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Direito Constitucional

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Ana Paula Martins da Silva Hernandes - [email protected] - CPF: 132.225.

927-56
opa, concurseiro
Seja bem-vindo(a) ao nosso guia de dicas ilustradas
sobre a disciplina de Direito Constitucional.

Apresentamos um guia acessível e esclarecedor sobre


Direito Constitucional, uma das bases legais de
qualquer nação.
O objetivo deste guia é simplificar conceitos e destacar
pontos-chave para tornar o estudo dessa disciplina
mais eficiente e envolvente. Você aprenderá sobre
princípios constitucionais, separação de poderes,
direitos fundamentais e a dinâmica do sistema legal.

Portanto, aproveite este guia como um companheiro


valioso em sua jornada de aprendizado no mundo do
Direito Constitucional. Este é apenas o começo, e
estamos aqui para ajudá-lo a conquistar um domínio
ainda maior sobre essa disciplina crítica do direito.
Vamos começar!

Desejamos muito sucesso em sua


preparação!

Ana Paula Martins da Silva Hernandes - [email protected] - CPF: 132.225.927-56


SUMÁRIO
DICA 1: DIFERENÇAS ENTRE DIREITOS E GARANTIAS
FUNDAMENTAIS
DICA 2: ALCANCE DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
DICA 3: PRINCÍPIO DA IGUALDADE
DICA 4: TRATAMENTO DESUMANO E TORTURA
DICA 5: LIBERDADE DE EXPRESSÃO
DICA 6: PRIVACIDADE, HONRA E IMAGEM
DICA 7: INVIOLABILIDADE DOMICILIAR
DICA 8: SIGILO DA CORRESPONDÊNCIA
DICA 9: DIREITO A LIBERDADE DE TRABALHO
DICA 10: DIREITO DE REUNIÃO
DICA 11: DIREITO DE PROPRIEDADE - PARTE I
DICA 12: DIREITO DE PROPRIEDADE - PARTE II
DICA 13: DIREITO DE PROPRIEDADE - PARTE III
DICA 14: DIREITO DO AUTOR
DICA 15: DIREITO DE HERANÇA
DICA 16: DIREITO Á INFORMAÇÃO
DICA 17: DIREITO DE AÇÃO
DICA 18: PRINCÍPIOS DA SEGURANÇA JURÍDICA
DICA 19: PRINCÍPIO DO “JUIZ NATURAL”
DICA 20: TRIBUNAL DO JÚRI - PARTE I
DICA 21: TRIBUNAL DO JÚRI - PARTE II
DICA 22: TRIBUNAL DO JÚRI - PARTE III
DICA 23: PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA LEGALIDADE - PARTE I
DICA 24: PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA LEGALIDADE - PARTE II
DICA 25: PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA LEGALIDADE - PARTE III
DICA 26: DISCRIMINAÇÃO DE DIREITOS E LIBERDADES
FUNDAMENTAIS - PARTE I
DICA 27: DISCRIMINAÇÃO DE DIREITOS E LIBERDADES
FUNDAMENTAIS - PARTE II
DICA 28: DISCRIMINAÇÃO DE DIREITOS E LIBERDADES
FUNDAMENTAIS - PARTE III
DICA 29: DISCRIMINAÇÃO DE DIREITOS E LIBERDADES
FUNDAMENTAIS - PARTE IV

Ana Paula Martins da Silva Hernandes - [email protected] - CPF: 132.225.927-56


SUMÁRIO
DICA 30: RESTRIÇÕES À AÇÃO PUNITIVA DO ESTADO
DICA 31: PRINCÍPIO DA NÃO-EXTRADIÇÃO
DICA 32: PROVAS ILÍCITAS - TEORIA DOS FRUTOS DA ÁRVORE
ENVENENADA
DICA 33: PROVAS ILÍCITAS - PARTE II
DICA 34: GARANTIAS PROCESSUAIS - PRESUNÇÃO DE
INOCÊNCIA
DICA 35: GARANTIAS PROCESSUAIS - IDENTIFICAÇÃO
CRIMINAL
DICA 36: DIREITO À LIBERDADE - PARTE I
DICA 37: DIREITO À LIBERDADE - PARTE II
DICA 38: LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO
DICA 39: REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS - HABEAS CORPUS
DICA 40: REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS - MANDADO DE
SEGURANÇA
DICA 41: REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS - PRAZOS
DICA 42: REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS - MANDADO DE
SEGURANÇA COLETIVO
DICA 43: REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS - MANDADO DE
INJUÇÃO
DICA 44: REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS - HABEAS DATA
DICA 45: AÇÃO POPULAR
DICA 46: GRATUIDADE E ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA
DICA 47: DOS DIREITOS SOCIAIS - PARTE I
DICA 48: DOS DIREITOS SOCIAIS - PARTE II
DICA 49: DIREITOS SOCIAIS INDIVIDUAIS DOS TRABALHADORES
PARTE I
DICA 50: DIREITOS SOCIAIS INDIVIDUAIS DOS TRABALHADORES
PARTE II
DICA 51: DIREITOS SOCIAIS INDIVIDUAIS DOS TRABALHADORES
PARTE III
DICA 52: PISO SALARIAL
DICA 53: GARANTIA DE SALÁRIO, DÉCIMO TERCEIRO
SALÁRIO E ADICIONAL NOTURNO

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SUMÁRIO
DICA 54: PROTEÇÃO DO SALÁRIO
DICA 55: PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS OU RESULTADOS
DICA 56: SALÁRIO FAMÍLIA
DICA 57: DURAÇÃO DO TRABALHO
DICA 58: JORNADA DE TRABALHO - TURNOS ININTERRUPTOS
DE REVEZAMENTO
DICA 59: HORAS EXTRAS
DICA 60: LICENÇA GESTANTE EPATERNIDADE
DICA 61: PROTEÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO DA MULHER
DICA 62: AVISO PRÉVIO
DICA 63: RISCOS INERENTES AO TRABALHO
DICA 64: INSALUBRIDADE
DICA 65: APOSENTADORIA
DICA 66: ASSISTÊNCIA GRATUITA
DICA 67: ACORDOS COLETIVOS
DICA 68: PROTEÇÃO EM FACE DA AUTOMAÇÃO
DICA 69: SEGURO ACIDENTE
DICA 70: PRESCRIÇÃO TRABALHISTA
DICA 71: NÃO-DISCRIMINAÇÃO - ISONOMIA
DICA 72: TRABALHO INFANTIL
DICA 73: DIREITOS TRABALHISTAS AOS EMPREGADOS
DOMÉSTICOS
DICA 74: DIREITOS NÃO ESTENDIDOS AOS EMPREGADOS
DOMÉSTICOS:
DICA 75: DIREITOS SOCIAIS COLETIVOS DOS TRABALHADORES
PARTE I
DICA 76: ORGANIZAÇÃO SINDICAL
DICA 77: CONTRIBUIÇÃO SINDICAL
DICA 78: FILIAÇÃO SINDICAL
DICA 79: NEGOCIAÇÕES COLETIVAS
DICA 80: ORGANIZAÇÕES SINDICAIS
DICA 81: PROTEÇÃO DO EMPREGADO SINDICALIZADO
DICA 82: DIREITO DE GREVE
DICA 83: COLEGIADOS DE ÓRGÃOS

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SUMÁRIO
DICA 84: COMISSÃO DE REPRESENTANTES DOS EMPREGADOS
DICA 85: DA NACIONALIDADE - PARTE I
DICA 86: ATRIBUIÇÃO DA NACIONALIDADE ORIGINÁRIA
BRASILEIROS NATOS
DICA 87: DA NACIONALIDADE - PARTE III
DICA 88: DA NACIONALIDADE - PARTE IV
DICA 89: DA NACIONALIDADE - PARTE V
DICA 90: AQUISIÇÃO SECUNDÁRIA (DERIVADA) DA
NACIONALIDADE I
DICA 91: PORTUGUESES RESIDENTES NO BRASIL
DICA 92: AQUISIÇÃO SECUNDÁRIA (DERIVADA) DA
NACIONALIDADE II
DICA 93: CONDIÇÃO JURÍDICA DO NACIONALIZADO
DICA 94: PERDA DE NACIONALIDADE
DICA 95: LÍNGUA E SÍMBOLOS OFICIAIS
DICA 96: DIREITOS POLÍTICOS - PARTE I
DICA 97: DEMOCRACIA
DICA 98: CATEGORIZAÇÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS
DICA 99: SUFRÁGIO
DICA 100: TIPOS DE SUFRÁGIO
DICA 101: CAPACIDADE ELEITORAL ATIVA
DICA 102: CAPACIDADE ELEITORAL PASSIVA
DICA 103: DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS
DICA 104: INELEGIBILIDADEPOR MOTIVOS FUNCIONAIS - PARTE I
DICA 105: INELEGIBILIDADEPOR MOTIVOS FUNCIONAIS - PARTE II
DICA 106: INELEGIBILIDADE REFLEXA - PARTE I
DICA 107: INELEGIBILIDADE REFLEXA - PARTE II
DICA 108: INELEGIBILIDADE RELATIVA À CONDIÇÃO DE MILITAR
DICA 109: OUTRAS HIPÓTESES DE INELEGIBILIDADE RELATIVA
DICA 110: AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DO MANDATO ELETIVO
DICA 111: PERDA E SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS
DICA 112: PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE ELEITORAL
DICA 113: DOS PARTIDOS POLÍTICOS - PRECEITOS E
CRIAÇÃO

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SUMÁRIO
DICA 114: CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
DICA 115: ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
DICA 116: AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES PÚBLICAS
DICA 117: SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA E EMPRESAS
PÚBLICAS
DICA 118: REGIME JURÍDICO DA ADMINISTRAÇÃO
DICA 119: REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO
DICA 120: PRINCÍPIOS EXPLÍCITOS DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA - LEGALIDADE
DICA 121: PRINCÍPIOS EXPLÍCITOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
- IMPESSOALIDADE
DICA 122: PRINCÍPIOS EXPLÍCITOS DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA - MORALIDADE
DICA 123: PRINCÍPIOS EXPLÍCITOS DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA - PUBLICIDADE
DICA 124: PRINCÍPIOS EXPLÍCITOS DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA - EFICIÊNCIA
DICA 125: AGENTES PÚBLICOS
DICA 126: CONCURSO PÚBLICO
DICA 127: CARGOS EM COMISSÃO E FUNÇÕES DE CONFIANÇA
DICA 128: REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES PÚBLICOS
DICA 129: ACUMULAÇÃO REMUNERADA DE CARGOS,
EMPREGOS E FUNÇÕES PÚBLICAS
DICA 130: SERVIDORES PÚBLICOS E MANDATO ELETIVO
DICA 131: REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS
DICA 132: ESTABILIDADE E PERDA DE CARGO DOS SERVIDORES
PÚBLICOS
DICA 133: FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO
DICA 134: ORGANIZAÇÃO DO ESTADO - PODER CONSTITUINTE
DICA 135: APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS -
NORMAS DE EFICÁCIA PLENA
DICA 136: APLICABILIDADE DAS NORMAS
CONSTITUCIONAIS - NORMAS DE EFICÁCIA CONTIDA

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SUMÁRIO
DICA 137: APLICABILIDADE DAS NORMAS
CONSTITUCIONAIS - NORMAS DE EFICÁCIA LIMITADA
DICA 138: CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
DICA 139: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE (ADI)
DICA 140: AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE
(ADC)
DICA 141: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR
OMISSÃO (ADO)
DICA 142: ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO
FUNDAMENTAL (ADPF)
DICA 143: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
INTERVENTIVA (ADI-I)
DICA 144: REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS - COMPETÊNCIA
COMUM
DICA 145: REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS - COMPETÊNCIA
PRIVATIVA
DICA 146: REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS - COMPETÊNCIA
CONCORRENTE
DICA 147: ORGANIZAÇÃO DOS PODERES - PODER EXECUTIVO
DICA 148: ORGANIZAÇÃO DOS PODERES - PODER LEGISLATIVO
DICA 149: ORGANIZAÇÃO DOS PODERES - PODER JUDICIÁRIO
DICA 150: DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
DICA 151: SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA - PARTE I
DICA 152: SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA - PARTE II
DICA 153: TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS
DICA 154: FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA - PARTE I
DICA 155: FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA - PARTE II

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memoriza.aí
PERCENTUAL DE COBRANÇA

Ao abordar os direitos fundamentais, a


Organização do Poder Jurídico
8.3%
Constituição Federal os dividiu em cinco
Administração Pública
Servidores Públicos
8.4%
21.8% grupos distintos. Aqui trataremos
especificamente dos direitos e
Direitos Constitucionais
9% obrigações individuais e coletivos
relacionados ao conceito de pessoa
Poder Legislativo
9.3%
Direitos Individuais
17.2%
humana. Esses direitos podem ser
divididos em direitos individuais (como
Disposições Gerais
11.3% Organização Político - Administrativa
o direito à vida e à liberdade) e coletivos
14.7%
(como o direito de reunião e associação).
Vamos entender como isso funciona?

DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

Os direitos e garantias fundamentais são normas protetivas que visam proteger o


cidadão da ação do Estado (uma vez que o Estado é obrigado a garantir tais direitos) e
assegurar os requisitos mínimos de uma vida digna para o indivíduo perante a
sociedade. A inviolabilidade destes é a garantia de que a relação entre o indivíduo e o
Estado se mantenha intacta, juntamente com o Estado Democrático de Direito.

O título II (Dos direitos e garantias fundamentais) da Constituição Federal, é composto


pelos seguintes capítulos:

- Capítulos 1: Dos direitos e deveres individuais e coletivos;

- Capítulos 2: Dos direitos sociais;

- Capítulos 3: Da Nacionalidade;

- Capítulos 4: Dos direitos Políticos;

- Capítulos 5: Dos Partidos Políticos;

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CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

A doutrina apresenta as seguintes características fundamentais:

a plena efetivação dos direitos


EFETIVIDADE fundamentais deve considerar que
eles compõem um sistema único.
os Poderes Públicos têm a
missão de concretizar (efetivar) COMPLEMENTARIDADE
os direitos fundamentais.

CONCORÊNCIA

IRRENUNCIABILIDADE possibilidade de
exercício de vários
não cabe renúncia, direitos fundamentais
mas cabe ao mesmo tempo.
momentaneamente
não exercê-los.

ca racte
cara rístic
cterís as
ticas HISTORICIDAE
do s dir
dos dir eit
eit os
os
is
tais lenta informação ao
IMPRESCRITIBILIDADE
fu amen
ndam
fund enta longo dos anos
não se perdem pelo desuso.

INALIENABILIDADE INDIVISIBILIDADE

não possuem conteúdo Não podem ser


econômico. considerados
UNIVERSALIDADE isoladamente, mas
sim integrando um
LIMITABILIDADE
aplicáveis a conjunto único,
todos, indivisível de
não há direito fundamental direitos.
absoluto. independentem
ente de lugar ou
circunstância.
PROIBIÇÃO DO
RETROCESSO

as normas que os instituem não


podem ser revogadas ou
substituídas por outras que os
diminuam, restrinjam ou suprimam.

A relatividade é, dentre as características dos direitos fundamentais, a mais cobrada


nas provas. Portanto, mantenha em mente que não há um direito fundamental
absoluto do direito, ele sempre encontra limites em outros, que são igualmente
protegidos pela Constituição. Por isso, quando há um conflito entre dois direitos,
eles não precisam ser sacrificados totalmente, mas sim diminuídos
proporcionalmente para atingir o objetivo da norma.

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DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Os direitos individuais e coletivos são direitos fundamentais relacionados ao direito à


vida e à liberdade, tanto de indivíduos quanto de grupos organizados ou formados a
partir de características específicas, garantindo, assim, os seguintes requisitos
fundamentais:

DIREITO À VIDA
DIREITO À SEGURANÇA
Todos têm direito à vida e à existência, podendo viver dignamente,
preservando a integridade física e moral.
É de responsabilidade do Estado assegurar a segurança dos
cidadãos, punindo aqueles que não cumprem as leis e normas
estabelecidas, além de assegurar-lhes a defesa em caso de
violação de normas da Constituição.
DIREITO À PROPRIEDADE
DIREITO À LIBERDADE Este é um dos direitos mais importantes por assegurar que todos
tenham a oportunidade de morar e sobreviver dignamente.

O indivíduo não pode ser privado de sua liberdade, a menos


que viole a lei. Esse direito também inclui o direito de ir e vir, a
liberdade de expressão e pensamento, a liberdade religiosa,
DIREITO À IGUALDADE
filosófica e política. Todos são iguais perante a lei, independentemente de
gênero, raça, sexualidade, etnia e crenças.

O Direito nem sempre pode ser aplicado de forma simples. O mesmo ocorre em relação
aos direitos e garantias fundamentais. Em muitos casos, é possível haver um conflito
entre os direitos fundamentais de cada uma das partes, sendo reconhecido como
colisão de direitos fundamentais, nos casos em que mais de um direito fundamental é
discutido.

Ao considerar que certos direitos poderão ser reduzidos, será possível recorrer à
ponderação de direitos e da adequação em cada caso específico.

DICA 1
DIFERENÇAS ENTRE DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Conforme mencionado anteriormente, os direitos e garantias fundamentais
devidamente regulamentados asseguram a dignidade da pessoa humana.

Sua principal diferença está na área protetiva. Enquanto as garantias fundamentais se


referem a questões mais restritas, os direitos fundamentais integram todo o sistema
constitucional, sendo válidos tanto no âmbito nacional quanto em escala internacional.
Vamos juntos aprender a diferenciar um conceito do outro?

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Apesar de o texto da Constituição Federal não fazer distinção explícita entre os dois
institutos, é possível dizer que ambos os conceitos têm funções diferentes. Os direitos
fundamentais podem ser definidos como os bens e vantagens que a Constituição
Federal concede. As garantias fundamentais, por outro lado, são os mecanismos
constitucionais que protegem os direitos fundamentais.

Além disso, vale destacar que eles possuem aplicabilidade imediata. Contudo, sua
eficácia será validada de acordo com o planejamento e a prática de políticas públicas.

DIREITOS FUNDAMENTAIS
São bens e vantagens assegurados pela
constituição.

GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Instrumentos utilizados para assegurar que
os direitos possam ser exercidos pela
população.

É importante salientar que não há uma hierarquia entre os direitos


fundamentais constitucionalmente previstos, embora alguns deles, como
mencionado, sejam a base para a existência de outros direitos.

São muitas as questões de prova que exigem a característica da relatividade


dos direitos fundamentais. Em todos os casos, devemos lembrar que "não há
direitos ou garantias que sejam absolutos".

DICA 2
ALCANCE DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

Brasileiros Estrangeiros residentes no país

ALCANCE DOS DIREITOS


FUNDAMENTAIS
Estrangeiros não residentes no país

Apesar de o artigo 5.º, caput, se referir apenas a "brasileiros e estrangeiros residentes


no país", é unânime na doutrina que os direitos fundamentais são válidos para
qualquer pessoa que esteja em território nacional, mesmo que seja um
estrangeiro residente no exterior. Um estrangeiro que estiver de férias no Brasil será,
portanto, titular de direitos fundamentais.

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Aqui aprenderemos sobre o inciso que representa o princípio da igualdade, ele
determina que se dê o mesmo tratamento aos que estão em condições iguais e
tratamento desigual aos que estão em condições diferentes, dentro de suas diferenças.
Obriga tanto o legislador quanto o aplicador da lei a cumprirem a lei.

Vamos juntos entender isso?

DICA 3
PRINCÍPIO DA IGUALDADE
É importante salientar que as medidas discriminatórias de tratamento devem ser
exercidas consoante o princípio da razoabilidade, para que os excessos cometidos pelo
legislador não agridam a dignidade da pessoa humana dos particulares envolvidos.

Em outras palavras, é plenamente factível que o legislador trate determinadas


categorias de indivíduos de maneira distinta, sem afrouxar o que está escrito na
Constituição Federal. Veja as características a serem observadas para a adoção de
critérios discriminatórios:
Decorre do princípio da
Isonomia

tratamento
DIFERENCIADO
DEVE SER INSTITUÍDA
POR MEIO DE LEI

DEVE PAUTAR-SE NA
RAZOABILIDADE

É UM MEIO DE
ALCANÇAR A
IGUALDADE

Sendo assim, o legislador deve obedecer à “igualdade na lei”, não podendo criar
leis que discriminem pessoas em situação semelhante, exceto quando houver
razoabilidade para tal. Os intérpretes e aplicadores da lei, por sua vez, ficam limitados
pela “igualdade perante a lei”, não podendo distinguir, quando da aplicação do Direito,
aqueles a quem a lei concedeu tratamento igual.

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memoriza.aí
DICA 4
TRATAMENTO DESUMANO E TORTURA
Abaixo teremos um desdobramento do direito fundamental à dignidade da pessoa
humana. Como consequência, ninguém poderá ser torturado ou submetido a
tratamento desumano, ou degradante. Vamos aprender juntos algumas diferenças?

TRATAMENTO DESUMANO
Aquele que causa grande sofrimento físico ou mental. Todavia,
diferentemente da tortura, na tortura, não há um objetivo claro e uma
motivação aparente.

TORTURA
Qualquer ação ou omissão que expõe pessoas a um intenso
sofrimento físico ou mental, com o intuito de obter confissão ou
informação, punir, intimidar e discriminar. Na tortura, o agente
público será o responsável pelos atos.

TRATAMENTO DEGRADANTE
Quando a pessoa é humilhada e diminuída diante de outras pessoas ou de
si mesma.

LEMBRE-SE!
Esse inciso costuma ser cobrado em sua literalidade. Memorize-o!

III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;

Previsão constitucional: Art. 5°, III, CF.

ATENTE-SE!
A Súmula Vinculante nº 11 está em consonância com a impossibilidade de
utilização das práticas mencionadas acima. Destacando que a utilização
de algemas é uma exceção, apenas podendo ocorrer nos casos em que
houver:
Risco à integridade física própria ou alheia;
Resistência do preso; PRF
Fundado receio de fuga; mnemônico

PERIGO
O uso de algemas só será licito se houver: RESISTÊNCIA
FUGA
PRF

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DICA 5
LIBERDADE DE EXPRESSÃO
Não é permitido, em nosso ordenamento jurídico, nenhuma forma de censura. Dessa
forma, a prática de atividades intelectuais, artísticas, científicas e de comunicação é
livre para a iniciativa privada, sem a necessidade de autorização do Poder Público. A
Constituição Federal estabelece, em seu artigo 220, que nenhuma forma, processo ou
veículo de comunicação poderá ser alvo de censura.

ENTENDIMENTO STF
O direito à liberdade de imprensa garante ao jornalista o
direito de fazer críticas a qualquer indivíduo, seja em tom
áspero, contundente, sarcástico, irônico ou irreverente,
especialmente em relação às autoridades e órgãos
governamentais. No entanto, esse profissional responderá,
tanto penalmente quanto civilmente, pelos abusos que
cometer, sujeitando-se ao direito de resposta previsto na
Constituição, no seu artigo 5.º, inciso V. Vamos ver?

V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização


por dano material, moral ou à imagem;

Previsão constitucional: Art. 5°, V, CF.

Esta norma expressa o direito de resposta à manifestação do pensamento de outra


pessoa, aplicável a todas as ofensas, independentemente de elas serem consideradas
ou não infrações penais. A resposta deve ser proporcional, ou seja, veiculada no mesmo
meio de comunicação, com o mesmo destaque, tamanho e duração.

LEMBRE-SE!
o direito de resposta se aplica tanto a pessoas físicas quanto a pessoas jurídicas!

ofendidas pela expressão indevida de opiniões.


A censura é vedada, portanto. Já a liberdade de expressão é um direito fundamental,
porém é relativa. Isso se deve à limitação de outros direitos protegidos pela
Constituição, como a inviolabilidade da privacidade e a intimidade do indivíduo, por
exemplo.

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memoriza.aí
DICA 6
PRIVACIDADE, HONRA E IMAGEM
A privacidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas são invioláveis: são
espaços íntimos que não podem ser invadidos por interferências externas. A violação a
esses bens jurídicos implicará em uma indenização, cujo valor deverá ser consoante o
grau de reprovabilidade da conduta. É importante salientar que as indenizações por
dano material e moral são cumulativas, ou seja, ocorrem em relação a um mesmo
evento. Diante de um mesmo fato, é possível que se reconheça o direito a ambas
indenizações.

X -são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,


assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua
violação;

Previsão constitucional: Art. 5°, X, CF.


“Dissecando-se” esse inciso, percebe-se que ele protege:
O direito à intimidade e à vida privada. Assim sendo, protege-se a área mais
obscura da existência de uma pessoa, incluindo tudo o que diz respeito ao seu
modo de pensar e agir.

O direito à honra. Dessa forma, mantém o sentimento de dignidade e a


reputação dos indivíduos, o "bom nome" que os diferencia da sociedade.

O direito à imagem. Defende a representação que as pessoas têm de si


mesmas e dos outros.

Em se tratando da gravidade jurídica que envolve a violação do sigilo bancário, esta


só é permitida em circunstâncias especiais, sendo essencial demonstrar a relevância
das informações requisitadas e cumprir as exigências legais. Para que a quebra do
sigilo bancário ou fiscal possa ser autorizada, é preciso identificar quem está sendo
investigado e o que está sendo investigado. Sendo assim, não é possível determinar a
quebra do sigilo bancário para a apuração de fatos específicos.

DETERMINAÇÃO DE DETERMINAÇÃO DO
AUTORIDADES E PODER LEGISLATIVO
AGENTES FAZENDÁRIOS

NO ÂMBITO DAS CPIS possibilidade MINISTÉRIO PÚBLICO

DEFERAIS E ESTADUAIS de quebra do


sigilo bancário
QUANDO ENVOLVER
DECISÃO JUDICIAL VERBAS PÚBLICAS

Ana Paula Martins da Silva Hernandes - [email protected] - CPF: 132.225.927-56


memoriza.aí

Temos aqui a inviolabilidade de domicílio, inciso bastante exigido em provas de


concursos, vamos aprender?

DICA 7
INVIOLABILIDADE DOMICILIAR
O princípio da inviolabilidade domiciliar visa proteger a privacidade e a vida privada do
indivíduo, além de assegurar-lhe, especialmente no período noturno, o sossego e a
tranquilidade. O termo “casa”, na visão do STF, é bastante amplo, abrangendo
qualquer compartimento privado não aberto ao público.

ESCRITÓRIOS E as EXCEÇÕES são:


são
CONSULTÓRIOS
considerados PROFISSIONAIS;
"casa" QUARTOS DE MEDIANTE CONSENTIMENTO DO MORADOR;
HOTEL;
BOLEIA DE EM CASO DE FLAGRANTE DELITO;
CAMINHÃO;
SEDE DE UMA
EMPRESA; EM CASO DE DESASTRE;
NÃO são
considerados PARA PRESTAR SOCORRO;
"casa" BARES; DURANTE O DIA, POR DETERMINAÇÃO JUDICIAL;
RESTAURANTES;

Lembre-se: o conceito de “dia” vai das 5h até as 21h (Lei de Abuso de Autoridade)

Como visto, os estabelecimentos comerciais, em regra, estão protegidos pela


inviolabilidade domiciliar. No entanto, uma vez que não temos, em nosso
ordenamento jurídico, direitos de caráter absoluto, é perfeitamente possível que o
Poder Judiciário determine, em casos especiais, que a autoridade policial ingresse no
estabelecimento profissional à noite para instalar equipamentos de captação de som
(escuta). Isso se deve ao fato de que o princípio da inviolabilidade domiciliar não
pode ser usado para ocultar atividades ilícitas praticadas no estabelecimento da
empresa.

LEMBRE-SE!
Esse inciso costuma ser cobrado em sua literalidade. Memorize-o!

XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem


consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;

Previsão constitucional: Art. 5°, XI, CF.

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DICA 8
SIGILO DA CORRESPONDÊNCIA
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de
dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou
instrução processual penal;

Previsão constitucional: Art. 5°, XII, CF.


O art. 5º, inciso XII, trata da inviolabilidade das correspondências e das comunicações.
Inicialmente, a leitura do inciso XII pode sugerir que o sigilo da correspondência, das
comunicações telefônicas e de informações não poderia ser violado; somente uma
exceção constitucional poderia ser aplicada às comunicações telefônicas.

Todavia, não é esse o entendimento que prevalece. Dado que não há um direito
absoluto no ordenamento jurídico brasileiro, é possível que uma lei ou decisão judicial
também crie hipóteses de interceptação das correspondências, das comunicações
telegráficas e de dados, sempre que a norma constitucional esteja sendo usada para
ocultar a prática de atos ilícitos.

Em se tratando da interceptação telefônica é, sem dúvida, a medida mais gravosa e, por


isso, somente pode ser determinada pelo Poder Judiciário, é preciso haver uma lei
para o juiz autorizar a interceptação das comunicações telefônicas. Já a quebra do sigilo
das comunicações telefônicas, pode ser determinada pelas Comissões Parlamentares de
Inquérito (CPIs), além, é claro, do Poder Judiciário.

Além disso, como é possível verificar, o art. 5º, inciso XII, é norma de eficácia limitada.
Vamos diferenciar a quebra do sigilo das comunicações e da interceptação
telefônica?
quebra de
sigilo
telefônico ACESSO AO EXTRATO DAS
LIGAÇÕES REALIZADAS bem como a data e hora em que estas
pode ser determinada aconteceram e o tempo de duração
pelo Poder Judiciário
e pelas CPIs

Precisa atender a 3 requisitos:


interceptação ACESSO ÀS GRAVAÇÕES Lei que preveja as hipóteses e a forma
telefônica DAS CONVERSAS como a interceptação será realizada;
REALIZADAS Existência de investigação criminal ou
apenas pode ser instrução processual penal;
determinadas pelo Ordem judicial específica para o caso
Poder Judiciário concreto.

A inviolabilidade do inciso alcança apenas a comunicação dos dados, mas não os dados
em si. Em outras palavras, a proteção não se estende aos locais no qual os dados estão
armazenados, como o disco rígido de um computador, uma vez que, após a
armazenagem, a comunicação já terá sido realizada.

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DICA 9
DIREITO A LIBERDADE DE TRABALHO
O inciso XIII do art. 5º é norma de eficácia contida que trata da liberdade de atividade
profissional. O dispositivo diz que, sem lei que exija qualificações para exercer
determinada profissão, qualquer pessoa poderá exercê-la.

Segundo o Supremo Tribunal Federal, nem todos os ofícios ou profissões podem estar
sujeitos ao cumprimento de requisitos legais para o seu exercício. A regra é a liberdade.
Somente quando houver perigo iminente na atividade é que é possível requerer a
inscrição em um conselho de fiscalização profissional.

POR EXEMPLO...

profissionais de saúde engenheiros advogados profissionais dentistas


e arquitetos de reabilitação
para o exercício pleno da profissão, todos deverão ser inscritos no seu respectivo
órgão de fiscalização.

O Supremo Tribunal Federal considerou constitucional o exame da Ordem dos


Advogados do Brasil (OAB). A Corte entende que o exercício da advocacia é um risco
coletivo, sendo dever do Estado limitar o acesso à profissão e o seu exercício.

Do mesmo modo, o STF entende ser inconstitucional a exigência de diploma para o


exercício da profissão de jornalista, uma vez que não representa risco a sociedade, tal
condição.

LEMBRE-SE!
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte,
quando necessário ao exercício profissional;

Previsão constitucional: Art. 5°, XIV, CF.

Esse inciso tem dois desdobramentos: Garante o direito de acesso à informação


(desde que não viole outros direitos fundamentais) e protege os jornalistas,
permitindo-lhes obter informações sem precisar revelar sua fonte. Não há, contudo,
conflito com a proibição do anonimato. Se alguém for prejudicado pela informação, o
jornalista responderá por esse dano, na forma da lei.

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DICA 10
DIREITO DE REUNIÃO
O direito de reunião está intimamente relacionado à liberdade de expressão e ao regime
democrático de governo. A reunião pode ser definida como um grupo de pessoas que
se reúne de forma temporária e visa propagar um interesse comum a todos os
participantes. Como exemplos, é possível mencionar as reuniões realizadas em uma
comunidade ou as manifestações de protesto e reivindicação.

caracteristicas do Direito de Reunião


Direito de Reunião CF - ART. 5º, XVI.
FINALIDADE PACÍFICA;

EM LOCAIS ABERTOS AO PÚBLICO;


AUSÊNCIA DE ARMAS;

NÃO FRUSTAR OUTRA REUNIÃO


NÃO HÁ NECESSIDADE DE AUTORIZAÇÃO, SOMENTE ANTERIORMENTE AGENDADA;
AVISO PRÉVIO A AUTORIDADE COMPETENTE;

O direito de reunião é um direito individual, permitindo que cada um decida se deve ou


não participar do evento. O direito de reunião também garante a possibilidade de não
participar do evento. Em caso de violação do direito à reunião, o recurso constitucional
adequado é o mandado de segurança, e não o habeas corpus.

Cuidado com “pegadinhas” nesse sentido!

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DICA 11
DIREITO DE PROPRIEDADE - PARTE I
O direito de propriedade é tratado como norma constitucional de eficácia contida e,
portanto, está sujeita à atuação restritiva por parte do Poder Público. Assim como todos
os direitos fundamentais, o direito de propriedade não é absoluto: é preciso que o
proprietário dê à propriedade uma função social.
No entanto, só é permitido a desapropriação com base na proteção do interesse
público, em três situações:

possibilidades de
DESAPROPRIAÇÃO NECESSIDADE PÚBLICA: SÃO SITUAÇÕES EM QUE UM BEM É ESSENCIAL PARA UMA
ATIVIDADE ESSENCIAL DO ESTADO.
UTILIDADE PÚBLICA: OCORRE QUANDO O BEM NÃO É INDISPENSÁVEL, MAS É
DESEJÁVEL PARA UMA ATIVIDADE ESTATAL.
INTERESSE SOCIAL: APLICÁVEL EM CASOS EM QUE UM BEM É NECESSÁRIO PARA O
DESENVOLVIMENTO SOCIAL DO PAÍS.

DESAPROPRIAÇÃO PARA FINS DE REFORMA AGRÁRIA;


(a indenização em títulos da dívida agrária)

a indenização, no caso de
desapropriação, será mediante DESAPROPRIAÇÃO DE IMÓVEL URBANO NÃO-EDIFICADO QUE
prévia e justa indenização em NÃO CUMPRIU SUA FUNÇÃO SOCIAL;
dinheiro,
(a indenização se dará mediante títulos da dívida pública)

DESAPROPRIAÇÃO CONFISCATÓRIA;
(desapropriação sem indenização)

casos em que a
indenização pela
desapropriação NÃO
será em dinheiro.

Há a possibilidade de desapropriação sem indenização. É o que


ocorre na expropriação de propriedades urbanas e rurais de
qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de
plantas psicotrópicas ou exploração de trabalho escravo.

LEMBRE-SE!
Esse inciso costuma ser cobrado em sua literalidade. Memorize-o!

XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou


utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em
dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;

Previsão constitucional: Art. 5°, XXIV, CF.

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DICA 12
DIREITO DE PROPRIEDADE - PARTE II
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de
propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;

Previsão constitucional: Art. 5°, XXV, CF.

Esse inciso é dedicado à requisição administrativa, que é quando o Poder Público,


diante de um perigo público iminente, usa seu poder de império (de coação) para
usar bens ou serviços de particulares.

explicando melhor...

perigo publico
iminente
EM CASO DE IMINENTE PERIGO PÚBLICO, O ESTADO PODE REQUISITAR
A PROPRIEDADE PARTICULAR.
exemplo:
No caso de uma enchente que destrua várias casas de
uma cidade, a Prefeitura pode requisitar o uso de uma
casa que tenha permanecido intacta, para abrigar aqueles
que não têm onde ficar.

A propriedade permanece sendo propriedade


do proprietário, sendo apenas cedida
gratuitamente ao Poder Público.

O proprietário do bem será indenizado apenas em caso de dano.

No exemplo em questão, o Estado não teria que arcar com o pagamento de aluguel ao
proprietário pelo uso do imóvel.

observações:

O perigo público deve ser previsível, ou seja, deve ser algo que
acontecerá em breve. No caso em questão, o Estado não poderia
requisitar a moradia durante a estação da seca, uma vez que há a
possibilidade de uma inundação ocorrer por vários meses depois.

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DICA 13
DIREITO DE PROPRIEDADE - PARTE III

XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela
família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua
atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;

Previsão constitucional: Art. 5°, XXVI, CF.


Com esse inciso, o legislador constituinte deu, à pequena propriedade rural trabalhada
pela família, a garantia de impenhorabilidade. Dessa forma, teve como objetivo a
proteção dos pequenos trabalhadores rurais, que, sem os meios de produção
necessários, não teriam condições de sustento.

No entanto, a impenhorabilidade depende da combinação de alguns requisitos:

requisitos da
impenhorabilidade

A pequena propriedade rural administrada pela família pode


ser objeto de penhora para quitar dívidas não relacionadas à
sua atividade produtiva.

A pequena propriedade rural que a família trabalha não pode


ser penhorada para pagamento de dívidas decorrentes de
sua atividade produtiva.

A pequena propriedade rural, caso não seja explorada pela


família, pode ser penhorada para o pagamento de dívidas
decorrentes e débitos estranhos à sua atividade produtiva.

IMPORTANTE!
É importante destacar que a Constituição exige uma lei que determine quais
propriedades rurais podem ser consideradas pequenas e como serão financiadas para o
seu desenvolvimento.

Tem-se, aqui, o princípio da reserva legal, assunto que vamos trabalhar adiante no
Direito Administrativo.

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DICA 14
DIREITO DO AUTOR

XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou


reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:

a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem


e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;

b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de


que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações
sindicais e associativas;

Previsão constitucional: Art. 5°, XXVII e XXVIII, CF.

São protegidos, por meio desses incisos, os direitos do autor. Durante sua vida, ele
pode escolher como usar, publicar ou reproduzir suas obras. Só depois da sua morte
que o direito será limitado e transmitido aos herdeiros por um empo determinado por
lei. Dessa forma, como será demonstrado adiante, o direito autoral é distinto do
direito à propriedade industrial, que está presente no inciso XXIX do mesmo artigo.

transmissão da
herança

se dá somente após a morte


do autor.

APENAS PELO TEMPO QUE A LEI FIXAR!

NÃO SE ESQUEÇA!
No inciso XXIX, art. 5º, a Constituição enumera expressamente a propriedade industrial
como direito fundamental. Chamarei a atenção para o fato que, ao contrário dos
direitos autorais, que são do autor até sua morte, o inventor de produtos industriais
tem, sobre estes, um privilégio apenas temporário sobre a sua utilização.

Ana Paula Martins da Silva Hernandes - [email protected] - CPF: 132.225.927-56


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você sabia?
A Constituição Federal de 1988 elevou o direito de
herança pela primeira vez à condição de norma
constitucional. Antes da Constituição atual, ele só era
tratado por leis infraconstitucionais.

DICA 15
DIREITO DE HERANÇA

XXX - é garantido o direito de herança;

XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei
brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja
mais favorável a lei pessoal do "de cujus";

Previsão constitucional: Art. 5°, XXX e XXXI, CF.

curiosidade!
"de cujos"

é um termo jurídico que define o falecido, o


autor da herança.

Como é possível notar pelo inciso XXXI, para proteger ainda mais
esse direito, a Constituição assegurou que:

Em caso de bens de estrangeiros localizados no País, seria


aplicada a norma sucessória que mais beneficiasse os brasileiros
sucessores.
Dessa forma, nem sempre a lei brasileira será aplicada à sucessão
de bens de estrangeiros localizados no País.

LEMBRE-SE!
Se a lei estrangeira for mais favorável aos sucessores brasileiros, ela será aplicada.

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DICA 16
DIREITO Á INFORMAÇÃO
Essa norma expressa o direito à informação, que garante aos cidadãos o direito de
receberem dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, de interesse
coletivo ou geral.

Os órgãos públicos não precisam fornecer todos os dados de que dispõem. As


informações que sejam essenciais para a proteção da sociedade e do Estado não
devem ser divulgadas.

Além disso, são protegidas as informações pessoais, que estão protegidas pelo artigo
5.º, X, da Constituição Federal de 1988. Ele estabelece que "são invioláveis a
intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à
indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação".

violação ao direito
de informação

caberá remédio
constitucional
conhecido como: MANDADO DE SEGURANÇA

Em caso de violação do direito à informação, o requerente deve usar o mandado de


segurança. Não é o “habeas data”! O objetivo é assegurar o acesso a dados de
interesse individual do requerente, ou de interesse coletivo, ou geral, e não aqueles que
dizem respeito à sua pessoa (que seria a hipótese de cabimento do habeas data).

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DICA 17
DIREITO DE AÇÃO
O art. 5º, XXXV, estabelece o princípio da inafastabilidade de jurisdição, que garante
que apenas o Poder Judiciário possa decidir uma disputa em definitivo. No entanto,
isso não impede que o indivíduo busque a justiça para fazer valer seus direitos, e
mesmo que recorra a recursos administrativos, a decisão estará sempre sujeita ao
controle judicial. Além disso, o acesso ao Poder Judiciário não depende de um
processo administrativo prévio sobre a mesma questão.

curiosidade!

"lide"

Conflito de interesses resolvido judicialmente


entre as partes; litígio.

Somente é possível acionar o Poder Judiciário depois de prévio requerimento


administrativo.
mas, temos algumas exceções... exceções, nas quais
a jurisdição é
condicionada

Habeas data: Nos casos em que o legislador impõe que o acesso à


Justiça somente pode ocorrer se, antes, a administração houver sido
provocada e tenha se recusado ou se omitido;

Controvérsias desportivas: determina que “o Poder Judiciário só


admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas
após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva."

Reclamação contra o descumprimento de Súmula Vinculante pela


Administração Pública: A reclamação é ação utilizada para levar ao
STF caso de descumprimento de enunciado de Súmula Vinculante;

Requerimento judicial de benefício previdenciário: antes de recorrer


ao Poder Judiciário para que lhe conceda um benefício
previdenciário, faz-se necessário o prévio requerimento
administrativo ao INSS.

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DICA 18
PRINCÍPIOS DA SEGURANÇA JURÍDICA
O direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada são formas de garantir que
as leis não mudem para prejudicar coisas já estabelecidas.

GARANTEM a
irretroatividade das leis.

LEMBRE-SE!
Essa irretroatividade, entretanto, não é absoluta. O Estado pode editar leis retroativas,
desde que beneficiem os indivíduos, impondo-lhes situação mais favorável do que a
que existia sob a vigência da lei anterior.

definição dos
conceitos
O direito adquirido: aquele que está incorporado ao patrimônio do
particular, uma vez que foram cumpridos todos os requisitos aquisitivos
exigidos pela legislação vigente.
exemplo:
se você cumprir todos os requisitos para se aposentar sob a vigência de
uma lei X. Após cumpridas as condições de aposentadoria, mesmo que seja
criada lei Y com requisitos mais gravosos, você terá direito adquirido a se
aposentar.

O ato jurídico perfeito: aquele que reúne

LEInão
todos os elementos fundamentais
exigidos pela lei.
exemplo:
PREJUDICARÁ Utilize-se como exemplo um contrato
celebrado hoje, sob a influência de uma lei X.

A coisa julgada: aquela decisão judicial da qual não há mais recurso.

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DICA 19
PRINCÍPIO DO “JUIZ NATURAL”

XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;


...
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;

Previsão constitucional: Art. 5°, XXXVII e LIII, CF.

O inciso XXXVII junto ao inciso LIII, garante que um juiz neutro vai julgar suas ações no
Poder Judiciário, com finalidade de garantir a justiça em um país democrático. O
princípio do juiz natural impede a criação de juízos de exceção ou "ad hoc", que
surgem de forma arbitrária após a ocorrência de um evento.

curiosidade!
"ad hoc"

A palavra tem sentido de “para um fim


específico”. Pessoa nomeada, em caráter
transitório para exercer determinada função.

Além disso, é decorrente do princípio do juiz natural a responsabilidade de seguir


rigorosamente as normas objetivas de determinação de competência, a fim de
preservar a independência e a imparcialidade do órgão julgador.

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DICA 20
TRIBUNAL DO JÚRI - PARTE I

Esse inciso costuma ser cobrado em sua literalidade. Memorize-o!

XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei,
assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;

Previsão constitucional: Art. 5°, XXXVIII, CF.

mnemônico

Com PS2
Plenitude de defesa;
Sigilo das votações;
Soberania dos veredictos;
Competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;

O presente inciso trata do júri, uma instituição criada para a sociedade participe de
forma efetiva do julgamento de cidadãos acusados de alguns crimes específicos.

Em suma, esse inciso reconhece o júri como a única instância do sistema jurídico
brasileiro que pode julgar os chamados crimes dolosos contra a vida, ou seja,
aqueles cometidos intencionalmente e que, de alguma forma, atingem o direito à vida.

São exemplos de crimes dolosos contra a vida:


homicídio, induzimento, instigação ou auxílio a
suicídio, infanticídio e aborto.

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DICA 21
TRIBUNAL DO JÚRI - PARTE II
O objetivo desse inciso é garantir que as pessoas possam ser julgadas e punidas por
seus concidadãos, quais têm uma sabedoria popular e podem garantir um julgamento
justo.

Além de assegurar ao indivíduo processado o direito de se defender, este inciso


também garante aos jurados o sigilo de suas votações, dando assim a segurança
necessária para poderem votar consoante a sua consciência, sem qualquer tipo de
influência externa.

A decisão do júri deve ser mantida, sem a possibilidade de revisão pelo Poder
Judiciário, assegurando que a vontade do povo (representado pelos jurados) não seja
suprimida por um juiz.

Por acaso termos como “inciso” e “alínea” são complicados para você?
Quer aprender mais sobre o “juridiquês”?

"inciso" "alínea"
Usado como elemento discriminativo Alínea – É o desdobramento dos
do caput de um artigo ou de um incisos; Cada parte de um artigo, que
parágrafo. Os incisos podem se inicia uma nova linha, normalmente
desdobrar em alíneas. assinalada por letras em ordem
alfabética.

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DICA 22
TRIBUNAL DO JÚRI - PARTE III

A intenção dessas dicas é te alertar sobre possíveis


pegadinhas que possam cair em sua prova. Lembre-se,
é de extrema importância incluir nos seus estudos a
leitura de súmulas e jurisprudências acerca dos
assuntos da sua prova.

LEMBRE-SE!
O entendimento extras de conteúdos, vai te colocar na frente de algumas pessoas e
permitir que você não caia em nenhuma pegadinha preparada pela banca.

Jurisprudências

Em casos de crimes dolosos contra a vida envolvendo autoridades com direito a


julgamento especial (foro privilegiado), este deverá ser realizado pelo júri, com
exceção da previsão de julgamento especial na Constituição Federal (Súmula
Vinculante nº45);

O réu não pode ficar algemado durante o julgamento, a menos que haja perigo
para a segurança dos presentes. A acusação não pode mencionar este fato na sua
sustentação oral, sob pena de prejudicar a defesa (Súmula Vinculante nº11);

Caso não seja apresentado um quesito obrigatório aos jurados durante a decisão
do caso, o processo será encerrado, violando a legislação (Súmula nº 156 do STF);

O julgamento do acusado pelo júri (decisão de pronúncia) deve indicar apenas a


existência de um crime e os indícios pelos quais o réu está sendo acusado. O
excesso de linguagem pode invalidar o processo, uma vez que pode influenciar a
decisão dos jurados (HC 354293/RJ, Rel. Ministro Antônio Saldanha Palheiro);

Em 2017 entrou em vigor a Lei n.º 13.491/2017 que altera dispositivos do Código
Penal Militar e retira a competência do júri para julgar os casos cometidos por
militares contra civis. Essa mudança legislativa está sendo questionada no STF por
meio de Ação Direta de Inconstitucionalidade, já que a competência do júri está
descrita na Constituição e não pode ser alterada por meio de lei (ADI n.º 5901).

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DICA 23
PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA LEGALIDADE - PARTE I
Art 5º, XXXIX, CF – não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal

Previsão constitucional: Art. 5°, XXXIX, CF.

O inciso XXXIX enfatiza a importância de que a legislação contenha previsões claras


para permitir a acusação de um cidadão por um crime. Além disso, a lei deve estar em
vigor antes do ato que seja considerado como criminoso. Esse direito é conhecido
como princípio constitucional da legalidade, o qual exige que a lei defina o que é
ou não considerado crime, proporcionando aos cidadãos um parâmetro para
entenderem as possíveis consequências legais de suas ações.

entendeu a importância desse inciso?


Ele confere segurança ao cidadão, assegurando que a lei só terá validade como
parâmetro se estiver em vigor antes da prática do ato.

Isso implica que, sem conhecimento da lei, que ainda não foi tornada pública, não há
como estar ciente de que determinada conduta é considerada criminosa.

NÃO SE ESQUEÇA
O princípio constitucional da legalidade é o mais importante dentro da esfera penal.
Isso acontece porque a lei é a única fonte do Direito Penal.

is
4 funções fundamenta ípio
conferidas por esse princ
Impedir a incriminação sem lei prévia, ou seja, a lei
precisa existir antes do ato ser cometido.

Impedir a criação de crimes e penas com base em


costumes e hábitos: A criminalização de um
comportamento deve estar estabelecida em uma legislação
escrita.

Impedir o uso de analogias ou comparações para criar ou fundamentar crimes:


A lei não pode ser interpretada de forma extensiva para abarcar situações não
previstas explicitamente.

Proibir incriminações vagas e indeterminadas: A lei deve ser clara e precisa na


definição dos crimes, evitando incertezas e interpretações dúbias.

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DICA 24
PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA LEGALIDADE - PARTE II

Esse princípio se desdobra em dois outros princípios fundamentais. Vamos conhecê-los?

Princípio da reserva legal Princípio da anterioridade da lei penal

O princípio da reserva legal é um


conceito fundamental no sistema
jurídico que estabelece que apenas
uma lei formal pode definir o que é
considerado crime e determinar as
penas correspondentes.

Isso significa que medidas provisórias,


que são atos normativos temporários
emitidos pelo Poder Executivo, não
têm a autoridade para criar novos
crimes ou estabelecer punições.

Por sua vez, o princípio da anterioridade da lei penal está relacionado ao momento em
que uma lei deve entrar em vigor para que uma conduta possa ser considerada
criminosa.

Em outras palavras, para que uma pessoa seja responsabilizada por uma conduta
específica, a lei que a proíbe deve estar em vigor antes de tal conduta ser realizada.

José José
PRATICOU A CONDUTA "A" ENTROU EM VIGOR A LEI "X" QUE NÃO PODE SER PUNIDO PELA
INCRIMINA A CONDUTA "A" CONDUTA "A" QUE PRATICOU
20/04/06
30/10/07

Esse princípio visa garantir segurança jurídica nas relações sociais, evitando mudanças
repentinas e retroativas na legislação penal. Assim, uma pessoa não pode ser julgada ou
punida por uma conduta que não era considerada criminosa no momento em que ela foi
realizada.
DICA!
Em decorrência do princípio da anterioridade da lei penal, deriva a irretroatividade da
lei penal.

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memoriza.aí
DICA 25
PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA LEGALIDADE - PARTE III

Esse inciso costuma ser cobrado em sua literalidade. Memorize-o!

XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;

Previsão constitucional: Art. 5°, XL, CF.

mas, o que isso significa?


SALV
para BENEFICIAR
o Réu.

Esse princípio está previsto no artigo 5º, inciso XL, da Constituição Federal brasileira e
estabelece que a lei penal não pode retroagir para prejudicar o acusado ou o réu, ou
seja, não pode ser aplicada a fatos que ocorreram antes de sua entrada em vigor.

Retroagir significa "voltar no tempo", "afetar fatos passados". Portanto, a


retroatividade é a capacidade de se aplicar uma lei a atos ou eventos que ocorreram
antes de sua entrada em vigor, enquanto a irretroatividade refere-se à impossibilidade
de a lei atingir fatos passados.

Portanto, a retroatividade da lei penal benigna significa que a nova lei pode ser
aplicada a fatos ocorridos antes de sua vigência, desde que resulte em benefício para o
réu.

Esse princípio visa assegurar que as mudanças na legislação penal não sejam usadas
para prejudicar indivíduos, mas sim para garantir a justiça e a equidade em relação aos
casos anteriores à mudança da lei.

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memoriza.aí
DICA 26
DISCRIMINAÇÃO DE DIREITOS E LIBERDADES FUNDAMENTAIS
PARTE I

XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades


fundamentais.

XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena


de reclusão, nos termos da lei;

Previsão constitucional: Art. 5°, XLI e XLII CF.

mas, o que isso significa?

O inciso XLI da Constituição estabelece que “a lei punirá qualquer


discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais”. Esse
dispositivo depende de complementação legislativa. Esse inciso impõe um
mandato para a criminalização de práticas discriminatórias, buscando assim
proteger e garantir a efetividade dos direitos fundamentais consagrados na
Constituição.

Por outro lado, o inciso XLII determina que “a prática do racismo constitui
crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da
lei”. Nesse caso específico, o inciso já traz em si uma norma penal
autoaplicável, o que significa que não é necessária uma complementação
legislativa para sua efetivação.

LEMBRE-SE!
Esses dispositivos referentes à criminalização de práticas discriminatórias e ao crime
de racismo são pontos importantes que costumam ser abordados em provas e são
fundamentais para promover a igualdade e o respeito aos direitos humanos na
sociedade.

Ana Paula Martins da Silva Hernandes - [email protected] - CPF: 132.225.927-56


memoriza.aí
DICA 27
DISCRIMINAÇÃO DE DIREITOS E LIBERDADES FUNDAMENTAIS
PARTE II

O racismo é crime inafiançável e imprescritível.

Vamos aos pontos mais importantes...


O inciso XLII, ao estabelecer que o crime de racismo é imprescritível, determina que
mesmo após um longo período desde sua prática e com a omissão das autoridades em
buscar a punição, esse crime não deixará de ser punido.

Dessa forma, não há um prazo após o qual o crime de racismo não possa mais ser
processado e punido, garantindo que a responsabilização perdure ao longo do tempo.

Já inafiançável refere-se a um crime para o qual não é permitido oferecer fiança


como condição para que o acusado seja solto antes do julgamento.

Essas definições são importantes para o entendimento do tratamento legal dado ao


crime de racismo, reforçando a gravidade do ato e garantindo sua punição,
independentemente do tempo decorrido desde sua prática e da possibilidade de
fiança.

No caso do crime de racismo, a legislação estabelece a pena de reclusão,


destacando a seriedade dessa conduta delituosa e o objetivo de coibir e punir de
forma mais enérgica as práticas racistas.

Portanto, é crucial ter em mente que o racismo é punível com a pena de reclusão e
não com a detenção. As bancas examinadoras podem tentar te confundir
apresentando informações equivocadas, mas é fundamental ter clareza sobre essa
distinção.

Ana Paula Martins da Silva Hernandes - [email protected] - CPF: 132.225.927-56


memoriza.aí
DICA 28
DISCRIMINAÇÃO DE DIREITOS E LIBERDADES FUNDAMENTAIS
PARTE III
Esse inciso costuma ser cobrado em sua literalidade. Memorize-o!

XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática


da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos
como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que,
podendo evitá-los, se omitirem;

Previsão constitucional: Art. 5°, XLIII, CF.

Atenção!
O inciso XLIII trata de alguns crimes que são inafiançáveis e também insuscetíveis de
graça ou anistia.

É importante estar atento a essa distinção, pois a banca examinadora possivelmente


tentará te confundir, afirmando erroneamente que esses crimes são imprescritíveis.

mnemônico

HEDIONDO NÃO TEM GRAÇA


Tortura;
Tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins;
Terrorismo;

Enquanto crimes imprescritíveis não estão sujeitos a prazo para a sua punição e
podem ser julgados e punidos a qualquer momento, os crimes inafiançáveis são
aqueles para os quais não é permitido oferecer fiança como condição para que o
acusado seja solto antes do julgamento.
Dessa forma, a prisão é obrigatória até o julgamento,
independentemente da possibilidade de pagamento de
fiança.

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memoriza.aí
DICA 29
DISCRIMINAÇÃO DE DIREITOS E LIBERDADES FUNDAMENTAIS
PARTE IV
Esse inciso costuma ser cobrado em sua literalidade. Memorize-o!

XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis


ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;

Previsão constitucional: Art. 5°, XLIV, CF.

O inciso XLIV trata de mais um crime: a ação de grupos armados, civis ou militares,
contra a ordem constitucional e o Estado democrático. Esse crime, assim como o
racismo, também é inafiançável e imprescritível. Ou seja, não está sujeito à
prescrição e pode ser punido a qualquer momento, mesmo após um longo período
desde sua prática.

Nunca mais esqueça! AÇÃO DE GRUPOS


ARMADOS
Civis ou Militares.
INAFIANÇÁVEL;
IMPRESCRITIVEL;

Sujeito à pena
de RECLUSÃO.

Contra:
RACISMO Ordem Constitucional;
INAFIANÇÁVEL; Estado Democrático;
IMPRESCRITIVEL;
INAFIANÇÁVEL;
INSUSCETIVEIS DE GRAÇA/ANISTIA;

TORTURA TRÁFICO TERRORISMO CRIMES HEDIONDOS

Por eles respondendo


Mandantes;
Executores;
Os que, poderiam evita-los, se
omitirem.

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DICA 30
RESTRIÇÕES À AÇÃO PUNITIVA DO ESTADO

XLVII - não haverá penas:


a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;

Previsão constitucional: Art. 5°, XLIV, CF.


O art. 5º, XLVII, estabeleceu um rol exaustivo de penas inaplicáveis no ordenamento
jurídico brasileiro. Isso significa que a Constituição definiu de forma detalhada as penas
que não podem ser utilizadas no sistema penal brasileiro.

Atualmente, entende-se que as penas têm um caráter preventivo e


repressivo, não sendo destinadas à vingança.
A pena de morte é considerada a mais gravosa
e é admitida somente em casos de guerra
declarada.

Isso ressalta que nem mesmo o direito à


vida é absoluto e que, dependendo do
contexto, todos os direitos fundamentais
podem ser relativizados.

entendimento do
Supremo Tribunal
Federal
Quanto à pena de caráter perpétuo, o Supremo Tribunal Federal (STF) firmou
entendimento de que o tempo máximo legalmente exequível no ordenamento
jurídico brasileiro é de 40 (quarenta) anos. Isso significa que o tempo de
cumprimento das penas privativas de liberdade não pode exceder esse limite,
conforme estabelecido pelo art. 75, "caput", do Código Penal.

Lembre-se!
Essas definições são importantes para estabelecer os limites das penas aplicáveis no
sistema penal brasileiro, garantindo a adequação e proporcionalidade entre o crime
cometido e a sua punição, bem como respeitando os direitos fundamentais dos
indivíduos.

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DICA 31
PRINCÍPIO DA NÃO-EXTRADIÇÃO
Esse inciso costuma ser cobrado em sua literalidade. Memorize-o!

LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime


comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

Previsão constitucional: Art. 5°, LI, CF.


Esse dispositivo estabelece as regras para a extradição de brasileiros natos e
naturalizados.
você sabe o que é extradição?
"extradição"
A extradição é um processo de cooperação
internacional entre o Brasil e outro país, no
qual uma nação solicita ou concede a entrega
de uma pessoa acusada ou já condenada por
um ou mais crimes, com o objetivo de que ela
seja julgada e punida no país que a requisitou.

Os brasileiros natos, ou seja, aqueles que adquiriram a


nacionalidade brasileira no momento do nascimento.
NÃO PODEM SER EXTRADITADOS EM NENHUMA
CIRCUNSTÂNCIA.
Por outro lado, os brasileiros naturalizados, que
eram estrangeiros e obtiveram a nacionalidade
brasileira após um processo de naturalização.

PODEM SER EXTRADITADOS EM DUAS SITUAÇÕES ESPECÍFICAS:

Se cometerem um crime comum antes da naturalização.

Estiverem comprovadamente envolvidos em tráfico de drogas e


entorpecentes, conforme previsto em lei.

LEMBRE-SE!

Não é permitida a extradição de estrangeiros por crimes


políticos ou de opinião. Isso significa que o Brasil não entrega
indivíduos acusados ou condenados por delitos de natureza
política ou relacionados à expressão de suas ideias e opiniões.

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DICA 32
PROVAS ILÍCITAS - PARTE I

LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;

Previsão constitucional: Art. 5°, LVI, CF.


Esse inciso é de extrema importância, pois atua como
salvaguarda contra a utilização de meios ilegais, que
poderiam violar os direitos fundamentais dos cidadãos,
sob a pretensa busca pela justiça.
O objetivo do inciso LVI é primordialmente dissuadir o
uso de atos ou métodos ilegais, que frequentemente
implicam violação de garantias fundamentais, como
meio para obter provas.
Por essa razão, qualquer evidência obtida por meio desses procedimentos ilícitos,
como imagens, áudios, documentos e outras informações, não pode ser admitida no
processo como prova válida. Caso esses dados e provas sejam apresentados ao(s)
julgador(es), estes não poderão levá-los em conta ao formular sua decisão e deverão
excluí-los de todos os documentos relacionados ao processo, a fim de evitar qualquer
"contaminação" na formação do entendimento do(s) julgador(es).

reconhecimento da doutrina
A Teoria dos Frutos da Árvore Envenenada, também conhecida como
"Fruits of the Poisonous Tree" .

Amplamente reconhecida na doutrina jurídica. Essa teoria se baseia na ideia de que


uma árvore envenenada irá produzir frutos contaminados. De acordo com essa lógica,
uma prova ilícita contamina todas as outras provas que dela derivam, resultando em
sua ilicitude.
exemplo
suposto traficante é torturado e confessa crimes.

polícia encontra grande quantidade de


cocaína na residência do traficante devido a
sua confissão.

essa PROVA foi obtida por meio ILÍCITO,


o réu não poderá ser condenado por
isso.

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DICA 33
PROVAS ILÍCITAS - PARTE II

Lembre-se!

provas, lícitas e indeprãendentes da


, se o mantidas,
obtida ilicitamente processo.
tendo continuidade no

A prova obtida por meio de interceptação telefônica sem autorização judicial é


ilícita.

As provas obtidas através de interceptação telefônica baseada somente em


denúncia anônima, sem investigação preliminar, são ilícitas.

As provas obtidas por meio de gravação de conversa informal do indiciado com


policiais são ilícitas, caracterizando um "interrogatório sub-reptício", realizado
sem as formalidades legais do interrogatório no inquérito policial e sem a
devida advertência do direito ao silêncio ao indiciado.

As provas obtidas durante uma prisão ilegal são ilícitas. Se a prisão foi ilegal,
todas as provas obtidas a partir dela também serão consideradas ilícitas.

É lícita a prova obtida mediante gravação telefônica feita por um dos


interlocutores sem autorização judicial, caso haja investida criminosa por parte
do desconhecedor da gravação. Nessa situação, há o embasamento da
legítima defesa.

É lícita a prova obtida por gravação de conversa telefônica feita por um dos
interlocutores, sem o conhecimento do outro, desde que não exista causa legal
de sigilo ou reserva da conversação.

É lícita a prova consistente em gravação ambiental realizada por um dos


interlocutores sem o conhecimento do outro.

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DICA 34
GARANTIAS PROCESSUAIS - PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA

LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença


penal condenatória;

Previsão constitucional: Art. 5°, LVII, CF.

Uma pessoa só pode ser considerada culpada de um crime após o


trânsito em julgado de uma sentença penal condenatória, ou seja,
quando não couber mais nenhum recurso.

O trânsito em julgado da sentença faz coisa julgada material, o que


significa que a decisão se torna definitiva e não pode ser mais
modificada, garantindo assim a segurança jurídica e evitando a
possibilidade de múltiplas condenações pelo mesmo crime.

A presunção de inocência implica que o ônus da prova da prática de


um crime recai sempre sobre o acusador, geralmente representado pelo
Ministério Público ou outro órgão responsável pela acusação. Em outras
palavras, não se pode exigir que o acusado prove sua inocência; cabe
à acusação demonstrar, de forma clara e inequívoca, a culpabilidade do
indivíduo acusado.

Ao colocar o ônus da prova sobre a acusação, busca-se evitar abusos do


poder estatal e garantir que apenas aqueles que cometeram um crime
sejam condenados após um processo legal adequado e uma análise
justa das evidências apresentadas.

Qual entendimento atual do STF?

o STF revisou o antigo entendimento e decidiu que a execução provisória


da pena não é mais permitida apenas com a condenação em segunda
instância. Assim, se um indivíduo foi condenado em primeira instância e
essa condenação foi confirmada por um Tribunal de segunda instância,
ele ainda não poderá ser preso imediatamente, pois ainda cabem
recursos especiais (para o STJ) e recursos extraordinários (para o STF).

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DICA 35
GARANTIAS PROCESSUAIS - IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL

Esse inciso costuma ser cobrado em sua literalidade. Memorize-o!

LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo


nas hipóteses previstas em lei;

Previsão constitucional: Art. 5°, LVIII, CF.

O inciso LVIII do artigo 5° da Constituição Federal assegura ao cidadão que a


identificação criminal não será exigida quando for possível sua identificação por meio
de documentos de identificação civil, como RG, carteira de trabalho e outras formas
de identificação admitidas, ou seja, o indivíduo que já foi civilmente identificado não
será submetido à identificação criminal, exceto nos casos previstos em lei.

Vamos ver quais são eles?

Enquanto a identificação civil é uma prática comum e rotineira,


que inclui a apresentação de documentos como a carteira de
identidade, carteira de motorista e carteira de trabalho, a
identificação criminal é mais restrita e se refere ao processo de
coleta de informações biométricas e fotográficas utilizadas para
identificar um indivíduo em relação a práticas criminosas.

A identificação criminal excepcional só seria exigível


mediante lei específica. Em outras palavras, para a
realização de identificação criminal através de técnicas
como a impressão digital (processo datiloscópico) e
fotografia, é necessário que exista uma lei que regulamente
e autorize o uso desses métodos.

LEMBRE-SE!
A diferenciação entre identificação civil e criminal é importante para compreender a
abordagem distinta utilizada em cada caso, sendo a identificação criminal
dependente de regulamentação legal para sua aplicação em conformidade com o
princípio constitucional.

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DICA 36
DIREITO À LIBERDADE - PARTE I

LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito


ou por ordem escrita e fundamentada de
autoridade judiciária competente, salvo nos casos
de transgressão militar ou crime propriamente
militar, definidos em lei;

LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela


mantido quando a lei admitir a liberdade provisória,
com ou sem fiança;

O que isso quer dizer?


O direito à liberdade é uma norma fundamental estabelecida na Constituição, que só
poderá ser violada em situações excepcionais e taxativamente previstas.

hipóteses em que é
possível a prisão
a) Em flagrante delito, sem necessidade de ordem judicial;

b) Em caso de transgressão militar ou crime propriamente militar,


definidos em lei. Nesse caso, também é dispensada ordem judicial;

c) Por ordem de juiz, escrita e fundamentada.

A prisão, como já mencionado, possui natureza


excepcional. Nesse contexto, o inciso LXVI
estabelece que, se a lei permitir a liberdade
provisória, com ou sem fiança, ninguém será levado
à prisão ou nela mantido.

LEMBRE-SE!
Essa disposição ressalta a importância de garantir a liberdade do indivíduo sempre
que possível, assegurando o princípio da presunção de inocência e a cautela no uso da
privação de liberdade como medida excepcional no sistema jurídico.

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DICA 37
DIREITO À LIBERDADE - PARTE II

LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de


permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de
advogado;

LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou
por seu interrogatório policial;

LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;

LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo
inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do
depositário infiel.

Vamos entender isso?


Nos termos do inciso LXII, a Constituição assegura que a prisão de qualquer
pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz
competente e à família do preso, ou à pessoa por ele indicada.

O inciso LXIII, por sua vez, consagra o direito ao silêncio.Dessa forma, o


indivíduo tem o direito de permanecer em silêncio durante o interrogatório
policial ou qualquer procedimento que possa comprometê-lo criminalmente.

O inciso LXIV garante ao preso o direito de conhecer a identidade dos


responsáveis por sua prisão ou interrogatório policial. Essa disposição visa
evitar arbitrariedades por parte da autoridade policial e de seus agentes.

o inciso LXV determina que a prisão ilegal deve ser imediatamente relaxada
pela autoridade judiciária. Essa medida visa proteger os indivíduos contra
prisões que sejam realizadas de forma ilegal ou arbitrária, .

LEMBRE-SE!
O Brasil é signatário da Convenção Americana de Direitos
Humanos (Pacto de San Jose da Costa Rica). Então, o
entendimento atual do STF é o de que a única prisão civil por
dívida admitida no ordenamento jurídico brasileiro é a de
obrigação alimentícia.

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DICA 38
LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO

XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer


pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;

Previsão constitucional: Art. 5°, XV, CF.

A Constituição Federal de 1988 garante a todos a


liberdade de locomoção no território nacional em
tempos de paz, nos termos da lei.

No entanto, essa norma constitucional possui eficácia


contida, o que significa que ela pode sofrer restrições
relacionadas ao ingresso, saída e circulação interna de
pessoas e patrimônio.

Em outras palavras...

O inciso XV assegura a livre locomoção a qualquer pessoa, seja


brasileira ou estrangeira, em tempos de paz.

Contudo, em tempos de guerra ou situações de


crise, é possível que a liberdade de entrada, saída e
permanência no país sofra duras restrições,
principalmente no que se refere aos
estrangeiros.

LEMBRE-SE!
Essas restrições podem ser estabelecidas por medidas de segurança nacional ou por
leis específicas que regulamentem a circulação de pessoas em situações excepcionais.
Em tais casos, a liberdade de locomoção pode ser limitada para proteger a segurança e
a integridade do país.

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DICA 39
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS - PARTE I

LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar


ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por
ilegalidade ou abuso de poder;

Previsão constitucional: Art. 5°, LXVIII, CF.

HABEAS CORPUS
Mas, o que é isso?
O habeas corpus é um remédio constitucional com objetivo principal
de assegurar que a liberdade individual seja respeitada e que a

s
hab

pu
ea r
detenção ou prisão de alguém ocorra dentro dos limites legais. s co

Quando pode ser usado?


O habeas corpus pode ser utilizado toda vez que o réu se sentir ameaçado de
violência ou coação em sua liberdade de locomoção por ilegalidade ou abuso
de poder. Esse remédio constitucional visa garantir que o indivíduo não seja detido
ou sofra restrições injustas em sua liberdade física.

tipos de "habeas
corpus"

Quando o risco de prisão ainda


PREVENTIVO
é uma ameaça;

A versão mais comum, aplicada


LIBERATÓRIO depois que o réu já teve prisão
decretada pela justiça;

Quem pode impetrar?


Qualquer cidadão pode impetrar/solicitar
um habeas corpus à Justiça, sem a
necessidade de um advogado.

LEMBRE-SE!
A pessoa jurídica, não pode ser paciente
dessa ação, uma vez que não possui
direito de locomoção a ser protegido.

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DICA 40
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS - PARTE II

LXIX – conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo,


não amparado por “habeas corpus” ou habeas data, quando o responsável pela
ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica
no exercício de atribuições do Poder Público;

Previsão constitucional: Art. 5°, LXIX, CF.

MANDADO DE SEGURANÇA
Mas, o que é isso?
A ênfase na proteção de direitos líquidos e certos, excluídos os que podem ser
tutelados por "habeas corpus" e "habeas data", ressalta o caráter residual do
mandado de segurança.
em outras palavras...
Ele é uma medida jurídica utilizada somente quando não há outra via
constitucional disponível para resguardar o direito prejudicado. Por exemplo, o
mandado de segurança é aplicável para salvaguardar o direito de reunião se houver
ameaça ou lesão causada por atos ilegais ou arbitrários do Poder Público.

Quem pode impetrar o mandado de segurança?

Qualquer indivíduo ou entidade, independentemente de sua


nacionalidade, seja pessoa física ou jurídica, residente no Brasil ou não;

Entidades sem personalidade jurídica, como aquelas reconhecidas por


lei como tendo capacidade processual para proteger seus direitos, como
é o caso de massas falidas e espólios;

Certos órgãos públicos, principalmente aqueles de posição hierárquica


superior, com a finalidade de salvaguardar suas prerrogativas e
responsabilidades;

O Ministério Público.

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DICA 41
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS - PARTE III

PRAZOS
Existe um prazo determinado para a apresentação
do mandado de segurança: 120 (cento e vinte)
dias a contar da data em que o interessado tiver
conhecimento oficial do ato que pretende
contestar (como a publicação desse ato na
imprensa oficial, por exemplo).

Não se esqueça!
Caso você deixe passar esse prazo ainda será possível buscar a proteção do seu
direito, mas será necessário utilizar outro tipo de ação, com o rito ordinário comum,
uma vez que a alternativa do mandado de segurança não será mais viável.

Não se aplica mandado de segurança!

Impugnar decisões judiciais Contestar atos que se


passíveis de recurso com efeito enquadrem na esfera
suspensivo; jurisdicional, exceto em
circunstâncias extremamente
Contestar atos administrativos excepcionais, quando a decisão
para os quais exista recurso com for notadamente ilegal ou
efeito suspensivo; envolver um abuso evidente de
poder.
Decisões judiciais que já
tenham alcançado a condição de Contestar decisões judiciais do
trânsito em julgado. Supremo Tribunal Federal
(STF), inclusive aquelas
Questionar leis de forma geral, emitidas por seus Ministros, a
a menos que elas resultem em menos que haja circunstâncias
efeitos práticos específicos; verdadeiramente excepcionais.

Ana Paula Martins da Silva Hernandes - [email protected] - CPF: 132.225.927-56


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DICA 42
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS - PARTE IV

MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO


LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;

b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e


em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus
membros ou associados;

Previsão constitucional: Art. 5°, LXX, CF.

O mandado de segurança coletivo tem


como objetivo a proteção de direitos
coletivos e individuais homogêneos
contra atos, omissões ou abusos de poder
por parte de autoridades.

Apenas determinadas pessoas, conforme definido nas alíneas "a" e "b", possuem o
direito de impetrá-lo (legitimados ativos). É importante notar que a exigência de um
ano de existência e atuação, mencionada na alínea "b", é aplicável somente às
associações, não se aplicando às entidades sindicais e de classe.

entendimento do STF O Supremo Tribunal Federal entende que os


direitos defendidos pelas entidades da alínea
"b" não precisam abranger TODOS os seus
membros. Esses direitos podem se referir
apenas a uma parte dos membros (por
exemplo, quando um sindicato defende um
direito relacionado à aposentadoria, que
beneficia somente seus filiados aposentados).

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DICA 43
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS - PARTE V

LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma


regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais
e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;

Previsão constitucional: Art. 5°, LXXI, CF.

MANDADO DE INJUÇÃO
O que, afinal é injunção?
O mandado de injunção é uma ordem para criar uma lei que aplique os direitos
contidos na Constituição. Esse remédio constitucional pretende suprir a falta de
uma lei que garanta o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das
garantias relativas à nacionalidade.

Isso se deve ao fato de que, quando uma lei infraconstitucional (lei de menor força
que a Constituição) não é editada ou complementada, o exercício desses direitos
pode ser limitado ou mesmo impedido na pratica.
exemplo prático de
como funciona o
A Constituição Federal, por mandando de injução
exemplo, assegura o
direito à educação. No
entanto, este direito é
concretizado e posto em
prática através da Lei de
Diretrizes e Bases da
Educação (LDB). Logo, é
por meio da LDB que o ausência de
o
previsãional norma
direito à educação ituc reguladora
const mandado de
prometido em nossa injução
Constituição é cumprido.

Se a LDB não existisse e o direito à educação não fosse implementado, seria


possível solicitar um mandado de injunção para que, por meio de uma
notificação do Poder Judiciário, o Poder Legislativo pudesse deixar de se omitir
e criar uma lei que cumprisse a promessa constitucional.

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memoriza.aí
DICA 44
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS - PARTE VI

LXXII - conceder-se-á "habeas-data":


a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante,
constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de
caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso,
judicial ou administrativo;

Previsão constitucional: Art. 5°, LXXII, CF.

HABEAS DATA Ação gratuita. No entanto,


é imprescindível a
"Remédio constitucional" cujo
assistência advocatícia para
objetivo é assegurar o direito à
que essa ação seja
informação e à intimidade.
impetrada.

O habeas data pode ser


usado para obter dados
em bancos de dados
públicos, como a Receita
Federal, ou privados, mas
de caráter público, como
os de serviços de proteção
ao crédito - popularmente
conhecidos como SPC - ou
os cadastros de
consumidores.

Permite que o cidadão em questão, identificado legalmente como impetrante, tenha


acesso às informações contidas nos bancos de dados governamentais em seu
nome, bem como solicitar que essas informações sejam corrigidas ou retificadas.

Não se esqueça!
Qualquer indivíduo, seja pessoa física ou jurídica, de nacionalidade brasileira
ou estrangeira, tem o direito de entrar com um habeas data. Este é um tipo
de ação estritamente pessoal, que não pode ser utilizada para obter
acesso a informações pertencentes a terceiros.

Ana Paula Martins da Silva Hernandes - [email protected] - CPF: 132.225.927-56


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DICA 45
AÇÃO POPULAR

LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural,
ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da
sucumbência;

Previsão constitucional: Art. 5°, LXXIII, CF.

AÇÃO POPULAR
A ação popular é um recurso constitucional
acessível a todos os cidadãos, utilizado para
anular atos prejudiciais ligados ao
patrimônio público, à moralidade
administrativa, ao meio ambiente e aos bens
históricos e culturais.

Quem pode impetrar essa ação?


Esta é uma das armadilhas mais conhecidas em concursos, relacionada à ação
popular: somente um cidadão, indivíduo com direitos civis e políticos plenos,
tem o direito de entrar com a ação.

Além disso, essa ação pode ser empregada tanto de forma preventiva (quando
acionada antes da ocorrência do ato prejudicial ao patrimônio público) como
repressiva (quando o dano já ocorreu).

Quem pode sofrer essa ação?


Qualquer pessoa jurídica em cujo nome o ato ou contrato prejudicial
tenha sido (ou estivesse para ser) executado;

Todas as figuras de autoridade, administradores, servidores e


empregados públicos que tenham tido participação no ato ou contrato
prejudicial, ou que tenham se abstido, possibilitando a ocorrência do dano;

Todos os indivíduos que obtiveram benefícios diretos do ato ou contrato


prejudicial.

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DICA 46
GRATUIDADE E ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA

LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que


comprovarem insuficiência de recursos;

LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: a) o registro


civil de nascimento; b) a certidão de óbito;

O inciso LXXIV do artigo 5º da Constituição Federal, estabelece que mesmo


para aqueles que não possuam os recursos financeiros para custear os serviços
advocatícios, o direito ao acesso à justiça é assegurado. Assim sendo, é
responsabilidade do Estado suportar os gastos indispensáveis para garantir que
esse direito não seja violado.
Já o inciso LXXVI trata da isenção de custos para os registros públicos de nascimento
e óbito, garantindo que aqueles que são reconhecidos como economicamente
carentes não precisarão efetuar pagamento pela emissão das certidões de nascimento
e óbito.

GRATUIDADE
mnemônico

DOR CHHA
DIREITO DE PETIÇÃO;
OBTENÇÃO DE CERTIDÕES;
REGISTRO CIVIL DE NASCIMENTO;
CERTIDÃO DE ÓBITO;
HABEAS CORPUS;
HABEAS DATA;
AÇÃO POPULAR;

Lembre-se!
Observe que a gratuidade estipulada no inciso, se aplica exclusivamente ao
registro de nascimento e à certidão de óbito.

É crucial evitar a armadilha de estender esse direito à certidão de casamento,


por exemplo. Lembre-se que os procedimentos essenciais para o pleno
exercício da cidadania também são isentos de taxas, conforme regulamentado
pela legislação.

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DICA 47
DOS DIREITOS SOCIAIS - PARTE I

Os direitos sociais são um conjunto de garantias e benefícios estabelecidos pela


legislação do país, com o objetivo de assegurar condições de vida dignas, igualdade e
bem-estar para todos os cidadãos. Esses direitos abrangem diversas áreas da vida
social, como trabalho, educação, saúde, moradia, lazer, previdência social e outros
aspectos relacionados ao bem-estar da população.

Ao contrário dos direitos civis e políticos, que se concentram na proteção das


liberdades individuais e na participação política, os direitos sociais estão voltados
para a promoção de igualdade social, redução das desigualdades econômicas e
criação de condições para que todos os indivíduos tenham acesso a oportunidades e
serviços essenciais.

São direitos sociais:


Previsão
constitucional:
Art. 6°, CF.

A educação;
O lazer;
A saúde;

A segurança;
A alimentação;

A previdência social;
O trabalho;

A proteção à maternidade e à infância;


A moradia;

A assistência aos desamparados;


O transporte;

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DICA 48
DOS DIREITOS SOCIAIS - PARTE II

O Supremo Tribunal Federal (STF) interpreta


que o rol de direitos sociais contidos na
Constituição é exemplificativo, uma vez que
outras garantias sociais estão dispersas ao
longo do texto constitucional.

É importante salientar que os direitos sociais


mencionados no artigo 6º são todos normas
de eficácia limitada e aplicabilidade
mediata.
Sua realização depende da atuação estatal, seja por meio da promulgação de leis
regulamentadoras, seja pela provisão de medidas positivas em favor dos indivíduos.

Uma das questões mais debatidas acerca dos direitos sociais está relacionada,
precisamente, à sua efetivação.

Para efetivação desses direitos devem ser observadas aos seguintes


princípios:
princípios dos
direitos sociais
Princípio da “reserva do possível”: Engloba a concepção de que é responsabilidade
do Estado concretizar os direitos sociais, porém, restrita às possibilidades
financeiras vigentes. Operando como um critério para estabelecer os parâmetros
nos quais o Estado deixa de estar obrigado a garantir plenitude aos direitos sociais.

Princípio do “mínimo existencial”: Desempenha um papel crucial na delimitação da


cláusula da reserva do possível. Isso ocorre pois a reserva do possível somente
pode ser invocada pelo poder público como justificativa para não efetivar
direitos sociais após a garantia do mínimo existencial ter sido providenciada pelo
Estado.

Princípio da vedação do retrocesso: Tem como objetivo prevenir a reversão das


conquistas sociais previamente obtidas pelos cidadãos. Conforme essa premissa,
a segurança social não deve deteriorar. Isso reflete um trajeto histórico de
consolidação dos direitos fundamentais.

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DICA 49
DIREITOS SOCIAIS INDIVIDUAIS DOS TRABALHADORES
PARTE I

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social.

Previsão constitucional: Art. 7°, CF.

TRABALHADOR URBANO RURAL

Foi estabelecida uma igualdade entre trabalhadores urbanos e rurais, um equilíbrio


que anteriormente não estava presente na legislação.

I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa,


nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre
outros direitos;

Previsão constitucional: Art. 7°, I, CF.

O que isso significa?


Foi determinado ao legislador a tarefa de criar uma lei complementar
que proíba a demissão injustificada, caracterizada quando o
empregador dispensa um funcionário sem a necessidade de apresentar
um motivo válido.

Em comparação com outros países, em muitos casos, é necessário


justificar a razão da demissão do empregado.

No contexto brasileiro, há exemplos como a proteção ao membro da


CIPA, que não pode ser dispensado sem motivo, exceto por condições
econômicas, financeiras ou baixo desempenho.

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DICA 50
DIREITOS SOCIAIS INDIVIDUAIS DOS TRABALHADORES
PARTE II
É importante notar que o
seguro-desemprego é
II - seguro-desemprego, em caso de concedido somente em
desemprego involuntário; situações de desemprego
involuntário.
III - fundo de garantia do tempo de serviço;
As bancas examinadoras
Previsão constitucional: Art. 7°, II e III CF. frequentemente buscam
confundir os candidatos,
mencionando o termo
"desemprego voluntário", o
que é incorreto.
O Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço (FGTS) é recolhido pelo
empregador à taxa de 8% sobre a
remuneração paga ou devida no mês
anterior a cada trabalhador.

É essencial ressaltar que o FGTS não é


um direito destinado aos servidores
públicos estatutários.

curiosidade!
"desemprego voluntário"

O desemprego involuntário acontece em caso


de demissão sem justa causa ou de demissão
por culpa do empregador. Ou seja, quando a
pessoa estava trabalhando e perde o seu
emprego por motivo que não depende da sua
vontade.

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DICA 51
DIREITOS SOCIAIS INDIVIDUAIS DOS TRABALHADORES
PARTE III
IV - salário mínimo, fixado em lei,
nacionalmente unificado, capaz de atender a
suas necessidades vitais básicas e às de sua
família com moradia, alimentação, educação,
saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e
previdência social, com reajustes periódicos
que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo
vedada sua vinculação para qualquer fim;

Previsão constitucional: Art. 7°, IV, CF.

O salário mínimo deve ser estabelecido por meio de uma


lei formal, refletindo a situação de reserva legal. Além
disso, o salário mínimo é uniforme em todo o
território nacional, não permitindo a existência de
salários mínimos regionais.

O Supremo Tribunal Federal (STF) autoriza que os conscritos recebam uma


remuneração abaixo do salário mínimo. Isso está em conformidade com a
Súmula Vinculante número 06, que pode ser abordada em um exame ou prova.

"conscrito"

Aquele que se alistou no exército; quem foi


convocado a prestar serviço militar.

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DICA 52
DIREITOS SOCIAIS INDIVIDUAIS DOS TRABALHADORES
PARTE IV

V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;

VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;

Previsão constitucional: Art. 7°, V eVI, CF.

PISO SALARIAL

O piso salarial é determinado com base nas categorias de trabalhadores e


estabelecido através de negociações coletivas de trabalho. Ao definir o piso
salarial, é necessário considerar a complexidade e a abrangência das funções
desempenhadas.

IRREDUTIBILIDADE DO SALÁRIO
A irredutibilidade do salário está intimamente
ligada ao princípio de não retrocesso.
Geralmente, o salário não pode ser diminuído.
A redução salarial é uma exceção, ocorrendo
somente mediante negociação coletiva de
trabalho (por meio de convenção coletiva ou
acordo coletivo).

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DICA 53
DIREITOS SOCIAIS INDIVIDUAIS DOS TRABALHADORES
PARTE V

VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem


remuneração variável;

VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da


aposentadoria;

Previsão constitucional: Art. 7°, VII e VII CF.

GARANTIA DE SALÁRIO
Existem trabalhadores que recebem uma remuneração sujeita a
variações.
A Constituição assegura que, independentemente das
flutuações, esse trabalhador nunca receberá um valor
inferior ao salário mínimo.

DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO


O décimo terceiro salário é com base na remuneração,
e não no salário.

IX - remuneração do trabalho noturno


superior à do diurno;

Previsão constitucional: Art. 7°,IX CF.

ADICIONAL NOTURNO
Essa disposição assegura aos trabalhadores o direito de receber um
acréscimo salarial pelo trabalho realizado durante o período noturno.
Importante ressaltar que o montante do adicional noturno não é estipulado
na Constituição Federal, mas sim pela legislação que se encontra abaixo
do nível constitucional.

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) estipula, em geral, um


acréscimo de 20% para os trabalhadores urbanos. Todavia, há
segmentos específicos, como no caso dos advogados, que recebem um
adicional de 25%.

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DICA 54
DIREITOS SOCIAIS INDIVIDUAIS DOS TRABALHADORES
PARTE VI

X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;

Previsão constitucional: Art. 7°, X, CF.

PROTEÇÃO DO SALÁRIO
O que isso quer dizer?

A maioria dos indivíduos no Brasil não dispõe de economias, e sua


subsistência depende exclusivamente do salário que recebem. O salário
desempenha um papel fundamental como fonte de sustento, o que justifica
por que a retenção deliberada desse montante por parte do empregador é
considerada uma infração penal.

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DICA 55
DIREITOS SOCIAIS INDIVIDUAIS DOS TRABALHADORES
PARTE VII

XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e,


excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;

Previsão constitucional: Art. 7°, XI, CF.

PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS OU RESULTADOS


O que isso quer dizer?

Essa regra possui uma eficácia limitada, requerendo a promulgação de uma


lei para que todos os seus efeitos se concretizem.

A participação nos lucros, independentemente do salário, funciona como um


incentivo à produtividade dos trabalhadores.

"eficácia limitada"

As normas de eficácia limitada são aquelas


que requerem uma regulamentação posterior
para que possam efetivamente alcançar todos
os objetivos pretendidos. Em outras palavras,
embora possuam eficácia como qualquer
norma constitucional, não têm a capacidade
intrínseca de gerar plenamente os efeitos que
buscam.

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DICA 56
DIREITOS SOCIAIS INDIVIDUAIS DOS TRABALHADORES
PARTE VIII

XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda


nos termos da lei;

Previsão constitucional: Art. 7°, XII, CF.

SALÁRIO FAMÍLIA
O que isso quer dizer?

O salário-família é um benefício previdenciário destinado exclusivamente


aos trabalhadores de baixa renda.

Sua distribuição ocorre em cotas, variando de acordo com o número de


dependentes (um trabalhador com um dependente recebe uma cota,
enquanto aquele com dois dependentes recebe duas cotas de salário-
família).

Os requisitos para a concessão do salário-família são estipulados por


meio de legislação formal.

Mais uma vez, estamos diante de uma norma com eficácia limitada, que
demanda a regulamentação futura para que seus efeitos sejam plenamente
realizados.

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DICA 57
DIREITOS SOCIAIS INDIVIDUAIS DOS TRABALHADORES
PARTE IV

XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e
quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada,
mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;

Previsão constitucional: Art. 7°, XIII, CF.

DURAÇÃO DO TRABALHO
Como isso funciona?

A norma estabelece que a prestação de trabalho não deve exceder 8


horas por dia e 44 horas por semana.

Tipicamente, isso é alcançado através de jornadas de 8 horas de segunda-


feira a sexta-feira, e de 4 horas no sábado.

Existe também a possibilidade de compensação de horários: um


trabalhador com um contrato de 44 horas semanais e 8 horas diárias, por
exemplo, pode ajustar sua jornada reduzindo 2 horas em um dia específico e
compensando esse tempo posteriormente.

Vale mencionar que, em situações


especiais, é permitida a redução da
jornada de trabalho por meio de acordo
ou convenção coletiva.

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DICA 58
DIREITOS SOCIAIS INDIVIDUAIS DOS TRABALHADORES
PARTE V

XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de


revezamento, salvo negociação coletiva;

Previsão constitucional: Art. 7°, XIV, CF.

JORNADA DE TRABALHO
turnos ininterruptos de revezamento

O trabalho executado em turnos ininterruptos de revezamento é


caracterizado pela alternância de horários em que os trabalhadores se
sucedem nos diferentes postos de trabalho.

Num dia, podem trabalhar à noite, no seguinte, pela manhã, e no


subsequente, à tarde.

Nesse contexto, devido ao significativo impacto na saúde dos


trabalhadores, a Constituição determina uma jornada de trabalho de seis
horas.

É relevante notar que essa jornada pode ser excepcionalmente


prolongada mediante negociação coletiva, embora essa possibilidade
esteja sujeita a restrições.

XV - repouso semanal remunerado,


preferencialmente aos domingos;

Previsão constitucional: Art. 7°, XV, CF.

LEMBRE-SE!
NÃO É REGRA, O REPOUSO PODE ACONTECER EM OUTRO DIA DA SEMANA!

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DICA 59
DIREITOS SOCIAIS INDIVIDUAIS DOS TRABALHADORES
PARTE VI

XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por


cento à do normal;

Previsão constitucional: Art. 7°, XVI, CF.

HORAS EXTRAS
Como isso funciona?

A compensação pelo trabalho adicional é comumente referida como


hora-extra. Observe o termo "no mínimo"!

Qualquer afirmação em um concurso que declare que essa compensação


deve obrigatoriamente ser 50% acima do valor do trabalho regular
estará incorreta.

XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo


menos, um terço a mais do que o salário normal;

Previsão constitucional: Art. 7°, XVII, CF.

LEMBRE-SE!
É possível que o trabalhador receba um valor adicional de férias que ultrapasse
o montante equivalente a 1/3 do salário.

Vale destacar que a Constituição não estabeleceu a duração exata das férias,
delegando essa regulamentação à legislação que se encontra abaixo do nível
constitucional.

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DICA 60
DIREITOS SOCIAIS INDIVIDUAIS DOS TRABALHADORES
PARTE VII

XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de


cento e vinte dias;

XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;

Previsão constitucional: Art. 7°, XVIII e XIX, CF.

LICENÇA GESTANTE E PATERNIDADE


Sabe o que é?

A licença maternidade possui uma extensão de 120 dias, conforme


estabelecido na Constituição.

Nesse intervalo, a mãe gestante é concedida licença, assegurando sua


posição no emprego e preservando o recebimento da remuneração.
Consequentemente, o vínculo empregatício com a empresa permanece
inalterado, permitindo que a mãe continue a receber sua compensação
financeira.

LICENÇA PATERNIDADE

Trabalhador em empresa do Programa Empresa Cidadã: 20 dias


corridos;

Trabalhador em empresas públicas ou privadas: 05 dias


corridos;

Servidor público federal: 20 dias corridos;

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DICA 61
DIREITOS SOCIAIS INDIVIDUAIS DOS TRABALHADORES
PARTE VIII

XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos,


nos termos da lei;

Previsão constitucional: Art. 7°, XX, CF.

PROTEÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO


da mulher.

A preservação da igualdade de oportunidades no mercado de trabalho


para as mulheres tem como propósito atingir a igualdade substancial
entre os gêneros.

Nesse contexto, o objetivo é estabelecer uma paridade entre homens e


mulheres.

Esta é outra norma que apresenta eficácia limitada, requerendo


regulamentação adicional para sua completa efetivação.

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DICA 62
DIREITOS SOCIAIS INDIVIDUAIS DOS TRABALHADORES
PARTE IX

XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias,
nos termos da lei;

Previsão constitucional: Art. 7°, XXI, CF.

AVISO PRÉVIO
O que isso significa?
O aviso prévio é aplicado aos contratos de trabalho de
duração indeterminada.

Esse conceito visa oferecer ao trabalhador um período


para procurar nova ocupação, uma vez que tenha ciência
da decisão do empregador de desligá-lo.

O período do aviso prévio é proporcional ao tempo de


serviço: quanto mais extensa a permanência do
empregado, mais longo será o prazo do aviso.

Importante destacar, no entanto, que o prazo mínimo


do aviso prévio é de 30 dias.

"contrato de trabalho indeterminado"

No contrato de trabalho por tempo indeterminado é indicada a data do início do


contrato, no entanto, não há a data do seu término.

Normalmente, ele é efetivado após o período de experiência, que é feito com o


objetivo de avaliar se o funcionário tem aptidão para atuar na função à qual foi
contratado, de acordo com o artigo 445 da CLT.

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DICA 63
DIREITOS SOCIAIS INDIVIDUAIS DOS TRABALHADORES
PARTE X

XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança;

Previsão constitucional: Art. 7°, XXII, CF.

RISCOS INERENTES AO TRABALHO


saúde ocupacional, você sabe o que é isso?

A proteção da segurança e saúde no ambiente de trabalho é reconhecida


como um direito fundamental dos trabalhadores.

A mitigação dos perigos associados às atividades laborais é, assim, um


aspecto crucial das estratégias governamentais no âmbito trabalhista.

Este inciso sustenta a autorização para a criação, pelo Ministério do Trabalho e


Emprego, das chamadas Normas Regulamentadoras (NRs).

Estas diretrizes estabelecem padrões de regulamentação para garantir um


ambiente laboral seguro e saudável.

"saúde ocupacional"

A saúde ocupacional é um ramo da medicina e um setor obrigatório


dentro das empresas, independentemente do porte (pequeno, médio
ou grande). Ela atua na prevenção de doenças e de problemas
relacionados ao trabalho, tanto físicos quanto mentais, muitas vezes
causados pela rotina e/ou ambiente laborais.

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DICA 64
DIREITOS SOCIAIS INDIVIDUAIS DOS TRABALHADORES
PARTE XI

XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou


perigosas, na forma da lei;

Previsão constitucional: Art. 7°, XXIII, CF.

INSALUBRIDADE
você sabe o que é isso?

As tarefas que são penosas, insalubres ou


perigosas resultam no acréscimo de
remuneração para os trabalhadores.

Consequentemente, um trabalhador exposto a


ocupações insalubres terá direito a um
adicional de insalubridade, que também se
reflete em sua remuneração.

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
você sabia? 20% 40%
grau máximo
10% grau médio
grau mínimo

PERICULOSIDADE
Enquanto isso, um empregado envolvido em
atividades perigosas (como ter contato
constante com inflamáveis e explosivos)
receberá um adicional de periculosidade.

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DICA 65
DIREITOS SOCIAIS INDIVIDUAIS DOS TRABALHADORES
PARTE XII

XXIV - aposentadoria;

Previsão constitucional: Art. 7°, XXIV, CF.

APOSENTADORIA
A aposentadoria é um benefício
garantido pelo sistema previdenciário
aos trabalhadores.

No presente contexto, não temos a


intenção de explorar os diferentes tipos de
aposentadoria e os critérios para sua
concessão, isso será abordado em outro
momento.

Curiosidade!
"reforma previdênciaria"

Para os indivíduos que já eram aposentados, não


houve alterações. A reforma também não afetou os
direitos daqueles que já cumpriram os critérios para
a aposentadoria. Entretanto, para aqueles que
estavam empregados, seja próximo ou distante da
aposentadoria, o documento ofereceu diversas
opções, conhecidas como regras de transição.

IDADE MÍNIMA PARA APOSENTADORIA você sabia?

65 62 60
anos anos anos
homens mulheres professores de ambos
os sexos

55
anos
políciais e todos os trabalhadores
em condições prejudiciais à saúde

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DICA 66
DIREITOS SOCIAIS INDIVIDUAIS DOS TRABALHADORES
PARTE XII

XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5


(cinco) anos de idade em creches e pré-escolas;

Previsão constitucional: Art. 7°, XXV, CF.

ASSISTÊNCIA GRATUITA
você sabe o que é?

Assistência gratuita em creches refere-se ao


benefício ou suporte provido a pais ou
responsáveis por crianças, visando a
cuidados e educação em instituições pré-
escolares, sem a necessidade de
pagamento por parte das famílias.

Geralmente, essa assistência é oferecida pelo


governo ou por entidades privadas como um
serviço para ajudar os pais a conciliarem o
trabalho com os cuidados e educação de seus
filhos pequenos. Isso contribui para a
promoção do bem-estar infantil e a igualdade
de oportunidades para os pais no mercado de
trabalho.

ATENÇÃO!
A prestação de assistência gratuita em creches e pré-escolas é um direito
assegurado aos filhos e dependentes do trabalhador, abrangendo desde o
nascimento até os 5 anos de idade. É importante observar esse limite etário
estabelecido.

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DICA 67
DIREITOS SOCIAIS INDIVIDUAIS DOS TRABALHADORES
PARTE XIII

XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;

Previsão constitucional: Art. 7°, XXVI, CF.

ACORDOS COLETIVOS

Negociações coletivas de trabalho


referem-se ao processo de diálogo e
acordo entre representantes dos
trabalhadores e empregadores, com o
objetivo de estabelecer termos,
condições e direitos relacionados ao
trabalho.

Estas negociações podem resultar na criação de convenções coletivas de trabalho


(entre sindicatos de empregados e empregadores) ou acordos coletivos de trabalho
(entre um sindicato de empregados e uma empresa ou grupo de empresas).

Durante essas negociações, são discutidos diversos aspectos, como salários,


jornada de trabalho, benefícios, condições de trabalho, saúde e segurança, entre
outros.
ATENÇÃO!

As negociações coletivas de trabalho são divididas em dois tipos:


Convenções coletivas de trabalho, que são estabelecidas entre sindicato
patronal e sindicato dos trabalhadores;

Acordos coletivos de trabalho, que são firmados entre o sindicato dos


trabalhadores e uma empresa ou conjunto de empresas.

É relevante enfatizar que as negociações coletivas de trabalho possuem


status de fontes do direito do trabalho, influenciando os regulamentos e
direitos dentro do âmbito trabalhista.

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DICA 68
DIREITOS SOCIAIS INDIVIDUAIS DOS TRABALHADORES
PARTE XIV

XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;

Previsão constitucional: Art. 7°, XXVII, CF.

PROTEÇÃO
em face da automação

A proteção em face da automação se


refere a medidas e políticas
implementadas para salvaguardar os
interesses dos trabalhadores diante
das mudanças tecnológicas e da
automação nos processos de produção.
Com o avanço das tecnologias, a automação pode
resultar na substituição de tarefas anteriormente
executadas por trabalhadores humanos, o que pode
impactar negativamente o emprego e a segurança
econômica de muitos indivíduos.
Portanto, a proteção em face da automação envolve a implementação de
estratégias como requalificação profissional, programas de recolocação,
incentivos para a adaptação às novas tecnologias e possíveis ajustes na
legislação trabalhista para garantir que os trabalhadores não sejam
prejudicados pelas mudanças tecnológicas. O objetivo é mitigar os efeitos
negativos da automação no emprego e na qualidade de vida dos trabalhadores.

não se esqueça!
Este dispositivo tem como objetivo prevenir
que as inovações tecnológicas substituam
as funções realizadas pelos trabalhadores,
assegurando que não ocorra uma redução no
volume de empregos.
Trata-se de uma característica intrínseca das normas de eficácia limitada,
cuja aplicação requer regulamentação através de uma lei específica.

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DICA 69
DIREITOS SOCIAIS INDIVIDUAIS DOS TRABALHADORES
PARTE XV

XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a


indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;

Previsão constitucional: Art. 7°, XXVIII, CF.

SEGURO ACIDENTE
qual a importância desse direito?

O seguro contra acidentes de trabalho


é um encargo do empregador, mas
que não o exime de indenizar o
empregado, quando tiver incorrido
em dolo ou culpa.

Em outras palavras, mesmo pagando


seguro contra acidentes de trabalho,
o empregador continua sujeito à
indenização caso estes ocorram.
Entretanto, é necessário que haja dolo
ou culpa.

Curiosidade!
"dolo" "culpa"

O dolo ocorre quando alguém age de A culpa ocorre quando alguém age com
forma intencional para causar um resultado negligência ou falta de cuidado
prejudicial a outra pessoa. Isso significa adequado, resultando em danos a outra
que a pessoa tinha a intenção deliberada pessoa. A pessoa pode não ter tido a
de realizar a ação que levou ao dano. O intenção de causar dano, mas a falta de
dolo pode ser subdividido em duas precaução ou ações imprudentes levam a
categorias: dolo direto e dolo eventual. No consequências prejudiciais. A culpa é
dolo direto, a pessoa age com o objetivo frequentemente classificada em três tipos:
específico de causar o dano. No dolo negligência, imprudência e imperícia.
eventual, embora a pessoa não tenha a
intenção direta de causar o dano, ela age
conscientemente, sabendo que o dano é
provável de ocorrer como resultado de
suas ações.

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DICA 70
DIREITOS SOCIAIS INDIVIDUAIS DOS TRABALHADORES
PARTE XVI

XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de
dois anos após a extinção do contrato de trabalho;

Previsão constitucional: Art. 7°, XXIX, CF.

PRESCRIÇÃO TRABALHISTA
o que isso quer dizer?
Esse inciso requer uma análise cuidadosa.
Primeiramente, observe que tanto para
trabalhadores urbanos quanto rurais,
existe a oportunidade de solicitar
créditos relativos aos últimos cinco anos
do vínculo de trabalho.

Isso se refere ao conceito de prescrição


quinquenal.
Contudo, após o término do contrato de trabalho, o trabalhador tem um
prazo de apenas dois anos para buscar esses créditos através de um
processo judicial. Nesse contexto, a cada dia de inatividade, ele perde um
dia de direito.

Por exemplo, se ele entrar com uma ação trabalhista no último dia do período
de dois anos, ele só terá direito a recuperar os créditos referentes aos três
anos finais de seu contrato de trabalho.

Curiosidade!
"prescrição"

A prescrição acontece quando alguém


perde o direito de exigir de outrem o
cumprimento de alguma ação, por não tê-
lo feito dentro de determinado período de
tempo .

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DICA 71
DIREITOS SOCIAIS INDIVIDUAIS DOS TRABALHADORES
PARTE XVII

XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de


admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de


admissão do trabalhador portador de deficiência;

XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre


os profissionais respectivos;

NÃO-DISCRIMINAÇÃO
isonomia
Esses três dispositivos refletem
obrigações de não discriminação e
igualdade.

O inciso XXX proíbe a


estabelecimento de diferenciação
salarial, funções ou critérios de
contratação baseados em sexo,
idade, cor ou estado civil.

O inciso XXXI previne


discriminação relacionada a salário
e critérios de contratação para
trabalhadores com deficiência.

Por fim, o inciso XXXII proíbe a distinção entre trabalhos manuais, técnicos
e intelectuais, bem como entre as respectivas profissões.

Ana Paula Martins da Silva Hernandes - [email protected] - CPF: 132.225.927-56


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DICA 72
DIREITOS SOCIAIS INDIVIDUAIS DOS TRABALHADORES
PARTE XVIII

XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito


e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz,
a partir de quatorze anos;

Previsão constitucional: Art. 7°, XXXIII, CF.

TRABALHO INFANTIL
é crime!
Analisando detalhadamente esse dispositivo, podemos observar o seguinte

A idade mínima para iniciar o trabalho é aos dezesseis anos. No entanto,


existe uma exceção a essa regra: é permitido trabalhar a partir dos quatorze
anos de idade, mas apenas na qualidade de aprendiz.

Os indivíduos com menos de dezoito anos nunca podem exercer


atividades laborais noturnas, perigosas ou insalubres.

A partir dos 18 anos, a pessoa pode desempenhar qualquer tipo de


trabalho, inclusive os noturnos, perigosos ou insalubres.

ATENÇÃO!

14anos
e 16
somente os menores
aprendizes podem
trabalhar.

16anos
e 18

qualquer pessoa pode trabalhar,


contanto que não seja em ocupações
noturnas, perigosas ou insalubres.

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DICA 73
DIREITOS TRABALHISTAS AOS EMPREGADOS DOMÉSTICOS

você sabe quais são esses direitos?

O parágrafo único do artigo 7º da Constituição sofreu alterações significativas


pela Emenda Constitucional nº 72/2013, que garantiu importantes direitos
trabalhistas aos empregados domésticos.

O propósito da EC nº 72/2013 foi justamente garantir a igualdade de direitos


trabalhistas entre empregados domésticos e os demais trabalhadores urbanos e
rurais. No entanto, é relevante observar que mesmo após essa emenda
constitucional, nem todos os direitos trabalhistas foram estendidos aos
empregados domésticos.

Para evitar equívocos em provas ou análises, é útil destacar quais direitos


listados nos incisos do artigo 7º da Constituição não foram aplicados aos
trabalhadores domésticos.

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DICA 74
DIREITOS TRABALHISTAS AOS EMPREGADOS DOMÉSTICOS
NÃO FORAM ESTENDIDOS AOS
EMPREGADOS DOMÉSTICOS

Salário mínimo: Embora empregados domésticos tenham direito a um salário


mínimo, não foi aplicada a mesma regra que proíbe a vinculação do salário mínimo
para qualquer fim.

Jornada de trabalho: A duração da jornada de trabalho dos empregados


domésticos não foi limitada a oito horas diárias e 44 horas semanais, como para os
demais trabalhadores.

Hora extra: Empregados domésticos não têm direito ao acréscimo de 50% na


remuneração pela realização de horas extras.

FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço): Não houve previsão para o
recolhimento obrigatório do FGTS para empregados domésticos.

Seguro-desemprego: Os empregados domésticos não foram contemplados com


o direito ao seguro-desemprego, previsto para outros trabalhadores.

Adicional noturno: A aplicação do adicional noturno para empregados


domésticos não foi incluída na emenda.

Proibição de discriminação salarial: Não há previsão explícita de igualdade


salarial entre gêneros para empregados domésticos.

Indenização por demissão sem justa causa: A indenização de 40% sobre o FGTS
em caso de demissão sem justa causa não foi estendida aos empregados
domésticos.

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DICA 75
DIREITOS SOCIAIS COLETIVOS DOS TRABALHADORES
PARTE I

Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: I - a lei


não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o
registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a
intervenção na organização sindical;

Previsão constitucional: Art. 8°, CF.

Os direitos sociais coletivos dos


trabalhadores referem-se a um conjunto
de garantias e benefícios que são
destinados a grupos de trabalhadores
como um todo, em oposição aos direitos
individuais que se aplicam a cada
trabalhador individualmente.
Esses direitos coletivos buscam melhorar as condições de trabalho, proteger os
interesses dos trabalhadores como um grupo e promover relações laborais justas e
equilibradas.
exemplos de direitos sociais coletivos dos trabalhadores incluem:
1. Negociações coletivas: O direito de trabalhadores e empregadores se reunirem e
negociarem termos e condições de trabalho, como salários, benefícios e horários,
por meio de sindicatos ou representantes.
2. Greve: O direito dos trabalhadores de interromperem o trabalho como forma de
pressionar por melhores condições de trabalho ou benefícios.
3. Sindicatos: O direito dos trabalhadores de se associarem em sindicatos para
defender seus interesses coletivos, negociar com empregadores e buscar melhorias
nas condições de trabalho.
4. Participação nos lucros e resultados: A possibilidade de os trabalhadores
compartilharem nos resultados econômicos positivos da empresa por meio de
programas de participação nos lucros.
5. Saúde e segurança no trabalho: O direito a ambientes de trabalho seguros e
saudáveis, incluindo regulamentações e normas que protegem a saúde e a
integridade física dos trabalhadores. ATENÇÃO!
6. Direitos das mulheres e igualdade de gênero: Medidas para promover a
igualdade de gênero no local de trabalho, combater a discriminação e garantir
direitos específicos para mulheres trabalhadoras.
7. Proteção contra discriminação: Proteção contra discriminação com base em
raça, cor, sexo, religião, origem nacional, entre outros fatores.
8. Proteção a trabalhadores migrantes: Garantias para trabalhadores migrantes,
incluindo direitos trabalhistas e proteção contra exploração.

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DICA 76
DIREITOS SOCIAIS COLETIVOS DOS TRABALHADORES
PARTE II

II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau,


representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial,
que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo
ser inferior à área de um Município;

Previsão constitucional: Art. 8°, II, CF.

ORGANIZAÇÃO SINDICAL
Esse dispositivo estabelece o princípio da unicidade
da organização sindical, o qual restringe a autonomia
sindical. De acordo com esse princípio, não podem
coexistir múltiplos sindicatos da mesma categoria
profissional (trabalhadores) ou econômica
(empregadores) dentro de uma mesma área
territorial, que deve ter um tamanho mínimo
equivalente a um município. Por exemplo, em uma
cidade como Fortaleza, só pode existir um único
sindicato de professores.

Mas e se houver mais de um sindicato na mesma área territorial?

Nesse cenário, surge um conflito que é resolvido pelo critério


da anterioridade, ou seja, a categoria será representada pela
entidade que tiver registrado sua existência no órgão
competente primeiro.

Essa abordagem mostra que o registro do sindicato no Ministério


do Trabalho e Emprego é fundamental para que o Estado possa
controlar a unicidade sindical e resolver situações de conflito
entre sindicatos na mesma área geográfica.

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DICA 77
DIREITOS SOCIAIS COLETIVOS DOS TRABALHADORES
PARTE III

IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria


profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da
representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista
em lei.

Previsão constitucional: Art. 8°, IV, CF.

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL
Tanto a contribuição confederativa quanto a
contribuição sindical são tipos de contribuições
financeiras que os trabalhadores podem ser solicitados
a pagar a seus sindicatos. No entanto, elas têm
diferenças significativas em relação ao propósito, à
forma de cobrança e à regulamentação.

Qual diferença entre a contribuição confederativa e a contribuição sindical?

Antes da Reforma Trabalhista de 2017, a contribuição sindical era obrigatória


e descontada diretamente dos salários dos trabalhadores, mesmo aqueles que
não eram filiados a um sindicato. Agora, a contribuição sindical é facultativa
e os trabalhadores podem escolher se desejam ou não contribuir para seu
sindicato.

A contribuição confederativa, por sua vez, é uma taxa paga pelos


trabalhadores associados a um sindicato para financiar as atividades de sua
confederação sindical. Ela não era obrigatória mesmo antes da Reforma
Trabalhista e sua decisão de pagamento depende da associação individual
do trabalhador a um sindicato que seja filiado a uma confederação.

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DICA 78
DIREITOS SOCIAIS COLETIVOS DOS TRABALHADORES
PARTE IV

V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;

Previsão constitucional: Art. 8°, V, CF.

FILIAÇÃO SINDICAL

O princípio da liberdade de inscrição sindical, também conhecido como


princípio da liberdade sindical, é fundamental em sistemas democráticos e está
relacionado ao direito dos trabalhadores de escolherem livremente se
desejam se filiar a um sindicato ou não. Esse princípio é uma extensão do
direito mais amplo de liberdade de associação.

O artigo 8º, inciso V, da (CF/88), afirma que "ninguém será obrigado a filiar-se
ou a manter-se filiado a sindicato". Esse artigo reforça a ideia de que a
associação a um sindicato deve ser uma escolha individual e voluntária, sem
coação ou obrigatoriedade.

A liberdade de inscrição sindical não apenas permite que os trabalhadores


escolham se desejam se afiliar a um sindicato, mas também garante que eles
tenham a liberdade de se desassociar caso assim desejem. Isso é importante
para proteger os direitos e interesses dos trabalhadores, permitindo-lhes fazer
escolhas que considerem mais adequadas para suas situações particulares.

Além disso, esse princípio também está em linha com a Convenção 87 da


Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata da liberdade sindical e
da proteção do direito de sindicalização. A Convenção 87 estabelece que os
trabalhadores devem ser livres para escolher suas associações sindicais sem
interferência indevida do Estado ou de outras partes.

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DICA 79
DIREITOS SOCIAIS COLETIVOS DOS TRABALHADORES
PARTE V

VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de


trabalho;

Previsão constitucional: Art. 8°, VI, CF.

NEGOCIAÇÕES COLETIVAS
Os sindicatos frequentemente
desempenham um papel significativo nessas
negociações e são considerados
representantes legítimos dos interesses
dos trabalhadores.

As negociações coletivas de trabalho são


processos nos quais os empregadores e os
representantes dos trabalhadores
(geralmente sindicatos) negociam os
termos e condições de emprego que
afetarão um grupo de trabalhadores.

Esses termos podem incluir salários, benefícios, horários


de trabalho, condições de trabalho, entre outros.

Em todos os casos, percebe-se que haverá participação


do sindicato.

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DICA 80
DIREITOS SOCIAIS COLETIVOS DOS TRABALHADORES
PARTE VI

VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações
sindicais;

Previsão constitucional: Art. 8°, VII, CF.

ORGANIZAÇÕES SINDICAIS
Os aposentados filiados a sindicatos têm o direito de
votar e ser votados nas organizações sindicais. Isso
acontece porque os aposentados continuam sendo
membros do sindicato, mesmo após sua aposentadoria,
e têm o direito de participar das atividades e decisões da
organização.

O direito de votar e ser votado nas organizações


sindicais é importante para garantir que os interesses e
perspectivas dos aposentados sejam representados e
considerados nas decisões tomadas pelo sindicato.
Afinal, muitas das políticas e questões discutidas em
sindicatos também afetam os aposentados, como
benefícios, aposentadoria, cuidados de saúde, entre
outros.

No entanto, é importante ressaltar que as regras


específicas podem variar entre diferentes sindicatos e
jurisdições. Alguns sindicatos podem ter estatutos ou
regras que determinam a elegibilidade dos aposentados
para cargos sindicais ou para votar em certas questões.

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DICA 81
DIREITOS SOCIAIS COLETIVOS DOS TRABALHADORES
PARTE VII

VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da


candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que
suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos
termos da lei.

Previsão constitucional: Art. 8°, VIII, CF.

PROTEÇÃO DO EMPREGADO SINDICALIZADO


O que isso quer dizer?
O empregado sindicalizado goza de proteção
legal em relação ao seu emprego. Fica vedada
a dispensa desse empregado a partir do registro
de sua candidatura a cargo de direção ou
representação sindical.

Se ele for eleito para esse cargo, mesmo que seja


como suplente, a proibição de dispensa se
estende até um ano após o final do mandato,
a menos que o empregado cometa falta grave
nos termos da lei.

Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos


rurais e de colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer.

ATENÇÃO!
A Constituição Federal, para não deixar qualquer margem de
dúvida, dispôs que as regras do art.8º também se aplicam
aos sindicatos rurais e de colônias de pescadores.

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DICA 82
DIREITOS SOCIAIS COLETIVOS DOS TRABALHADORES
PARTE VIII

Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir


sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele
defender.
§ 1º - A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o
atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.
§ 2º - Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.

DIREITO DE GREVE
O que isso quer dizer?
O artigo 9º da Constituição Federal garante aos trabalhadores o direito
de greve, porém, esse direito não é absoluto, uma vez que é necessário
atender às necessidades urgentes da comunidade, e aqueles que
abusarem desse direito ficarão sujeitos a penalidades estabelecidas
em legislação.

De acordo com a opinião predominante na doutrina, o direito de greve dos


trabalhadores da iniciativa privada, que são regidos pela Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT), é uma norma de eficácia contida. Isso significa
que ele pode ser limitado por meio de legislação.

ATENÇÃO!
Vale lembrar que o direito de greve dos servidores públicos é
considerado uma norma de eficácia limitada, requerendo a criação de
uma lei específica para regulamentar seu exercício.

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DICA 83
DIREITOS SOCIAIS COLETIVOS DOS TRABALHADORES
PARTE IX
Esse inciso costuma ser cobrado em sua literalidade. Memorize-o!
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos
colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou
previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação.
Previsão constitucional: Art. 10°, CF.

COLEGIADOS DE ÓRGÃOS
O que isso quer dizer?

Os colegiados de órgãos
públicos são estruturas que
reúnem representantes de
diferentes setores da sociedade
para discutir, deliberar e auxiliar
nas decisões e políticas
relacionadas a assuntos
específicos.
Esses colegiados podem envolver participantes do governo, da
sociedade civil, de organizações privadas e de diferentes grupos de
interesse.

É importante destacar que tanto os trabalhadores quanto os


empregadores possuem o direito de participar de comitês e órgãos
públicos nos quais seus interesses profissionais ou previdenciários sejam
tema de discussão e tomada de decisões.

A fim de exemplificar, o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) é


um órgão colegiado que conta com a participação de representantes do
governo, dos trabalhadores em atividade, dos empregadores e dos
aposentados, servindo como ilustração desse princípio.

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DICA 84
DIREITOS SOCIAIS COLETIVOS DOS TRABALHADORES
PARTE X
Esse inciso costuma ser cobrado em sua literalidade. Memorize-o!
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de
um representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o
entendimento direto com os empregadores.
Previsão constitucional: Art. 11°, CF.

COMISSÃO DE REPRESENTANTES
DOS EMPREGADOS
Você sabe o que é isso?

Empresas que empregam mais de 200


trabalhadores são requeridas a estabelecer
uma comissão destinada a representar seus
empregados perante a administração da
empresa.
A comissão tem como objetivo promover a comunicação entre trabalhadores e
a direção da empresa para resolver conflitos, melhorar as relações e
supervisionar as operações. A principal meta é proporcionar um espaço para
que os trabalhadores apresentem suas demandas ou busquem
entendimento com a gestão da empresa em relação às suas reivindicações.

Importante!
A Lei da Reforma Trabalhista criou o Título IV-A na CLT para regulamentar a
representação dos empregados, exigindo a formação de uma comissão de
representantes, cuja composição é determinada pelo número de empregados da
empresa.

5 membros
nas empresas com mais de três
mil e até cinco mil empregados
3 membros 7 membros
empresas com mais de duzentos nas empresas com mais
e até três mil empregados de cinco mil empregados

Se a empresa tiver empregados em vários Estados da Federação e no Distrito


Federal, é garantida a eleição de uma comissão de representantes de empregados
por Estado ou no Distrito Federal. (Art. 510-A, § 2º).

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DICA 85
DA NACIONALIDADE
PARTE I

Na Constituição de um país, o termo


"nacionalidade" refere-se à relação jurídica que une
uma pessoa a uma nação específica.

A nacionalidade determina a qual país uma pessoa


pertence e quais direitos e deveres estão
associados a essa afiliação.

A nacionalidade consiste na relação jurídico-política que conecta o indivíduo ao


Estado soberano, conferindo-lhe status de membro integral da comunidade que
forma a nação.

Alguns aspectos comuns relacionados à nacionalidade na Constituição podem incluir:

Critérios de Aquisição: A Constituição pode estabelecer regras sobre como


alguém se torna cidadão de um país. Isso pode envolver nascimento no país,
descendência de cidadãos, casamento com cidadãos, naturalização, entre
outros critérios.

Perda de Nacionalidade: As Constituições também podem descrever as


circunstâncias em que alguém pode perder sua nacionalidade. Isso pode
ocorrer por renúncia voluntária, aquisição de outra nacionalidade, ou por
decisão governamental em casos de traição ou outras ações graves.

Direitos e Deveres: As Constituições frequentemente estabelecem os direitos


e deveres dos cidadãos. Isso pode incluir direitos como liberdade de
expressão, voto, direitos sociais e econômicos, bem como obrigações como
pagar impostos e cumprir a lei.

Dupla Nacionalidade: Algumas Constituições podem permitir ou proibir a


dupla nacionalidade, ou seja, a condição de ser cidadão de mais de um país ao
mesmo tempo.

Proteção Consular: As Constituições também podem definir como o Estado


protegerá e representará seus cidadãos no exterior por meio de embaixadas e
consulados.

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DICA 86
DA NACIONALIDADE
PARTE II

A doutrina reconhece dois tipos de


nacionalidade: a originária, que é adquirida de
forma involuntária pelo nascimento, e a
derivada, que é adquirida conscientemente
pelo processo de naturalização.

Quais as diferenças?
A nacionalidade originária é baseada em critérios
sanguíneos, territoriais ou combinados e é considerada uma
forma natural de adquirir a nacionalidade.

Já a nacionalidade derivada requer um ato volitivo e é adquirida por meio do


processo de naturalização, e os cidadãos brasileiros que a obtêm são conhecidos
como "brasileiros naturalizados".

ATRIBUIÇÃO DA NACIONALIDADE ORIGINÁRIA


BRASILEIROS NATOS
Nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros,
desde que estes não estejam a serviço de seu país;

Nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que


qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;

Nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam


registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na
República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de
atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;

ATENÇÃO!

A Constituição optou pelo critério do "jus soli", reconhecendo


como brasileiro nato qualquer indivíduo nascido em território
nacional, independentemente da nacionalidade de seus pais.

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DICA 87
DA NACIONALIDADE
PARTE III

ALÍNEA "A"
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros,
desde que estes não estejam a serviço de seu país;

Previsão constitucional: Art. 12°, I, CF.

Vamos entender isso?

a) Se um filho de pai ou mãe brasileiros, ou ambos, e nasce em território brasileiro,


ele será considerado brasileiro nato.

b) Se um filho de pais estrangeiros nasce em território brasileiro, mas um dos pais,


ou ambos, estão no Brasil a serviço de seu país, esse filho não será brasileiro nato.

Importante lembrar que para que a nacionalidade pelo critério "jus soli" seja
excluída, duas condições precisam ser cumpridas em conjunto:

Ambos os pais devem ser


estrangeiros;
Um ou ambos os pais devem
estar a serviço de seu país.

É relevante observar que, em alguns casos, um cenário diferente pode ocorrer. Por
exemplo, se um diplomata italiano estiver no Brasil a serviço de seu país e se casar com
uma brasileira, e eles tiverem um filho que nasça em território brasileiro, o filho será
considerado brasileiro nato. Isso acontece porque apenas uma das condições para a
exclusão do critério "jus soli" foi atendida ("algum dos pais ou ambos estarem a serviço
de seu país"). A outra condição ("ambos os pais serem estrangeiros") não foi satisfeita.

c) Caso um filho de estrangeiros, cujos pais não estão a serviço de seu país, nasça
em território brasileiro, ele será considerado brasileiro nato.

É importante destacar que o conceito de território brasileiro


engloba não apenas as áreas definidas pelas fronteiras
geográficas, mas também o mar territorial e o espaço aéreo.

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DICA 88
DA NACIONALIDADE
PARTE IV

ALÍNEA "B"
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que
qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;

Previsão constitucional: Art. 12°, I, CF.

Vamos entender isso?


Na alínea “b” da Constituição, é estipulado que indivíduos nascidos fora do Brasil
podem ser considerados brasileiros natos se tiverem um pai ou mãe brasileiros,
desde que pelo menos um deles esteja trabalhando para a República Federativa do
Brasil.
É importante destacar que o legislador constituinte optou por usar o
princípio do "jus sanguinis" aqui, a obtenção da nacionalidade segundo
essa regra demanda o cumprimento simultâneo de dois critérios:

Ser descendente de um Pelo menos um dos pais, ou


pai brasileiro ou uma ambos, devem estar
mãe brasileira, ou de prestando serviços para o
ambos. Brasil no exterior.

curiosidade!
"jus sanguinis" "jus solis"

jus sanguinis deriva do latim e significa jus solis: deriva do latim e significa
“direito de sangue”. Garante ao “direito de solo”. Garante ao indivíduo o
indivíduo o direito à cidadania de um direito à nacionalidade do lugar onde
país por meio de sua ascendência. nasceu.

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DICA 89
DA NACIONALIDADE
PARTE V

ALÍNEA "C"
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que
sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na
República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a
maioridade, pela nacionalidade brasileira;

Previsão constitucional: Art. 12°, I, CF.

Vamos entender isso?


A Constituição estabelece que são considerados brasileiros natos "aqueles
nascidos no exterior de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que sejam
devidamente registrados em órgão competente do governo brasileiro ou optem
por adquirir a nacionalidade brasileira após atingirem a maioridade e, em
qualquer momento posterior".
Assim, quando um indivíduo nasce fora do território brasileiro, filho de um pai
brasileiro ou mãe brasileira que não estejam prestando serviço em nome do
Brasil, existem duas maneiras distintas de adquirir a nacionalidade brasileira:

O indivíduo decide residir


na República Federativa
do Brasil e, em algum
O indivíduo é registrado momento após atingir a
em uma autoridade maioridade, opta por se
competente do governo tornar cidadão brasileiro.
brasileiro;

"O que acontece se um filho de brasileiros que não estejam a serviço do Brasil,
nascido no exterior, vier a residir no país ainda enquanto menor? Qual será a sua
nacionalidade?"

Nesse cenário, o indivíduo menor de idade será considerado brasileiro nato.

No entanto, a aquisição definitiva de sua nacionalidade dependerá de sua


escolha após atingir a maioridade. Depois de alcançar a maioridade, a condição de
ser brasileiro nato fica temporariamente suspensa até que a opção pela nacionalidade
brasileira seja efetivada. Nesse contexto, a maioridade atua como uma condição
suspensiva da cidadania brasileira até o momento em que a escolha for
oficializada.

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DICA 90
DA NACIONALIDADE
PARTE VI

AQUISIÇÃO SECUNDÁRIA (DERIVADA) DA NACIONALIDADE


Art. 12. São brasileiros: (...)
II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos
originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano
ininterrupto e idoneidade moral;

Previsão constitucional: Art. 12°, II, CF.

Vamos entender isso?

No contexto brasileiro, a obtenção da nacionalidade derivada ocorre


exclusivamente através da expressa manifestação do interessado, ou seja, por meio
de um processo de naturalização.

Na alínea “a”, encontramos a situação de naturalização ordinária, que é concedida


a estrangeiros que preencham os requisitos estabelecidos pela lei (Lei da
Migração). Para cidadãos estrangeiros oriundos de países de língua portuguesa, o
processo de naturalização é facilitado, demandando apenas dois critérios:

Residência contínua no
Brasil por um período de Demonstrar idoneidade
um ano moral.

Contudo, é importante ressaltar que o cumprimento meramente desses requisitos


não garante automaticamente a concessão da cidadania brasileira ao
estrangeiro.

A concessão da naturalização ordinária é uma prerrogativa discricionária do Chefe do


Poder Executivo, ou seja, depende de uma análise subjetiva em relação à
conveniência e oportunidade feita por essa autoridade.

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DICA 91
DA NACIONALIDADE
PARTE VII

PORTUGUESES RESIDENTES NO BRASIL


Art. 12. São brasileiros: (...)
II - naturalizados:
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa
do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que
requeiram a nacionalidade brasileira.

Previsão constitucional: Art. 12°, II, CF.

Vamos entender isso?


Na alínea “b”, encontra-se estabelecida a modalidade de naturalização
extraordinária, que está condicionada ao cumprimento de três requisitos distintos:

Manutenção de residência Apresentação de


contínua no território brasileiro um pedido formal Ausência de
por um período superior a por parte do condenação em
quinze anos; interessado. processos penais;

Diferentemente da naturalização ordinária, quando esses três critérios são


satisfeitos, o indivíduo interessado adquire um direito subjetivo à cidadania
brasileira.

Nesse contexto, a autoridade máxima do Poder Executivo não pode negar essa
concessão, uma vez que se trata de um ato vinculado realizado pelo Presidente
da República.

Por fim, é crucial ressaltar a interpretação dada pelo Supremo Tribunal


Federal (STF) que afirma que a obtenção da nacionalidade brasileira
"jure matrimonii", ou seja, como um efeito direto e imediato do
casamento civil, não é viável em nosso sistema jurídico-
constitucional.

Ana Paula Martins da Silva Hernandes - [email protected] - CPF: 132.225.927-56


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DICA 92
DA NACIONALIDADE
PARTE VIII

AQUISIÇÃO SECUNDÁRIA (DERIVADA) DA NACIONALIDADE


Art. 12. (...)

§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade


em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os
casos previstos nesta Constituição.

Previsão constitucional: Art. 12°, § 1º, CF.

Para receber esse tratamento equiparado, os cidadãos portugueses precisam cumprir


dois requisitos específicos:

Devem possuir residência


permanente no território É necessário que haja uma
brasileiro. reciprocidade de tratamento em
benefício dos brasileiros;

A Constituição Federal de 1988 estabelece condições favoráveis para os


cidadãos portugueses, equiparando-os ao tratamento concedido a
brasileiros naturalizados. De acordo com a doutrina, essa situação é referida
como uma forma de "quase-nacionalidade".

Em outras palavras, Portugal também deve conferir os mesmos direitos aos


brasileiros que residam lá.

Importante notar que não ocorre uma transferência de nacionalidade para os


cidadãos portugueses nem para os brasileiros que vivam em Portugal.

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DICA 93
DA NACIONALIDADE
PARTE IV

CONDIÇÃO JURÍDICA DO NACIONALIZADO


Conforme estabelecido pelo artigo 12, parágrafo 2º da Constituição de 1988, "a
lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados,
salvo nos casos previstos nesta Constituição.

"Em essência, isso significa que tanto os brasileiros natos quanto os


naturalizados devem ser tratados de maneira igualitária. Qualquer
discriminação entre essas categorias de cidadãos somente é permitida nos
cenários expressamente contemplados na própria Constituição.

Portanto, leis que estabeleçam diferenciações entre brasileiros natos e


naturalizados são claramente inconstitucionais.

Uma das principais áreas em que ocorre distinção entre brasileiros natos e
naturalizados refere-se à ocupação de determinados cargos públicos, como
previsto no artigo 12, parágrafo 3º, da Constituição de 1988.

São privativos de brasileiro nato os cargos:

da carreira diplomática;

de Ministro de Estado da
Defesa.
de Presidente e Vice-
Presidente da República;
de Ministro do Supremo
de Presidente da Câmara Tribunal Federal;
dos Deputados;
de oficial das
de Presidente do Senado Forças Armadas;
Federal;

LEMBRE-SE!
Os cargos mencionados acima compõem uma lista taxativa. Aqueles que não estão
inclusos na lista não requerem que a pessoa seja um brasileiro nato para ocupá-los.

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DICA 94
DA NACIONALIDADE
PARTE V

PERDA DE NACIONALIDADE
Art. 12. (...) §4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade
nociva ao interesse nacional;
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: de reconhecimento de
nacionalidade originária pela lei estrangeira;
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente
em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para
o exercício de direitos civis;

Situações nas quais a perda da nacionalidade se configura:


CANCELAMENTO DE NATURALIZAÇÃO
Essa disposição é aplicável exclusivamente a brasileiros que tenham obtido a
nacionalidade por meio de naturalização. A perda ocorre por determinação
judicial, devido a atividades prejudiciais ao interesse nacional. Quando a
decisão judicial se torna final, o indivíduo somente poderá reaver a
nacionalidade brasileira através de uma ação rescisória; uma nova
naturalização não é uma opção viável.
AQUISIÇÃO DE OUTRA NACIONALIDADE
Essa condição abrange tanto brasileiros natos quanto naturalizados. Nesse
cenário, a nacionalidade brasileira pode ser readquirida por meio de um
decreto do Presidente da República, desde que o indivíduo esteja domiciliado
no Brasil.

LEMBRE-SE!
A nacionalidade brasileira não é perdida nas seguintes situações:

Imposição de naturalização por parte da


norma estrangeira a um brasileiro
residente em um país estrangeiro, como Reconhecimento de nacionalidade
um requisito para permanecer no original pela legislação estrangeira.
território ou para exercer direitos civis.

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DICA 95
DA NACIONALIDADE
PARTE VI

LÍNGUA E SÍMBOLOS OFICIAIS


Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.
§ 1º - São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas
e o selo nacionais.
§ 2º - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios

Esse inciso costuma ser cobrado em sua literalidade. Memorize-o!

o hino;

os selos nacionais;
IDIOMA OFICIAL
lingua portuguesa

SIMBOLOS
a bandeira;
as armas;

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DICA 96
DIREITOS POLÍTICOS
PARTE I

Direitos políticos referem-se aos direitos concedidos aos cidadãos de um país que
lhes permitem participar no processo político e governamental. Esses direitos são
fundamentais para a democracia e a participação dos cidadãos na tomada de decisões
que afetam suas vidas e a sociedade em geral.

Os direitos políticos geralmente incluem:

1. Direito de Voto: O direito de participar nas eleições, tanto para escolher


representantes em cargos políticos (como presidentes, parlamentares e prefeitos)
quanto para tomar decisões sobre questões importantes por meio de referendos ou
plebiscitos.
2. Direito de Candidatura: O direito de se candidatar a cargos públicos, desde que
se cumpram os requisitos estabelecidos, como idade mínima e cidadania.
3. Liberdade de Expressão e Associação: A liberdade de expressar opiniões
políticas, protestar pacificamente, se reunir com outros cidadãos para discutir
questões políticas e formar partidos políticos ou associações.
4. Acesso à Informação: O direito de ter acesso a informações relevantes sobre o
governo, as políticas públicas e os processos políticos, garantindo que os cidadãos
possam tomar decisões informadas.
5. Liberdade de Imprensa: O direito da imprensa de operar de forma independente e
relatar eventos políticos e governamentais sem censura indevida.
6. Participação em Processos de Consulta e Deliberação: A oportunidade de
participar de discussões públicas, comitês ou painéis que contribuam para a
formulação de políticas públicas ou decisões governamentais.
7. Acesso à Justiça: O direito de buscar recursos legais caso os direitos políticos
sejam violados ou quando houver suspeita de fraude eleitoral.
8. Direito de Petição: A capacidade de enviar petições ou reclamações ao governo ou
a autoridades relevantes em busca de ações corretivas.
9. Liberdade de Filiação Política: O direito de se afiliar a partidos políticos ou grupos
ideológicos de escolha.
10. Direitos de Não Discriminação: A garantia de que todos os cidadãos têm os
mesmos direitos políticos, independentemente de sua origem étnica, gênero,
religião, orientação sexual ou outras características pessoais.

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DICA 97
DIREITOS POLÍTICOS - PARTE II

DEMOCRACIA

Democracia é um sistema de governo em que o poder é exercido pelo


povo, ou seja, os cidadãos participam na tomada de decisões políticas de
maneira direta ou por meio de representantes eleitos.

Nesse sistema, os direitos individuais são respeitados, a igualdade perante a


lei é mantida e as políticas públicas são desenvolvidas considerando o bem-
estar da sociedade como um todo.

A democracia pode assumir diferentes formas e graus de complexidade,


mas a ideia central é que o poder político emana do povo e é exercido em
benefício do povo.

Ela é considerada um dos sistemas de governo mais desejáveis devido à


ênfase na representação, participação e proteção dos direitos humanos.

Existem diferentes formas de democracia, vamos aprender quis são?


tipos de
democracia

DEMOCRACIA REPRESENTATIVA
OU INDIRETA
o povo escolhe representantes
que governam em seu nome;

DEMOCRACIA SEMIDIRETA
OU PARTICIPATIVA
Essa modalidade combina o
exercício direto do poder pelo
povo com a atuação de
representantes.
O Brasil adota esse modelo e
DEMOCRACIA DIRETA emprega certos mecanismos
o povo exerce sua característicos, como
autoridade de forma plebiscitos, referendos e a
direta, sem intermediários iniciativa popular para a
ou representantes; elaboração de leis.

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DICA 98
DIREITOS POLÍTICOS - PARTE III

CATEGORIZAÇÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS

direitos políticos positivos:


Segundo a doutrina, os direitos políticos positivos estão
relacionados à participação ativa dos indivíduos na vida
política do Estado e estão ligados ao exercício do sufrágio, ou
seja, ao direito de votar e ser votado.

direitos políticos negativos:


Por outro lado, os direitos políticos negativos são normas que
restringem o exercício da cidadania, limitando a participação
dos indivíduos na vida política do Estado. Isso inclui casos de
inelegibilidade e situações em que os direitos políticos podem
ser suspensos ou perdidos.

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DICA 99
DIREITOS POLÍTICOS - PARTE IV

Esse inciso costuma ser cobrado em sua literalidade. Memorize-o!

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto
e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular
Previsão constitucional: Art. 14°, CF.

SUFRÁGIO
Os direitos políticos positivos estão associados ao exercício do sufrágio, que abrange
a habilidade de participar do processo de votação e de ser selecionado como
candidato.
De forma mais precisa, o sufrágio engloba tanto a capacidade eleitoral ativa
quanto a capacidade eleitoral passiva.

A capacidade eleitoral ativa engloba o direito de se registrar como


eleitor (alistamento) e o direito de emitir um voto.

Por sua vez, a capacidade eleitoral passiva abrange o direito de ser


escolhido como candidato e ser eleito para ocupar um cargo
público (elegibilidade).

exercício da soberania popular


A Constituição de 1988 estabeleceu que o voto deve ser
direto, secreto, universal, periódico e possuir igual valor
para todos.

A obrigatoriedade do voto não possui status de cláusula


pétrea, sendo a única característica que pode ser eliminada por
meio de emenda constitucional.

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DICA 100
DIREITOS POLÍTICOS - PARTE V

TIPOS DE SUFRÁGIO
SUFRÁGIO UNIVERSAL
O direito de participar na votação é estendido a todos os cidadãos
nacionais, sem discriminação com base em fatores econômicos,
culturais, sociais ou outras condições particulares.

Tipo adotado pela CF/88, em que podem votar e ser votados


todos os nacionais que cumpram requisitos de alistabilidade e
de elegibilidade.

SUFRÁGIO RESTRITO
Refere-se à situação em que o exercício do direito de voto está
condicionado ao cumprimento de determinadas condições
particulares, sendo concedido exclusivamente a uma porção
específica dos cidadãos.

O SUFRÁGIO RESTRITO O SUFRÁGIO RESTRITO


CENSITÁRIO CAPACITÁRIO

depende do preenchimento de exige que o indivíduo apresente


condições econômicas alguma característica especial
(renda, bens, etc.) (ser alfabetizado, por exemplo).

REFERENDO
O referendo ocorre após um projeto de lei já ter sido aprovado pelo órgão
legislativo, como um parlamento. Antes de a lei entrar em vigor, é
submetida a um referendo para que a população decida se concorda ou não
com a nova legislação.
PLEBISCITO
O plebiscito, por outro lado, é realizado antes que uma decisão legislativa
seja tomada. Nesse caso, o governo submete uma questão específica à
população para que ela decida. Isso pode ser usado para obter o
consentimento popular sobre assuntos importantes, como mudanças na
constituição, aquisição de territórios ou outras questões relevantes.

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DICA 101
DIREITOS POLÍTICOS - PARTE VI

Esse inciso costuma ser cobrado em sua literalidade. Memorize-o!

Art. 14. §1º - O alistamento eleitoral e o voto são:


I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para: a) os analfabetos; b) os maiores de setenta anos; c) os
maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período
do serviço militar obrigatório, os conscritos.

Previsão constitucional: Art. 14°, CF.

CAPACIDADE ELEITORAL ATIVA


A capacidade eleitoral ativa representa a habilidade de um indivíduo para
exercer seu direito de voto durante eleições, plebiscitos e referendos. No contexto
brasileiro, essa capacidade é conquistada mediante a inclusão nos registros da
Justiça Eleitoral, estando sujeita ao processo de alistamento eleitoral, que ocorre
mediante solicitação do interessado.

Além de facultar o poder de votar, a condição de eleitor confere ao cidadão uma


posição de participação na comunidade, capacitando-o para desfrutar de vários
outros direitos políticos, incluindo a possibilidade de apresentar ações populares ou
contribuir para a iniciativa popular de leis.

No entanto, é importante destacar que a elegibilidade para ser votado não é


necessariamente automática. Para essa finalidade, são requeridos o cumprimento
de critérios adicionais.
Vamos ver quais são esses critérios?
ALISTAMENTO OBRIGATÓRIO

apenas brasileiros maiores de


(natos ou naturalizados)
poderão se alistar.

ALISTAMENTO FACULTATIVO
portugueses analfabetos;
equiparados poderão maiores de 70 (setenta) anos;
se alistar como os maiores de 16 (dezesseis) e
eleitores. menores de 18 (dezoito) anos.

alistamento eleitoral é
vedado aos conscritos,
durante o serviço militar
obrigatório

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DICA 102
DIREITOS POLÍTICOS - PARTE VII

CAPACIDADE ELEITORAL PASSIVA


A capacidade eleitoral passiva refere-se ao direito de ser votado e ser elegível
para cargos públicos. Para que um indivíduo possa adquirir a capacidade eleitoral
passiva, é necessário que ele atenda aos requisitos estipulados pela
Constituição para a elegibilidade, além de não se enquadrar em nenhuma das
circunstâncias de inelegibilidade, que são situações que impedem o exercício da
capacidade eleitoral passiva.

Vamos ver quais são os requisitos de elegibilidade?


SÃO CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE

Esses incisos costumam ser cobrados em sua literalidade. Memorize-o!

§ 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei:


I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - a filiação partidária;
VI - a idade mínima de:

TRINTA E CINCO ANOS TRINTA ANOS VINTE E UM ANOS DEZOITO ANOS

para Presidente e Vice- para Governador e Vice- Deputado Federal, para Vereador.
Presidente da República Governador de Estado Deputado Estadual ou
e Senador; e do Distrito Federal; Distrital, Prefeito, Vice
Prefeito e juiz de paz;

Previsão constitucional: Art.14, §3º, CF.

LEMBRE-SE!
A elegibilidade somente será possível pelo cumprimento cumulativo de
todos os requisitos acima relacionados.

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DICA 103
DIREITOS POLÍTICOS - PARTE VIII

DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS


Os direitos políticos negativos, também conhecidos como restrições ou limitações
aos direitos políticos, referem-se às situações em que certas pessoas têm seus
direitos políticos restringidos ou suspensos devido a circunstâncias específicas.
Isso geralmente ocorre como resultado de condenações criminais, falta de
capacidade mental ou outros fatores que possam comprometer a capacidade de um
indivíduo de participar plenamente do processo político.

Podemos dividir as inelegibilidades em dois grandes grupos:

INELEGIBILIDADES ABSOLUTAS:
São restrições ligadas às características pessoais do indivíduo que impedem sua
candidatura e, consequentemente, sua participação em qualquer cargo político.
Estas restrições são explicitamente estabelecidas na Constituição Federal e não
podem ser criadas novas inelegibilidades absolutas por meio de legislação que não
seja de natureza constitucional.

os inalistáveis (pessoas
que não podem ser
alistadas
eleitoralmente)
e os analfabetos.
É importante notar que,
os estrangeiros apesar dos analfabetos
terem o direito de votar os conscritos durante o
(voto facultativo), não período de serviço
possuem a elegibilidade militar obrigatório;
para serem votados.

INELEGIBILIDADES RELATIVA:
Referem-se a regras que impedem a candidatura a certos cargos políticos, devido
a circunstâncias específicas delineadas na Constituição ou em leis complementares.
Tais restrições não estão diretamente vinculadas às características pessoais do
indivíduo e, portanto, não resultam em um impedimento completo para o
exercício de qualquer cargo político. Isso significa que uma pessoa pode ser
impedida de se candidatar a determinados cargos, mas ainda ter a possibilidade de
concorrer a outros.
inelegibilidade
relativa por motivo
de casamento, inelegibilidade
parentesco ou relativa relacionada
afinidade à condição de
(conhecida como militar.
inelegibilidade
inelegibilidade relativa reflexa);
por razões funcionais;

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DICA 104
DIREITOS POLÍTICOS IV

INELEGIBILIDADE POR MOTIVOS FUNCIONAIS


Vamos aprofundar um pouco mais...

A inelegibilidade por razões funcionais encontra-se estabelecida no art. 14,


§5º, que estipula que "o Presidente da República, os Governadores de
Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e aqueles que os tenham
sucedido ou substituído no decorrer dos mandatos poderão ser reeleitos
para um único período subsequente".

De acordo com essa disposição, os titulares dos Poderes Executivos


(Presidente, Governador e Prefeito) estão limitados a exercer dois
mandatos consecutivos no mesmo cargo.

LEMBRE-SE!

A proibição de ser reeleito por mais de um período subsequente é


uma norma que se aplica exclusivamente àqueles que
desempenham mandatos como Chefes do Poder Executivo. Tal
restrição não se estende aos mandatos no Poder Legislativo: é
completamente viável para um Deputado ou Senador ser eleito para
uma série contínua e ininterrupta de mandatos.

ENTENDIMENTO DO STF

Um indivíduo que tenha ocupado dois mandatos consecutivos


como prefeito, ou seja, tenha sido eleito e reeleito, fica
impedido de concorrer a um terceiro mandato, mesmo que
seja em um município diferente. Essa medida visa a evitar a
prática do chamado "prefeito itinerante", que consiste na
atuação sucessiva em mais de dois mandatos consecutivos em
diferentes municípios.

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DICA 105
DIREITOS POLÍTICOS V

INELEGIBILIDADE POR MOTIVOS FUNCIONAIS


Outros entendimentos acerca desse assunto

Um indivíduo que tenha ocupado a posição de Chefe do Poder Executivo em


dois mandatos consecutivos não estará habilitado, na eleição
subsequente, a concorrer ao cargo de Vice.

No que diz respeito aos Vice-Presidentes da República, Vice-Governadores


e Vice-Prefeitos, é estabelecido que eles também só poderão buscar a
reeleição para o mesmo cargo em um único período subsequente.

E se o Presidente, Governador ou Prefeito quiser se candidatar a outro cargo,


diferente de Chefe do Poder Executivo?
De acordo com o art. 14, § 6º da Constituição Federal de 1988, estabelece-se que
"para concorrer a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores
de Estado e do Distrito Federal, e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos
mandatos até seis meses antes do pleito."

Esse procedimento é conhecido como "desincompatibilização", uma medida que


visa evitar que o Chefe do Poder Executivo utilize os recursos governamentais para se
eleger a outro cargo.

EXEMPLO NA PRÁTICA
Isso se aplica, por exemplo, quando um Governador
tem a intenção de se candidatar ao cargo de Senador
nas próximas eleições.

Para fazê-lo, ele precisa renunciar à posição de


Governador seis meses antes do pleito.

LEMBRE-SE!
Importante ressaltar que a desincompatibilização não é requerida caso o
Chefe do Poder Executivo esteja buscando a reeleição.

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DICA 106
DIREITOS POLÍTICOS VI
Esse inciso costuma ser cobrado em sua literalidade. Memorize-o!

§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes


consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da
República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito
ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se
já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.

Previsão constitucional: Art. 14°, § 7º, CF.

A INELEGIBILIDADE REFLEXA
o que isso quer dizer?
A inelegibilidade reflexa, recebe esse nome devido ao fato de que a ocupação de
um cargo de Chefe do Poder Executivo afeta a elegibilidade de pessoas
relacionadas (cônjuge, parentes e afins).

É crucial destacar que somente o cônjuge, parentes e afins do titular de cargo de


Chefe do Poder Executivo são afetados por essa forma de inelegibilidade; o fato
de alguém ocupar um cargo no Poder Legislativo não tem qualquer impacto na
elegibilidade de terceiros.

O CÔNJUGE, PARENTES E
AFINS, ATÉ O SEGUNDO O CÔNJUGE, PARENTES E AFINS ATÉ O CÔNJUGE, PARENTES E
GRAU, OU POR ADOÇÃO O SEGUNDO GRAU, OU POR ADOÇÃO, DE AFINS ATÉ O SEGUNDO
DE PREFEITO UM GOVERNADOR GRAU, OU POR ADOÇÃO,
DE UM PRESIDENTE
não poderão se não têm permissão para concorrer a
candidatar a nenhum cargos em todo o estado. Isso abrange não estão autorizados a se
cargo dentro daquele os cargos de Vereador, Prefeito e Vice- candidatar a qualquer
Município (Vereador, Prefeito (em qualquer município cargo eletivo em todo o
Prefeito e Vice-Prefeito). daquele estado), assim como os cargos país.
de Deputado Federal, Deputado
Estadual e Senador, por aquele estado.

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DICA 107
DIREITOS POLÍTICOS VII

A INELEGIBILIDADE REFLEXA
não se esqueça!

Conforme estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal


(STF), a inelegibilidade reflexa abrange também indivíduos
que tenham estabelecido uma união estável com o titular do
cargo do Poder Executivo, independentemente de ser uma
união heteroafetiva ou homoafetiva.

É importante observar que a dissolução do casamento,


mesmo quando ocorre durante o mandato, não elimina a
aplicação da inelegibilidade reflexa. Essa interpretação é
respaldada pela Súmula Vinculante nº 18 do STF.

NÃO ESTENDE A INELEGIBILIDADE

Além disso, é importante observar que a


inelegibilidade reflexa não se estende no caso de
falecimento do cônjuge, mesmo que esse cônjuge
tenha cumprido dois mandatos consecutivos no
cargo.

Essa situação não está sujeita à aplicação da Súmula Vinculante nº 18,


que foi criada com a finalidade específica de prevenir a dissolução artificial
de sociedades conjugais como meio de contornar a inelegibilidade reflexa.

Ana Paula Martins da Silva Hernandes - [email protected] - CPF: 132.225.927-56


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DICA 108
DIREITOS POLÍTICOS VIII

§8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:


I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; II - se
contar mais de dez anos de serviço será agregado pela autoridade superior e, se
eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.

Previsão constitucional: Art. 14°, § 8º, CF.

INELEGIBILIDADE RELATIVA À CONDIÇÃO DE MILITAR


Vamos entender isso?
Ao analisar o dispositivo mencionado, torna-se evidente que
apenas os militares que possuem a capacidade de serem
alistados podem ser considerados elegíveis.

Nesse contexto, fica claro que os conscritos (indivíduos que


estão cumprindo o serviço militar obrigatório) não possuem a
condição de serem alistáveis, e, consequentemente, não
podem ser considerados elegíveis.

CASO TENHA
MENOS DE 10 ANOS
DE SERVIÇO
O MILITAR ALISTÁVEL
É ELEGÍVEL Deverá afastar-se da atividade.
ATENDIDAS AS SEGUINTES
CONDIÇÕES. CASO TENHA
MAIS DE 10 ANOS
DE SERVIÇO

Será agregado pela autoridade superior e,


se eleito, passará automaticamente, no ato
da diplomação, para a inatividade.

Ana Paula Martins da Silva Hernandes - [email protected] - CPF: 132.225.927-56


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DICA 109
DIREITOS POLÍTICOS VIII

§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de


sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para
exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e
legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do
exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta

OUTRAS HIPÓTESES DE INELEGIBILIDADE RELATIVA

A lei complementar (LC) é de âmbito nacional.


Qual é a distinção entre uma lei nacional e uma lei federal?
A lei nacional engloba todas as unidades federativas (União, Estados,
Distrito Federal e Municípios). Isso ocorre, por exemplo, com o Código Penal.

Por outro lado, uma lei federal tem abrangência exclusiva na esfera da
União. Um exemplo é a Lei 8.112/1990, que estabelece o Regime Jurídico
dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias (inclusive as de regime
especial) e das fundações públicas federais.

É importante salientar que uma emenda constitucional tem a capacidade


de introduzir novas situações de inelegibilidade relativa. Contudo, esse
poder não se estende a outros tipos de atos normativos.

Com base no §9º do art. 14 da Constituição, foi criada a


Lei Complementar nº 64/1990, que estabeleceu
diversos casos de inelegibilidade e estipulou medidas
correlatas.

Essa legislação foi posteriormente modificada pela Lei


Complementar nº 135/2010, também conhecida como a
"Lei da Ficha Limpa", que introduziu novas
circunstâncias de inelegibilidade.

Ana Paula Martins da Silva Hernandes - [email protected] - CPF: 132.225.927-56


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DICA 110
DIREITOS POLÍTICOS IX
Esse inciso costuma ser cobrado em sua literalidade. Memorize-o!

§10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de
quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do
poder econômico, corrupção ou fraude.

§ 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça,


respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.

AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DO MANDATO


ELETIVO
O que isso significa?

O parágrafo 10 estabelece um prazo para contestar


a validade de um mandato eletivo, que é de 15 dias
após a cerimônia de diplomação.

Além disso, apresenta as bases legais para essa


contestação, que incluem a alegação de abuso do
poder econômico, corrupção ou fraude.

Por sua vez, o parágrafo 11 determina que o


processo relacionado a essa contestação será
conduzido de forma confidencial, sendo uma
exceção à regra geral de publicidade dos
procedimentos legais.

Adicionalmente, este parágrafo estipula que o autor


da contestação pode ser punido caso atue com
má-fé durante o processo.

Ana Paula Martins da Silva Hernandes - [email protected] - CPF: 132.225.927-56


memoriza.aí
DICA 111
DIREITOS POLÍTICOS X
Esse inciso costuma ser cobrado em sua literalidade. Memorize-o!

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se


dará nos casos de:
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
II - incapacidade civil absoluta;
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos
termos do art. 5º, VIII;
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.

PERDA E SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS


O que isso significa?
A Constituição apresenta as situações em que os direitos políticos podem ser
retirados. Essa retirada pode ser permanente, sendo chamada de "perda", ou
temporária, sendo chamada de "suspensão". É crucial enfatizar que a Constituição,
como resposta ao período de ditadura que ocorreu anteriormente, não autoriza, sob
nenhuma circunstância, a cassação dos direitos políticos.

O que diz a doutrina?


A perda ocorre por um período sem limite estabelecido, ao passo que a
suspensão pode ser definida por um período específico ou de maneira
indefinida.

No caso da perda, a recuperação dos direitos políticos não é realizada


automaticamente após o término da razão que levou à perda; já na
suspensão, a reaquisição dos direitos é automática.

Vamos simplificar?
PERDA DE DIREITOS POLÍTICOS SUSPENSÃO DE DIREITOS POLÍTICOS
Cancelamento da naturalização Incapacidade civil absoluta;
por sentença transitada em
julgado Condenação criminal
transitada em julgado,
enquanto durarem seus
efeitos;

Recusa de cumprir obrigação a Improbidade administrativa,


todos imposta ou prestação nos termos do art. 37, § 4º
alternativa, nos termos do art. 5º,
VIII

os atos de improbidade administrativa resultarão na perda


do mandato e na suspensão dos direitos políticos

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DICA 112
DIREITOS POLÍTICOS XI
Esse inciso costuma ser cobrado em sua literalidade. Memorize-o!

Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua
publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua
vigência.

PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE ELEITORAL


O que isso significa?

A lei eleitoral entra em vigor imediatamente, no momento


de sua publicação.

No entanto, seus efeitos só se manifestam em um momento


posterior: a lei não se aplica à eleição que ocorrer até um
ano após sua vigência.

Vale ressaltar que o Supremo Tribunal Federal (STF) interpreta


que o princípio da anterioridade eleitoral é uma parte
fundamental e imutável da Constituição.

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DICA 113
DOS PARTIDOS POLÍTICOS

PRECEITOS E CRIAÇÃO
Lembre-se, é livre a criação, fusão,
incorporação ou extinção de qualquer
partido político, desde que seja observado
os preceitos da Constituição.

Organizam as pessoas em um mesmo


programa político, com a finalidade de
propiciar os indivíduos de expressarem
acontecimentos políticos e participarem
com efetividade da vida política estatal.
Além disso, influenciam as pessoas por meio
de oposição.

É PROIBIDO receber recursos de entidades ou governo estrangeiro, ou ainda


vinculada ao estrangeiro.

É OBRIGATÓRIO a prestação de contas à Justiça Eleitoral.

NATUREZA JURÍDICA
Partidos Políticos é pessoa jurídica de DIREITO PRIVADO, consolidado
mediante registro junto ao Cartório de Títulos e documentos.

Após adquirir personalidade jurídica deve registrar seu Estatuto no Tribunal


Superior Eleitoral;

AUTONOMIA PARTIDÁRIA
Lembre-se que os partidos políticos têm autonomia partidária quanto a sua
organização, estruturação interna, seu funcionamento, bem como acerca das
coligações eleitorais, ou seja, intervenção estatal mínima.

Além disso, os partidos políticos têm direito a recursos do Fundo


Partidário, acesso gratuito a rádio e TV e imunidade tributaria sobre
patrimônio, renda e serviços.
Lembre-se!
A liberdade de associação partidária NÃO É ABSOLUTA. Devem ser respeitados a
soberania popular, o pluralismo político, o regime democrático de direito e os direitos
fundamentais.

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DICA 114
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA I

CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA

O termo "Administração Pública" pode ter diferentes interpretações, vamos ver quais?
Pode-se distinguir entre "Administração Pública em sentido amplo" e
"Administração Pública em sentido estrito".

A Administração Pública em sentido amplo abrange não apenas os órgãos


e entidades que desempenham atividades administrativas, mas também os
órgãos políticos, que têm uma função política.

Por outro lado, a Administração Pública em sentido estrito refere-se


somente aos órgãos e entidades que exercem atividades administrativas.

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


(formal ou orgânico) (material ou funcional)

a Administração Pública em sentido objetivo enfoca as atividades e


funções que o governo desempenha em prol da sociedade, enquanto a
Administração Pública em sentido subjetivo se concentra na
estrutura e nos elementos organizacionais que compõem o aparato
estatal.

Ambas as perspectivas são importantes para uma compreensão


abrangente da forma como o governo opera e interage com a
sociedade.

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DICA 115
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA II

ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
direta indireta

Os órgãos públicos formam a entidade conhecida como


Administração Direta. A Administração Direta pode ser definida
como o conjunto de órgãos que fazem parte dos entes
políticos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) e que
possuem a autoridade para realizar as atividades administrativas do
Estado de maneira centralizada.

Quando o Estado age de forma descentralizada, ele


delega a outra entidade a autoridade para executar
tarefas administrativas específicas. Isso dá origem a
instituições com personalidade jurídica própria,
encarregadas de realizar atividades administrativas
particulares. Essas instituições constituem o que
chamamos de Administração Indireta.
Conforme estipulado na Constituição de 1988, a
Administração Indireta é composta por autarquias,
fundações públicas, empresas públicas e sociedades de
economia mista.

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DICA 116
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA III

XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação,
cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;

AUTARQUIAS
Você sabe o que é?
A criação de autarquias deve ocorrer
mediante a promulgação de uma
legislação dedicada, uma vez que tais
organizações constituem pessoas
jurídicas de direito público, sem fins
lucrativos e se dedicam à execução de
exemplos de autarquias funções próprias do Estado.
BANCO CENTRAL, INSS, INCRA Lembre-se elas não tem poder legislativo.
regime jurídico
de contratação é estatutário

FUNDAÇÕES PÚBLICAS
Você sabe o que é?
As fundações públicas podem ser
estabelecidas por meio de lei ou receber a
autorização legal para sua formação.
Quando criadas diretamente por lei,
adquirem a natureza jurídica de entidades
exemplos de fundações públicas
públicas, assemelhando-se a autarquias
(sendo então chamadas de fundações
FUNAI, FUNASA, HEMOCENTRO
autárquicas).
regime jurídico
de contratação é estatutário

Quando autorizada sua criação por lei, assumem a natureza jurídica de entidades
privadas de direito público. Independentemente do cenário, a definição dos
campos em que essas fundações atuarão é uma responsabilidade reservada à
legislação complementar. Exercem atividades de interesse social, tais como:
educação, cultura e também não pode ter fins lucrativos.

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DICA 117
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA IV

XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias


das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de
qualquer delas em empresa privada;

SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA


Você sabe o que é?
Também precisam de autorização em lei
para serem criadas, exercem atividade
econômica e se divide somente em ação.
Além disso, a definição dos campos em
que atuarão é uma responsabilidade
exemplos de sociedade de
economia mista reservada à legislação complementar.
PETROBRAS, BANCO DO São caracterizadas como pessoas
BRASIL, ELETROBRAS jurídicas de direito privado e com capítal
regime jurídico misto, ou seja, público e privado.
de contratação é celetista

EMPRESAS PÚBLICAS
Você sabe o que é?
As empresas públicas precisam de
autorização em lei para serem criadas.
Estas organizações são caracterizadas
como pessoas jurídicas de direito privado
e têm a capacidade tanto de oferecer
exemplos de empresas públicas serviços públicos quanto de se envolver
em atividades econômicas. Além disso, a
BNDS, ECT (CORREIOS), CAIXA
definição dos campos em que essas
ECONÔMICA FEDERAL.
regime jurídico
fundações atuarão é uma responsabilidade
de contratação é celetista reservada à legislação complementar.

São criadas somente sob forma de direito admitido e com capital 100% público.

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DICA 118
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA V

XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias


das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de
qualquer delas em empresa privada;

REGIME JURÍDICO DA ADMINISTRAÇÃO


Você sabe o que é?
O Regime Jurídico da Administração é
o conjunto de normas (princípios e
regras) que regem a atuação da
Administração Pública, abrangendo
tanto as disposições do direito público
quanto as do direito privado.

É importante notar que a


Administração Pública pode
interagir de duas maneiras distintas
com os particulares: de forma
superior (vertical) ou em igualdade de
condições (horizontal).

Quando a Administração age com supremacia sobre os particulares,


prevalece o regime de direito público; já quando atua em pé de igualdade,
aplica-se o regime de direito privado.

curiosidade! "direito privado"

"direito público"
O direito privado desempenha o
papel de estruturar as interações
Direito público é a área do
e interesses entre as partes em
direito que aborda as interações
suas esferas privadas. Nesse
entre o Estado e os cidadãos,
contexto, ambas as partes
englobando campos como
envolvidas estão em uma posição
direito constitucional,
de igualdade, sem que uma
administrativo, penal, tributário
possua superioridade sobre a
e internacional público. Esta
outra. Essas partes podem
disciplina governa o exercício do
consistir em indivíduos ou até
poder do Estado, as ações
mesmo representar uma situação
governamentais e os direitos
em que de um lado esteja uma
fundamentais dos indivíduos.
pessoa e do outro, o Estado.

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DICA 119
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA VI

REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO


Você sabe o que é?
O Regime Jurídico-Administrativo, por
sua vez, é o conjunto de normas de
direito público que governa a
atuação da Administração Pública.

Este regime é aplicado quando a


Administração age com
superioridade em relação aos
administrados, caracterizando uma
relação vertical na qual a
Administração detém prerrogativas
especiais.

Princípios que fundamentam o Regime Jurídico-Administrativo

Princípio da Supremacia do Interesse Público: Este princípio estabelece que, em


situações de conflito entre o interesse público e o interesse dos particulares, o
interesse público deve prevalecer. Devido a essa supremacia, a Administração
possui prerrogativas especiais, o que resulta na verticalidade das relações entre
ela e os particulares. Um exemplo disso é a capacidade de ordenar a desapropriação
de um imóvel quando necessário.

Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público: Esse princípio determina que


a Administração só pode agir quando autorizada por lei, dentro dos limites
estabelecidos pela legislação. Impede que os administradores realizem atos que
resultem em renúncia a direitos do Poder Público ou em ônus injustificado para a
sociedade.

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DICA 120
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA VII

PRINCÍPIOS EXPLÍCITOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


Você sabe o que é?

A atuação da Administração Pública, em todos os seus níveis, está sujeita à


observância de princípios constitucionais específicos: legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência. Esses princípios têm aplicação obrigatória
em toda a extensão da Administração Pública, abrangendo tanto a esfera direta
quanto a indireta, além dos três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e
todas as esferas de governo (União, Estados, Distrito Federal e Municípios).

mnemônico

LIMPE
LEGALIDADE;
IMPESSOALIDADE;
MORALIDADE;
PUBLICIDADE;
EFICIÊNCIA;

LEGALIDADE
A legalidade é um princípio fundamental no contexto de um Estado democrático de
direito, representando a sujeição do Estado às leis. Através do estrito cumprimento
das leis, a vontade do povo é efetivada e, assim, o interesse público é preservado.
É importante destacar que ao mencionarmos "lei", não estamos limitando a referência
apenas às leis formais, que são elaboradas pelo Poder Legislativo. De acordo com o
princípio da legalidade, todas as normas devem ser respeitadas, incluindo os atos
infralegais, como decretos, portarias e instruções normativas.

Resumidamente falando...
A Administração Pública deve atuar de acordo com a lei, agindo apenas dentro
dos limites estabelecidos pela legislação e respeitando os direitos dos cidadãos.

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DICA 121
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA VIII

PRINCÍPIOS EXPLÍCITOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


Você sabe o que é?

IMPESSOALIDADE
O princípio da impessoalidade é também conhecido como princípio da finalidade
ou princípio da isonomia.
Para entender completamente esse princípio, é necessário examiná-lo em
suas
quatro abordagens diferentes.

Na primeira abordagem, que trata da finalidade, o princípio da


impessoalidade expressa a noção de que toda ação da Administração
deve visar à realização do interesse público. Quando um ato é
executado com um propósito diferente, torna-se nulo devido a desvio
de finalidade. Pode-se afirmar, portanto, que o princípio da
impessoalidade decorre diretamente do princípio da supremacia do
interesse público.
Na segunda interpretação, o princípio da impessoalidade engloba a
proibição de promoção pessoal. Os agentes públicos não podem usar
as conquistas da Administração Pública para benefício pessoal.

A terceira perspectiva do princípio da impessoalidade está


ligada à isonomia. Isso é evidente, por exemplo, na
exigência de realização de concursos públicos para o acesso
a cargos governamentais. A oportunidade de obter esses
cargos é a mesma para todos.

A quarta abordagem do princípio da impessoalidade destaca


que os atos realizados pelo agente público não são
atribuíveis a ele individualmente, mas ao órgão ou
entidade em cujo nome ele age. Portanto, a ação dos
agentes é impessoal.

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DICA 122
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA IX

PRINCÍPIOS EXPLÍCITOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


Você sabe o que é?

MORALIDADE
A moralidade administrativa é um princípio que exige dos
agentes públicos uma conduta ética e honesta na
administração dos assuntos públicos.

Não é suficiente que o administrador público apenas siga a


lei; adicionalmente, ele deve conduzir-se de acordo com os
princípios de probidade e boa-fé.

Se um ato administrativo entrar em conflito com o


princípio da moralidade, ele pode ser anulado.

MORALIDADE está intimamente ligado ao conceito de honestidade (decoro,


probidade administrativa e boa-fé objetiva) aplicação prática dos preceitos éticos
(conduta), sempre o que for melhor e mais útil ao interesse público.

Como uma ferramenta de supervisão da moralidade administrativa, o artigo


5º, parágrafo LXXIII, estabeleceu a ação popular, um mecanismo que pode
ser iniciado por qualquer cidadão.

A base da Súmula Vinculante n.º 13- sobre vedação ao NEPOTISMO trata-se do


princípio da MORALIDADE, aliada a IMPESSOALIDADE.
Vamos ver?

A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral


ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou
de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia
ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança
ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta
em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola
a Constituição Federal.

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DICA 123
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA X

PRINCÍPIOS EXPLÍCITOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


Você sabe o que é?

PUBLICIDADE
O princípio da publicidade engloba duas interpretações distintas:

A primeira abordagem consiste na exigência de


publicação em um órgão oficial como condição para a
eficácia dos atos administrativos que tenham impacto
externo ou que afetem o patrimônio público. Por
exemplo, a publicação de uma Portaria é um ato geral com
efeitos externos, que só terá validade após ser publicada
no Diário Oficial da União.

A segunda interpretação diz respeito à transparência na


atuação da Administração, possibilitando o controle
pelos cidadãos. Nesse contexto, o princípio da
publicidade se manifesta como uma obrigação de
transparência.

Portanto, o princípio da publicidade implica que a Administração Pública deve


tornar seus atos públicos para garantir a eficácia de certos atos administrativos e
para permitir que os cidadãos tenham acesso às informações sobre a conduta
interna de seus agentes, promovendo a transparência na gestão pública.

Ana Paula Martins da Silva Hernandes - [email protected] - CPF: 132.225.927-56


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DICA 124
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA XI

PRINCÍPIOS EXPLÍCITOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


Você sabe o que é?

EFICIÊNCIA
O princípio da eficiência passou a estar
expresso na Constituição a partir da EC nº
19/98, que o introduziu com o objetivo de
promover uma quebra de paradigma na
Administração Pública, substituindo a antiga
administração burocrática pelo novo modelo:
a administração gerencial.

A administração gerencial tem ênfase na


obtenção de resultados e na participação
do cidadão, que é visto como cliente dos
serviços públicos. Com base nesse princípio,
não basta que os agentes públicos atuem em
conformidade com os ditames da legalidade.
Deve-se buscar a melhoria da qualidade
dos serviços públicos e a racionalidade dos
gastos públicos.

Resumidamente falando...
Princípio mais recente e NÃO ORIGINÁRIO, surgiu de forma expressa pela emenda
constitucional 19/98, e exige que o exercício da atividade administrativa atenda
requisitos de presteza, adequabilidade, perfeição técnica, produtividade e
qualidade.
O foco desse princípio não é PURAMENTE ECONÔMICO, é o norte tratar de CUSTO
BENEFÍCIO (fazer mais com menos).

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DICA 125
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA XII

AGENTES PÚBLICOS
Você sabe o que é?
De acordo com o Artigo 37, Inciso I, da Constituição
Federal de 1988, "os cargos, empregos e funções
públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham
os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos
estrangeiros, na forma da lei".

Portanto, os cidadãos brasileiros que buscam ocupar


cargos, empregos ou funções públicas devem cumprir
os critérios definidos por legislação específica.
Consequentemente, apenas a lei tem a autoridade para
estabelecer os requisitos necessários para o acesso a
cargos públicos.

Os estrangeiros também possuem a possibilidade de ingressar em cargos, empregos e


funções públicas. No entanto, para eles, a regra é ligeiramente distinta: podem
ocupar essas posições somente quando houver autorização expressa na lei. É
importante enfatizar que essa legislação não pode criar distinções arbitrárias ou
injustas, beneficiando certos estrangeiros em detrimento de outros com base em sua
origem.
Importante lembrar!
Essa disposição constitucional é aplicável tanto a estrangeiros residentes quanto
àqueles que não residem no país.

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DICA 126
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA XIII

CONCURSO PÚBLICO
esse a gente sabe bem do que se trata, não é?

O Artigo 37, Inciso II, da Constituição Federal de


1988, estabelece que "a investidura em cargo
ou emprego público depende de aprovação
prévia em concurso público de provas ou de
provas e títulos, de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego, na forma
prevista em lei, ressalvadas as nomeações para
cargo em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração".

A partir desse dispositivo, podemos extrair várias diretrizes importantes:

O acesso a cargos e empregos públicos requer aprovação antecipada em


concurso público.

O concurso público deve compreender provas ou provas e títulos.


Portanto, a realização de concursos exclusivamente baseados em avaliação
de títulos não é admissível. A análise de títulos apenas contribuirá para a
classificação (e não para a eliminação!).

A exigência de concurso público se aplica ao preenchimento de cargos e


empregos tanto na administração pública direta quanto indireta,
inclusive para cargos em sociedades de economia mista e empresas públicas.

A necessidade de concurso público é aplicável somente à ocupação de


cargos efetivos.

A nomeação para cargos em comissão não está sujeita a concurso


público.

O prazo de validade do concurso é determinado pelo edital. Conforme o


Artigo 37, Inciso III, da Constituição Federal de 1988, esse prazo é de até 2
(dois) anos, prorrogável uma vez pelo mesmo período. Durante o período
de validade do concurso, os aprovados podem ser nomeados ou contratados.

Ana Paula Martins da Silva Hernandes - [email protected] - CPF: 132.225.927-56


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DICA 127
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA XIV

V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de


cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de
carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se
apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;

CARGOS EM COMISSÃO E FUNÇÕES DE CONFIANÇA


Vamos aprender?

Tanto os cargos em comissão quanto as funções


de confiança são designados exclusivamente para
as responsabilidades de direção, chefia e
assessoramento.
As funções de confiança são atribuídas apenas a
servidores que ocupam cargos efetivos, conforme
a regra introduzida pela Emenda Constitucional nº
19/98.

Em contraste, os cargos em comissão são de livre nomeação e exoneração. Contudo,


há uma determinação legal para um percentual mínimo dos cargos em comissão ser
ocupado por funcionários de carreira.

É relevante ressaltar a interpretação do Supremo Tribunal Federal (STF)

Em relação ao nepotismo, que é a prática de nomear familiares para cargos em


comissão e funções de confiança. O STF considera essa prática inaceitável,
incluindo o que é conhecido como "nepotismo cruzado", quando dois
agentes públicos nomeiam parentes um do outro para mascarar as
contratações.

A vedação ao nepotismo não alcança a nomeação para cargos políticos;

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DICA 128
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA XV

X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art.


39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a
iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma
data e sem distinção de índices;

REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES PÚBLICOS


Vamos aprender?
A remuneração dos agentes públicos pode ser efetuada
através de subsídios, vencimentos ou salários.

Primeiramente, o subsídio representa uma forma de


remuneração estipulada em um único montante,
excluindo qualquer acréscimo por meio de gratificações,
adicionais, abonos, prêmios, verbas de representação ou
outras formas remunerativas.
Obrigatória para os agentes políticos e para os servidores públicos de carreiras
específicas, tais como a Advocacia-Geral da União, a Defensoria Pública, a
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, as procuradorias estaduais e do Distrito
Federal, a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, as polícias civis, as polícias
militares e os corpos de bombeiros militares.

Os vencimentos abrangem a remuneração propriamente dita recebida


pelos servidores públicos. De acordo com o artigo 41 da Lei 8.112/90, a
remuneração consiste no vencimento correspondente ao cargo efetivo,
acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas por lei.

Por sua vez, o salário representa a forma de compensação remuneratória


destinada aos empregados públicos contratados sob o regime celetista.
Isso se aplica, por exemplo, ao Presidente de uma empresa pública.

Vale destacar que a proposição das leis que estipulam a


remuneração e o subsídio dos agentes públicos é
determinada pela natureza do cargo em questão.

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memoriza.aí
DICA 129
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA XVI

ACUMULAÇÃO REMUNERADA DE CARGOS, EMPREGOS E


FUNÇÕES PÚBLICAS
Vamos aprender?
A Constituição Federal estabelece, como norma geral, a
proibição da acumulação remunerada de cargos,
empregos e funções públicas. Esta proibição de
acumulação se estende igualmente àqueles que
desempenham empregos e funções em autarquias,
fundações, empresas públicas, sociedades de economia
mista e suas subsidiárias, assim como a sociedades
controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público.
A restrição à acumulação é abrangente, abrangendo todas as esferas do
governo (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), todos os Poderes
(Legislativo, Executivo e Judiciário), bem como toda a Administração
Pública (direta ou indireta).

Portanto, uma pessoa que ocupa um cargo público em nível federal


(independentemente do Poder) geralmente não poderá acumulá-lo
com um cargo público em outra esfera de governo (seja federal,
estadual ou municipal).

É viável a acumulação de cargos públicos em determinados cenários, desde que haja


compatibilidade de horários. São permitidas as acumulações de:

2 (dois) cargos de professor. Nesse contexto, é possível que uma


pessoa atue como docente em duas universidades públicas, por
exemplo.

1 (um) cargo de professor com outro cargo técnico ou


científico. Isso significa que um servidor que ocupa um "cargo
técnico ou científico" pode, simultaneamente, exercer a função de
professor em uma universidade pública. Importante destacar que a
acumulação remunerada de dois "cargos técnicos ou
científicos" não é aceita.

2 (dois) cargos ou empregos exclusivos para profissionais de


saúde. Por exemplo, um indivíduo pode ocupar dois cargos
públicos como médico em diferentes órgãos.

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DICA 130
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA XVII

SERVIDORES PÚBLICOS E MANDATO ELETIVO


Vamos aprender?
Independentemente do mandato eletivo, seja ele federal,
estadual ou distrital, o servidor ficará afastado de seu cargo,
emprego ou função (conforme o artigo 38, Inciso I). Essa
determinação se aplica igualmente a cargos no Poder Executivo
(como Presidente ou Governador) e no Poder Legislativo (como
Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual ou Deputado
Distrital).

Assim, quando o servidor estiver exercendo um


mandato eletivo em qualquer uma dessas esferas,
ocorrerá o afastamento automático de seu cargo.

Importante destacar que essa regra de afastamento é válida tanto para servidores
ocupantes de cargos efetivos quanto para aqueles ocupantes de cargos em
comissão.

Caso o servidor seja afastado para exercer um mandato eletivo federal, estadual ou
distrital, receberá obrigatoriamente a remuneração referente ao mandato eletivo.

No entanto, se o afastamento for devido ao investimento em um mandato eletivo


municipal, as regras são diferentes.
Quando um servidor é eleito como Prefeito, ele será afastado de seu cargo e poderá
optar entre a remuneração de seu cargo público ou a remuneração do mandato eletivo.

Por outro lado, um servidor investido no mandato de Vereador poderá acumular os


dois cargos (mandato eletivo e cargo público), desde que haja compatibilidade de
horários. Nesse caso, ele receberá ambas as remunerações.

No entanto, se não houver compatibilidade de horários, o servidor será afastado de


seu cargo, podendo escolher qual remuneração deseja receber.
IMPORTANTE!
O artigo 38, Inciso IV, da Constituição Federal de 1988, estabelece que o tempo de
serviço durante o mandato eletivo será contado para todos os efeitos legais, exceto
para promoção por merecimento. Além disso, os benefícios previdenciários serão
calculados como se o servidor estivesse em exercício, em caso de afastamento.

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DICA 131
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA XVIII

REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS


O artigo 39 da Constituição Federal de
1988 determina que cada um dos
componentes federativos deve
estabelecer um regime jurídico único
e planos de carreira para os servidores
que atuam na administração direta, nas
autarquias e nas fundações públicas.

No contexto federal, o regime jurídico aplicável aos servidores públicos é regido pela
Lei nº 8.112/90. Essa situação implica que os servidores públicos estão sujeitos a um
regime estatutário.

Desse modo, em cada esfera federativa, os servidores públicos devem ter sua vida
funcional regulamentada pelas mesmas normas presentes em lei. É crucial enfatizar
que essa lei deve ser proposta de maneira exclusiva pelo Chefe do Poder Executivo.

O artigo 39, Parágrafo 1º, da Constituição Federal de 1988, delineia os aspectos a serem
considerados ao fixar a remuneração dos servidores públicos. Estes incluem:

A natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos


cargos que compõem cada carreira;

Os requisitos para a nomeação;

As peculiaridades inerentes aos cargos.

IMPORTANTE!
Instituída pela Reforma do Aparelho do Estado, a qual visava implantar o modelo
Gerencial na Administração Pública do Brasil, esse dispositivo procura garantir uma
remuneração mais elevada para cargos que envolvem maior complexidade e
responsabilidade, assim como para aqueles que demandam maior especialização como
requisito para a nomeação. A intenção é assegurar equidade na remuneração dos
servidores públicos, tratando de maneira diferenciada aqueles que possuem diferenças
de atribuições e exigências.

Ana Paula Martins da Silva Hernandes - [email protected] - CPF: 132.225.927-56


memoriza.aí
DICA 132
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA XIX

ESTABILIDADE DOS SERVIDORES PÚBLICOS


A estabilidade é um direito aplicável aos
servidores públicos estatutários que
ocupam cargos efetivos. Não se aplica aos
servidores que ocupam cargos em
comissão.

Para alcançar a estabilidade, é necessário satisfazer quatro requisitos:


Ser aprovado em concurso público.
Ser nomeado para um cargo público efetivo.
Cumprir 3 (três) anos de exercício efetivo no cargo.
Passar por uma avaliação especial de desempenho conduzida por uma comissão
designada para esse propósito (conforme o artigo 41, Parágrafo 4º).

PERDA DO CARGO
O servidor estável somente poderá perder o cargo nas hipóteses abaixo

Através de uma sentença judicial com trânsito em julgado. Se um servidor for


condenado em uma decisão judicial definitiva por atos de improbidade
administrativa, uma das consequências poderá ser a perda de seu cargo público.

Mediante um processo administrativo no qual seja garantida a ampla defesa.


Após um processo administrativo regular, um servidor público que tenha cometido
uma infração grave poderá ser demitido, levando à perda de seu cargo público.

Com base em um procedimento de avaliação periódica de desempenho,


conforme definido em lei complementar, garantindo-se a ampla defesa. A
insuficiência de desempenho também pode levar à perda do cargo público por parte
do servidor.

Em caso de excesso de despesas com pessoal, conforme estipulado no artigo 169,


Parágrafo 3º. As despesas com pessoal estão sujeitas a limites estabelecidos pela
Lei de Responsabilidade Fiscal (LC nº 101/2000).

Se esses limites forem ultrapassados, o Poder Executivo deverá adotar certas


medidas: i) redução de pelo menos 20% das despesas com cargos em comissão e
funções de confiança; ii) exoneração de servidores não estáveis. Se essas medidas
não forem suficientes, até mesmo servidores estáveis podem vir a perder seus
cargos.

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DICA 133
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA XX

FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO


O Direito Administrativo é composto
por um conjunto de leis dispersas e
estatutos que regulam as relações e
atividades no âmbito da
administração pública.
Diferentemente de áreas como o
Direito Civil e o Direito
Previdenciário, que têm códigos que
consolidam suas normas em um
único documento, o Direito
Administrativo se baseia em uma
série de leis e estatutos específicos.
Por exemplo, a Lei 8.666/1993, também conhecida como Lei das Licitações, é um
dos pilares do Direito Administrativo ao regular os procedimentos de licitação e
contratos administrativos. Além disso, a Lei 8.112/1990, o Estatuto dos Servidores
Públicos Civis da União, é outra norma fundamental para regular os direitos e deveres
dos servidores públicos.

leis
As principais fontes primárias do Direito Administrativo são constituídas pelas leis
gerais. A Constituição Federal é a base fundamental, estabelecendo princípios,
competências e organização dos entes públicos. As leis complementares e ordinárias
detalham diversos aspectos das atividades administrativas e das relações com os
cidadãos e empresas.
jurisprudência
Trata-se de uma convergência de decisões judiciais sobre um mesmo tema,
consolidando-se como sínteses valiosas que orientam a aplicação de normas no
âmbito do Direito Administrativo.
Um exemplo congruente com essa definição são as súmulas vinculantes, que se
harmonizam efetivamente com esse conceito.
doutrina
Conjunto de fundamentos que encontram aplicação no âmbito do Direito
Administrativo, expressos em artigos, obras literárias e outros registros produzidos por
estudiosos da área, também conhecidos como doutrinadores.
costumes
Tratam-se de normas informais que preenchem lacunas deixadas pela ausência de
disposições legislativas nos códigos e estatutos. São amplamente reconhecidas em
uma comunidade e refletem os valores culturais dessa sociedade onde esses hábitos
arraigados são praticados.
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DICA 134
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

PODER CONSTITUINTE
O poder constituinte representa a habilidade de
elaborar e modificar as normas que constituem
uma Constituição, estabelecendo os fundamentos
jurídicos essenciais e moldando a estrutura do Estado.
Simplificando, é o poder responsável por criar uma
nova Constituição ou alterar uma já existente.
Por meio desse poder, são definidos não apenas os
poderes do governo e suas regras de
funcionamento, mas também os limites de suas
ações e os alicerces do sistema econômico e social.

O detentor do poder constituinte é o povo, que é


representado por um órgão coletivo,
frequentemente chamado de Assembleia
Constituinte.

A legitimidade desse poder deriva da representação


democrática de um Estado soberano. Isso ocorre por
meio de processos eleitorais, nos quais a Assembleia
Constituinte é encarregada de criar ou revisar a
Constituição.

Vamos diferenciar cada poder?


Poder Constituinte Originário
O poder constituinte originário é aquele que quebra com a estrutura legal prévia e
estabelece uma nova Constituição, dando origem a um Estado renovado.

Suas características principais são a autonomia, pois é exercido de maneira


soberana para criar a nova Constituição, e a falta de limitação jurídica, já que não
está vinculado aos princípios estabelecidos na Constituição anterior.

Poder Constituinte Derivado


O poder constituinte derivado é instituído pelo poder constituinte originário e está
sujeito às condições estabelecidas por este para a criação das normas
constitucionais, resultando em um conjunto de restrições.

As características centrais do poder constituinte derivado incluem sua natureza


condicionada, secundária e limitada. Contudo, é importante destacar que essas
limitações se subdividem em duas categorias: formais ou procedimentais, bem como
circunstanciais e materiais.

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DICA 135
APLICABILIDADE CONSTITUCIONAL I

APLICABILIDADE DAS
NORMAS CONSTITUCIONAIS
A aplicação das normas constitucionais
envolve a extensão e a efetiva
habilidade do texto normativo em
gerar resultados tangíveis. Nem
todas as disposições constitucionais
são automaticamente aptas a se
materializarem no mundo real,
desencadeando seus plenos efeitos
sem a intervenção de outros agentes.
Por exemplo, considere o princípio constitucional da separação dos poderes. Nesse
contexto, não é preciso que o legislador de nível inferior (infraconstitucional) regule
essa questão, visto que a própria Constituição já a estabelece de forma direta.
normas de eficácia plena
sua aplicabilidade é direta, mediata e integral.
As normas de eficácia plena englobam os preceitos que não necessitam
de regulamentação adicional para que seus efeitos se concretizem em sua
totalidade.
Isso significa que a mera existência de um comando constitucional é
suficiente para alcançar os resultados pretendidos pelo legislador.

Desse modo, é perceptível que a formulação constitucional já engloba


integralmente os propósitos do legislador constituinte, não havendo
necessidade de regulamentação em âmbito infraconstitucional.
características
AUTOAPLICAVEIS
As normas de eficácia plena são notáveis por sua capacidade de autoaplicação, como
já mencionado. Isso significa que não requerem uma lei regulamentadora para que
possam produzir efeitos.

NÃO-RESTRINGÍVEIS
As normas constitucionais de eficácia plena não podem ser restritas. Isso significa
que, se houver uma norma de nível inferior que tente limitar a aplicação da
norma constitucional, essa tentativa é ineficaz. A essência fundamental da norma
constitucional não pode ser diminuída por regulamentação infraconstitucional.

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DICA 136
APLICABILIDADE CONSTITUCIONAL II

APLICABILIDADE DAS
NORMAS CONSTITUCIONAIS

normas de eficácia contida


sua aplicabilidade é direta, mediata e não integral.
As normas constitucionais de eficácia contida, de maneira análoga às de
eficácia plena, apresentam a capacidade de gerar efeitos a partir da
promulgação da Constituição.

No entanto, estão sujeitas a limitações impostas por outras disposições


constitucionais ou por restrições de natureza infraconstitucional, que
estabelecem critérios e limites para o exercício do direito.

características
AUTOAPLICAVEIS
As normas de eficácia contida, da mesma maneira que as normas de eficácia plena,
possuem a característica de autoaplicabilidade, o que significa que não requerem
uma legislação regulamentadora para que seus efeitos sejam totalmente
efetivados.
Portanto, na ausência de tal regulamentação, o comando constitucional opera em sua
plenitude e se aplica a todos os destinatários, assemelhando-se ao funcionamento das
normas de eficácia plena.
Contudo, é importante destacar que, quando existe uma regulamentação
específica, ela pode impor limites à aplicação da norma constitucional (conforme
será abordado mais adiante).
NÃO-RESTRINGÍVEIS

Como abordado previamente, as normas constitucionais de eficácia contida estão


sujeitas a limitações e restrições.
Nesse contexto, essas restrições podem emergir de diversas fontes, como leis
regulamentadoras, outros dispositivos constitucionais ou até mesmo em virtude de
conceitos jurídicos indefinidos.

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DICA 137
APLICABILIDADE CONSTITUCIONAL III

APLICABILIDADE DAS
NORMAS CONSTITUCIONAIS
normas de eficácia limitada
sua aplicabilidade é indireta, mediata e reduzida.

Por fim, as normas constitucionais de eficácia limitada referem-se


àquelas que necessitam de regulamentação infraconstitucional para
produção de seus efeitos.

Ou seja, o texto constitucional mostra-se incapaz de, isoladamente,


produzir todas as consequências necessárias à concretização do direito.

características
NÃO-AUTOAPLICAVEIS
A não-autoaplicabilidade se refere à necessidade de suplementação legislativa
para que os efeitos do texto constitucional se manifestem plenamente.

APLICABILIDADE INDIRETA, MEDIATA E REDUZIDA

No que diz respeito à aplicabilidade indireta, isso envolve a necessidade de uma


lei regulamentadora para dar eficácia aos efeitos pretendidos pelo texto
constitucional.
A aplicabilidade mediata, por sua vez, ocorre quando o texto constitucional, por
si só, não é suficiente para produzir os efeitos desejados pelo legislador.
Por fim, no contexto da aplicabilidade reduzida, é importante ressaltar que essas
normas possuem um grau limitado de eficácia logo após a promulgação da
Constituição de 1988.

mnemônico

PINGA COM LIMÃO


EFICÁCIA PLENA
EFICÁCIA CONTIDA
EFICÁCIA LIMITADA

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DICA 138
APLICABILIDADE CONSTITUCIONAL IV

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
o controle de constitucionalidade
representa um meio de
supervisionar todos os aspectos
relacionados às normas
constitucionais.

Isso abrange não apenas as falhas ou lacunas que os poderes públicos


possam deixar, as quais podem prejudicar a efetividade das normas, mas
também a capacidade de alterar os fundamentos essenciais da democracia no
Brasil.
Quais são os tipos de controle de constitucionalidade?
Controle de constitucionalidade preventivo
O controle de constitucionalidade preventivo tem como principal objetivo prevenir a
inclusão de normas que não estejam em conformidade com a Constituição no
sistema jurídico brasileiro.
Em outras palavras, trata-se do tipo de controle que atua para evitar que o processo
legislativo resulte em violações constitucionais.
Controle de constitucionalidade repressivo
O controle de constitucionalidade repressivo, em sua maioria, é exercido após a
inclusão da norma no sistema legal, ou seja, ao término do processo legislativo.
Esse tipo de controle pode ser executado por meio de dois sistemas, como
detalharemos a seguir.

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DIFUSO

O controle difuso é a modalidade de controle de constitucionalidade de leis e atos


normativos que está acessível a qualquer magistrado ou instância do Poder Judiciário.
Ele se desenrola no contexto de um caso específico, onde ocorre a declaração de
inconstitucionalidade de maneira incidental em relação a qualquer lei ou
regulamento emitido pelas autoridades governamentais.
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE CONCENTRADO
É conduzido pelo Supremo Tribunal Federal por intermédio das ações de controle
direto ou de inconstitucionalidade, visando garantir a proteção e supervisão de um
interesse supremo, que é a ordem constitucional.
Dessa maneira, esse tipo de controle não se concentra em aspectos isolados, mas
abrange o conjunto como um todo, com o propósito de resguardá-lo.

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DICA 139
APLICABILIDADE CONSTITUCIONAL V

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

O Controle Concentrado pode ser exercido por meio de quatro


mecanismos:
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI)
A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) é um mecanismo empregado para
requerer ao Supremo Tribunal Federal (STF) que uma lei, seja ela federal ou
estadual, seja considerada em desacordo com a Constituição Federal, ou seja, que
seja declarada como inconstitucional.

No entanto, a Constituição Federal de 1988 estabelece claramente quem são os


legitimados para propor essa ação, e eles se limitam a nove categorias:
I – Presidente da República; II – Mesa do Senado Federal; III – Mesa da Câmara dos
Deputados; IV – Procurador-Geral da República – PGR; V – Governador de Estado ou
do Distrito Federal; VI – Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do
Distrito Federal; VII – Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VIII –
Partido político com representação no Congresso Nacional; e IX – Confederação
sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
A ADI NÃO É CABÍVEL NAS SEGUINTES SITUAÇÕES:
Contra leis municipais, Súmulas Vinculantes, decisões judiciais, leis revogadas, leis
editadas antes da promulgação da Constituição de 1988 ou contra normas que se
originaram diretamente da própria Constituição.

Para que uma norma seja declarada inconstitucional por meio da ADI, é
necessário obter a maioria absoluta dos ministros do STF.

As decisões definitivas resultantes do julgamento do mérito da ADI possuem


vários efeitos, incluindo:

Os efeitos "ex tunc", em geral, caracterizam a retroatividade da ADI, o que implica


que a lei declarada inconstitucional é considerada inválida desde o momento de sua
promulgação.
A eficácia erga omnes, por sua vez, significa que a decisão da ADI é válida para
todos, não se restringindo somente às partes envolvidas no processo.
O efeito vinculante, também, determina que a decisão tem influência sobre todos
os órgãos do Poder Judiciário, além de abranger toda a Administração Pública.
Contudo, esta decisão não impõe obrigações ao Poder Legislativo e nem ao
próprio STF.

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DICA 140
APLICABILIDADE CONSTITUCIONAL VI

CONTROLE DE
CONSTITUCIONALIDADE

Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC)


Amplamente reconhecido no campo jurídico que as normas são inicialmente
presumidas como constitucionais, embora essa presunção seja relativa.

No entanto, para conferir uma presunção absoluta à constitucionalidade de uma


norma, recorre-se à Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC).

Essa ação é empregada quando há um litígio judicial entre juízes e tribunais


diversos acerca da constitucionalidade de uma norma. Portanto, por meio da ADC,
solicita-se ao Supremo Tribunal Federal (STF) que estabeleça de maneira definitiva a
constitucionalidade da norma, eliminando qualquer dúvida em relação à sua
conformidade com a Constituição.

A ADC é semelhante à Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), e os sujeitos


legitimados para propor uma ADC são os mesmos que os da ADI. No entanto, uma
distinção importante é que somente leis federais podem ser alvos de ADC perante
o STF, não havendo a possibilidade de apresentar leis estaduais ou municipais
através dessa ação

Vale a pena ressaltar que não é possível desistir das ações de ADC e ADI
que já foram apresentadas.

Adicionalmente, as decisões resultantes das ações de ADI e ADC não


estão sujeitas a recurso, exceto a apresentação de embargos
declaratórios.

Além disso, não é permitido entrar com uma ação rescisória contra as
decisões emitidas por essas ações.

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DICA 141
APLICABILIDADE CONSTITUCIONAL VII

CONTROLE DE
CONSTITUCIONALIDADE

Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO)


A ADO é um mecanismo usado quando o Poder Legislativo ou a
Administração não consegue elaborar uma norma para regulamentar um
dispositivo constitucional, que não é autoaplicável.

A ADO é muito semelhante ao mandado de injunção, no entanto, enquanto


este é empregado apenas em um caso específico, a ADO é empregada para
controle abstrato de constitucionalidade.

A Ação Direta de Constitucionalidade é um tipo de ADI, mas a Ação Direta de


Constitucionalidade pode ser considerada uma Ação Direta de
Constitucionalidade por ação, ao contrário da Ação Direta de
Constitucionalidade que é aplicada por omissão. Desse modo, os seus
procedimentos são extremamente similares.

Por exemplo, os legitimados para ajuizar uma ADO são os mesmos da ADI,
sendo que apenas é permitido impugnar omissão de órgãos federais e
estaduais em virtude da Constituição Federal de 1988.

Se a ação for considerada procedente, o STF não publicará o ato


normativo, mas dará ciência ao poder competente para que o faça, sendo
que, caso a omissão esteja relacionada ao órgão administrativo, este
deverá tomar as medidas dentro de 30 dias a partir da ciência da decisão,
caso contrário, não haverá outro prazo.

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DICA 142
APLICABILIDADE CONSTITUCIONAL VIII

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF)


Preceitos fundamentais representam os princípios e regras essenciais ao sistema legal,
sejam eles explicitamente definidos ou implicitamente presentes na Constituição.
Exemplos de preceitos fundamentais abrangem direitos como o direito à vida, à saúde
e ao meio ambiente, além das garantias individuais.

Nesse contexto, foi instituída a Arguição de Descumprimento de Preceito


Fundamental (ADPF), uma ferramenta jurídica destinada a abordar lacunas não
abrangidas pelas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADI) e pelas Ações
Declaratórias de Constitucionalidade (ADC). Sendo assim, ela é considerada uma
opção subsidiária, de natureza residual, acionada apenas quando outros métodos
de controle concentrado não são viáveis.

Os mesmos sujeitos habilitados a apresentar a ADI têm legitimidade para propor


uma ADPF.

SEU USO ABRANGE:


1. Avaliação de interpretações judiciais que transgridem preceitos fundamentais;
2. Questionamento de regulamentos e leis municipais à luz da Constituição;
3. Verificação da concordância de normas pré-constitucionais, isto é, análise da
compatibilidade de leis criadas antes da Constituição de 1988 com a Constituição
atual (não se aplica ADPF para avaliar leis sob Constituições anteriores);
4. Avaliação de normas pós-constitucionais revogadas ou cujos efeitos já se
esgotaram.

A ADPF não pode ser usada contra o veto do chefe do Poder Executivo
nem contra súmulas vinculantes.

As resoluções decorrentes de uma ADPF são definitivas e não admitem


recurso, tampouco podem ser contestadas através de ação rescisória.

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DICA 143
APLICABILIDADE CONSTITUCIONAL IX

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva (ADI-I)

Essa categoria de ação é acionada em casos de transgressão dos direitos


constitucionais sensíveis, sendo usada para iniciar processos de intervenção
federal ou estadual. Os princípios subjacentes a esses casos estão delineados no
Artigo 34, Inciso VII, da Constituição Federal de 1988:

a) Manutenção da forma republicana, do sistema representativo e do regime


democrático;
b) Garantia dos direitos fundamentais da pessoa humana;
c) Preservação da autonomia dos municípios;
d) Fiscalização da administração pública, tanto direta quanto indireta;
e) Destinação do mínimo necessário da arrecadação proveniente dos impostos
estaduais para a educação e a saúde públicas.

Quando ocorre a violação de qualquer um desses princípios, o


Procurador-Geral da República, único autorizado a mover tal ação,
pode ingressar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade por
Intervenção (ADI-I) perante o Supremo Tribunal Federal (STF).

Nesse cenário, o STF solicita que o Presidente da República determine a


intervenção federal no estado ou município que infringiu os princípios
constitucionais.

No âmbito estadual, o Procurador-Geral de Justiça possui a


prerrogativa de entrar com a ADI-I junto ao Tribunal de Justiça
estadual, que, por sua vez, solicita que o Governador determine a
intervenção estadual.

Essa medida assegura a preservação dos valores e princípios


constitucionais essenciais, garantindo que a Federação seja regida de
acordo com os fundamentos democráticos e os direitos humanos.

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DICA 144
REPARTIÇÃO CONSTITUCIONAL DE COMPETÊNCIAS I

COMPETÊNCIA COMUM

Com base na concepção de nossa Federação, que é


composta por entidades autônomas - União, Estados,
Distrito Federal e Municípios, conforme estabelecido no
artigo 18 da Constituição Federal, é essencial que a Carta
Magna defina claramente as esferas de atuação de cada
uma dessas entidades.

A delimitação prévia de regras pode solucionar a usurpação de competências ao


constatar inconstitucionalidade, quando há contradição com a Constituição.
Cada entidade governamental tem suas próprias características, desafios, e
vantagens. É importante respeitar as particularidades locais e valorizar as diferenças
existentes, concedendo autonomia para solucionar problemas específicos.

lembre-se!
NÃO existe hierarquia entre os entes federativos!

COMPETÊNCIA COMUM são as responsabilidades atribuídas à União, aos Estados,


aos Municípios e ao Distrito Federal, estipuladas no artigo 23.
O artigo descreve 12 áreas de competência local com impacto nacional,
alinhadas com o bem-estar público.
A título de ilustração, podemos mencionar uma competência comum de notável
interesse coletivo delineada no primeiro inciso do artigo 23.

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios:
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e
conservar o patrimônio público;

É evidente que a responsabilidade de zelar pelas leis e pela Constituição não recai
exclusivamente sobre a União, mas sim sobre todos os componentes da
federação. Isso se dá em virtude da natureza coletiva desse assunto. Além disso,
outras questões de interesse amplo, como mencionado anteriormente, também são
abordadas nos diferentes incisos do artigo 23 da Constituição Federal.

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DICA 145
REPARTIÇÃO CONSTITUCIONAL DE COMPETÊNCIAS II

COMPETÊNCIA PRIVATIVA

A competência privativa, assegurada pelo artigo 22 da


Constituição Federal - CF, é atribuída de maneira
exclusiva à União. No entanto, mediante lei complementar,
os Estados podem receber autorização para legislar em
relação a assuntos específicos dentro dessas
competências.

É essencial ter em mente alguns cuidados nesse contexto:


A autorização deve ser conferida por meio de lei complementar, que exige
um quórum de aprovação mais rigoroso, ou seja, maioria absoluta, como
estipulado pelo artigo 69 da CF.

A transferência de poder não pode ser total (por exemplo, não é possível
autorizar os Estados a legislarem sobre "direito do trabalho" como um todo),
mas sim limitada a tópicos específicos (por exemplo, estabelecer pisos
salariais de acordo com as características regionais).

Ao se referir aos Estados, isso inclui também o Distrito Federal.

Devido à natureza inalienável das competências constitucionais, a União


não perde a habilidade de legislar sobre o assunto que foi delegado.

A delegação de competência aos Municípios não é aplicável.

Detalhe adicional: A Constituição Federal inclui competências denominadas privativas,


que, na verdade, não podem ser delegadas (como as competências da Câmara dos
Deputados - artigo 51 - e do Senado Federal - artigo 52). Isso merece destaque na
análise desses processos.
Vale destacar que existe também a competência exclusiva, que não pode ser
transferida para outros entes.

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DICA 146
REPARTIÇÃO CONSTITUCIONAL DE COMPETÊNCIAS III

COMPETÊNCIA CONCORRENTE

A competência concorrente tem natureza legislativa, ela


exerce simultaneamente sobre a mesma matéria por
mais de uma autoridade ou órgão. A União estabelecerá
normas gerais e os Estados e Distrito Federal emitirão
normas específicas, sempre observando o princípio de
hierarquia das normas.

O artigo 24 da CF apresenta situações de competências concorrentes. Algumas


diretrizes relevantes a serem consideradas:

No âmbito das competências concorrentes, é responsabilidade da União


legislar exclusivamente sobre normas gerais.

Sem contradizer as regras gerais, cabe aos Estados e ao Distrito Federal


preencher as lacunas, a fim de acomodar peculiaridades regionais.

Na ausência de uma lei federal que abranja as normas gerais, os Estados e


o Distrito Federal podem exercer plenamente sua competência legislativa
sobre o tema. Contudo, é importante perceber que a omissão federal, quando
se trata de competências privativas, não autoriza os Estados e o Distrito
Federal a suprirem a falta de regulamentação.

Quando uma lei federal geral é promulgada, as disposições estaduais são


suspensas apenas na medida em que sejam conflitantes. É fundamental
notar que não há revogação, uma vez que os entes federativos envolvidos
(União versus Estados/DF) não possuem hierarquia, o que evidencia a
igualdade entre os componentes da Federação.

Os Municípios não possuem competência concorrente, portanto não


podem criar legislação abrangente em caso de omissão federal. No
entanto, eles têm a capacidade de complementar leis federais e estaduais já
existentes, a fim de atender aos interesses locais, conforme estipulado pelo
artigo 30, II, da CF.
LEMBRE-SE
A competência legislativa concorrente será sempre relacionada à moradia e dinheiro.

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DICA 147
ORGANIZAÇÃO DOS PODERES I

PODER EXECUTIVO

No século XVIII, a concepção de separação de


poderes foi formalmente introduzida no
pensamento constitucional por meio da
influente obra "O Espírito das Leis" de
Montesquieu. Nessa obra, o autor propôs o
modelo de separação de poderes como o
conhecemos hoje.
Montesquieu defendeu que ao dividir o poder estatal em distintas funções
exercidas por órgãos independentes, seria possível conter o exercício excessivo
desse poder, devido à limitação intrínseca de cada função.

Esse conceito de divisão de poderes trouxe à tona uma clara distinção entre o Poder,
que é uno e soberano nas mãos do Estado; as Funções, que representam as diferentes
atribuições do poder e refletem as diversas facetas da Administração Pública; e os
Órgãos, que são as entidades governamentais responsáveis por exercer as variadas
funções do Poder. Essa estrutura foi engendrada com o intuito primordial de prevenir
abusos e excessos de autoridade. Em outras palavras, a principal meta da separação
de poderes é assegurar um exercício harmônico das funções, pois somente quando
os três poderes operam em equilíbrio é que a democracia pode ser plenamente
realizada.
E então qual a função do PODER EXECUTIVO?

O Poder Executivo é um dos três pilares do sistema administrativo do Estado


brasileiro, e seus representantes são eleitos para governar o país. Ele é
responsável por implementar a governança de acordo com as leis
nacionais, administrando para atender aos interesses coletivos e promover o
bem-estar da sociedade.

O Executivo é responsável por temas importantes como segurança pública,


educação e saúde e deve planejar e alocar adequadamente os recursos
financeiros disponíveis para garantir melhorias nessas áreas.

A atuação do Poder Executivo é supervisionada pelo Poder Legislativo para


garantir a correta aplicação dos fundos públicos.

Em suma, é o poder responsável direto por executar as leis e administrar os interesses


públicos.

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DICA 148
ORGANIZAÇÃO DOS PODERES II

PODER LEGISLATIVO

Encarregado de elaborar e sancionar as leis,


bem como de supervisionar as atividades do
Poder Executivo. É composto por
representantes eleitos, incluindo deputados
federais e senadores no âmbito do Congresso
Nacional, deputados estaduais nas Assembleias
Legislativas e vereadores nas Câmaras
Municipais.
O Poder Legislativo tem como atribuição fundamental a criação de leis de
caráter geral e imparcial, seguindo um processo estabelecido para sua
formulação, no qual o Poder Executivo desempenha um papel relevante. Isso
ocorre por meio da iniciativa legislativa do Executivo, que pode ser manifestada
através da proposta de leis ou da sua aprovação, bem como da sua capacidade
de vetar projetos.

Por outro lado, a capacidade do Executivo de propor leis é contrabalançada


pela prerrogativa do Congresso de modificar projetos por meio de emendas
ou mesmo de rejeitá-los. Adicionalmente, o Presidente da República possui o
poder de veto, aplicável tanto a projetos propostos por deputados e senadores
quanto a emendas aprovadas a projetos de sua autoria. Contudo, o Congresso
Nacional tem o direito de rejeitar o veto por meio do voto da maioria absoluta de
seus membros. Nesse cenário, caso o Presidente da República não promulgue a
lei dentro do prazo estipulado, cabe ao Presidente do Senado realizar essa
promulgação.

O Presidente da República não pode influenciar diretamente o processo


legislativo, mas pode estipular um prazo para apreciação de seus projetos, e
tem responsabilidade pela nomeação dos ministros dos tribunais superiores,
sujeita à aprovação do Senado Federal. Os Tribunais podem declarar a
inconstitucionalidade das leis, mas não podem interferir diretamente no Poder
Legislativo.

Responsável por elaborar e aprovar as leis, além de fiscalizar a execução pelo Executivo.

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DICA 149
ORGANIZAÇÃO DOS PODERES III

PODER JUDICIÁRIO

Se há um poder encarregado de executar e obedecer às leis, e outro responsável


por criar e alterar essas leis, falta o terceiro para realizar julgamentos, correto? Esse
papel é desempenhado pelo Poder Judiciário.

O Poder Judiciário tem como sua principal função a interpretação das leis,
isto é, colocar em contexto tudo o que está registrado em palavras formais e
precisas.

Naturalmente, todas as interpretações feitas pelos membros do


judiciário devem estar em conformidade com as disposições da
Constituição Brasileira.

Atualmente, o Poder Judiciário desfruta de uma maior autonomia, sendo


responsável pela nomeação de juízes e pela tomada de outras medidas
relacionadas à sua organização e operação.

Responsável por interpretar as leis e julgar os casos de acordo com as regras


constitucionais.

Ana Paula Martins da Silva Hernandes - [email protected] - CPF: 132.225.927-56


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DICA 150
DISPOSIÇÕES GERAIS I

DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL

No âmbito do Poder Executivo no Brasil, o cargo de maior destaque é o de


Presidente da República. No Poder Legislativo, o Congresso Nacional (Câmara dos
Deputados + Senado) exerce essa representação. Quanto ao Poder Judiciário, o
topo da hierarquia é ocupado pelo Supremo Tribunal Federal, composto por 11
ministros.
O princípio dos "freios e contrapesos" estabelece que não há uma relação de
supremacia entre esses três poderes. Na prática, isso significa que o Presidente da
República não se encontra acima do Congresso nem do Supremo Tribunal Federal.
Esses poderes coexistem em um mesmo patamar e cada um deve supervisionar as
atividades dos demais.
O Supremo Tribunal Federal desempenha a função de guardião da Constituição
Federal. Em outras palavras, cabe ao STF supervisionar as atividades dos poderes
Executivo e Legislativo, assegurando que suas ações estejam em conformidade
com a Constituição.
Essa função se manifesta de maneira prática por meio das seguintes abordagens:
Julgamento de casos que percorreram todas as instâncias inferiores
O Supremo Tribunal Federal é a última instância jurídica no Brasil. Quando
um cidadão não obtém sucesso nas etapas anteriores (juízes de Direito,
Tribunais de Justiça e tribunais superiores), ele pode recorrer ao STF. A
decisão do STF é final e não admite mais recursos.
Julgamento de ações envolvendo o Presidente, o Senado e a Câmara dos Deputados
O STF tem a autoridade de invalidar leis inconstitucionais aprovadas pelo
Congresso e pode deliberar sobre questões relacionadas ao impeachment do
Presidente, caso haja violações à Constituição.
Iniciativa legislativa
O STF tem a capacidade de dar início a certos tipos de projetos de lei,
como aqueles que dizem respeito à criação ou extinção de cargos,
determinação de remuneração de seus membros, modificações na
organização e divisão do Judiciário, e projetos de lei complementar referentes
ao Estatuto da Magistratura.

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DICA 151
DISPOSIÇÕES GERAIS II

No Brasil, existem cinco


tribunais superiores, todos
com sede em Brasília, e cada
um deles desempenha as
seguintes funções:
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Supremo Tribunal Federal (STF)
Indiscutivelmente o mais renomado entre os tribunais superiores, o Supremo
Tribunal Federal (STF) é inegavelmente a corte de maior proeminência no
Brasil. Composto por um corpo de apenas onze ministros, o STF
desempenha o papel de "guardião da Constituição Federal", conforme
estabelece o artigo 102 da própria Constituição.
O artigo 102, inciso III da Constituição estabelece que o STF tem como
atribuição julgar recursos extraordinários que abordam questões de
relevância constitucional e possuem repercussão geral. Esses recursos
são interpostos contra decisões proferidas por tribunais de instâncias
inferiores e visam assegurar a preservação da Constituição.
Superior Tribunal de Justiça (STJ)
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) representa mais um dos nossos tribunais
superiores. Sua composição é formada por um mínimo de 33 ministros, e
sua função central é atuar como zelador da Legislação Federal. Dessa
maneira, sua atribuição central é a de julgar os recursos especiais,
recursos esses que são apresentados em casos decididos em única ou última
instância pelos tribunais comuns (Tribunais Regionais Federais, Tribunais de
Justiça dos Estados e Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios).
Nesse contexto, o STJ também busca promover a uniformização das
decisões (jurisprudência) dos tribunais comuns em todo o território
nacional que tratem de questões relacionadas à legislação federal.
Tribunal Superior do Trabalho (TST)
Um dos tribunais superiores mais reconhecidos pelo povo brasileiro, o
Tribunal Superior do Trabalho (TST), é constituído por 27 Ministros e tem
como sua função primordial a harmonização das decisões relacionadas a
assuntos trabalhistas. Ele se configura como o órgão máximo da Justiça do
Trabalho. Devido à sua natureza especializada, a Justiça do Trabalho é
diferenciada das demais e concentra-se exclusivamente em questões
trabalhistas. Consequentemente, as apelações contra as sentenças dos
Tribunais Regionais do Trabalho, que representam as instâncias ordinárias da
Justiça Trabalhista, são analisadas e julgadas pelo TST.

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DICA 152
DISPOSIÇÕES GERAIS III

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA


Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
Do mesmo modo que ocorre com a Justiça do Trabalho, a Justiça Eleitoral
opera com uma especialização, sendo responsável apenas por questões
relacionadas ao direito eleitoral. O Tribunal Superior Eleitoral possui 7
Ministros, dentre eles: três Ministros do Supremo Tribunal Federal; dois
Ministros do Superior Tribunal de Justiça. O órgão máximo desse sistema é o
Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Assim, o TSE é encarregado de julgar os
recursos especiais interpostos contra as decisões emitidas pelos
Tribunais Regionais Eleitorais. Esses recursos podem ser apresentados
quando as decisões contrariam disposições expressas da lei ou quando existe
discordância na interpretação da lei entre dois ou mais tribunais eleitorais.

O TSE também analisa os recursos ordinários contra decisões dos TREs


quando essas envolvem a emissão de diplomas em eleições federais e
estaduais ou quando rejeitam habeas corpus ou mandados de segurança.
No escopo das suas principais atribuições originárias, o Tribunal Superior
Eleitoral conduz a apuração das eleições para os cargos de Presidente e
Vice-Presidente da República. Além disso, o TSE decide sobre eventuais
contestações e recursos relativos às candidaturas das chapas que
concorrem a essas posições. O TSE também assume a responsabilidade
pelo processamento e julgamento do registro e da revogação de registro
de partidos políticos e dos seus diretórios nacionais.

Superior Tribunal Militar (STM)


Entre os nossos tribunais superiores, encontramos um que é menos familiar
para muitos. O Supremo Tribunal Militar (STM) é formado por 15
ministros. Apesar de ser uma instância superior, a principal atribuição do
STM é analisar as apelações e outros recursos apresentados contra as
decisões tomadas em primeira instância pela Justiça Militar da União.
Além disso, o STM também detém a competência de julgar os casos
envolvendo Oficiais Generais em crimes militares.

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DICA 153
DISPOSIÇÕES GERAIS IV

TRIBUNAIS REGIONAIS
FEDERAIS

Com o propósito de descentralizar e regionalizar a dimensão jurídica e federal do


Brasil, os Tribunais Regionais Federais desempenham um papel fundamental para
garantir a eficiência do sistema de justiça no país, especialmente no contexto dos
precatórios.
Estes tribunais são os responsáveis por grande parte das requisições de pagamento
federais. Por essa razão, é mandatório que operem com no mínimo sete juízes, os
quais devem ser brasileiros - natos ou naturalizados - assegurando a conformidade e a
entrega de um serviço de qualidade para o Brasil.
É notável que os juízes necessitam:

Ter entre 30 e 65 anos de idade;


Preferencialmente residir na região do TRF onde exercem suas funções,
com o intuito de minimizar os custos para os cofres públicos;
Ter experiência de pelo menos 10 anos na advocacia;
Ser membros do Ministério Público Federal.

Os demais juízes federais são selecionados dentre profissionais que acumularam


mais de cinco anos de experiência.
Primordialmente, os Tribunais Regionais Federais concentram seus esforços no
julgamento de recursos contra decisões de esfera federal. Isso ocorre devido ao
fato de representarem o segundo nível de jurisdição da Justiça Federal.
São os juízes desses tribunais que se dedicam à análise e ao julgamento de ações
trabalhistas envolvendo a União Federal, suas autarquias, fundações e empresas
públicas federais, gerando muitas vezes ações que originam precatórios.

Ana Paula Martins da Silva Hernandes - [email protected] - CPF: 132.225.927-56


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DICA 154
DISPOSIÇÕES GERAIS V

FUNÇÕES ESSENCIAIS
À JUSTIÇA

As funções essenciais à Justiça estão estabelecidas na Constituição Brasileira de 1988,


compreendendo os artigos 127 a 135. Essas funções têm como objetivo fundamental
assegurar a efetivação de todos os direitos dos cidadãos, sejam eles de natureza social
ou individual, através do exercício da função jurisdicional do Estado.

Dentre as funções essenciais à Justiça, destacam-se:

MINISTÉRIO PÚBLICO (MP)


O Ministério Público é uma instituição que protege o interesse público e atua como
zelador da legalidade. Seus integrantes possuem inamovibilidade e remuneração
intangível para garantir a imparcialidade de suas funções. Os princípios que
orientam sua atuação incluem unidade, indivisibilidade e independência funcional.
Cada processo pertence à instituição e não a um promotor específico, e os membros
têm liberdade para conduzir seu trabalho conforme acharem apropriado, dentro dos
limites estabelecidos pelo sistema jurídico.

O Ministério Público não está sujeito a nenhum dos três Poderes do Estado e seus
princípios são cruciais para sua independência e atuação.
ADVOCACIA PÚBLICA
Desempenha atividades jurídicas, sejam elas voluntárias ou litigiosas, em prol do
Poder Executivo, o que implica na representação da União.
Seu líder é o Advogado-Geral da União, nomeado pelo Presidente da República. O
indicado deve possuir mais de 35 anos de idade e, de acordo com a lei, demonstrar
profundo conhecimento jurídico e uma reputação inquestionável, isto é, uma imagem
imaculada, conforme especifica o §1º do artigo 131 da Constituição.

Distingue-se dos membros do Ministério Público, uma vez que não são vitalícios e
adquirem estabilidade após três anos de serviço, ao contrário dos integrantes
daquela instituição, cujo período é de dois anos.

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DICA 155
DISPOSIÇÕES GERAIS VI

FUNÇÕES ESSENCIAIS
À JUSTIÇA

ADVOCACIA
A atividade advocatícia é conduzida por advogados particulares, encarregados de
representar seus clientes em todas as instâncias judiciais, engajando-se tanto em
questões consultivas quanto contenciosas.
A Constituição reconhece a advocacia como indispensável para a administração da
justiça, embora essa prerrogativa não seja absoluta. Existem situações que atenuam
esse princípio, como nos Juizados Especiais, conforme previsto no artigo 9º da Lei nº
9.099/95, ou até mesmo na impetração de Habeas Corpus, onde a parte pode agir de
maneira independente.

A inviolabilidade, conforme consagrada no artigo 133 da Constituição, confere ao


advogado a liberdade para atuar de maneira ótima na defesa dos interesses do
cliente, desde que em conformidade com as leis.

DEFENSORIA PÚBLICA
A Defensoria Pública é a instituição dedicada aos cidadãos carentes,
frequentemente chamados de partes hipossuficientes no âmbito jurídico. O inciso
LXXIV do artigo 5º da Constituição Federal prevê a assistência jurídica completa e
gratuita.
Sua atuação abrange tanto litígios judiciais quanto questões extrajudiciais, em
todas as etapas, salvaguardando os direitos individuais e coletivos, sempre com o
objetivo de minimizar os custos para as partes.

Os defensores públicos compartilham certas garantias com os membros do Ministério


Público, como a irredutibilidade de salários, a inamovibilidade, com exceção da
remoção compulsória, e a estabilidade após três anos de exercício, após
aprovação em concurso público.
Assim, é evidente que esses agentes essenciais para a justiça desempenham um
papel vital no sistema jurídico, visando salvaguardar os interesses da sociedade e
os direitos individuais.

Ana Paula Martins da Silva Hernandes - [email protected] - CPF: 132.225.927-56


chegamos ao fim
Você acaba de concluir nossa incrível guia de dicas na
disciplina de Direito Constitucional. Esperamos que tenha
encontrado este material não apenas útil, mas também
enriquecedor para o seu estudo desta área fundamental do
direito.

À medida que você avançar em sua jornada acadêmica ou


profissional, lembre-se de que o aprendizado é contínuo e
que a compreensão aprofundada do direito constitucional
pode ajudá-lo a enfrentar desafios complexos em diversos
contextos.

Continue a explorar, questionar e aplicar o que aprendeu.


Este é apenas o começo de sua jornada no vasto mundo do
Direito Constitucional, e estamos confiantes de que você
está bem preparado(a) para seguir em frente com
confiança. Mantenha-se motivado(a), seja perseverante e
nunca subestime o valor do conhecimento neste campo.

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empreitadas. Obrigado por escolher nosso guia como parte
de sua jornada educacional. Continue a explorar e a
aprender, pois o conhecimento é uma ferramenta poderosa
que o capacitará a fazer a diferença em nossa sociedade.
Boa sorte!

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Ana Paula Martins da Silva Hernandes - [email protected] - CPF: 132.225.927-56

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