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Segundo Reinado: Transformações e Conflitos

Um trabalho de história Qualquer

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O Segundo Reinado

O Segundo Reinado iniciou-se em 1840 por meio do Golpe


da Maioridade e ficou marcado por inúmeras transformações.
Encerrou-se em 1889 com a Proclamação da República.
O Segundo Reinado é o período da história brasileira em
que o país foi governado por D. Pedro II. Esse período
estendeu-se de 1840, quando D. Pedro II foi coroado
imperador após o Golpe da Maioridade, e encerrou-se em
1889, quando a Proclamação da República colocou fim na
monarquia do Brasil. Foi um período de grandes
transformações no país e marcado por importantes conflitos,
como a Guerra do Paraguai.

Contexto e fases do Segundo


Reinado

O Segundo Reinado iniciou-se em 1840 por meio do Golpe


da Maioridade. Por meio desse movimento, os políticos
brasileiros, pela via dos liberais, anteciparam a maioridade de
D. Pedro II para que ele pudesse assumir o trono. Isso
aconteceu porque os liberais queriam recuperar o poder que
estava nas mãos dos conservadores e porque acreditavam
que a coroação do imperador colocaria fim em todos os
conflitos que se passavam no país.

Assim foi iniciado o Segundo Reinado, período que se


estendeu por 49 anos e que pode ser dividido da seguinte
maneira:

 Consolidação (1840-1850): quando o imperador estava


no poder e estabeleceu-o, a seu modo, sobre o país,
colocando políticos e províncias rebeldes sob seu
controle.

 Auge (1850-1865): quando o poder do imperador era


amplo e sua posição estava consolidada.

 Declínio (1865-1889): quando surgem contestações


contra a posição de D. Pedro II, e a economia do país
não ia bem.

Política do Segundo Reinado

No caso da política durante o Segundo Reinado, o primeiro


destaque a ser feito se dá pela atuação dos partidos políticos
existentes. Os dois partidos que atuaram na política brasileira
nesse período formaram-se durante o Período Regencial e
eram conhecidos
como Partido Conservador e Partido Liberal.

A disputa pelo poder realizada por conservadores e liberais


era intensa e tinha impactos negativos para a política
brasileira, pois gerava muita instabilidade. A saída encontrada
pelo imperador foi promover uma política de revezamento em
que conservadores e liberais alternavam-se na liderança do
gabinete ministerial. Isso reduziu um pouco os conflitos.

Ambos partidos tinham leves diferenças de posição


ideológica e de classe em que se apoiavam. Conservadores
eram partidários de uma grande centralização do poder nas
mãos do imperador, enquanto os liberais defendiam uma
maior autonomia local para as províncias. Nesse sentido, as
historiadoras Lilia Schwarcz e Heloísa Starling falam que
conservadores sustentavam-se na “aliança da burocracia com
o grande comércio e a grande lavoura de exportação”, e os
liberais, em “profissionais liberais urbanos unidos à
agricultura de mercado interno”|1|.

Apesar disso, uma crítica muito forte à atuação dos dois


partidos e que já era realizada na época é a de que as
divergências entre os liberais e conservadores eram quase
inexistentes. Também se dizia, à época, que não havia nada
mais parecido com um conservador do que um liberal no
poder.

A distribuição do poder durante o Segundo Reinado


acontecia de forma que o imperador tivesse amplos poderes
na política. O imperador representava pessoalmente
o Poder Moderador e estava à frente do Executivo. No
Executivo também constava o Conselho de Estado. No caso
do Legislativo, destacam-se os cargos de senador e deputado.

Por fim, da política brasileira, um último e importante


destaque a ser mencionado é o que ficou conhecido
como parlamentarismo às avessas. O Brasil funcionava
como uma monarquia parlamentarista na qual o imperador
interferia na política sempre que fosse necessário para
garantir seus interesses. Assim, se fosse eleito um primeiro-
ministro que não lhe agradasse, ele o destituía, e se a Câmara
tomasse medidas que não lhe agradassem, ela era dissolvida.

Economia do Segundo Reinado

Em termos econômicos, o grande destaque vai para


a economia cafeeira, que se consolidou durante o Segundo
Reinado como o principal meio de produção da economia
brasileira. As zonas produtoras de café do Brasil nesse
período foram
três: Vale do Paraíba (RJ/SP), Oeste Paulista (SP)
e Zona da Mata (MG).

A produção do café aconteceu (primeiramente no Vale do


Paraíba) utilizando-se, principalmente, de trabalhadores
escravizados. Inclusive, à medida que o número de escravos
foi sendo reduzido no país, as regiões produtores de café
tornaram-se grandes compradoras de escravos. O Oeste
Paulista utilizou, a princípio, a mão de obra escrava, mas, ao
longo da década de 1880, essa foi substituída pelos
imigrantes que passaram a chegar em grande volume no
país.

Outro momento importante da economia brasileira, durante


o Segundo Reinado, foi o de grande crescimento econômico
marcado por algum desenvolvimento industrial: a Era Mauá.
Tal prosperidade econômica aconteceu entre 1840-1860, e
nela as receitas do Brasil aumentaram quatro vezes.

O crescimento econômico desse período é muito atribuído


ao reflexo do fim do tráfico negreiro no país por meio da Lei
Eusébio de Queirós, de 1850. Com essa lei, o tráfico
negreiro foi proibido, e todos os recursos, que antes eram
utilizados na aquisição de escravos, passaram a servir para
outros investimentos. As exportações do país aumentaram, e
o investimento em estradas de ferro, por exemplo, aumentou
bastante.

Abolição da escravatura

"Durante o Segundo Reinado, a abolição da escravatura foi um dos


temas centrais e alvo de debates acalorados nos meios políticos. O
ponto de partida para que a abolição fosse decretada no Brasil foi a
Lei Eusébio de Queirós, decretada em 1850 e que estipulava a
proibição do tráfico negreiro no país.

Com essa lei, a abolição era questão de tempo, uma vez que era o
tráfico que mantinha o elevado número de escravos no Brasil. Iniciou-
se aqui uma transição lenta e gradual, na qual o objetivo da elite
econômica do país era postergar a abolição tanto quanto fosse
possível. Durante esse período de transição, foram decretadas
diversas leis, como a Lei de Terras, Lei do Ventre Livre e Lei dos
Sexagenários.

A abolição da escravatura aconteceu em 13 de maio de 1888,


quando a princesa Isabel assinou a Lei Áurea. O fim da escravidão foi
resultado de uma intensa mobilização popular e da ação dos escravos
rebelando-se contra essa instituição. Para saber mais sobre o assunto,
sugerimos a leitura deste texto.

Guerra do Paraguai

Um acontecimento marcante na história do Segundo Reinado foi a


Guerra do Paraguai, conflito travado entre 1864 e 1870. Nessa guerra,
Brasil, Argentina e Uruguai, por meio da Tríplice Aliança, lutaram
contra o Paraguai, governado nessa época por Francisco Solano
López. O Brasil venceu esse conflito, mas suas consequências para a
economia do país e para a monarquia foram ruins.

O conflito foi resultado do choque de interesses territoriais,


econômicos e políticos entre as nações da Bacia Platina (Paraguai,
Uruguai, Argentina e Brasil). O combate iniciou-se quando os
paraguaios aprisionaram uma embarcação brasileira, no final de
1864, e encerrou-se em 1870, quando o ditador paraguaio foi morto
na Batalha de Cerro Corá.

Fim da Monarquia
O fim da monarquia no Brasil foi resultado do desgaste dessa forma
de governo com os interesses da elite política e econômica do país.
Sua queda ocorreu por meio de seu rompimento com três importantes
grupos do país: a Igreja (fator menos relevante), o Exército e a elite
escravocrata.

O grupo que teve maior envolvimento com esse fim foi o Exército.
Insatisfeito com a monarquia desde o fim da Guerra do Paraguai, os
militares começaram a conspirar contra ela. Assim, em 15 de
novembro de 1889, o marechal Deodoro da Fonseca, liderando tropas
militares, destituiu o Gabinete Ministerial, e, no decorrer desse dia,
José do Patrocínio proclamou a República no Brasil.

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