Melancolia e o Modo de Funcionamento Dos Melancólicos
Melancolia e o Modo de Funcionamento Dos Melancólicos
Resumo
O texto aborda a melancolia como uma psicose e localiza os motivos para ponderá-la nessa posição subjetiva. São
considerados pontos cruciais do modo de funcionamento desse tipo clínico de psicose, a dor de existir, a atuação
peculiar do supereu, a autodepreciação e a culpabilidade que lhe são característicos e dizem de um modo específico
de gozo que marca o corpo e o pensamento desses sujeitos. Freud, Lacan e autores contemporâneos, orientados por
essa vertente teórica e prática, são os fios condutores da lógica tecida pelo texto e pelo caminho onde se encontra
o ensinamento desses sujeitos sobre o supereu e uma culpabilidade típica, denunciando que a culpa não provém do
pai.
Palavras-chave: melancolia; psicose; dor de existir; culpabilidade; budismo.
Abstract
The current research proposes the melancholy as a psychosis and investigates the causes to include it in its
subjective role. The text considers crucial points in the way of how this kind of clinic psychosis works: existing
pain, the special manner that the superego acts, the self-deprecation and the culpability - which are typical and say
in a specific mode-of-jouissance which marks the person’s body and thinking. Freud, Lancan and contemporary
author`s works that are geared to this theoretical and practices lines of approach are the main trusts of this work
and where the lesson to be learned is about the superego and the typical culpability, taking off the father`s guilty.
Keywords: melancholy; psychosis; existing pain; guilt; buddhism.
Resumen
El texto aborda la melancolía como una psicosis y localiza los motivos para reflexionar acerca de ella desde esa
posición subjetiva. En él son considerados puntos cruciales del modo de funcionamiento de éste tipo clínico de
psicosis, el dolor de existir, la actuación peculiar del superyó, la autodepreciación y la culpabilidad que le son
característicos y dicen de un modo específico de goce que marca el cuerpo y el pensamiento de estos sujetos. Freud,
Lacan y autores contemporáneos orientados en esta vertiente teórica y práctica son los hilos conductores de la
lógica tejida por el texto y por el camino donde se encuentra la enseñanza de estos sujetos acerca del superyó y una
culpabilidad típica que denuncia que la culpa no proviene del padre.
Palabras clave: melancolía; psicosis; dolor de existir; culpabilidad; budismo.
Programa de Mestrado em Psicologia, UCDB - Campo Grande, MS
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mais uma vez, menciona as questões sobre os Essa foraclusão própria da melancolia diz da
melancólicos. Ele foi um estudioso que não se deteve ausência de I(a) na organização da rede significante,
muito no tema da melancolia, mas do pouco que das significações. O melancólico não consegue
escreveu muito se pode extrair. Manteve a melancolia constituir um eu ideal articulado ao ideal do eu, como os
como psicose e, se falava da depressão de modo geral neuróticos o fazem, porque nele, pura e simplesmente,
como “simplesmente uma falha [faute] moral, como o ideal do eu não existe, o que consequentemente
se exprimiam Dante ou até Espinosa”, como “um estabelece um modo de gozo específico. Assim é
pecado, o que significa uma covardia moral, que só é que, pelo furo aberto no psiquismo, a libido se esvai
situado, em última instância, a partir do pensamento, como em uma hemorragia, diz Bogochvol (2008),
isto é, do dever do bem dizer, ou se referenciar recordando Freud. E, nesse caso, do que se trata
no inconsciente”, para a melancolia recorreu ao então é de um vazio e não da falta, resultando na
budismo e disse da dor de existir em estado puro, fenomenologia melancólica onde chamam a atenção
particularizando uma dor própria de todo humano. a dor de existir, a autodepreciação ou diminuição
As elaborações lacanianas sobre o supereu significativa da autoestima, e a culpabilidade.
favoreceram a compreensão da melancólica como Fenomenologia bem descrita por Freud, que
uma forma de psicose. Para Lacan, que considerava a localiza sua origem na identificação do sujeito
estrutura como a estrutura da linguagem, a matriz do melancólico com o objeto perdido. Quando a perda de
supereu só podia estar presente a partir da existência objeto acontece, a libido liberada é revertida para o eu,
da voz do Outro primordial. E, assim sendo, os nesse caso o eu (moi), promovendo a identificação com
melancólicos, fora do registro do Nome-do-pai, o objeto abandonado, dando-lhe certeza sobre seu ser.
constituem o melhor exemplo de que a culpabilidade O eu perde suas vestes narcísicas, consequentemente
não provém do pai. o interesse pelo mundo exterior e o amor próprio, o
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que pode ser visto, por exemplo, nas autoacusações e no Seminário “A ética” (1959-1960/1988), e a outra
culpabilidade. na Lição XXV do Seminário “A angústia” (1962-
A questão essencial que gira em torno da 1963/2005). Delas resulta o sujeito melancólico
identificação melancólica, portanto, é o fato de que sacrifica o simbólico, morto-vivo que quer ser
que a perda de um objeto faz com que o sujeito se ninguém, na falta de ser ninguém típica da função
identifique maciçamente a ele. O melancólico, como fálica (Ferrari, 2006).
frisa Freud em “Luto e melancolia” (1915/1996), Morto-vivo em busca de uma segunda morte é
não sabe o que perdeu. Dessa forma, ele não pode modo lacaniano de dizer, inspirado em Sófocles e sua
reintegrar os traços identificatórios desse objeto, Antígona. Nesse caso, o melancólico é o condenado
identificando-se, então, ao objeto em si. A morte do que tenta encontrar uma segunda morte que o retire do
objeto perdido é vivida, portanto, no eu. Ao rejeitar a isolamento em que se encontra decorrente da reversão
perda, introduzindo o objeto em seu eu, acaba sendo da libido objetal sobre o eu (moi). E, ademais, de seu
consumido por esse objeto que triunfa no processo acometimento da dor de existir em sua forma pura. Se
(Lacan, 1962-1963/2005). a dor de existir é condição humana, esses sujeitos a
Nessas circunstâncias, o eu é julgado pelo supereu vivem puramente.
que acusa o sujeito, supereu que conta com a pulsão Em “Observação sobre o relatório de Daniel
de morte não moderada como na neurose, estrutura Lagache” (1958-1960/1998b) e “Kant com Sade”
em que uma parte dessa pulsão se encontra mesclada (1963/1998a) pode-se ver Lacan abordando a dor de
aos componentes eróticos e outra, aos agressivos. E, existir inerente à condição humana e aquela própria
por meio desse processo, pode-se lançar luz sobre da melancolia.
o que Freud dizia a respeito do empobrecimento Do importante texto “Observação sobre o relatório
do eu na melancolia e da mortificação melancólica de Daniel Lagache” interessa aqui extrair, entre outros
mencionada por Lacan. dados, Lacan ensinando que existir não é viver. Viver
A culpabilidade, como lembra Vicente (1993), está supõe o existir recoberto pelo Outro. Existir está na
diretamente associada à tentativa que o melancólico dimensão de ser lançado no mundo com a dor que
faz para subjetivar a perda, chegando até mesmo isso comporta; mundo em que a linguagem não dá
ao delírio de infâmia e inferioridade. Ela também é conta de todos os juízos. Ela até dá conta do juízo
relativa à certeza que o melancólico tem sobre seu ser, de atribuição, mas falha no que respeita ao juízo de
identificado ao objeto abandonado: ele é um dejeto. existência, já que a existência, por si, é foracluída do
Exatamente por faltar-lhe a mediação simbólica Outro.
da perda, feita pelo Nome-do-pai, o melancólico é Em “Kant com Sade” (1963/1998a, p. 788),
arremessado ao puro real do objeto: “Com efeito, trata- quando critica certos psiquiatras que desconsideravam
se de um objeto que é um puro resto, na medida em a dor de existir como evidência original nas práticas
que não foi alvo da operação de extração promovida de salvação budista, Lacan diz: “Pois então não
pela função significante” (Santiago, 2009, p. 50). ouviram eles, se creem ter um ouvido melhor do
O objeto a com estatuto de rebotalho do simbólico que os outros psiquiatras, essa dor em estado puro
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desfaz a conjunção do imaginário e real, constitutivas modelar a canção de alguns doentes, denominados
de i(a), ou seja, quando o sujeito depara a foraclusão melancólicos?”. Assim, a dor de existir em seu estado
do Nome-do-pai, o objeto se apresenta somente no puro aparece pela primeira vez. Logo a seguir, ainda
real: “No momento que o sujeito se depara com a pergunta: “Nem colheram um daqueles sonhos em
foraclusão do Nome-do-pai, há uma perda das vestes que o sonhador fica transtornado, por ter, na condição
narcísicas do objeto: a imagem cai e o sujeito se vê sentida de um renascimento inesgotável, estado no
identificado com o objeto” (Quinet, 2006, p. 210). âmago da dor de existir?”.
O objeto a, nesse caso, não se faz presente como Freud esteve desde o princípio da psicanálise às
causa de desejo, mas, como ressalta Lacan (1962- voltas com a dor psíquica, como se pode ver em sua
1963/2005), como objeto causa de tormentos. Nesse correspondência com Fliess, tal como bem escreve
momento, o melancólico se coloca como dejeto do Quinet (2006). E com ele se pode apreender que ela
Outro, entregue às ações do supereu, o que o faz é sempre vinculada à castração à qual, a cada perda,
submergir em uma dor muito intensa, já observada o sujeito é remetido e é sempre relativa à emergência
pela psiquiatria clássica, e que Lacan trabalhou como de excesso de gozo rompendo a barreira do simbólico.
a dor de existir em seu estado puro, inspirando-se nas Para Freud, tanto no luto quanto na melancolia, o que
práticas de salvação do budismo. está na base é a perda do que escamoteava a castração.
Nas palavras de Quinet (2006, p. 173), no neurótico,
Do budismo à dor de existir em estado puro “a castração se inscreve como falta de um significante
que complete o Outro, evocando a negativização do
É conhecido que Lacan deixou duas importantes falo imaginário (-φ)”, e, na psicose, como há “falta
passagens que orientam reflexões sobre a melancolia da inscrição simbólica da castração, essa falta se
estruturada como psicose. Uma delas se encontra manifesta como furo real correlativo à elisão do falo
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incessantemente reencontra a dor do mundo na dor que diz respeito ao gozo e, assim, são impelidos por
de existir, em uma espécie de renascimento constante, um não querer saber, já que não têm como reduzir o
ao acordar todas as manhãs e ter o sentimento de que gozo ao semblante, como faz o neurótico.
tudo vai realmente muito mal. No caso dos monges, ao que tudo indica, também
No budismo, a dor só cessa quando é possível há um contato com o gozo em sua vertente mais real,
atingir o estado de nirvana, estado de desapego, de pois, como afirma Quinet (2006), o nirvana budista
aniquilação do eu, que possibilita a iluminação e visa à dor estritamente vinculada a ela mesma, ao
pode retirar o humano dos vícios e das paixões que se vazio do sujeito em um contato com a dor de existir
originam da cobiça, do ódio e também do erro (Novak e em si. Assim, essas práticas de salvação, que visam
Smith, 2008). Para que ela cesse, é necessário apagar o a eliminar o apego, o desejo e até mesmo qualquer
desejo de objetos do mundo, um desejo pelo múltiplo, tipo de demanda para se chegar ao estado de nirvana
que traz como consequência a paixão conhecida supõem a aniquilação do eu, e, nesse momento, falta
como ignorância, a recusa do saber, um estado de aos monges, além da consistência imaginária dada
não querer saber nada disso, conforme assegura La pelo eu, a referência fálica vinda com o simbólico.
Sagna (2010). Mas, nesse ponto, a psicanálise toma Isso porque o estado de nirvana pretende possibilitar
rumo distinto: a saída da dor de existir não está na aos monges o encontro com o puro real, dor de
abolição do desejo, já que isso leva mesmo é ao culto existir. E isso pode lhes favorecer, portanto, mesmo
da pulsão de morte, e os melancólicos ensinam sobre, que neuróticos, o encontro com o gozo fora do
já que no apagamento do desejo, têm a morte como simbólico, por meio de práticas que procuram colocar
tema frequente. Para a psicanálise, a saída se encontra em evidência a dor de existir da forma mais pura.
no desejo de saber (Quinet 2006). Por não ter o recobrimento do Outro, o melancólico
De acordo com o que lembra esse autor (2006, entrega-se a um gozo avassalador, fora de qualquer
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mediação simbólica, que guarda aproximações com o pode ser visto também em delírio que lhes é próprio,
dos monges budistas em estado de nirvana. Gozo real aquele em que há o Outro que pune por crime do qual
ou impossível que, ao ter este estatuto, como enfatiza o melancólico se autoacusa de forma devastadora.
Miller (2005), não pode ser descrito em palavras. Séglas, como bem assinala Quinet (1997), já havia
É interessante notar que essa impossibilidade de descrito com precisão a autodepreciação levando
significar este tipo de gozo real, que existe no êxtase, a vivências de resignação, vivências de que são
é descrita também pelo próprio Buda, ao relatar sua merecedores do sofrimento e das desgraças pelas
experiência. Para ele, sempre foi impossível explicar quais passavam, pois, se aquilo acontecia, diziam os
com palavras o que lhe havia passado em seu estado de pacientes, era devido às faltas por eles cometidas, e
nirvana. Por isso considerava que esse estado deveria a justiça se fazia necessária. Daí Séglas não deixou
ser vivenciado por cada um, pois não haveria forma de de comparar o delírio do melancólico com o delírio
transmitir a experiência, como frisa Levenson (2009). de perseguição típico da paranoia: um centrífugo e o
outro centrípeto.
Triste tristeza e sua defesa maníaca Nessa comparação, o delírio melancólico supõe
uma humildade em que o paciente acaba sendo o
próprio mal, e o paranoico, o paciente orgulhoso que
Com base no exposto, evidencia-se que os
vê a nocividade fora de si. Em linguagem psicanalítica,
melancólicos sofrem de uma tristeza muito triste e
a partir de Séglas, pode-se dizer que o melancólico é o
não uma tristeza qualquer. Sofrem de uma depressão
próprio culpado de tudo, diferentemente do paranoico,
profundamente dolorosa, tal como Freud escreve em
para quem a culpa é do Outro. Pode-se afirmar que o
“Luto e melancolia” (1915/1996), já que, lançados
melancólico vai em direção à construção de delírio
à condição de objeto dejeto, identificados ao que
de pequenez, pois o eu ataca sua própria imagem,
é largado pelo Outro, ao objeto a, refugiando-se no
fazendo-o rebotalho do Outro, e o paranoico inventa
silêncio do afastamento do Outro do desejo e do
delírio de grandeza, em sua posição de objeto mais-
inconsciente.
de-gozo do Outro, já que é um perseguido do Outro.
Nessa posição, eles se deixam comandar pelo
Ambos, entretanto, situados como objetos do Outro.
supereu, que os pune sadicamente, e se afundam no
A autoacusação melancólica, dessa forma, revela
gozo masoquista, na espera delirante de punição. Na
a manifestação da pulsão de morte no supereu, outro
dor que os alimenta, eles se consomem na pura cultura
que acusa, já que o sujeito identificado ao objeto atrai
da pulsão de morte, tal como se expressou Freud.
a ferocidade do supereu. Assim é que a psicanálise
Se o primário desse tipo clínico é a perda do
lacaniana chegou ao ponto de concluir que a mania é
objeto, do objeto do amor, simbólico, situado no ideal
a forma que o melancólico encontra para se defender
do eu, isso o levará secundariamente a uma perda da
dessa tirania. Mania como tentativa de se agarrar ao
consistência imaginária de seu eu. Não se trata, assim,
imaginário, a um ideal.
de uma regressão ao narcisismo como se costuma
Freud (1915/1996, p. 259), em sua época, dizia que
ouvir, mas de abalo do ideal do eu com consequente
a característica mais notável da melancolia, aquela
abalo no eu ideal, ferida narcísica.
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XX, buscaram “determinar a natureza do mecanismo Freud, Sigmund. (1996). O ego e o id. In: Edição standard das
pelo qual o sujeito normal chega a rechaçar de obras completas de Sigmund Freud. (Jayme Salomão, trad., v. 19,
pp. 27-71). Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em
seu discurso ou sucessão de ideias as associações 1923)
indesejáveis”. O que pode ser entendido na expressão Lacan, J. (1998a). Kant com Sade. In: Escritos. (pp. 776-803).
lacaniana de que os psicóticos estão fora do discurso. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. (Trabalho original publicado em 1963)
Ao desvelar a estrutura autista da pulsão, já que o Lacan, J. (1998b). Observação sobre o relatório de Daniel
Lagache: “Psicanálise e estrutura da personalidade”. In: Escritos.
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Freud, convocam aos psicanalistas para intenso publicado em 1958-1960)
trabalho que favoreça a direção de tratamento. Ao Lacan, J. (1988). O seminário, livro 7: a ética da psicanálise.
ensinarem que a ausência da inscrição do falo no Rio de Janeiro: Jorge Zahar. (Trabalho original publicado em 1959-
1960)
inconsciente, significante da vida e da diferença Lacan, J. (2005). O seminário, livro 10: a angústia. Rio de
sexual, impede a negativização do gozo na psicose, Janeiro: Jorge Zahar. (Trabalho original publicado em 1962-1963)
também ensinam que cada qual tem que inventar Lacan, J. (1973). Televisão. In: Outros escritos. (pp. 508-543).
recursos, solução particular para lidar com a Rio de Janeiro: Jorge Zahar. (Trabalho original publicado em 1973)
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satisfação mortífera da pulsão. Nesse modo específico 30, 27-51.
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favoreça construções, de forma única, frente ao Miller, J. A. (1986). A clínica do supereu. In: Recorrido de
gozo avassalador que pode invadir esses sujeitos no Lacan. (pp. 131-148). Buenos Aires: Manantial.
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cotidiano da vida. Mas é importante dizer que se angústia de Jaques Lacan. In: Opção Lacaniana: Revista Brasileira
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Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1915)
Programa de Mestrado em Psicologia, UCDB - Campo Grande, MS
Sobre os autores:
Ilka Franco Ferrari - Doutora em Psicologia pela Universidade de Barcelona, coordenadora
da Pós-graduação em Psicologia da PUC Minas, membro da Câmara de Pós-graduação do
Conselho de Ensino e Pesquisa da PUC Minas, membro da Câmara do Departamento de
Psicologia, membro do Conselho da Faculdade de Psicologia, membro da Escola Brasileira de
Psicanálise - Seção Minas Gerais e da Associação Mundial de Psicanálise, editora responsável
pela revista Psicologia em Revista. E-mail: [email protected]; [email protected].
Breno Ferreira Pena - Mestre em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de
Minas Gerais Psicólogo, especialista em Gestão de Pessoas pela Fundação Getúlio Vargas,
psicanalista membro do Círculo Psicanalítico de Minas Gerais, psicólogo.
Revista Psicologia e Saúde, v. 4, n. 1, jan. - jun. 2012, pp. 53-58 ISSN: 2177-093X