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Ecologia

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HISTÓRIA DOS INDIVÍDUOS E SUA RELAÇÃO COM O MEIO AMBIENTE

Nome do estudante: Helena Ndege

Código do estudante: 96231176

Lichinga, aos Março de 2024

1. Introdução

A história ambiental é um campo de estudo interdisciplinar que examina a relação entre os


seres humanos e o meio ambiente ao longo do tempo. Este campo explora como as atividades
humanas impactam o ambiente e, reciprocamente, como as mudanças ambientais influenciam
as sociedades humanas. A interação entre cultura, economia e ecologia é fundamental para
entender as transformações ambientais e sociais. Assim sendo, o presente trabalho tem como
o objetivo principal de analisar a interação histórica entre os indivíduos e o meio ambiente,
destacando como essa relação moldou as sociedades e os ecossistemas ao longo do tempo.

1.1. Objetivos Específicos

 Examinar as contribuições teóricas sobre a história ambiental;

 Descrever a história dos indivíduos e sua relação com o meio ambiente;

 Relacionar as diversas interações entre os humanos e a natureza.

1.2. Metodologia

A metodologia deste estudo será baseada em uma revisão bibliográfica detalhada das obras
principais de autores destacados na história ambiental. Serão analisados textos acadêmicos,
livros e artigos que abordam as interações entre seres humanos e o ambiente. A pesquisa
bibliográfica permitirá uma compreensão profunda das teorias e conceitos chave, fornecendo
uma base sólida para a análise histórica. Além disso, a revisão crítica das obras permitirá
identificar padrões e temas recorrentes nas relações entre indivíduos e o meio ambiente,
contribuindo para uma análise abrangente e integrada.
2. História dos Indivíduos e sua relação com o meio ambiente

A história ambiental é uma área interdisciplinar que analisa como as atividades humanas
impactam o ambiente e, reciprocamente, como as mudanças ambientais influenciam as
sociedades humanas. Donald Worster é um dos pioneiros nesse campo e destaca que a história
ambiental deve considerar três níveis de análise: a natureza como uma entidade biológica e
física, a economia de subsistência e o modo como a cultura organiza a relação com o
ambiente (Worster, 1990).

Neste ponto de vista, o ambiente é visto como algo que está fora do alcance do ser humano.
Nesse caso, o foco seria examinar como os sistemas naturais funcionam. Alternativamente,
podemos considerar o homem e o ambiente como parte de uma única área, em que a
compreensão mais importante é baseada nos processos naturais.
O "conjunto dos agentes físicos, químicos, biológicos e socioeconômicos que podem ter efeito
direto ou indireto, imediato ou a longo prazo, sobre os seres vivos e as atividades humanas" é
conhecido como meio ambiente. O ambiente é, portanto, um espaço complicado que inclui o
ar, o solo, a água, as plantas, os animais, os humanos e todas as condições econômicas e
sociais que impactam o ambiente.

A vida, especialmente a dos seres humanos, depende desse ambiente, afirma Escobar (2014,
p. 32). Todas as construções, equipamentos, estruturas e objetos construídos pelo homem
estão incluídos nele, bem como sólidos, líquidos, gases, odores, cores, calor, sons, vibrações,
radiações e todas as ações que decorrem de atividades naturais e humanas. Portanto, o meio
ambiente é sempre afetado, o que requer atenção, consideração e conhecimento.

Portanto, é onde ocorrem as atividades humanas, animais e vegetais, proporcionando


condições para essa dinâmica natural e social. Esses são espaços que passam por constantes
transformações, com diferentes formas de apropriação, variados usos, degradações ou,
conforme regulamentações, exigem conservação e preservação.

Devido à sua maior capacidade de raciocínio, maior densidade populacional concentrada e,


principalmente, pelo fato de o ser humano trabalhar na natureza para satisfazer suas
necessidades sociais e não apenas para sobreviver, a espécie humana interage com a natureza
de maneira muito mais intensa do que outros animais. Conforme as complexidades culturais,
socioeconômicas e sociais das sociedades aumentam, essas necessidades, que muitas vezes
são supérfluas, aumentam.
Assim, como afirma Albuquerque (2007), a ação humana sobre a natureza é distinta da ação
dos animais (que consomem de maneira instintiva, homogênea e regular), e tem várias
motivações sociais. Pádua dá o exemplo de um palácio luxuoso que consome muitos recursos
naturais e cujo objetivo não é apenas atender às necessidades básicas de sua população. "A
decisão de construí-lo envolve uma variedade de fatores sociais complexos, como padrões
culturais, sistema político, mecanismos de dominação social, símbolos de status, etc." (Pádua,
2004, p.29).

O impacto humano na natureza é muito mais forte do que se fosse limitado apenas às
necessidades físicas devido a esse conjunto de fatores. A ação humana é socialmente
determinada e varia historicamente de acordo com o modo de produção, a estrutura de classes,
a tecnologia disponível e a cultura de cada sociedade. Isso é o que diferencia a ação humana
da natureza da ação dos outros animais. Ainda assim, embora as necessidades humanas sejam
construídas socialmente, a probabilidade de satisfazê-las depende da disponibilidade
suficiente de recursos naturais. "O termo "recursos naturais" refere-se aos elementos da
natureza em relação ao seu potencial de uso pelos seres humanos. :40). Assim, o homem
trabalha com a matéria natural para satisfazer suas necessidades.

Devido ao fato de envolver a subjetividade humana, o desafio de estabelecer conexões entre o


ser humano e a natureza é difícil, de acordo com Tuan (2012). No entanto, é conhecido que
atitudes, valores e percepções não podem ser excluídos. Em psicologia ambiental, pesquisas,
questionários e entrevistas podem ajudar a entender como as pessoas percebem seu mundo e
como as culturas afetam o significado de uma cidade e do ambiente.

Nesse contexto, a história da relação entre os indivíduos e o meio ambiente é longa, complexa
e marcada por constantes mudanças. Ao longo dos tempos, os humanos interagiram com a
natureza de diversas maneiras, desde a caça-coleta até a agricultura industrializada e a
urbanização em larga escala. Cada uma dessas fases da história humana teve um impacto
profundo no meio ambiente, tanto positivo quanto negativo. Deste modo, são descritos abaixo
as diversas interações entre os humanos e a natureza:

Primeiros Povos e Harmonia com a Natureza:

Os primeiros povos viviam em estreita harmonia com o meio ambiente. Sua subsistência
dependia da caça, da pesca e da coleta de alimentos silvestres, o que os obrigava a ter um
profundo conhecimento dos ciclos naturais e a respeitar os limites dos ecossistemas. Essa
relação simbiótica com a natureza era frequentemente expressa em suas crenças culturais e
espirituais.

Advento da Agricultura e Crescimento Populacional:

Com o advento da agricultura, os humanos começaram a domesticar plantas e animais, o que


permitiu o desenvolvimento de assentamentos permanentes e o crescimento populacional.
Essa mudança também levou ao desmatamento, à irrigação e a outras práticas que
modificaram significativamente o meio ambiente.

Revolução Industrial e Impacto Ambiental:

A Revolução Industrial acelerou ainda mais a transformação da relação entre humanos e


natureza. O uso de combustíveis fósseis, a manufatura em larga escala e o transporte
motorizado causaram uma poluição generalizada e o esgotamento dos recursos naturais. O
impacto ambiental dessa era se intensificou nas décadas seguintes, levando à crise ambiental
que enfrentamos hoje.

Conscientização Ambiental e Movimentos Sustentáveis:

Nas últimas décadas, tem crescido uma consciência cada vez maior dos problemas ambientais
causados pela atividade humana. Essa consciência deu origem a diversos movimentos sociais
e iniciativas que defendem a sustentabilidade e a proteção do meio ambiente.

Desafios e Esperanças para o Futuro:

A relação entre indivíduos e o meio ambiente é hoje mais complexa do que nunca.
Enfrentamos desafios como as mudanças climáticas, a perda de biodiversidade e a escassez de
recursos. No entanto, também existem motivos para a esperança. O crescimento da
consciência ambiental, o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis e o compromisso de
governos e empresas com a sustentabilidade demonstram que é possível construir um futuro
mais verde e próspero para todos.

3. Conclusão

A relação entre os indivíduos e o meio ambiente é um tema complexo e multifacetado que


abrange diversas disciplinas e perspectivas históricas. A história ambiental, ao integrar
elementos da ecologia, economia e cultura, oferece uma visão abrangente de como as
atividades humanas têm moldado e sido moldadas pelo ambiente natural ao longo do tempo.

Assim sendo, este estudo evidencia que a relação entre os indivíduos e o meio ambiente é
dinâmica e bidirecional: enquanto as atividades humanas impactam o meio ambiente, as
mudanças ambientais influenciam profundamente as sociedades humanas. Compreender essa
interdependência é essencial para abordar os desafios ambientais atuais e futuros. A história
ambiental, ao fornecer insights sobre essas interações, contribui para o desenvolvimento de
políticas e práticas mais sustentáveis, promovendo uma coexistência harmoniosa entre os
seres humanos e o ambiente natural.
4. Referências Bibliográficas

Albuquerque, B. P de. (2007). As relações entre o homem e a natureza e a crise sócio-


ambiental. Rio de Janeiro, RJ.

Escobar. M. L. (2014). As Rinhas de Galo na Paraíba: Aspectos Histórico-Legais e a Falta


de Proteção aos Animais. Tese. Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais. UFCG.

Pádua, J. A; Lago, A. (2004). O que é ecologia. Editora Brasiliense: Coleção Primeiros


Passos. São Paulo.

Tuan, Y. (2012). Topofilia – um estudo de percepção, a tudes e valores do meio ambiente.


Londrina, PR: Eduel.

Worster, D. (1990). Transformations of the Earth: Toward an Agroecological Perspective in


History.

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