Gestão Da Qualidade
Gestão Da Qualidade
Definição de Qualidade
Qualidade: Grau de satisfação de requisitos dado por um conjunto de características intrínsecas, com base em três
fatores:
• Satisfazer as expectativas do cliente;
• Preço;
• Prazo de resposta;
• Conformidade com exigências/requisitos funcionais (legislação)/desempenho.
Exemplo: Na compra de um carro os requisitos são, por exemplo, preço < 25.000€, segurança, económico, etc.
• Autocontrolo
• Primeira tentativa de atuar sobre as causas dos produtos defeituosos
• Planeamento Básico da Qualidade com uso de Técnicas Estatísticas: Controlo por amostragem
3. Garantia de qualidade (tónica na organização e funções desde a conceção até ao pós-venda) – 1960
• Controlo da qualidade nas diferentes fases de fabrico, abarcando matérias-primas e produto acabado
• Qualidade abarca desde a conceção do produto até à utilização
• Aparecimento de normas e referenciais para garantir a qualidade
• Interesse crescente pela aplicação das normas, em setores petroquímicos e nuclear
• Comunicar missão, visão, valores, políticas e processos a todos os envolvidos (intranet, comunicados...)
• Criar e sustentar valores partilhados em todos os níveis da organização (definir e praticar)
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• Estabelecer cultura de confiança e integridade
• Assegurar que os lideres em todos os níveis são exemplos positivos na organização Proporcionar às pessoas
os recursos, formação, e autoridade necessários
• Inspirar, encorajar, reconhecer os contributos das pessoas
3. Comprometimento das pessoas – Para a melhoria da capacidade da organização para criar e disponibilizar
valor, é essencial que em todos os níveis da organização haja pessoas competentes, a quem tenham sido
conferidos poderes e que estejam comprometidas.
• Comunicar com as pessoas para promover a compreensão da importância dos seus contributos (slogans,
folhetos, intranet..)
• Promover a colaboração em toda a empresa (sugestões de melhoria, ser critico...)
• Facilitar discussão aberta e partilha de conhecimento e experiências
• Permitir a autoavaliação das pessoas (promover a formação...)
• Conduzir inquéritos para avaliar a satisfação das pessoas, comunicar e implementar ações adequadas
(resultados e medidas...)
4. Abordagem por processos – resultados consistentes e previsíveis podem ser mais eficaz e eficientemente
atingidos quando as atividades são compreendidas e geridas como processos inter-relacionados que
funcionam como um sistema coerente.
•Procedimento •Resultado do
•Monitorizar/medir processo
• Definir objetivos do sistema e os processos para os atingir (indicadores e processos ajustados ao negócio)
• Estabelecer autoridades e responsabilidades e o modo de prestar contas para os processos de gestão (definir
quem tem autoridade e responsabilidades sobre os processos)
• Gerir os processos como um sistema (avaliar os processos como um todo, não por departamento)
• Gerir os riscos que possam afetar as saídas e os resultados globais do SGQ
• Promover objetivos de melhoria em toda a organização (envolver todos na melhoria, incluindo “chão de
fábrica”
• Educar e formar pessoas a todos os níveis
• Assegurar as competências para promover e completar com sucessos os projetos
• Desenvolver projetos de melhoria por equipas e níveis
• Reconhecer as melhorias
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Como aplicar na organização:
7. Gestão das relações – Para terem um sucesso sustentado, as organizações gerem as suas relações com partes
interessadas, como sejam os fornecedores.
Processos
e métodos
Pessoas
Equipamentos/
Estrutura
O IPQ – Instituto Português da Qualidade, deu os seus primeiros passos, no domínio da Certificação de Sistemas de
Qualidade de empresas, no final da década 80.
O Sistema de Português da Qualidade, foi criado em Portugal, de acordo com as práticas aceites internacionalmente,
compatibilizando as exigências regulamentares vigentes com os requisitos específicos.
• engloba, de forma integrada, as entidades que congregam esforços para a dinamização da qualidade em
Portugal;
• assegura a coordenação dos três subsistemas – da Normalização, da Qualificação e da Metrologia, com vista
ao desenvolvimento sustentado do País e ao aumento da qualidade de vida da sociedade em geral.
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Princípios do SPQ
Normalização - elaboração de normas e outros documentos de carácter normativo de âmbito nacional, europeu e
internacional. Ex.: Ligações entre diversas organizações (ONU, ONS, CT, entre outras).
Metrologia - garante o rigor e a exatidão das medições realizadas, quer nas transações legais com os consumidores,
quer nas operações e atividades industriais. Ex.: aspeto cientifico – Laboratório Primário Nacional (IPQ), aspeto
industrial – Laboratório de Calibração (vários) e Especto regulamentar – Aprovação e verificação de instrumentos de
medida (IPQ + entidades qualificadas para tal).
Processos
e métodos
Pessoas
Equipamentos/
Estrutura
A ISO 9000 faz parte de um conjunto de normas técnicas que estabelecem diretrizes e padrões para criação de um
sistema de gestão da qualidade. A série ISO 9000 é composta por 5 normas técnicas, sendo elas a ISO 9000, ISO 9001,
ISO 9002, ISO 9003 e ISO 9004, cujo objetivo é oferecer um conjunto de diretrizes para que a empresa possa criar um
sistema que ofereça melhoria contínua para seus processos, produtos e serviços.
A ISO 9001 é um sistema de gestão com o intuito de garantir a otimização de processos, maior agilidade no
desenvolvimento de produtos e produção mais ágil a fim de satisfazer os clientes e alcançar o sucesso sustentado.
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O Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) funciona como um instrumento para ajudar o gestor a encontrar e corrigir
processos ineficientes dentro da organização. Além disso, é uma forma de documentar a cultura da organização,
permitindo que o negócio cresça mantendo a qualidade dos bens e serviços prestados.
A ISO9001 é uma ferramenta indispensável para uma organização uma vez que orienta a implementação de um
sistema de gestão da qualidade. Para que se possa garantir a qualidade dos produtos e serviços é necessária a
aplicação de uma série de sistemáticas, que tem como intuito planear a execução das atividades da organização,
padronizar e controlar os seus processos e ter foco sempre na satisfação do cliente. É para isso que a ISO9001 serve,
para guiar as organizações a atingir esse objetivo. A ISO 9001 quer que a organização melhore continuamente o seu
sistema de gestão da qualidade, e que não se acomode depois de alcançar determinadas metas.
Sistema de Gestão
O que permite?
• Demonstrar aos clientes a aptidão para fornecer de forma consistente produto e serviço que satisfaçam os
seus requisitos, os requisitos legais e regulamentares;
• Aumentar a satisfação dos clientes através da aplicação do sistema e sua melhoria contínua.
Ciclo PDCA (Plan, Do, Check e Act): é uma abordagem que incentiva as organizações a planearem o que será realizado
para que posteriormente possam verificar o que realmente foi realizado gerando a partir disso um comparativo, que
será fundamental para melhorar o sistema. Este ciclo é composto por quatro partes:
→ Planear: estabelece os objetivos e os processos necessários para alcançar os resultados de acordo com os
requisitos/regulamentação aplicável e políticas da organização.
→ Executar: implementar os processos e meios adequados para alcançar os objetivos.
→ Verificar: monitorizar e medir os processos e os respetivos produtos e serviços tendo como referencial as
políticas, os objetivos e os requisitos e reportar os resultados.
→ Atuar: Empreender ações para melhorar continuadamente o desempenho dos processos.
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Normas de Gestão da Qualidade – NP EN ISO 9001:2015
4. Contexto da Organização
Determinar fatores externos e internos que são relevantes para o propósito e a direção estratégica da organização e
que afetam a sua capacidade de alcançar os resultados pretendidos do SGQ e monitorizar e analizar criticamente as
informações sobre estes fatores.
• Análise SWOT
• Análise PESTAL
• Matriz BCG
• 5Forças de Porter
• “Ambiente externo no qual a organização procura atingir os seus objetivos”: envolventes social, cultural,
política, regulamentar, financeira, tecnológica, económica – internacional, nacional, regional e local
• Fatores chave e tendências com impacto nos objetivos da organização
• Às relações com as partes interessadas externas, suas perceções e valores
Peças de
Colaboradores/ Formatação
Ponto fraco trabalho fora Desorganização 3 4 3*4=12
Gerência em 5S
de sítio
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A organização deve:
• Determinar quais são as partes interessadas relevantes ao SGQ;
• Determinar os requisitos destas partes interessadas que são relevantes para o SGQ;
• Monitorizar e analisar criticamente informações sobre estas partes interessadas e seus requisitos relevantes.
A ISO 9001:2015 foca a atenção naquelas partes interessadas que poderiam ter efeito sobre a capacidade da
organização de fornecer produtos e serviços conformes.
Exemplos: clientes, pessoas numa organização, fornecedores, entidades bancárias, reguladores, sindicatos, parceiros
ou sociedade – competidores ou grupos de pressão opostos.
Questões práticas:
• Identificar as partes interessadas que são relevantes para o SG
• Identificas os requisitos dessas partes interessadas
Determinar os limites e aplicabilidade do SGQ Ser disponibilizado e mantido como informação documentada indicar o
tipo de produtos abrangidos e justificação para qualquer requisito considerado como não aplicável.
Ter em consideração:
• As questões internas e externas determinadas em 4.1
• Os requisitos das partes interessadas relevantes e referidos em 4.2
• Os produtos e os serviços da organização
• Determinar processos necessários para o SGQ abordagem por processos: entradas, saídas, interação,
monitorização…
• Determinar recursos “tratar riscos” e oportunidades – Pensamento baseado no risco
Ter em consideração:
• o contexto determinado fatores internos/externos e requisitos das PI
• Riscos associados – que possam influenciar a capacidade de gerar resultados pretendidos
Questões práticas:
• Determinar todos os processos necessários para o SGQ e a aplicação em toda a organização
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Abordagem por processos
Para que uma organização funcione de forma eficaz, necessita de identificar e gerir numerosas atividades interligadas.
Pode ser considerado um processo, um conjunto de atividades, que utiliza recursos e é gerido de forma a permitir a
transformação das entradas em saídas.
Aplicação do princípio de gestão da qualidade nº 4 – abordagem por processos
Procedimento Eficácia do
processos
Input Output
Processo
(incluindo recursos) (resultado do
processo) Eficiência do
Monitorizar e medir processos
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Ao transformar inputs em outputs o processo realiza o seu produto, sendo possível avaliar a sua eficácia e eficiência
pela monitorização de indicadores de desempenho do processo.
Aquisição: Compra de Matérias, materiais, equipamento, tende a espalhar-se pela empresa inteira.
Ex.: Compras de materiais, Seleção de Fornecedores, Qualificação de Fornecedores
5. Liderança
A gestão de topo deve estabelecer, implementar e rever uma política da qualidade que é apropriada para a finalidade
da organização e suporta a sua direção estratégica
• Informação documentada
• Compreendida e aplicada
• Adequada ao propósito e ao contexto da organização e suporte a sua orientação estratégica…
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• Comunicada e disponibilizada a partes interessadas relevantes
Organograma hierárquico
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Matriz de Responsabilidades, autoridades
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6. Planeamento
Ao planear o sistema de gestão da qualidade, a organização deve considerar as questões referidas no ponto 4.1 e os
requisitos referidos no ponto 4.2 e determinar os riscos e oportunidades que precisam de ser tratados para:
• assegurar que o sistema de gestão da qualidade pode atingir o(s) resultado(s) pretendido(s)
• prevenir, ou reduzir, os efeitos indesejáveis
• aumentar os efeitos desejáveis
• alcançar a melhoria.
Exemplos:
• FMEA
• Matriz de Riscos
Metodologia 5W2H
• O QUÊ? (What?) – Qual a ação que irá ser desenvolvida
• PORQUÊ? (Why?) – Porque é a ação tem de ser realizada? Quais os benefícios,resultados.
• ONDE ? (Where?) - Onde, local departamento
• QUANDO ? (When?) – Quando será implementada/ concluída, em termos temporais, urgente
• QUEM? (Who?) – Quem será a pessoa responsável por acompanhar pela implementação ou
acompanhamento
• COMO?(How?) – Como é que será realizada a tarefa/ ação. É importante definir métodos
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• QUANTO (How much?) – Qual o custo desta ação ação/ tarefa.
A organização deve estabelecer objetivos da qualidade para funções, níveis e processos relevantes.
Perspetiva financeira
Assegurar sustentabilidade que permita investimentos sustentados e em harmonia com os interesses e necessidades
das partes interessadas, tendo sempre presente as preocupações de sustentabilidade económico-financeira, optando
pela análise criteriosa da viabilidade dos investimentos, pelo rigor na gestão dos recursos e pelo controlo dos custos.
Considerando como linha orientadora “Ter uma empresa rentável que funciona sem mim”.
Perspetiva clientes
Assegurar um serviço de qualidade reconhecida e procurar sistematicamente oferecer as melhores soluções de
produtos para a resposta às necessidades específicas das organizações para a resolução de problemas na identificação
e codificação de produtos, por canais de comunicação eficazes e cumprimento de requisitos de regulamentação e
carácter pedagógico na sua atividade.
Perspetiva interna
Gerir a eficiência operacional optando por investimentos sustentados em infraestruturas e equipamentos que
permitam a diversificação e a ampliação da gama de produtos. Assegurar um relacionamento exigente, claro e
contínuo com os clientes e com os fornecedores que provoquem impacto direto na eficiência dos serviços, por forma
a garantir as adequadas condições operacionais ao fornecimento dos produtos e à melhor gestão dos recursos,
optando por uma seleção e avaliação contínua dos seus desempenhos e pelas melhores relações de preço e
qualidade. Assegurar o cumprimento das obrigações legais e regulamentares inerentes à atividade.
Quando houver necessidade de mudança no sistema de gestão da qualidade, deve ser feita de forma planeada, tendo
em conta:
• O motivo da mudança e potenciais consequências;
• A integridade do sistema de gestão da qualidade;
• Disponibilidade de recursos;
• Atribuição ou reatribuição de responsabilidades e de autoridades.
7. Suporte
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7.1 Recursos – Requisitos normativos
7.1.3 Infraestruturas
O conceito de infraestruturas inclui:
• Edifícios, espaço de trabalho e meios associados
• Equipamentos dos processos (hardware e software)
• Serviços de apoio (transportes e comunicações)
Definição de responsabilidades:
• Elaboração de planos de manutenção
• Emissão de ordens de trabalho
• Controlo do consumo de energia, efluentes, emissões gasosas
• Controlo e arquivo de documentação técnica
• Especificações para novos equipamentos, receção, instalação de equipamentos novos
• Manutenção das ferramentas e equipamentos auxiliares de produção
• Gestão de peças de stock
7.1.5 Recursos de Monitorização e Medição
A ISO 9001:2015 dividiu estes requisitos em duas situações diferentes:
1. Quando a monitorização e medição são utilizadas para a demonstração de conformidade de produtos e
serviços. Ou seja, equipamentos como calibres e instrumentos de medição, de ensaio e teste, obrigando a
que:
• Os recursos sejam adequados ao tipo específico das atividades de monitorização e medição a realizar
2. Quando a rastreabilidade de medição é um requisito (ex: exigência legal, requisito do cliente)
• Verificados ou calibrados ou ambos a intervalos especificados
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• Identificados, a fim de determinar o seu estado (exe: calibração); protegidos contra ajustes, danos
que invalidem a calibração e os resultados subsequentes.
Incerteza da Medição
Por exemplo, se equipamento medir 15 e a incerteza +/- 2, então o verdadeiro valor da medição estará compreendido
entre 13 e 17.
A incerteza da medição deve ser compatível com a medição a efetuar: o intervalo em que se situa o verdadeiro valor
da grandeza não pode afetar a qualidade requerida, o rendimento, a segurança, o custo, ou qualquer outro resultado
desejado
7.1.6 Conhecimento organizacional – identificar o conhecimento necessário para a operacionalização dos processos e
obter a conformidades dos produtos/serviços – mantido e disponibilizado, na medida do possível.
• Conhecimento organizacional específico detido pela organização, obtido pela experiência. É informação
utilizada e partilhada para serem atingidos os objetivos da organização.
A organização deve “determinar as competências necessárias das pessoas…”, bem como “assegurar que essas
pessoas são competentes com base em educação, formação ou experiência adequadas”.
A competência não advém diretamente da qualificação (formação académica, por exemplo), mas exige critérios
utilizados garantam que o profissional em causa tem capacidades para atingir níveis de desempenho desejadas nas
respetivas tarefas.
Alguns indicadores:
• Volume de horas de formação e média de horas de formação por colaboradores;
• Taxa de concretização do plano de formação;
• Melhorias sugerias vs total de colaboradores;
• Taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos relacionados com o trabalho.
Comunicação externa:
• Clientes;
• Comunidade envolvente;
• Sociedade em geral.
Manual de Gestão da Qualidade – documento que encabeça a estrutura documental e proporciona todo um
enquadramento da organização da sua política de gestão e do próprio SGQ.
Processos – documentos que descrevem um conjunto de atividades que suportam a existência da sociedade, e
garantem a correta interação dos seus diversos elementos, com o objetivo de satisfazer as diferentes partes
envolvidas com a mesma.
Planos – documentos que estabelecem a frequência de execução de algumas atividades inerentes ao sistema.
Documentos externos – normas, especificações, regulamentação e outros documentos de origem externa, com
interesse.
8. Operacionalização
A organização deve planear, implementar e controlar os processos necessários para satisfazer os requisitos, e para
implementar as ações determinadas no ponto 6, por:
• Definição dos requisitos para os produtos e serviços;
• Estabelecimento de critérios para os processos;
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• Estabelecimento de critérios para a aceitação de produtos e serviços;
• Determinação dos recursos necessários;
• Implementação do controlo do processo;
• Retenção de informações documentadas.
A organização deve controlar alterações previstas e analisar as consequências das alterações não intencionais,
tomando medidas para mitigar os efeitos adversos, conforme necessário.
• Identificação dos requisitos dos produtos e dos aspetos com eles relacionados;
• Design e desenvolvimento;
• Controlo dos produtos e serviços fornecimentos externamente (8.4);
• Produção e fornecimento do serviço:
o controlo da produção e fornecimento do produto;
o validação dos processos;
o propriedade do cliente;
o manuseamento, embalagem, armazenamento e proteção, pós-venda, controlo das alterações.
• Libertação de produtos e serviços;
• Controlo de saídas não conformes dos processos, produtos e serviços;
• Retenção de informação documentada.
8.2.1 Comunicação com clientes sobre informação relacionada com produtos e serviços
• Processar encomendas, consultas e contratos
• Retorno de informação dos clientes, incluindo reclamações
• Gerir propriedade de clientes – controlo e garantia de não desvio
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8.2.2 Determinar requisitos para produtos e serviços, incluindo os legais e regulamentares e os da organização- não
esquecer os de clientes….
A equipa de revisão deve analisar as soluções propostas e optar pela continuidade do projeto
8.4 Controlo dos processos, produtos e serviços de fornecedores externos – Requisito normativo
A organização deve assegurar-se de que os processos, produtos e serviços fornecidos externamente estejam
conforme os requisitos especificados. Determinar os controlos a aplicar a processos, produtos ou serviços fornecidos
externamente quando:
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• processos, produtos e serviços são fornecidos por fornecedores externos para incorporação nos
produtos e serviços da própria organização;
• processos, produtos e serviços são fornecidos diretamente ao cliente pelos fornecedores externos
atuando em nome da organização;
• um processo ou parte de um processo é fornecido por um fornecedor externo em função de uma
decisão pela organização de subcontratar um processo ou função.
A avaliação
• Capacidades técnicas para fornecer o produto
• Capacidades organizacionais (ex: requisitos de SGQ)
A Seleção
• Preço, condições de pagamento, proximidade, capacidade de resposta
A reavaliação
• Seguimento do desempenho dos fornecedores
As ações corretivas
• Decorrente por exemplo de uma situação de reavaliação
1. Planeamento (elaborar os planos de produção, emitir ordens de produção, assegurar recursos, interface com
as compras, infraestruturas, prazos de entrega, orçamentos)
Questões práticas:
• Originarem registos (quantidades produzidas, defeitos);
• Validação de todo o processo de autocontrolo e formação dos operadores.
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Formas de validação devem evidenciar que os operadores continuam a executar corretamente as operações
Validação do autocontrolo:
• Reinspecção de peças já aprovadas;
• Observação das operações;
• Auditorias ao processo;
• Controlo estatístico do processo.
Validação e revalidação periódica dos processos de produção e de fornecimento do serviço - “capacidade de alcançar
os resultados desejados” são aqueles em que a “saída resultante não possa ser verificada por subsequente
monitorização e medição”.
Em algumas indústrias (ex: alimentar e farmacêutica), os processos de limpeza dos equipamentos são processos deste
tipo.
8.5.2 Identificação e rastreabilidade – garantir a identificação nas diferentes fases de fabrico
A identificação dos itens (matérias-primas, componentes, materiais subsidiários…), deve ser sempre que possível
desde a receção à entrega, instalação, atividades posteriores à entrega
A título de exemplo:
• códigos/ referências
• Designações
• Códigos de barras
• Inscrições
• Identificação de locais, espaços, recipientes
• Matéria-prima, lote, produto final, modelo, n.º de série, desenho, ou mesmo ciclo de vida
• Onde a identificação deve ser inscrita (parque, espaço de armazém, registo de inspeção, etc)
• Fase em que vai ser utilizada (receção, armazém, produção, entrega, instalação, posterior à entrega
Este requisito pode ter um interface importante com os requisitos 8.2 – Determinação dos requisitos para os produtos
e serviços e 8.4 – Controlo dos produtos e serviços fornecidos externamente
O termo propriedade do cliente ou do fornecedor pode incluir materiais, componentes, ferramentas, equipamentos,
instalações, propriedade intelectual e dados pessoais.
• Atividades desenvolvidas por fornecedores escolhidos pelo cliente (pintura, tratamentos térmicos, inspeções
e ensaios…) sobre o produto.
• Atividades desenvolvidas por fornecedores escolhidos pelo cliente (ex: revisão do projeto, software, bases de
dados, assistência técnica, serviços ao cliente…).
• Atividades desenvolvidas pelo próprio cliente (as referenciadas anteriormente) ou em ligação o cliente e
outros fornecedores (ex: desenvolvimento de nova formulação).
8.5.4 Preservação pode incluir a identificação (ver 8.5.2) manuseamento, embalagem, armazenamento, deslocação ou
transporte
Atividades bastante diferentes, mas com um objetivo comum:” preservar a conformidade do produto, durante o
processamento interno e a entrega para o destino pretendido”.
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Manuseamento
• Este ponto pode limitar-se à identificação dos meios de movimentação, mas também exigir a elaboração de
procedimentos detalhados e meios mais ou menos sofisticados e até condições de manuseamento muito
estritas (ex: pesagem de alguns componentes na industria farmacêutica)
• Situações particulares em que se tenha de manusear produtos químicos perigosos, combustíveis, explosivos,
tóxicos, poluentes, contaminantes ou com outros riscos para o operador, o meio ambiente, a saúde publica,
ou produtos
• Nestas situações devem existir fichas de dados de segurança dos produtos, os meios adequados de combate/
controlo, e os colaboradores devem ser treinados para operar em situações de incidentes, ou acidentes
Armazenamento
• Este requisito deve garantir que as condições de armazenagem não possam deteriorar os produtos, quer por
acondicionamento deficiente (empilhamento), quer por questões ambientais (matéria-prima junto da
cobertura), ou por tempo de armazenagem (não praticar – FIFO”)
• Deve ser possível gerir o espaço de forma eficiente, passando por meios adequados de armazenagem
(prateleiras, contentores), localização (numeração dos espaços), atribuição de espaços (produtos de maiores
dimensões, peso, rotação)
• Deve ser gerido os stocks, de forma a assegurar um planeamento da produção e entregas
• As matérias-primas, ou componentes que se deteriorem com o tempo devem ser inspecionadas a intervalos
definidos de modo a avaliar a sua conformidade
• A eventual existência de monos ou sobras deve ser controlada de modo a garantir, pelo menos a sua
identificação
• Campo de aplicação (matérias-primas, partes, consumíveis, produto final,…)
• Sistema de identificação das prateleiras
• Tempos de validade - Identificação (ou manutenção) do item em armazenamento/ identificação do estado de
inspeção
• Documentos para receber e despachar itens de e para os armazéns
• Sistema FIFO
• Condições ambientais
Embalagem
• A embalagem desempenha hoje um papel de importância crescente, que a organização deve
considerar na sua conceção
o Embalagens para vários tipos de transporte (ex: várias gamas de temperatura, diversos meios de
movimentação) e para os esforços daí resultantes
o O produto pode vir a ser exposto na sua embalagem, o que acarreta necessidades especiais de
empilhamento e design, bem como informação ao consumidor
o A embalagem pode ter, ainda, que cumprir normas, ou especificações dos mercados ou dos clientes,
ou podem ter de ser certificadas/ homologadas (transporte de mercadorias perigosas)
o Métodos de limpeza, acondicionamento, aperto e cravação
A avaliação da adequabilidade da embalagem deve ser feita, pelo menos, uma primeira vez, aquando da sua conceção
e dela devem existir os respetivos registos
• Estas atividades podem incluir ações em garantia e obrigações contratuais tais como manutenção,
reciclagem ou disposição final.
• Nos serviços podem também existir atividades posteriores à prestação do serviço (ex:
acompanhamento pós-cirúrgico; avisos sobre atividades a realizar)
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8.5.6 Controlo das alterações
• As alterações não planeadas e essenciais para a produção e fornecimento do serviço devem ser revistas e
controladas de forma a não afetarem a conformidade. As alterações devem ser registadas e devem seguir em
regra os mesmos circuitos das especificações iniciais
• A organização deve manter informações (registos) que evidencie os resultados da análise e decisão sobre as
alterações e as ações que estas acarretam.
Os produtos e serviços não devem ser libertados sem que se tenham verificado as operações planeadas que
comprovem que cumprem os requisitos aplicáveis.
Em casos especiais de não conformidade, os produtos poderão ser libertados por pessoal autorizado, ou pelo cliente.
Nestes casos, em que a libertação se efetuou com não conformidades não resolvidas, os registos devem permitir a
rastreabilidade.
As atividades de expedição e transporte devem garantir a qualidade do produto até às instalações do cliente, ou por
ele indicadas:
• A considerar:
o Instruções de carregamento dos meios de transporte (ex: frigoríficos que não podem ser
transportados deitados)
o Eliminação da possibilidade de contacto entre produtos que lhes provoquem defeitos (ex: portas de
automóveis)
Condições de garantia
▪ Estes requisitos visam impedir que produto não conforme possa ser inadvertidamente utilizado ou
instalado:
o Identificação;
o Documentação;
o Análise;
o Decisão.
• Indicadores de estado do produto não conforme
• O produto pode ser recuperado até ficar de acordo com o especificado
• O produto não pode ser recuperado
• O produto, embora não seja possível de colocar de acordo com o especificado, pode ser usado, com ou sem
reparações
• Deve existir em todos os casos registos
• O tratamento de reclamações pode ser incluído neste âmbito
9. Avaliação de Desempenho
• O que necessita de ser monitorizado e medido, bem como os respetivos métodos de monitorização. A
medição, análise e melhoria devem focar-se no aumento da eficácia e da eficiência da organização, para
satisfazer a sua política e os seus objetivos.
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• Exige uma evolução progressiva, dinâmica e consolidada do SGQ
Indicadores:
• % de matérias-primas que chegam na quantidade e nos prazos previstos
• % de tempo de paragem por falta de matéria-prima ou de RH
• Tempo médio de resposta a reclamações
• % de devoluções do cliente, em garantia, face ao produzido
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9.3 Revisão pela gestão
10. Melhoria
Certificação
Definição de Certificação
Ato pelo qual 3ª parte (independente) afirma (formalmente) que é razoavelmente fundamentado esperar que
determinada organização/produto/serviço cumpre com requisitos especificados/pré-determinados
(norma/especificação).
Certificação do Sistema de Gestão ≠ Certificação do Produto
• Existência de norma / especificação
• Existência de entidade (laboratório) para confirmar características do produto
• Sistema de garantia da conformidade para assegurar reprodutibilidade de características
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Porque certificar os Sistemas de Gestão?
Não é obrigatório certificar um Sistema de Gestão, mas é uma constatação o aumento da concorrência e da exigência
dos intervenientes no mercado. É um requisito de muitos clientes/setores/mercados que tem tendência a crescer em
alguns. A certificação é uma opção estratégica de desenvolvimento das organizações que querem evoluir, melhorar e
ganhar mercados.
A certificação por entidade independente garante ao mercado a confiança na consistência da prestação do serviço de
uma organização.
Vantagens e benefícios
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