Universidade São Tomás de Moçambique
Curso: de Licenciatura em Enfermagem Geral
Disciplina: Microbiologia e Parasitologia
Tema: Plasmodium (Malária)
2º Gupo
06 de Outubro de 2023
Universidade São Tomás de Moçambique
Tema: Plasmodium (Malária)
Discentes:
Este é um trabalho em grupo na cadeira de
Ana Filipe Macaringue
Microbiologia e Parasitologia, a ser
Clarência Moisés Mussane
apresentado pelos elementos do grupo sob
Glória Tomás Langa
orientação do docente: Egas Bernardo
Hortência Chavier M.Mapsanganhe
Muchanga.
Isilda Timóteo Cuna
Mariza João Zunguene
06 de Outubro de 2023
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................ 4
Objectivos ..................................................................................................................................................... 5
Etiologia ........................................................................................................................................................ 8
Morfologia .................................................................................................................................................... 8
EPIDEMIOLOGIA DA DOENÇA ............................................................................................................... 9
Modo de transmissão .................................................................................................................................. 10
Período de incubação .................................................................................................................................. 11
Período de transmissibilidade ..................................................................................................................... 11
Patogenia Básica ......................................................................................................................................... 12
Manifestações clínicas ................................................................................................................................ 12
Diagnostico ................................................................................................................................................. 12
DIAGNÓSTICO – MICROSCOPIA ÓPTICA .........................................................................................................
MÉTODOS DE CONTAGEM DE PARASITAS ...................................................................................... 14
TDR (teste de diagnóstico rápido – detecta antígenos do plasmodium) ..................................................... 15
Medidas de prevenção da malária ............................................................................................................... 16
CONCLUSÃO ............................................................................................................................................ 19
REFERENCIA BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................... 20
INTRODUÇÃO
• A malária é uma doença infecciosa febril aguda causada por um protozoário unicelular,
do género plasmodium, transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles.
• A doença é caracterizada por sintomas como febre alta, calafrios, sudorese, dores
musculares e fadiga, que podem ocorrer de forma intermitente. Se não for tratada a
tempo, a malária pode progredir para formas graves, causando complicações como
anemia, insuficiência renal, disfunção cerebral e até mesmo a morte. Ela impacta
significativamente a saúde pública e o desenvolvimento econômico dessas áreas.
• A malária, mundialmente é um dos mais sérios problemas de saúde pública. Por ano há 3
milhões de mortes, sendo 7.000 mortes por dia ocorrem na África Sub-Sahariana .
• De acordo com as estatísticas, em África, a malária tira a vida de uma criança em cada
15 segundos. Maior parte das mortes ocorrem em crianças com idades inferiores a 5 anos.
• O controle da malária envolve a prevenção da picada de mosquitos por meio de medidas
como o uso de mosquiteiros impregnados com inseticidas, o tratamento de águas paradas
onde os mosquitos se reproduzem e o tratamento rápido e eficaz de casos diagnosticados.
Também existem esforços contínuos para desenvolver vacinas contra a malária.
• A malária é um desafio de saúde global que requer esforços coordenados para controlar a
transmissão do parasita e fornecer tratamento adequado aos afetados. A pesquisa contínua
e a conscientização são fundamentais para combater essa doença e reduzir seu impacto na
saúde pública em todo o mundo.
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Objectivos
Geral:
Estudar o Plamodim (malária)
Especificos:
Definir a malária
Falar da epidemiologia da doença
modo de transmissão
Prevenção
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Definições
O Plasmodium é um género de parasita unicelular que infecta os glóbulos vermelhos do sangue
de vertebrados, incluindo seres humanos
O Plasmodium é um género de parasitas protozoários pertencentes à família Plasmodiidae e à
ordem Haemosporida. Esses parasitas são conhecidos principalmente por serem os agentes
causadores da malária, uma doença transmitida pela picada de mosquitos infectados
Malária é uma doença infecciosa grave causada por parasitas do género Plasmodium. É
transmitida aos seres humanos principalmente pela picada de mosquitos fêmeas do género
Anopheles infectados com o Plasmodium.
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Etiologia
O agente etiológico da malária é o protozoário da classe Sporozoa, família Plasmodiidae,
gênero Plasmodium .
Existem quatro espécies de Plasmodium causam Malária em seres humanos: P.
falciparum, P. vivax, P. malariae e P. ovale.
Actualmente foi identificado o Plasmodium knowlesi: como uma nova espécie que
infecta humanos.
De entre as especies , Plasmodium falciparum é o mais mortal e encontra-se distribuído
principalmente pelo continente africano
Morfologia
É bastante variada, tendo m vista a grande diversidade de formas evolutivas e de localidades que
podem habitar, seja no hospedeiro vertebrado ou ou no hospedeiro invertebrado.
Essas variações podem ser sintetizadas de acordo com a seguinte tabela
1. Esporozoíto Forma inoculada pelo mosquito, infectante
para o hospedeiro vertebrado
2. Profozoito (jovem e maduro) Possuem o núcleo em divisão, variando apenas
quando a quantidade de citoplasma
3. Esquizoite Possuem o núcleo dividido, com o citoplasma
ainda espalhado;
4. Merocito/Rosacea Possuem o núcleo e citoplasma já organizado
5. Gametócito É a forma infectante para o hospedeiro
invertebrado (definitivo)
6. Macro e Microgametas São as formas reprodutivas nos mosquitos
7. Oocineto É o ovo ou zigoto móvel, formado após a
reprodução sexuada
8. Oocisto Origina os esporozitos
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EPIDEMIOLOGIA DA DOENÇA
Situação da Malária no Mundo
A malária é a sexta colocada entre as principais causas da morte no mundo, sendo a primeira
entre as doenças infetoparasitarias, mesmo sendo uma doença tratável.
Não existe mecanismos de prevenção completamente eficientes (como a vacinação), dessa
forma, qualquer pessoa esta sujeita a contrair malária, especialmente nas regiões endémicas,
onde grande concentração de vectores e de pessoas infectadas.
• 40% da população esta em risco de contrair a doença.
• 109 Países e territórios afectados em todo mundo
• 350-500 Milhões de casos de malária/ano
• Mais de 1 milhão de mortes/ano (a maioria em África e Ásia)
• A taxa de mortalidade cai 42% globalmente e 49% na regiao africana, equivalente a
uma morte a cada 45 segundos, principalmente crianças e mulheres grávidas.
• Por esses motivos, a OMS recomenda que seu diagnóstico precoce e tratamento rápido
devem ser os primeiros elementos básicos estabelecidos em qualquer programa de
controle.
Ciclo Biológico
O ciclo de vida do parasita da malária envolve dois hospedeiros. Ao se alimentar de sangue, a
fêmea do mosquito anopheles infectada pelos plasmódios inocula os esporozoitos no hospedeiro
humano. Os esporozoitos infectam as células do fígado.
• Em seguida, retornam para a corrente sanguínea e invadem os glóbulos vermelhos
(células do sangue) e, em constante multiplicação começam a destruí-los .
• A partir deste momento, aparecem os primeiros sintomas da doença.
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• Estes ciclos de multiplicação na corrente sanguínea repetem-se a cada 48 horas nas
infecções por P.vivax e P.falciparum, e a cada 72 horas nas infecções por P.malarie.
Modo de transmissão
• O período de transmissibilidade natural da malária esta ligado a existência de portadores
de gametófitas (reservatórios humanos) e de vectores. Existem centenas de espécies de
anefelinos com o potencial de transmitir a malária
• A malária é transmitida ao homem pela picada de mosquitos fêmea do género Anopheles
infectadas com o plasmodium..
• A malária pode ser transmitida acidentalmente por transfusão de sangue, pelo
compartilhamento de seringas ou por acidente com agulhas e/ou lancetas contaminadas.
Há, ainda, a possibilidade de transmissão de mãe para o feto na gravidez.
• A transmissão da malária por esses meios ocorre quando o sangue de uma pessoa
infectada com Plasmodium é introduzido na corrente sanguínea de outra pessoa.
1. Transfusão de Sangue
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Se o sangue de uma pessoa infectada com malária for transfundido para outra pessoa não
infectada, os parasitas do Plasmodium podem ser transmitidos através da transfusão de sangue.
Isso é particularmente preocupante em áreas onde a malária é endêmica, e as medidas de triagem
de doadores de sangue não são tão rigorosas quanto em regiões não endêmicas. Para evitar essa
forma de transmissão, é importante que o sangue doado seja testado quanto à presença do
Plasmodium em áreas de alta prevalência da doença.
2. Compartilhamento de Seringas
O compartilhamento de seringas ou agulhas contaminadas é outra maneira pela qual a
malária pode ser transmitida. Isso é mais relevante em contextos de uso de drogas
injetáveis, onde as seringas são compartilhadas entre indivíduos. Se uma pessoa infectada
com malária compartilhar uma seringa com outra pessoa, os parasitas podem ser
transmitidos dessa maneira.
Período de incubação
• Durante esse período, que corresponde à fase em que o Plasmodium está se reproduzindo
no fígado do indivíduo, não há sintomas. pode variar de 8 a 30 dias ou até mais,
dependendo da espécie de Plasmodium, da carga parasitária injetada pelo mosquito no
momento da picada e do sistema de defesa do paciente.
• P. falciparum, de 8 a 12 dias;
• P. vivax e Ovale , de 13 a 17 dias;
• P.malariae, de 18 a 30 dias.
Período de transmissibilidade
• Os períodos variavam: de poucas horas, para o P. vivax, e de 7 a 12 dias, para o P.
falciparum.
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• Para Malária por P. falciparum, o indivíduo pode ser fonte de infecção por até 1 ano;
• P. vivax, até 3 anos;
• e P. malariae, por mais de 3 anos, desde que não seja adequadamente tratado.
Reservatório
• Reservatorio : Humanos portadores de gametócitos- hospedero natural
• Vector: MOSQUITOS FÊMEA DO GÊNERO anopheles
Patogenia Básica
Um dos pilares que determina a gravidade da malária é a destruição dos eritrocidos com a
liberação de citocinas, podendo levar a um possível quadro de toxicidade.
Manifestações clínicas
• A principal manifestação clínica da malária em sua fase inicial é a febre, associada ou
não a calafrios, dor de cabeça.
• A febre na malária corresponde ao momento em que as hemácias estão se rompendo.
• Sintomas gerais como : mal-estar, dor muscular, sudorese, náusea e vomito, tontura,
tremores, suores intensos, dor abdominal, diarreia, anorexia, falta de apetite.
• Nos casos complicados, podem ainda ocorrer palidez, icterícia e hepatoesplenomegalia,
sonolência e redução da consciência, podendo levar ao coma nos casos de malária
cerebral.
Diagnostico
Perante a suspeita da malária, o médico poderá fazer uma observação e fara analises ao
paciente.
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Teste rápido (testes de diagnósticos rápidos TDR). São testes imonocromatograficos
(trocar por baseia se na detenção de antígenos dos parasitas por anticorpos mono e
policromas que são revelados por método imonocromatografico.
• CLÍNICO: clínico é realizado na presença de sintomas sugestivos de malária, exame
físico e epidemiologia
Laboratório
• PARASITOLÓGICO: Pesquisa de Plasmódiium, coloração com giemsa : gota espessa e
estendida ou Teste rápido (TDR)
• Hemograma, bioquímica, urina
• Imunológico: Detecção de antigénio
• Molecular: PCR
GOTA ESPESSA
DIAGNÓSTICO –
MICROSCOPIA
ÓPTICA
IDENTIFICAÇÃO
Manutenção características eritrócitos
parasitas
1) fixação com metanol
2) coloração Giemsa (H2O
tamponada)
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ESFREGAÇO
DETECÇÃO
MÉTODOS DE CONTAGEM DE PARASITAS
Em gota espessa
Método cruzes
+ = 1-10 Parasitas/ 100 campos
++ = 11-100 Parasitas/100 campos
+++ = 1-10 Parasita/campo
++++ = 11-100 Parasitas/campo
+++++= = + 100 parasitas/campo
Em esfregaço
Parasitas / ul (nº parasitas x 5*106 / nº eritrócitos)
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TDR (teste de diagnóstico rápido – detecta antígenos do plasmodium)
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Medidas de prevenção da malária
• Dormir dentro de uma rede mosquiteira;
• Pulverizar dentro e fora de casa com insecticidas;
• Eliminar charcos, poças de água estagnada e manter os recipientes de água fechados;
• Colocar redes nas janelas e portas das casas;
• Fumigar a casa;
• Cortar capim, relva e podar plantas e árvores no quintal;
• Usar repelentes sempre que possível e necessário
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Prevenção
• Detecção e tratamento precoce dos infectados
• A educação para a saúde (IEC)
• Tratamento presuntivo da malária na gravidez (TIP malária);
• Uso de redes mosquiteiras tratadas com insecticida de longa duração (REMILD);
• Pulverização intra-domiciliária (PIDOM);
• O manejo adequado dos casos
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CONCLUSÃO
Apesar de todos os esforços realizados até hoje para erradicar uma doença que é causadora de
milhares de mortos todos os anos, essa tarefa ainda não foi conseguida. A adopção de medidas
profiláticas e o tratamento com medicamentos tem ajudado a controlar a infecção, mas o
contínuo surgimento de resistências as drogas e aos insecticidas ameaçam constantemente esse
controle. Por isso, torna se necessário desenvolver medicamentos que sejam eficazes a impedir a
transmissão do parasita por forma a contribuir para a irradicação da doença.
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REFERENCIA BIBLIOGRAFIA
• Ministério da Saúde (2005) Secretaria de Vigilância em Saúde, Manual de diagnóstico
laboratorial da malária , Brasília.
• Ministério da Saúde (2007), Inquérito Nacional sobre Indicadores de Malária em
Mocambique, programa nacional de combate a malaria, mocambique
• Arroz, Jorge Alexandre Harrison (2016), Aumento dos casos de malária em
Moçambique, 2014: epidemia ou novo padrão de endemicidade?, revista de saúde
pública, Maputo pdf
• Ministério da Saúde, 2016 , Guia de Vigilância em Saúde - 1. ed atual,.brazil, 773 p.
Modo de acesso:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_saude_1ed_atual.pdf
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