Noções de Didática
Unidade II
A Didática e as Tendências
Pedagógicas
Christine Meyrelles Felipe da Fonseca
Conteúdo e seus desdobramentos
Para início de conversa
“Só aprende aquele que se apropria do aprendido, transformando-o
em apreendido, com o que pode, por isso mesmo, reinventá-lo; aquele
que é capaz de aplicar o aprendido-apreendido a situações existentes
concretas.” PAULO FREIRE (2000).
Você sabia que a educação, a organização e o funcionamento da escola,
bem como a ação didática docente, assumem diferentes formas no
decorrer do tempo?
Pois é...
É importante apreender que o projeto de educação, a forma de organização
de funcionamento da escola, bem como a ação didática dos professores,
assumem diferentes formas no decorrer do tempo. Por vezes, apresentam
mudanças substanciais, noutras, apenas superficiais. São enfoques,
movimentos, formatos, tendências, correntes, abordagens diferenciadas
sobre a educação e a prática pedagógica, segundo um aporte teórico
hegemônico em cada momento e lugar (FARIAS, et al., 2009).
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Esse aporte teórico, segundo Saviani (1985, p. 19), é
Um conjunto de ideias, valores, conceitos de homem e de
sociedade que ancoram formas de interpretação e de definição
de rumos para o processo educativo. Estas proposições têm
concebido diferentes tendências, isto é, “orientações gerais à
luz das quais e no seio das quais se desenvolvem determinadas
orientações específicas”.
No campo educacional, essas orientações são denominadas de
tendências pedagógicas que, por meio de estudos da Pedagogia no
Brasil, passaram por um reavivamento, a partir das investigações e
de discussões sobre a educação. Nos últimos anos, houve um enfoque,
notadamente, em estudos da História da Didática no Brasil e de suas
relações com as tendências pedagógicas. Essas tendências foram
classificadas por Libâneo (1990) em dois grupos, quais sejam:
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PEDAGOGIA LIBERAL PEDAGOGIA PROGRESSISTA
Pedagogia Tradicional Pedagogia Libertadora
Pedagogia Renovada Progressista Pedagogia Libertária
Pedagogia Crítico-social
Pedagogia Não-diretiva
dos Conteúdos
Pedagogia Tecnicista
Para efeito didático, vamos organizar a discussão em dois blocos:
Pedagogia Liberal e Pedagogia Progressista. Cada um desses blocos
apresentará, então, suas respectivas tendências pedagógicas. Em meio
ao estudo, vocês irão perceber que, apesar de fazermos uso dessa
organização sequencial e histórica, as tendências, necessariamente,
não se apresentam de forma estanque e sequenciada. Desse modo,
assim como a educação é uma prática social, histórica e dinâmica, as
tendências também são. Em outras palavras, sua materialização não
acontece de forma rígida - há momentos que se completam, outros
que divergem entre si. Logo, “o despontar de uma não significa,
necessariamente, o silenciar de outras” (FARIAS, et al., 2009, p.19).
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Para facilitar ainda mais a compreensão acerca das Pedagogias Liberal
e Progressista, apresentaremos um quadro, ao final de cada tendência,
com as principais ideias de cada uma.
Vamos, então, começar nossos estudos! Nossa intenção é deixar
claro que, nos momentos em que apontarmos a palavra “Pedagogia”,
estamos nos referindo às Tendências Pedagógicas conhecidas também,
atualmente, como Teorias Pedagógicas.
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Pedagogia liberal
A Pedagogia Liberal surge no século XIX como manifestação do
liberalismo e do sistema capitalista. O termo “liberal” configura-se como
forma de justificar esse sistema, que defende interesses individuais da
sociedade e estabelece a organização baseada na propriedade privada,
subdividindo a sociedade em classes.
Essa Pedagogia defende uma escola que prepare o indivíduo para
o desempenho de papéis na sociedade, de acordo com as aptidões
individuais. Dessa forma, precisa aprender a adaptar-se aos valores e às
normas vigentes na sociedade de classes.
Esclarecemos ainda que há uma ênfase no aspecto cultural que esconde
a realidade das diferenças de classes, isto é, embora considere a ideia
de igualdade de oportunidades, não atenta para a desigualdade de
condições dos alunos.
Durante muitos anos, a Pedagogia Liberal predominou no Brasil com
suas formas conservadora e tradicional. As Tendências Pedagógicas
Liberais que compõem essa Pedagogia são: Tradicional, Renovada
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Progressivista, Renovada Não Diretiva e Tecnicista. Vamos discutir cada
uma delas a seguir.
Pedagogia Liberal Tradicional
Figura 2: Professora em sala de aula/Pexels.
A Pedagogia Tradicional foi a primeira, historicamente, a ser instituída
no Brasil. Com ênfase no ensino humanístico, essa Pedagogia tinha
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metodologia baseada na dimensão da memória, com foco na repetição
de exercícios, nas leituras repetitivas e na memorização de fórmulas
e conceitos, o que contribui para um ensino mecânico e passivo. O
professor era o centro do processo e o aluno um receptor passivo, que
recebia todo o conhecimento como verdades absolutas. Os conteúdos
eram fundamentados em conhecimentos e valores sociais acumulados
com o passar dos tempos e repassados aos alunos.
O papel da escola, nesse sentido, era transmitir padrões, normas e
modelos dominantes, preparando o aluno, intelectual e moralmente,
para assumir um papel imposto pela sociedade. Podemos perceber
que esse modelo de ensino não possibilita a mobilidade social,
o que privilegia camadas mais favorecidas, consequentemente,
desprivilegiando os mais pobres.
O quadro a seguir apresenta, de maneira sucinta, as ideias da Pedagogia
Liberal Tradicional.
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PEDAGOGIA LIBERAL TRADICIONAL
Papel da escola Transmitir os conteúdos.
Conteúdos Desvinculados do cotidiano do aluno.
Exposição verbal da matéria por meios
Método de ensino
de modelos e de fixação de exercícios.
Relação vertical e autoritária, em que
Relação professor x aluno o professor era o centro e o aluno,
um receptor passivo.
Educação bancária de armazenamento de
informações. A aprendizagem é receptiva e
Aprendizagem
mecânica, não estimulando as capacidades
mentais do aluno.
Pedagogia Liberal Renovada Progressivista
A Pedagogia Renovada dá continuidade à preparação do aluno para
assumir seu papel na sociedade vigente, levando-o a adaptar-se às
necessidades do meio social em que vive. Entretanto, o papel da
escola passa a ter um novo propósito no que se refere ao processo de
ensino. Enquanto na Pedagogia Tradicional a ação pedagógica estava
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centrada no professor, na Escola Renovada Progressivista defende-se
a autoeducação, a ideia de “aprender fazendo”, onde o aluno passa a
ser o centro desse processo. Além disso, enquanto antes o ensino era
homogêneo, havendo uma metodologia para todos os alunos, agora,
consideram-se as fases de desenvolvimento do aluno.
Os conteúdos, por sua vez, passam a adequar-se aos interesses, às fases
de raciocínio e ao ritmo dos educandos. Nesse sentido, a proposta
metodológica é baseada em práticas experimentais, em estudos e
pesquisas do meio social.
Como podemos observar, a aprendizagem é pautada na descoberta, na
autoaprendizagem e o ambiente é o meio estimulador do processo. Nessa
concepção, o professor deixa de ser um mero expositor e passa a mediar
situações desafiadoras, respeitando as necessidades de cada aluno.
Para compreender melhor as ideias dessa Pedagogia, veja o quadro a
seguir:
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PEDAGOGIA LIBERAL RENOVADA PROGRESSIVISTA
A escola deve adequar as necessidades
Papel da escola
individuais ao meio social.
Estabelecidos a partir das experiências
Conteúdos vividas pelos alunos frente aos desafios
e às situações-problema.
Por meio de experiências, pesquisas e
Método de ensino situações-problema em que o enfoque seja
no aprendizado e não diretamente no ensino.
O aluno é o centro da atividade, sendo
capaz de construir seu próprio
Relação professor x aluno
conhecimento, e o professor é o
estimulador do seu desenvolvimento.
É baseada na motivação e na estimulação de
Aprendizagem
problemas, da pesquisa e da investigação.
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Pedagogia Liberal Renovada Não-Diretiva
A Pedagogia renovada não-diretiva tem seus fundamentos na teoria
de Carl Roger. Essa tendência defende o papel da escola na formação
de atitudes dos alunos, em que as ações estariam centralizadas no
processo de desenvolvimento. Nesse sentido, a escola deve se preocupar
mais com problemas de ordem psicológica do que com as questões de
natureza essencialmente pedagógicas e sociais.
A aprendizagem deve favorecer uma mudança do próprio aluno, a partir
de um esforço constante do educando. O objetivo, então, é proporcionar
a adequação pessoal às exigências do meio ambiente. Desse modo, essa
tendência advoga que aprender é modificar suas próprias percepções,
ou seja, só é possível aprender o que estiver significativamente
relacionado às percepções.
O ensino, por sua vez, é centrado no aluno. Assim, o professor é apenas
um facilitador diante do processo de adaptação ao meio, buscando
motivar e articular os alunos na busca de novas informações.
Naturalmente, essa Pedagogia sofre algumas críticas. Primeiro,
por considerar o ensino pouco importante, tendo em vista que a
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transmissão dos conteúdos fica em segundo plano. O enfoque, nesse
caso, é o autodesenvolvimento das relações e da comunicação.
Segundo, por ser uma Pedagogia não planejada e não politizadora.
Observe o quadro abaixo como forma de organizar melhor as ideias
acerca da Pedagogia Renovada Não Diretiva.
PEDAGOGIA LIBERAL RENOVADA NÃO DIRETIVA
Formação de atitudes, promovendo
Papel da escola
o autodesenvolvimento.
Selecionados pelos próprios alunos, baseados
Conteúdos
no grau de significação pessoal.
Baseado na facilitação da aprendizagem
Método de ensino através de debates, pesquisas, experimentos
e estudos do meio.
Educação centrada no aluno e o professor
Relação professor x aluno é o facilitador do processo. O Professor
também garante relação de respeito.
Promove o autodesenvolvimento por
Aprendizagem
meio das percepções da realidade.
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Pedagogia Liberal Tecnicista
Figura 3: Ilustrado por Eriwelton Paz/Proeja.
A Pedagogia Tecnicista surge nos anos 50, mas só apresenta destaque no
final dos anos 60, quando as elites dão ênfase a outro tipo de educação,
uma educação para preparar mão de obra e atender às exigências do
mercado de trabalho, exigências tais que a Escola Renovada passa a
não dar conta ao seu cumprimento. Essa tendência foi inspirada nos
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princípios behavioristas, corrente comportamentalista organizada por
Skinner e implementou as Leis 5.540/68 e 5.692/71 da educação.
O tecnicismo é baseado no ensino sistêmico, cuja prática pedagógica
controla as ações dos alunos e dos professores, direcionadas por
atividades programadas e repetitivas, pré-estabelecidas em manuais.
Segundo Pereira (2007, p. 16), o professor era
concebido como um organizador dos componentes do processo de
ensino-aprendizagem (objetivos, seleção de conteúdo, estratégia
de ensino, avaliação, etc.), que deveriam ser rigorosamente
planejados para garantir resultados instrucionais altamente
eficazes e eficientes.
Esse modelo de Pedagogia apresenta uma educação fragmentada com
foco na produção demandada pela sociedade capitalista e no modelo
industrial em ascensão na década de 60. Nesse sentido, a educação
subordina-se à sociedade capitalista, à medida que assume como
principal tarefa formar mão de obra “qualificada” para atender às
exigências do mercado de trabalho.
Noções de Didática | A Didática e as Tendências Pedagógicas 18
Essa organização trouxe algumas consequências perversas para as
escolas, como a desvalorização dos saberes trazidos pelos alunos e
professores (tendo em vista que os manuais deveriam ser seguidos à
risca); a compreensão de que aprender se dá por meio de técnicas (não
se configurando como um processo inerente ao ser humano); a visão de
que o aluno e o professor são meros reprodutores dos manuais e reféns
das técnicas preestabelecidas. O quadro a seguir traz mais informações
sobre a Pedagogia Tecnicista.
PEDAGOGIA LIBERAL TECNICISTA
Formar indivíduos “competentes”
Papel da escola
para o mercado de trabalho.
Informações ordenadas numa sequência
Conteúdos
lógica baseada em manuais.
Procedimentos e técnicas para a transmissão
e recepção de informações, baseados no
Método de ensino
aprender fazendo. Poucas discussões, cópia,
repetição e treino.
Relação objetiva onde o professor transmite/
Relação professor x aluno
executa informações e o aluno fixa.
A aprendizagem é baseada no desempenho
Aprendizagem
e avanço nos módulos.
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Pedagogia Progressista
A pedagogia progressista parte de uma análise da realidade social e
política de forma crítica, visando à transformação sociopolítica da
educação. Apoia-se na crença da possibilidade de reverter a dominação
ideológica e a opressão política da ditadura do capital, contribuindo
com o processo de transformação social.
Pedagogia Progressista Libertadora
No início dos anos 1980, com a queda do regime militar, educadores
mobilizavam-se em busca de uma educação crítica. Assim, surgiu a
Pedagogia Libertadora, advinda de movimentos da educação popular
que iam de encontro ao autoritarismo e à dominação política e social.
Esses movimentos se organizavam através de um método de educação
utilizado por Paulo Freire, que proporcionava a valorização de saberes
prévios do povo e de suas realidades social e cultural na construção de
novos saberes. A Educação Popular visava ainda desenvolver um olhar
crítico, por meio do estímulo ao diálogo e à participação, possibilitando,
assim, uma leitura sobre a realidade vivenciada.
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A característica marcante dessa Pedagogia é a atuação não-formal,
por meio da qual os alunos e professores, mediados pela realidade
cotidiana, organizam temas geradores para discutir e atingir um nível
de consciência sobre essa realidade, com o intuito de transformá-la.
Segue o quadro apresentando mais ideias sobre a Pedagogia
Libertadora.
PEDAGOGIA PROGRESSISTA LIBERTADORA
Ênfase na escola não-formal. Uma escola
crítica que visa levar professores e alunos
Papel da escola
a atingir um nível de consciência da realidade
em busca da transformação social.
Conteúdos Temas geradores extraídos da vida dos alunos.
Grupos de discussão centrados em
Método de ensino
debates de temas sociais e políticos.
Relação professor x aluno Relação horizontal.
Resolução das situações-problema
Aprendizagem
vivenciadas.
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Pedagogia Progressista Libertária
A Pedagogia Libertária é baseada na autogestão, buscando superar
os limites da burocracia institucional. A ideia era uma escola
verdadeiramente democrática, com liberdade de expressão, em que não
existisse uma hierarquia de poder.
Essa tendência visava formar a personalidade dos alunos no sentido
libertário e autogestionário. Para tanto, a educação, por sua vez, devia
estar baseada na participação de grupos e de movimentos sociais,
favorecendo os processos de distribuição do poder, por meio de
assembleias, reuniões, conselhos, eleições, entre outros mecanismos
antiautoritários.
Seguem, de forma resumida, características principais da Pedagogia
Libertária.
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PEDAGOGIA PROGRESSISTA LIBERTÁRIA
Transformação da personalidade
Papel da escola
num sentido libertário e autogestário.
Conteúdos As matérias são colocadas, mas não exigidas.
Vivência grupal na forma de autogestão
Método de ensino
e de livre expressão.
Não diretiva, o professor é orientador
Relação professor x aluno
e os alunos livres.
Aprendizagem Aprendizagem informal - via grupo.
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Pedagogia Progressista Crítico-Social dos
Conteúdos ou Histórico-Crítica
A Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos surge com o propósito de
valorizar o saber científico, isto é, o conhecimento sistematizado. Apesar
de ter função social e política na formação dos indivíduos, assim como
as outras tendências, acredita que essa função só está assegurada se
houver a difusão do conhecimento sistematizado a todos.
Libâneo (1994) aponta que, para esta Pedagogia, não basta colocar
como conteúdo escolar a problemática social da realidade, é preciso
dominar os conhecimentos, habilidades e capacidades mentais. Dessa
forma, os alunos podem organizar, interpretar e reelaborar suas
experiências vividas em função dos interesses de classe.
Libâneo (1994, p. 70) enfatiza ainda que “o que importa é que os
conhecimentos sistematizados sejam confrontados com as experiências
socioculturais e a vida concreta dos alunos, como meio de aprendizagem
e melhor solidez na assimilação dos conteúdos”.
Apresentamos, a seguir, um quadro resumindo as ideias sobre a
Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos.
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PEDAGOGIA PROGRESSISTA CRÍTICO SOCIAL DOS CONTEÚDOS
Formar para a participação
Papel da escola
ativa na sociedade.
Conteúdos culturais e universais que são
Conteúdos incorporados pela humanidade frente
à realidade social.
O método parte de uma relação direta
Método de ensino da experiência do aluno confrontada
com o saber sistematizado.
Papel do aluno como participador
Relação professor x aluno e do professor como mediador entre
o saber e o aluno.
Baseada nas estruturas cognitivas
Aprendizagem já estruturadas e na capacidade
de processar informações.
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Síntese da unidade
Nesta Unidade Didática, aprendemos diferentes tendências pedagógicas,
as quais se dividem em duas correntes: as liberais – tradicional,
renovada progressivista e não renovada, a tecnicista; e as progressistas
– libertadora, libertária e crítico-social dos conteúdos. Vimos que elas
foram se difundindo nos movimentos sociais e que predominaram em
determinado tempo e contexto histórico. Entretanto, a difusão de uma
não, necessariamente, significa que a outra deixe de existir.
A partir desses estudos, foi possível redimensionar que as tendências
pedagógicas e suas características e concepções norteiam as práticas
educativas dos docentes.
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Referências
FARIAS, Isabel Maria Sabino de et al. Didática e docência:
aprendendo a profissão. Brasília: Liber, 2009.
FRANCO, Maria Amélia; PIMENTA, Selma Garrido. Didática: embates
contemporâneos. São Paulo: Edições Loyola, 2012.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários a
prática docente. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1996.
LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da Escola Pública. São
Paulo : Loyola, 1990.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática: velhos e novos temas. Edição do
Autor: 2002.
MAIA, Christiane Martinatti; SCHEIBEL, Maria Fani; Urban, Ana
Claudia. Didática: organização do trabalho pedagógico. Curitiba: IESDE
Brasil S. A., 2009.
Noções de Didática | A Didática e as Tendências Pedagógicas 31
PEREIRA, J. E. D. Formação de professores: pesquisa, representação
e poder. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.
SAVIANI. Escola e democracia. 42. ed. Campinas Sp: Autores
Associados, 2012.
Glossário
Pedagogia: é um campo de conhecimento que investiga a natureza
das finalidades da educação numa determinada sociedade, bem como
os meios apropriados para a formação dos indivíduos, tendo em vista
prepará-los para as tarefas da vida social. (LIBÂNEO, 1994, p. 24). Isto é,
uma ciência que estuda de forma sistemática a educação, a instrução e o
ensino, por meio da qual se reflete sobre a práxis educativa.
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