Interpretando A NBR ISO 9000
Interpretando A NBR ISO 9000
Interpretando a
NBR ISO 9000
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Interpretando a NBR ISO 9000
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Interpretando a NBR ISO 9000
Agradecimentos
Aos colegas:
Pela dedicação (e bom humor) na digitação dos originais e ajuda na citação bibliográfi-
ca.
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Interpretando a NBR ISO 9000
Sumário
Apresentação .........................................................................................................09
Normalização..........................................................................................................18
Critérios para seleção e uso das normas da família NBR ISO 9000 ......................44
Bibliografia..............................................................................................................63
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Interpretando a NBR ISO 9000
Apresentação
Em 1995, a DAEC formou seis grupos de trabalho para estudar o material didático
existente e elaborar, se fosse o caso, novos materiais didáticos, atualizados, sobre seis
temas distintos, para serem utilizados em treinamentos em programas de Qualidade
para empresas do Estado de São Paulo, atendidas pelo SENAI-SP.
Um dos grupos elaborou este material sobre a ISO 9000, aproveitando parcialmente o
material existente.
Este material deve ser considerado o mínimo necessário para o estudo e entendimento
dos conceitos gerais.
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Interpretando a NBR ISO 9000
Normas estão sempre sujeitas a revisões, por isso deve-se procurar utilizar as edições
mais recentes. Sempre que houver dúvida sobre a validade das normas deve-se con-
sultar o organismo responsável pela publicação.
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Interpretando a NBR ISO 9000
Desenvolvimento
Quando se estuda a história do ser humano, desde os primeiros tempos de sua exis-
tência pode-se verificar que não é recente a preocupação dele com o que se chama
qualidade. Esta preocupação, pode-se dizer, é tão antiga quanto o ser humano.
Nos primórdios da história, quando o ser humano escolhia uma ou outra madeira (ou
pedra) para sua ferramenta, arma ou utensílio, algum critério o orientava em sua deci-
são. Descobrindo a cerâmica, os metais, o vidro ou cuidando da agricultura e dos ani-
mais, ele mostra também que estas atividades não eram totalmente fruto do acaso.
Ao longo do tempo o ser humano amplia seus conhecimentos, habilidades e seus con-
ceitos de qualidade. Uma característica importante é que estes conhecimentos e habi-
lidades eram do domínio de poucos, que transmitiam a outros privilegiados esses se-
gredos.
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Interpretando a NBR ISO 9000
E por que isso acontece? É que o trabalho de cada artesão traz sua marca registrada,
como ainda acontece com os grandes artistas da atualidade. O artesão confere a tudo
que faz sua marca única, exclusiva.
Seu trabalho é totalmente manual e lento. Por isso, seus produtos são caros e só estão
ao alcance de uma minoria privilegiada.
Nessa época, portanto, a qualidade é garantida pelo próprio artesão, pois ele está em
contato direto com seus clientes e conhece as suas necessidades.
A manufatura
O domínio do artesão continuou praticamente absoluto até o século XVIII. Nesse ponto
entram em cena a manufatura e a divisão capital-trabalho: vários artesãos passam a
trabalhar em conjunto, para um capitalista - proprietário das ferramentas, da matéria-
prima e dos clientes.
A revolução industrial
Na manufatura a produção ainda era baixa e destinada a poucos. Com a revolução
Industrial começa a mecanização, que tem como conseqüências diretas o aumento da
produção e o barateamento dos produtos.
Henry Ford cria a primeira linha de montagem para produzir em larga escala o automó-
vel Ford modelo T. Especialistas como Taylor e Fayol realizam estudos de tempos,
métodos e movimentos para aumentar o fluxo da produção.
O processo produtivo passa, então, a ser dividido em operações elementares que po-
dem ser executadas por operários que não precisam ter uma grande qualificação pro-
fissional.
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Interpretando a NBR ISO 9000
A qualidade dos produtos cai e torna-se necessário criar a inspeção em cada fim de
etapa. Essa inspeção permite separar os produtos defeituosos, para evitar que eles
cheguem ao consumidor.
Portanto, na produção em série, que utiliza linha de montagem, quem produz não do-
mina todo o processo de fabricação, não tem mais contato com os clientes (consumido-
res) e a responsabilidade da qualidade fica a cargo de inspetores.
Intercambialidade
Nas linhas de montagem os produtos deixam de ser produzidos de forma individualiza-
da: os componentes não são fabricados e ajustados para compor cada produto.
A intercambialidade das peças cria um outro conceito de qualidade: as peças não pre-
cisam mais ter dimensões exatas. Elas serão consideradas adequadas e intercambiá-
veis se suas dimensões estiverem dentro de limites de tolerância previamente estabe-
lecidos.
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Interpretando a NBR ISO 9000
Surge então o Controle Estatístico do Processo - CEP, que pode ser considerado o
resultado do trabalho de dois pesquisadores: o Dr. Shewhart, introdutor das técnicas
estatísticas e o Dr. William Edwards Deming, que criou uma filosofia de gerenciamento
onde o envolvimento e o comprometimento devem ser de toda a empresa, desde a sua
alta administração. A qualidade do produto passa a ser vista como o resultado de pro-
cessos controlados.
Qualidade total
O CEP já havia sido abandonado nos Estados Unidos quando foi introduzido no Japão,
na década de 50. E, atualmente, é impossível falar de qualidade sem mencionar a ex-
periência do Japão após a Segunda guerra mundial.
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Interpretando a NBR ISO 9000
O conceito de Controle da Qualidade Total foi criado nos E.U.A., pelo Dr. Armand V.
Feingenbaum, com a publicação de um artigo na Industrial Quality Control, em maio de
1957 e, posteriormente, com a publicação do livro intitulado Total Quality Control: Engi-
neering and Management, em 1961.
Feingenbaum define o Controle da Qualidade Total como “um sistema eficiente para a
integração do desenvolvimento da qualidade, da manutenção da qualidade e dos es-
forços de melhoramento da qualidade dos diversos grupos em uma organização para
permitir produção e serviços aos níveis mais econômicos, que levam em conta a satis-
fação total do consumidor”.
No mundo todo generalizou-se denominar por T.Q.C. - Total Quality Control todos es-
tes estilos de administração que tenham uma preocupação global com a qualidade,
incluindo fornecedores da empresa, a empresa (seus proprietários e funcionários),
usuários dos produtos (intermediários e finais) e toda a sociedade.
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Interpretando a NBR ISO 9000
Essas condições irão permitir à empresa expandir seu mercado a todas as partes do
Planeta. Nessa etapa, qualidade é definida como satisfação do usuário e deve abran-
ger as seguintes características: desempenho do produto, preço competitivo, cumpri-
mento do prazo de entrega e atendimento ao cliente (serviços pós-venda).
Não se deve confundir T.Q.C. com ISO 9000, pois embora tenham semelhanças, os
conceitos de T.Q.C. são mais abrangentes. A ISO 9000 pode servir como uma ferra-
menta gerencial auxiliando a empresa a atingir os objetivos do T.Q.C.
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Interpretando a NBR ISO 9000
No setor de veículos podem ser citados três exemplos recentes destas transformações.
Exemplos:
1. O carro da General Motors, modelo Corsa, representa o que se chama de carro
mundial. O mesmo modelo pode ser montado em diferentes países utilizando os
mesmos componentes e mesmas ferramentas em qualquer fábrica montadora. As
autopeças podem também ser produzidas e comercializadas nos diferentes países.
2. A Volkswagem mundial implantou, na sua fábrica de caminhões em Resende-RJ,
um processo de produção chamado consórcio modular. Neste processo os forne-
cedores atuam em módulos dentro da fábrica principal, responsabilizando-se pela
produção e qualidade de todos os componentes. Cada módulo cuida da produção e
montagem de uma parte inteira do veículo. Pode-se dizer que são várias fábricas
dentro de uma.
3. Três montadoras de veículos, as americanas General Motors, Ford, Chrysler, cha-
madas de Big Three, elaboraram e editaram, em agosto de 1994, um conjunto de
normas denominado QS 9000. O objetivo principal é unificar as exigências de qua-
lidade entre seus fornecedores.
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Interpretando a NBR ISO 9000
Normalização
Introdução
Consultando um dicionário da língua portuguesa pode-se ali verificar que a palavra
norma tem os significados de: princípio, regra, preceito, lei, modelo ou padrão.
As normas e a normalização fazem parte do mundo desde seu início, abrangendo to-
das as atividades. Em muitos casos este ato de normalizar não é exercido pelo ser
humano, a própria natureza tem regras próprias, estabelecidas para seus elementos e
espécies animais e vegetais.
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Interpretando a NBR ISO 9000
Definições básicas
Nota:
As normas devem ser baseadas em resultados consolidados da ciência, tecnologia e
experiência, visando à otimização de benefícios para a comunidade.
Notas:
1. Em particular, a atividade consiste nos processos de elaboração, publicação, dis-
seminação e implementação de normas.
2. A normalização proporciona importantes benefícios, melhorando a adequação dos
produtos, processos e serviços às finalidades para as quais foram concebidos, con-
tribuindo para evitar barreiras comerciais e facilitando a cooperação tecnológica.
Níveis de normalização
O item 1.6 do Guia 2 define nível de normalização como sendo o alcance geográfico,
político ou econômico de envolvimento da normalização.
Normalização territorial
Quando se considera uma fração territorial de um determinado país. Esta fração pode
ser um (ou mais) Estado, Ministério, Associação, Empresa individual.
Exemplos:
• ANFAVEA - Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Brasil).
• ASTM - American Society for Testing Materials (EUA).
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Interpretando a NBR ISO 9000
Normalização nacional
Quando ocorre em um dado país e a ele se restringindo sua aceitação e aplicação.
Neste caso as normas devem ser editadas por uma organização nacional de normas
que seja reconhecida como autoridade para torná-las públicas, procurando satisfazer
necessidades e interesses do governo, indústrias, consumidores e comunidade científi-
ca.
Exemplos:
Brasil
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Edita as NBR - Normas Brasileiras.
Alemanha
DIN - Deutsch Institut für Normung.
Edita as DN - Deutsch Norm (Norma Alemã).
Normalização regional
Quando participam organismos de diversos países de uma dada região geográfica,
econômica ou política do mundo.
Exemplos:
Normas do Mercosul (Mercado Comum do Sul).
Normas da C.E. (Comunidade Européia).
Normalização Internacional
Neste caso todos os países através de seus organismos participam, livremente, da
elaboração das mesmas.
Exemplos:
ISO - International Organization for Standardization.
IEC - International Electrotechnical Comission.
Normalização interna
Freqüentemente utiliza-se a expressão normalização interna. Esta denominação, em-
bora não conste no Guia 2, insere-se no conceito de norma territorial daquele guia.
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Interpretando a NBR ISO 9000
A normalização interna também vai se refletir nas relações externas da empresa, ligan-
do entre si: fornecedores, fabricantes, comerciantes, consumidores, prestadores de
serviço e atingindo a sociedade, o governo e os agentes fiscalizadores.
Por isso, pode-se dizer que a normalização interna é básica para a empresa alcançar
níveis superiores de normalização, que obedeçam a organismos de normalização naci-
onais, regionais e internacionais. Entretanto, as normas internas não devem estar em
desacordo com os outros níveis de normalização.
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Interpretando a NBR ISO 9000
Nota:
A ABNT representa oficialmente o Brasil no âmbito da ISO.
• 1947 - Em 23 de fevereiro, início oficial das atividades da ISO, que passa a ter sua
sede em Genebra (Suíça).
Observações:
1. A ISO, na sua fundação, adota três idiomas oficiais: Francês, Inglês e Russo;
2. Vinte e cinco países são considerados fundadores da ISO;
3. O Brasil é um dos vinte e cinco, e é considerado sócio fundador com direito a voto.
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Interpretando a NBR ISO 9000
• 1962 - A ABNT é considerada uma entidade de utilidade pública sem fins lucrativos -
(Lei no 4150, de 21/12/1962).
• 1969 - Criação das AQAP - Normas para sistemas de qualidade, da OTAN (Organi-
zação do Tratado do Atlântico Norte), responsável pela defesa da Europa:
AQAP-1:
Requirements for an Industrial Quality Control System.
(Requisitos para um Sistema de Controle da Qualidade Industrial).
AQAP-4:
Requeriments for an Industrial Inspection System.
(Requisitos para um Sistema de Inspeção Industrial).
Observações:
1. O SINMETRO é constituído de:
• Um órgão normativo, o CONMETRO - Conselho Nacional de Metrologia, Norma-
lização e qualidade Industrial.
• Um órgão executivo, o INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normaliza-
ção e Qualidade Industrial.
2. O SINMETRO, atualmente, está vinculado ao Ministério da Indústria, Comércio e
Turismo.
• 1977 - Vários países europeus haviam desenvolvido normas para a qualidade in-
dustrial, seguindo o modelo da norma AQAP-1, da OTAN.
• 1979 - Publicação da norma para a qualidade BS 5750 - pelo BSI (British Standards
Institute).
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Interpretando a NBR ISO 9000
• 1987 - Publicação, pela ISO, de um conjunto de normas para a qualidade, que pas-
saram ser conhecidas como série ISO 9000. Inicialmente esta série era composta de
5 normas: ISO 9000; ISO 9001; ISO 9002; ISO 9003 e ISO 9004.
• 1993 - Criação, pela ISO, do Comitê técnico TC-207 , com a finalidade de estudar e
elaborar um conjunto de normas relativas às questões ambientais e que deverão
formar a série ISO 14000.
Observações:
1. Foi criado um Comitê Especial de Integração entre os TC-176 e TC-207, visando a
harmonização entre as normas da série ISO 9000 e série ISO 14.000.
Está prevista para 1996, a publicação da primeira norma dessa série, denominada
ISO 14001.
• 1994 - Conclusão da revisão, pela ISO, de algumas normas da série ISO 9000.
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Interpretando a NBR ISO 9000
Neste material didático utiliza-se a norma “NBR ISO 8402 - Gestão da qualidade e ga-
rantia da qualidade - Terminologia - 1994”, que é a tradução para o português da nor-
ma “ISO 8402 - Quality Vocabulary”.
São apresentados apenas os itens da norma NBR ISO 8402 considerados mais im-
portantes para os exercícios de leitura e interpretação.
Estes itens não aparecem na íntegra, foram interpretados, sendo indispensável o uso
da norma original para o completo entendimento dos conceitos.
Não se deve utilizar a palavra qualidade para exprimir (isoladamente) um grau de ex-
celência em avaliações técnicas ou comparativas. Nestes casos é aconselhável utilizar
termos como qualidade relativa quando no sentido comparativo e nível de qualidade,
no sentido quantitativo.
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Interpretando a NBR ISO 9000
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Interpretando a NBR ISO 9000
O cliente pode ser interno (quando pertence à organização) ou externo (quando não
pertence à organização).
Este sistema deve ter uma abrangência que permita a satisfação das necessidades do
cliente e a satisfação das necessidades gerenciais internas da organização.
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Interpretando a NBR ISO 9000
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Interpretando a NBR ISO 9000
Sistemas da qualidade
O que é um sistema
O conceito de sistema já é utilizado pela ciência há muito tempo. As pessoas, em geral,
sempre executaram atividades utilizando intuitivamente noções básicas de sistema.
Entre 1950 e 1968, o biólogo alemão Ludwig Von Bertalanffy, considerado um dos cri-
adores da Teoria Geral de Sistemas (TGS), publicou várias obras onde define um sis-
tema como um conjunto de unidades (partes) inter-relacionadas, formando um todo
orgânico (global) e que tem um propósito (objetivo) a ser atingido.
Um sistema pode ser também entendido como o conjunto formado pela inter-relação
harmônica de processos.
Este conceito global (um todo inter-relacionado) implica em que qualquer estímulo (ou
perturbação), em qualquer parte do sistema, afetará todo o conjunto. Diz-se que há
uma relação de causa e efeito entre todas as diferentes partes do sistema. Este sem-
pre reagirá a qualquer estímulo (em qualquer parte) procurando um reajustamento.
Os sistemas têm uma tendência natural para o desajustamento. Se não houver alguma
ação para neutralizar o desajustamento do sistema, este poderá até desintegrar-se na
busca de um reequilíbrio.
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Interpretando a NBR ISO 9000
As organizações (como indústrias, lojas, escolas, etc.) são criações do ser humano.
Elas têm todas as suas partes inter-relacionadas, e mantém uma interação dinâmica
com o ambiente exterior.
Como as organizações são criações do ser humano e existem para satisfazer necessi-
dades do ser humano, entende-se que elas têm dupla função: uma função técnica, que
leva em conta a coordenação dos trabalhos e uma função social nas suas preocupa-
ções com as pessoas (dos ambientes internos e externos).
Podemos também considerar cada parte (ou unidade) de uma organização (por exem-
plo os departamentos) como sendo um pequeno sistema (ou subsistema) dentro do
sistema maior que é a própria organização. Por esta razão costuma-se muitas vezes
chamar as organizações de sistemas formados por sistemas ou sistemas de sistemas.
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Interpretando a NBR ISO 9000
Nas figuras 4.a, 4.b e 4.c a seguir mostra-se, de forma gráfica, algumas definições. As
explicações das figuras baseiam-se em conceitos da organização como um sistema e
também nos conceitos contidos na norma NBR ISO 8402.
Figura 4.a
Interpretação da figura
Partindo da existência de uma estrutura organizacional consistente e tendo-se uma
gestão da qualidade adequada, descrevem-se os processos e criam-se os proce-
dimentos que orientam a execução das atividades, e provêm-se os recursos necessári-
os para que as atividades possam ser eficiente e eficazmente realizadas.
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Interpretando a NBR ISO 9000
Figura 4.b
Interpretação da figura
A gestão da qualidade é composta das cinco partes que devem estar perfeitamente
inter-relacionadas.
Figura 4.c
Interpretação da figura
Os itens relativos à política da qualidade, planejamento da qualidade, controle da quali-
dade, melhoria da qualidade e garantia da qualidade, são idênticos aos da figura ante-
rior.
Por isso o círculo e o pentágono devem formar uma figura uniforme, harmônica.
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Interpretando a NBR ISO 9000
Histórico
É um fato histórico que as transformações de ordem econômica, tecnológica e social
pelas quais o mundo tem passado e continua a passar neste século, são de tal ampli-
tude que para nós, ao mesmo tempo participantes e observadores, fica difícil analisar
os acontecimentos com total isenção.
Não se pretende aqui criar uma nova versão nem polemizar com as existentes.
Através da leitura da série ISO 9000, é possível concluir que estas normas se funda-
mentam, entre outros, em conceitos de Processos, Sistemas da Qualidade (documen-
tados), Garantia da Qualidade e Gestão da Qualidade.
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Interpretando a NBR ISO 9000
Entre outras podem-se citar as seguintes normas que serviram de base àquele estudo:
a) Normas do Departamento de Defesa, dos E.U.A.:
• MIL-Q-9858-A - norma para sistemas e procedimentos internos para a qualida-
de, documentados.
b) Normas para sistemas da qualidade, da OTAN:
• AQAP-1 - Requisitos para um Sistema de Controle da Qualidade Industrial.
• AQAP-4 - Requisitos para um Sistema de Inspeção Industrial.
c) Norma do BSI, Inglaterra:
• BS-5750 - Normas para Sistemas e Gestão da Qualidade.
Baseada nestes estudos a ISO elaborou e publicou as seguintes normas (os títulos
estão em inglês, como originalmente publicados pela ISO):
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Interpretando a NBR ISO 9000
No Brasil, em 1990, cinco normas foram traduzidas para o português pela ABNT/CB-25
e registradas no INMETRO.
Ano
Ano 1990
1987
Embora a ISO tenha previsto uma revisão das normas após cinco anos da data da pu-
blicação, o uso das normas evidenciou ainda mais a necessidade não apenas desta
revisão mas, também, do acréscimo de normas complementares.
Não é objetivo deste material didático fazer um estudo pormenorizado destas normas, mas
apenas preparar uma visão global para a leitura e interpretação da NBR ISO 9001.
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Interpretando a NBR ISO 9000
A título informativo estão listadas normas da ISO que tratam de sistemas da qualidade,
gestão da qualidade e garantia da qualidade, editadas pela ABNT, em vigor no Brasil,
e também normas em fase de preparação pela ISO.
Família NBR ISO 9000: Todas as normas produzidas pelas comissões de estudo da
ABNT/CB-25.
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Interpretando a NBR ISO 9000
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Interpretando a NBR ISO 9000
ISO DP 10004
Definições, conceitos e exemplos sobre prestação de serviços de utilidade pública.
ISO 9004-5
Diretrizes para planos da qualidade.
ISO 9004-6
Diretrizes para gerenciamento da configuração.
ISO (sem nº )
Economia em qualidade.
ISO 14000
Guia para princípios de gestão ambiental, sistemas e suportes técnicos.
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Interpretando a NBR ISO 9000
ISO 14001
Sistemas de gestão ambiental - especificação com orientação - (publicação prevista
para 1996).
ISO 14010
Diretrizes para auditoria ambiental.
ISO 14011-1
Diretrizes para auditoria ambiental - procedimentos para auditoria - Parte 1: Auditoria
de Sistemas de Gestão Ambiental.
ISO 14011-2
Diretrizes para auditoria ambiental - procedimentos para auditoria - Parte 2: Auditorias
acordadas.
ISO 14012
Diretrizes para auditoria ambiental - Critérios para qualificação de auditores ambientais.
ISO 14014
Diretrizes para revisões ambientais iniciais.
ISO 14015
Diretrizes para avaliações do sistema ambiental.
ISO 14020
Rótulo ambiental - Princípios básicos.
ISO 14021
Rótulo ambiental - Auto-declaração de exigências ambientais - Termos e definições.
ISO 14022
Rótulo ambiental - Símbolos de rotulagem ambiental.
ISO 14023
Rótulo ambiental - Métodos de teste e verificação.
ISO 14031
Avaliação da performance ambiental do sistema de gestão.
Avaliação da performance ambiental do sistema operacional.
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Interpretando a NBR ISO 9000
ISO 14040
Avaliação do ciclo de vida - Princípios gerais e procedimentos.
ISO 14041
Análise do inventário do ciclo de vida.
ISO 14042
Avaliação do impacto do ciclo de vida.
ISO 14043
Melhoria no impacto do ciclo de vida.
ISO 14050
Termos e definições.
ISO 14060
Diretriz para inclusão de aspectos ambientais em produtos normalizados.
ABNT Brasil NBR-ISO 9000 NBR-ISO 9001 NBR-ISO 9002 NBR-ISO 9003 NBR-ISO 9004
DIN Alemanha DIN ISO 9000 DIN ISO 9001 DIN ISO 9002 DIN ISO 9003 DIN ISO 9004
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Interpretando a NBR ISO 9000
Deve-se observar que as denominações das normas estão sujeitas a revisões pelos
respectivos organismos responsáveis.
Como descrito na norma NBR ISO 9000-1, pode-se dizer que essas normas têm, de
modo geral, as seguintes características:
a) São independentes de qualquer setor industrial/econômico;
b) Fornecem diretrizes para a gestão da qualidade e os requisitos gerais para a garan-
tia da qualidade;
c) Descrevem os elementos que convém compor os sistemas da qualidade;
d) Não descrevem como uma organização implementará o seu sistema da qualidade.
Trabalho e processo
Outra característica, é o conceito de que as normas da família NBR ISO 9000 são fun-
damentadas no entendimento de que todo trabalho é realizado por um processo, sen-
do conveniente que esse processo seja uma transformação que agrega valor.
Na norma NBR ISO 9000-1 estes conceitos são mostrados em figuras, como segue.
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Interpretando a NBR ISO 9000
Grupos de interesse
Outro conceito importante na norma NBR ISO 9000-1, é o que descreve uma organiza-
ção (chamada de fornecedor) como tendo cinco grupos de interesse, chamados de
partes envolvidas, e considera ser conveniente a organização atender as expectativas
e necessidades de todas as partes envolvidas.
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Interpretando a NBR ISO 9000
A família de normas NBR ISO 9000 foi elaborada para fornecer diretrizes em gestão,
situações contratuais, aprovação e certificação de sistemas da qualidade.
Quando o produto tem um projeto muito complexo pode haver exigência de certificação
pela NBR ISO 9001, que vai garantir a qualidade desde o atendimento às especifica-
ções do projeto até os serviços associados.
44
Interpretando a NBR ISO 9000
Por exemplo:
Essa situação é muito comum no caso de projetos de caldeiras. Cada caldeira precisa
atender a exigências específicas feitas pelo cliente ao fornecedor. Nesse caso, ela
deve ser coberta pela NBR ISO 9001. Entretanto, nos projetos muito novos, que não
atingiram um certo grau de maturidade, costuma-se adotar a seguinte estratégia: certi-
ficar o sistema pela NBR ISO 9002 para, mais tarde passar para a NBR ISO 9001. Ou
seja, de início a garantia da qualidade só não cobrirá projeto. Quando o projeto for
mais conhecido (amadurecer), a garantia da qualidade poderá ser dada de forma am-
pla (NBR ISO 9001).
O fator economia diz respeito à recomendação de não incluir itens desnecessários para
a obtenção da certificação. Evita-se, assim, o encarecimento do processo e, conse-
qüentemente, do produto.
Além desses fatores que influem na escolha da norma mais adequada da NBR ISO
série 9000, pode-se consultar a tabela de correspondência entre os elementos do sis-
tema da qualidade, que compõe o anexo D da NBR ISO 9000-1/1994.
Essa tabela compara as normas NBR ISO 9001, 9002 e 9003, informando que requi-
sitos estão, ou não, previstos em cada norma e com que grau de rigor: requisito pleno,
requisito menos abrangente que a NBR ISO 9001 e NBR ISO 9002 e elemento não
requerido.
Por exemplo:
A responsabilidade da administração é requisito pleno nas NBR ISO 9001 e NBR 9002
e menos abrangente na NBR 9003.
O controle do processo está previsto com igual rigor nas NBR ISO 9001 e 9002, e é
elemento não requerido na NBR ISO 9003.
A escolha da norma mais conveniente da família NBR ISO 9000, fica condicionada aos
interesses da administração ou das partes envolvidas numa questão contratual. De
modo geral, a predominância tem recaído no aspecto que envolve os interesses das
partes envolvidas em setores industriais/econômicos.
45
Interpretando a NBR ISO 9000
O sistema de garantia da qualidade (família NBR ISO 9000) exige uma série de ações
planejadas e coordenadas para sua implantação. Os itens a seguir são sugestões para
a implantação. Cada organização deve escolher os caminhos mais adequados à sua
realidade.
Comprometimento da administração
O primeiro passo para a implantação é obter suporte da alta administração. Sem o
comprometimento da administração não será possível vencer a resistência que as pes-
soas oferecem às mudanças, pois ele é fundamental para gerar confiança.
É preciso deixar bem claro que não se trata de mais um plano que vai começar e não
vai continuar. Por essa mesma razão, não se deve interromper programas da qualida-
de que já estejam em andamento na empresa. A implantação da família NBR ISO 9000
deve complementar esses programas, desde que sejam compatíveis com os requisitos
da norma a ser implantada.
46
Interpretando a NBR ISO 9000
Um comitê de coordenação poderá ser formado, por exemplo, por um diretor, pelo ge-
rente da qualidade e pelos gerentes das divisões de marketing, produção, tecnologia,
suprimentos e recursos humanos.
Conscientização
A comunicação e a conscientização são fundamentais para o processo de mudança. É
importante promover seminários de conscientização, antes de implantar os procedi-
mentos da qualidade.
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Interpretando a NBR ISO 9000
Diagnóstico
Depois dessa seleção, é necessário verificar como está a situação da empresa com
relação a cada um dos itens previstos na norma escolhida. Deve-se fazer, portanto, um
diagnóstico para obter um retrato atual da empresa em termos de organização, proces-
sos e produtos.
Treinamento
Em uma primeira etapa, deverá ser estabelecida uma base conceitual comum a todos
os funcionários/colaboradores da empresa. A base conceitual vai levar a todos a filo-
sofia e os princípios da qualidade adotados pela empresa.
É importante que todos falem a mesma linguagem. Para isso, é preciso considerar que
as pessoas não têm a mesma vivência e capacidade de abstração.
Grupos de trabalho
A mola propulsora da melhoria da empresa é o comprometimento de seus funcionários.
Comprometimento só acontece quando há espaço para a participação. E a participa-
ção dá mais resultados quando ocorre em grupos de trabalho.
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Interpretando a NBR ISO 9000
Esses grupos serão orientados pelo comitê de coordenação. Sua tarefa será a de ela-
borar os procedimentos correspondentes a cada requisito da norma da família NBR
ISO 9000 selecionada pela empresa.
Documentação
Juntamente com a norma selecionada, utilizam-se as normas NBR ISO 9004-1 até a
NBR ISO 9004-4, pois suas informações são mais detalhadas para a implementação
do sistema de gestão da qualidade.
O manual da qualidade fornece uma descrição adequada do sistema da qualidade,
servindo como referência permanente para sua implementação e manutenção. O ma-
nual vai determinar como cada item da norma da família NBR ISO 9000 selecionada
será atendido pelo sistema da qualidade da empresa.
Procedimentos documentados
Com base no manual da qualidade, cada uma das grandes atividades da empresa terá
um procedimento documentado.
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A elaboração dos procedimentos deve ser feita por pessoas envolvidas com as tarefas
e durante o horário de trabalho. Não devem ser contratados elementos externos para
escrever os procedimentos, pois deste modo a aceitação será muito difícil.
Todos os documentos deverão ser verificados e ter sua aprovação feita por pessoal
credenciado, de forma a tornar seu uso obrigatório na empresa.
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Entretanto, auditoria não significa inspeção e, por isso, a NBR ISO 10011-1 - Diretrizes
para auditoria de sistemas de qualidade prevê que os auditores “de preferência traba-
lhem em cooperação com o pessoal dessas áreas (auditadas)”.
Após cada ciclo de auditorias internas, cobrindo todas as atividades, deverá ser feita a
revisão geral do sistema da qualidade.
No seu dia-a-dia, a empresa terá condições de testar e reformular seu sistema da qua-
lidade de maneira a deixá-lo sempre ágil e adequado às suas necessidades (satisfação
do cliente e sobrevivência da empresa).
A certificação
Um certificado é um documento escrito, formal, que uma organização (chamada de
fornecedor) recebe, após ter sido submetida a uma avaliação.
Esta avaliação é feita através de auditorias, que podem ser externas ou internas.
A auditoria externa pode ser realizada de duas maneiras: pelo cliente junto ao forne-
cedor ou por uma organização independente do cliente e do fornecedor.
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a
Auditoria de 1 parte
Quando é realizada por auditores internos (pertencentes aos quadros da organização);
ou por auditores contratados para efetuar a avaliação no interesse da própria organi-
zação.
a
Auditoria de 2 parte
Quando é realizada pelo cliente em seu fornecedor; tem como objetivo a qualificação
ou aprovação para situações contratuais entre cliente e fornecedor.
Auditoria de 3a parte
Quando realizada por uma organização independente e credenciada, tendo como ob-
jetivo avaliar o sistema da qualidade, o produto ou o processo do fornecedor.
A certificação pela série ISO 9000 (ou família NBR ISO 9000) ocorre somente através
de auditorias de 3a parte.
Importante observar que a posse de um certificado ISO 9000 não obriga o cliente a
aceitar os produtos fornecidos. Apesar do certificado ele pode exigir (em contrato) a
a
execução de auditorias de 2 parte e/ou outros critérios para aceitação dos produtos.
O certificado tem validade em geral de três anos. Neste período a empresa passa por
a
auditorias de 3 parte, periódicas, e ao fim deste período passa por uma reavaliação
ampla.
a) Organismos de credenciamento
São ligados aos governos dos diferentes países e têm autoridade para avaliar organis-
mos de certificação, credenciando-os, a nível regional, para auditar e certificar a con-
formidade dos sistemas, processos ou produtos de fornecedores, com os requisitos das
normas da série ISO 9000, ou com algum outro padrão preestabelecido.
No Brasil:
INMETRO
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial.
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No Reino Unido:
NACCB.
National Accreditation Council of Certification Bodies.
Nos Estados Unidos:
USRAB.
United States Register Accreditation Board.
Operam nos diferentes países (onde são aceitos) como agentes certificadores da
conformidade de sistemas, processos ou produtos.
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Os itens a seguir têm a mesma numeração e os mesmos títulos com que aparecem na
norma NBR ISO 9001.
Deve ficar bem estabelecida a autonomia que as pessoas encarregadas terão para
iniciar a acompanhar ações de prevenção ou correção de não-conformidade.
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A norma assinala que essas análises têm de ser registradas e executadas com base
em procedimentos documentados.
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Tudo isso requer documentação, análises críticas periódicas, verificação dos requisitos
de entrada do projeto, comparação dos dados resultantes de projeto com esses requi-
sitos de entrada e identificação de características do projeto que são críticas para que
o produto venha a ter um funcionamento correto e seguro.
Há, portanto, uma série de cuidados que os projetos necessitam para a sua verifica-
ção, controle, alteração e documentação.
A norma sugere quatro alternativas diferentes para verificar um projeto: análises críti-
cas de projeto, ensaios de qualificação e demonstração, cálculos alternativos e com-
paração com projeto similar já aprovado e disponível.
4.6 Aquisição
Esta cláusula da norma refere-se aos serviços, mão-de-obra, matéria prima e compo-
nentes adquiridos pelo fornecedor para a elaboração de seus produtos.
Esses insumos devem estar de acordo com requisitos específicos. A norma indica as
informações que a ordem de compra deve apresentar para que eles estejam clara-
mente definidos e sua aquisição possa ser liberada.
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Há processos cujos resultados não são percebidos de forma direta no produto acaba-
do, mas que podem aparecer durante o uso do produto. Nesses casos, a norma desta-
ca a necessidade de monitoração especial, feita por pessoal qualificado.
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Em diversas etapas devem ser feitas verificações (inspeções) segundo o plano da qua-
lidade ou procedimentos documentados. Os ensaios finais são feitos antes da expedi-
ção do produto acabado, de modo que só seja liberado se sua conformidade estiver
completamente evidenciada.
O cliente ou seu representante deve ter acesso a essas informações, para verificar se
o fornecedor tem a competência exigida.
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e registradas; é desse modo que as ações corretivas e preventivas irão contribuir para
a revisão e melhoria do sistema da qualidade.
Os registros devem demonstrar que a qualidade requerida foi alcançada pelos produ-
tos. Devem comprovar, também, que o sistema da qualidade está funcionando de ma-
neira eficaz.
De uma forma geral, as auditorias internas devem ser repetidas periodicamente. Seus
resultados devem ser documentados e levados ao conhecimento de quem tenha res-
ponsabilidade sobre a área auditada, para que desencadeie as ações corretivas ne-
cessárias.
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4.18 Treinamento
Os treinamentos devem ser feitos sempre que se detectar, através de procedimentos
documentados para identificação de necessidades de recursos humanos, carências na
qualificação do pessoal e que afetam a qualidade. Esses treinamentos devem ser re-
gistrados.
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