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IeMovimento Abolicionista No Brasil 2024 3º Ano

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Movimento abolicionista

No Brasil
O movimento abolicionista atuou durante grande parte do Segundo Reinado,
mas ganhou força na década de 1870 e contribuiu para a abolição da
escravatura no Brasil em 1888.

O movimento abolicionista chegou a atuar, até mesmo, contra a venda de


escravos no Brasil.
A abolição da escravatura no Brasil foi uma conquista tardia e que aconteceu no dia 13
de maio de 1888, com a assinatura da Lei Áurea. Esse acontecimento foi resultado de intensa
mobilização popular para que a escravidão dos negros deixasse de existir no país. Essa
mobilização fez parte do movimento abolicionista que agrupou pessoas de diferentes
classes da sociedade contra a escravidão.
1.Movimento abolicionista no século XIX
O movimento abolicionista, que surgiu no século XIX, teve papel fundamental na
aprovação da Lei Áurea, em 1888. Esse movimento reuniu pessoas de diferentes grupos da
sociedade que agiram de diferentes maneiras para defender o fim da escravidão dos negros
no Brasil. Dentro do movimento abolicionista está também a resistência dos escravos.
O movimento abolicionista ganhou força no Brasil a partir da década de 1870 e isso é
bem exemplificado com o fato de que, entre 1868 e 1871, surgiram no país 25 associações
que defendiam a abolição|1|. Nesse período, as formas como esses grupos agiam contra a
escravidão eram diversas. O crescimento da pauta abolicionista ocorreu inclusive na política
brasileira, embora a resistência ainda fosse grande.
Essas associações reuniam pessoas que debatiam estratégias e que atuavam
publicamente na defesa do abolicionismo. Essas associações reuniam pessoas que tiveram
papel destacado na defesa da abolição
como André Rebouças, Luís Gama, José do Patrocínio, Abílio César Borges, Joaquim Nabuco
, entre outros.
As associações continuaram crescendo nas décadas de 1870 e 1880 e somente entre
1878 e 1885 surgiram no Brasil 227 associações abolicionistas no país|2|. Essas associações
abolicionistas organizavam conferências que debatiam a causa, realizavam eventos públicos,
incentivavam escravos a fugir, abrigavam escravos fugidos, transportavam os fugidos para
locais mais seguros etc.
Existiam abolicionistas e associações que redigiam folhetos e os divulgavam
publicamente como foi o caso de “O abolicionismo”, redigido por Joaquim Nabuco, em 1883.
Os jornais também foram um recurso importante na divulgação da causa, e jornais como A
Abolição, O Federalista e o Jornal do Commercio publicavam textos com artigos pró-abolição.
O movimento abolicionista ganhou duas facetas no século XIX: uma que agia pelas vias
legais e outra radical, que agia por meio de ações ilegais (de acordo com a lei da época).
Entre as ações legais estavam a distribuição de panfletos, publicação de artigos, realização de
eventos públicos, abertura de ações na Justiça etc. Entre as ações ilegais estavam as ações de
desobediência civil contra a escravidão.
Os abolicionistas incentivavam os escravos a fugir e os auxiliavam dando-lhes abrigo ou
transportando os fugidos para estados como o Ceará (que aboliu a escravidão em 1884), ou
quilombos que ficavam nas redondezas do local que atuavam.
Foram organizados ataques de abolicionistas que “roubavam” os escravos e depois os
levavam para locais seguros e os libertavam. |Houve até casos em que grupos abolicionistas
defenderam um levante armado pelo fim da escravidão.
Entre as associações abolicionistas, a de maior destaque foi a Confederação
Abolicionista, criada em 1883 por José do Patrocínio e André Rebouças, que defendia a
abolição sem indenização para os donos de escravos. A Confederação Abolicionista teve
papel de suma importância e coordenou a campanha pela libertação dos escravos em nível
nacional.
Na década de 1880, as fugas e as revoltas de escravos tornaram-se comuns no Brasil e foram
apoiadas pelos abolicionistas.
A atuação do movimento abolicionista incentivava os escravos a se rebelarem contra
seus senhores, e inúmeros relatos nos mostram que a ação dos escravos passou de fugas
individuais para fugas coletivas e constantes como forma de pressionar seus donos. Havia
também revoltas de escravos contra seus senhores, que resultavam na morte de seu dono e
de sua família.
As ações dos escravos, nesse contexto, foram enxergadas pelo historiador Walter
Fraga como rebeldia antissistêmica, isto é, a ação dos escravos visava a romper com o
sistema escravista e a conquistar a sua liberdade. Essa ação acontecia, porque os escravos
perceberam que a ação do movimento abolicionista enfraqueceu a instituição da escravidão
no país|4|.
Muitos dos escravos que fugiam reuniam-se em quilombos, e locais, como Rio de
Janeiro e Santos, ficaram cercados por vários quilombos que sugiram a medida que os
escravos fugiam. Um desses quilombos – o Quilombo do Leblon – ficou conhecido por ter
“criado” o símbolo do abolicionismo no Brasil: a camélia branca. Essa flor tornou-se símbolo
da causa e portá-la em broche ou cultivá-la em casa tornou-se sinal de apoio ao
abolicionismo.
No longo prazo, a junção do movimento abolicionista à resistência dos escravos
conseguiu forçar o Império para que fosse aprovada a Lei Áurea, em 13 de abril de 1888, que
decretou a abolição da escravatura de maneira imediata e sem indenização.

Leis abolicionistas
Conforme o movimento abolicionista ganhava força na política brasileira, as mudanças
iam acontecendo, mas de maneira lenta. No interesse de estender a escravidão vigente o
máximo possível, os escravocratas defendiam uma transição gradual e, para isso, as leis
abolicionistas tiveram um peso importante, pois garantiram essa gradualidade na transição.
Ao longo do período 1850-1888, ou seja, o período entre a Lei Eusébio de Queirós e a Lei
Áurea, foram aprovadas duas leis abolicionistas: a Lei do Ventre Livre, de 1871 e
a Lei dos Sexagenários, de 1885. Cada uma das leis, decretava o seguinte:
 Lei do Ventre Livre (1871): declarava que todo filho de escrava nascida a partir de
1871 seria livre depois de um certo período de tempo. Segundo essa lei, o filho da
escrava poderia ser liberto com oito anos e o dono receberia uma indenização de 600
mil réis ou, então, ele poderia ser liberto aos vinte e um anos, e o dono não receberia
indenização.
 Lei dos Sexagenários (1885): declarava que todo escravo com mais de sessenta anos
seria liberto depois de trabalhar por três anos como forma de indenização.
Quais foram os líderes do movimento abolicionista?
O movimento abolicionista não contou com a liderança de uma pessoa na articulação da
causa como um todo, mas contou com o envolvimento e liderança de diferentes pessoas que
atuaram de diversas maneiras, em diferentes espaços e regiões. Entre essas pessoas
podemos destacar os seguintes nomes:
 Joaquim Nabuco: abolicionista que tentou conquistar o apoio de abolicionistas
europeus e era defensor da realização de reforma agrária após a abolição.
 André Rebouças: engenheiro e negro que foi tesoureiro da Confederação
Abolicionista.
 José do Patrocínio: negro e jornalista que redigiu o manifesto da Confederação
Abolicionista.
 Luís Gama: negro, vendido como escravo pelo pai. Após conquistar a sua liberdade,
tornou-se jornalista e rábula (advogado sem formação).
|1| ALONSO, Angela. Processos políticos da abolição. In.: SCHWARCZ, Lilia Moritz e GOMES, Flávio (orgs.).
Dicionário da escravidão e liberdade. São Paulo: Companhia das Letras, 2018, p. 359.
|2| Idem, p. 360.
|3| FRAGA, Walter. Encruzilhadas da liberdade: histórias de escravos e libertos na Bahia (1870-1910). Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2014, p. 49-50.
|4| Idem, p. 84.

Fonte:

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