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Ética e Moral

Ética e Moral - 10 Ano Filosofia Resumos

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Mariana Folgado
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A necessidade de

fundamentação da moral
O problema do critério ético da moralidade de uma ação
A ética, ou filosofia moral, é a áreas da filosofia que se dedica aos problemas
relacionados com o modo como devemos viver as nossas vidas.
Entre os problemas a que a ética procura responder encontram-se os seguintes: “Como
devemos agir”; “Que tipo de coisas devemos perseguir?”; “Como distinguir uma ação
errada?”

Egoísmo psicológico e ético


Egoísmo psicológico- O ser humano é egoísta e esta característica é determinada
pelos seus genes (pela sua necessidade de sobrevivência)

- É uma teoria que afirma que as pessoas agem sempre em proveito próprio, fazendo
apenas o que consideram mais vantajoso para si mesmas

Egoísmo psicológico- O ser humano tem obrigação de ser egoísta e lutar pelos seus
interesses. Sempre que ajudamos os outros devemos salvaguardar que o fazemos no
nosso próprio interesse

- O egoísmo ético tem como critério moral a ideia de que apenas devemos praticar
ações que promovam a nossa satisfação própria, mesmo que para isso tenhamos de
estrategicamente e de uma forma pontual ajudar os outros

Teorias éticas consequencialistas e deontológica


Teorias éticas consequencialistas - afirmam, em termos gerais, que as nossas
ações são certas ou erradas apenas em virtude das suas consequências, pelo que as
intenções do agente são desvalorizadas. O verdadeiro teste da moralidade de uma
ação reside em avaliar as suas consequências

Teorias deontológicas - fazem depender a avaliação moral de uma ação não em


função das consequências que dela resultam, mas em função dos motivos ou intenções
que a determinam. Podemos, portanto, defender o consequencialismo ético ou o
deontologismo ético
Stuart Mill
Stuart Mill é o defensor de uma teoria chamada “utilitarismo”. O utilitarismo
caracteriza-se por defender que:

 A única coisa que tem valor intrínseco é a felicidade ( valor intrínseco- Algo
que só tem valor em sim mesmo , isto é, independentemente daquilo que
possa por seu intermédio ser alcançado )
 A ação correta é quela, de entre as alternativas disponíveis, que mais promove
a felicidade ao maior número de pessoas

Princípio da maior felicidade


Segundo Mill, o fundamento da moralidade é aquilo a que ele decidiu chamar principio
da maior felicidade. Neste principio estabelece-se que:
Hedonismo-
“As ações são corretas na medida em que tendem a promover a felicidade, e perspetiva de que a
incorretas na medida que tendem a gerar o contrário da felicidade” felicidade consiste
apenas no prazer e n
ausência de dor
Ou seja, uma ação é moralmente correta na medida em que, tendo em conta as
alternativas possíveis, dela resultar uma maior felicidade geral . Caso contrário, a ação
é moralmente incorreta

Ideias principais a destacar desta formulação do Princípio da Maior Felicidade:


- A correção de um ato depende de apenas um fator: a sua contribuição para a
felicidade ou bem estra (consequencialismo)
- A definição do conceito de felicidade: associada ao prazer (hedonismo)

A argumentação geral de Mill pode ser explicitamente formulada:

1- A única prova de que algo é visível é o facto de ser visto por alguém
2- A única prova de que algo é audível é o facto de ser ouvido por alguém
3- Logo, a única prova de que algo é desejável é o facto de ser desejado por
alguém (De 1 e 2 por analogia)
4- Cada pessoa deseja, por si mesma (e não apenas como um meio para qualquer
outra coisa), a sua felicidade
5- Se a única prova de que algo é desejável é o facto de ser desejado por alguém e
cada pessoa deseja, por si mesma, a sua felicidade, então a felicidade de cada
pessoa é, por si mesma, desejável para cada uma delas
6- Logo a felicidade de cada pessoa é, por si, desejável para cada uma delas ( De
3,4,5 )
7- Se a felicidade de cada pessoa, é , por si mesma, desejável para cada uma delas,
então a felicidade geral é a única coisa que é, por si mesma, desejável para o
agregado das pessoas
8- Logo, a felicidade geral é, por si mesma , desejável para o agregado das pessoas
(De 6 e 7 )

Princípio da imparcialidade
Assim, o padrão da maior felicidade do princípio da maior felicidade não se referre
apenas á maior felicidade do próprio agende, mas sim à maior felicidade geral, ou seja,
à felicidade de todos os seres sencientes ( seres capazes de sentir de prazer e dor
incluindo animais não humanos ) afetados pela nossa ação. Isto significa que, para Mill,
se tivermos de sacrificar o nosso bem pessoal para garantir uma maior quantidade
total de felicidade, então é precisamente isso que devemos fazer.

o que importa promover não é a sua própria felicidade, mas a felicidade geral ou
o bem-estar de todos os envolvidos pelas consequências de uma determinada ação

Esta ideia conduz-nos imediatamente à ideia, de que a imparcialidade é um dos


requisitos centrais dos nossos juízos morais.

A melhor escolha será aquela que, de um ponto de vista imparcial, mais beneficia ou
promove a felicidade ou bem-estar de todos os envolvidos numa determinada ação

Ou seja, são as consequências da ação que determinam se esta é correta ou incorreta e


torna-se claro que o utilitarismo defende uma perspetiva consequencialista da ética, o
que implica defender que, para os utilitaristas, não existem regras morais absolutas ou
invioláveis (não deves mentir, nem roubar , nem matar)

Hedonismo quantitativo e qualitativo


Hedonismo quantitativo – Um dos antecessores de Mill , chamado Jeremy
Bentham, defendia uma versão quantitativa do hedonismo. De acordo com esta
perspetiva, para calcular a felicidade ou bem-estar , causada por uma dada ação temos
de ver como ela afeta cada um dos indivíduos envolvidos , subtraindo a quantidade de
dor à quantidade de prazer que la provoca. Essas quantidades seriam calculadas
exclusivamente com base na sua intensidade e na sua duração

Hedonismo qualitativo – Mill concordava parcialmente com Bentham, na sua


opinião além da quantidade de prazer, também temos de ter em conta sua qualidade,
ou seja, que ao contrário de Bentham Mill defendeu uma versão qualitativa do
Hedonismo.

Segundo ele existem prazeres qualitativamente superiores a outros, ou seja, existem


prazeres intrinsecamente melhores do que outros. Na sua opinião os prazeres
superiores correspondem aos prazeres intelectuais/espirituais, ou seja, correspondem
à satisfação das nossas necessidades mentais/espirituais , como a função da beleza, do
conhecimento da amizade, do amor etc. Ao contrário dos prazeres inferiores
correspondem aos prazeres corporais, ou seja, correspondem á satisfação das nossas
necessidades primárias como a comida, a água, o sexo etc.

Mill argumenta que quem quer que tenha a experiência quer de prazeres
intelectuais/espirituais , quer de prazeres corporais não trocaria a oportunidade de
abdicar dos primeiros por nenhuma quantidade imaginável dos segundos . Ora, isso
indica que os prazeres intelectuais/ espirituais são qualitativamente superiores aos
prazeres corporais e , por conseguinte devemos dar-lhes preferência , recusando-nos a
trocá-los por uma quantidade idêntica , ou mesmo maior, de prazeres corporais .

Objeções à teoria de Stuart Mill

 Dificuldade de cálculo: podemos enganar-nos a calcular as consequências e


considerar benéficas ações que afinal são prejudiciais
 Violação de direitos individuais: o utilitarismo parece justificar ações que
intuitivamente consideramos erradas, pois desrespeitam os direitos de
algumas pessoas (ainda que maximizem a felicidade)
 Excesso de exigência: impor ao agente que seja imparcial na consideração da
sua felicidade (e das pessoas próximas) e da felicidade das outras pessoas é
errado e impossível de cumprir

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