservação do
hipocampo. A ressonância magnética estrutural também é útil na visualização de micro

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hemorragias, uma vez que esses sangramentos estão relacionados com os níveis de Aβ
(KNOPMAN et al.,2021).

A tomografia com emissão de pósitrons com fluorodesoxiglicose ( FDG-PET) nos


pacientes com DA revela um padrão de hipometabolismo temporal-parietal e hipocampal,
antecedendo a perda de volume dessas regiões. O grau de hipometabolismo medido pelo FDG-
PET tem relação com o comprometimento cognitivo da DA (KNOPMAN et al.,2021).

Tratamento

O manejo e cuidado da maioria dos pacientes que sofrem com o comprometimento


cognitivo leve e demência na DA ocorre por familiares próximos. Portanto, é fundamental a
orientação desses cuidadores, a fim de abordarem essa situação de maneira compreensiva e
com o máximo de compaixão, haja vista que para muitos familiares lidar com um membro que
enfrenta dificuldades cognitivas é uma tarefa nova e desafiadora ( KNOPMAN et al.,2021).

O tratamento de comorbidades associados a DA é de fundamental importância para a


qualidade de vida desses pacientes. Indivíduos que possuem transtornos cognitivos e demência
associados à depressão e ansiedade podem se beneficiar com intervenções farmacológicas.
Dessa maneira, nesses indivíduos o tratamento se difere da população em geral, uma vez que é
contraindicado o uso de medicações anticolinérgicas e fármacos com efeitos psicoativos devem
ser prescritos em baixas doses ( KNOPMAN et al.,2021).

A abordagem farmacológica na DA consiste em três medicamentos, aprovados desde a


década de 90, são eles : três inibidores da acetilcolinesterase (donepezil, rivastigmina,
galantamina) e um inibidor glutamato (memantina), utilizada apenas em caso de demência
moderada a grave ( FERRARI et al.,2021). Os inibidores da anticolinesterase atuam aumentando
o nível de acetilcolina, uma vez que se encontra em baixos níveis no sistema nervoso central
(SNC) de pacientes com DA, esta molécula atua na neurotransmissão e desempenham
fundamental papel na memória. Por outro lado, a memantina tem efeito antagonista não
competitivo dos receptores N-metil-D-aspartato (NMDA), atuando na regulação dos níveis de
glutamato, haja vista que altos níveis de glutamato podem causar morte de neurônios ( PASSERI
et al.,2022).

Atualmente, vem sendo considerado pela Federal Drug Administration (FDA) e pela

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Agência Europeia de Medicamentos (EMA) o uso de anticorpo monoclonal que possuem como
alvo as protofibrilas Aβ, o aducanumab. Sua eficácia ainda está em estudo, mas alguns ensaios
clínicos comprovaram seu benefício na desaceleração do declínio na escala de avaliação clínica
da demência. O Donanemabe, cujo o alvo são placas Aβ,mostrou-se eficaz na redução dessas
placas ( KNOPMAN et al.,2021).

Além do tratamento farmacológico, o uso de estratégias, como a mudança no estilo, é


de fundamental importância para a prevenção dessa doença.

Um estudo feito com 160.000 participantes mostrou uma redução de 45% no risco de
desenvolver Alzheimer devido à prática regular de atividade física. Outro estudo feito com
camundongos transgênicos para DA evidenciou que os exercícios físicos contribuem para a
diminuição de placas Aβ. Além disso, dietas consideráveis saudáveis para o coração, como a
dieta mediterrânea, dietas cetogênicas mostraram-se ter grandes benefícios na prevenção e
tratamento da DA ( ROSA et al.,2020).

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com este estudo, conclui-se que a doença de Alzheimer é uma doença
neurodegenerativa, provocada, principalmente, pela presença de aglomerados de proteína
beta-amiloide (Aβ) extracelular e emaranhados de proteínas tau. Ao longo dos anos foram feitos
avanços significativos no estudo da origem dessa doença, evidenciando que certos fatores
genéticos estão intimamente relacionados à patogênese dessa doença. A DA apresenta como
principal manifestação clínica a perda de memória, mas é comum apresentarem déficits
neurovisuais, ataxia e afasia. O diagnóstico é baseado na avaliação clínica e a presença de
biomarcadores,como proteínas Tau total e hiperfosforilada, presentes no LCR, bem como a
razão entre Aβ42 ou Aβ42/Aβ40, além da tomografia por emissão de pósitrons (PET) para tau e
amilóide. A DA possui como principal tratamento o uso de medicamentos inibidores do
glutamato e inibidores da acetilcolinesterase, porém diversos outros fármacos tem sido
estudado na terapia desta patologia, o'que evidencia que a doença de Alzheimer ainda requer
um maior nível de evidência científica e uma atenção especial de estudos especializados na área.

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