H.A.
S
1. FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DE HAS
A. IDADE: envelhecimento, enrijecimento progressivo e da perda de complacência das
grandes artérias. (60*)
B. ETNIA: negra (socioeconómico) na maioria não é pelo SRAA
C. SOBREPESO E OBESIDADE: relação direta e quase linear. C.A é fundamental (ICM<25)
D. SEDENTARISMO
E. INGESTÃO EXCESSIVA DE SAL: > 2 g de sódio (5 g de sal de cozinha)
F. BAIXA INGESTÃO DE POTÁSSIO: 2,7 g/dia para homens e 2,1 g/dia para mulheres
G. INGESTÃO DE ÁLCOOL: > 1 garrafa de cerveja, 2 taças de vinho ou 1 dose
H. BAIXO NÍVEL SOCIOECONÔMICO
I. GENÉTICA
J. RELIGIOSIDADE E ESPIRITUALIDADE
2. DIAGNÓSTICO
CONSULTÓRIO:
Duas consultas: ≥ 140 mmHg x 90 mmHg em duas ou mais ocasiões distintas
Uma consulta: 1) Pacientes com PA ≥ 180 mmHg /110 mmHg.
2) Pacientes com PA≥ 140 mmHg/90 mmHg e com alto risco cardiovascular.
FORA DO CONSULTÓRIO (MRPA e MAPA) preferencia!
MRPA: Três aferições da PA pela manhã, antes do café e da tomada das medicações, e três
aferições noturnas antes do jantar, durante cinco dias, podendo ser estendida para sete dias.
MAPA: Aparelho utilizado por 24h e o paciente faz o diário
As principais indicações para a medição da PA fora do consultório (MAPA/MRPA) são:
➢ Suspeita de hipertensão do avental branco (HAB)/Suspeita de hipertensão mascarada;
➢ Presença de grande variação da PA no consultório (mesma ou diferente consultas)
➢ Suspeita de hipotensão postural, pós-prandial ou induzida por medicações;
➢ Gestantes com PA elevada no consultório e/ou suspeita de pré-eclâmpsia;
➢ Confirmação do diagnóstico de hipertensão resistente
Descenso noturno: O normal é ter a queda da pressão durante o sono, o normal é cair de 10 -
20 % (se não cair está atenuado > RCV
Ascensão matinal (Idosos): aumento maior do que 55mmhg na pressão diastólica ao acordar o
idoso é um marcador de risco cardiovascular
3. CLASSIFICAÇÃO
OBS: soma 20 na sistólica e 10 na diastólica
Hipertensão do avental (jaleco) branco: valores de pressão arterial alterados no
consultório (≥ 140/90 mmHg) e normais fora do consultório.
Hipertensão mascarada: valores de pressão arterial não alterados no consultório e
elevados fora do consultório.
4. EXAMES
MOTIVO: Reclassificar o paciente, identificar lesão de órgão alvo e escolher melhor o
medicamento.
Glicemia de jejum e hemoglobina glicada (HbA1c): se diabético já é alto risco, se pré-
diabético fator de risco DCV
Creatinina plasmática: DRC alto risco
Potássio sérico: O medicamento pode interferir nos níveis de potássio. IECA não é
dado uma hipercalemia//diurético na hipocalemia
Ácido úrico plasmático: tiazídico causa hiperuricemia
Taxa de filtração glomerular estimada (TFG-e): saber contraindicação
Análise de urina (EAS): microalbuminuria e proteinúria estabelece doença de órgão
alvo ou DRC
Perfil lipídico → colesterol total e frações (HDL-c e LDL-c), triglicerídeos plasmáticos
(RECLASSIFICA O RCV)
Eletrocardiograma de 12 derivações: rastreio de órgão alvo (ex: hipertrofia VE)
5. ESTRATIFICAÇÃO
A estratificação de risco CV global não é específica para o paciente hipertenso e tem como
objetivo determinar o risco global de um indivíduo entre 30 e 74 anos de desenvolver DCV em
geral nos próximos 10 anos Calculadora para Estratificação de Risco Cardiovascular
(arteriosclerose)
ALTO RISCO CARDIOVASCULAR: Os pacientes que apresentam lesões de órgão-alvo, doença
cardiovascular ou renal documentada e diabetes
DOENÇA VASCULAR DEFINIDA
Doença cerebrovascular: AVE isquêmico, hemorragia encefálico ou acidente isquêmico
transitório.
Doença arterial coronariana: angina, IAM, isquemia miocárdica silenciosa, cirurgia de
revascularização miocárdica ou intervenção coronariana prévias
Coração: Icfp ,Icfr, fibrilação atrial (FA).
Vascular: doença arterial obstrutiva periférica (DAOP) e a doença de aorta relacionada com
aneurismas, hematomas ou ulcerações constituem manifestações cardiovasculares
Doença renal crônica: estágio 4 ou superior (TFG: < 30 Ml) , relação albuminúria/creatininúria
em amostra isolada (> 300 mg/g creatinina); e proteinúria/creatininúria em amostra isolada (>
300 mg/g creatinina)
Retinopatia :atribuível ao processo hipertensivo, como hemorragias; exsudatos; e papiledema
SÍNDROME METABÓLICA
1. obesidade central, definida como circunferência abdominal > 80 cm em mulheres ou >
94 cm em homens, além de dois entre os quatro fatores a seguir:
2. triglicerídeos > 150 mg/dL,
3. HDL-C baixo (< 40 mg/dL em homens e < 50 mg/dL em mulheres),
4. hipertensão arterial;
5. glicemia de jejum ≥ 100 mg/dL ou DM tipo 2 previamente diagnosticado.
OBS: só precisa de UM na dislipidemia e na resistência da insulina.
6. TRATAMENTO
METAS:
Alto RCV: PAS: 120 e 129mmHg
PAD: 70 e 79mmHg
Baixo/moderado: < 140 x 90
Doença coronariana: igual a de alto risco
Doença renal crônica: igual a de alto risco
Diabético: igual a de alto risco
IDOSO FRÁGIL: PAS: 140 e 149mmHg // PAD: 70 e 79mmHg (só trato se: PA ≥ 160 x 90 mmHg)
IDOSO HÍGIDO: PAS: 130 e 139mmHg// PAD: 70 e 79mmHg (só trato se: PA ≥ 140 x 90 mmH)
OBS1: HAS com doença coronariana
Cuidado especial com a PAD (manter acima de 70mmHg)
PAD é o principal preditor de risco na população jovem
PAS é o principal na população acima de 60 anos
Idosos, a pressão de pulso é o principal preditor de DAC
OBS2: HAS com DRC
PA geralmente elevada
iECA retardam progressão da doença renal
DRC terminal: benefício incerto
Qual medicação?
OBS3: HAS no idoso
Idosos hígidos x idosos frágeis
Quando tratar?
• Idoso frágil: PA ≥ 160 x 90 mmHg
• Idoso hígido: PA ≥ 140 x 90 mmHg
TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO
1.INTERRUPÇÃO DO TABAGISMO
Fator de risco cardiovascular
Acelera eventos aterotrombóticos
Eleva a pressão arterial
2. DIETA
frutas, hortaliças, laticínios com baixo teor de gordura e cereais integrais, além de
consumo moderado de oleaginosas (castanha de caju, macadâmia, nozes e amêndoas
Redução no consumo de gorduras, doces e bebidas com açúcar e carne vermelha.
Elevado teor de potássio, cálcio, magnésio e fibras
Obs: Sua ingestão pode ser aumentada pela escolha de alimentos pobres em sódio e ricos em
potássio, como feijões, ervilha, vegetais de cor verde-escura, banana, melão, cenoura,
beterraba, frutas secas, tomate, batata-inglesa e laranja.
3. RESTRIÇÃO DE SÓDIO
Relação direta entre consumo de sódio e HAS
Recomendação: • Consumo de sódio < 2g/dia • Consumo de sal < 5g/dia
4.AUMENTO DA INGESTA DE POTÁSSIO
Substituição do tradicional sal de cozinha
Os alimentos ricos em potássio são: damasco, abacate, melão, iogurte desnatado,
folhas verdes, feijão, laranja entre outros
5.PERDA DE PESO
Cada 5Kg perdidos → redução de 4mmHg da PAS
Recomendação:
Adultos: IMC < 25kg/m²
Idosos: IMC entre 22 e 27Kg/m²
Homens: circunferência da cintura < 90cm • Mulheres: circunferência da cintura < 80cm
7.CONSUMO MODERADO DE BEBIDAS ALCÓOLICAS
Relação linear entre álcool e pressão arterial
Recomendação: Uma garrafa de cerveja (600mL) • Duas taças de vinho • uma dose de
destilado
Homens de baixo peso, mulheres, sobrepeso e/ou hipertrigliceridemia: metade da dose
8.EXERCÍCIO FÍSICO
Hipertensos que fazem atividade física → redução de 27 a 50% do risco de morte
Atividade aeróbica possui mais benefícios
Recomendação: • 30 minutos/dia por 5 dias (150 minutos)
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
hipertenso grau 1 com risco cardiovascular baixo a moderado: MONOTERAPIA
iniciar tratamento com uma droga de 1a linha;
hipertenso grau 1 com risco cardiovascular alto ou hipertenso graus 2 e 3
COMBINADO iniciar tratamento com duas drogas de 1a linha de classes diferentes;
Progredir a dose dos medicamentos já prescritos até atingir a dose-alvo da pressão
arterial, mantendo indefinidamente, até que haja necessidade de novos ajustes;
Se refratário ao tratamento com duas drogas de 1a linha em dose máxima tolerada,
associar 3ª classe de droga de 1a linha; (NUNCA ASSOCIAR: IECA + BRA)
Se o paciente se mantém fora do alvo, apesar do uso das três drogas de preferência
(Diurético tiazídico + bloqueador de canais de cálcio + IECA/BRA), adicionar
bloqueador do receptor mineralocorticoide (Espironolactona) ao tratamento;
Se o paciente se mantém hipertenso, apesar dos quatro medicamentos (já adicionada
a Espironolactona), adicionar, sequencialmente, drogas de 2a linha;
Se o tratamento atual incluir uma droga que não seja das classes de 1a linha, adicionar
a classe de 1a linha ausente, sem descontinuar nenhuma droga (exceto se houver
intolerância);
DROGAS DE 1ª LINHA: Reduzem morte cardiovascular
1. DIURÉTICOS TIAZÍDICOS (Clortalidona > indapamida > hidroclorotiazida)
HIDROCLOROTIAZIDA (25 e 50 mg/comprimido) 25-50 mg VO de 24/24 horas.
Clortalidona (12,5, 25 e 50 mg/comprimido) 12,5-25 mg VO de 24/24 horas;
Indapamida (1,5 e 2,5 mg/comprimido) 2,5-5 mg VO de 24/24 horas;
Mecanismo de ação: Inibe a reabsorção de sódio nos túbulos distais, causando aumento da
excreção de sódio e água, bem como de potássio e íons de hidrogênio. Redução da PA: Efeito
natriurético inicial com redução da volemia. Após 4/6 semanas, redução da RVP
OBS: O efeito anti-hipertensivo não está ligado à dose utilizada, mas os efeitos colaterais
estão. PARO NO 25MG
Hipecalcemia benéfico para paciente idosos, osteoporose
Proibidos: pacientes com gota( PREFERIR: Losartana: efeito uricosúrico), em paciente com DM
não é a primeira opção, cuidado na hiperlipidemia
2. BLOQUEADORES DOS CANAIS DE CÁLCIO (BCC) DIPINO
(Levanlodipino e Lercanidipino apresentam menos efeitos colaterais):
ANLODIPINO (2,5, 5 e 10 mg/comprimido) 2,5-10 mg VO de 24/24 horas
LEVANLODIPINO (2,5 e 5 mg/comprimido) 2,5-5 mg VO de 24/24 horas;
LERCANIDIPINO (10 e 20 mg/comprimido) 10-20 mg VO de 24/24 horas;
NIFEDIPINO RETARD (10 e 20 mg/comprimido) 20-60 mg/dia VO de 12/12 ou 8/8 horas;
-Di-hidropiridínicos: redução do cálcio nas células musculares VASODILATADOR
-Preferir os formulação com ação prolongada a pressão não cair rápido taquicardia
reflexa se tiver doença coronariana piora o problema
-Boa opção em todos pacientes, exceto portadores de IC. Evitar em portadores de IC
Efeitos colaterais: edema maleolar*, cefaleia, dermatite ocre e hipertrofia gengival
3. INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DA ANGIOTENSINA (IECA)
CAPTOPRIL (12,5, 25 e 50 mg/comprimido) 25-150 mg/dia VO, divididos em 2-3 doses diárias;
ENALAPRIL (5, 10 e 20 mg/comprimido) 5-40 mg/dia VO, divididos em 1-2 doses diárias;
-AÇÃO: vasodilatadora, natriurética (diminuição de Ant 2 diminui a retenção de NA e H20) e
antimitogênica (evita remodelação no tto de ICC, favorecem a reversão da hipertrofia)
1.Impede a conversão em Angiotensina 2
2.Bradicinina é um VASODILATADOR IECA impede dela ser clivada aumentando seus
níveis (por isso o IECA tem mais benefícios que os BRA)
Diminui: pré e pós carga
Aumenta: o fluxo sanguíneo coronariano melhora 02 no coração DIMINUI ISQUEMIA DO
MIOCÁRDIO
-NEFROPROTEÇÃO: Dilata artéria é EFERENTE diminui diminuindo a pressão no glamour e
diminuindo albuminúria BOM PARA DIABÉTICOS!
- Boa opção em todos pacientes, especialmente DIABÉTICOS, portadores de IC e IAM
-Evitar na Hipercalemia
-CONTRAINDICADO: em grávidas e estenose bilateral de artéria renal
4. BOQUEADORES DO RECEPTOR DE ANGIOTENSINA II (BRA)
LOSARTANA (25, 50 e 100 mg/comprimido) 25-100 mg/dia VO, divididos em 1-2 doses diárias;
VALSARTANA (80, 160 e 320 mg/comprimido) 80-320 mg VO de 24/24 horas.
SE AS DROGAS DE 1º LINHA NÃO FUNCIONAR associar bloqueador receptor
mineralocorticoide
ESPIRONOLACTONA (25, 50 e 100 mg/comprimido) 25-100 mg/dia VO de 24/24 horas;
DROGAS DE 2ª LINHA
1º Os betas bloqueadores: são utilizados em pacientes com insuficiência cardíaca e Doença
arterial coronariana
2º Na terapia combinada há estudos que mostram a preferência de ECA e bloqueadores penal
de cálcio
SITUAÇÕES ESPECIAIS
1.HAS E DIABETES
Paciente de alto risco cardiovascular
SEMPRE 2 drogas
iECA não pode faltar: diminui o declínio renal e não mexe no metabolismo glicêmico
Outra boa opção: BCC
2. HAS E DOENÇA CORONARIANA
Reduzir o trabalho cardíaco → betabloqueadores (diminui a FC, diminui o trabalho no
coração)
DAC estável e SCA
IECA
3.HAS E Insuficiência Cardíaca
Fração de ejeção reduzida x preservada
ICFER: iECA + betabloqueador + espironolactona •
ICFEP: de acordo com as comorbidades
BCC não di-hidropiridínicos não devem ser utilizados na IC!
4. HAS E DOENÇA RENAL CRÔNICA
iECA ou BRA → independente dos níveis de albuminúria
Clearance < 30ml/min: diuréticos de alça
BCC é boa opção
Dialíticos: hiperatividade simpática, apneia do sono e uso de eritropoetina
5.HAS EM NEGROS
Negros são hiporreninêmicos → maior retenção de Na e H2O
Diuréticos tiazídicos + BCC
6.HAS EM IDOSOS
Rigidez arterial → Hipertensão sistólica isolada (HSI)
Importância da MAPA (AJUSTE!!!)
-Idosos frágeis: monoterapia • qualquer medicação de primeira linha
• HSI: BCC + tiazídico*(HIPERCALCEMIA)
HIPERTENSÃO RESISTENTE
RESISTENTE: Pressão descompensada mesmo usando os 3 medicamentos de primeira
linha em dose plena
FISIOPATOLOGIA DIFERENTE:
HAS resistente: aumento da volemia, hiperaldosteronismo (POR ISSO A 4ª DROGA É
ESPIROLACTULONA)
Sódios sensíveis reduzir a ingesta
Aumento de aldosterona
Maior prevalência de DRC
HAS refratária: maior atividade simpática (uso de beta bloqueador ou agonista alfa
centrais)
Aumento da metanefrinas urinárias em 24 h
Aumento da FC
Aumenta a rigidez vascular aumenta RVP
1º IECA
I.CAPTOPRIL (25 e 50 mg/comp) 25-150 mg/dia VO, divididos em 2-3 doses diárias
(dose máxima: 150mg)
OBS: Deve ser administrado 1 hora antes das refeições;
II. ENALAPRIL (5, 10 e 20 mg/comp) 5-40 mg/dia VO, divididos em 1-2 doses diárias;
Dose inicial: 10-20 mg VO 1x/dia;
Dose habitual: 20 mg VO 1x/dia;
Dose máxima: 40 mg VO 1x/dia.
1.1º BRA
I. LOSARTANA (25, 50 e 100 mg/comp) 25-100 mg/dia VO, divididos em 1-2 doses
diárias
(dose máxima: 100mg)
2º BCC (colocar para o período noturno)
I.ANLODIPINO (5 e 10 mg/comp) 5 -10 mg VO de 24/24 horas; (dose máxima: 10 mg)
3º DIURÉTICO
HIDROCLOROTIAZIDA (25 e 50 mg/comprimido) 25-50 mg VO de 24/24 horas.
OBS1: Se não melhora com 25 mg aumentar não vai levar benefício
OBS2: Trocar por uma mais potente Clortalidona
CLORTALIDONA (12,5, 25 mg/comp) 12,5-25 mg VO de 24/24 horas;
OBS: Recomenda-se uma dose única diária ou em dias alternados, administrada VO
pela manhã, com alimento;
COMO TRATAR
4º BLOQUEADOR DO RECEPTOR MINERALOCORTICOIDE:
ESPIRONOLACTONA (25, 50, 100 mg/comp) 25-50-100 mg/dia VO de 24/24 horas;
(dose máxima 200 mg)
OBS: A dose pode ser gradualmente aumentada em intervalos de duas semanas até 200mg/ dia.1
5º BETA-BLOQUEADOR
1. Suspeita de lesão de órgão-alvo:
glicemia ou da hemoglobina glicada,
potássio
ácido úrico
creatinina calcular TFG
perfil lipídico
sumário de urina
Microalbuminúria;
ECG (possível detecção de hipertrofia ventricular esquerda)
ECO
Fundo de olho
2. Otimização terapêutica
Trocar o diurético por CLORTALIDONA
Colocar o BCC para o período noturno
HIPERTENSÃO SECUNDÁRIA
A. CAUSA ENDOCRINA
HIPOTIREOIDISMO
Sintomas: é inespecífico, com fadiga, sonolência e ganho de peso (discreto na maioria dos
casos).
Característica: aumenta a resistência vascular e o volume extracelular, mas a elevação na PA
costuma ser discreta (< 150/100)
Rastreio:
níveis baixos de tiroxina (T4) livre
elevação do hormônio tireotrófico (TSH)
OBS: hipotireoidismo subclínico o T4 livre está normal e o TSH, elevado.
HIPERTIREOIDISMO
Sintomas: quadro clínico é mais proeminente na doença de Graves (palpitação, perda de peso,
exoftalmia, bócio, tremores de extremidades, pele quente e intolerância ao calor,
Características: eleva o débito cardíaco em consequência do aumento do consumo periférico
de oxigênio e do aumento da contratilidade cardíaca. A HA sistólica é comum,
Rastreio:
T4L está elevado
TSH suprimido.
OBS: hipertireoidismo subclínico T4 livre está normal e o TSH suprimido.
IDOSO
Em idosos, diabéticos, disautonômicos ou naqueles em uso de anti-hipertensivos, a PA
também deve ser medida 1 minuto e 3 minutos após estar em pé (imóvel).168 A
hipotensão ortostática é definida como uma redução na PAS ≥ 20 mmHg ou na PAD ≥
10 mmHg dentro do 3o minuto em pé e está associada a um risco aumentado de
mortalidade e eventos cardiovasculares.1
Hiato auscultatório: consiste no desaparecimento dos sons durante a desinsuflação do
manguito, geralmente entre o final da fase I e o início da fase II dos sons de Korotkoff,
o que pode resultar em valores falsamente baixos (subestimados) para a pressão
sistólica ou valores falsamente altos (superestimados) para a pressão diastólica. Uma
forma de minimizar o risco desse fenômeno é insuflar o manguito sempre, pelo menos
30 mmHg acima do desaparecimento do pulso radial, e manter a ausculta até o
término completo da desinsuflação do manguito para avaliar o retorno dos sons de
Korotkoff
Se existe um aumento maior do que 55mmhg na pressão diastólica ao acordar o idoso
é um marcador de risco cardiovascular
Idosos, a pressão de pulso (sistólica – diastólica) é o principal preditor de DAC
HAS no idoso • Benefício na redução da PA nos idosos • Idosos hígidos x idosos frágeis
• Quando tratar? • Idoso frágil: PA ≥ 160 x 90 mmHg • Idoso hígido: PA ≥ 140 x 90
mmHg
Hipecalcemia benéfico para paciente idosos, osteoporose
.HAS EM IDOSOS
Rigidez arterial → Hipertensão sistólica isolada (HSI)
Importância da MAPA (AJUSTE!!!)
-Idosos frágeis: monoterapia • qualquer medicação de primeira linha
• HSI: BCC + tiazídico*(HIPERCALCEMIA)
1. Na população geriátrica, a HA é o principal fator de risco (FR) modificável para
morbidade e mortalidade cardiovascular,786 mesmo nas idades mais avançadas. É
fundamental ressaltar que a HA é FR modificável para declínio cognitivo, demência e
perda de funcionalidade.
2. A pressão arterial diastólica (PAD) aumenta até cerca de 50 anos, estabiliza-se dos 50
aos 60 anos e diminui posteriormente, enquanto a pressão arterial sistólica (PAS)
tende a aumentar durante toda a vida. Assim, a pressão de pulso (PP = PAS – PAD), um
indicador hemodinâmico útil de rigidez vascular arterial, aumenta com a idade.
3. É prudente iniciar com monoterapia ou combinação em doses baixas e, se necessário,
realizar aumento ou combinação gradual de anti-hipertensivos, com intervalo mínimo
de duas semanas
4. O anti-hipertensivo inicial pode ser um diurético tiazídico (ou similar), um bloqueador
dos canais de cálcio (BCC) ou um bloqueador do sistema renina-angiotensina-
aldosterona (SRAA): inibidor da enzima conversora da angiotensina (IECA) ou
bloqueador do receptor AT1 da angiotensina II (BRA). As quatro classes têm um grande
número de estudos clínicos e são referência em diretrizes de idosos.
5. Os betabloqueadores (BB) NÃO devem ser utilizados como monoterapia inicial em
idosos, exceto na presença de algumas comorbidades, em que podem ter, inclusive,
indicação obrigatória, como insuficiência cardíaca (IC) ou insuficiência coronariana
aguda
6. BB- Pacientes com asma brônquica ou doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC),
mas com indicação clínica para o uso de BB, devem ser tratados com BB
cardiosseletivo de forma cuidadosa e após compensação respiratória, não devendo ser
privados dos benefícios do medicamento.