0% acharam este documento útil (0 voto)
9 visualizações16 páginas

Ética e Práticas Médicas Essenciais

Habilidades e atitudes médicas - Primeiro semestre 20232

Enviado por

kaio rocha
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
9 visualizações16 páginas

Ética e Práticas Médicas Essenciais

Habilidades e atitudes médicas - Primeiro semestre 20232

Enviado por

kaio rocha
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 16

Habilidades e atitudes médicas - Primeiro semestre 2023/2

1- Código de Ética do Estudante de Medicina

Moral x Ética
Moral, está baseada em costumes e convenções estabelecidas por cada grupo. Advida da
palavra grega “morales, que signi ca relativo aos costumes.
A Ética se vincula à aplicação desses valores e princípios no âmbito das relações humanas.
Advinda da palavra grega “ethos”, que signi ca modo de ser ou caráter.
Ambas tem como o objetivo guiar a conduta do homem, permitindo que suas relações sejam
coesas, virtuosas e baseadas no bem mútuo.

Princípios fundamentais

I - Sem discriminação de nenhuma natureza.


II - Aprimoramento contínuo de suas habilidades e conhecimento.
III - Absoluto respeito e resolução, sem utilizar da medicina para causar sofrimento.
IV - Não pode ser visado lucro, artifícios religiosos ou nalidades políticas.
V - Guardará absoluto sigilo e respeito as informações dos pacientes.
VI - Deterá de absoluto respeito e empatia a colegas, professores e pro ssionais de saúde.
VII - Não deve contribuir para a mercantilização da medicina.
VIII - Respeito ao cadáver e a todo o processo de aprendizado.
IX - Garantir que o paciente tenha pleno conhecimento de sua situação, mesmo com di culdades

2 - Relação Médico-Paciente

Determinada relação ente o ser doente e aquele que lhe oferece ajuda.
O pro ssional de saúde deve promover con ança entre a relação criada com o paciente, de
forma a acreditar nas soluções do médico e adentrar nos tratamentos solicitados.
As ESF são importantes nesse quesito, pois a relação médico-paciente é mais profunda pelo
acompanhamento médico da família e sua intimidade.

Princípios bioéticos necessários

I - Autonomia, o paciente tem o poder de escolher e tomar suas decisões.


II - Bene cência, deve se maximizar o benefício e minimizar o prejuízo.
III - Não male cência, nunca promover o mal.
IV - Sigilo, sem compartilhamentos de fatos do paciente e caso, com pro ssionais de saúde,
sempre omitir os nomes apresentados.
V - Justiça, de forma mais próxima da equidade.

Vale ressaltar que médicos lidam com pessoas, então, deve-se presar pela humanização.
“Antes de se orientar o paciente, é preciso escutá-lo, observá-lo e compreendê-lo.”

Características médicas-paciente
—> Conhecimento.
—> Postura, com vestimenta adequada, vocabulário adaptativo, atitudes respeitosas.
—> Contato físico, comportamento dos olhos e expressões faciais.
Características acadêmico-paciente
—> Empatia e interesse pelo paciente.
—> Tratar com humanização e chamar pelo nome.
Qualidades fundamentais
- Integridade, Respeito e Compaixão.
fi
fi
fi
fi
fi
fi
fi
fi
fi
fi
3 - Anamnese

Ana - trazer de novo. Mnesis - memória.


Trazer de volta à mente todos os fatos relacionados com a doença e o paciente.
—> Entrevista com paciente de forma a colher informações, conhecendo por meio da
identi cação os determinantes epidemiológicos.
—> Fazer a história clínica, registrando detalhadamente e em ordem cronológica, a moléstia.
—> Avaliar de maneira detalhada os sintomas de cada sistema corporal.

Componentes da anamnese

I - Identi cação.
II - Queixa principal.
III - História da doença atual.
IV - Interrogatório sintomatológico.
V - Antecedentes pessoais.
VI - Antecedentes familiares.
VII - Hábitos de vida.
VIII - Condições socioeconômicas e culturais.
I - Nome, idade, liação, estado civil, cor/etnia, sexo/gênero, religião, pro ssão, naturalidade,
procedência, residência, telefone e responsável em caso de crianças, idosos e incapazes.
II - Motivo que levou o paciente procurar atendimento, de forma que geralmente é um sinal ou
sintoma, escrito em aspas para indicar as palavras do paciente.
III - Relato do adoecimento, início, principais sintomas e sinais, tempo de duração, cronologia,
outras queixas, consequências, tratamentos realizados e internações.
IV - Documentação de presença e ausência de sintomas relacionados com os sistemas
corporais, levantando possibilidades de correlações entre outras enfermidades.
V - Estado de saúde do paciente em ambiente passado e presente, interligando com os fatores
pessoais que in uenciam em processos de saúde-doença.
VI - Doenças progressos na família, estado de saúde dos pais, relacionamentos familiares,
presença de enfermidades na família, como doenças genéticas, óbitos ocorridos.
VII - Alimentação, ocupação atual, ocupação anteriores, atividades física, consumo de tabaco e
bebidas alcoólicas, uso de drogas, tipo de habitação, saneamento básico, condições de moradia.
VIII - Rendimentos mensais, situação pro ssional, dependência econômica, despesas,
escolaridade, aspecto religioso, tradições, crenças, hábitos alimentares, relacionamento entre
cônjuges, pais, lhos, irmãos e outros familiares.

4 - Higienização das mãos

- Possui a nalidade de remoção de sujidade, suor, oleosidade, pelos, células mortas e da


microbiota da pele.
- Interrompem a transmissão de infecções veiculadas por contato, prevenção e redução de
transmissões cruzadas.
Contexto histórico
Florence Nightingale (1854), implantou medidas básicas de higienização.
Ignaz Philipp Semmelweis (1864), médicos higienizando as mãos e instrumentos com cloro.

Microbiota da pele

Microbiota transitória, adquiridos pelo contato direto com o meio ambiente e contaminam a
pele temporariamente.
—> Higienização correta consegue remover com facilidade.
—> Tem elevado potencial patogênico.
—> Contato com pacientes, superfícies e equipamentos.
fi
fi
fi
fl
fi
fi
fi
fi
Microbiota residente, microorganismos que multiplicam-se nas camadas profundas da pele.
—> Vivem e se multiplicam na pele.
—> Difícil remoção até por escovação.
—> Ficam inativas por antissépticos.
—> Localizadas em maior quantidade ao redor e sob das unhas.
—> Baixa virulência.

Fatos importantes e exigências higiênico-sanitárias

- Retirar todos os adornos, como pulseiras, relógios, anéis, além de unhas compridas.
- Pias adequadas, papel-toalha, dispenser de solução alcoólica e sabonete liquido, lixeiras com
pedal e fechadas, torneiras especi cas, como clínicas, com sensor ou acionadas com joelho.
- Higienização das mas é reconhecida mundialmente como a medida mais simples, de baixo
custo e com maior impacto para prevenir as infecções à assistência à saúde.

Técnicas de higienização

Higienização simples das mãos, funciona com a microbiota transitória, com duração de 40 a 60
segundos, feita com água e sabão.
Fricção antisséptica, funciona com a microbiota transitória, com duração de 20 a 30 segundos,
feita com álcool gel a 70% ou solução alcoólica a 70% de 1-3% de glicerina.
(Possui mais duas higienização antisséptica e antissepsia cirúrgica, ambas de microbiota
residente, mas serão abordas e estudadas posteriormente)
fi
5 - Exame Físico, Somatoscopia ou Ectoscopia

Oferece elementos importantes para testar hipóteses diagnósticas geradas durante a anamnese.

Condições necessárias para o exame


—> Local adequado com temperatura agradável, silencio e privacidade.
—> Iluminação correta, natural ou branca de intensidade moderada.
—> Posição do examinador, sempre a direita do paciente.
—> Posição do paciente.
—> Respeito ao pudor ao retirar as roupas ou tocar no paciente.

Preparação
—> Equipamentos organizados e previamente disponíveis.
—> Lavar as mãos antes e depois dos procedimentos.
—> Usar luvas em paciente com lesões cutâneas e na examinação de mucosas.
—> Estar sempre com cartão de vacinas em dia, principalmente pro ssionais de saúde.

Técnicas do exame físico


Inspeção, palpação, percussão e ausculta.

Avaliação do estado geral


Avaliação subjetiva dos conjuntos de expressões, posturas, aparências, dados apresentados pelo
paciente.
Estado bom, mesmo portador de doença, mantém o aspecto físico compatível com o comum.
Estado geral regular, manifesta sinais de doença, mas não se encontra prostado.
Estado geral ruim, com manifestações inequívocas de doença, com evidências clínicas.

Postura e atitude do paciente


Ortopneica, posição sentada com as costas um pouco mais para frente, facilitando a respiração.
Genupeitoral, paciente de joelhos e peito apoiado sobre a cama, cabeça lateralizada.
Opistótono, em posição de ponte, com as pernas apoiadas e levantando as costas; raiva.
Parkinsoniana, postura encurvada, inclinada para frente, com falta de expressões faciais.
Cócoras, agachado com as pernas entreabertas, diminuindo tensão de músculos e dores.
Antálgicas, colocando a mão sobre onde incomoda para amenizar a dor.

Avaliação de estado de consciência


Estado de vigília, consciente ou inconsciente.
Orientação temporal e espacial, orientado, confuso ou desconexo.

Situação normal em adultos: consciente, orientado no tempo e no espaço, colaborativo com o


exame.
Situação normal em bebês: acordado, ativo e reativo.

Avaliação de estado de hidratação


Observar a umidi cação da mucosa oral, do globo ocular e o turgor da pele.
Em casos de desidratação é classi cado como cruzes +__/+ 4
Situação normal: Úmidas, hidratadas, com a saliva uida.

Avaliação de edemas
Excesso de líquido acumulado no espaço intersticial ou no interior das próprias células.
fi
fi
fl
fi
Caracterização dos edemas

- Localização e distribuição (localizados ou generalizados)


- Intensidade (depressão no local comprimido)
- Consistência (edema mole ou duro)
- Elasticidade (elástico ou inelástico)
- Temperatura da pele circundante.
- Sensibilidade da pele circundante (dor ou indolor)
- Outras características como palidez, cianose, vermelhidão, textura e espessura da pele.

Avaliação das escleral e mucosas


Anictéricas, aquelas normais, com brilho e coloração branca como comum.
Ictéricas, devido o acúmulo de bilirrubina, as escleral tornam-se amareladas.
Hiperemiada, irritadiça, com vermelhidão e rosácea.
Hipocoradas, com colocação esbranquiçada.
Normocoradas, com certo rubor.

Perfusão tissular
Aperto proximal na ponta dos dedos, de forma a contar quanto tempo o sangue demora para
retornar a irrigar aquela região; não pode passar mais de três segundos.
Cianose
Coloração azulada da pele decorrente de oxigenação insu ciente do sangue.
Turgor e elasticidade
Puxa-se a pele para ver o seu retorno em estado normal, de forma a avaliar a hidratação e
elasticidade, ao ser puxada para cima e solta.

6 - Fácies

É resultante de elementos anatómicos associados à expressão sionômica.

—> Fácies normais ou atípicas.


—> Fácies anormais ou típicas.

Hipocrática, olhos fundos, parados, inexpressivos. Com nariz a lado e lábios delgados. Típica
de doenças graves, estados agônicos e terminais.
Renal, edema predomina ao redor do olhos com palidez cutânea; problemas renais.
Leonina, pele espessada, supercílios caem, nariz alargado, lábios grossos, deformidade nas
bochechas com aparecimento de nódulos; típica de pacientes com hanseníase.
Adenoideana, mandíbula retrograda, lábio superior curto, musculatura periodal ácida,
pigmentação suborbital, profusão dos dentes incisivos superiores, nariz pequeno e boca sempre
aberta; típica de hipertro a das adenóides.
Parkinsoniana, cabeça inclina-se um pouco para frente e permanece imóvel, olhar xo e
supercílios levantados com fronte enrugada, além da falta de expressividade: parkinson.
Hipertireoidiana ou basedowiana, exoftalmia (olhos com saída da cavidade ocular), com cara
de espanto ou vivacidade, geralmente encontra-se também com bócio associado;
Hipertireoidismo.
Mixematosa, rosto arredondado, nariz e labios grossos , pele seca e espessada, edema
periorbital, com expressão de desânimo e apatia; típica de Hipotireoidismo.
Acromegalica, desenvolvimento maxilar inferior, aumento de nariz, lábios e orelha, fonte
proeminente; típica de pessoas com ocorrência de acromegalia.
Cushingóide ou lua-cheia, arredondamento do rosto com atenuação dos traços faciais devido
ao uso prolongado de corticites e também é típica da síndrome de Cushing (hipertro a de córtex)
fi
fi
fi
fi
fl
fi
fi
Depressão ou depressiva, cabisbaixo com olhos xos e sem brilho, sulco nasolabial se acentua
e o canto da boca rebaixa-se, denotando tristeza e sofrimento emocional.
Down ou mongolóide, fenda palpebral, prega cutânea que torna os olhos oblíquos, bem distante
um do outro, rosto redondo e boca quase sempre entreaberta; Síndrome de Down.
Pseudobulbar, subita crises de choro ou riso, involuntárias, mas conscientes, levando o paciente
a tentar controlar; típica da paralisia pseudobulbar e neuropatias.
Paralisia facial periférica, assimetria de face, com impossibilidade de fechar as pálpebras,
regulamento da boca para um lado e apagamento do sulco nasolabial; paralisias.
Miastênica ou de Hutchinson, ptose palpebral bilateral (um olho caído e o outro hiperaberto),
obrigando o paciente a franzir a teste e levantar a cabeça para enxergar; miastenia e miopatias.
Etílica, olhos avermelhados e certo rigor facial, hálito etílico e voz pastosa; elitismo (álcool)
Esclerodérmica, a pele torna-se endurecida, aderentes, com repuxamento dos lábios e
a namento do nariz, com imobilização palpebral e sem expressão. Típica de esclerodermia.
De ciente mental, apagados e grosseiros, boca constantemente aberta, com salivação,
hipertelorismo (olhos afastados), estrabismo, mantêm meio-sorriso, voz grave ou de ronronar.

6 - Pulso

Uma onde de pressão que desloca-se rapidamente pelo sistema arterial que constitui o pulso.
Portanto, consiste em uma contração e expansão alternada de uma artéria.

Locais
- Artéria radial
- Artérias carótidas
- Artéria braquial
- Artéria femural
- Artéria pediosa
- Artéria temporal
- Artéria poplítea
- Artéria tibial posterior

Características do pulso

Parede arterial, não deve apresentar tortuosidade e deve ser facilmente depressiva.
Normal: parede lisa, sem tortuosidade e com capacidade de depressão.
Frequência, deve ser feita a contagem de pulsações por minuto.
Normal: Bebês de 120 a 160 ppm, Crianças de 80 a 120 ppm e Adultos de 60 a 100 ppm.
Ritmo, é dado pela sequencia das pulsações. Pode ser ritmo regular ou irregular.
Amplitude, observada devido a sensação captada em cada pulsação. Ampla, média e pequena.
Tensão, compressão progressiva da artéria até que seja interrompida as pulsações.
Mole, mediano e duro / Fraco, mediano e forte.

# Sempre deve comparar com a artéria contra-lateral, para identi car prováveis lesões.

Pulso normal: parede lisa, sem tortuosidade, com fácil depressão, frequência de 85 ppm, de
ritmo regular, amplitude mediana e tensão mediana com igualdade homóloga.
fi
fi
fi
fi
TERMINOLOGIA

Frequência cardíaca
Normocardia: frequência cardiaca normal.
Bradicardia: frequência cardíaca abaixo do normal.
Taquicardia: frequência cardíaca acima do normal.
- Ação simpática aumenta a frequência cardíaca e ação parassimpática diminui.
- Atletas possuem aumento de tamanho espessamento das paredes cardíacas, resultando em
um menor esforço e menor frequência cardíaca.

Frequência de pulso
Normos gmia: pulso com frequência normal.
Bradis gmia: pulso com frequência abaixo do normal.
Taquis gmia: pulso com frequência acima do normal.

7- Respiratório

É a troca de gases que ocorre no pulmão, de oxigênio e outros gases, como o carbônico.
Ventilação pulmonar: é inspiração e a expiração juntas.
Difusão pulmonar: troca do oxigênio por dióxido de carbono entre pulmões e o sangue.

Tipos de movimentos
Torácico ou costal, efetuado pelos músculos do tórax principalmente em mulheres.
Abdominal ou diafragmático, efetuado pelos músculos abdominais, comum em homens.

Frequência respiratória
Numero de vezes que a pessoa respira por minuto, sendo o ciclo completo.
Valores normais
Recém-nascidos —> 40 a 45 irpm
Lactentes —> 25 a 35 irpm
Pré-escolares —> 20 a 35 irpm
Escolares —> 18 a 35 irpm
Adultos —> 16 a 20 irpm
Idosos —> 16 a 25 irpm

TERMINOLOGIA

Frequência respiratória
Taquipneia: frequência respiratória acima de 20 irpm em adultos.
Bradipneia: frequência respiratória inferior a 16 irpm em adultos.
Apneia: signi ca parade respiratória, sem frequência.
Eupneia: frequência respiratória normal.
Dispneia: respiração desconfortável, falta de ar, di culdade em respirar.
Hiperpneia: respirações profundas, rápidas e anormais.

8 - Aferição da pressão arterial

Mede-se a pressão que o sangue realiza na parede dos vasos.


Pressão arterial = débito cardíaco x resistência periférica.

Partes do es gmomanômetro
Manômetro, manguito, vias de conexão, válvula de pressão e bulbo.
fi
fi
fi
fi
fi
fi
Medidas do instrumento

—> O manguito deve ser 80 a 100% da circunferência do braço do paciente. E de largura, ao


menos 40% de circunferência do braço.
—> Observar o sistema de válvulas, tubos de borracha e a calibração.

Medidas médico-paciente

—> Sentar o paciente em ambiente silencioso por cinco minutos.


—> Explicar o procedimento ao indivíduo e instrui-lo a não conversar durante o procedimento.
—> Certi car que o paciente não esta com a bexiga cheia, que não praticou exercício físico nos
últimos 60 minutos, não ingeriu bebidas alcoólicas, cafés ou alimentos e não fumou nos 30 min.

Medidas de posição

—> Posicionar o manguito ao nível do coração, 2 a 3 cm acima da fossa cubital.


—> A palma da mão deve estar voltada para cima e as roupas não deem garrotear o braço.
—> Costas e antebraço apoiados, pernas descruzadas e pés apoiados no chão.
Posição sentada para todos.
Decúbito dorsal, para acamados e outros.
Decúbito lateral esquerdo para gestantes.
Hipertensão do avental branco, mudanças ocorridas na presença do pro ssional de saúde.

9 - Exame Físico do Aparelho Cardiovascular


Ordem: Inspeção, palpação e ausculta. (Percussão é imprecisa no aparelho cardiovascular)

Inspeção

—> Posicionamento do médico durante o exame


- Tangencial, ao lado do paciente e preferencialmente do lado direito.
- Frontal, tanto aos pés ou em direção da cabeça.
—> Anormalidades da caixa torácica
- Retrações ou abaulamentos.
—> Ingurgitamento de jugular e teste abdominojugular
- Observa-se as veias jugulares em uma posição semi sentada em ângulo de 45º
- Abdominojugular, feito com a pressão na barriga, com as duas mãos, observando mudanças
após 10 segundos de pressão, aumentando o retorno do sangue venoso em pessoas com
alterações. Em pessoais normais, permanece inalterado.

Palpação

—> Inicial difusa, com a mão espalmada sobre o peito, para sentir a caixa torácica.
—> Localizada, com as polpas digitais de dois dedos, palpar principalmente o ictus.

Avaliação de Ictus cordis

—> Localização: linha hemiclavicular, 5º espaço intercostal em pessoas normolíneas.


Brevelíneo: 4º espaço intercostal, dois centímetros para fora.
Longilíneo: 6º espaço intercostal, dois centímetros para dentro.
—> Duração: dois terços iniciais da sístole ou menos.
—> Extensão: de 2 a 3 cm / 1,5 a 2 polpas digitais.
fi
fi
—> Mobilidade: marcar o local do choque (onde o batimento é mais forte), virar o paciente para
esquerda, marcar, virar o paciente para direita, marcar. Após isso, medir as pontas. A medida
deve estar entre 1 a 3 cm de deslocamento.
—> Intensidade e amplitude: mão espalmada sobre o ictus, sentir a impulsividade (normal,
aumentada ou diminuída) e a amplitude (baixa amplitude e alta amplitude).
Avaliação de batimento na fúrcula esternal: pulsações da crossa da aorta.
Avaliação de batimento pulsar epigástrico: transmissão à parede abdominal das p. da aorta.
Avaliação de frêmito cardiovascular: sensação tátil de vibrações produzidas no coração.
Avaliação de palpação de pulsos: carotídeo, capilar, radial.

10 - Inspeção de veias de pescoço

Medição de pressão venosa central

- Lado direito pois essas veias têm uma rota direta para o coração.
- Observa-se a veia jugular externa.
- A estimativa deve ser feita em expiração.
- Posição semi-sentado (45º) com a cabeça em posição anatómica.
- Deve estar entre 2 a 3 cm acima do angulo esternal.
- Com 5 milímetros de água não deve passar de 8 cm totais.

Sinal de Kussmaul: elevação paradoxal da PVC durante a inspiração.

11 - Ausculta cardíaca

A ausculta sem alterações é normorrítmicas, normofonéticas, em dois tempos e sem sopro.

Focos de ausculta cardíaca


Foco aórtico, segundo espaço intercostal a direita.
Foco pulmonar, segundo espaço intercostal a esquerda.
Foco aórtico acessório, terceiro espaço intercostal.
Foco tricúspide, quinto espaço intercostal próximo ao esterno.
Foco mitral, quinto espaço intercostal próximo a linha axilar anterior.

Bulhas cardíacas

B1 —> ouvida e representada pelo TUM, inicio da sístole ventricular, com fechamento das
válvulas mitral e tricúspide (válvulas atrioventriculares). Coincide com o pulso carótideo.
B2 —> ouvida e representada pelo TÁ, início da diástole ventricular, com fechamento das valvas
aórtica e pulmonar (valvas semilunares)
12 - Exame do sistema tegumentar

Pele
Coloração (normal: corada/normocorada);
Alterações: palidez, vermelhidão, cianose e icterícia
Continuidade ou integridade (normal: continuidade e integridade preservadas)
Alterações: perda de continuidade ou perda da integridade da pele
Umidade (normal; seca ou umidade aumentada/pele sudorenta)
Textura (normal; lisa ou na, áspera ou enrugada).
Espessura (espessura normal; atró ca, hipertró ca)
Temperatura (normal; aumentada ou diminuída).
Elasticidade e mobilidade (normal; aumentada ou diminuída).
Turgor (Normal ou diminuído)
Sensibilidade (dolorosa, tátil e térmica)

Mucosas
Coloração (Normal: mucosas normocoradas; descoramento das mucosas (hipocoradas),
mucosas hipercoradas, cianose, icterícia e leucoplasia). +/+4.
Umidade (normal; secas, desidratação)

Cabelos
Tipo de implantação (Homens: Implantação mais alta e com entradas; Mulheres: implantação
mais baixa)
Distribuição (uniforme, parcial, alopecia)
Quantidade (variável)
Coloração (cabelos pretos, castanhos, louros e ruivos)
Brilho, espessura, consistência (Normal: hidratado e com brilho)
Alterações: podem perder o brilho e tornar se quebradiços e secos

Pelos
Espessura (Fino, médio, grosso)
Consistência (secos, quebradiços. Podem ter alteração na quantidade e distribuição:Hipertricose,
Hirsutismo.
Brilho (normal: com brilho; Alterações: sem brilho)
Comprimento (curtos ou longos)

Unhas

Forma ou con guração (Normal: ângulo menor que 160°, curvatura lateral nítida, a superfície é
lisa, brilhante, tem cor róseo-avermelhada,
a espessura e a consistência são rmes)
Tipo de implantação
Espessura (normal, espessa ou na)
Superfície (lisa, ondulada ou irregular)
Consistência ( rme, amolecida ou endurecida)
Brilho (Normal: com brilho; Alterações: sem brilho)
Coloração (normal: rósea; Alterações: palidez, cianótica)

13 - Exame físico do sistema hematolinfopoiético


fi
fi
fi
fi
fi
fi
fi
Um adulto tem aproximadamente 400 a 4500 linfonodos, sendo que um quarto são palpáveis.

Localização: utilizando termos anatômicos próximos.


Tamanho: estimar em cm (variação normal de 0,5 a 2,5 cm de diâmetro).
Bordas: se nítidas ou irregulares.
Coalesc ncia: a junção de dois ou mais linfonodos (formando uma massa de limites imprecisos).
Consist ncia: endurecido, broelástico ou mole.
Mobilidade: veri car deslizamento, se móvel ou aderido.
Sensibilidade: se doloroso ou não.
Cor e lesões na pele: existência de sinais ogísticos (edema, calor, rubor e dor), a presença de
stulização.
fi



fi
fi
fl
14 - Termometria

Calor produzido - calor perdido = Temperatura corporal


Temperatura normal/ aceitável: 36º a 37ºC

Tipos de leitura

Leitura retal: a mais precisa e sai em média 0,4º a 0,6ºC mais altas que as orais.
Leitura oral: são 0,1º a 0,2ºC mais altas que as leituras axilares, a mais comum.
Leitura temporal: normalmente entre as temperaturas retal e oral.

Febre signi ca temperatura corporal acima da faixa da normalidade.


Hipotermia signi ca a temperatura abaixo de 35,5ºC axilar ou 36ºC retal.
- Pode ser causada por distúrbios hipotalâmicos ou por substâncias tóxicas.
Febre leve ou febrícula: 37º a 37,5ºC
Febre moderada: 37,6º a 38,5ºC
Febre alta ou elevada: acima de 38,6ºC

Técnica axilar
I - Lavar as mãos e informar o paciente o procedimento.
II - Fazer a limpeza do termômetro com álcool etílico 70%.
III - Pedir licença ao paciente e expor a axila do mesmo.
IV - Limpar e secar a axila do paciente.
V - Posicionar o termômetro no centro da axila e manter o braço fechado.

Padrões de febre e modo de evolução


fi
fi
15 - Exame sico do aparelho respiratório.
Ordem: Inspeção, palpação, percussão e ausculta.

Inspeção

Pontos de referência
Anterior
Segunda costela
Fúrcula esternal Inspeção estática
Ângulo de Louis, parte mais alta do esterno, - Formato do tórax.
manúbrio. - Simetria torácica, com ou não presença de
Ângulo de Charpy abaulamentos e retrações.
Posterior - Cicatrizes, circulações colaterais
Ângulo inferior da escapula Inspeção dinâmica
Décima segunda costela - Frequência respiratória.
- Expansibilidade, simétrica ou assimétrica.
Linhas e regiões do tórax - Intensidade e esforço respiratório, com uso ou
Anterior não de musculatura acessória, além de
Linha Hemiclavicular batimento de aletas nasais.
Linha MedioEsternal - Baqueteamento digital, observa-se o ângulo de
Lateral implantação das unhas, ademais do sinal de
Linha axilar anterior Shamroth, o ângulo formado do encontro de
Linha axilar média duas unhas, formando uma janela.
Linha axilar posterior
Posterior
Linha vertebral
Linha escapular

Palpação
- Expansibilidade
Anterior
Em ápice pulmonar (polegares no manúbrio)
Em base (polegares no rebordo costal)
Posterior
Em ápice pulmonar (polegares na base do pescoço, vertebra C7)
Em base (polegares e mão na linha paravertebral no último arco
costal)
- Posição da traqueia
Frêmito toracovocal
Falar 33, de modo a decorrer a mão do ápice, médio e base,
comparando a intensidade das vibrações.

Percussão
- Comparativa
Identi ca a doença comparando os lados direito e esquerdo do peito.
- Topográ ca
Atribui qualquer maciez no toras ou abdômen, a partir de um golpe que percute

Sons de percussão
- Timpanismo, normalmente ouvido sobre o abdômen.
- Ressonância, ouvida sobre o pulmão normal.
- Macicez, ouvida sobre o ouvido ou a coxa.
fi
fi
fi
Ausculta

Achados auscultatórios
Sons respiratórios
Traqueal
Brônquico
Broncovesicular
Murmúrio vesicular
Ressonância
Refere-se ao som da voz do paciente
detectado através de um estetoscópio
colocado no peito do paciente.
Sons adventícios
Sons anormais
Crepitações, sibilos, roncos, estridores, atrito

16 - Medidas antropométricas

Trata-se de medidas físicas corporais (tamanho e proporções)

Estatura
Avalia-se o crescimento estima dimensões corporais.
Em pé, acima dos 2 anos, com estadiômetro. Caso menor dessa idade, utilizar um infantomêtro.
Descalço e com mínimo de roupas.
Ectomorfo, mesomorfo e endomorfo.
- Cabeça em plano horizontal de Frankfort, orelha alinhadas com os olhos.
- Encostar no estadiômetro em cinco pontos principais, cabeça ombros, nádegas, panturrilha e
calcanhar.

Peso
- Esvaziar a bexiga.
- Vestir apenas roupas intimas leves, ou a menor quantidade de roupas possíveis. (Se possível a
utilização de um avental)
- Pés descalços.
- Privacidade.
- Calibrar a balança.
Índice de massa corporal: Peso(kg) / Altura ao quadrado (metros)
Circunferência da cintura: feita a medição acima da crista ilíaca, posição ereta e de braços
relaxados.
- Homens não podem passar de 94 cm, e tem aumentado substancialmente em 102 cm.
- Mulheres não podem passar de 80 cm, e tem aumentado substancialmente em 88 cm.

17- Exame físico do aparelho digestório

O abdômen esta localizado entre o diafragma torácico e a pelve.


Espaço de Traube, delimitada pelo rebordo costal e a linha axilar anterior do lado esquerdo.

Secções do sistema digestório


Anterior
Em nove
Hipocôndrio direito / Epigástrio / Hipocôndrio esquerdo
Flanco direito / Mesogástrio / Flanco esquerdo
Fossa iliaca direita / Hipogástrio / Fossa ilíaca esquerda
Em quatro
Quadrante superior direito / Quadrante superior esquerdo
Quadrante inferior direito / Quadrante inferior esquerdo
Posterior
Rebordo costal, região lombar direita e esquerda e cristas ilíacas.

Inspeção

Estática
Tipo de abdômen
Plano, globoso, escavado e assimétrico.
Forma do abdômen
Batráquio, avental e pendular.
Parede do abdômen
Circulação colateral, máculas, lesões e hérnias.
Alças intestinais, retrações e abaulamentos.
Cicatrizes de nascença e cirúrgicas.
Pele e anexos
Sinal de Cullen: mancha equimótica periumbilical.
Sinal de Grey Turner: equimose localizada no anco.
Nódulo da Irmã Mary Joseph: carcinoma metastático do umbigo.
- Turgência venosa.
Dinâmica
- Respiração.
- Movimentos peristálticos.
- Pulsações.

Ausculta

—> Auscultar em um único ponto durante três minutos seguidos.


—> Sentido horário a partir do quadrante inferior direito.
—> Ruídos normais são aqueles de 30 por minuto, em cliques e borbulhentos devido a presença
de ar e líquidos.
Ausculta vascular
Aorta abdominal
Artérias renais
Artérias ilíacas
Artérias femorais

Percussão

—> Útil para dimensionar tamanho de fígado e baço.


—> Técnica de plexor-plexímetro; plexor: o que golpeia e plexímetro: dedo golpeado
bater (2) o dedo da mão direita no terceiro da mão esquerda.
Sons à percussão abdominal
Som maciço: ausência de ar, próximo a projeções do fígado, baço e útero.
Som submaciço: super posição de uma víscera sobre uma alça intestinal.
Som timpânico: indice de ar presente em uma víscera oca, presente mais próximo ao espaço de
Traube, proximal ao estômago.
Som hipertimpânico: aumento da quantidade de ar.
Sinal de Piparote: mão do paciente no meio, mão do médico de um lado e peteleco do outro.
Percussão da parede posterior: mãos espalmadas abaixo do rebordo costal, bate o punho para
relacionar caso aparecimento de dor, prováveis problemas renais.
fl
Hepatimetria: percutir a partir da linha hemiclavicular, de cima para baixo até o ápice hepático e
de baixo para cima até a base hepática. (Entre 6 a 12 cm)
Baçometria: da linha axilar anterior até a linha axilar média, localizado do 6º ao 10º espaço
intercostal. (Entre 5 a 7 cm)

Palpação

Super cial
—> Realizada apenas com uma das mãos.
—> Aquecer e higienizar as mãos antes de examinar e sinalizar ao paciente o início.
—> Avaliar sensibilidade, a integridade anatômica e tensão da parede abdominal.
—> Em círculos, sentido horário, sem esfregar a mão.

Profunda
—> Realizada com duas mãos apoiadas uma sobre a outra.
—> Avaliar o conteúdo abdominal.
—> Pressionar de cinco a oito centímetros.
—> Avaliar todos os quadrantes.
—> Durante a expiração é mais fácil palpar.
Palpação da bexiga: pode ser feita quando está em sua plena capacidade, completamente cheia,
de 400 a 600ml.
Palpação da aorta abdominal: difícil de ser feita e quando percebida, denota problemas.

Manobras especiais
Ponto cístico, na interseção da linha hemiclavicular com o rebordo costal direito.
- Sinal de Murphy, dor na palpação do ponto cístico, denota problemas vesiculares.

Ponto de Mcburney, 2/3 da cicatriz umbilical e a crista iliaca direita


- Sinal de Bluberg, quando pressionado e solto, causa dor sugerindo apendicite.
Manobra de Rovsing, compressão por rolamento do lado direto, causa dor no QID.

Manobra do Músculo Psoas, decúbito lateral esquerdo, segurar a perna do paciente e pedir para
realizar movimentos anteriores puxando a perna. Caso haja dor, sinal de irritação abdominal.

Manobra do Músculo Obturador, fazer exão, levantar joelho e deixar em ângulo de 90º,
rotacional para fora. Se tiver dor na região do hipogástrico, sinal positivo.

Técnicas de palpação hepática


Lemos-Torres, mão esquerda sobre a região da lombar direita, apoiando-se nas duas últimas
costelas e com a mão direita palpa-se a borda hepática.
Matthieu, mãos em garra apoiadas no rebordo costal, pede expiração ao paciente e palpa.
(Super cie lisa regular, borda na, não excede 3 cm do rebordo costal e não é doloroso,
consistência rme e elástica)

Técnicas de palpação do baço


Mão esquerda sobre a região da lombar esquerda, apoiando-se nas duas últimas costelas e com
a mão direita palpa-se o rebordo costal esquerdo .
Normalmente é impalpável.
Posição de Schuster, posição decúbito lateral direita, perna direita estendida e esquerda dobrada
sobre ela, mão direita estendida e esquerda apoiada sobre a cabeça.
Classi cação de Boyd, crescimento do baço em direção oblíqua.
Matthieu-Cardarelli, mãos em garra no rebordo costal esquerdo, tenta-se palpar o baço.
fi
fi
fi
fi
fi
fl

Você também pode gostar