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Fotografando
Curitiba
Um blog com fotos e histórias de Curitiba.
sábado, 19 de setembro de 2015
Estátua do Homem Nu
A estátua do “Homem Paranaense”, ou do
“Homem Nu”, como é conhecida popularmente,
foi executada por Humberto Cozzo (São Paulo, 9
de agosto de 1900 - Rio de Janeiro, 18 de
setembro de 1981). A estátua, assim como toda
a praça, faz parte do conjunto do Centro Cívico,
tombado pelo Patrimônio Cultural do Paraná.
A obra ficou pronta em 1955, quando foi
colocada na praça. Logo em seguida começaram
uma série de ataques. Tenho a impressão que os
ataques tinham, principalmente, motivações
políticas, mas foram usados argumentos para
todos os gostos (argumentos políticos,
ideológicos, estéticos, regionalistas, moralistas e
racistas).
Só como uma amostra do tipo de crítica feita,
David Carneiro, engenheiro, historiador, escritor,
poeta e positivista disse o seguinte para o jornal
“O Estado do Paraná”: “Aquilo não representa
coisa nenhuma. Não tem expressão. Não
significa coisa alguma, e muito menos o
adolescente, ou o homem deste Paraná
dolicocéfalo, loiro e belo. Um simples bloco de
granito nos representaria melhor”.
Há controvérsias sobre a participação de Herbo
Stenzel (Paranaguá, 17 de dezembro de 1911 -
Curitiba, 23 de julho de 1980) na obra.
Stenzel foi convidado por Bento Munhoz da
Rocha Neto para fazer o projeto da praça. Como
não tinha um ateliê adequado para o tamanho da
obra, ele convidou Cozzo, que então residia no
Rio de Janeiro e tinha experiência (e
principalmente um ateliê adequado), para
executar a obra.
Existem fotos de uma maquete da praça,
atribuída a Stenzel, que mostra a estátua, mais
ou menos do jeito que foi executada. Já Vera
Lucia Didonet Thomaz, artista plástica e doutora
em tecnologia, considerada uma autoridade na
história da família Stenzel, garante que “Stenzel
não fez a maquete, não trabalhou na pedra e não
pegou num martelo.”
O próprio Stenzel, em uma entrevista ao jornal
“Diário da Tarde” de 02/09/1972 disse:
“Apresentei o projeto para Cozzo e ele, mais
tarde, voltou com um pequeno modelo da
imagem, só que contrariando o que eu queria:
em vez de inclinada, estava em posição reta.
Não gostei, mas como o tempo não permitia
reparos, ela foi feita assim mesmo.”
Gosto da estátua. Além de tudo é um ponto de
referência da cidade. Não existe quem não saiba
onde é a "Praça do Homem Nu”.
Referências:
WIKIPEDIA. Humberto Cozzo. Disponível em:
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Humberto_Cozzo>. Acesso em: 27 ago 2015.
WIKIPEDIA. Erbo Stenzel. Disponível em:
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Erbo_Stenzel>. Acesso em: 27 ago 2015.
WALTRICK, Rafael. Entre improvisos e polêmicas. Gazeta do Povo, Curitiba,
16 dez 2013. Dssponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-
cidadania/entre-improvisos-e-polemicas-529tmiqzag7w1ogsw6sl8o6ku>.
Acesso em: 24 ago 2015
CAMARGO, Geraldo Leão Veiga de. Esculturas públicas em Curitiba e a
estética autoritária. Revista de Sociologia e Política. Curitiba, n. 25, p. 63-82,
nov. 2005.
CAMARGO, Geraldo Leão Veiga de. Paranismo: arte, ideologia e relações
sociais no Paraná. 1853 - 1953. 2007. 215 p. Tese (Doutorando em História) -
UFPR, Curitiba
GALANI, Luan. A casa a que todos os artistas recorriam. Gazeta do Povo,
Curitiba, 28 abr. 2015. Disponível em:
<http://www.gazetadopovo.com.br/haus/arquitetura/a-casa-a-que-todos-os-
artistas-recorriam/>. Acesso em: 27 ago 2015.
O CRIADOR fala sobre a sua obra: a mulher nua ainda não está no lugar
planejado. Diário da Tarde, Curitiba, 4 set. 1972, p. 3.
Flavio Antonio Ortolan às 08:00
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