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Extensao Agraria

Extensão agrária

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Denilson Machava
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Índice

1. Introdução.................................................................................................................................2

1.1. Objectivos.........................................................................................................................3

1.1.1. Objectivos gerais.......................................................................................................3

1.1.2. Objectivos especificos:..............................................................................................3

2. Metodologia.................................................................................................................................4

3. Revisão da literatura.................................................................................................................5

3.1. Extensão Rural..................................................................................................................5

3.3. Medidas de Extensão........................................................................................................6

4. Definição Operacional de Desenvolvimento Rural..................................................................6

5. Extensão Rural em Moçambique.............................................................................................7

5.1.O Papel das ONGs na Extensão Agrária................................................................................7

5.2. Extensão para os pequenos produtores.................................................................................8

6. Visão para o Desenvolvimento Rural até 2025........................................................................8

7. Conclusão...............................................................................................................................10

8. Revisão bibliografica..............................................................................................................11
1. Introdução
Extensão Rural (ATER) foi implantada no Brasil com a função de contribuir com o projecto de
desenvolvimento do capitalismo no campo. Entre as décadas de 1940 a 1960, as organizações de
ATER foram criadas com o objectivo de implantar a “Revolução Verde”. O Estado estabelece
um conjunto de acções para criar as condições, dentre elas a assistência técnica e o crédito rural
(ANDRADE&CHAGAS, 2012). Para convencer os camponeses a abandonarem as práticas
agrícolas que eles desenvolviam e passar a assumir o “pacote tecnológico”, são criados cursos e
escolas para a formação de técnicos em agropecuária. As Escolas Técnicas tem a função de
formar esses técnicos, e estes por sua vez, terão o papel de repassar aos camponeses os
procedimentos técnicos dessa nova tecnologia. Porém, as tarefas dos técnicos vão além do
tecnicismo, é também um elo da “correia de transmissão” da ideologia da classe dominante
(ANDRADE&CHAGAS, 2012).

Segundo HAWKINS (1994) é um sistema de ensino apostado na difusão de conhecimentos à


comunidade rural. De acordo com o tema do trabalho ira se falar da importância da extensão
desenvolvimento das zonas rurais em Mocambique. Onde ira se tratar do papel da extens ã o
rural, medidas da extensão, extensão rural em Mocambique e outros.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivos gerais
 Falar da importância do desenvolvimento da extensão rural em Mocambique.

1.1.2. Objectivos especificos:


 Descrever o papel da Extensao rural
 Analisar a Extensão para os pquenos produtores
 Demostrar a visão para o desenvolvimento rural ate 2025.
2. Metodologia
A metodologia usada para a materialização deste trabalho foi a pesquisa bibliográfica que
consiste basicamente na recolha de informações sobre os principais agregados
macroeconómicos. Estas informações foram adquiridas em artigos científicos, livros e páginas
fiáveis da internet.
Após a recolha destes dados fez-se a seleção das informações de interesse e que por sua vez
foram analisadas e duma forma seletiva extraiu-se informações para a composição do presente
trabalho. A conclusão do mesmo foi obtida após a leitura e síntese do mesmo em resposta aos
objectivos específicos.
3. Revisão da literatura
3.1. Extensão Rural
Segundo HAWKINS (1994) é um sistema de ensino apostado na difusão de conhecimentos à comunidade
rural. Estas actividades desenvolvidas no meio rural têm como fim promover o desenvolvimento desse
espaço.

A introdução das organizações de extensão rural nos países africanos deu-se um pouco mais tarde, tendo a
maioria sido criada entre os anos 60 e 70. Na maior parte dos países do terceiro mundo, a criação
generalizada das organizações de extensão rural foi realizada através das assistências externas,
particularmente da parte dos estados unidos. Como na altura da independência poucos países do terceiro
mundo possuíam escolas ou universidades agrícolas em quase todos eles a extensão rural foi atribuída ao
ministério da agricultura e não a uma escola agrária como nos estados unidos. (SWANSON e RASSI
1981. citado por SAMBO 2003).

3.2. Papel da extensão rural

Segundo BURTON (1991), agrupa os papéis de extensão em: Conhecimentos e habilidades: Embora os
camponeses já tenham muitos conhecimentos sobre o seu ambiente e sistema de produção, extensão pode
trazer outros conhecimentos e informação que eles não têm. Conselho técnico e informação: Sobre as
actividades de produção nas áreas de produção para melhorar a sua produção. A extensão providencia
informação para assistir os produtores na tomada de decisões e, em geral, capacitá-los a actuarem. Por
exemplo, informação sobre preços e mercados, disponibilidade de crédito e insumos. Organização dos
produtores: Os produtores também necessitam de alguma forma de organização, tanto para representar os
seus interesses como para lhes dar um meio para a acção colectiva. A extensão deverá, portanto,
preocupar-se em ajudá-los no estabelecimento das estruturas e organizações de produtores locais. Esta
ajuda só deve ser feita em consulta com os camponeses e com os esforços deles. Senão as organizações
não serão sustentáveis. Motivação e auto-confiança: Um dos principais obstáculos ao desenvolvimento
que muitos camponeses enfrentam é o isolamento e um sentimento de que há pouco que possa ser feito
para mudar as suas vidas. É importante encorajar os camponeses a tomarem a iniciativa e envolvê-los nas
actividades de extensão e que eles podem fazer coisas para si próprios, que eles podem tomar decisões e
que têm capacidade de resolver muitos dos seus problemas.
3.3. Medidas de Extensão
 Segundo o PDEA, (2007-2016) as principais medidas a serem tomadas estão alistadas como
sendo: Disseminação de informações sobre as opções de tecnologia para os vários sistemas
produtivos, e a formação dos produtores para a aplicação dessas tecnologias através da ampliação
da rede de extensão rural;
 Promoção de organizações de produtores para assumirem a responsabilidade pela gestão dos
recursos disponíveis;
 Estabelecimento de ligações entre os fornecedores de insumos agrícolas e os utentes (produtores
e associações);
 Estabelecimento de ligações claras com empresas do sector privado e ONG’s envolvidas na
provisão de serviços de extensão, fortalecimento das redes de extensão rural através da
terciarização.

Outras medidas incluem:

 Organizar a rede de extensão em linhas verticais com a principal coordenação operacional a nível
provincial e a execução básica a nível distrital;
 Realizar campanhas de informação/extensão para diagnósticos participativos;
 Desenvolver metodologias para a participação da comunidade na gestão dos recursos naturais.

4. Definição Operacional de Desenvolvimento Rural


É importante qualificar, desde o início, o que se entende neste documento por “desenvolvimento rural”,
principalmente para se evitar a tendência contraproducente de reduzir o desenvolvimento rural aos
aspectos agrícolas ou mesmo agrários. Enquanto o desenvolvimento agrícola trata das condições da
produção agrícola e suas características, no sentido estritamente produtivo, o desenvolvimento agrário
abrange condições de produção mais amplas, tanto agrícolas como pecuárias e florestais, incluindo as
relações sociais em torno do uso da terra, relações de trabalho e mercados, entre outros. O termo
desenvolvimento rural diferencia-se dos dois anteriores pelo facto de abranger uma acção premeditada de
indução de mudanças num determinado ambiente rural. Neste âmbito, para além do Estado agir como o
agente fundamental, o móbil principal das transformações preconizadas é a melhoria do bem-estar das
populações rurais. Desenvolvimento rural significa transformação da composição e da estrutura social,
económica, política, cultural e ambiental das áreas rurais. Isto implica actuar sobre os estrangulamentos
da economia e das instituições da sociedade rural, nomeadamente sobre as variáveis simultaneamente
importantes e onde a zona rural é mais débil ou fraca. É a transformação do importante, do fraco em forte,
ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO RURAL- EDR 4 09/2007 do improdutivo em produtivo,
com vista a gerar progresso, crescimento e expansão da economia rural. Nesta perspectiva, o
desenvolvimento rural não é uma etapa de curto prazo, nem um mero somatório de objectivos e intenções,
ou simples acumulação de recursos e capacidades no campo. É um processo de mudança a longo prazo,
cheio de variados conflitos, compromissos e opções, muitos dos quais mutuamente exclusivos, que
requerem decisões selectivas. De forma simples, desenvolvimento rural é entendido na EDR como o
processo de melhoria das condições de vida, trabalho, lazer e bem-estar das pessoas que habitam nas
áreas rurais.

5. Extensão Rural em Moçambique


A Extensão Rural é um dos programas do Governo que visa reduzir a pobreza absoluta, e acima de tudo
visa impulsionar o Desenvolvimento Rural através do combate à fome. Segundo o Ministério da
Agricultura a Extensão Rural do pós Independência subdivide-se em duas fases principais: a do período
de dominação da ideologia marxista e o período da liberalização. No primeiro período, que se seguiu a
independência, as atenções do Governo estavam viradas para o sector cooperativo, o sector privado, e o
estatal (no qual deu origem as empresa agrícola de Magude, ao regadio de Chókwè, etc.). As estratégias
do segundo período foram traçadas e organizadas no 4º Congresso do Partido FRELIMO em 1984, e só
começaram a ser implementadas em 1987, altura em que arranca o segundo período da Extensão Rural
dos pós independência. Neste período as atenções do Governo estavam viradas para o sector familiar
PLANO DIRECTOR DE EXTENSÃO AGRÁRIA (PDEA, 2007-2016). Um facto que se tem verificado
em vários programas de Extensão Rural, é que a maior atenção é dada Extensão Agrícola, sendo
menosprezadas as restantes áreas de extensão rural (SAMBO, 2003). A Extensão Agrária do MINAG
contempla as funções nucleares mínimas como a transmissão de tecnologias, a promoção das
organizações de produtores, a estratégia de desenvolvimento, coordenação e vacinações obrigatórias.
Outras funções estratégicas incluem a capacitação das organizações dos produtores (na planificação,
provisão de serviços, e na cadeia de valores) e em aptidões empresariais e de gestão (PDEA, 2007-2016).

5.1.O Papel das ONGs na Extensão Agrária


Historicamente, a maioria das ONGs internacionais envolvidas no trabalho da extensão em
Moçambique prestaram no passado assistência humanitária. Em 1993, muitas ONGs
internacionais começaram a desenvolver a capacidade de implementação de acções relacionadas
com o desenvolvimento rural, extensão, organização dos agricultores, e projectos de saúde. As
visões, objectivos, abordagens e metodologias das ONGs nacionais e internacionais que
presentemente prestam serviços de extensão em Moçambique variam consideravelmente.
Algumas ONGs apoiam a criação e o desenvolvimento das organizações de produtores; outras
apoiam o desenvolvimento rural em geral, e outras dão enfoque à investigação e à gestão dos
recursos naturais. As lições e a experiência mostram que existem oportunidades para as ONGs e
para a extensão pública unirem forças e trabalharem de forma conjunta de uma maneira que
resulte no fortalecimento mútuo. Por exemplo, a experiência das ONGs na formação de
organizações dos produtores e relativamente a programas de desenvolvimento dos recursos
humanos poderia complementar as aptidões técnicas do serviço de extensão pública.
Presentemente, as novas ONGs internacionais que pretendem trabalhar em Moçambique devem
obter um autorização do Ministério dos Negócios Estrangeiros relativamente as províncias e
distritos em que preferem trabalhar, mas devem obter uma aprovação informal ou formal ou
orientação da DNEA. As novas ONGs deveriam ter de discutir o seu local preferido de actuação
com a DNEA, com a Direcção Provincial da Agricultura e por fim com as autoridades distritais
para encontrar oportunidades de realização de actividades conjuntas.

Em função da situação acima descrita, está prevista a promoção da participação das ONGs
(especialmente das ONGs locais) na prestação dos serviços de extensão. Assim, o serviço da
extensão pública irá empregar, numa base contratual, os serviços de ONGs locais e irá apoiar o
seu desenvolvimento.

5.2. Extensão para os pequenos produtores


Segundo PDEA, (2007-2016) a Extensão Agrária para os pequenos produtores em Moçambique enfrenta
alguns desafios de vulto para chegar aos pobres, e estes incluem:

A grande diversidade socio-económica, ecológica e, portanto, diversidade dos sistemas de


cultivo, conjugado com uma densidade populacional relativamente baixa;
Complexidade dos sistemas de cultivo e a inexistência de novas tecnologias rentáveis;
Baixa procura efectiva pela extensão devida, entre outros, ao nível de educação dos agricultores e
ao nível de orientação para o mercado.
A estensão agraria esta muito mais direcionada aos agriculrores, mas devido as condicoes que o nosso
pais frequenta torma se dificel fazer a transmissão dos conhecimentos dos estecionistas aos pequenos
agricultores. Devido essas dificuldades as zonas rurais ficam com um conhecimento pobre sobre as sua
area de trabalho e as suas producoes são limitadas devido a falta das novas tecnologia e certo
conhecimento dos estecionistas que tem a função de apoiar os agricultores das zonas rurais.

6. Visão para o Desenvolvimento Rural até 2025


A declaração da visão, percebida como uma finalidade a alcançar a médio e longo prazos, representa o
compromisso do Governo em promover um ambiente dinâmico, saudável, estável, vigoroso e seguro para
as comunidades rurais. Este compromisso representa também o reconhecimento explícito e inequívoco do
Governo de que, a curto e médio prazos, implementará políticas específicas e programas de acção
integrados e harmonizados com os propósitos de sustentabilidade de longo prazo. Assim, a visão para a
EDR é a seguinte: Por volta de 2025 o desenvolvimento humano nas áreas rurais de Moçambique será
três vezes superior ao registado em 2005, entrando assim na faixa do desenvolvimento humano médio,
derivado da transformação do padrão de acumulação na economia nacional, através duma economia rural
mais competitiva e sustentável, ambientalmente equilibrada e socialmente estável e atractiva.
7. Conclusão
No presente trabalho conclui-se que a extensão rural é um mecanismo que o governo Mocambicano
encontrou para desenvolver o país nas zonas rurais para com que elas tenham uma vida melhor,isto é,
oferecer conhecimentos as agricultores, pecuarios, pescadores e outros para obterem novos
conhecimentos de como podem aumentar as suas produções ao longo das suas actividades.
8. Revisão bibliografica
ANDRADE, Gilmar Dos Santos e CHAGAS, Rita de Cácia Santos. (2012). Assistência técnica e
extensão rural na escola família agrícola do sertão: entre as necessidades dos camponeses e a política de
ATER do MDA. São Paulo.

BURTON, C. (1991) Extensão para o Desenvolvimento. Brazil

PDEA. (2007) Plano Director De Extensão Agrária (2007-2016). Maputo, Moçambique.

SAMBO, Book. (2003) Extensão Rural: Um estudo de caso no distrito de Magude. UEM, Maputo.

SWANSON, B. (1981), História e evolução da Extensão Rural; in Extensão Rural: Manual de referência,
2ª ed. Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, FAO.

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