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Estratégias Modificação Molecular I - 2024

Química farmacêutica

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Universidade Federal do Rio de Janeiro

Faculdade de Farmácia
Departamento de Fármacos e
Medicamentos

Estratégias de
modificação molecular I

Profª Bárbara Abrahim Vieira

1
Pra começar a aula de hoje...

Jararaca-da-mata
Bothrops jararaca

2
Pra começar a aula de hoje...

Fator potencializador
da bradicinina

Jararaca-da-mata
Bothrops jararaca

3
Pra começar a aula de hoje...

Fator potencializador
da bradicinina

Jararaca-da-mata
Bothrops jararaca

4
Pra começar a aula de hoje...

Fator potencializador
da bradicinina

Jararaca-da-mata
Bothrops jararaca

SQ20881

5
Pra começar a aula de hoje...

TEPROTIDE

6
Pra começar a aula de hoje...

Qual a via de
administração de
medicamentos
preferencial?

TEPROTIDE

7
Pra começar a aula de hoje...

Qual a via de
administração de
medicamentos
preferencial?

TEPROTIDE

8
Pra começar a aula de hoje...

Qual a via de
administração de
TEPROTIDE
medicamentos
preferencial?

TEPROTIDE

9
Pra começar a aula de hoje...

Qual a via de
administração de
TEPROTIDE
medicamentos
preferencial?

Captopril

descoberto em 1977

20 substâncias semelhantes - venda


mundial ultrapassa a cifra de 8
bilhões de dólares.

10
Objetivos da aula

• Definir o processo de modificação molecular na otimização de fármacos

• Diferenciar e exemplificar bioisosterismo clássico e não clássico

• Explicar simplificação molecular

• Explicar restrição conformacional

• Explicar hibridação molecular;

11
;

Planejamento de fármacos

desenhar, racionalmente, uma série de novas moléculas, as quais


espera-se que tenham propriedades farmacodinâmicas e/ou
farmacocinéticas mais vantajosas do que os seus precursores.

Aplicam-se as etapas de otimização – baseado em estratégias de


modificação molecular.

12

Planejamento de fármacos

desenhar, racionalmente, uma série de novas moléculas, as quais


espera-se que tenham propriedades farmacodinâmicas e/ou
farmacocinéticas mais vantajosas do que os seus precursores.

Aplicam-se as etapas de otimização – baseado em estratégias de


modificação molecular.

13

Exercício 1 - Bioisosterismo

14
Exercício - Isosterismo

1) C ; S
2) O ; S

15
i

Exercício - Isosterismo

1) C ; S
2) O ;
3) F ; O
4) OH ; NH2

16
S

BIOisosterismo

Bioisosterismo: fenômeno observado entre substâncias


estruturalmente semelhantes que apresentam propriedades
biológicas similares.

Bioisósteros são compostos ou grupos que possuem volumes


e formas semelhantes, aproximadamente a mesma distribuição
eletrônica, e produzem respostas biológicas similares.

17
Bioisosterismo

Serina Cisteína

Tirosina Histidina

Citosina Uracila

18
Bioisosterismo
Ferramenta utilizada extensivamente pelos químicos medicinais
para a planejamento de novos fármacos

➢ Aumentar seletividad

➢Diminuir eventos adverso

➢Diminuir toxicidad

➢Melhorar a farmacocinétic

➢Aumentar a estabilidade

19
e

Bioisosterismo clássico

20
Bioisosterismo

MIC = Concentração Inibitória Mínima 21


Bioisosterismo

MIC = Concentração Inibitória Mínima 22


Bioisosterismo

Melhorar propriedades
farmacêuticas

t-butil trimetilsilil

log P = 5,2 log P = 4,7


Pharmaceuticals 2020, 13(3), 36
23
Bioisosterismo

Hidrogênio Deutério

24
Bioisosterismo
H D

Hidrogênio Deutério

➢ Aumentar seletividad

➢Diminuir eventos adverso

➢Diminuir toxicidad

➢Melhorar a farmacocinétic

➢Aumentar a estabilidade

25
e

Bioisosterismo
H D

Hidrogênio Deutério

➢ Aumentar seletividad

➢Diminuir eventos adverso

➢Diminuir toxicidad

➢Melhorar a farmacocinétic

Reduz a taxa de metabolismo em 50% in vitro ➢Aumentar a estabilidade

26
e

Bioisosterismo
H F

27
Bioisosterismo
H F

• F 20% mais volumoso que o H


• Considerável não-polarizável

28
Bioisosterismo
• Substituição por posições anti-metabolism

• Inibidor da absorção de colesterol

• Presença de um metabólito ‘’produtivo''

• Hidroxila fenólica – conjugação direta

• S- hidroxilado no carbono benzílico;

J. Med. Chem. 2004, 41, 1–9 DOI: dx.doi.org/10.1021/jm030283g. 29


;

Bioisosterismo
• Substituição por posições anti-metabolism

• Inibidor da absorção de colesterol

• Presença de um metabólito ‘’produtivo''

• Hidroxila fenólica – conjugação direta

• S- hidroxilado no carbono benzílico;

• Hidroxilação em para na cadeia fenilpropílica – menos ativo

30
;

Bioisosterismo
H F

• Substituição por posições anti-metabolism

• Inibidor da absorção de colesterol

• Atividade - presença de um metabólito glicuronídeo

• Hidroxila fenólica – conjugação direta

• S- hidroxilado no carbono benzílico;


• Hidroxilação em para na cadeia fenilpropílica – menos ativo

31
;

Bioisosterismo
H F

• Substituição por posições anti-metabolism

• Inibidor da absorção de colesterol

• Atividade - presença de um metabólito glicuronídeo

• Hidroxila fenólica – conjugação direta

• S- hidroxilado no carbono benzílico;

Aprovada pelo
FDA em 2002

32
;

Bioisosterismo
H F

• Efeito no pK

amine pKa

CH3CH3NH3+ 10.7

CH3FCH2NH3+ 9.0 Como o átomo de flúor é


mais eletronegativo, tem um
CHF2CH2NH3+ 7.3 efeito muito forte na acidez e
CF3CH2NH3+ 5.7 basicidade dos grupos
funcionais vizinhos

acid pKa

CH3COOH 4.7

CH2FCOOH 2.6
CHF2COOH 1.2
CF3COOH 0.2

33
a

Bioisosterismo
H F

• Efeito no pK

amine pKa

CH3CH3NH3+ 10.7

CH3FCH2NH3+ 9.0

CHF2CH2NH3+ 7.3
CF3CH2NH3+ 5.7

acid pKa

CH3COOH 4.7

CH2FCOOH 2.6
CHF2COOH 1.2
CF3COOH 0.2

34
a

Bioisosterismo
H F

• Efeito no pK

- Tratamento da enxaqueca
- Calcitonin gene-related peptide (CGRP) receptor
- Permitiu um aumento de mais de 30 vezes na solubilidade aquosa

Bristol Myers Squibb

35
a

Bioisosterismo
H F

• Efeito no pK

- Tratamento da enxaqueca
- Calcitonin gene-related peptide (CGRP) receptor
- Permitiu um aumento de mais de 30 vezes na solubilidade aquosa

Bristol Myers Squibb

J. Med. Chem. 2008, 51, 16, 4858–4861, July 30, 2008 36


a

Bioisosterismo

H2N N N
H
N N
N
H
OH N COOH

O COOH

H2N N N
H
N N
N
H
NH2 N COOH

O COOH

Aminopterina
(inibidor da enzima diidrofolato redutase)

37
Bioisosterismo OH NH2

H2N N N
H
N N
N
H
OH N COOH

O COOH

H2N N N
H
N N
N
H
NH2 N COOH

O COOH

Aminopterina
(inibidor da enzima diidrofolato redutase)

38
Bioisosterismo
OH NH2

H2N N N
H
N N
N
H
OH N COOH

O COOH

H2N N N
H
N N
N
H
NH2 N COOH

O COOH

Aminopterina
(inibidor da enzima diidrofolato redutase)

39
Bioisosterismo

Ki = 160 nM Ki = 1,4 nM

Amprenavir

40
Bioisosterismo

41
Bioisosterismo

42
Exercício 2 - Bioisosterismo

43
Exercício 2 - Bioisosterismo

IC50=0,31μM

44
Bioisosterismo

Inibidor da
biossíntese do
colesterol

45
Bioisosterismo

Amitriptilin Clomipramin
IC50 = 1,20 IC50 = 0,10

46
a

Bioisosterismo

47
Bioisosterismo clássico

48
Bioisosterismo - Anéis equivalentes

49
Bioisosterismo - Anéis equivalentes

1998 2003

vardenafil
sildenafil

melhorar o perfil
ADMET, mantendo a
atividade e
seletividade desejada.

50
Bioisosterismo - Anéis equivalentes

1998 2003

vardenafil
sildenafil

melhorar o perfil
ADMET, mantendo a
atividade e
seletividade desejada.

51
Bioisosterismo clássico de anéis
equivalentes

J. Med. Chem. 2021, 64, 19, 14046–14128.September 30, 2021


https://doi.org/10.1021/acs.jmedchem.1c01215
52
Bioisosterismo clássico de anéis
equivalentes

Farmacóforos e locais de ligação


que exigem planaridade, refletindo
a necessidade de projetar novos
mimetizadores de anéis fenil que
possam capturar aspectos-chave
das interações fármaco-alvo ou
funções de andaime.

J. Med. Chem. 2021, 64, 19, 14046–14128.September 30, 2021


https://doi.org/10.1021/acs.jmedchem.1c01215
53
Bioisosterismo - Anéis equivalentes
Relações estrutura-atividade (SAR)
Série de inibidores da HIV-integrase

54
Bioisosterismo - Anéis equivalentes
Relações estrutura-atividade (SAR)
Série de inibidores da HIV-integrase

55
Bioisosterismo - Anéis equivalentes
Relações estrutura-atividade (SAR)
Série de inibidores da HIV-integrase

1. Identificar o mais ativo;

56
Bioisosterismo - Anéis equivalentes
Relações estrutura-atividade (SAR)
Série de inibidores da HIV-integrase

1. Identificar o mais ativo;

57
Bioisosterismo - Anéis equivalentes
Relações estrutura-atividade (SAR)
Série de inibidores da HIV-integrase

1. Identificar o mais ativo;


2. Escalonar de acordo com a atividade
3. Explicar as diferenças estruturais
58
Bioisosterismo - Anéis equivalentes
Relações estrutura-atividade (SAR)
Série de inibidores da HIV-integrase

Oxazol

Tiazol

1H-Imidazol

Oxadiazol

- Composto 46 = nitrogênio aromatico não reagente;


- Compostos 43 a 45 = N aromático importante para reação;
- Composto 43 = Oxigênio com possível alta eletronegatividade;
- Composto 45 = Interação do tipo DLH não é desejável;
- Composto 44 = Estabilidade adequada do anel para o N interagir
59
Bioisosterismo - Anéis equivalentes

pirazol isoxazol

60
Bioisosterismo - Anéis equivalentes

Merve Camci, Prof. Dr. Nilgün Karali. Bioisosterism: 1,2,4-Oxadiazole Rings. 11 February 2023 https://doi.org/10.1002/cmdc.202200638

61
Bioisosterismo - Anéis equivalentes

log P=0.3 log P=0.9

pKa=5.3 pKa=6.1

antihypertensive effect of oral administration


Merve Camci, Prof. Dr. Nilgün Karali. Bioisosterism: 1,2,4-Oxadiazole Rings. 11 February 2023 https://doi.org/10.1002/cmdc.202200638 62
2

Bioisosterismo - Anéis equivalentes

IC50= 26 uM IC50= 7 e 8 uM

63
Exercício 3 - Bioisosterismo

Grupo
imidazólico

Grupo
furânico

64
Exercício 3 - Bioisosterismo

Grupo
imidazólico

Biosisosterismo clássico
de anéis equivalentes

Grupo
furânico

65
Bioisosterismo não-clássico

66
Bioisosterismo não-clássico
na natureza

Substituição do ácido carboxílico pelo isoxazol facilitou a

penetração na barreira hematoencefálica

Substituição de ácido carboxílicos grupos menos polares/mais hidrofóbicos

APRIMORAR A BIODISPONIBILIDADE

67
Bioisosterismo não-clássico
na natureza

Substituição do ácido carboxílico pelo isoxazol facilitou a

penetração na barreira hematoencefálica

Substituição de ácido carboxílicos grupos menos polares/mais hidrofóbicos

APRIMORAR A BIODISPONIBILIDADE

68
Bioisosterismo não-clássico

Ácido Acil-
hidroxâmico cianoamida

Sulfonimid Fosfonato Sulfonato

Sulfonamid Tetrazol

69
a

Bioisosterismo não-clássico

Ácido Acil-
hidroxâmico cianoamida

Sulfonimid Fosfonato Sulfonato

Sulfonamid Tetrazol

70
a

Bioisosterismo não-clássico

Ácido Acil-
hidroxâmico cianoamida

Sulfonimid Fosfonato Sulfonato

Sulfonamid Tetrazol

Tetrazol mimetiza o grupo carboxilato principalmente


devido a sua acidez, apesar de ser mais estável e
lipofílico.

71
a

Bioisosterismo não-clássico

Ácido Acil-
hidroxâmico cianoamida

Sulfonimid Fosfonato Sulfonato

Sulfonamid Tetrazol
IC50= 0,59 mg/kg
IC50= 11 mg/kg

losartan

72
a

Bioisosterismo não-clássico

Ácido Acil-
hidroxâmico cianoamida

Sulfonimid Fosfonato Sulfonato

Sulfonamid Tetrazol

indometacina
Metabolicamente
mais estável

73
a

Bioisosterismo não-clássico

Éster

Merve Camci, Prof. Dr. Nilgün Karali. Bioisosterism: 1,2,4-Oxadiazole Rings. 11 February 2023 https://doi.org/10.1002/cmdc.202200638

74
Bioisosterismo não-clássico

Éster

O índice de atividade
muscarínica
54
520

Por causa da distribuição eletrônica do anel

Merve Camci, Prof. Dr. Nilgün Karali. Bioisosterism: 1,2,4-Oxadiazole Rings. 11 February 2023 https://doi.org/10.1002/cmdc.202200638

75
0

Exercício 3 - Bioisosterismo

Grupo
imidazólico

Biosisosterismo não-
Biosisosterismo clássico clássico de grupos
de anéis equivalentes funcionais

Grupo
furânico

76
Bioisosterismo - Anéis equivalentes

Substituição bioisostérica no grupo isotiouréia.

ED50 (mg/kg)=10.5 ED50 (mg/kg)=1.4

Merve Camci, Prof. Dr. Nilgün Karali. Bioisosterism: 1,2,4-Oxadiazole Rings. 11 February 2023 https://doi.org/10.1002/cmdc.202200638

77
Bioisosterismo não-clássico

78
Exercício 3 - Bioisosterismo

Grupo
imidazólico

Biosisosterismo clássico
de anéis equivalentes

Grupo
furânico

79
Bioisosterismo in silico

80
Simplificação molecular

● ESTRATÉGI
◦ obtenção de compostos estruturalmente mais simples, a partir de
protótipos naturais ativos, estruturalmente complexos.
◦ Inicialmente: aplicação empírica, sem conhecimento do farmacóforo.
◦ Atualmente: aplicação de forma racional, preservando as sub-
unidades farmacofóricas

81
A

Simplificação molecular

● ESTRATÉGI
◦ obtenção de compostos estruturalmente mais simples, a partir de
protótipos naturais ativos, estruturalmente complexos.
◦ Inicialmente: aplicação empírica, sem conhecimento do farmacóforo.
◦ Atualmente: aplicação de forma racional, preservando as sub-
unidades farmacofóricas

anel tropânico da quinina para o sistema piperidínico.


82
A

Restrinção conformacional

83
Restrinção conformacional

84
Restrinção conformacional

Chemistry Central Journal 11, 72 (2017). https://doi.org/10.1186/s13065-017-0301-5 85


Hibridação Molecular
● Consiste na condensação de partes da estruturas de dois
compostos distintos com o objetivo de obter novas
propriedades farmacológicas
➢Duas moléculas que se ligam no mesmo alvo
➢Duas moléculas que se ligam em alvos diferentes

86
;

Hibridação Molecular

● Combinação de
rivastigmina+rasagilin

● Inibição da AChE: impede


a clivagem da acetilcolin

● Inibição da MAO-B: evita a


geração de radicais livres
neurotóxicos e confere
potencial antidepressivo
aumentando os niveis de
dopamina, noradrenalina e
serotonina no SNC.

87
a

Verificando o conteúdo…

• Definir o processo de modificação molecular na otimização de fármacos

• Diferenciar e exemplificar bioisosterismo clássico e não clássico

• Explicar simplificação molecular

• Explicar restrição conformacional

• Explicar hibridação molecular;

88
;

barba
raabr
ahim@
pharm
a.ufrj
.br

Obr
igad
a!

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