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Resolução Das Provas

INFECTOLOGIA QUESTÕES DISCURSIVAS

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INFECTOLOGIA QUESTÕES DISCURSIVAS

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QUESTÕES ANTIGAS DE

INFECTOLOGIA
Legenda: números vermelhos não soube responder, verde em dúvida
Azul: Dissertativa

1) Paciente F, 30 anos, com história de febre, artralgia e dor retrorbitária há 5


dias. Foi atendida na UPA apresentando dor abdominal, epistaxe e vômitos
há 24 horas. Hemodinamicamente estável e com boa diurese. Considerando
a possibilidade de Dengue, marque a alternativa correta:
a) Ao chegar na UPA, a paciente deverá ser submetida à prova do laço, para
determinar se há fragilidade capilar e uma prova do laço positiva classifica ela
como grupo C.
b) A paciente tem sinais de alarme, assim grupo D
c) A paciente tem dengue hemorrágica e deverá ser internada na UTI
d) A dor abdominal, epistaxe e vômitos são sinais de alarme, segundo a
classificação da OMS/2014, a paciente deverá ser acompanhada em leito
de internação e fazer hidratação venosa

Tema: Dengue
→ Quadro clínico: Febre de 2 a 7 dias com 2 ou mais do seguintes
sintomas náuseas, vômitos, exantema, mialgias, artralgias, cefaleia, dor
retroorbitária, petéquias ou prova do laço positiva, leucopenia. Lembrando q a
prova do laço é obrigatória em todo paciente que não apresenta sangramento
espontâneo (avalia fragilidade capilar).
→ Sinais de alarme: aparecimento dos seguintes sintomas após
declínio da febre: dor abdominal intensa, vômitos persistentes, acúmulo de
líquidos em cavidades, sangramento de mucosas, letargia, irritabilidade,
hipotensão postural, lipotímia, hepatomegalia e aumento progressivo do
hematócrito.
→ Exames: Hemograma completo, antígeno NS1 e conforme a
classificação mais exames
→ Classificação e TTO:

GRUPO CLÍNICA EXAMES TTO

A suspeita pela Hemograma, hidratação oral


clinica sem antígeno NS1 ou (60mL/Kg/dia,
sinais de alarme PCR sendo ⅓
hidratação
salina),
antitérmico e
analgésico (NÃO
USAR AINE) em
casa

B suspeita pela Hemograma, Hidratação oral


clinica sem antígeno NS1 ou (60mL/Kg/dia,
sinais de alarme, PCR sendo ⅓
com hidratação
sangramento salina) ou
espontâneo, venosa, manter
prova do laço em observação
positiva, até sair resultado
condição clínica de exames.
especial,
comorbidades ou
risco social

C suspeita pela Hemograma, Acompanhar em


clinica com antígeno NS1 ou leito de
sinais de alarme PCR, albumina, internação até
TGO, TGP, Rx estabilização,
tórax e US de hidratação EV
abdome, (20mL/Kg de SF
conforme na primeira hora)
necessidade U,
Cr, eletrólitos,
gaso, TAP, PTT
e ECG.
Quantificar
diurese.

D suspeita pela Hemograma, Acompanhament


clinica com antígeno NS1 ou o em leito de
sinais de alarme PCRHemograma emergência e/ou
+ CHOQUE E/ , antígeno NS1 UTI.
OU ou PCR, Hidratação
SANGRAMENT albumina, TGO, venosa EV
O GRAVE E/OU TGP, Rx tórax e (20mL/Kg nos
COMPROMETI US de abdome, primeiros 20
MENTO GRAVE conforme minutos,
DE ÓRGÃOS necessidade U, reavaliação em
Cr, eletrólitos, 15 minutos).
gaso, TAP, PTT Se não melhora
e ECG. com HT em
Quantificar ascensão entrar
diurese. com cristaloides,
Ck se mesmo assim
não melhorar
pensar em
coagulopatias.
→ Alta hospitalar: estabilização hemodinâmica por 48 horas, ausência de
febre por 48 horas, melhora do quadro clínico, hematócrito normal ou estável
por 24 horas, plaquetas em elevação e acima de 50 mil.

A QUESTÃO: Paciente com quadro de suspeita + sinais de alarme, sem sinais


de choque. Paciente se enquadra no quadro C da classificação, assim deve
ser internada em leito de enfermaria, hidratação venosa e realizar exames.

2) Paciente F, 32, apresentando quadro de febre convulsões e hemiplegia À direita


foi admitida na unidade de Doenças infecciosas e parasitárias e transferida para UTI
devido rebaixamento de nível de consciência. Foi realizada TC de crânio que
evidenciou múltiplas lesões com reforço de periferia e edema perilesional após adm
de contraste. Durante a anamnese, antes da paciente ser transferida para UTI, a
mesma relatou que mantem relações sexuais desprotegidas com atual parceiro e
que o mesmo é cmainhoneiro e há cerca de 6 meses apresentou quadro de cobreiro
na região torácica. Diante das queixas, qual possível diagnóstico?
a) Infecção HIV + neurotoxoplasmose
b) SIDA + Neurotoxoplasmose
c) SIDA + Linfoma SNC
d) INfecção pelo HIV + abscesso cerebral
e) SIDA + meningite criptocócica

→ HIV: A infecção por HIV ocorre por relações desprotegidas. A abordagem


inicial na suspeita deve-se coletar:2 testes HIV rápidos de marcas diferentes no
mesmo dia, contagem de linfócitos TCD4( até 500 células /mm³ é normal, abaixo de
200 células /mm³ AIDS), contagem de TCD8, PCR quantitativo para carga viral.
Se detectado, realizar hemograma; Prova tuberculínica (PPD); Sorologias para
hepatites virais (A,B,C); Teste treponêmicos e não treponêmicos para investigação
de sífilis; Teste para toxoplasmose (IgG); Teste para CMV (citomegalovírus);Lipídios;
Urina I e se mulher realizar papanicolau.
→ TTO: usar terapia antirretroviral (TARV), combinação de 3 drogas.
Tenofovir, Lamivudina e Dolutegravir ( em gestantes trocar por Raltegravir)
→ AIDS: A AIDS / SIDA é quando há sintomas em pacientes HIV+, sendo
eles emagrecimento e suscetibilidade a doenças oportunistas.
→ Doenças Oportunistas:
- Candidíase oral e esofagite: O quadro clínico consiste em placas
esbranquiçadas no palato duro, faringe e esôfago, difagia e odinofagia. O
tratamento é com fluconazol VO por 14 dias.
- Herpes zoster: ou cobreiro
- Pneumocistose: doença pulmonar que mais acomete HIV. Causado
pelo Pneumocystis jirovecii. O quadro clínico consiste em dispneia progressiva (2
semanas), tosse seca, febre, hipoxemia, sem achados clínicos e radiológicos no
pulmão. Pode encontrar bolhas no Raio-x, nesse caso se preocupar com
pneumotórax espontâneo. DH usado como marcador indireto (menor q 220
provavelmente não tem PPJ), gasometria, hemograma (linfopenia). Procurar
associação com TB. O tratamento consiste em bactrim. Mau prognóstico: O2 arterial
menor que 70 ou gradiente A-a maior que 35mmHg. Nestes casos, usar corticoide
(prednisona).
- TB: Agente Mycobacterium tuberculosis. O diagnóstico é feito com 3
amostras de escarro (BAAR) e RX, deve-se fazer isolamento de aerossóis. O TTO
consiste em isoniazida, etambutol, rifampicina e pirazinamida.
- Neurotoxoplasmose: causa mais comum de encefalite. Agente é o
toxoplasma gondii, Diagnóstico feito por imagem sendo visualizado sinal do halo
concêntrico ou excêntrico. TTO com bactrim e ácido fólico por 6 semanas, se efeito
de massa associar a corticoide.

- Neurocriptococose: forma mais comum de meningite. Diagnostico por


líquor e tinta da china ou látex. O líquor tem alta pressão de saída, celularidade,
aumento de proteínas e baixa de glicose. Ao colher deve-se fazer visualização dos
cocos pela técnica com tinta da china ou látex (usado na puc).

- NeuroTB: pode apresentar-se como meningite ou encefalite cronica.


Na meningite pode levar a comprometimento da base do crânio e pegar nervos
cranianos. Licor com presença de linfomono. O tratamento é rifampicina, isodiazina,
etambutol e pirazinamida.
- Sarcoma de Kaposi: Neoplasia endotelial e vascular causada pelo
herpes vírus 8.

NA QUESTÃO: Paciente com quadro de encefalite, com relato de não uso de


preservativo + presença de doença oportunista. TC de crânio compatível com
neurotoxo. Paciente sintomática.

3) A ocorrências de infecções relacionadas À saúde é uma situação muito


prevalente nos serviços de saúde brasileiros, levando ao uso de diversas classes de
antimicrobianos em grande proporções, o que favorece resistência, Quanto a
conduta frente à ocorrência de gram negativos multirresistentes, marque a
incorreta.
a) O uso isolado de Polimixina B deve ser sempre desencorajado
b) As medidas de precaução de contato são apenas transitórias e, uma vez
finalizado o tratamento da infecção, os pacientes podem ser retirados da precaução
de segurança
c) Está desaconselhada a prescrição de cefalosporinas, uma vez identificado um
gram negativo produtor de ESBL
d) O escurecimento da pele é um efeito adverso observado em paciente em uso de
Polimixina B para o tratamento de gram negativos multiR.
e) Insuficiência renal pode ser observada durante o tratamento com associação de
polimixina B e Aminoglicosídeos.

Resolução: via residente


a) Verdadeiro (com ressalva). A Polimixina B é um antibiótico que age na membrana
celular, tem um espectro amplo e geralmente mantêm sensibilidade naqueles GRAM
negativos multi-resistentes. É uma das armas que a gente tem, mas pra maioria das
situações a evidência que temos é que o uso em terapia combinada com
antibióticos de outras classes é superior à monoterapia com poliB. Por isso
geralmente não se faz polimixina monoterapia e é o que a alternativa quis dizer. A
ressalva: para Acinetobacter a terapia combinada não é superior à monoterapia.
Ambas são ruins.
b) Falso. Quando estamos falando de infecções relacionadas à assistência à saúde,
a gente fala de um monte de medidas preventivas. A precaução de contato é uma
medida feita pra tentar evitar a disseminação de bactérias multi-resistentes no
ambiente hospitalar. É feito um swab retal (vigilância) para pesquisa de bactérias
com algumas resistências específicas (exemplo: produtoras de carbapenemase) e
esses pacientes colonizados são isolados durante a internação, e no contexto de
reinternação ainda sao mantido isolados (a depender do protocolo do hospital). A
alternativa está errada porque na maioria das vezes não existe infecção, não se faz
tratamento baseado no swab de vigilância, e independentemente do tratamento a
ser realizado (por outro motivo) ele é tido como colonizado e não vai sair do
isolamento enquanto estiver internado.
c) Verdadeiro. A ESBL é uma beta lactamase, enzima que hidrolisa alguns beta
lactâmicos e funciona como mecanismo de resistência de algumas Enterobactérias.
A ESBL caracteristicamente hidrolisa as cefalosporinas de 3 geração, mas na
prática você perde todas cefalosporinas e penicilinas, e desse jeito o que fica como
opção são os carbapenêmicos e as penicilinas combinadas com inibidor de
betalactamase (Tazocin, com algumas ressalvas)
d) Verdadeiro. A polimixina tem um efeito adverso que é hiperpigmentação,
geralmente pacientes que fazem uso prolongado de poliB podem apresentar essa
alteração em que a pele fica acinzentada ou escurecida
e) Verdadeiro. Toxicidade renal é o principal efeito adverso da polimixina e dos
aminoglicosídeos. Os esquemas combinados de PoliB e aminoglicosídeos são muito
nefrotóxicos no geral

4) Uma criança de 10a, procedente de área rural, é encaminhada para o hospital


com febre diária há 8 semanas, emagrecimento e aumento do volume abdominal.
Ao exame físico, apresentava mucosas hipocoradas, icterícia, linfonodos cervicais
palpáveis bilateralmente com 0,5 e 1,0cm de diâmetro, móveis, indolores de
constência habitual, fígado a 2 cm do RCD e baço há 4 cm do RCE. Laboratoriais:
HB 10, Leuco 2900 com contagem diferencial normal, Plaquetas 110 mil, TGO 58,
TGP 65, albumina 2,8 e globulinas 4. O diagnóstico e exame de escolha para
confirmação são:
a) Toxoplasmose linfonodal e sorologia
b) Leishmaniose visceral e mielograma
c) Tuberculose ganglionar e biópsia de linfonodo
d) Malária e pesquisa de hematozoários

Toxoplasmose linfonodal: ocorre em imunodeficientes, mais frequentemente


assintomática. Quando sintomática há enfartamento ganglionar cervical, e em raros
casos, sintomas locais, febre, prostração, sinais inflamatórios em orofaringe, rash
maculopapular, aumento de fígado e baço, e presença de linfócitos atÌpicos em
sangue periférico, simulando um quadro clínico muito semelhante ao quadro da
mononucleose infecciosa. Diagnóstico via sorologia.
Leishmaniose visceral: paciente com febre até 4 semanas, palidez cutânea,
esplenomegalia, podendo aparecer hepatomegalia, em casos graves
hiperglobulinemia e velocidade de hemossedimentação aumentada. Hemograma
sem alterações. Em casos graves, os exames complementares evidenciaram
anemia, trombocitopenia, leucopenia com predominância acentuada de células
linfomonocitárias e inversão da relação albumina/ globulina. Diagnóstico via
sorologia.

Tuberculose ganglionar: linfonodos de lenta progressão duros, indolores em uma


mesma cadeia de gânglios. Diagnóstico biópsia do gânglio com PCR.

Malária: febre de duração variável (6 a 12 horas), podendo cursar com cefaleia,


mialgia, náuseas e vômitos. Na malária grave há prostração, alteração do nível de
consciência, dispnéia, choque, edema agudo de pulmão, hemorragias, icterícia,
hemoglobinúria, hiperpirexia, oliguria, anemia grave, hipoglicemia, acidose
metabólica, IRA. Diagnóstico via microscópio.

5) Mulher, 22, assintomática, procura consulta médica para orientação quanto a


vacinação, recentemente realizou os seguintes exames: anti-HBS negativo, HBsAg
negativo, anti-HCV negativo, anti-HVA IgM negativo e anti-HVA IgG positivo.
a) Não há necessidade de se vacinar. Está protegida quanto às hepatites virais.
b) Está protegida contra hepatite A, mas suscetível a B e C. Deve ser orientada
quanto a vacinação na UBS contra hepatite B e C.
c) Está protegida contra hepatite A e B, mas suscetível a C. Deve ser orientada
quanto a vacinação na UBS contra hepatite C.
d) Está suscetível as 3 formas de hepatite. Deve ser orientada quanto a vacinação
na UBS contra hepatite B.
e) Está protegida contra hepatite A, mas suscetível a B e C. Deve ser orientada
quanto a vacinação na UBS contra hepatite B.

Hepatite A: dentre as formas clínicas encontramos a manifestação de crianças com


assintomática ou gastroenterite anictérica e em adultos quadro ictérico febril. A
transmissão é fecal-oral com alimentos e água contaminados. Diagnóstico é feito
pelo anti-HVA, sendo IgM infecção ativa e IgG infecção anterior. Não há tratamento
específico e prevenção é pela vacina aos 15 meses de idade.
Hepatite B: o vírus da hepatite B tem como material genético o DNA, endo possível
a incorporação do mesmo no DNA do hospedeiro, ou seja, pode ser reativado em
casos de imunossupressão. É uma IST (via sexual, parenteral por drogas, vertical e
exposição ocupacional). O diagnóstico é feito via sorologia, sendo:
→ HBsAg: antígeno de superfície, aparece em casos agudos e crônicos da
doença.
→ HBeAg: vê a replicação viral, com esse antígeno positivo há chances de
evoluir para cirrose ou hepatocarcinoma.
→ Anti-Hbs: confere imunidade tanto por vacina como adquirida, é
encontrada também em casos crônicos.
→ Anti-HBC: são anticorpos contra a proteína core, indica quando IgM
positivo quadro agudo, já quando só IgG pode ser cicatriz sorológica.
→ Anti-HBe: mede o controle da replicação.

Interpretação HBsAg HBeAg Anti-HBc Anti-HBc Anti-HBe Anti-HBS


IgM IgG

Susceptível - - - - - -
Incubação + - - - - -
Fase aguda + + + + - -
Crônica + - - + +/- -
imunidade - - - + + +
recente por
infecção

Imunidade - - - + - +
passada por
infecção

Imunidade por - - - - - +
vacina

Lembrar que e HBsAg positivo e anti-HBe negativo pedir HBV-DNA a cada 6 meses
para investigar vírus mutante. A maioria dos pacientes tem cura espontânea, 5%
evoluem para complicações usando-se tenofovir. A prevenção é feita com 4 doses
(nascer, 2, 4 e 6 meses) e em adultos (1º dose ao ver sorologia anti-HBS negativa,
2º dose após 1 mês, 3 dose após 6 meses). Na prevenção da hepatite B vertical
usa-se imunoglobulina e a vacinação.

Hepatite C: É um vírus de material RNA que normalmente é diagnosticado em sua


forma crônica e pode evoluir para cirrose ou hepatocarcinoma. A transmissão
sangue contaminado, por via parenteral, transfusão de sangue e drogas injetáveis.
A clínica consiste em artralgia, artrite e vasculite. O tratamento depende da
resposta viral sustentada de 12- 24 semanas, usa-se daclatasvir + sofosbuvir. A
vacinação somente em rede particular.

6) Senhora de 65 anos dá entrada no PSA trazida pelo filho com histórico de


cefaleia intensa, prostração, inapetência, náuseas e vômitos há 1 dia. Relata que
mãe tem DM e HAS controladas, e é tabagista 1 maço/dia há mais de 45 anos.
Também relata que ela não gosta de tomar vacinas, pois tem medo dos efeitos
colaterais. Conta que ela teve quadro de resfriado há 1 semana, queixando-se de
discreta otalgia à esquerda. Exame físico: REG, palidez cutânea, dextro 50, PA
110x70, FC 100, afebril. Com confusão mental, desorientada no tempo e espaço.
Hiperemia membrana timpânica esquerda. Rigidez de nuca presente.
Cardio: sem alt.
Pulmonar: MV diminuído globalmente com roncos discretos.
Exames laboratoriais: Hb. 13 Ht.38 (12.530 leucócitos, 1860 bastonetes, 9.740
neutrófilos, 300 linfócitos, 630 monócitos). LCR= aspecto turvo, 830 leucócitos, 70%
neurófilos, 30% linfócitos, glicose 20, proteína 100, bacterioscopia negativa, cultura
em andamento.
Diante do exposto:
1.1-Qual sua principal Hipótese Diagnóstica e cite o principal agente etiológico neste
caso Meningite, S. pneumoniae
1.2-Conduta terapêutica. Ceftriaxona e dexametasona por 4 dias
1.3-Medidas profiláticas (precaução durante internação, profilaxia para familiares e
orientação para imunização na alta). Não há necessidade

OMA: A otite média aguda (OMA) pode levar a meningite secundária a OMA. Os
principais agentes etiológicos são Streptococcus pneumoniae e pyogenes,
Staphylococcus Aureus, Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis.

Meningite: o agente etiológico pode ser N. meningitidis, S. pneumoniae,


Haemophilus influenzae e virais. A contaminação é por contato direto das secreções
respiratórias do paciente. As manifestações clínicas consistem em febre, cefaléia
intensa, náusea, vômito, rigidez de nuca, prostração e confusão mental, sinais de
irritação meníngea, acompanhados de alterações do líquido cefalorraquidiano.O
quadro de meningocócica tem presença de exantemas e convulsões, já a
pneumocócicas é o quadro mais comum com vômitos e sinais focais.
A abordagem inicial do paciente consiste em:
→ Precauções de gotículas (para N. meningites e H. influenzae), isolamento
até 24 horas após a administração de ATB.
→ Coleta de líquor e hemoculturas. As contraindicações são: HIC, sinais
neurológicos focais, rebaixamento do nível de consciência, convulsão e CD4<200
→ Antibiótico terapia empírica precoce: ceftriaxona (cefalosporina 3º) e se
viral aciclovir.
→ Uso de corticóide (dexametasona) para reduzir o acometimento
intracraniano. Deve-se manter por 4 dias se S. pneumoniae.
→ Exame de imagem: TC crânio, deve-se buscar assimetria da linha média,
edema de apagamento dos sulcos, que levam a contra indicação de colher líquor
por risco de herniação do tronco cerebral.

O líquor:
→ Bacteriana: aumento de celularidade ( meningocócica aumenta
neutrófilos), aspecto branco, glicose disminuida, proteínas aumentadas
→ Viral: aumento de celularidade mononuclear, incolor, glicose normal ou
pouco tocada, proteínas levemente aumentadas.
→ TB: aumento de celularidade linfomononucleares, glicose diminuída e
proteína aumentadas.

Profilaxia: Para N. meningitidis usa-se rifampicina durante 2 dias, em até 2 semanas


após contato prolongado. Para H. influenzae usa-se rifampicina durante 4 dias para
crianças e contactantes adultos. Já S. pneumoniae não é necessária profilaxia.

7) Está de plantão em um Pronto Socorro e atende uma paciente de 28 anos com


quadro de perda progressiva de força muscular em braço e perna direita há 3 dias
que vem piorando, acompanhada de desorientação temporal e certa letargia. Relata
cefaléia há pelo menos 1 mês, além de astenia.
Nega comorbidades e relata ter parceiros eventuais com uso de preservativo
frequentemente, nega uso de drogas, álcool e tabaco.
Ao exame encontra-se lentificada com perda de força em hemicorpo direito,
presença de placas esbranquiçadas em palato e língua, presença de onicomicose
nas unhas das mãos e pés, restante sem alterações.
2.1 - Qual seu diagnóstico sindrômico Encefalite
2.2 - Exames a serem solicitados: Hemograma, teste HIV, sorologias, licor, TC ou
RNM crânio.
2.3 - Tratamento: Sulfadiazina + pirimetamina e ácido fólico por 6 semanas

HIV: já explicado acima. Neurotoxoplasmose: causa mais comum de encefalite.


Agente é o toxoplasma gondii, Diagnóstico feito por imagem sendo visualizado sinal
do halo concêntrico ou excêntrico. TTO com bactrim e ácido fólico por 6 semanas,
se efeito de massa associar a corticoide.

8) Chega na urgência uma senhora de 70 anos com PA: 90x60, Dextro:250, FC:130,
FR:28 e Glasgow 9 trazida pelo filho que relata que a mesma vem apresentando
muita dor e vermelhidão na perna direita há 10 dias. Procuraram outro serviço há 5
dias onde foi prescrito Cefalexina mas como a paciente iniciou quadro de vômitos,
acabou não tomando a medicação. Relata que hoje a mãe ficou confusa e
sonolenta.Diabética em uso de insulina regularmente e hipertensa em uso de
Losartana.
3.1 - Conduta imediata: Abertura do protocolo SEPSE. Com essa abertura,
faz-se o pacote de 1 hora: colher 2 hemocultura de sítios diferentes antes do
inicio da ATB, coletar lactato arterial, eletrólitos, glicose, ureia, creatinina, BT
e frações, gasometria arterial, TGO, TGP e coagulograma, iniciar
antibioticoterapia. Como tem hipotensão ressuscitação volêmica de
30mL/Kg/dL com cristaloide.
O antibiótico de escolha pensando em um foco cutâneo, como celulite, deve
ser oxacilina e caso resistente escalonar para vancomicina.
Sepse: presença de disfunção ameaçadora à vida em decorrência da presença de
resposta desregulada à infecção, sem sinais de SIRS. Critérios de disfunção é visto
pelo SOFA:
→ Hipotensão (PAS <90mmHg ou PAM <65mmHg ou queda da PA
>40mmHg)
→ Oligúria (menor ou igual a 0,5 mL/Kg/h) ou elevação da creatinina (>2
mg/dL)
→ Relação PaO2/FiO2<300 ou necessidade de O2 para manter SpO2>90%
→ Contagem de plaquetas <100.000/mm³ ou redução de 50% do número de
plaquetas em relação ao maior valor registrado em 3 dias
→ Lactato acima do valor de referência
→ rebaixamento do nível de consciência, agitação, delirium
→ Aumento significativo de bilirrubinas (>2x o valor de referências)

E abertura de protocolo pelo Q SOFA: confusão mental, FR>22 e PAS menor que
100 mmHg.
A conduta consiste no pacote de 1 hora, ou seja, colher 2 hemocultura de sítios
diferentes antes do inicio da ATB, coletar lactato arterial, eletrólitos, glicose, ureia,
creatinina, BT e frações, gasometria arterial, TGO, TGP e coagulograma, iniciar
antibioticoterapia ( pulmão ceftriaxona, pneumococo azitro, atípicas levofloxacino).
Se hipotensão ou lactato menor igual a 2 mol/L iniciar ressuscitação volêmica de
30mL/Kg/dL com cristaloide.

9) 4. A paciente de 70 anos é internada na UTI, apresenta melhora do estado geral,


mas após 10 dias inicia quadro febril, pióra do leucograma e aumento do PCR.
Está sob IOT em VM, com cateter venoso central em subclávia esquerda e cateter
vesical de demora.
Ao receber as culturas o intensivista verifica a presença de hemocultura positiva
para
Klebsiella pneumoniae resistente a Cefepime e outras cefalosporinas.
Pergunta-se:
4.1 - Quais as infecções que podem estar acometendo a paciente:
Infecção pulmonar, flebite e ITU.
4.2 - Comente como prevení-las
Pulmonar: pressão de cuff, higienização na limpeza oral, ver alta pressão
ventilatória e aspiração de secreção.
ITU: assepsia na sondagem, estase urinária, uso de luvas na hora de esvaziar
a bolsa coletora
Flebite: limpeza e luvas na hora de manipular e se atentar a data de colocação
do central.
4.3 - Em relação ao tratamento, como conduzir
Procurar foco, ver acesso venoso central se há hiperemia, se presente retirar
cateter e começar antibioticoterapia. Colher exame de urina 1 e urocultura e
RX de tórax. Para bactérias resistentes deve-se entrar com polimixina B,
podendo associá-la para melhor cobertura.

10) Paciente gestante de 38 semanas vem ao PA de GO em franco trabalho de


parto. Apresenta no cartão de pré natal sorologias para HIV, Hepatite B, Hepatite C
e VDRL não reagentes do inicio do acompanhamento e VDRL 1/64 na semana 35,
sendo tratada com Penicilina benzatina, assim como o parceiro.
Qual a conduta em relação à criança? Caso não tratada adequadamente ou
aumento de VDRL materno realizar teste não treponêmico, coletar licor,
hemograma e RX de ossos longos. Caso tratada adequadamente, VDRL do
RN.

11) Criança de 9 anos é trazida pela mãe ao PS Infantil com quadro de febre, dor
de cabeça e inapetência há 2 dias, hoje vomitou 2 vezes. Vacinas em dia.
Ao exame apresenta-se febril (T:38,3°C), corada e desidratada, com rigidez de nuca.
Restante sem alterações
6.1 - Que exame pediria e o que esperaria encontrar: Liquor e hemoculturas,
espero encontrar aumento da celularidade polimorfonucleares, baixa de
glicose e aumento de proteína
6.2 - Conduta neste caso:
Pensando no agente etiológico mais prevalente, deve-se pensar em infecção
por N meningitis.
Dessa forma realizar precaução de gotículas e isolamento até 24 horas após
início de ATB, coleta de líquor e hemoculturas, antibioticoterapia precoce
com ceftriaxona. Iniciar dexametasona e se não for S. pneumoiae suspender,
se for manter por 4 dias.
6.3 - A paciente tem um irmão mais novo que dorme no mesmo quarto, como
proceder
rifampicina durante 2 dias, em até 2 semanas após contato prolongado.

12) Paciente traz exames realizados em pré operatório: anti HIV não reagente, anti
HCV não reagente, HbsAg reagente, antiHbc IgG reagente, antiHbc IgM não
reagente, anti Hbs não reagente
7.1 - Quais exames deveriam ser solicitados neste momento: outras sorologias,
albumina, tempo de coagulação, BT e frações, TGO e TGP, glicose jejum e US
de abdome.
7.2 - Quais as complicações possíveis neste caso: Carcinoma hepático

13) Paciente com quadro de mialgia intensa, febre alta, cefaléia retroorbitária e
náusea há 2 dias.
Cite dois exames importantes para a avaliação desta patologia
Prova do laço e hemograma

13) Sobre a febre amarela, considere as seguintes afirmativas:


1. É uma infecção viral transmitida por picada de mosquito, que se caracteriza por
sinais sistêmicos gerais, como febre, mal-estar, mialgia, cefaleia e manifestações
gastrointestinais que duram em torno de 7 dias. Os sintomas hepáticos e renais
ocorrem sempre após essa fase inicial.
2. As manifestações hepáticas e renais da febre amarela ocorrem somente nos
pacientes que evoluem para as formas graves e malignas da doença. As formas
leves e moderadas não apresentam alterações hepáticas.
3. A vacina da febre amarela é composta por vírus inativado, motivo pelo qual é
contra-indicada somente para pacientes com histórico de alergia a proteína de ovo.
4. O diagnóstico laboratorial da febre amarela baseia-se em metodologias
sorológicas, com a pesquisa de anticorpos IgG e IgM.Os testes para isolamento viral
e de detecção de ácido nucleico também podem ser utilizados para pacientes que
estejam em uma fase precoce da doença.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2,3 e 4 são verdadeiras.

A febre amarela é causada pelo vírus flavivirus por meio da picada do mosquito
aedes aegypti e reservatório macacos. A incubação é de 3 a 6 dias e trasmissão de
5 a 7 dias iniciando-se 24 hrs antes do primeiro sintoma. É uma doença febril aguda
que pode afetar fígado, rins, coagulação, coração. No período de infecção, cerca de
3 a 6 dias, febre de inicio súbito com sintomas inespecíficos e pode ocorrer
bradicardia e infecção conjuntival. Há um período de remissão e após um período
toxêmico que é marcada pela resposta inflamatória exacerbada. Nesse período há
febre, diarreia, vômitos em borra de café, insuficiência hepatorrenal, hemorragias
gengivais, epistaxe, otorragia, hematêmese, melena, hematúrias, hemorragia
conjuntival, bradicardia e pode haver topor, coma e morte, ocorre o sinal de Faget
(bradicardia com temperatura elevada).
A forma leve TGO ou TGP < 500, Cr <1,3 e RNi<1,5; na moderada TGO maior ou
igual 500 e Cr maior ou igual 1,3; Na grave TGO ou TGP > 2.00, Cr >2 , RNI>1,5 e
plaque< 50 mil.

Diagnóstico é feito por sorologia, isolamento viral, genoma viral ou pesquisa de


antígeno viral.
O manejo clínico de leves e moderados necessita TGO, TGP, CR< RNI e
hemograma. Para os graves esses + ECG, EAS, RX de tórax, glicemia, gaso, gama
GT, LDJ, CK total, BT e frações, amilase, lipase, proteínas totais e drações, TTAP,
TTPA, lactato, Ureia, ions, PCR e ecocardio. MOV.
Fazer hidratação oral de 60ml/kg/dia ou EV 30mL/Kg/dia de cristaloide, paracetamol
( não usar AINE), repreavaliação de exame fisico de 4 em 4 horas e laboratorial de
12 em 12 horas até completar 48 horas afebril.
Fazer notificação. Vacinar (virus atenuado) após melhora do quadro.

Critérios de alta: 48 hr afebril com melhora dos sintomas sem hemorragias ou


melhora da função hepatorrenal. Se paciente com acometimento cardíaco:
→ Leve: 48 hrs afebril
→ moderada: 72 horas após melhora laboratorial
→ Grave: ir para enfermaria após melhora laboratorial

DISCUTIDA COM MAJU: PARA NÓS SÓ A 1 E 4 ESTÃO CORRETAS, AS


CONTRA INDICAÇÕES DA VACINA DE VÍRUS ATENUADO SÃO MAIORES QUE
SÃO ALÉRGICOS A OVO, COMO IMUNOSSUPRIMIDOS E GRÁVIDAS. MAS A 2
ESTÁ ERRADA POIS HÁ COMPROMETIMENTO HEPÁTICO NA MODERADA.

14) Assinale a alternativa que apresenta um critério menor do tipo fenómeno


vascular nos critérios modificados de Duke para endocardite infecciosa.
a) Lesões de Janeway.
b) Nódulos de Osler.
c) Manchas de Roth.
d) Glomerulonefrite.
e) Fator reumatoide positivo.

Endocardite: doença com lesão do endotélio do endocárdio, geralmente envolvendo


as valvas. As bactérias se depositam no tecido formando a vegetação. A clínica
consiste em febre, insuficiência valvar, fenômenos embólicos e achados. A etiologia
varia pela porta de entrada:

Agente Porta de entrada

S. aureus Cateter, usuários de drogas, cirurgia prévia


Estafilococos Neonatos e próteses
coagulase negativos

S. viridans Odontologia

S. Gallolyticus Trato gastro intestinal, pólipos e tumores TGI

Candida Cirurgia + drogas injetáveis.


O diagnóstico é feito pelos critérios de Duke, com 2 critérios maiores de DUKE, 3
menores e 1 maior ou 5 menores.
- Critérios maiores: cultura positiva, ecocardiograma com acometimento, novo
sopro de regurgitação e piora do envolvimento de endocárdio.

- Critérios menores:
→ Febre
→ Fenômeno vascular: embolia arterial, infarto pulmonar séptico, aneurisma
micótico, hemorragias e lesões de Janeway
→ Fenômenos imunológicos: fator reumatóide, glomerulonefrite, nódulos de
Osler e manchas de Roth.

Dos exames: pedir 3 hemoculturas duplicadas em sítios diferentes com


espaçamento de 1 hora entre as coletas, bacterioscopia, cultura e antibiograma,
ecocardiograma transtorácico, antibioticoterapia e avaliação cirúrgica (Indícios de
insuficiência cardíaca, infecção não controlada (vegetação em aumento, abscesso,
infecção por fungo ou microorganismo resistente) e /ou prevenção de embolismo
(vegetação à esquerda com >10mm).

Agente valva natural ou acima de 12 valva protética recente


meses

S. aureus comunidade oxacilina de 4 a 6 semanas oxacilina + rifampicina por 6


semanas + gentamicina por
2 semanas

S. aureus hospitalar vancomicina por 4 a 6 semans Vancomicina + rifampicina


por 6 semanas +
gentamicina por 2 semanas

Enterococo Ampicilina + gentamicina de 4


a 6 semanas

Streptococcus Penicilina G cristalina por 4


semanas. Ou ampicilina
15) Assinale a alternativa que apresenta erupções morbiliformes.
a) Sarampo.
b) S. do choque tóxico.
c) Molusco contagioso.
d) Doença de Kawasaki.
e) Escarlatina

Tipos de exantema:
→ Morbiliforme: típico do sarampo, pequenas maculo-pápulas eritematosas
(3 a 10 mm), avermelhadas, lenticulares.
→ Escarlatiniforme: eritema difuso, puntiforme, vermelho vivo, sem solução
de continuidade, poupando a região perioral e áspero. Típico de escarlatina.
→ Rubeoliforme: semelhante ao morbiliforme, porém de coloração rósea,
com pápulas um pouco menores. É o exantema presente na rubéola.
→ Urticariforme: erupção papuloeritematosa de contornos irregulares. É mais
típico em algumas reações medicamentosas, alergias alimentares.

Exantema Súbito :
A etiologia consiste em Herpes vírus 6 e 7, é transmitido contato com secreções de
portador assintomático da doença (gotículas). A faixaxa etária acometida é
lactentes, mas pode surgir até 4 anos. A apresentação clínica advém de um quadro
agudo, com prodrômico de duração de 3 a 4 dias com febre alta e irritabilidade. O
exantema inicia-se após o desaparecimento da febre em tronco do lactente e
desaparece rapidamente sem descamação. Tem como complicações as
convulsões. Seu exantema é róseo, maculopapular em pescoço e tronco que
progride para face e extremidades.

Diagnóstico: imunofluorescência indireta para detectar IgM e IgG. Tratamento:


suporte, não há vacina

Eritema infeccioso:
Causado pelo Parvovírus humano B19 e é transmitido por secreções respiratórias
ou via placentária de mães infectadas. Acomente mais idade escolar 4 aos 10 anos.
O quadro não tem pródromos, com sintomas inespecíficos como cansaço, febre,
mialgia e cefaléia de 7-10 antes do aparecimento do exantema. O exantema
aparece na face, intenso, em forma de asa de borboleta ou lembrando o aspecto
de face esbofeteada, distribuindo-se em seguida nos membros e tronco. Não há
descamação. Complicação é aplasia de medula. O diagn´sotico é por teste elisa e
não há tratamento,

Escarlatina:
Causado pelo Streptococcus pyogenes, grupo A hemolítico, transmitido por
secreções respiratórias e acomete a faixa de 2 a 10 anos. Ocorre concomitante
ou após faringoamigdalite membranosa. Apresenta febre alta, mal-estar,
exantema eritematoso puntiforme (pele áspera como uma lixa), palidez
peribucal (Sinal de Filatov), linhas marcadas nas dobras de flexão (Sinal de
Pastia) e língua em framboesa. Descamação extensa de mãos e pés. As
complicações precoces são glomerulonefrite e febre reumática aguda, as tardias
são coréia de Sydenham e cardiopatia reumática. O diagnóstico é feito via
aglutinação de látex de secreção da nasofaringe e o tratamento é com penincilina
por 10 dias

Varicela: catapora
Causada pelo vírus varicela-zoster por contato com fluídos da lesão cutânea e
aerossóis da secreção faríngea.A clínica inicia-se com Pródromo de febre,
mal-estar, odinofagia e anorexia. exantema polimórfico de progressão centrípeta,
pruriginoso, em face e tronco que aparece 24 horas após a febre. A prevenção é
pela vacinação aos 15 meses (tetraviral)
Sarampo:
Causado pelo Morbillivirus (família Paramyxoviridae) por aerossóis respiratórios.
Rem um período prodrômico característico, com 3-5 dias de febre alta, tosse e
conjuntivite (3C→ cuff, cefaleia e conjuntivite). O sinal de Koplic, caracterizado
pela presença de manchas esbranquiçadas (enantemas) na mucosa oral,
geralmente precede o exantema. O exantema máculo-papular aparece entre o 30 e
70 dia, é morbiliforme, com início atrás das orelhas e distribuição centrífuga para
todo o corpo porém sem acometer palmas e plantas. Leve descamação, fina como
farinha. A prevenção ocorre por meio da vacinação com 2 doses, 1º aos 12 meses e
2º aos 15 meses. No período de pandemia houve diminuição na vacinação. O
diagnóstico é feito via sorologia de IgM por ELISA

Rubéola:
Causada por Rubivírus (família Togaviridae) por secreções nasofaríngeas de
pessoas infectadas. Em crianças geralmente não há pródromos. Adultos podem
apresentar sintomas leves, predominando febre baixa, cefaléia e mal-estar
geralmente 5 dias antes do aparecimento do exantema. Linfadenopatia quase
sempre presente, principalmente retroauricular e occipital. Exantema
máculo-papular róseo, difuso e discreto, distribuição crânio-caudal, máxima
intensidade no 2º dia, desaparecendo até o 6º dia, sem descamação.O diagnóstico
é via sorologia IgM por ELISA e há vacinação para prevenção.

16) As medidas associadas com a redução da mortalidade no choque séptico, além


da ressuscitação volêmica, são
(A) antibioticoterapia precoce, uso de corticoide, controle glicêmico, uso de agentes
vasopressores precocemente.
(B) antibioticoterapia na primeira hora de tratamento, controle glicêmico, uso de
dopamina e vasopressina, se necessário.
(C) antibioticoterapia precoce, uso de imunoglobulina humana, uso de proteína C
ativada, uso de agentes vasopressores precocemente.
(D) antibioticoterapia na primeira hora de tratamento, controle glicêmico, uso de
agentes vasopressores precocemente.

16) 10. Homem de 75 anos com pneumonia foi internado e recebeu


amoxicilina-clavulanato e omeprazol, com boa resposta. No quinto dia de
internação, apresenta febre, inapetência, dor abdominal em cólica e diarreia, com
eliminação de fezes líquidas e muco. Os episódios de diarreia estão aumentando e
o paciente precisou de hidratação intravenosa. Exame físico: sinais vitais normais,
hipertimpanismo abdominal. Hemograma: 12000 leucócitos/mm3. Raio x de
abdome: discreta distensão do cólon.
Coprocultura: ausência de germes patogênicos. O tratamento é:
(A) ciprofloxacina por via oral.
B) metronidazol por via oral.
(C) ciprofloxacina e metronidazol por via intravenosa.
(D) ceftriaxone por via intravenosa.
A diarréia de origem hospitalar é classificada após três dias de internação.

Ciprofloxacino: quinolona, usado contra gram - e +, principalmente enterobactérias.


3º escolha para e. coli da comunidade
Metronidazol: uso oral para infecções causadas por bactérias anaeróbicas é a
primeira escolha nos casos de colite pseudomembranosa
Ceftriaxona: cefalosporina de 3º geração usada para gram - da comunidade

O pulo do gato nessa questão é falar que já foi tratado com clavulin. O uso de ATB
pode levar a desregulação da microbiota intestinal e com isso a Clostridium difficile
(bacteria gram + da flora) leva a uma colite pseudomembranosa pela ligação de
suas toxinas aos receptores da parede intestinal. Essa doença é tratada com
metronidazol.

17) são objetivos do tratamento da hepatite C:


A) resposta virológica sustentada e erradicação do vírus do organismo.
(B) manutenção do vírus em órgãos linfoides, mas com carga viral não detectada.
(C) aumento da qualidade, mesmo com impossibilidade de aumento da expectativa
de vida.
(D) prevenção do carcinoma hepatocelular, mesmo sem erradicação do virus.

18) Na evolução da infecção pelo HIV, é comum ocorrer envelhecimento precoce,


que pode ser explicado pela associação de
(A) processo inflamatório crônico e ativação imune persistente.
(B) controle completo da replicação vira após tratamento e uso tardio de
antiretrovirais.
(C) intensa inflamação do início da infecção e controle da ativação imune.
(D) ativação imune persistente e uso precoce de antirretrovirais

19) Menina, 8a, previamente hígida, retorna para verificar resultados de exames.
Há cerca de 45 dias teve uma linfoadenomegalia febril. Atualmente sem queixas e
com exame físico sem alterações. Sorologia toxoplasmose= IgM e IgG positivas. A
mãe fica muito insegura e tem muitas perguntas. A CONDUTA E:
a. A criança não pode voltar para a escola por mais 15 dias para não transmitir a
doença.
b. Como a criança é previamente hígida, não há necessidade de tratamento
medicamentoso.
c. O agente é um protozoário, com tropismo para músculo sendo o homem o
hospedeiro definitivo.
d. É uma doença autolimitada, mas o paciente deve ser acompanhado em
ambulatório especializado pelas possíveis complicações.

20) Homem de 23 anos comparece em consulta na unidade de saúde de Santo


André (São Paulo) devido queixa de dor e lentidão do jato urinar, com presença de
secreção mucopurulenta. Não tem parcerias sexuais fixas no momento. Percebeu
os sintomas cinco dias após a última relação sexual desprotegida. Considerando
que não há laboratório disponível para confirmar o agente etiológico, a conduta
neste caso é:
A ) Preferir a Doxiciclina 100mg via oral, um comprimido duas vezes por dia, por
sete dias por motivo de resistência a
Celtriaxona, e azitromicina 500 mg dois comprimidos via oral dose única. Contatar
as parcerias sexuais sintomáticas. Oferecer vacinação contra hepatite B caso
necessário.
B) Preferir a Ciprofioxacina 500 mg um comprimido via oral dose única por motivo
de resistência a Ceftriaxona, e azitromicina 500 mg dois comprimidos via oral dose
única. Contatar as parcerias sexuais sintomáticas e assintomáticas. Oferecer
sorologia para as outras ISTs.
C) Ceftriaxona 500 mg intramuscular dose única e azitromicina 500 mg dois
comprimidos via oral dose única. Contatar as parcerias sexuais sintomáticas e
assintomáticas. Oferecer sorologia para as outras infecções sexualmente
transmitidas (ISTS).
D ) Penicilina benzatina 1.200.000 Ui intramuscular dose única em cada glúteo.
Contatar as parcerias sexuais sintomáticas. Oferecer sorologia para as outras ISTs

Clamídia: causada pela Chlamydia trachomatis seus sorotipos dão clínica


diferentes:
→ D À K: pode ser assintomático nas mulheres ou apresentar disúria, corrimento e
discreto prurido vaginal. O exame ginecológico poderá fornecer alguma pista;
quando apresentar corrimento cervical mucopurulento ou mucoturvo (fina, clara e
aquosa), o colo uterino mostrar-se friável, sangrar facilmente ao toque com a pinça
de Cheron. No homem, mais comum a uretrite não-gonocócica, manifesta-se em
forma de disúria e corrimento uretral claro ou esbranquiçado. Trata com Azitromicina
1 g dose única VO (na dúvida tratar gonorreia também)

→ L1, L2 e L3: começa como uma bolha pequena e muitas vezes


imperceptível que cicatriza rapidamente. Depois os linfonodos incham e se tornam
sensíveis, nesse estágio começa a febre e mal estar. O linfonodo pode se romper
gerando fístulas para a pele drenando pus ou sangue. No terceiro estágio, as
feridas cicatrizam com fibrose, mas a fístula pode persistir ou recorrer. Se a infecção
durar muito tempo ou reincidir, os vasos linfáticos (que drenam líquidos dos tecidos)
podem ficar bloqueados, causando o inchaço dos tecidos genitais e formação de
ulcerações na pele.Doxiciclina 100mg Vo por 7 dias

Gonorreia: causada por Neisseria gonorrhoeae (diplococo gram negativo), com


clínica de infecção do epitélio da uretra, cérvice, reto, faringe ou conjuntiva com
secreção purulenta amarelada em grande quantidade.uretrite masculina, dor,
sensibilidade peniana,disúria e secreção purulenta. Em mulheres além de vaginite,
pode gerar doença inflamatória pélvica. ceftriaxona 500mg IM dose única. Deve-se
associar Azitromicina VO dose única para clamídia.

A questão: paciente com uretrite e disúria e corrimento uretral claro ou


esbranquiçado. Condiz com clamídia do sorotipo D À K. Deve-se tratar com
azitromicina 1g VO e ceftriaxona 500mg IM

21) Sobre a Anfotericina B, marque a resposta correta:


(A) É utilizada no tratamento das doenças de pele e cabelo e se acumula nos
queratinócitos.
(B) É administrada por via parenteral para o tratamento de várias micoses
sistêmicas.
(C) É prontamente absorvida pelo TGI.
(D) É útil no tratamento de colite pseudomembranosa e é absorvida quando
administrada por VO.
(E) É utilizada no tratamento de coriorretinite por CMV em pacientes
imunossuprimidos.
22) Todo paciente com forma tardia da sífilis deve ter deve ter avaliação do líquido
cefalorraquidiano, já que o tratamento da forma assintomática evita a progressão da
neurosífilis. Neste caso, o achado de uma ou mais alterações do liquor, abaixo
citadas, definem a neurosífilis, com EXCEÇÃO de:
a) pleiocitose
B) Redução da glicose.
C) FTA-Abs positiva.
D) Aumento de proteína
E Aumento do cloro

Resolução: Bactérias consomem glicose para seu metabolismo e aumento de


proteínas, por isso redução no liquor, FTA-Abs positiva indica infecção sifilítica. E na
sífilis tem aumento de leucócitos (pleocitose) no licor com predomínio de linfócitos e
monócitos.

23) Na meningoencefalite bacteriana aguda, encontramos no líquor:


a) Celularidade normal, proteína elevada, glicose baixa.
b) Celularidade elevada, proteína baixa, glicose baixa.
c) Celularidade elevada, proteína elevada, glicose elevada.
d) Celularidade normal, proteína baixa, glicose elevada.
e) Celularidade elevada, proteína elevada, glicose baixa.
Explicado acima

24) Considerando o texto informativo, assinale a opção correta acerca de


meningites:
a) Os principais sinais e sintomas para suspeita de meningite são dor de cabeça e
ausência de febre, que em crianças podem não ser tão evidentes.
b) Clinicamente as meningites causadas por bactérias são mais graves,
podendo haver disseminação ocasionando surtos e epidemias.
c) Trata-se de doença que acomete exclusivamente crianças na idade escolar.
d) Geralmente as meningites causadas por bactérias são mais prevalentes no verão
e as causadas por vírus são mais prevalentes no inverno
e) A transmissão da doença se dá pela ingestão de água ou alimentos
contaminados

25) Homem de 17 anos apresenta cefaléia de forte intensidade, com dois dias de
duração, acompanhada de fotofobia, mialgia, náuseas e vômitos. Ex físico: T.Ax.:
37,8 C. Rigidez de nuca. Ex. lab.: Liquor: 130 leucócitos/mi (78% de linfócitos),
hemácias=30/ml, proteínas= 58mg/di,glicose= 64 mg/di, não há bactérias na
coloração de Gram: Assinale a alternativa CORRETA.
a ) Trata-se de meningite a liquor daro e o paciente deve receber ceftriaxona e
sofrer nova punção liquórica em 12 horas.
b) O paciente deve receber Aciclovir endovenoso até o resultado da amplificação
para herpes vírus no liquor.
c) O paciente deve receber apenas medicação sintomática e deve-se realizar
amplificação para enterovírus no líquor.
d) Deve-se medicar com sintomáticos, solicitar a Tomografia de crânio e
realizar a amplificação para enterovírus no liquor

Resolução: licor com celularidade a base de linfócitos, proteina levemente


aumentada e glicose normal indica infecção viral. Infecções virais podem acometer
o lobo temporal, sendo necessário TC de crânio. Para a tentativa de isolamento dos
Enterovírus deverão ser testadas amostras de líquor e fezes, além da pesquisa de
anticorpos em amostras pareadas de soro.No caso dos herpes vírus e
citomegalovírus, pode ser realizada a reação em cadeia de polimerase (PCR), no
LCR.

27)Casos suspeitos de paracoccidioidomicose, forma aguda, em crianças nos levam


a:
a) Considerar diagnósticos diferenciais, como por exemplo, doenças
linfoproliferativas
b) Investigar quadros associados, como, por exemplo, desnutrição, anemias e
parasitoses
c) Proceder a exames com a finalidade de detectar visceromegalia ou massa
ganglionar intra abdominal
d) Afirmar que todas as respostas anteriores estão corretas.

Resolução: a forma aguda se manifesta com presença de linfadenomegalia de


múltiplas cadeias, lesões cutâneas, hepatoesplenomegalia, massas abdominais,
ascite, icterícia, edema periférico, dor abdominal, diarreia crônica, disabsortiva,
vômito, febre e perda de peso.
O quadro mais comum é febre, visceromegalias e linfonodomegalia, seu DD é
doenças linfoproliferativas. Vale ressaltar a busca para visceromegalias e linfonodo
abdominal. Crianças no campo são expostas a desnutrição e parasitoses que
podem levar a quadros semelhantes.

28) Homem de 42 anos, lavrador, relata tosse produtiva, febre diária e perda
ponderal há 5 meses. O Rx tórax mostra opacidades difusas em campos médios e
inferiores pulmonares bilateralmente. linfonodomegalia mediastinal. O exame a
fresco do escarro mostrou estruturas circulares com membrana refringente e
brotamento lateral. O que deve ser feito?
a) Tratar com Sulfametoxazol/Trimetoprim por 9 meses.
b) Solicitar a cultura do escarro e tratar com Cetoconazol.
c) Solicitar pesquisa de BAAR no escarro e PPD antes de tratar.
d) Tratar com Itraconazol por 6 meses.
Resolução: o paracoco ao exame microscópico como estrutura circular com
brotamento ao redor (roda de leme). Em casos leves o tratamento de escolha é
itraconazol por 9 a 18 semanas, em segunda escolha bactrim, e graves anfotericina
B por 4 semanas e depois itraconazol

29)Menina, 8 anos, refere febre ocasional e aparecimento de caroços no pescoço


há 3 meses, como mostrado na figura a seguir. Emagreceu um pouco no período.
Refere dor discreta e nega hiperemia no local. Fez tratamento com antibiótico por 10
dias sem melhora. Drenou parcialmente e de forma espontânea. À microscopia
direta, de material colhido por PAAF, observaram-se células arredondadas, de 2 a
40 micras, isoladas ou agrupadas apresentando parede birrefringente,
visualizando-se célula mãe rodeada de brotos com aspecto em roda de leme. Com
base na descrição, o diagnóstico é de:
a) Paracoccidioidomicose.
b) Histoplasmose.
c) Sarcoidose.
d) Linfoma de Hodgkin.
e) Doença da arranhadura do gato.

Resolução: explicado acima

30) Assinale a alternativa correta sobre paracoccidioidomicose:


a) A associação Sulfadiazina e Fluconazol são as drogas de escolha para o
tratamento de paracoccidioidomicose.
b) Com relação ao tempo de tratamento da paracoccidioidomicose, as diretrizes
recomendam entre 1 a 3 meses, sob regime de internação hospitalar.
c) Uma das comorbidades associadas à paracoccidioidomicose é a
tuberculose, presente entre 5 a 10% dos casos.
d) Anidulafungina é a droga de escolha para o tratamento de
paracoccidioidomicose.
e) Trata-se de um protozoário, Paracoccidioides brasiliensis, descrito principalmente
na região do Mediterrâneo.
Resolução:
a) Errada, tratamento itraconazol ou em casos graves anfotericina B
b) Errada, o tratamento hospitalar é de casos graves por 4 semanas e depois
transição para VO
c) Correta
d) Anidulafungina usada em invasão por candida. O tto de escolha está supracitado.
e) Errada, é um fungo.

31) O uso da imunogiobulina humana anti-hepatite B está indicada nas primeiras 48


hrs após as seguintes situações:
a) Abuso sexual independentemente do histórico de imunização pregressa da
vítima.
b) Exposição sexual com caso Anti-HBc reagente e Anti-HBs reagente, quando o
paciente exposto for Anti-HBs não reagente.
c) Exposição ocupacional sanguínea de não vacinados para hepatite B,
quando o caso fonte for HBSAg reagente.
d) Parto de recém-nascidos de mãe Anti-HBs reagente.
e) Exposição sexual desprotegida com parceiro de alto risco.

Resolução: as indicações sça presença de infecção perinatal, vitimas de acidente de


material biológico positivo, comunicantes sexuais com casos agudos de hepatite B,
vitimas de violência sexual e imunossuprimidos após exposição de risco memso que
vacinados.

32) Paciente feminina de 39 anos tem cefaleia, náuseas, vômitos e dor abdominal.
Ao exame físico está consciente, orientada e com sinais de irritação meníngea. Foi
feita a punção liquórica não precedida por tomografia de crânio. O líquor estava
turvo e mostrou: Glicorraquia = 2 mg/dL, Proteinorraquia = 354 mg/di, e Pleiocitose
polimorfonuclear. A Bacterioscopia do líquor mostrou diplococos Gram +
Assinale o correto:
a) A punção liquórica deveria ter sido precedida de tomografia de cránio para afastar
o risco de hérnia cerebral interna.
b) Deve ser tratada com Ceftriaxona por 10 dias e Dexametasona por 72 horas.
c) Deve ser tratada com Vancomicina e Dexametasona.
d) Deve ser tratada com Ampicilina e Dexametasona.

Resolução: licor turvo, com glicose consumida e proteina elevada= pensar em


bactéria. Gram+ = pneumococo. Tratamento de bacteriana é com ceftriaxona por 7 a
10 dias e no caso de pneumococo usar corticoide por 4 dias.

33) O espectro da doença meningocócica varia desde bacteremia oculta e meningite


até choque séptico e óbito. Assinale a alternativa correta relativa à apresentação
clínica, diagnóstico e tratamento.
a) O líquor corado pelo Gram mostra presença de diplococos Gram +, quando há
meningite meningocócica.
b) Quadros de meningococcemia sem meningite, em geral, são de melhor
prognóstico do que os quadros com meningite meningocócica.
c) Petéquias ocorrem na meningococcemia sem meningite; quando há meningite
não há petéquias.
d) O tempo de tratamento é de 14 dias nos casos sem complicações.
e) A antibioticoterapia empírica inicial é com Ceftriaxona, mas se houver
confirmação do meningococo pode-se usar Penicilina cristalina.

meningococcemia: meningite é a principal manifestação (70%) pode ter bacteremia


isolada (27%) e fulminante (3%).Causada por N. meningitidis um gram -. A Clinica
consiste em febre, calafrios, mal estar, mialgia, dor em membros, prostração e um
rash maculopapular, petequial ou purpúrico. Os fatores importantes associados com
morte são coma ou hipotensão, leucopenia ou plaquetopenia e ausência de
meningite.
No tratamento empírico da meningococcemia deve se iniciar uma cefalosporina de
terceira geração como: ceftriaxona (100mg/Kg/ dia a cada 12 ou 24h, dose máxima
2g 12/12h) ou cefotaxima (200-300 mg/kg/dia a cada 4 a 6h, máximo 12g/dia). Com
a confirmação etiológica, devemos restringir o espectro para penicilina G cristalina
(300.000 UI/Kg/dia, máximo de 12 milhões de UI/ dia, a cada 4 ou 6h) ou ampicilina
(200-400 mg/kg/ dia a cada 6h, máximo 12g/dia

35)Paciente masculino, 36 anos, em tratamento com esquema antituberculose,


com boa adesão ao tratamento, e cultura demonstrando sensibilidade da
micobactéria no esquema. Há 2 meses realizou exame de HIV demonstrando
positividade e CD4 em 150 células. Naquele momento realizou PPD com resultado
negativo. O seu médico do CS iniciou esquema antirretroviral e o paciente
apresenta-se assintomático há 3 dias, quando iniciou quadro de tosse, febre e
mal-estar. Foi internado e realizou broncoscopia, que não demonstrou sinais de
infecção bacteriana, e o BAAR do lavado foi negativo. O hemograma era normal
CD$ passou de 500 e carga viral indetectável. A partir dos aspectos descritos
acima, assinale o diagnóstico
a) Falha terapeutica do retroviral
b) falha terapeutica do esquema antituberculose
c) Infecção por M. avium.
d) Sd. da reconstituição imune
e) Infecção por P. jerovecci

Resolução: é uma condição inflamatória exacerbada, provocada pelo aumento de


linfócitos TCD4+ após início da terapia antirretroviral (TARV). É caracterizada por
piora clínica relacionada a agentes infecciosos latentes (SRI oculta) ou em
tratamento (SRI paradoxal).
37) Escolar 8 anos levado ao pronto socorro com febre, cefaléia e vômitos. EF
sonolência e rigidez de nuca. Licor predominio de neutrofilos, glicose de 22 e
proteinas de 65. Quais os 2 agentes mais comuns:
N. meningitidis e S. pneumoniae

38) Homem de 58 anos vem apresentando, nos últimos 5 dias quadro de erisipela
em MIE, evoluindo para anorexia e redução do volume urinário. Ao exame fisico
encontra-se orientado desidratado ++/4, hipocorado ++/4, FR. = 32 iPM.
temperatura axilar e 38.2C, FC = 108 bpm, PA.90x 60, ritmo cardíaco regular e
resultados dos exames com e mentares; Ht = 26%, Hb 10, leucócitos = 14.000/mm3
(15% bastões), glicose = 120mg%, ureia = 86 mg%, creatinina = 1,4mg%, Na=134,
K = 5,2, pH = 7,28, PO2 = 92, PC02 = 29, BE = - 8,3 HC03 = 14 mEq/1.
5.1- Qual seu diagnostico sindrômico, anatômico e etiológico
sepse, foco MIE, Streptococcus pyogenes
5.2-Qual a medida clinica mais apropriada no momento.
Abertura do protocolo SEPSE. Com essa abertura, faz-se o pacote de 1 hora:
colher 2 hemocultura de sítios diferentes antes do inicio da ATB, coletar
lactato arterial, eletrólitos, glicose, ureia, creatinina, BT e frações, gasometria
arterial, TGO, TGP e coagulograma, iniciar antibioticoterapia. Como tem
hipotensão ressuscitação volêmica de 30mL/Kg/dL com cristaloide.
O antibiótico de escolha pensando em um foco cutâneo, como erisipela, deve
ser ampicilina, no entanto caso não tenha melhora clínica mudar para
oxacilina pensando em S. aureus

39) Paciente de 32 anos, procedente da Nigéria, onde trabalhava na construção


civil, HIV negativo.
Refere há 7 dias um quadro súbito de febre irregular, acompanhada de cefaleia,
calafrios e dor no corpo durante os episódios febris. Ao exame físico, estava
prostrado, levemente ictérico e com hepatoesplenomegalia. Na pesquisa direta de
parasitos no sangue periférico, observou-se uma estrutura aneliforme com dupla
cromatina no interior da hemácia e estruturas maiores em forma de banana.
Considerando-se os achados clínicos e laboratoriais, o diagnóstico é:
a) Arneblase
b) Babesiose.
c) Balantidiase.
d) Malária.

Malária é causada pelo protozoário plasmodium sp e transmitida por mosquitos e


demorando 8 a 30 dias para manifestação. Após a picada o plasmodium migra pro
fígado onde se multiplica. Em seguida, já na corrente sanguínea, invadem os
glóbulos vermelho. O principal sintoma é a febre em padrões ciclicos ( corresponde
ao rompimento das hemácias). Tratamento com artesunato

40) Com relação às infecções hospitalares, assinale a alternativa INCORRETA:


a) O uso de antibioticoterapia profilática prolongada (até 5 dias) é a melhor e
mais eficaz maneira de se diminuir a incidência de infecções hospitalares em
pcts cirúrgicos eletivos.
b) A lavagem das mãos antes e pós a manipulação dos pcts é a melhor maneira de
prevenir infecções cruzadas nas enfermarias cirúrgicas.
c) Os bacilos Gram (-) aeróbios e o Staphylococcus aureus são os principais
agentes responsáveis pelas infecções hospitalares em pcts graves.
d) Posição elevada de pacientes de 30-45° graus diminui a incidência de pneumonia
associada à ventilação mecânica.

É o máximo 2 dias.

41) Dos antibióticos relacionados, o não indicado para tratamento de infecções por
bactérias anaeróbias é:
a) Imipenem
b) Cefalotaxima
c) Cefoxitina
d) Clindamicina

Imipenem é um inibidor da síntese de parede celular, ele age em todas as bactérias.


Cefalotaxima é uma cefalosporina de 3º geração. As cefalosporinas são divididas
em 5 gerações, lembrando que a 1º geração pega bem gram + e pouco gram -,
segunda geração cobre bem gram+ e cocos gram -. Já a 3 geração gram - e
anaeróbicos, 4 geração cobre gram-,+ e estafilo sensivel a meticilina e
pseudomonas.
Cefoxitina: cefalosporina de 2º geração
Clindamicina: é um macrolídio com ação contra toxinas (comum em anaerobicos)
42) Paciente do sexo masculino, 35 anos de idade, casado, operador de máquinas,
sem antecedentes patológicos, foi submetido a uma apendicectomia em fase inicial,
edematosa, apêndice integro, sem presença de liquido livre na cavidade abdominal,
sem intercorrências. Recebeu antibiótico profilático. Ficou internado em uma
enfermaria coletiva (6 leitos) por 48 horas. Recebeu alta em boas condições, sem
queixas. Hoje compareceu ao ambulatório de cirurgia no 8° dia de pós operatório
com queixa de dor, calor e edema no local da incisão cirúrgica, que, desde ontem,
está drenando secreção purulenta. Nega febre. Qual das medidas abaixo teria maior
impacto na prevenção da infecção de ferida cirúrgica descrita no caso?
a) Realização de controle rigoroso da glicemia capilar no perioperatório.
b) Utilização de curativos com antibiótico tópico após a alta hospitalar.
c) Higienização adequada das mãos dos profissionais na enfermaria.
d) Manutenção do antimicrobiano por via oral após a alta hospitalar.
e) Realização de tricotomia com aparelho sem lâmina.

44) Dada a resistência ou tolerância a antibióticos que atuam na parede celular


bacteriana, incluindo penicilinas e vancomicina, as infecções por enterococos,
exceto as urinárias, devem ser tratadas com adição de:
a) Claritromicina ou Azitromicina
b) Gentamicina ou Estreptomicina
c) Imipenem ou Ertapenem
d) Clindamicina ou Metronidazol
e) Ciproflaxacina ou Levofloxacina

Resolução:
Para infecção de enterococos deve associar vanco a aminioglicosídeos como
gentamicina e estreptomicina
Nitrofurantoína e fosfomicina costumam ser eficazes para a infecção do trato
urinário causada por enterococo resistente à vancomicina.

46) Paciente sexo feminino, 36 anos, sabe ser portadora do virus HIV há 4 anos,
porém nunca realizou tratamento pois achou que estava bem e não tinha sintomas.
Chegou ao PSA com história de dispneia progressiva há 23 dias e há 1 semana aos
pequenos esforços, febre não aferida, acompanhada de tosse e emagrecimento não
quantificado nos últimos meses. Ao exame apresentava-se taquidispneica, FR 36,
saturação 02 pela oximetria de pulso 84%. Ausculta pulmonar: MV+ sem alterações
RX tórax: imagem infiltrado intersticial bilateral difuso, gasometria arterial PO2 65
2.1-Qual sua principal Hipótese Diagnóstica? Quais possíveis diagnósticos
diferenciais. Pneumocitose. DD: TB, pneumonias
2.2-Colocaria a paciente em Precaução? Em caso afirmativo, qual seria?
Sim, ao pensar em paciente com pneumocistose, devemos sempre investigar
coinfecção com tuberculose. Esta doença necessita de precaução para
aerossóis.
47) 3. Homem, 22 anos de idade, veio ao hospital com história de febre alta há 5
dias. A febre teve inicio súbito. Refere também cefaleia, dor retro-orbitária, artralgia,
mialgia e exantema maculopapular difuso pruriginoso, associado à petéquias,
epistaxe e gengivorragia.
3.1. Cite dois achados laboratoriais considerados sinais de alarme desta doença.
Prova do laço e queda de HT.
3.2. Qual a conduta: perfil C, internação com hidratação venosa de 30ml/Kg/dia
coleta de exames (hemograma, NS1, albumina, TGO, TGP, Rx tórax e US de
abdome, conforme necessidade, U, Cr, eletrólitos, gaso, TAP, PTT e ECG.
Quantificar diurese.)

48) RN a termo, pequeno para idade gestacional, com 30 horas de vida, apresenta
VDRL 1/128. Segundo os dados do cartão de pré-natal, a mãe foi tratada para sífilis
no segundo trimestre de gestação, com 3 doses de penicilina benzatina (total
7.200.000 UI), e apresentou as seguintes sorologias:
VDRL pré-tratamento = 1:512
VDRL pós-tratamento = 1:256: 1:128: 1:64
VDRL no dia do parto = 1:128
A mãe não sabe se o pai do RN foi tratado, pois estão separados.
Qual a conduta em relação ao RN, após solicitação de hemograma, líquor e
radiografia de ossos longos.
Penicilina cristalina 50 mil UI de 12 em 12 horas na primeira semana de vida,
de 8 em 8 horas no até completar 10 dias.

49) NÃO se refere à Hepatite viral A:


a) forma subclínica na infância
b) A imunoprofilaxia passiva é pouco efetiva na prevenção de surtos epidêmicos
c) A imunoprofilaxia ativa é segura e efetiva, cuja vacina pode ser aplicada em
qualquer idade
d) Cronicidade do quadro
e) Até 15% dos pcts afetados apresentam quadro prolongado ou manifestações
recorrentes por um período habitualmente, não superior à seis meses

50) Homem, 32 anos, médico, acidentou-se com agulha oca ao realizar paracentese
de um pct infectado pelos virus b e C, das hepatites e com carga viral positiva para
ambos. No momento do acidente, o médico apresentava os seguintes exames: o
HbsAg negativo, Anti-HBc negativo, Anti-HBs positivo, Anti HCV negativo, Anti-HIV
negativo, ALT normal. Cerca de 1 mês após esse acidente, o médico tem náuseas,
vômitos, dor abdominal e icterícia. Ex laborat: AST: 2590 UI, Anti-HCV: negativo,
HBsAg: negativo, Anti-HBs: positivo, RNA-HCV: positivo. O que deve ser feito?
a) Tratar com interferon e ribavirina por 24 semanas
b) Não tratar, aguardar até a 12 semana e solicitar a carga viral
c) Tratar com interferon e ribavirina por 48 semanas
d) Não tratar, aguardar até 24 sem e, se carga viral estiver positiva, tratar com
sofosbuvir e daclatasvir
O teste de RNA só é confiável após 24 semanas e caso positivo trata com antivirais
de ação direta como daclatasvir e sofosbuvir.

51)Homem, 26 anos, usuário de drogas e álcool, com privação de liberdade


(institucionalizado) tem tosse seca por mais de 2 semanas, emagrecimento e
sudorese noturna. O teste rápido molecular no escarro para M. Tuberculosis foi
positiva e sensível à Rifampicina. Não há outras comorbidades. O pct pesa 50
quilos. Assinale o INCORRETO:

a) Deve-se iniciar o tratamento com a combinação de rifampicina, isoniazida,


pirazinamida e etambutol, 3 cp diários em jejum
b) Deve-se solicitar: a dosagem de ALT, AST, Bilirrubinas, FA e GGT a partir da 2
semana de tratamento
c) O exame do escarro deve ser solicitado mensalmente e se for positivo até o
quarto mês de tratamento.deve-se modificar o tratamento
d) Deve ser solicitada a cultura do escarro já para verificar a sensibilidade aos
demais antituberculosos

Clássico caso de TB, o tratamento é rifampicina, isoniazida, pirazinamida e


etambutol

Realização mensal da baciloscopia de controle, nos casos de TB pulmonar, sendo


indispensáveis as dos segundo, quarto e sexto meses, no Esquema Básico. Em
casos de baciloscopia positiva no final do segundo mês de tratamento, solicitar
cultura para micobactérias com identificação e teste de sensibilidade

52)Com relação aos antimicrobianos, não é possível afirmar:


a) O antibiograma é realizado para isolados que não possuem padrão previsível de
resistência e permite construir estratégias para o uso racional de antibióticos
b) Os B-lactâmicos são antibióticos inibidores da síntese da parede celular
com ação bactericida dependente da concentração
c) Os principais mecanismos de resistência aos B-lactâmicos são a hidrólise
enzimática do anel beta lactâmico, a alteração dos sítios-alvos e a permeabilidade
reduzida das membranas das bactérias gram-negativas
d) Uma estratégia para controle da emergência de resistência microbiana e o uso de
terapia combinada e o emprego de doses altas
e) O efeito pos-antibiótico (PAI) é encontrado nos aminoglicosídeos e nas
quinolonas contra as bactérias gram negativas

53) Paciente do sexo masculino de 37 anos que procura a Unidade Básica de


Saúde com queixa de tosse seca há 3 semanas e febre não aferida geralmente no
final da tarde neste período. Relata que há 4 dias vem tendo tosse produtiva e está
mais cansado. Antec. Pessoais: Tabagismo de 10 anos-maço, etilismo de 2 doses
de pinga diariamente, heterossexual com parceira fixa há 15 anos, refere uso de
maconha uma vez por semana.
Ao exame encontra-se emagrecido, descorado ++ com FR: 20, PA:120x85
Ausculta pulmonar com EC em base esquerda e roncos esparsos
Restante sem alterações.
1.1 - Que exames solicitaria?Hemograma, Rx de tórax e escarro (com
baciloscopia, cultura e antibiograma)
1.2 - Conduta terapêutica. Precaução de aerossóis, iniciar tratamento para TB
(rifamicina, isodiazina, etambutol e pirazinamida)
1.3 - Orientações para o paciente e familiares ( mora com a mulher e 3 filhos)
Todos os conviventes do núcleo familiar devem realizar o teste de tuberculose
e tratamento dos familiares.

54) Dentre os pcts com infecção crônica pelo vírus da hepatite C (VHC), qual
provavelmente terá a taxa mais baixa de progressão para fibrose hepática?
a) Um homem que adquiriu a infecção pelo VHC com 40 anos e bebe cinco doses
de bebida alcoólica por dia.
b) Um homem com infecção por HIV e VHC adquirida há 20 anos.
c) Uma mulher que adquiriu infecção pelo VHC há mais de 20 anos e não
ingere bebida alcoólica.
d) Uma mulher imunossuprimida pós transplante hepático com 45 anos de idade.
e) Uma mulher que adquiriu a infecção pelo VHC aos 43 anos de idade e bebe 3
doses de bebida.

Bebida é mais um fator de agressão ao fígado. Imunossupressão e HIV podem


gerar maior taxa de replicação viral.

55) Diante de um caso de hepatite B aguda, quais marcadores confirmam o


diagnóstico:
a) HBsAg, Anti HBc IgG, Anti HBs
b) HBsAg, HBeAg, Anti HBc igG
c) Anti HBs, Anti HBc igM, Anti HBc IgG
(d) HBsAg, Anti-HBc IgM, HBeAg
Explicado acima

56) A técnica considerada como o padrão-ouro para o diagnóstico da infecção pelo


HCV é:
a) Ensaio imunoblot recombinante (RIBA)
b) Polimerase chain reaction (PCR)
c) Enzyme-like imunossorbent assay (técnica ELISA)
d) RFLP (restriction fragmente lenghtpolymorphism)
e) Técnica de PCR precedida de transcrição reversa

57)Leishmaniose visceral (calazar) é uma antropozoonose, caracterizada


clinicamente por febre prolongada, anemia, hepatoesplenomegalia, apatia e
emagrecimento. O agente causal é um protozoário do gênero Leishmania. O
tratamento de escolha da doença é:
a) Eritromicina
b) Tetraciclina
c) Metronidazol
d) Antimonial pentavalente
e) Sulfametoxazol + Trimetoprim

58) Considerando o protocolo do ministério da saúde para o controle da dengue,


assinale a alternativa
INCORRETA:
a) O isolamento viral, quando indicado pela vigilância epidemiológica local, deve se
solicitado até o quinto dia de doença.
b) Em situação de epidemia, é desnecessário solicitar sorologia em todos os casos
suspeitos, pois isso não implicará medidas de controles adicionais.
c) Em situação não epidêmica, a sorologia deve ser solicitada em todos os
suspeitos.
d) O diagnóstico laboratorial deve ser realizado por meio de duas sorologias:
no 3° e 10° dia da doença.
e) O diagnóstico laboratorial deve ser realizado em toda gestante com suspeita de
dengue.
No 9º há decréscimo de IgM

60) ________ é a complicação neurológica mais comum no HIV


A) Tuberculose
b) Sarcoma Kaposi
d) Toxoplasmose
d) Linfoma

61) Menina de 2 anos ver à UBS apresentando febre baixa há 3 dias, irritabilidade,
falta de apetite e discretos sintomas catarrais, No dia do atendimento surgiu
exantema com lesões papulovesiculares nas extremidades, principalmente nos
dedos, dorso das mãos e planta dos pés. Ao exame, o médico constatou lesões
vesiculares na boca, com algumas úlceras dolorosas. O quadro clínico descrito
corresponde a qual doença exantemática da infância?
a) Sarampo.
b) Exantema súbito.
c) Eritema infeccioso.
d) Síndrome mão-pé-boca.

a) Sarampo. → febre alta tosse, cefaleia e conjuntivite, sinal de koplic, exantema


retroauricular e que vai para o corpo todo sem acometer mãos e pés
b) Exantema súbito → exantema após cessar a febre, inicia em tronco e tem
descamação.
c) Eritema infeccioso. → exantema em face
d) Síndrome mão-pé-boca → feridas na boca e erupções na mãos e pés

62) Criança de 7 meses com febre alta e irritabilidade há 3 dias. Há um dia houve
desaparecimento da febre, com posterior "vermelhidão pelo corpo". Ao exame:
ativa, corada, hidratada, afebril, exantema eritematomaculopapular generalizado,
não pruriginoso, sem linfonodomegalia. A principal hipótese diagnóstica é;
a)) Exantema súbito.
b) Rubéola,
c) Eritema infeccioso.
d) Enterovirose.
e) Sarampo.

63) Um paciente HIV positivo, com carga viral de 750.000 cópias de RNA/mi e uma
contagem de CD4 de (50 cel/mm' tem um risco aumentado, quando comparado a
um indivíduo imunocompetente, para uma série de doenças infecciosas, EXCETO:
a) Pneumonia por Pneumocystis.
b) Infecção por Mycobacterium.
c) Sarcoma de Kaposi.
d) Pneumonia por Pneumococcus.
e) Infecção por Herpes Simplex.

64) A candidíase oral na AIDS é tratada com:


a) Sulfametoxazol + Trimetoprim
b) Fluconazol
c) Aciclovir
d) Zidovudina

65) Jovem de 25 anos procura atendimento médico por medo de ter adquirido HIV
após participar de uma festa com garotas de programa. Quais exames devem ser
solicitados:
a) Anti-HIV, VRDL, HBsAg, Anti-HVA.
b) Apenas Anti-HIV.
c) Anti-HIV, Sorologia Herpes Simplex, FTA-Abs.
d) Anti-HIV, HBsAg, Anti-HCV.
e) Anti-HIV, VDRL, HBsAg, Anti-HBc total, Anti-HBs e Anti-HCV.

66) Considerando o caso acima, caso os exames mostrem resultados negativos, o


paciente deve:
a) Receber alta.
b) Ser recomendado para seguimento por 30 dias.
c) Ser recomendado para seguimento por 6 meses e imunização para hepatite
B.
d) Ser recomendado para seguimento por 6 meses e imunização para hepatite B e 1
dose de Penicilina Benzatina.

67) Assinale abaixo a droga com maior potencial de desencadeamento de crises


convulsivas:
a) Meropenem
b) Cirprofloxacin
c). Vancomicina
d) Sulfato de magnésio

RESOLUÇÃO:
→ MEROPENEM:agitação; convulsões; tontura; desmaio; alucinações; parestesias;
neuropatia. Trato gastrointestinal: dor abdominal; alteração do paladar; obstrução
intestinal; diarreia por Clostridium difficile; hemorragia gastrointestinal;
hemoperitôneo não-traumático.

→ CIPROFLOXACINO: reações gastrintestinais (náusea, vômito, diarreia, dor


abdominal, monilíase ou sapinho e flatulência), sensação de cansaço e fraqueza,
reações de pele (vermelhidão, coceira e inchaço), dores nas articulações, tontura,
dor de cabeça, insônia, agitação e alterações do paladar

→ VANCOMICINA: reações anafilactoides, incluindo hipotensão, IRA, chiado,


dispneia, urticária ou prurido, choque e parada cardíaca.

→ SULFATO DE MAGNÉSIO: rubor, sudorese, hipotensão, bloqueio da transmissão


neuromuscular com diminuição dos reflexos, hipotonia, colapso cardíaco, depressão
respiratória e depressão do sistema nervoso central, podendo levar à parada
respiratória.

68) Pré escolar de 6 anos de idade é levado para consulta por apresentar febre alta
há 10 dias. Exame físico: Edema palpebral, petéquias em palato, exsudato em
tonsilas palatinas, Linfonodomegalia cervical anterior/posterior, o fígado palpável a
3,5cm do RCD e a baço a 2,5cm do RCE. O exame laboratorial indicado para
confirmação do diagnóstico deste caso é:
a) Aspirado de medula óssea
b)Sorologia para o vírus da dengue
c) Sorologia para o virus Epstein-Barr
d) Bacterioscopia e cultura da secreção de tonsila
e) Teste rápido para pesquisa de Streptococcus pyogenes

Resolução: quadro clínico de mononucleose, é causada pelo vírus epstein-barr

69) Durante permanência na UTI, a pct apresentou picos febris, sem outras
disfunções orgânicas. Foram coletadas urina 1, cultura de urina, hemoculturas,
trocado acesso venoso central de sítio e enviada ponta para cultura. A urina 1 não
apresentou alterações e as culturas foram negativas. A radiografia do tórax e o
ecocardiograma estão normais. A conduta mais adequada é:
a) Controlar a febre com anti-térmico e não introduzir antibiótico
b) Introduzir antibacteriano de amplo espectro
с)introduzir antibacteriano de amplo espectro e antifúngico
d) Introduzir antibacteriano de amplo espectro e suspender a imunossupressão

Paciente com pico febril, sem nenhuma alteração orgânica, sem nenhum critério
SOFA. deve se administrar antitérmico

70) Com relação a neutropenia febril, é correto afirmar que:


a) Os pcts sem outros sintomas além da febre e com estabilidade hemodinâmica
devem ser tratados ambulatorialmente, independente da categoria de risco
b) Tratamento intra-hospitalar com antibioticoterapia de largo espectro
baseada em Cefalosporina de 4 geração ou Piperacilina + Tazobactan é a
conduta adequada para pets c neutropenia febril de alto risco
c) Tratamento intra-hospitalar com antibioticoterapia de largo espectro baseada em
Cefalosporina de 4 geração ou piperacilina+Tazobactam associada à vancomicina é
a conduta adequada para todos os pets com neutropenia febril de alto risco
d) Terapia antifúngica deve ser associada à antibioticoterapia no trat inicial do
neutropênico febril com neutrófilos ‹ 200 células/m

Neutropenia febril é uma complicação de pacientes oncológicos em vigência de


quimio. É definida como contagem de neutrófilos abaixo de 500mm³. O paciente em
questão não apresenta clínica de infecção pela imunosupressão, sendo o unico
achado na maioria das vezes febre (>37,8) com neutrófilos abaixo de 500 ou abaixo
de 1000 com previsão de queda nas 48 horas.
Ao ter um paciente assim é indicado internação hospitalar. A conduta deve abrir
protocolo sepse e solicitar hemograma PCR, u, Cr, NA, K, Rx tórax, hemocultura e
urocultura.
Deve iniciar antibioticoterapia e cobrir pseudomonas.

Reavaliar todos os pacientes em 72hrs ou reavaliar a qualquer momento se piora


clínica ou sepse grave

Alta hospitalar com bom estado geral, afebril por 24 horas, recuperação medular
(neutrófilos >1000) e culturas negativas.

71)Homem de 32 anos tem diagnóstico confirmado de infecção assintomática pelo


HIV. Após realização de contagem de linfócitos T CD4 e de carga viral do HIV,
constatou-se TCD4: 635, e CV:5.000. A conduta terapêutica, de acordo com as
recomendações do MS de 2013 é:
a)Iniciar terapia antirretroviral (TARV) urgente e profilaxia com
sulfametazol-trimetoprim
b) Protelar início da TARV até que a contagem de carga viral esteja maior ou igual a
30.000 e/ou contagem de T CD4+ < 500.
c) Iniciar, em primeiro lugar, sulfametoxazol-trimetoprim, na ausência de efeitos
colaterais após 2 meses, a TARV deverá ser prescrita
d) Iniciar TARV se houver concordância do pct, mas sem indicação de
sulfametoxazol profilático
A TARV deve ser iniciada no mesmo dia ou em até 7 dias após o diagnóstico
Profilaxias:
→ P. jirovecci: <200
→ Toxo: <100
→ TB: historia de contato
→ MAC: <50
→ CMV: <50

PROVAS PATELLI
1) Homem de 52 anos, alcoolista, em TTO de tuberculose pulmonar no
esquema básico há 3 semanas, queixa-se de náuseas, vômitos e anorexia.
EF: desidratado, desnutrido, com abdome escavado, flácido, indolor à
palpação. Restante do EF sem alterações. AST 168 (VR:30); ALT : 202 (VR
30) BT: 0,9. O que deve ser feito?

Resposta: Para responder essa questão deve-se lembrar das complicações


do esquema RIPE.
O esquema para TB consiste em tratamento por 2 meses de RIPE, seguidos
de 4 meses de RI. Lembrar que a dosa depende do peso ( menor que 35 2
cp; maior q 35 3 cp, menor que 50 4 cp, maior que 70 5 cp) . Tomar em jejum
meia hora antes do café da manhã pois a via ácida ativa os componentes do
RIPE.
→ Rifampicina: pode causar icterícia por sensibilidade e urina
alaranjada; O efeito do anticoncepcional é anulado pela rifampicina pela
P450;
→ Isoniazida: Hepatite e Neurite. Usa-se piridoxina para evitar as
complicações;
→ Pirazinamida: hepatotoxicidade;
→ Etambutol: neurite óptica, só usar acima de 10 anos;

R: Enzimas de necrose hepática 3,5 maiores que a normalidade e paciente


sintomático deve suspender o esquema inteiro. Lembrar que a monoterapia
causa resistência. Dosar enzimas hepáticas semanalmente. Se marcadores
hepáticos menores que 3,5 x o VR reintroduz Rifampicina +etambutol, na
outra semana repete ALT e AST, se manter menor que 3,5x o VR introduzir
isoniazida; na outra semana repete marcadores se manter introduz
pirazinamida.

2) Paciente clinicamente bem com DD recente de TB bacilífera, evolui para


hepatotoxicidade após uma semana de tratamento com suspensão das
drogas. Qual é a ordem de introdução das drogas?

R:Dosar enzimas hepáticas semanalmente. Se marcadores hepáticos


menores que 3,5 x o VR reintroduz Rifampicina +etambutol, na outra semana
repete ALT e AST, se manter menor que 3,5x o VR introduzir isoniazida; na
outra semana repete marcadores se manter introduz pirazinamida.

3) Paciente 52 anos, feminino, procura consultório com TB pulmonar no 2


mês de tto ambulatorial, sorologia positiva para HIV, LT CD4: 440 cel/mm³e
carga viral de 9 mil cópias/mL. Qual conduta medicamentosa ?

R: Iniciar primeiro o de TB e após 2 semanas introduzir a TARV. Lembrar que


deve-se dobrar a dose do dolutegravir, a rifampicina usa o P450, diminuindo
a disponibilidade do dolutegravir, assim dobra-se a dose para manter a
mesma biodisponibilidade.

4) Paciente com TB pulmonar, bacilífero, reside com a mulher e 2 filhos, um


com 6 nos e outro com 8 anos. A equipe responsável pelo controle de
comunicantes domiciliares do caso identificou que as crianças são vacinadas
para BCG-IDm mas não a mulher. Todos assintomáticos. Qual seria a
recomendação para o controle de TB nessa situação, além do TTO do
paciente:
Tratar infecção latente, até 10 anos com com rifampicina 1x ao dia por 4
meses e mulher com rifampicina (rifapentina) e isoniazida 12 doses
semanais ( 1 dose por semana por 3 meses).

5) Na investigação de contatos de pacientes bacilíferos com TB pulmonar,


encontrou-se comunicante de 12 anos não vacinado com BCG, com Rx tórax
normal, sem obtenção de escarro para PPD.
Qual a conduta?
Pedir quantiferon, se negativo vacinar a criança.

6) Homem 68a, TB bacilifera, inicia TTO. Tem contato com esposa de 66


anos portadora de DM e neta 9 anos. AMbas negam queixas e Rx normais.
Neta vacinada. O PPD da mulher deu 8mm e da neta 6mm. Segundo o MS
qual a indicação de TTO?
Deve-se lembrar que o PPD para adultos é positivo se maior que 10mm e em
crianças ou imunodeprimidos maior que 5mm. Deve-se dessa forma iniciar o
TTO para a neta com rifampicina.

Outros temas abordados:


→ TB resistente: fazer uso de CLEPT ( capreomicina, levofloxacino,
etambutol, isoniazida e terizidona)
→ TB bacilífera: após 15 dias de TTO não é mais infectante, mas
continua bacilífero por mais 2 meses.

7)

Prova 57
1. um coletor de lixo que se furou com uma seringa, qual conduta?
TARV por 28 dias e acompanhar sorologicamente após 30 e 90 dias da
exposição - Vacina para Hepatite B, se anti-HBS negativo, Seguimento
sorológico para Hepatite C

2. Era um quadro de sepse, não falava de reposição volêmica, tinha


gasometria mostrando acidose. Perguntava diagnóstico sindromico,
perguntava oq mostrava na gasometria e perguntava porque lactato tava
aumentado

3. Mae q era hiv positiva, tratava direito c tarv, o fazer com o bb para previnir
infecção?
AZT (zidovudina) intra parto, cesária eletiva, RN faz AZT 28 dias Contra
indica Amamentação.

4. Teve uma que falava que o vdrl era 1/4, não falava tempo
VDRL baixo, testar treponêmico, tratar como sifilis indeterminada 2,4 milhões
penincilina benzatina por semana por 3 semanas

5. Tinha uma de siflis que falava de uveíte - neurossifilis?


penicilina G cristalina 24 milhoes UI/dia por 14 dias

6. um quadro de endocardite infecciosa por enterococo, pedia atb + tempo de


tratamento
ampi+ genta 4 a 6 semanas

7. outra endocardite de aproximadamente 6 meses, valva nativa, pedia o


tratamento empírico porque ainda não tinha saído a hemocultura
oxacilina 4 a 6 semanas

8. uma de herpes simples, falava da lesão e pedia o tratamento


Pomada aciclovir se oral
Vaginal aciclovir VO

9. uma de itu baixa sem complicações, pedia o tratamento


nitrofurantoína 100mg de 6/6 hrs 5 dias
PROVA DISSERTATIVA TURMA 58
P1
1)mulher, com marido e filho de 3 anos. Quadro de cefaleia, confusão mental,
Fr 18, PA 9x5, So2 98, rigidez de nuca

A) HD
B) exames
C) Isolamento
D) Profilaxia
E) se não puder isolar o que fazer

2) Homem, arquiteto, com dor no corpo, cefaleia e fezes pastoras há 2 dias.


Foi fazer obra em Joaquim Egídio
A) HD é DD
B) Conduta

3) Gestantes 38 semanas, com VdRL 1/64, treponemico positivo, todos


outras sorologias negativas feito há 1 semana. Hoje em trabalho de parto
com vdrl 1/32, falando q foi tratada
A) qual exame faltou
B) o q fazer com o bebe

4) Paciente HIV positiva com dispneia, tosse, Ef normal, menos saturação.


Com placas brancas em orofaringe.
A) Hipóteses diagnósticas
B) Tratamento
C) Se precisa isolamento

5) Paciente com mialgia, doresno corpo e sangramento Nadal


HD E CONDUTA

6) Mulher 23, com Fr 18, PA 100x70 febre, classificada como sepse, dor
lombar há 3 dias. EF SÓ GIORDANO
A) foi classificado certo como sepse?
B) HD
C) qual conduta
D) após 3 dias melhora do quadro, pode dar alta?

7) Senhora de 69, diabética com erimeta em perna mal delimitado, com


Hematomas e bolhas
A) HD
B) Conduta
C) após 5 dias melhora pode dar alta?

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