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Eletrogravimetria e Coulometria

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Eletrogravimetria e coulometria

- Definição: Eletrogravimetria e Coulometria


- O que acontece quando aplicamos potenciais a células eletroquímicas
- Diagrama de “Ladder”
- Sobrepotencial
- Eletrogravimetria
- Coulometria
Prof. Gabriel N. Meloni
[email protected]
Métodos dinâmicos Corrente elétrica é o fluxo, ou movimento, de cargas em um
condutor elétrico ou iónico. Corrente elétrica pode ser definida
pelo fluxo de elétrons em um condutor por unidade de tempo.
e-

e-
e-
??? V

e-
𝑪𝒂𝒓𝒈𝒂
Corrente elétrica =
e- 𝒖𝒏𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒆 𝒕𝒆𝒎𝒑𝒐
Ponte salina

Olhando apenas para o anodo:


Cu Ag 𝐶𝑢(𝑆) ⇌ 2𝑒 − + 𝐶𝑢2+

Cl- K+ Lei da velocidade para a oxidação do cobre:


𝑑[𝐶𝑢2+ ]
Solução de Solução de 𝜈= 𝑑𝑡
= 2𝑑𝑄𝑑𝑡𝑒−
CuSO4 (0,02 M) AgNO3 (0,02 M)
Métodos dinâmicos

Em técnicas dinâmicas, potenciais são aplicados a eletrodos para promover uma reação de
oxidação ou redução, onde a espécie em solução troca elétrons com um eletrodo (reação de
transferência de carga heterogênea) gerando assim um fluxo de elétrons, ou seja corrente
elétrica

𝟏 𝑨 = 𝟗𝟔𝟒𝟓𝟖 𝑪 𝒔−𝟏 = 𝟏 𝒎𝒐𝒍 𝒅𝒆 𝒆− 𝒔−𝟏

Constante de Faraday

Corrente elétrica decorrente de reações de transferência de carga heterogênea são


chamadas de de correntes Faradaicas.
Fluxo de elétrons e polaridade - convenção

- No cátodo ocorre redução. No anodo ocorre oxidação. (CRAO)


- Elétrons fluem (saem) do polo negativo para (entram) o polo positivo

Em uma pilha (“similar” a potenciometria):

Anodo é o polo negativo, cátodo é o polo positivo

Em uma célula eletrolítica (métodos dinâmicos):

Anodo é o polo positivo, cátodo é o polo negativo

É tudo uma questão de referencial


Definição de Eletrogravimetria e Coloumetria

São métodos que se baseiam na oxidação ou redução eletrolítica de um analito por um


período suficiente que assegure sua conversão química total a um novo estado de oxidação.

Eletrogravimetria, o produto da eletrólise é pesado como um depósito formado sobre um


dos eletrodos.
∆𝒎 ≅ 𝒏° 𝒅𝒆 𝒎𝒐𝒍𝒔

Coulometria, a quantidade de eletricidade necessária para completar a eletrólise é a medida


da quantidade do analito presente.

𝑸 ≅ 𝒏° 𝒅𝒆 𝒎𝒐𝒍𝒔

São métodos primários!


Definição de Eletrogravimetria e Coloumetria

DOI: 10.1098/rstl.1834.

… that when subjected to the influence of the electric current, a


quantity of it (water) is decomposed exactly proportionate to the
quantity of electricity which has passed…
1834
O que acontece quando aplicamos potenciais em células eletroquímicas
3− 4−
𝐹𝑒 𝐶𝑁 6 + 1𝑒 − ⇌ 𝐹𝑒 𝐶𝑁 6 𝑬𝟎 = 𝟎. 𝟑𝟓𝟔 𝑽
???

- Qual o potencial dessa “pilha” desconsiderando


SHE qualquer potencial de junção?

E = ECat – Ean
- O que acontece quando aplicamos um potencial externo ao
sistema?

Pt

0 0.059 [𝐹𝑒(𝐶𝑁)4−
6 ]
𝐸 = 𝐸𝐹𝑒(𝐶𝑁) 3− ൗ𝐹𝑒(𝐶𝑁)4− − log
Fe(CN)64-
Fe(CN)63- 6 6 1 [𝐹𝑒(𝐶𝑁)3−
6 ]
O que acontece quando aplicamos potenciais em células eletroquímicas

Quando fornecemos energia para um sistema, alteramos a posição de equilíbrio, favorecendo


a reação direta ou inversa.

Análogo não eletroquímico:

𝐶𝑎𝐶𝑂3 (𝑠) ⇌ 𝐶𝑎𝑂 (𝑠) + 𝐶𝑂2 (𝑔)

Reação inversa é favorecida Reação direta é favorecida

25° 𝐶 ∆𝐺 = 130 𝑘𝐽𝑚𝑜𝑙−1 835° 𝐶 ∆𝐺 = −0.8 𝑘𝐽𝑚𝑜𝑙−1


Equilíbrio químico, deslocamento e o diagrama de escada

O diagrama de escada é uma representação gráfica que nós permite avaliar um equilíbrio
químico.

Com ele é possível determinar qual reação está ocorrendo quando combinamos diferentes
reagentes e avaliar como mudanças nas condições da solução ou potencial do eletrodo
podem afetar o métodos analítico.

Ex. Equilíbrio ácido-base:

1,75 x 10-5

Runo et al. J. Chem. Educ. 70 (1993) 708-713; Vale et al. J. Chem. Educ. 70 (1993) 790-795 e Vale et al. J. Chem. Educ. 84 (2007) 520-525.
Ex. Equilíbrio ácido-base. diagrama de escada

Se: 𝑝𝐻 = 𝑝𝐾𝑎

Se: 𝑝𝐻 > 4.76


,

Se: 𝑝𝐻 < 4.76


,
Ex. Equilíbrio ácido-base. diagrama de escada

Meio alcalino

pH

Meio ácido
O que acontece quando aplicamos potenciais em células eletroquímicas

3− 4−
𝐹𝑒 𝐶𝑁 6 + 1𝑒 − ⇌ 𝐹𝑒 𝐶𝑁 6 𝑬𝟎 = 𝟎. 𝟑𝟓𝟔 𝑽

- Qual é o potencial para reduzir Fe(CN)63- para Fe(CN)64- ?

- Qual é o potencial para oxidar Fe(CN)64- para Fe(CN)63- ?


O que acontece quando aplicamos potenciais em células eletroquímicas

3− 4−
𝐹𝑒 𝐶𝑁 6 + 1𝑒 − ⇌ 𝐹𝑒 𝐶𝑁 6 𝑬𝟎 = 𝟎. 𝟑𝟓𝟔 𝑽

Equação de Nernst relaciona o potencial da célula eletroquímica com a concentração das


espécies em reações eletroquímicas reversíveis.

Quando fixamos o potencial da célula pela aplicação de um potencial externo, mudando


a energia do sistema, a concentração das espécies se altera, de modo a satisfazer o novo
estado energético do sistema.

0 0.059 [𝐹𝑒(𝐶𝑁)4−
6 ]
𝐸 = 𝐸𝐹𝑒(𝐶𝑁) 3− ൗ𝐹𝑒(𝐶𝑁)4− − log
6 6 1 [𝐹𝑒(𝐶𝑁)3−
6 ]
Diagrama de escada- Oxiredução
Por conveniência, vamos rearranjar a equação de Nernst

0.059 [𝐹𝑒(𝐶𝑁)4−
6 ]
𝐸 = 0.356 − log
1 [𝐹𝑒(𝐶𝑁)3−
6 ]

0.059 [𝐹𝑒(𝐶𝑁)4−
6 ]
𝐸 − 0.356 = − log
1 [𝐹𝑒(𝐶𝑁)3−
6 ]

[𝐹𝑒(𝐶𝑁)4−
6 ]
10−(𝐸−0.356)/0.059 =
[𝐹𝑒(𝐶𝑁)3−
6 ]

E se aplicarmos um pontecial de 0.6 V, o que aconteceria com a razão das espécies? E se


este potencial fosse 0 V?
Diagrama de escada- Oxiredução

[𝐹𝑒(𝐶𝑁)4−
6 ]
10−(𝐸−0.356)/0.059 =
[𝐹𝑒(𝐶𝑁)3−
6 ]

E = 0.6 V (0.244 V +ve of E0) E = 0.356 V (0 mV of E0) E = 0 V (0.356 V -ve of E0 )

[𝐹𝑒(𝐶𝑁)4−
6 ] −5
[𝐹𝑒(𝐶𝑁)4−
6 ] [𝐹𝑒(𝐶𝑁)4−
6 ]
= 7.5 × 10 3−
=1 3− = 1081308
[𝐹𝑒(𝐶𝑁)3−
6 ] [𝐹𝑒(𝐶𝑁)6 ] [𝐹𝑒(𝐶𝑁)6 ]

Se um potencial aplicado a um eletrodo em solução E > E0, a oxidação da espécie é favorecida.


Se um potencial aplicado a um eletrodo em solução E < E0, a redução da espécie é favorecida.

*Concentrações na superfície do eletrodo onde o potencial está sendo aplicado!


Diagrama de escada- Oxiredução

Mais positivo

[𝐹𝑒(𝐶𝑁)3−
6 ] Espécie oxidada

E E0 = 0.356 V [𝐹𝑒(𝐶𝑁)3−
6 ] = [𝐹𝑒(𝐶𝑁)4−
6 ]

[𝐹𝑒(𝐶𝑁)4−
6 ] Espécie reduzida

Mais negativo
E se eu aplicar apenas 0.001 V mais positivo, ou negativo, do que o E 0?
Diagrama de escada- Oxiredução 3− 4−
𝐹𝑒 𝐶𝑁 6 + 1𝑒 − ⇌ 𝐹𝑒 𝐶𝑁 6
Aplicando E = 0.560 V
Mais positivo

Pt
[𝐹𝑒(𝐶𝑁)3−
6 ]

Fe(CN)63- 1 mmol L-1


em KCl 1 mol L-1
E E0 = 0.356 V
Aplicando E = - 0.120 V

Pt
[𝐹𝑒(𝐶𝑁)4−
6 ]

Mais negativo
Fe(CN)63- 1 mmol L-1
em KCl 1 mol L-1
Correntes em células eletroquímicas

Quando existe passagem de corrente elétrica em uma célula eletroquímica, o potencial


medido nesta célula se afasta dos valores calculados termodinamicamente (tabela de
potenciais padrão)
Isso se deve a alguns fatores, como:

- Polarização por queda ôhmica – Resistencia da solução


- Polarização por concentração – Transporte de espécies para a superfície do eletrodo
- Polarização por ativação – Cinética da reação de transferência de elétrons

O grau de polarização de um eletrodo é medido pelo sobrepotencial, 𝜂, a diferença entre o


potencial real e o termodinâmico
𝜂 = 𝐸 − 𝐸𝑒𝑞

A polarização é uma medida da ineficiência do sistema, perda de energia!


Polarização por queda ôhmica – I*R 0
𝐸𝐶𝑢2+ /𝐶𝑢 = 0,278 𝑉

Imaginar a seguinte pilha: Cd|Cd2+ (0,01000 mol L-1) || Cu2+ (0,01000 mol L-1) | Cu 0
𝐸𝐶𝑑 2+ /𝐶𝑑 = −0,462 𝑉

Queda ôhmica resulta em ineficiência energética no sistema, ou seja:


- Aumenta o potencial necessário para operar uma célula eletrolítica (coulometria,
eletrogavimetria, voltametria... )

Eaplicado = Etermo + I*R

- Diminui o potencial medido de uma célula galvânica (resistência interna de uma pilha)

Egalvânico = Etermo - I*R

Lei de Ohm: U = R*I


Polarização por queda ôhmica – I*R
Exercício

1) A célula galvânica do slide anterior possui uma


resistência interna de 4 ohms. Calcule seu
potencial quando uma corrente de 0.1 A flui
pela célula.

2) Calcule o potencial necessário a ser aplicado na


célula do slide anterior para que uma corrente
de 0.1 A seja gerada na direção não espontânea,
tornando a célula em uma célula eletrolítica.
Sobrepotenciais (𝜼) na célula eletrolítica
Cd|Cd2+ (0,01000 mol L-1) || Cu2+ (0,01000 mol L-1) | Cu
Potencial aplicado / V

0.278 Cu2+ + 2e- ⇌ Cu0

Termodinâmico

Queda ôhmica
-0.462 Cd2+ + 2e- ⇌ Cd0
Polarização do eletrodo
Considerando apenas a polarização por queda ôhmica (U = I*R)

I Dependência linear – Lei de Ohm

Ag/AgCl Ag/AgCl
E

Se nenhum potencial é aplicado o sistema se encontra em equilíbrio (E = 0)


AgCl + e- ⇌ Ag + Cl-

KCl 0,1000 mol L-1


Polarização do eletrodo
Eaplicado = Ecátodo − Eânodo + IR Ecélula = ( Ecátodo − Eânodo) − IR

E
Ag/AgCl Ag/AgCl
Eletrodo Ideal
Eletrodo Real

KCl 0,1000 mol L-1

AgCl + e- Ag + Cl-
Polarização do eletrodo Eletrodo de referência

I
Eletrodo Ideal
Idealmente Polarizado Eletrodo Real

Ag/AgCl

I Eletrodo de trabalho

KCl 0,1000 mol L -1


Não-polarizado

Eletrodo Ideal
Eletrodo Real
Polarização por concentração
Imagine que temos um eletrodo metálico em solução onde aplicamos um potencial suficiente para que a seguinte reação
ocorra:

𝑀2+ + 𝑒 − ⇌ 𝑀1+
1
Electron transfer Mass transport

M2+ / mM
Working electrode

M2+ é consumido na superfície do


eletrodo, diminuindo sua
concentração local em relação ao
seio da solução

0
Diffusion layer 0 0.059 [𝑀1+ ]
𝐸= 𝐸𝑀 2+ /𝑀1+ − log 2+
1 [𝑀 ]
25
Polarização por ativação
Transferência de elétrons de/para o eletrodo de/para a espécie eletroativa exige uma energia de ativação para que
ela ocorra, exigindo a aplicação de mais energia (maior potencial) ao sistema

Electron transfer Mass transport


Working electrode
Sobrepotenciais (𝜼) na célula eletrolítica
Cd|Cd2+ (0,01000 mol L-1) || Cu2+ (0,01000 mol L-1) | Cu
Potencial aplicado / V

Cinético
0.278 Cu2+ + 2e- ⇌ Cu0

Termodinâmico

Queda ôhmica

concentração

ativação
Termodinâmico

-0.462 Cd2+ + 2e- ⇌ Cd0


Cinético
Métodos baseados em conversão quantitativa
Eletrogavimetria e coulometria são métodos absolutos, primários, e não requerem calibração com um padrão
Operam em células eletrolíticas, portanto o potencial aplicado é:

Eaplicado = ( Ecátodo − Eânodo ) + ( c _ conc +  c _ at ) + ( a _ conc +  a _ at ) + IR

Célula eletroquímica de 2 Célula eletroquímica de 3


eletrodos eletrodos
Eletrogravimetria – Sistema de dois eletrodos
Na análise eletrogravimetria, o analito é quantificado como um depósito sólido na superfície do cátodo ou do ânodo.

-A massa do eletrodo antes e após a deposição


define a quantidade do analito na amostra

-Somente pode ser usada para analitos que formam


um depósito sólido.

-Cu: é depositado em meio ácido sobre cátodos de


Pt
-Ni: é depositado em meio alcalino
-Zn: é depositado em meio de citrato Rede de platina Espiral de platina
-Ag, Cd e Au: é depositado a partir de seus complexos em geral catodo em geral anodo

-Pb e Mn: é depositado na forma de PbO2 e MnO2


-Cl- por precipitação de AgCl em um eletrodo de Ag.
Exemplo: determinação de Cu(II)

Com a aplicação adequada de um potencial


entre os eletrodos:

Cátodo: Cu2+ + 2e- Cu(s) E = 0,29 V


Ânodo: H2O 1/2O2(g) + 2H+ + 2e- E = 1,23V

Qual o potencial para depositar o cobre sobre o cátodo de platina???

Célula operando com uma I = -1,5 A – Corrente = fluxo de elétrons

Ânodo :
Sem polarização por concentração (água) /  a_at = -0,85 V
V = 200 mL de uma solução 0,02220
mol L-1 de Cu(II) e 1,00 mol L-1 de Cátodo:
íons H+. R = 0,50 . Sem polarização por concentração (agitação) e ativação
Exemplo: determinação de Cu(II) Eaplicado = ( Ecátodo − Eânodo ) + ( c _ conc +  c _ at ) + ( a _ conc +  a _ at ) + IR

𝐸𝑎𝑝𝑙= =
Eapl Ecátodo − E−ânodo
𝐸𝑐á𝑡𝑜𝑑𝑜 + (+c _conc
𝐸â𝑛𝑜𝑑𝑜 ) ++(a𝑎_𝑎𝑡at +
𝑎𝑐𝑜𝑛𝑐 ) +𝐼𝑅IR
= 0,29 − 1,23 + 0 + (−0,85) + (−1,5 x0,5) = −2,54V Logo, Eapl= -2,54 V

Com o passar do tempo, Cu(II) é consumido, diminuindo a passagem de corrente no


sistema (diminuindo a queda ôhmica) e aumentando a polarização por concentração!

𝐸𝑎𝑝𝑙 = 𝐸𝑐á𝑡𝑜𝑑𝑜 − 𝐸â𝑛𝑜𝑑𝑜 + 𝑐𝑐𝑜𝑛𝑐 + 𝑐𝑎𝑡 + 𝐼𝑅

Como Eapl é constant e fixo pela fonte, o Ecatodo fica mais negativo para compensar

𝐸𝑎𝑝𝑙 = 𝐸𝑐á𝑡𝑜𝑑𝑜 − 𝐸â𝑛𝑜𝑑𝑜 + 𝑐𝑐𝑜𝑛𝑐 + 𝑐𝑎𝑡 + 𝐼𝑅

Problema
V = 200 mL de uma Co2+ / Sn2+ / Ni2+
solução 0,02220 mol L-1 de Co2+ + 2e- Co(s) E0 = -0,28 V
Cu(II) e 1,00 mol L-1 de Ecat = 0,29 V para -0,4 V Sn2+ + 2e- Sn(s) E0 = -0,14 V
íons H+. R = 0,50  Ni2+ + 2e- Ni(s) E0 = -0,25 V
Despolarizador catódico
Como Eapl é constant e fixo pela fonte: Com o tempo:
0 0.059 1
𝐸𝑎𝑝𝑙 = 𝐸𝑐á𝑡𝑜𝑑𝑜 − 𝐸â𝑛𝑜𝑑𝑜 + 𝑐𝑐𝑜𝑛𝑐 + 𝑐𝑎𝑡 + 𝐼𝑅 𝐸= 𝐸𝐶𝑢2+ /𝐶𝑢0 −
2
log
[𝐶𝑢 2+ ]

-0.4 Co2+ Outra reação pode ocorrer no cátodo, diminuindo a polarização por
concentração. Esta reação é conhecida como despolarizadora
Ecat / V

catódica.
-0.2 Ni2+ H+
Sn2+
A redução de prótons despolariza o cátodo, porém a formação de
bolhas de H2 concomitantemente com a deposição de sólidos, leva a
0.0 formação de precipitados porosos, de baixa aderência no catodo,
levando a erros de pesagem.
0.29 Cu2+
Tempo / s
Exemplo: determinação de Cu(II)

Problema
Ecat = 0,3 V para -0,4 V Co2+ / Sn2+ / Ni2+

Como resolver o problema:

-Adição de um despolarizador catódico, que é reduzido mais “facilmente” em


potenciais menores do que do analito e não se deposita no eletrodo!:

NO3- + 10H+ + 8e- NH4+ + 3H2O E0= +0,94 V

- Usar uma célula com 3 eletrodos, com um potenciostato para controlar o


V = 200 mL de uma potencial do cátodo e prevenir reações secundárias indesejáveis.
solução 0,02220 mol L-1
de Cu(II) e 1,00 mol L-1 de
íons H+. R = 0,50 
Exemplo: determinação de Cu(II)
Qual o potencial do cátodo que é necessário para reduzir 99,99 % de Cu2+ 0,10 M para Cu(s)? É possível
remover o Cu2+ sem reduzir o Sn2+ 0,10 M também presente na mesma solução? (OBS: Desconsiderar
sobretensões e presença de despolarizadores catódicos)
Exemplo: determinação de Cu(II)
Qual o potencial do cátodo que é necessário para reduzir 99,99 % de Cu2+ 0,10 M para Cu(s)? É possível
remover o Cu2+ sem reduzir o Sn2+ 0,10 M também presente na mesma solução? (OBS: Desconsiderar
sobretensões e presença de despolarizadores catódicos)

Mais positivo Mais positivo

No início, Cu(II) 0.1 M, portanto potencial do cátodo:


Sn2+ Cu2+
0 0.059 1
𝐸= 𝐸𝐶𝑢 2+ /𝐶𝑢 − log Ei = 0.309 V E0 = 0.339 V
2 [𝐶𝑢2+ ]
Ei = 0.309 V
No final, Cu(II) 1x10-5 M, portanto potencial do cátodo: Ef = 0.191 V
E0 = -0.141 V
0.059 1 Sn0
0 Cu0
𝐸= 𝐸𝐶𝑢2+ /𝐶𝑢 − log Ef = 0.191 V
2 [𝐶𝑢2+ ] Mais negativo Mais negativo
Eletrogravimetria

Se uma corrente I flui por um tempo t, a carga Q que passa pelo sistema em
qualquer ponto no circuito é:

𝑄 = 𝐼 .𝑡 −
𝑭 = 𝟗𝟔𝟒𝟓𝟖 𝑪 𝒑𝒐𝒓 𝒎𝒐𝒍 𝒅𝒆 𝒆
Coulombs tempo
Ampères

Pergunta: Se uma corrente de 0,17 A fluir por 16 minutos através da célula


eletrolítica ao lado, quantos gramas de Cu(s) serão depositados?
MMCu= 63.55 g mol-1
Coulometria a potencial constante
Dois tipos: - Potencial da célula constante
- Potencial do eletrodo de trabalho constante (célula com 3 eletrodos)

Ao aplicar um potencial entre os eletrodos:


Cátodo: 𝐶𝑢2+ + 2𝑒 − ⇌ 2𝐶𝑢(𝑆) 𝐸 0 = 0.339 𝑉
Ânodo: 𝐻2 𝑂 ⇌ 1Τ2 𝑂2 𝑔 + 2𝐻 + + 2𝑒 − 𝐸0 = 1.23 𝑉

Uma vez que toda a espécie foi consumida, a corrente vai a zero. Assumindo que
nenhuma outra reação ocorre neste potencial!

Q =  It
Fim da eletrolise

V = 200 mL de uma solução 0,02220 mol L-1


de Cu(II) e 1,00 mol L-1 de íons H+. R = 0,50
 t
Coulometria a potencial constante
Porque não é possível determinar alumínio por coulometria?

Ag/Ag(I) +0,799 V

Cu/Cu(II) +0,337 V

H+/H2 0,000 V

Al/Al(III) -1,662 V

A redução de alumínio ocorre em potenciais mais negativos do que a de


hidrogênio, sendo assim, parte da corrente contabilizada no
experimento seria do hidrogênio.

V = 200 mL de uma solução 0,02220 mol L-1


Porque isso não é um problema na
de Cu(II) e 1,00 mol L-1 de íons H+. R = 0,50 eletrogravimetria?

Coulometria a corrente constante

I 𝑸 = 𝑰. 𝒕 (Lei de Faraday)

Fim da eletrolise, determinado


por outra técnica/indicador visual

t
Titulação coulometrica – Potencial constante 3− − 4−
𝐹𝑒 𝐶𝑁 6 + 1𝑒 ⇌ 𝐹𝑒 𝐶𝑁 6

Coulometria a potencial fixo


0.1861 C 0.1827 C 0.1819 C Potencial: 0,0 V
Injeções de K3[Fe(CN)6]: 100 µL
Eletrólito suporte: KCl 0,5 mol L-1

Qual a concentração de K3[Fe(CN)6] ?


Aplicações da Coulometria - Exemplos
Utilizado para gerar titulantes que não são estáveis. Geração in situ do titulante. Não causa
diluição da solução. Por exemplo, o ciclohexeno pode ser titulado com Br2, produzido pela
oxidação eletrolítica do Br-.
Br
Gerado coulometricamente
2Br- Br2 + 2e- Br2 + Br

Esse método pode funcionar para outros compostos que sofre halogenações.

Titulação de água (método de Karl-Fisher) coulométrico, onde o iodo é gerado in situ pela
oxidação de iodeto.
Aplicações da Coulometria - Exemplos
Exigências fundamentais

1. A reação eletródica que gera o reagente deve ter eficiência de 100 %

2. O reagente gerado deve reagir estequiometricamente com a substância


titulada, preferencialmente com rapidez

Detecção do ponto final

1. Indicadores químicos não eletroativos;

2. Potenciometria;

3. Procedimentos amperométricos;

4. Métodos biamperométricos;

5. Técnicas Espectrofotométricas.
Vantagens da coulometria

1. Não é necessário o uso de solução padrão, no lugar desta, o coulomb se torna padrão primário.

2. Podem ser usados reagentes instáveis, como bromo, o cloro, o íon Ag(II) e o íon titânio(III), pois são gerados
e imediatamente consumidos; não há perdas de estocagem.

3. Podem ser gerados, quando necessárias, quantidades muito pequenas de titulantes. Com isto ficam
eliminadas as dificuldades pertinentes à padronização e à estocagem de soluções diluídas, e o
procedimento se adapta idealmente para o uso em escala micro ou semimicro.

4. Não há diluição da solução amostra no procedimento de geração interna.

5. Possibilidade de automação

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