Artigo 5º Constituição Federal Comentada por Amanda Nonn
TÍTULO II
CAP ÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Ar t. 5 º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituiç ão; Homens e mulher es
serão tratados pela Constituição de forma igualitária, não havendo distinção entre os sexos.
II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer a lguma coisa senã o em virt ude de lei ; Ninguém está
autorizado a obrigar ninguém a não ser determinado por lei.
III – ninguém será submetido a tortura nem a tratame nto de suma no ou de gr adant e; É gar antido a todos a
integridade física e psíquica.
IV – é livr e a man ifestaç ão do pensamento, sendo v edado o anonimato; Desde que haja a identificação, é
autorizada qualquer manifestação de pensamento.
V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à
imagem; É autorizado o pedido de indenização a outrem por qualquer pessoa que tenha um prejuízo material ou a
sua imagem.
VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos re ligiosos e
gar antida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias; Cada um pode escolher livr emente a
sua religião
VII – é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistênc i a re ligiosa nas e ntidade s c ivis e m ilitar es de
internação coletiva; É direito receber assistência religiosa, independente de onde estejam internados.
VIII – ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se
as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alter na tiva, fix ada
em lei; Não se pode privar alguém de seus direitos por razões r eligiosas. No entanto, não pode utilizar a religião
como uma razão de descumprimento da lei, ou extinção de punibilidade.
IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicaç ão, indepe ndent em ent e de
c ensura ou licença; Todos podem manifestar seus pensamentos através dos meios de comunicação etc, não sendo
necessária prévia autorização para isso.
X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização
pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; À pessoa que se sentir lesada em r elaç ão a intimidade,
vida privada, honra e imagem é garantido o direito de ingressar com ação judicial para pleitear a devida
indenização.
X I – a c asa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador , sa lvo
em c aso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinaç ã o judic ial; A
ninguém é permitido entrar na casa de outrem sem consentimento, a não ser durante o dia por mandado judicial,
para prestar socorro ou por cometimento de crime.
X II – é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações te legr áfic as, de dados e das com unicaç õe s
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer par a fins de
investigação criminal ou instrução processual penal; Não é autorizado abrir correspondênc ia alheia, ne m ouvir
conversas por telefone, inclusive acessar dados pessoais de uma pessoa a não ser que seja determinado pelo juiz
para ajudar na investigação de um crime ou obtenção de provas em um processo penal.
X III – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei
estabelec er ; O individuo é livre para escolher qualquer profissão, entr etanto a lei pode exigir certos requisitos
antes do exercício de algumas atividades, como a aprovação na OAB para exercer a advocacia.
X IV – é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exe r cíc io
pr ofissional; Todos têm o direito de ter acesso às informações, e quando necessário é resguardado o direito de
manter a fonte em sigilo visando a segurança.
X V – é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele
entr ar , per manec er ou dele sair c om seus bens; Todos podem se locomover livremente dentro do território
brasileiro com seus bens, nos termos da lei.
X VI – todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao públic o, indepe ndent em ent e de
autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, s endo ape nas
exigido prévio aviso à autoridade competente; As pessoas podem se reunir em lugar es públic os de sua c idade,
desarmadas, mas antes da reunião, a autoridade competente deve ser avisada para que não atrapalhe uma
possível reunião anteriormente marcada.
X VII – é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter para milit ar; Todos podem c r iar e
participar de agrupamentos, contanto que não pratiquem atos ilícitos.
X VIII – a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo ve dada a
interferência estatal em seu funcionamento; Desde que respeitada a lei correspondente, a criação desses gr upos
independem de autorização do Estado.
X IX – as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensa s por de c isão
judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; Somente poderão ser suspensas essas atividades após
todos os tramites do processo.
X X – ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; Ninguem poderá ser obr igado a se
associar ou permanecer associado, se não for de sua vontade.
X X I – as entidades associativas, quando expressamente aut orizadas, têm legitimidade para representar seus filiados
judic ial ou extr ajudic ialmente; As associações podem representar pessoas físicas por trás dela, desde que haja
documento autorizando expressamente.
X X II – é garantido o direito de propriedade; Quando uma pessoa se torna proprietária de algo , pode fazer o que
quiser com a propriedade, dentro dos limites da lei.
X X III – a propriedade atenderá a sua função social; A propriedade deve estar dentro dos limites legais.
X X IV – a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por nec e ssida de ou utilidade pública , ou por
interesse social, mediante justa e pr évia inde nizaç ão e m dinhe iro, r e ssalvados os ca so s pr evistos nest a
Constituição; Se houver interesse do governo de tomar posse de uma propriedade para fins de utilidade publica ou
necessidade, este deve avisar o proprietário do bem e indeniza-lo, salvo nos casos previstos na CF.
X X V – no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poder á usar de propr ieda de par tic ular ,
assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; Em caso de algum risco público, o gover no pode
utilizar uma propriedade particular, garantindo indenização para possíveis perdas e danos.
X X VI – a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não ser á objet o de
penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobr e os me ios de
financiar o seu desenvolvimento; Se uma propriedade rural pequena for utilizada para labor pela família, esta não
poderá ser objeto de penhora por dividas decorrentes de seu cultivo, existindo lei especifica para o devido
financiamento.
X X VII – aos autores pertence o direito e xc lusivo de ut ilizaç ão, public aç ão ou r epr od ução de suas obras ,
tr ansmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; Apenas o autor de uma obra poderá utiliza -la, public a-la,
reproduzi-la, sendo passados os mesmos direitos para seus herdeiros.
X X VIII – são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras colet ivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inc lus ive
nas atividades desportivas; Outro inciso que garante a proteção ao criador ou inventor de uma obra.
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que c riar e m ou de que par tic ipar em aos
c r iadores, aos intérpretes e às respectivas re pre se ntaç õe s sindica is e a ssoc iativas ; É dir eito das pessoas
supracitadas fiscalizar a forma como outras pessoas ou empresas ganham dinheiro com as obras que eles criaram e
ajudaram a construir.
X X IX – a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilizaç ão, bem com o
pr oteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distint ivos,
tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País; A lei assegura aos autor es
de inventos industriais o direito temporário de utilizar sua criação com exclusividade e a proteção ao que a
indústria criar visando o interesse e desenvolvimento econômico de determinada região ou país.
X X X – é garantido o direito de herança; Quando alguém morre o seu patrimônio é transferido para o herdeiro legal,
tendo este o direito de recebê-la.
X X XI – a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge
ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do “de cujus”; A tr ansfer ênc ia de
bens estrangeiros que estão no Brasil será regulada pela lei brasileira em favor do cônjuge ou dos filhos brasileiros,
salvo se a lei estrangeira for melhor para quem vai receber os bens, passando esta a ser utilizada.
X X XII – o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; O governo irá promover (o que já oc or r eu)
uma lei para garantir os direitos do consumidor.
X X XIII – todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de int er es se
c oletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo
seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; (Regulamento) Todos têm direito a receber dos ór gãos
públicos informações particulares, ou do interesse de um grupo. Essas informações serão dadas para nós no prazo
estabelecido pela lei, sob pena de responsabilização. A não ser que o fornecimento dessas informações possa de
alguma forma colocar em risco a segurança da sociedade e do Estado.
X X XIV – são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: Para usufruir de tais direitos não é
necessário o pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; Todos
têm o direito de fazer um pedido para a autoridade competente para defender seus direitos, contra ilegalidades ou
contra abusos de poder.
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defe sa de direitos e e sc lare c ime nto de situaç õe s de
inter esse pessoal; É o direito de retirar certidões em repartições publicas, para a defesa de direitos e
esclarecimento de situações de interesse particular.
X X XV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a dire ito; A lei não pode r etir ar do
Judiciário o poder de analisar e julgar lesão ou ameaça a direito das pessoas.
X X XVI – a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; A lei, mesmo que oc or r a
uma mutação não poderá prejudicar o direito que já foram conseguidos, os atos e negócios que estão feitos de
acordo com a lei e os casos que já foram julgados e decididos, portanto não retroage nesse aspecto.
X X XVII – não haverá juízo ou tribunal de exceção; O individuo só está sujeito a condenação nos limites do poder
judiciário.
X X XVIII – é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: A lei assegura para o
júri:
a) a plenitude de defesa; O réu pode utilizar todos os meios legais a fim de provar sua inocência
b) o sigilo das votações; As votações serão secretas
c ) a soberania dos veredictos; as decisões dos jurados não podem ser modificadas.
d) a c ompetência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; O júri é competente para julgar c r imes que
atentam dolosamente contra a vida, o bem mais precioso tutelado pelo Direito.
X X XIX – não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; Só existe c r ime e pena
se estes estiverem descritos no ordenamento jurídico.
X L – a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; A lei em principio não retroage, somente em c asos que
beneficiem o réu.
X LI – a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais; A lei irá punir qualquer
ato discriminatório que atente contra os direitos e liberdades fundamentais.
X LII – a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos ter m os da
lei; O racismo é crime inafiançável, sendo ainda um dos poucos que não prescrevem.
X LIII – a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícit o
de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por e les r e spondendo os
mandantes, os executores e os que, podendo evitá -los, se omitirem; A lei considera como crimes inafianç áveis e
que não podem ser perdoados a tortura, o tráfico de drogas, o terrorismo e os crimes definidos como hediondos ,
respondendo por eles seus autores, mandantes ou pessoas que se omitiram.
X LIV – c onstitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militar e s, c ontr a a or dem
c onstitucional e o Estado Democrático; Constituem crimes inafiançáveis os cometidos por gr upos que atentam
contra o Estado.
X LV – nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do
per dimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles exec utadas , at é o lim ite do
valor do patrimônio transferido; A pena que um condenado deve cumprir não poderá passar par a o utr a pessoa,
mas o dever de pagar o prejuízo pelo crime e a perda de bens podem passar, de acordo com a lei, para os herdeiros
do condenado, que pagarão a dívida só até o limite do valor dos bens que receberam em herança.
X LVI – a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: Existe lei regulamentando as
penas, mas entre outras destacam-se:
a) pr ivação ou restrição da liberda de; Perda ou restritivas da liberdade.
b) perda de bens; Bens confiscados ou transferidos.
c ) multa; pagamento pecuniário
d) prestação social alternativa; Prestação de serviços para a comunidade.
e) suspensão ou interdição de direitos; direitos suspensos ou impedidos.
X LVII – não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; Proibido a aplicação de pena de mor te
no Brasil, salvo em caso de guerra declarada, nos termos da lei.
b) de caráter perpétuo; Que dure para sempre.
c ) de trabalhos forçados; Não existe uma pena de trabalhos forçados.
d) de banimento; Que expulse um brasileiro do país.
e) c r uéis; Penas de agressão física ou moral
X LVIII – a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sex o
do apenado; O local onde será cumprida a pena será determinado de acordo com o tipo de crime, idade e sexo do
condenado.
X LIX – é assegurado aos presos o respeito a integridade física e moral; Os presos têm direito de serem respeitados,
sendo proibidas as agressões físicas e morais.
L – às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de
amamentação; É garantido que durante o período de amamentação a lactante poderá ficar com o filho.
LI – nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em c aso de cr ime c omum , pr atic ado ant es da
naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da le i;
Nenhum brasileiro poderá ser entregue para um país estrangeiro para neste ser julgado. Somente no caso de ser
brasileiro naturalizado e ter praticado o crime antes desta naturalização ou se for comprovado a participação no
tráfico de drogas, entorpecentes e afins, previsto em lei.
LII – não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião; O estrangeiro não será enviado
a outro país pelo cometimento de crime político ou de opinião.
LIII – ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade c om pet ent e; O individuo só pode ser
processado e julgado por autoridade competente para tanto.
LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; A liberdade das pessoas ou
seus bens só serão privados da mesma com o devido processo legal.
LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório
e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; É assegurado o principio do c ontr aditór io e da ampla
defesa, desde que utilizados com os meios a ela inerentes.
LVI – são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; Provas obtidas ilicitamente não poder ão
ser utilizadas.
LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal c ondena tór ia; Todos são
considerados inocentes até que se tenha uma sentença transitada em julgado.
LVIII – o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previs tas e m lei;
(Regulamento). Quem já tem documentos de identidade só precisará apresentar identificação cri minal nas
hipóteses previstas em lei.
LIX – ser á admitida ação privada nos crimes de ação pública, se est a não for inte ntada no pr az o lega l; Se o
promotor não se manifestar no prazo legal, cabe ação privada ao invés de ação publica.
LX – a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da int imidade ou o inter e sse
soc ial o exigirem; A lei só pode impedir a publicidade de atos processuais para preservar a intimidade das partes ou
evitar um mal para a sociedade.
LX I – ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciár ia
c ompetente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; Um individuo
só poderá ser preso em flagrante ou por ordem da autoridade competente. A não ser em casos crimes militares
onde a lei poderá indicar prisão.
LX II – a prisão de qualquer pessoa e o loc al onde se e nc ontr e ser ã o com unica dos ime diata me nte ao juiz
c ompetente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; Se alguém for preso a sua família ou alguém que o
mesmo indique deverá ser comunicada do ocorrido e do local onde ele se encontra.
LX III – o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, se ndo -lhe a sse gura da a
assistência da família e de advogado; Aquele que prender uma pessoa deve informar os direitos que ela tem, tendo
o preso ainda o direito de receber assistência de sua família e de seu advogado.
LX IV – o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu int er rog atór io policial; O
preso tem o direito de saber a identidade de quem o prendeu ou quem o interrogará.
LX V – a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autor idade judiciár ia ; No c aso de alguém ser pr eso
ilegalmente, deve ser liberado imediatamente.
LX VI – ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liber dade pr ovis ória, com ou se m
fianç a; Se a lei permitir liberdade provisória, com ou sem fiança, o individuo não poderá ser preso ou mantido em
prisão.
LX VII – não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusá vel de
obr igaç ão alimentíc ia e a do depositár io infiel; Ninguém será preso por responsabilidade civil, salvo quando
devedor de obrigação de alimentos. O depositário infiel não se enquadra mais em função do Pacto De São José da
Costa Rica que aboliu a prisão do depositário infiel..
LX VIII – c onceder-se-á “habeas-corpus” sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofr er violênc ia ou
c oação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou a bus o de poder ; Q ualquer pessoa que se sentir
ameaçado, ou quando for pressupor ilegalidade ou abuso de poder poderá ingressar com “habeas corpus”, ou seja,
uma ordem escrita para que ela seja solta e continue em liberdade.
LX IX – c onceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não am par ado por “ habe as -
c orpus” ou “habeas-data”, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for aut oridade pública ou
agente de pessoa jurídica no exercício de atribuiçõe s do P ode r Públic o; O r equisito básic o do mandado de
segurança é o direito liquido e certo, devendo preencher os requisitos do fumus bom iuris e o periculum in mora
para ser deferida a liminar, cabendo somente contra ato de autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no
exercício de atribuições do Poder Público.
LX X – o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: O mandado de segur anç a também pode ser
concedido para um grupo de pessoas representado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional; Partido polític o que possua r epr esentantes no
Congresso Nacional.
b) or ganização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e e m func ionam ent o há pelo
menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; Esse prazo de um ano vem a afir mar a
solidez da entidade em apreço.
LX X I – c onceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de n or ma re gulam ent ador a tor ne inviáve l o
exer cício dos direitos e liberdades cons titucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à sobe r ania e à
c idadania; O mandado de injunção vem a ser outra garantia constitucional ao prejudicado de manifestar e exercer
seu direito de cidadão que vem sendo prejudicado por falta de uma norma ou lei.
LX X II – c onc eder -se-á “habeas-data”: Será concedido o “habeas-data” (o habeas data vem a ser uma garantia
constitucional que tem por base o fornecimento de dados as partes interessadas)
a) para assegurar o conhecimento de informações re lativas à pessoa do impetrante, constant es de r egis tr os ou
banc os de dados de entidad es gover namentais ou de c ar áter públic o; Para garantir o conhecimento de
informações contidas nos registros ou bancos de dados do governo ou de repartições públicas sobre a pessoa
interessada. Habeas data Informativo.
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê -lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo; Para a
correção dos dados, quando a pessoa não preferir que isso seja feito em processo sigiloso. Habeas data Retificativo.
LX X III – qualquer cidadão é parte legítima para propor açã o popular que vise a anular ato le sivo ao patr im ônio
público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio
histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
Qualquer pessoa tem o direito de entrar com uma ação popular para pedir a anulação de um ato prejudicial ao
patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, que vá contra a honestidade administrativa, ao meio
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, sendo que, a não ser que seja comprovada a má-fé, não precisará
pagar nada por isso.
LX X IV – o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recur sos; A
pessoa que comprovar não poder pagar as despesas de um processo tem o direito de receber do Estado a
assistência judiciária gratuita.
LX X V – o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na
sentenç a; Se alguém for condenado por um erro da justiça, ou se ficar preso mais tempo do que o determinado na
sentença, o Estado terá a obrigação de pagar um indenização para essa pessoa.
LX X VI – são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: São gratuitos para todas as pessoas que
comprovarem pobreza de acordo com a lei:
a) o r egistro civil de nascimento; O registro de nascimento de alguém.
b) a c ertidão de óbito; A certidão de que a pessoa faleceu.
LX X VII – são gratuitas as ações de “habeas-corpus” e “habeas-data”, e, na forma da le i, os a tos nec e ssár ios a o
exer cício da cidadania. Esse inciso vem garantir o direito de acesso à justiça a todos os cidadãos.
LX X VIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os me ios
que garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 200 4 ) Esse é outr o
inciso que garante ao cidadão o pleno acesso à justiça, bem como a sua proteção.
§ 1 º – As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata. Isto é, são aplic adas
desde já.
§ 2 º – O s direitos e garantias expressos nesta Constituição não exclue m outr os dec or r ente s do r eg ime e dos
pr incípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja par te . O s
direitos e garantias desta constituição não fazem com que outros que já existem ou vierem a existir sejam
excluídos.
§ 3 º O s tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que fore m aprovados , em c ada Ca sa do
Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivale nte s às
emendas c onstituc ionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Atos aprovados na forma deste
parágrafo) Até então, os tratados e convenções internacionais não eram equivalentes à emenda constitucional, que
tem força de alterar o que está previsto na Constituição.
§ 4 º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Int ernacional a cuja criação tenha ma nife st ado ade são.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004). O Brasil é submetido ao Tribunal Penal Internacional, ao qual
aderiu à criação.