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Doenças Infectocontagiosas e Zoonoses Aplicadas

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Doenças infectocontagiosas

e zoonoses aplicadas
Arboviroses: visão sistêmica A vacinação é a medida preventiva mais
importante. Antigamente no Brasil a vacina era
indicada apenas para pessoas endêmicas ou
Arboviroses são doenças causadas por vírus que
viajantes, mas atualmente o Brasil todo é
são transmitidos por artrópodes (mosquitos). Na
considerado endêmico
maioria das vezes esse vetor é da classe Insecta

O controle vetorial ajuda a diminuir o risco de


É uma metazoonose e existem cerca de 545
reurbanização desse vetor
espécies de arbovírus conhecidos

Dengue:
Segundo a OMS: é um vírus mantido na natureza
por transmissão entre vertebrados suscetíveis e
Família: Flaviviridae
artrópodes hematófagos (vetores biológicos).
Gênero: Aedes aegypti, Aedes abopictus
As arboviroses mais comuns em ambientes
No Brasil há presença das duas espécies mas
urbanos são: Dengue, Chikungunya e Zika,
apenas o Aedes aegypti transmite ao seres
transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
humanos. Ele possui hábitos alimentares
diurnos e fase aquática alada.
Febre amarela:

ovo--> larva-->pupa--> adulto


É uma doença infecciosa aguda de transmissão
vetorial que possui duas formas, urbana e
As larvas eclodem na água na forma aquática e
silvestre.
na fase da pupa é onde ocorre a metamorfose
completa (holometabolia).
Forma urbana: mosquito Aedes aegypti
Forma silvestre: mosquito Haemagogus spp e
Possui 5 estirpes virais:
Sabethes spp

DENV 1- menos virulento, podendo evoluir a um


A notificação de febre amarela deve ser imediata
quadro hemorrágico
na suspeita em: casos humanos, epizootias e
DENV 2- presente no mundo todo
achado de vírus em vetor silvestre
DENV 3- cenário nacional até 2016
DENV 4- mais virulento
Epizootia: epidemia em animais
DENV 5- não identificado no Brasil ( restrito a
Ásia)
O período de incubação do vírus é de 3 a 4 dias e
o período de transmissibilidade é de 24 a 48
Se o humano já pegou certa estirpe não pegará
horas antes da manifestação clínica até 5 dias
novamente por ter criado uma certa imunidade
após o início das manifestações (período de
a ESSA estirpe, ainda pode se infectar com as
viremia).No vetor o período de incubação é de 9
outras 4 por não possuir imunidade cruzada
dias e fica infectado por sua vida toda

A letalidade é de 5 a 10% e seu diagnóstico é


através de sorologia, não havendo tratamento
específico.
Não existe proteção natural contra o vírus Ciclo de transmissão envolve mosquitos (Culex
Sua proteção é vitalícia para o sorotipo Spp) e aves. Equinos e humanos são
infectante hospedeiros susctíveis acidentais (80% dos
Não há proteção cruzada podendo ter casos são assintomáticos)
reinfecção
Sem predileção etária Vírus Mayaro
Sem transmissão direta inter humanos
Nem todo vetor biológico está infectado Família: Togaviridae
Gênero: Alphavirus
Chikungunya Vetor: Haemogogus janthinomys

Família: Togaviridae Causa febre exantemática com


comprometimento articular. Era restrito ao
Teve sua expansão pandêmica a partir de 2004 e norte do Brasil na amazônia e depois foi
possui alta infecção e disseminação devido ao A. identificado na mata atlântica.
albopictus.
Hospedeiros potencais: pássaros, marsupiais,
Favoreceu a expansão da virose em áreas tatus, preguiças, tamanduás, roedores e
urbanos e periurbanas primatas

Zika Virus - ZIKV Espécie amplificadora: Micos do genero


Callithrix (espécie que expande a transmissão
Causa febre exantemática, sua tranmissão desse vetor
vetoria é através do Aedes aegypit. A rápida
transmissão é associada pela abundâncias dos Acidental: humano
vetores, mutações genéticas de adaptações ao
vetor, mutações favoráveis a transmissão
humana. Leptospirose- AULA 2

A transmissão via transplacentária foi É uma zoonose transmitida pela bactéria do


identificada no Brasil pela primeira vez em 2015. gênero Leptospira que é móvel, espiralada e
aeróbia (cresciment ótimo 28º a 30ºC).
Possui co-ciruclação de infecção por DENV,
CHIKV, ZIKV no Brasil: dificultando o manejo Possui afinidade hídrica muito grande, no
clínico por conta das similaridades ambiente seco não sobrevive muito tempo, já
no solo úmido pode sobreviver até um ano, pois
Co-infecções de arboviroses: viremia mais necessita de um meio líquido (Ou seja, solo
intensa, alterações imunológicas, gatilho para encharcado com pH neutro a alcalino (7,2 a 7,4).
doenças auto-imunes
Possui baixa resistência ambiental e não
Vírus do oeste do nilo (WNV) consegue competir com outra bactéria e é
extremamente sensível a desinfetante
Causa febre exantemática (processo febril com
manchas avermelhadas na pele causadas pela Existem 27 espécies de Leptospira, algumas são
diminuição de plaquetas e aumento da patogênicas e outras apatogênicas. Dentre as
permeabilidade vascular) patogênicas existem diferentes graus de
patogenicidade, podendo causar manifestações
O vetor é o Culex quinquefasciatus e o Aedes leves ou graves
albopictus.
Sorovar=cepa. O sorovar é uma "cepa" da Acontece normamente nos períodos chuvosos
bactéria pertencente a mesma espécie (ex: mas sempre está presente pois é uma doença
espécie Leptospira interrogans posui 2 cepas, a endêmica
Leptospira interrogans Icterohaemorrahagiae e
Leptospira interrogans interrogans) existem É uma doença cosmopolita, adaptada aos seus
cerca de 250 sorovares hospedeiros preferenciais

Não há imunidade cruzada entre o sorovar, Sua transmissão também ocorre via
causando dificuldade no controle da doença por transplacentária e por amamentação
ter muitos sorovares
Tem afinidade com tecidos reprodutivos,
Não consegue penetrar em pele íntegra seca, causando abortos hemorrágicos
quando molhada abre os poros e consegue
penetrar, além de entrar por mucosas Tem como seu foco chegar aos rins e vai chegar
ao meio externo pela urina. O processo de
A Leptospira precisa estar no interior do eliminação da Leptospira pela urina é chamado
hospedeiro para se multiplicar de leptospirúria e é um processo intermitente e
normalmente quando está nessa fase ele já
Mamíferos em geral e os répteis são passou pela fase de leptospiremia (presença de
considerados hospedeiros suscetíveis pois Leptospira no sangue)
possuem receptor para a Leptospira (localizados
nas células das mucosas e no sistema renal ) Tem vacina, sendo assim, é imunoprevenível. Há
vacinas para cada espécie pois os sorovares
Causa bacteremia (bactéria presente na corrente são diferentes
sanguínea, onde vai fazer o processo de
multiplicação, causando leptospiremia) A urina apresenta hematúria devido a alteração
renal (glomérulo não vai filtrar corretamente)
Libera toxinas causando um quadro de vasculite
pois essas toxinas atuam na parede do endotélio Humano é hospedeiro terminal, ou seja, não
vascular, aumentando a permeabilidade desse transmite para ninguém
vaso sanguíneo
Tratamento:
Algumas cepas fazem passagem hepática e se Antibióticos de preferência com ação renal
multiplicam no rim A bactéria Leptospira é muito sensível a
Penincilina
Nem todas as cepas causam icterícia Fazer hidratação no paciente para proteger
o rim de uma possível insuficiência renal
Gera aumento das células sanguíneas de defesa= aguda
leucocitose neutrofílica Antiemético em caso de vômito
Para a vasculite administra anti-inflamatório
Antes de alcançar os rins há alteração sistêmica,
comumente as alterações clínicas iniciais em Diagnóstico:
humanos são semelhantes a uma gripe Clínico
Laboratorial: cultivo do agente etiológico,
De acordo com a OMS, 80% da população isolamento
mundial já teve contato com pelo menos um Sorologia específicas: Soroaglutinação
sorovar de Leptospira microscópica (S.A.M), sorologia pareada com
intervalo de 15 dias
Leptospirose canina: Leptospirose em suínos:

Sorovares comumente associados à leptospirose Sorovares predominantes: Ponoma, Sorovares


canina clássica: Icterohaemorrahagiae e Canícola predominantes: Pomona, Icterohaemorrhagiae,
Tarassovi, Canicola,
Quadros mórbidos ou infecções benignas em cães:
Pomona, Castellonis, Pyrogenes, e Copenhageni No Brasil: uma das principais causas de falhas
reprodutivas
Tipos de infecções: aguda ou subaguda, crônicas ,
geralmente assintomática
FEBRE AFTOSA- AULA 3
Leptospirose felina:
Seu agente etiológico é o vírus Aphtovirus da
família Picornaviridae, possui genoma RNA não
Os sorovares identificados: Icterohaemorrhagiae,
envelopado
Pomona, Grippotyphosa, Ballum e Canicola.

Afeta animais biungulados (que possuem apenas


Os sinais clínicos são comparáveis aos observados
2 dígitos), a evolução dessa doença ocorre de
nos cães
forma aguda e possui uma rápida disseminação

Não se deve vacinar gatos mesmo que a área seja


Essa doença é uma emergência veterinária,
endêmica por não ter papel importante na
sendo necessária a notificação compulsória
transmissão
imediata em caso de suspeita por causas
imensos prejuízos econômicos
Leptospirose em bovinos e bubalinos: depende do
sorotipo envolvido e da idade do indivíduo
Emergência zoosanitária: é uma condição
causada por focos de doenças com potencial
Abortamentos, infertilidade, anorexia, pirexia,
epizoótico para produzir graves consequências
apatia, icterícia, anemia hemolítica, hemoglobinúria,
sanitárias, sociais e econômicas que
mastite e pode até levar a morte
comprometem o comércio nacional e
internacional, a segurança alimentar ou a saúde
Sorotipos predominantes: Pomona, Wolffi , Sejroe e
pública e que exigem ações imediatas
Hardjo

Sorotipos: A,O,C, SAT 1, SAT 2, SAT 3, ÁSIA1


Leptospirose nos caprinos:
Sorovares mais prevalentes: Pomona, Autumnalis,
não causam proteção cruzada e cada sorotipo
Sejroe, Icterohaemorragiae, Gripotyphosa e Ballum
possui diferente virulências

Manifestações clínicas: abortamento, perda de


Possuem sensibilidade a desinfetantes químicos
peso, icterícia, hemoglobinúria, anorexia, letargia e
como carbonato de sódio, formol, soda caustica,
hipertermia, com duração de 2 a 4 dias
luz solar, radiação

Doença aguda: letalidade superior a 40%

Leptospirose em equinos:
Sorologia muito variável e sem evidência de um
sorovar preferencial

Manifestações: Depende da vulnerabilidade do


hospedeiro, Hemólise intravascular, anemia,
icterícia e hemoglobinúria,abortamento
Prazo para notificar é de 24 horas, notificar na Por ser um vírus epiteliotrópico tem afinidade com
unidade veterinária local (UVL) e vão ter até 12 tecidos cutâneos
horas para começar a investigação clínica
epidemiológica No Brasil existe a vacina bivalente para o sorotipo
AeO
Doença vesicular: toda doença que causa
vesículas (herpes, ebola) é imunoprevenível apenas para bovino e bubalino,
não se vacina suínos por ser um “sentinela”
Manisfestações clínicas:
febre, anorexia O esquema de vacinação depende dos programas
vesículas (claudicação, sialorreia, mastite) sanitários do estado, esquema mais comum é o de
suínos costumam ficar deitados devido a dor vacinação semestral, e a idade é determinado pelo
nos pés tribunal da agricultura. Qualquer animal infectado é
abatido e seus contactantes
Diagnóstico diferencial:
É uma doença auto limitante (quando se cura
Enterovírus → doença vesicular dos suínos, tem sozinha sem nenhuma intervenção) , animal pode
baixa incidência mundial, nunca foi registrada nas se curar sozinho em aproximadamente 15 dias
américas e atinge apenas suínos
Imunoprofilaxia
Vesiculovirus→ estomatite vesicular, endêmica
em algumas regiões do país, bovinos adultos e UFs livres de febre aftosa com vacinação
equinos parecem refratários
Vacinação sistemática:
Diagnóstico laboratorial:
Vírus inativado, vacinas bivalentes (A, O )
atraves de epitélio e liquido esofagofaringeo
Calendário nacional: estratégias adequadas a
direto: fixação do complemento, ELISA, cada região
isolamento viral
1. Vacinação semestral dos bovinos e bubalinos até
indireto: ELISA em fase líquida, 24 meses de idade, e anual dos animais acima
soroneutralização desta faixa etária.

efeito citopático- replicação celular do vírus 2. Vacinação semestral de todos os bovinos e


da dano celular e causa lise celular búfalos

Controle e profilaxia: 3. Vacinação anual de todos os bovinos e búfalos:


a região do Pantanal, o Arquipélago do Marajó, Ilha
Imunoprofilaxia do Bananal e o Amapá

Cadastramento do setor pecuário


MASTITE- AULA 4
Controle do trânsito de animais
Pode ser chamada de mastite ou mamite, é uma
Transporte de animais: somente com GTA - inflamação da glândula mamária causada por uma
Guia de Trânsito Animal. lesão tecidual por substâncias químicas
(metabólitas, tóxicas e alérgicas), físicas
GTA: obrigatória para toda movimentação de (traumáticas) ou agentes infecciosos
animais (entrada e saída da propriedade)
Essa lesão gera alteração na glândula, no leite e/ou Transmissão:
no sistema e afeta um ou mais quartos do úbere
Ocorre por via percutânea- pele (lesões) e tetos
(o canal do teto, sendo mais comum na hora da
ordenha)

Via hematógena: tuberculose e brucelose

Pode gerar perdas econômicas por conta de Patogenia:


gastos com medicamentos e veterinário, aumenta
o descarte do leite (por estar fora dos padrões ou Agente infeccioso se aproveita do esfíncter do
com resíduo de antibióticos) e redução na teto relaxado após a ordenha, causando a
produção (cerca de 70%) e a qualidade do leite multiplicação do agente nos alvéolos da glândula
(25% dos prejuízos) mamária e por ter atração de células do sistema
imune (PMN) causa infecção
Em relação a saúde pública: a transmissão de
agentes patogênicos via leite (Tuberculose, A liberação dos mediadores inflamatórios gera
Brucelose, Listeriose e Campilobacteriose), além vasodilatação e aumento da permeabilidade
de intoxicações (toxina de S. aureus) vascular e infiltrado leucocitério=calor,edema,
rubor e perda da função
Agentes etiológicos:

Contagiosos: Staphylococcus spp (S. aureus, S.


intermedius, S. hyicus e S. epifermidis),
Streptococcus spp (S. agalactiae, S. dysgalactieae
e S. bovis), Corynebacterium bovis e Mycoplasma
bovis.

Bactérias de microbiota (vaca ou ordenhador) =


problemas de manejo na ordenha: quarto
infectado que infecta outro ou fêmea infectada Sinais clínicos:
que infecta outra - MAIORIA
Alteração visível do aspecto físico (presença de
Ambientais: Enterobactérias (E.coli, Klebsiella grumos de fibrinas ou pus) e composição do
spp)- manejo da cama, Pseudomonas spp - água, leite- caneca de fundo preto, alteração do
Arcanobacterium pyogenes- vetores (moscas), tamanho, consistência e temperatura da glândula
Streptococcus uberis- em fêmeas secas e em mamária
épocas de seca / sobrevive no ambiente
de ordenha, cama e fezes. Fungos: Candida spp –
deficiência na antissepsia e no tratamento
intramamário

Hospedeiros da mastite:

Mamíferos (todos que possuem glândula mamária)

Bovinos: comum, tem como fator da Grau 1, 2 e 3- depende do grau de afecção


predisposição: idade, número de partos, periparto,
tamanho de úberes e tetos, genética e ambientais
A forma crônica geralmente é sem alterações Diagnóstico clínico:
sistêmicas ou locais, alterações intermitentes na
composição do leite (sangue, flocos de caseína Feito por anamnese
ou aspecto aquoso), formação de abscessos,
granulomas, fístulas na glândula histórico de lactações
dados de lactação atual
Grau 1: alterações apenas na consistência do leite sinais clínicos anteriores e atuais
(grumos, pus e sangue) condições durante o período seco
técnica de ordenha
Grau 2: alteração na consistência do leite (grumo, higienização do teto (pré e pós)
pus, sangue)+inflamação no úbere (edema, desinfecção do ambiente
vermelhidão, aumento da temperatura)
Exame da glândula mamária: inspeção, palpação
Grau 3: alteração na consistência do leite (grumo, e avaliação do leite
pus, sangue)+inflamação no úbere (edema,
vermelhidão, aumento da temperatura)+ Caneca de fundo escuro e contagem de células
alterações sistêmicas (febre, anorexia, somáticas
desidratação)
Diagnóstico laboratorial:
Mastite subclínica:
bacteriológico e antibiograma
Não ocorrem alterações macroscópicas da isolamento de ágar sangue, ágar MacConkey
glândula mamária nem do leite e ágar Sabourad
contagem de células- CCS (Prescott e Breed
Alterações na composição do leite diagnosticada – coloração com azul de metileno e
pelo número de células presentes no leite contagem em microscopia óptica)
(California Mastitis Test ou CMT) ⇩gordura,
lactose, caseína, Ca e P; ⇧ contagem de células Tratamento:
somáticas (CCS) – leucócitos, células epiteliais de
descamação, hemácias, linfócitos, macrófagos Mastite clínica: deve ser tratada logo que
diagnosticada (não deve esperar os resultados
Geralmente é contagiosa dos testes de sensibilidade), não usar leite para
consumo humano e deve-se ferver antes de dar
Tratamento na secagem da vaca ao bezerro

Fazer revisão de toda fisiologia da glândula Mastite subclínica: tratar no início do período
mamária seco (antimicrobianos de longa ação - quase
2meses - e em alta concentração
A cada caso de mastite clínica, estima-se 14 •ação curativa: tratamento de casos de mastite
(ou mais) de mastite subclínica subclínica e infecções pré-existentes na lactação
precedente
•ação preventiva: reduzir a taxa de novas
infecções de grande frequência nos dez
primeiros dias pós-secagem

inicia-se próximo ciclo de produção de maneira


adequada, pode-se adicionar selante em
conjunto: impede entrada de novos agentes
infecciosos
Pós-dipping: iodo 0,5 a 1%, clorexidine 0,5 a 1%,
• Medicamentos (cura: 70 a 75% dos casos)
hipoclorito de sódio 4%, amônia quaternária 0,5
a 1%
Antibióticos:
• INTRAMAMÁRIOS (bisnaga): mastites ambientais
Alimentação da vaca: (fica em pé até o esfíncter
e contagiosas
do teto fechar)
- esgotar o quarto
- limpeza igual da colheita de leite
vacas com mastite devem ser ordenhadas por
- utilizar cânula curta de 2-3mm ou, se for longa,
último / se com mastite clínica, ordenhar por
introduzir somente a extremidade
último e manualmente

• SISTÊMICOS (injetáveis): só chega na glândula


mamária se houver produção de leite, então só Retroviroses em ruminantes - AULA 5
em vacas em produção de leite, não em vaca seca
- mastite clínica aguda Os retrovírus são de genoma RNA e envelopado e
- evitar bacteremia e septicemia possuem mecanismo de replicação por
- associado ou não ao tratamento intramamário transcrição e tradução (RNA→ DNA→ RNA) por
meio de transcriptase reversa
• período de carência = 2 a 7 dias após término do
tratamento Os provírus são formados no núcleo da célula e
estão integados no DNA do hospedeiro, ao sair do
Descartar leite de vacas com mastite e em núcleo da célula ele vai para o citoplasma que vai
tratamento (IN 77, 2018) ler o DNA e transforma-lo em RNA (o RNA
mensageiro que vai fazer a leitura)
• ANTI-INFLAMATÓRIOS: aumentam cura em 15%
Não existe vacina para lentiviroses

Nem todos os retrovírus possuem a mesma célula


vacas com recidivas mesmo após tratamentos alvo, não infectam hemácias mas utilizam elas
sucessivos, devem ser descartadas – relutância como meio de transpote para a célula-alvo (ou
órgão-alvo)
Prevenção e controle:
Os retrovírus causam imunossupressão,
reduzir infecções pré-existentes leucócitos baixos=leucopenia
prevenir novas infecções
fazer diariamente o teste da caneca de fundo Lentiviroses de pequenos ruminantes (LVPR)
escuro
fazer monitoramento: anotar os dados, vacas Não tem impacto em saúde pública por serem
com mastite e seus graus, protocolo usado e espécie-específicos
resultado, mastites recidivantes (mau uso de
antibióticos? protocolo ok? se não, devemos O agente infeccioso pode ser introduzido durante
alterar o protocolo) a importação de animais para o melhoramento
genético do plantel
O ordenhador deve lavar as maõs entre uma vaca
e outra, a manutenção, limpeza, desinfecção e uso Impacto econômico:
correto de ordenhadeiras mecânicas óbito de animais jovens
diminuição da produção de leite e do período
Pré-dipping: iodo 0,5 a 1%, clorexidine 0,5 a 1%, de lactação
hipoclorito de sódio 4% perda de peso devido a dificuldade de
locomoção
diminuição de peso no nascimento e da taxa
de crescimento
incapacidade de monta

Etiologia LVPR (CAEV e MVV):

Pertencem a família retroviridae, gênero


Lentivirus

Diagnóstico:
A replicação do agente ocorre em monócitos e
pelo quadro clínico
macrófagos nos demais tecidos
histórico do animal e do rebanho todo
provas laboratoriais: direta: isolamento viral,
A medula óssea é o principal reservatório de
PCR)- indireta: RIFI, ELISA, IDGA
células infectadas, causando infecção
persistente e multissistêmica
Prevenção e controle:
varia de acordo com o status sanitário do
Não são vírus oncogênicos, pois não se tornam
plantel
malignos e apresentam alta taxa de mutação

em plantel sem a doença: aquisição de


Transmissão:
caprinos ou ovinos de locais que não
Por meio de secreções ou excreções de células
possuem a doença e com no mínimo dois
do sistema monocitico fagocitário: leite, fezes,
testes sorológicos com espaço de 60 dias
colostro, sêmen, saliva, secreções respiratórias.
com resultados negativos (quarentena)
isolamento de 90 dias
Manifestações clínicas CAEV:
utilizar reprodutores soronegativos
evolução crônica ou multissistêmica (artrite,
inseminação artificial apenas com lotes de
alteração neurológica)
semen que foram testados por PCR para
forma clínica: nervosa em jovens, artrítica em
pesquisa de LVPR
adultos, respiratória e mamária
persistente e assintomáticas em 70% dos
Prevenção e controle em plantéis infectados:
casos de soropositivos
Prevalência baixa (até 5%): sacrifício dos
filhotes nascidos de matrizes soropositivas
soropositivos: sorologias semestrais
podem apresentar soroconversão com até
Animais de alto valor ou de rebanhos com
seis meses de idade
média ou alta prevalência: parto assistido ou
induzido e assistido, seguido da separação
Manifestações clínicas MAEDI VISNA:
das crias logo após o nascimento, para
evitar contato; fornecimento de colostro
pneumonia crônica, tosse, dispneia,
artificial ou termizado a 56ºC durante 60
debilidade física e em alguns casos morte
minutos; testes sorológicos semestrais,
taquipnea superficial
separação de animais soropositivos dos
perda da condição corporal, apesar da
soronegativos; separação dos animais
presença de apetite
jovens de adultos; importação de animais
filhotes débeis
de áreas indenes, com exigência de testes
alterações neurológicas
sorológico negativo.
elimina os positivos gradualmente e faz
testes
Etiologia:
Leucemia Viral Felina, Imunodeficiência
Viral Felina e Peritonite Infecciosa
Deltaretrovirus Felina
infecta os linfócitos B (produção de
anticorpo), pode afetar linfócitos T São doenças infecciosas e de origem viral,
(imunidade) e monócitos e granulócitos imunossupressoras que geram impacto na
Humanos são refratários, então não é saúde animal
zoonose
Já foi detectado em leite de vacas Leucemia Viral Felina - FeLV:

Cadeia epidemiológica: É uma doença cosmopolita que afeta felinos em


FI: bovinos, capivaras, bubalinos e ovinos geral (tanto domésticos quanto selvagens).
VE: sangue, saliva, secreção nasal, uterina, Possui manifestação clínica variável, podendo
sêmen ser letal. A população de risco são gatos com
VT: contato com sangue, fômites, vetorial, acesso a rua e gatos que vivem ou passam por
vertical, ingestão (menor frequência) gatis
PE: transcutânea, transplacentária, mucosas
Etiologia: o FeLV pertence a família Retroviridae,
Patogenia: subfamília Oncoviridae e gênero Gamma
Possui Viremia ráṕida (2 primeiras semanas retrovirus. Possui RNA envelopado
após a infecção)
Difícil detecção de partículas virais no É um vírus sensível e que tem apenas 24-48h
sangue periférico de resistência no meio ambiente
Modificação de linfócitos B infectados
resultam na formação de linfomas Subgrupos:

Manifestações clínicas: A- mais contagioso e único transmitido


horizontalmente (indivíduo para indíviduo)
Diversas alterações linfoide crônica persistente,
a maioria dos animais são assintomáticos, 5%: B- mais associado a linfomas
massas tumorais (linfomas) em animais acima
de cinco anos de idade C- mais patogênicos, causa anemia
arregenerativa (dano na hematopoiese)
Não tem vacina
(B e C são formados no organismo a partir de
Diagnóstico: por IDGA, ELISA. Soroconversão mutações do A)
ocorre 50 dias após a infecção
Causas e transmissão:
Prevenção e controle:
sacrifício, de reagentes Hospedeiros: felídeos domésticos e silvestres
controle na introdução de novos animais no Fonte de infecção: animais persistentes
rebanho infectados
controle de insetos
higiene e desinfecção adequadas do Via de eliminação: saliva, urina e fezes- vertical
instrumental Via de transmissão: contato próximo (aerosóis),
fômites (compartilhamento), transplacentária,
amamentação (verticais)
Patogenia: anemia, panleucopenia, infecções purulentas
e linfomas

Infecção progressiva:

Sinais clínicos:
inespecíficos
pode ser assintomático
perda de apetite
febre
letargia Diagnóstico:
anemia Teste do antígeno imunocromatografia, com
adoecimento recorrente sangue, lágrimas e saliva-até 4 semanas
afecções secundárias: câncer,
Negativo Positivo
dermatopatias e outros problemas de saúde
Repetir após 30 dias Confirmação: RT-PCR

Estágios da infecção: Filhotes de mães positivas: pode Se não for possível a


infecção abortiva positivar algumas semanas após, confirmação, repetir
infecção regressiva tratar mãe e filhotes todos como
positivo e separar dos demais Repetir com 6 e 16 semanas
infecção progressiva animais (se houver) ambos + progressiva

Soro conversão= negativo e


Infecção abortiva:
positivo

Tratamento:

Antiviral Raltegravir: redução significativa da


carga viral (apenas enquanto uso)

Tratamento medicamentoso em caso de


infecções secundárias (antibióticos),
tumores = quimioterapia

Infecçaõ regressiva:(viremia transitória seguida Prognóstico: depende do tipo de infecção,


de infecção latente) estilo de vida e tratamento dado ao animal,
pior se com infecção

Não há cura para a FeLV, o tratamento é apenas


sintomático/paliativo

Prevenção:

Manter o gato em casa em um ambiente seguro


e protegido sem acesso a rua
Imunoprofilaxia: testar antes de vacinar Transplacentária: depende da carga viral da
fêmea durante a gestação, infecções agudas
A vacinação é uma das melhores maneiras de podem gerar até 70% de filhotes infectados
prevenir a doença
Transmamária: em gatas com infecção aguda,
Recomendada para todos os gatos domésticos anticorpos via colostro (até 16 semanas)

Matrizes devem ser testadas Sintomas:

Recomendação vacinal: Podem ser leves, graves e debilintantes.


Complicações recorrentes e problema crônicos.
A vacina não é essencial Gatos infectados também podem desenvolver
todos os gatos menores que 1 ano de idade câncer e doenças autoimunes
devem ser vacinados
dose de reforço após 1 ano Perda de peso, letargia, febre, gengivite,
estomatite, linfadenomegalia, dermatopatias,
enterite, doença respiratória, doença oculart,
doença neurológica

Tratamento: não há cura efetiva, tratamento


apenas dos sintomas para melhorar a qualidade
de vida do gato, acompanhamento veterinário
periódico e evitar contato com outros animais

Prevenção: manter o gato em um ambiente


seguro e sem acesso a rua, a castração pode
diminuir a ocorrência da doença. A vacina não
possui eficácia comprovada e não está
disponível no Brasil
Conclusão:
Diagnóstico Retroviroses: ELISA (FeLV antígeno,
é uma doença infecciosa potencialmente FIV anticorpo), Imunocromatografia, Western
fatal, que afeta gatos em todo o mundo Blot (FIV), PCR
o cuidado adequado e a prevençaõ reduz o
risco de infecção
gatos suspeitos devem ser testados
não há cura efetiva

Imunodeficiência Viral Felina- FIV

Lentivírus capsulado e sensível, possui


diversidade antigênica e tropismo por células T
(responsáveis pelos anticorpos). Possuem cinco
subtipos: A,B,C,D e E

Transmissão: Transmitido através da saliva, lutas


entre gatos, acasalamento, mordidas e
arronhões profundos
Peritonite Infecciosa Felina (PIF) Infecções assintomáticas inapetência diarréia
e êmese, infecção transitória 70%, resistente
Coronavirus felino (FCoV)- vírus ubíquo de 5-10%, infecção persistente 13%
gatos domésticos e selvagens
Transmissão: contato com fluidos corporais de
Transmissão: fecal-oral via caixas de areias e animais infectados, contato com fezes, saliva,
fômites urina e sangue de gatos infectados, gatos que
vivem em abrigos pu em grupos com alta
A maioria dos infectados é portador ou densidade populacionais tem maior risco de
apresenta apenas enterite leve contrair a doença

Pequena proporção infectados desenvolve PIF Manifestações clínicas: variável dependendo


do tipo de PIF, mais comuns: febre, perda de
Infecção de monócitos: evento chave na peso, perda de apetite, letargia, problemas
patogênese da PIF comportamentais e abdominais

Características do agente etiológico: RNA apresentações clínicas:


envelopado, replicação no citoplasma, liberação
por brotamento, sensíveis ao calor, dessecação, efusiva: acúmulo de líquido nas cavidades,
solventes lipídicos e desinfetantes alterações respiratórias e óbito
seca: alterações respiratórias, neurológicas
Família: Coronaviridae e renais
Subfamília: Orthocoronavirinae
Gênero: Coronovirus

Subtipo I: menos virulento

Subtipo II: mais virulento

Diagnóstico: pode ser complicado, muitas


vezes é baseado na combinação:
manifestações clínicas, exame físico e testes
laboratoriais
Mutações antigênicas: Provavelmente,
murações internas de FCoV (para mutantes Uma biópsia do tecido afetado pode ser
com uma mudança de tropismo celular necessárias para confirmar o diagnóstico
surgindo em um gato individual) são a razão
paar o desenvolvimento de FCoV indutor de FIP Hematologia: linfopenia (55-77%)
altamente patogênico (teoria da mutação Sorologia: ELISA/IFI, Sorocoversão
interna) Análise do líquido efusivo- transudato
modificado a exsudato asséptico
Os genomas coronavirais possuem um alto nível Teste de Rivalta
de variação genética devido á taxa de erro da RT-PCR
RNA polimerase levando a diferentes tipos de
mutações Tratamento: não há cura efetiva, apenas
tratamento sintomático e de suporte
Prevenção: manter o animal em ambiente intestinal (infecções pré-natais e neonatais)→
seguro e limpo, limitar o contato com outros diarréia (por encurtamento das vilosidades
gatos, vacinação disponível porém não intestinais=má absorção e aumento da
recomendada permabilidade), imunossupressão e
panleucopenia → infecção bacteriana
Doenças infecciosas em felinos domésticos secundária, endotexemia e coagulação
intravascular disseminada (CID)
Panleucopenia felina:
Em fêmea prenha: morte e reabsorção fetal,
Agente etiológico: mumificados ou nascimento de filhotes
Família Parvoviridae saudáveis, que elimnam o vírus por até 9
Subfamília Parvovirinae semanas ou com danos neurais (hipoplasia
Gênero Parvovirus cerebelar)

Parvovírus felino, também conhecido como Sinais clínicos: a maioria das infecções é
enterite infecciosa felina ou cinomose felina subclínica

Por ser um parvovirus possui genoma DNA na forma hiperaguda ocorre morte súbita
envelopado. Vírus muito pequenos (menor muito parecida com envenenamento
categoria de vírus que existe) então precisa de
células de alto potencial mitótico para ele forma aguda é a mais comum, causando: febre,
poder se replicar no interior dessas células. depressão e anorexia por 3 a 4 dias,
hematemese e desidratação, diarréia, durante
Hospedeiros: felídeos domésticos e silvestres a palpação é notável alças intestinais
(guaxinins, quatis), em geral filhotes muito espessadas
jovens (3-5 meses de vida)
casos complicados: ulcerações orais, diarréia
em felinos velhos ou filhotes de gatas sanguinolenta e icterícia (raro), petéquia e
imunologicamente protegidasa doença é equimoses em animais com CID
subclínica
Se com 5 dias de infecção sem complicações
Transmissão: ocorre por todas as secreções graves vão se recuperar em semanas
corporais (maior ocorrência em fezes).
Causa alterações neurológicas
contato indireto com animais suscetíveis
em locais contaminados Diminuiçao leucocitaria e infecção
fômites bacteriana secundaria
intrauterina
Diagnóstico: através dos sinais clínicos
O vírus é eliminado por 1 ou 2 dias, podendo +leucopenia
chegar até 6 semanas após recperação. Muito
resistente no ambiente Por sorologia: detecção de anticorpos (não
diferencia com os da vacina)
Patogenia: infecção oronasal→replicação na
orofaringe→ viremia (24h após e por 2-7 coletar amostra no início da infecção e 2
dias)→infecção de células em tecidos semanas após (aumento de 4x os
linfóides, medula óssea e criptas da mucosa anticorpos pode indicar infecção aguda)
Neutralização, fixação de complemento ou Calicivirus Felino (FCV):
hemaglutinação
Grande diversidade antigênica e muito
Detecção de Ag fecal- apenas 24 a 48h resistente
após a infecção, geralmente não é
detectável quando com sinais clínicos Atinge tonsilas e orofaringe

Tratamento: de suporte, internação e Alta prevalência em colônias (50-90%)


isolamento
Cepas apresentando maior patogenicidade,
fluidoterapia, antiemético, protetores febre, depressão, pneumonia, poliartrite, febre
intestinais hemorrágica, calicivirose sistêmica
transfusão em caso de anemia
antibióticos se houver infecção secundária A transmissão ocorre de forma horizontal
(ampicilina, metronidazol e cefalosporinas) direta e indireta

Prevenção e controle: vacinação e Direta: partículas de vírus, secreções


higienização de abrigos ou casas oronasais, secreções oculares, sangue, fezes,
urina
Complexo respiratório felino:
Indireta: via fômites
É o herpesvirus felino (FHV1) , possui
transmissão horizontal direta por partículas de PI (2-10 dias), hiplocorito de sódio (água
vírus, secreções oronasais e oculares sanitária)

A eliminação ocorre com 24 horas pós Tratamento: limpeza das vias aéreas (or
infecção até 1-3 semanas nebulização), analgesia, fluidoterapia,
estimulantes de apetite
Cerca de 80% dos portadores são crônicos
Suporte nutricional: alimentos úmidos, suporte
A transmissão indireta ocorre por fômites enteral, lavagem nasal com soro fisiológico,
descongestionantes, anti-inflamatórios,
Imunidade passiva não duradoura predinisolona 2-4mg por kg a cada 24horas,
imunossupresores
Extremamente sensível a desinfetantes
Dermatomicoses
Sua viremia é rara (termolábil)
Dermatomicoses são dermatites causadas por
Resolução em 2-3 semanas fungos

Atinge a nasofaringe (seios nasais, palato male, Podem ser unicelular ou pluricelular
septo nasal)
unicelular→levedura
Causa dermatite ulcerativa (plano nasal, face, pluricelular → bolor ou filamentosos ou hifas
coxins)
fungos adquirem resistência a princípios
Morte e reabsorção fetal ativos muito fácil
Dermatopatia fúngica pode levar até 30 dias Manifestações clínicas:
de tratamento, em sua maioria o tratamento é febre
tópico apatia
emagrecimento
Complexo Sporthrix schenckii (esporotricose) sintomas respiratórios
nódulos rígidos
Agente etiológico → Sporothrix schenckii ou úlceras
Sporothrix brasiliensis (mais patogênico) crostas
alopécia
São encontrados como levedura ou bolor, lesão ulcerada
podendo ter urso agudo ou crônico
Problema de saúde pública→ notificação
Acomete diversas espécies, porém elinos complusória imediata na suspeita
domésticos são considerados os principal
reservatório Diagnóstico:

É uma zoonose de origem animal → cultura microbiológica


antropozoonose PCR
lesoes cutâneas→diagnóstico sugestivo
manutenção do agente → saprozoonose
(ambiente como fase de manutenção) Fungos dermatófitos:

É um fungo dimórfico→ em forma micelial ou Aqueles que são responsáveis por causar a
leveduriforme dermatofitose

Possui distribuição ampla em solo, água, São queratinofílicos, filamentosos


vegetais, animais e seres humanos (pluricelulares) e normalmente no processo
infeccioso superficial causam lesões com
Dimorfismo: alteração de cor
25 graus, forma micelial, é a forma
presente no ambiente Possui 3 gêneros:
Microsporum- zoofílico (felinos)
37 graus, leveduriforme, forma parasitária Trichophyton- zoofílico (roedores)
Epidermophyton- antropofílico
Leveduras não sobrevivem o meio ambiente,
então se tornam micelial apresentam hifas septadas, crescimento lento,
aeróbios estritos e formam colônias
Forma de multiplicação por brotamento no pigmentadas
caso de leveduras e por micelias no caso de
filamentosos

É considerada uma micose subcutânea

Transmissão:
agente presente em solo e troncos de árvore

arranhadura ou mordedura, autoinoculação ao


afiar as unhas em troncos
Dermatofitose: M. furfur: antropofílica, faz parte da microbiota
da pele
Manifestações clínicas:
alopecia M. pachydermatis: pod ser enconrada na pele
eritema de mamíferos e na das aves, particularmente
ausência de prurido junto a área ricas em glândulas sebáceas
lesões circulares, como bordos elevados
descamação discreta Região anal, o canal auditivo externo, os lábios
queratolítios na camada córnea da pele e a pele interdigital de cães são
frequentemente colonizadas por essa
Exames microscópicos: levedura.
exame micológico direto
exame microscópico com hidróxido de
potássio
exame microscópico com tinta nanquim
exame microscópico pelo método de
Gram
exame microscópico com coloração
panótica:
Giemsa, Wright ou Leishman

Exame macroscópico:
cultivo em meio de cultura
identificação de um agente fúngico
Agar Sabouraud com cloranfenicol e Conhecida como otite externa canina
cicloheximida
lâmpada de Wood: indicação de um A levedura produz enzima proteolítica que
agente fúngico (técnica empregada para resulta em lesão na mucosa do canal aditivo
indicar a presença de agentes fúngicos na
supefície da pele e em pelos) Produz excessiva e a retenção de cera,
consequências da hipersecreção de glândulas
É uma antropozoonose, 50% das pessoas já ceruminosas, combinadas com atividade da
foram expostas levedura e de outros microorganismos

Prevenção: Dermatite seborreica canina, fatores


predisponentes:
tratamento dos animais doentes hipersensibilidade
desinfecção do ambiente com hipoclorito alterações na queratinização
de sódio imunossupressão
amônia quarternária em superfícies que dobras de pele persistentemente
sofrem corrosão por hipoclorito de sódio umedecidas
descartar fômites (camas, tapetes, uso prolongado de antibiótico ou
carpetes) corticóides

Mallassezia pachidermatis Na otite externa canina, placas com ágar


sangue e ágar MacConkey devem ser
As principais espécies são M. furfur e M. inoculadas com exsudato para isolar
pachydermatis patógenos bacterianos associados
Diagnóstico:
associado da anamnese, sinais clínicos e
exames complementares
identificação do H. capsulatum em
material biológico
exames diretos: citologia e histopatologia
cultivo micológico mais efetivo
biomol

Tratamento:
regressão espotânea 7-14d
depende do grau de severidade
cetoconazol: 10mg/kg /BID/ 15 dias
pode ser associado a tratamento tópico

Micoses Criptococose:

Histoplasmose Micose sistêmica mais comum em felinos, é


uma zoonose
É uma micose sistêmica que acomete animais
domésticos e os seres humanos Acomete felinos, caninos, animais silvetres e
humanos
Zoonose oportunista e cosmopolita (países
tropicais e subtropicais) É uma levedura oportunista Cryptococcus
spp.
Tem caráter clínico agudo ou crônico
▪Cryptococcus neoformans (excreção de
Fungos dimórficos do gênero Histoplasma aves)
▪ Cryptococcus gattii (madeira em
Agente etiológico: Histoplasma spp. decomposição)
Manifestações clínicas:
É um fungo dimórfico e vive em solos poroso,
alterações no sistema
úmidos e rico em derivados de matéria
respiratório
orgânica em decomposição (fezes de
morcegos e aves)
alterações no SNC
Segundo causa mais (convulsões, paresia,
comum de afecção depressão e cegueira
micótica sistêmica em
gatos, em sua maioria
gatos maiores de 4
anos.

Não há predileção
sexual ou de raça. A
maior parte dos casos
são subclínicos
Diagnóstico: e uso prolongado de corticosteroides, de
cultura fúngico: amostras clínicas para antibióticos ou de citostáticos.
cultura em meio sabouraud,
aproximadamente 5 dias Diagnóstico:
citologia: punção ou esfregaços de exame físico e laboratorial
secreções nasais ou lesões cutâeneas. esfregaços direto das lesões e análise
Coloração de Romanowsky microscópica
histopatológico: biópsia ou necropsia confirmação por isolamento em cultura

Tratamento: Defesa sanitária animal


antifúngicos orais
cetoconazol Objetivo: promover a prevenção, controle e
itraconazol erradicação das doenças de interesse público
fluconazol associado a anfotericina B e econômico, visando a valorização da saúde
animal e humana.
Candidíase:
Regulamento do Serviço de Defesa Sanitária
C. albicans Animal (Decreto 24.548 de 03/07/34):
C. tropicalise
C. parapsilosis Objetivo: preservar o país de zoonoses
exóticas e combater moléstias infecto-
Microbiota residente da mucosa oral, genital, contagiosas existentes (Artigo 1°)
respiratória, o meato acústico externo
(estrutura auditiva) e o sistema digestivo. Principais documentos:

Infecções cûtaneas (abdômen, perineal, Certificado sanitário de origem (para


dobras ungueais, planos nasais, orelhas e entrada de animais importados)
dobra cutâneas)
Certificado sanitário para trânsito
Sistêmicas (trato urinário, o sistema interestadual por via marítima, fluvial ou
gastrintestinal e o sistema reprodutor) terrestre(para reprodutores, acompanhado
de teste de tuberculinização, maleinização
Manifestações cutânea: e soro- aglutinação – brucelose)

Erosões umidas e eritematosas (vermelhas), ▪ Unidade Federal Central: gerenciamento e


com contorno irregular e levemente definição dos procedimentos padrões de
edemaciadas vigilância sanitária e planejamento estratégico

vesículas, crostas, úlceras, pápulas, pústulas e ▪ Unidades de Vigilância Estaduais:


lesões alopécicas Responsáveis pela coordenação,
operacionalização e supervisão de suas UVL’s
caracterizadas por possuir pouca ou nenhuma
pelagem em determinada área. Em casos de ▪ Unidades Veterinárias Locais (UVL’s):
otite podemos observar a presença de realizam atividades de vigilância e captação
inflamação, dor, descamação, coceira e edema de dados

Fatores predisponentes:

idade, estresse, presença de doenças


imunomediadas, desordens neoplásicas
Controle ou erradicação?

Controle (PC): Sistema combinado de


monitoramento e vigilância, estratégias de
controle e estratégias de intervenção que, ao
longo do tempo, é empregado para reduzir a
frequência de uma doença específica

Erradicação (PE): Tipo especial de PC no qual o


objetivo é a eliminação de uma doença
Vigilância: específica (circulação do agente causal da
doença)
Vigilância Epidemiológica: Investigação
contínua de uma população para a detecção da Barreiras sanitárias:
ocorrência da doença/infecção com propósitos
de prevenção e controle, e envolve o exame 1-BARREIRA - PREVENÇÃO:
(clínico ou laboratorial) de parte dessa ➢Inspeção e quarentena em portos, aeroportos
população. e postos de fronteira

Vigilância Ativa: Levantamento de dados 2- BARREIRA - MONITORAMENTO:


produzidos especialmente para investigação ➢Vigilância epidemiológica, programas de
epidemiológica dos rebanhos. Busca deliberada prevenção e controle, laboratórios de
e detalhada de evidências da doença na diagnóstico, controle da movimentação,
população animal com objetivo de confirmar quarentenas
sua presença ou ausência. Monitoramentos e
Inquéritos Soroepidemiológicos. 3- BARREIRA – EMERGÊNCIA:
➢Planos de contingência para combater pragas
Vigilância Passiva: Caracteriza as atividades ou enfermidades exóticas ou emergenciais que
rotineiras. Envolve o atendimento às suspeitas passaram pela primeira barreira e foram
de ocorrência de doenças ou a descrição da detectadas pela segunda barreira
população animal de uma região. São situações
em que não há programação ou planejamento Estratégias de Controle e Prevenção
de uma ação específica em busca de
comprovar a ocorrência ou ausência de um •Vacinação
determinado evento sanitário - Notificação.
•Quarentena e isolamento
Inquérito: Investigação ou estudo no qual a
informação é sistematicamente coletada para •Sacrifício
um objetivo específico, Tempo de execução
curto

Coleta de dados: registro sistemático ou


regular de casos de um agravo com o objetivo
específico de monitoramento ou vigilância

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