0% acharam este documento útil (0 voto)
442 visualizações127 páginas

Proposta Do Manual RBS 70

Enviado por

isaacleal509
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
442 visualizações127 páginas

Proposta Do Manual RBS 70

Enviado por

isaacleal509
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 127

EB60-N-23.

XXX
EB60-ME-23.XXX

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
ESCOLA DE ARTILHARIA DE COSTA E
ANTIAÉREA

OPERAÇÃO DO MÍSSIL ANTIAÉREO


TELECOMANDADO RBS 70

2015

1
INTENCIONALMENTE EM BRANCO

2
EB60-ME-23.XXX

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
ESCOLA DE ARTILHARIA DE COSTA E ANTIAÉREA

OPERAÇÃO DO MÍSSIL ANTIAÉREO TELECOMANDADO


RBS 70

2015

3
EB60-ME-23.XXX

INTENCIONALMENTE EM BRANCO

4
EB60-ME-23.XXX

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
DECEX - Dentel
ESCOLA DE ARTILHARIA DE COSTA E ANTIAÉREA
(Ciáticos- - 1934)

PORTARIA Nº ____, DE __ DE FEVEREIRO DE 2015.

Aprova o Manual Escolar EB60-ME-23.000.

A presente nota de aula é de caráter provisório, trata-se de uma proposta para


manual.

(Publicado no BI DA EsACosAAe Nr ____, de ___ de____________________ de 2015)

5
EB60-ME-23.XXX

INTENCIONALMENTE EM BRANCO

6
EB60-ME-23.XXX

FOLHA REGISTRO DE MODIFICAÇÕES (FRM)

NÚMERO ATO DE PÁGINAS DATA


DE ORDEM APROVAÇÃO AFETADAS

7
EB60-ME-23.XXX

INTENCIONALMENTE EM BRANCO

8
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

ÍNDICE DOS ASSUNTOS


Pag
CAPÍTULO I – MÍSSIL ANTIAÉREO TELECOMANDADO RBS 70 11
1.1 – Apresentação 11
1.2 – Características 16
1.3 – Aparelho de pontaria 22
1.4 – Pedestal 32
1.5 – Tubo de lançamento 37
1.6 – Míssil e motor de lançamento 40
1.7 – Equipamento de visão noturna COND 44
1.8 – Equipamento de visão noturna BORC 54
1.9 – Caixa de acessórios, kit de camuflagem, fonte de alimentação externa e
carregador de baterias 68
CAPÍTULO II – MANUTENÇÃO, TESTES E INSPEÇÕES 74
2.1 – Generalidades 74
2.2 – Inspeçoes diárias 74
CAPÍTULO III – SIMULADOR DO MSL AAe TCMDO RBS 70 80
3.1 – Apresentação 80
3.2 – Modos de operação 80
3.3 – Sequência de acionamento do simulador do Msl AAe Tcmdo RBS 70 81
3.4 – Log in do operador 82
3.5 – Carregando um cenário ou um pacote de treinamento 82
3.6 – Sequência de engajamento 83
3.7 – Avaliação 84
3.8 – Utilizando o teclado do operador 85
3.9 - Visualização da tela radar 87
3.10 – Utilizando o traqueador de alvos 88
3.11 – Visualização da pontaria grosseira 88
3.12 – Visualização da pontaria precisa 89
3.13 – Visualização da tela de eventos e gráficos 90
3.14 – Cuidados no uso do simulador do Msl Tcmdo RBS 70 91
3.15 – BIT.................................................................................................................... 93
3.16 – Calibrando o telescópio.................................................................................... 93
CAPÍTULO IV – REGRAS E PROCEDMENTOS DE SEGURANÇA 94
4.1 – Generalidades 94
4.2 – Radiação do laser 94
4.3 – Mola pneumática............................................................................................... 95
4.4 – Motor de lançamento......................................................................................... 96
9
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

4.5 - Baterias de lítio................................................................................................... 97


4.6 – Falhas na ignição............................................................................................... 98
4.7 - Preparação e procedimentos de segurança para o tiro real............................. 105
CAPÍTULO V – ENTRADA EM POSIÇÃO.................................................................. 107
5.1 – Generalidades.................................................................................................. 107
5.2 – Carregamento e embarque................................................................................ 107
5.3 - Entrada em posição............................................................................................ 108

10
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

CAPÍTULO I

MÍSSIL ANTIAÉREO TELECOMANDADO RBS 70

1.1 APRESENTAÇÃO
1.1.1 Generalidades
1.1.1.1 No advento da guerra moderna cresce de importância o combate aéreo,
onde se observa um acelerado desenvolvimento dos meios aéreos e antiaéreos de
defesa, sendo esta, uma tendência para o futuro. No tocante aos meios antiaéreos, seu
correto emprego pode ter um efeito decisivo no combate. Este manual do Msl AAe Tcmdo
RBS 70 se destina a ser uma base para procedimentos padrão na utilização deste
sistema de armas.
1.1.1.2 No estudo do inimnigo aéreo é bem relevante a identificação de seus
meios, de suas técnicas de ataque e sua capacidade operacional em geral, para que
possamos definir como empregar a DA Ae para fazer frente às ameaças, que por sua vez,
estão cada vez mais complexas, sejam elas simétricas ou asimétricas. Dentro deste
contexto ainda é importante mencionar os dispositivos que o inimigo pode utilizar para
prejudicar o emprego dos meios antiaéreos, como por exemplo o Chaff, Jamming, Flares,
etc...
1.1.1.3 Um armamento antiaéreo do combate moderno deve possuir poucas
vulnerabilidades para fazer frente às ameças aéreas atuais, bem como também devem
porporcionar um curto tempo de reação, grande mobilidade, simplicidade no manuseio e
no treinamento, suporte logístico acessível, e possuir capacidade de engajar diversos
tipos de alvos, inclusive de pequena dimensão (assimétricos), em qualquer tipo de terreno
e condições meteorológicas diversas.
1.1.2 Apresentação
1.1.2.1 A resistência aos diversos tipos de guerra eletrônica inimiga veio através
da utilização de laser, que não pode ser interferida pelos métodos de bloqueio atualmente
conhecidos. Além de guiamento por facho laser, o sistema RBS 70 também possui baixa
vulnerabilidade, grande mobilidade, curto tempo de entrada em posição e reação,
pesados efeitos causados aos alvos e capacidade de engajar diversos tipos de aeronaves
1.1.2.2 A Detecção de um alvo pode ser feita por radar de busca ou visualmente
por um membro da guarnição. Após a designação de determinado alvo, o disparo é feito

11
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

independentemente na unidade de tiro determinada pelo órgão de comando e controle,


sob o comando de seu chefe (Ch U Tir).
1.1.2.3 O chefe da Unidade de tiro decide o momento a partir do qual o míssil
deve ser disparado, e, após isso, o operador deve acompanhar o alvo através do
telescópio, o que faz com que o feixe de orientação por facho laser também esteja
apontado para o mesmo. O míssil segue este facho laser. Uma característica interessante
do Msl AAe Tcmdo RBS 70 é que a unidade de tiro pode ser dividida em fardos portáteis
(Figura 1-1), gerando a capacidade de acompanhar a tropa apoiada e ocupando posições
de tiro de acesso mais dificultado, como por exemplo, telhados e lajes de casas e
edifícios.

Figura 1-1 A Unidade de Tiro do Msl AAe Tcmdo RBS 70

12
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

Figura 1-2 O operador da U Tir realizando o acompanhamento do alvo após o disparo


1.1.2.4 No tocante a engajamento de alvos aéreos, se a visibilidade permitir, o
sistema é capaz de:
• engajar alvos aéreos dentro da faixa de velocidade 0-300 m/s dentro de uma área de até
mais de 500 km2, até uma altura de 4.000 m;
• engajar helicópteros de ataque num alcance de até 7 Km;
• operar durante o dia e à noite com os seguintes tempos para uma guarnição adestrada;
-entrar em posição em até 30 segundos
• manter a disparar prontidão durante o dia por pelo menos uma semana,
• realizar o disparo em até 7 segundos após a identificação do alvo
1.1.2.5 Sua unidade de emprego é a seção, que é composta de 03 postos de tiro
(unidades de tiro) e sua guarnição é de 03 militares, sendo:
-01 Sgt Ch U Tir/ Rádio Operador;
-01 Cb Operador; e
-01 Sd Observador/Carregador/Motorista
1.1.2.6 Suas unidades de tiro podem apoiar determinadas tropas na ZC, bem como
instalações estratégicas na ZI.

13
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

1.1.2.7 O efeito do engajamento de um determinado alvo depende do número de


unidades de tiro empregadas, bem como limitações impostas pelo terreno, pelas
condições meteorológicas e pelas contramedidas adotadas pelo inimigo.
1.1.2.8 No tocante ao desdobramento das U Tir, estas devem estar a no mínimo,
250m do ponto defendido por questões de segurança. A distância entre as U Tir é de até
50% do alcance máximo do material, que é 3.5 Km, para fins de garantir o apoio mútuo
entre as mesmas (Figura 1-3). Devem ser ocupadas posições elevadas com amplo campo
de visão. Não devem haver obstáculos no setor principal da unidade de tiro, pois
prejudicaria o guiamento do facho laser. Se a Unidade de tiro perde a comunicação com o
órgão de comando e controle, a mesma deve estar o mais perto possível do ponto
defendido para que haja mais tempo de reação.

Desdobramento da U Tir

Ponto sensível
Provável setor de
2.000 m ataque Ini
U Tir

Figura 1-3 Desdobramento da Seção RBS 70

1.1.2.9 O equipamento básico é:


- Posto de tiro, contendo:
 Aparelho de pontaria
 Pedestal
 Tubo de lançamento com míssil
 Caixa de acessórios
 Carregador de baterias
 Fonte de alimentação externa
 Kit de camuflagem do posto de tiro
- Simulador de treinamento, contendo:

14
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

 Simulador do aparelho de pontaria


 Simulator do pedestal
 Simulador do tubo de lançamento
 Computador do simulador (Rack)
- Equipamento de testes e manutenção
1.1.2.10 Além desses, existem outros que não serão adotados no EB:
 Equipamento IFF
 Receptor de dados do alvo
 Equipamento de comunicações

Figura 1-4 U Tir com o operador

1.2 CARACTERÍSTICAS
1.2.1 Introdução: O elemento básico do sistema de armas RBS 70 (Figura 1) é um míssil
terra-ar com um alcance de interceptação de 5.000m (Mk1), 7.000m (Mk2) e 8.000m
15
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

(BOLIDE) e altitude de 3.000m (Mk1), 4.000m (Mk2) e 5.000m (BOLIDE). O Exército


Brasileiro adotou o sistema composto pelo míssil MK2. O operador busca o alvo no seu
setor de detecção e, após o disparo, realiza seu acompanhamento através do telescópio
do aparelho de pontaria e do facho laser, que orienta o míssil até o impacto

Capa Posterior Acolchoado de proteção Capa Anterior

Figura 1-5 Tubo de Lançamento


1.2.2 Os componentes básicos do posto de tiro (U Tir) são o pedestal, o tubo de
lançamento com o míssil MK2 (Figura 1-6), o aparelho de pontaria e o equipamento de
visão noturna, que pode ser do tipo BORC ou COND, todos com sua caixa para
armazenamento e armação para transporte tipo mochila. Uma U Tir adestrada pode entrar
em posição com todo o equipamento em até 60 segundos.

Figura 1-6 Posto de Tiro

1.2.3 O pedestal possui três pernas de nivelamento, sendo que uma delas é articulada
(Figura 1-7) podendo aumentar ou diminuir a altura da mesma modificando o ângulo da

16
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

articulação. Esta deve estar sempre voltada para a retaguarda em relação à direção de
tiro.

Figura 1-7 Perna articulada

1.2.4 O aparelho de pontaria, que contém o transmissor do laser de orientação (Figura 1-


8), e o míssil em seu tubo de lançamento estão ligados ao pedestal através de conectores
(Msl) e cabos (Ap pontaria). O equipamento de visão noturna, que converte-IR luz em luz
visível, é conectado ao aparelho de pontaria.

Figura 1-8 U Tir em operação

1.2.5 Para fazer a varredura do espaço aéreo o operador se utiliza do movimento


grosseiro do posto de tiro (Figura 1-9), girando-o em torno do eixo do seu pedestal até
17
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

que se encontre a direção do alvo. Após o disparo, operador deve realizar o


acompanhamento do alvo agindo com seu polegar direito no joystick, afim de fazer o
ajuste fino do mesmo, sendo que o movimento grosseiro deve ser mantido,
simultâneamente a esta ação. O joysticky comanda um sistema ótico estabilizado com
giroscópio, localizado no aparelho de pontaria.

Figura 1-9 Movimento grosseiro do aparelho de pontaria

1.2.6 O míssil é lançado a partir do seu tubo, que por sua vez, também serve para o
armazenamento e transporte. O míssil nunca deve ser removido do seu tubo de
lançamento, a não ser no momento do disparo, que após realizado, inicia a ação do motor
de lançamento do míssil, responsável pela sua saída do tubo. O míssil tem um receptor
de bordo para a orientação através do feixe de facho laser, e um computador para o
cálculo das informações passadas pelo mesmo. A cabeça de guerra possui em sua
espoleta ambas as funções, de impacto ou de proximidade, que deve ser selecionada
antes do disparo. O pino seletor do tipo de espoleta, que se encontra no aparelho de
pontaria, possui três posições a serem escolhidas antes do lançamento, são elas
OFF/Normal/Alvos pequenos, sendo que esta última não pode ser empregada no Msl
MK2, somente no BOLIDE.

18
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

1.2.7 Devido ao sistema de orientação por facho laser, o receptor do míssil está voltado
para o posto de tiro (U Tir), tornando o sistema praticamente imune à interferências.
Como já foi visto, dentro de seus equipamentos está o simulador, no qual o operador
pode atingir um excelente nível de adestramento antes de realizar o tiro real.

1.2.8 Algumas características técnicas do sistema RBS 70:

Tipo Portátil, superfície-ar


Alcance 300 a 7000m
Teto de emprego 4Km
Tempo de entrada em posição Aproximadamente 30 seg
Tempo de recarregamento Aproximadamente 5 seg
Tempo para o disparo a partir da detecção Aproximadamente 7 seg
do alvo
Tempo de vôo (3Km) 8,1 seg
Tipo de orientação Guiamento por facho laser
Capacidade de utilizar IFF integrado Sim
Capacidade de identificador de dados do Sim
alvo integrado
Telescópio Monocular, visão aumentada em 7x
Campo de visão 9º
Aparelho de pontaria comprimento 897 mimlímetros
Aparelho de pontaria altura 610 milímetros
Aparelho de pontaria largura 386 milímetros
Aparelho de pontaria peso 35 Kg
Amplitude de elevação do pedestal De -10º a +45º
Amplitude de ajuste do nivelamento (perna 4º
articulada)
Pedestal comprimento 1250 milímetros
Pedestal altura 450 milímetros
Pedestal largura 450 milímetros
Pedestal peso 25 Kg (sem baterias)
Tubo de lançamento comprimento 1735 milímetros
Tubo de lançamento altura 152 milímetros
Tubo de lançamento com míssil 27 Kg
Caixa de acessórios medidas 610 x 420 x 225 milímetros
Caixa de acessórios peso 28 Kg
Kit camuflagem guardado dimensões 1800 x 210 (diâmetro) milímetros
Kit camuflagem peso 13 Kg
Área mínima para o posto de tiro 1,70 m X 1, 70m x 1,85m (altura)
BORC dimensões 630 x 260 x 320 milímetros
BORC peso 12 Kg (sem baterias), baterias de lítio 1 Kg
BORC campo de visão 12,4º x 9º
BORC tempo de arrefecimento 4 min (20º)
COND dimensões 905 x 206 x 400 milímetros
COND peso 24,9 Kg (com bateria)
COND campo de visão 12,4º x 8º
COND tempo de arrefecimento 2,5 min (20º)

19
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

1.2.9 Guiamento
1.2.9.1 O sistema RBS 70 possui o sistema de guiamento do seu míssil por um
feixe de facho laser gerado pelo aparelho de pontaria, cuja potência máxima é de 50W. O
feixe de orientação forma um corredor de guiamento. Dentro deste, o míssil detecta a sua
posição exata em relação à linha central do corredor. A distância entre o míssil e a linha
central determina continuamente a dimensão de um sinal de erro. Este sinal orienta o
míssil para a referida linha. Durante todo o guiamento do míssil, até que atinja o alvo, a
orientação do mesmo para a linha central do corredor de facho laser é realizada pelo
operador. Isto é possível em virtude do fato de que a linha de visão do telescópio coincide
com a linha central do corredor de guiamento
1.2.9.2 O corredor de guiamento é cônico com uma seção transversal circular e as
varreduras do feixe de orientação numa forma retangular. As varreduras de laser se
deslocam alternadamente da esquerda para a direita e de cima para baixo, num total de
80 varreduras, 40 para cada direção. (Figura 1-10).

Figura 1-10 Varreduras do facho laser

1.2.9.3 A fim de manter a intensidade da luz e a resolução da orientação


relativamente constante, o ângulo do cone de guiamento se altera. Isto é conseguido
através de um sistema de lentes com zoom, ou seja, possuem uma distância focal
variável. No lançamento, o zoom está definido em um grande ângulo. Cerca de 1,4 s,
após o disparo o zoom é iniciado. Após 6,2 s o raio aumenta linearmente. O regulador de
potência do laser começa com uma baixa potência de saída e chega a potência máxima
após aprox. 2 s do disparo.
1.2.9.4 O feixe de orientação é recebido na retaguarda do míssil. Este alterna
movimentos verticais e horizontais de maneira precisa, com isso o míssil pode identificar a
sua posição dentro do corredor de guiamento. O míssil é sincronizado com este corredor,
20
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

ou seja, a orientação do feixe e do míssil ocorrem simultâneamente (Figura 1-11), sendo


que este último sempre calcula seus movimentos para seguir em direção à linha central
do cone.

Figura 1-11 Sistema de pontaria e acompanhamento do posto de tiro


1.2.9.5 Após o lançamento, o míssil deixa o seu tubo e entra no feixe de
orientação. Existe a necessidade de uma diferença angular entre a linha central do
corredor de guiamento e a direção do tubo de lançamento. Para um acompanhamento
mais preciso após o disparo, o operador deve realizá-lo não só com o movimento
grosseiro, mas também com o joystyck, agindo na plataforma do aparelho de pontaria,
relizando assim o ajuste fino do acompanhamento. A partir daí o espelho controla a linha
de visada do telescópio e o feixe de orientação. Este procedimento impede que a linha de
visada e o feixe de orientação sejam alterados durante o lançamento. O espelho é
liberado eletricamente após o operador girar a manopla esquerda do aparelho de
pontaria, e mecanicamente na hora do disparo.

21
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

1.2.10 Transporte: as quatro partes do posto de tiro devem ser transportadas por três
militares. O seu design facilita a portabilidade e uma rápida entrada em posição. Todos os
componentes são rapidamente montados formando assim o posto de tiro. Nas caixas
onde são armazenados os componentes existem indicadores de pressão e umidade. O
cartucho desicante regula a pressão, transmite o ar e absorve umidade. No indicador de
umidade existe um círculo com as marcações de porcentagem em azul, quando fica na
cor rosa indica que a umidade atingiu determinada graduação. Se o setor "50%" mudou a
cor, o cartucho desicante deve ser substituído.
1.2.11 O movimento grosseiro do aparelho de pontaria é realizado quando o operador
atua com a manopla esquerda e o punho direito da mesma. Este procedimento da
pontaria grosseira é realizado para a aquisição do alvo até o disparo do míssil, e em
seguida o acompanhamento deve ser feito também, realizando o ajuste fino, ou seja, com
o operador agindo no joystyck com seu polegar direito.
1.2.12 O posto de tiro pode ser utilizado para exercícios que não incluem o lançamento de
mísseis. Isto só pode ser feito com o feixe de orientação (facho laser) não disparado.
Em tais ocasiões, podem ser utilizados um simulacro do míssil (equipamento de
treinamento) ou um tubo de lançamento vazio. Se for utilizado um tubo de lançamento, as
fiações dentro do seu conector devem ser cortadas, ou simplesmente isolá-los com um
papel ou algo semelhante.

1.3 APARELHO DE PONTARIA


1.3.1 Tarefa do aparelho de pontaria é gerar um feixe de orientação e tornar preciso o
acompanhamento para o alvo. No disparo, o míssil é lançado no corredor de guiamento,
este possui um ângulo de 340 m rad que se reduz a 16 m rad após o disparo (Figura 1-
12). As linhas de visada do operador e do deslocamento do míssil são quase paralelas,
isso se deve ao fato de que o aparelho de pontaria é conectado ao pedestal,
possibilitando assim um alinhamento entre a visão do operador e a linha de lançamento
do míssil. Normalmente, o desvio vertical é de 2° acima da linha de visada , pois se trata
de uma compensação para evitar que o míssil caia abaixo da mesma. Antes do
lançamento, o aparelho de pontaria é acionado com seu movimento grosseiro. A imagem
do alvo, que está ampliada no telescópio, é obtida através de uma janela na frente do
aparelho de pontaria e a visão do telescópio através de um espelho. O espelho está
localizado numa plataforma giroestabilizada, e está preso mecanicamente até o momento
do lançamento.
22
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

Figura 1-12 Ângulos do corredor de guiamento


1.3.2 Ao lado da manopla esquerda existem botões e pinos para a ajustagem do material
antes do tiro, são eles: (Figura 1-13):
• a própria manopla, que ao ser girada energiza todo o sistema e permite a pontaria pelo
telescópio, caso a mesma deixe de ser acionada por mais de 1,2 segundos o míssil perde
seu guiamento e se auto destrói;
• botão de disparo do míssil, que só é possível de ser realizado quando se ascender o
LED inferior do telescópio;
• Pino seletor de correção da velocidade do vento, utilizado quando a mesma está
superior a 5 m/s, visa corrigir as variações da trajetória do míssil provocadas pelo vento,
quando o mesmo incide sobre a U Tir num ângulo entre 30º e 150º. Possui a marcação
>5m/s, que ao ser acionada liga dois microinterruptores do pedestal;

23
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

• Pino de transmissão de teste, usado para fins de teste. Não se fixa em determinada
posição, pois possui uma mola de retorno, sempre voltando para a mesma posição, se
acioanado encerra a transmissão do feixe;
• Pino seletor das funções da espoleta, possui as marcações PROX. FUZE
OFF/Normal/alvos pequenos, lembrando que a função alvos pequenos não pode ser
utilizada pelo míssil MK2, se houver um disparo do referido míssil na função alvos
pequenos, o mesmo realizará a função de proximidade (Normal). A função impacto é
indicada para alvos no solo ou de grandes dimensões como aviões de transporte;
• Pino seletor de iluminação do telescópio, onde existem as posições NIGHT/DAY/DUSK,
ou seja noite, dia ou penumbra (crepúsculo), onde é ajustada a iluminação do visor do
telescópio, de acordo com o momento da operação;
• Botão IFF acionado quando necessário, não o sendo para a sequência de disparo
subsequente. Respostas do interrogatório IFF são indicados no telescópio.

Figura 1-13 Botões de comando


1.3.3 O operador manipula o espelho com o polegar direito no joystick fazendo com que a
cruzeta do telescópio coincida com o alvo. A plataforma do espelho tem seu movimento
limitado, o que exige que também seja feito o acompanhamento com o movimento
grosseiro, “recuperando” assim o campo da linha de visada e do feixe de orientação. No
momento em que o feixe de orientação está se aproximando do limite angular da
plataforma do espelho, o operador recebe indicações no telescópio, através de luzes que
24
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

ascendem nos LED do mesmo, orientando assim, para qual direção deve ser voltado o
movimento grosseiro para que recupere o campo da linha de visada e do feixe de
orientação.
1.3.4 A visada do aparelho de pontaria é fornecida através de dispositivos de fixação para
IR. A janela de visada, por onde é emitido o faho laser, é feita de alta qualidade, revesida
por um vidro anti-reflexo . Ela é protegida por uma tampa móvel que pode permanecer
aberta ou fechada, através da pressão de sua mola. Essa tampa deve ser mantida
sempre fechada, exceto no momento de operação do material. Uma janela suja ou
riscada podem interferir no feixe de orientação. A janela é mantida fechada por uma trava,
facilmente manipulada pelo operador. Somente quando a tampa está aberta o operador
consegue realizar a visada pelo telescópio, com um campo de visão de aproximadamente
9º.
1.3.5 Composição: O invólucro é dividido em duas partes, as quais são aparafusadas em
conjunto e seladas. A equalização da pressão necessária é fornecida através do cartucho
desicante, sendo que o mesmo transmite o ar e absorve a umidade. No indicador de
umidade existe um círculo com as marcações de porcentagem em azul, quando fica na
cor rosa indica que a umidade atingiu determinada graduação. Se o setor "50" mudou a
cor, o cartucho desicante deve ser substituído.

Figura 1-14 Aparelho de pontaria e suas principais partes


25
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

1.3.6 O punho direcionador (lado direito) consiste em um punho de guidão dobrável e um


joystick, o qual é acionado pelo operador através de seu polegar direito para que a linha
de viasad e o feixe orientador se mantenha sobre o alvo, após o disparo. O movimento do
feixe e da linha de visada sofrerão acelerações e direcionamentos diretamente
proporcionais ao movimento executado sobre o joystyck.
1.3.7 Ao lado do joystick existe o pino de acionamento da trajetória elevada (Figura 1-15),
utilizada em caso de obstáculos no setor de tiro, o que provoca uma elevação na parte
inicial da trajetória do míssil, depois, gradualmente, o mesmo retorna à linha de visada
(Figura 1-16). Esta função é utilizada quando quando o alvo está voando a uma baixa
altura e existem obstáculos na linha de viasada para o mesmo, com o acionamento deste
dispositivo se evita que a espoleta de proximidade seja acionada por causa de tais
obstáculos.

Figura 1-15 Punho direcionador e suas principais partes

26
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

Figura 1-16 Trajetória do míssil utilizando o dispositivo de trajetória elevada


1.3.8 Sistema Ótico
1.3.8.1 O sistema ótico do aparelho de pontaria é concebido por uma luz laser
gerada de maneira que dê forma a um corredor de guiamento bem definido, sendo que o
míssil detecta a sua posição exata em relação à linha central do referido corredor ao
longo de sua trajetória. Isso permite que o míssil corrija o seu curso, a fim de sempre ser
guiado pela linha central. O sistema óptico assegura que a linha de visada do operador
(telescópio) coincida com a linha central do corredor de guiamento.
1.3.8.2 No aparelho de pontaria existe um transmissor através do qual o laser é
gerado por uma série de diodos. A luz condensada dos diodos laser é modulada em uma
unidade de varredura para o padrão de definição do corredor de orientação. Numa
subsequente unidade de zoom as mudanças de distância focal são realizadas durante a
trajetória do míssil. O objetivo da unidade de zoom, que é automático, é manter o raio do
corredor de guiamento do míssil tão constante quanto possível. O feixe de orientação
modulado é desviado em um espelho que reflete totalmente o comprimento de onda da
luz laser.
1.3.8.3 No espelho da plataforma giroestabilizada o feixe de orientação é
novamente desviado e transmitido através da janela de visada. Este espelho é preso
mecanicamente com a tampa da linha de visada fechada até o momento de sua abertura
e acionamento da manopla esquerda, permanecendo eletricamente preso. Somente após
o lançamento do míssil o espelho é completamente liberado e a velocidade angular que o

27
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

aparelho de pontaria teve no instante antes do lançamento é mantido pelo espelho (Figura
1-17 e 1-18).

Transmissor Telescópio

Plataforma do espelho

Figura 1-17 Aparelho de pontaria

28
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

Figura 1-18 Parte interna do aparelho de pontaria


1.3.8.4 O sistema de ajuste fino do acompanhamento está agora acionado o que
significa que o operador pode controlar o espelho por meio do joystick, assim mantendo
continuamente a linha central do corredor de guiamento voltado para o alvo. Para
alcançar este objetivo, a linha de visada do operador deve coincidir com a linha central do
feixe de orientação.
1.3.8.5 O telescópio é o dispositvo com o qual o operador faz a varredura do setor
designado à sua U Tir. Ele fornece uma imagem ampliada 7 (sete) vezes o alvo (Figura 1-
19). Com a localização do telescópio o operador só tem de baixar a cabeça para melhor
encaixá-la no mesmo, permanecendo sem mexê-la. O telescópio tem uma ocular fixa e o
campo de visão é 9°, o que corresponde aproximadamente ao campo de visão através do
anel de dioptria.

29
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

Figura 1-19 Distâncias em milésimos das marcações do retículo

Figura 1-20 Visão do retículo do telescópio


1.3.8.6 No telescópio existe um retículo para pontaria com uma seta ao centro. O
operador tem a capacidade de observar a cruzeta nítida com o terreno ao fundo (Figura 1-
20). A imagem de terreno vem para o telescópio através do espelho controlada pelo
giroscópio e através do espelho dicróico, que transmite a luz visível.
1.3.8.7 No retículo do telescópio há quatro diodos emissores de luz (LED) que
fornecem indicações durante a sequência de disparo. Estes sinais de LED indicam ao
operador quando o disparo é permitdo, quando deve se “recuperar” o campo de visão do
espelho através do movimento geral do aparelho de pontaria e também a resposta do
30
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

questionamento IFF. A luz "Tiro permitido" ascende quando o sistema eletrônico do


aparelho de pontaria é ligado, após ser acionada a manopla esquerda (Figura 1-21).

Figura 1-21 Iluminação dos LED do telescópio


1.3.8.8 A indicação de necessidade de acionamento do movimento grosseiro do
aparelho de pontaria ocorre quando o movimento angular do espelho atinge 60% da sua
capacidade máxima , seja em elevação ou direção. A amplitude do setor de movimento da
linha de visada pelo espelho é de ± 20° em direção e ± 15° em elevação. Assim, as
indicações dos LED surgem em desvios de até ± 12° em direção e ± 9° em elevação.
1.3.8.9 A partir das funções óticas descritas, torna-se evidente a importância para o
sistema de que a linha central do corredor de guiamento e a linha de visda do operador
estejam realmente coincidentes. Para se verificar esse alinhamento utiliza-se um
equipamento de teste para tal, que é ligado em frente da janela de visada e eletricamente
conectado ao aparelho de pontaria. O alinhamento é aprovado quando a cruzeta do
telescópio coincide com a luz do feixe de orientação

1.4 PEDESTAL
1.4.1 A função do pedestal (Figura 1-22) é servir de apoio ao aparelho de pontaria e ao
tubo de lançamento com o míssil, permitindo também o movimento em direção e
31
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

elevação, e o disparo do posto de tiro. Possui uma parte fixa e outra móvel. Esta se
constitui de um eixo central, um assento para o operador e o berço na sua parte superior,
onde aparelho de pontaria e tubo de lançamento são encaixados. O movimento em
direção é executado com o operador no assento, assim o mesmo está liberado para girar
em torno do eixo central do pedestal. O movimento em elevação também é executado
pelo operador através da manopla esquerda e do punho direcionador (direito), ambos no
aparelho de pontaria. O pedestal está equipado com um dispositivo desicante, para
equalização de pressão e absorção de umidade, e sacos de silica gel, também para
absorção de umidade, havendo também o indicador de umidade com as cores rosa e
azul, onde é mostrada a porcentagem

Figura 1-22 Pedestal e suas parte principais


1.4.2 Na posição de transporte, o pedestal deve ser preparado (Figura 1-23). As três
pernas e o assento são dobrados ao longo do tubo central e mantidos juntos por uma alça
ajustável. A parte superior, onde está o berço é protegido por uma cobertura. Nesta
posição se encaixa a armação tipo mochila com dois ganchos e um trinco de mola, e o

32
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

pedestal está pronto para ser transportado. Antes das pernas e assento serem dobrados,
o tubo central deve ser girado em sua parte móvel para uma posição definida em relação
à perna de fixação. O índice deve ser colocado de maneria que coincida a marcação com
a seta amarela (Figura 1-28), somente nessa posição o pedestal pode ser dobrado. As
pernas são liberdas para serem dobradas para cima através de um retém (Figura 1-24),
existente em cada uma delas. Na montagem, ao serem liberadas as pernas, deve ser
realizado um movimento de rotação em torno do tubo central agindo no berço, para que
as mesmas sejam travadas (Figura 1-25).

Figura 1-23 Pedestal preparado para o transporte

Figura 1-24 Acionamento das pernas para entrada em posição


33
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

Figura 1-25 Operador girando o pedestal agindo no berço para que haja o travamento das
pernas
1.4.3 Para o nivelamento do pedestal, uma das pernas tem uma parte articulada e
ajustável que compensa uma inclinação de até 4° (Figura 1-26), devendo esta estar
sempre na parte mais baixa da posição da U Tir. O tubo central fica liberado para o
movimento horizontal quando é colocado algum peso sobre o assento, quando não existe
carga sobre o mesmo, o movimento é bloqueado por um grampo de mola, que engata
uma engrenagem de anel de montagem fixa na perna.

Figura 1-26 Articulação na perna do pedestal

1.4.4 Existe um anel de rotação para o ajuste de compensação do vento. O ajuste é feito
34
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

por meio de um pino giratório, bloqueando o anel pelo pino em um índice do tubo central.
A seguir o míssil é girado até a direção do vento, após a definição, a brocha é recolocada.
A ação do vento em determinada direção sobre o míssil é assim compensada. Esta
função só pode ser utilizada se o pino selector da velociade do vento estiver na posição
>5m/s.
1.4.5 O assento é rosqueado para ser fixado no braço articulado do tubo central,
permitindo o seu ajuste em altura, afim de se obter uma posição confortável para o tiro. O
tubo central tem três conectores para a ligações (Figura 1-27):
• H.SET para a conexão de equipamentos de comunicação
• IFF IFF para a conexão de equipamentos
• TDR para a ligação do receptor de dados do alvo

Figura 1-27 Conectores do pedestal

Figura 1-28 Parte móvel do pedestal


1.4.6 Na posição superior do tubo central, logo abaixo do berço, está localizado o espaço
para as quatro baterias do pedestal. Baterias estas que funcionam até em muito baixas
35
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

temperaturas (-30º). Elas são encaixadas no pedestal e ligam-se através de conectores e


parafusos de fixação.
1.4.7 O berço é ligado ao suporte, se move em elevação e contém os pontos de fixação
para o tubo de lançamento e aparelho de pontaria. A base do berço está ligada a uma
mola pneumática existente no interior do tubo central. Algum desequilíbrio que poderia ser
causado durante o acompanhamento (movimento grosseiro) de um alvo é compensado
pela mola, e também proporciona uma estabilização no momento do disparo. Caso haja
alguma alteração na força da mola, a mesma pode ser ajustada em uma marcação
localizada no berço. Tal ajuste deve ser feito na elevação máxima do mesmo. Durante o
transporte, entrada em posição e saída, ou quando o tubo não estiver fixado, o berço
deve estar travado em elevação, para isso o operador deve agir na alavanca de
travamento do berço do lado esquerdo do pedestal.
1.4.8 O aparelho de pontaria é encaixado em um dispositivo de fixação, localizado na
parte da frente e inferior do berço. Ele é ligado eletricamente ao pedestal através de um
cabo flexível. Este cabo é conectado no próprio pedestal por ocasião da saíde de posição
e transporte da U Tir.
1.4.9 O tubo de lançamento é encaixado através de seus dois pinos nos ganchos
localizados na parte traseira do berço, a seguir deve ser rebatido à frente. Esses ganchos
estão mecanicamente ligados a uma alavanca de travamento no lado direito do pedestal
por meio de um sistema de ligação por mola. Ao ser rebatido à frente, o míssil fica
apoiado no berço, na posição horizontal, neste momento o operador puxa, com a mão
direita, a alavanca de travamento do míssil. Antes de rebater o míssil é importantíssimo
que as tampas de ambos os conectores, do tubo e do pedestal, estejam abertas, só assim
o míssil estará conectado ao pedestal.

1.5 TUBO DE LANÇAMENTO


1.5.1 O míssil no seu tudo de lançamento (Figura 1-29) é uma unidade portátil que é
ligado ao pedestal na parte superior do berço. O tubo serve tanto para o lançamento
como para o transporte do míssil.

36
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

Figura 1-29 Tubo de lançamento do míssil

1.5.2 O míssil é colocado em seu tubo e é travado no mesmo até o momento de seu
lançamento, quando é liberado. Tal liberação se dá por um iniciador que tem 1g de
pólvora. O motor de lançamento, que está ligado ao míssil na sua parte traseira, ejeta o
mesmo do tubo, tornando-o inútil, uma vez que o mesmo, quando vazio, não é
reaproveitado, com excessão do uso no treinamento da guarnição. No recarregamento, o
tubo vazio é tirado do berço para a colocação de um novo míssil.
1.5.3 O tubo de lançamento (Figura 1-30) é constituído de laminados plásticas reforçadas.
É protegido por capas acolchoadas (anterior e posterior) e um estofamento na sua parte
central. Para o transporte do míssil se utiliza uma alça também na parte central do tubo,
porém do lado oposto ao alcochoado. Esta alça identifica qual o tipo de míssil que o tubo
de lançamento contém, o Msl MK1 não possui pinos nas extremidades da alça, o Msl MK2
possui dois pinos de 7mm nas extremidades da alça e o Msl BOLIDE dois pinos de 14mm
(Figura 1-31). Cada capa é presa por dois grampos. As capas são removidas quando o
míssil está sendo carregado. A presença da capa posterior aciona o dispositivo final de
segurança do míssil com uma ligação elétrica que impede a ativação do mesmo, ao se
retirar a capa posterior, o dispositivo deixa de ser acionadao e o míssil pode ser disparado
(Figura 1-32), por isso a mesma só deve ser retirada quando o operador estiver
realizando o monitoramento do seu setor de tiro ou quando já estiver acompanhando um
alvo.

37
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

Figura 1-30 Tubo de lançamento e suas proteções


1.5.4 Existem indicações em pequenos círculos nos tubos em três cores diferentes,
amarela, azul e vermelha. Cada cor sinaliza uma frequência específica do míssil que está
dentro do tubo. Tal artifício serve para que um míssil não siga o guiamento de facho laser
de outra U Tir. Cada seção deve ter suas U Tir operando em frequências diferentes, ou
seja, cada uma com o tubo de lançamento de uma das cores. Além das indicações das
frequências do míssil existem também, no tubo de lançamento, tarjetas que indicam se o
míssil é real ou de combate (amarela), se é do simulador (verde limão) ou se é um
simulacro com o peso do real (verde escuro). Cada um desses mísseis possui um
conector específico, ou seja, se for colocado um míssil real no pedestal do simulador os
conectores não fecharam circuito.

38
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

Figura 1-31 Tubos dos mísseis MK1, MK2 e BOLIDE

Figura 1-32 Dispositivo de segurança da parte posterior do tubo de lançamento

1.5.5 Já as tampas servem como vedação, isolando o interior do tubo de água ou de


alguma umidade, uma à frente e outra à retaguarda. Elas são ejetadas do tubo pela onda
de pressão causada pela ignição do motor de lançamento. A tampa traseira contém um
agente desicante e uma válvula que serve como respirador para equalizar a pressão no
tubo de lançamento. O indicador de umidade na tampa ilustra se a mesma está de acordo

39
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

ou imprópria para o funcionamento do material. Se a umidade estiver superior a 40% é


interessante que a tampa seja substituída. A leitura da umidade da tampa traseira é
realizada através de um furo.
1.5.6 A parte central do tubo (Figura 1-33) possui suportes para fixação no pedestal e
uma proteção para o conector do míssil. Quando o tubo é fixado à base do conector do
míssil no pedestal, é ligado eletricamente. Dentro do tubo existem dispositivos que
bloqueiam o míssil e também para guiá-lo após o seu destrancamento. As alhetas servem
para o direcionamento do mesmo após o seu lançamento. Após sair do tubo o míssil deve
atingir a velocidade necessária para a liberação do seu motor de lançamento. Quatro
ressaltos dentro da extremidade traseira do tubo liberam os quatro ganchos do motor de
lançamento. Após a liberação, o motor de lançamento segue alinhado com o míssil.
Existem ainda, dois motores de retrocesso na retaguarda do tubo, cuja finalidade é
atenuar o recuo durante o disparo, esse trabalho evita acidentes com pessoal, que haja
danos no material, e contribui para que o míssil execute suas tarefas com eficiência.

Figura 1-33 Principais partes do tubo de lançamento

1.6 MÍSSIL E MOTOR DE LANÇAMENTO


1.6.1 O míssil tem fixado à sua retaguarda um motor de lançamento, ambos são
conectados mecânica e eletricamente (Figura 1-34). O motor de lançamento, como
próprio no nome já diz, é o responsável por deslocar o míssil para fora do tubo, após ser
acionado pelo disparo do operador, para tal possui uma carga de 450g de TNT. Após o
seu acionamento, o motor de lançamento impõe uma acelaração sobre o míssil para a
sua saída, que ocorre com uma velocidade inicial de aproximadamente 50m/s. A queima

40
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

de seus componentes químicos é feita no interior do tubo, provocando um deslocamento


do míssil até aproximadamente 7 metros à frente da U Tir, garantindo asim que nenhum
escape ou sopro seja executado contra o operador. A força que o motor de lançamento
exerce para o destrancamento do míssil no tubo é de 25g. O míssil se auto destrói
quando perde o guiamento do facho laser por mais de 1,2 segundos ou se o mesmo não
acertar o alvo ou não for acionada a espoleta, 45 segundos após o disparo.

Motor de lançamento

Míssil

Conexão entre o motor de lançamento e


o míssil propriamente dito

Figura 1-34 Míssil MK2

1-Pacote eletrônico nr3 7-Motor de cruzeiro


2-Alhetas compensadoras 8-Pacote eletrônico nr 1
3-Bateria do míssil 9-Giro do míssil
4-Pacote eletrônico nr 2 10-Carga de
arrebentamento
5-Asas 11-Espoleta de
proximidade
6-janelas de exaustão 12-Espoleta de impacto
Figura 1-35 Principais componentes do míssil

41
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

1.6.2 No interior do tubo de lançamento, as asas e alhetas estão dobradas, após a sua
saída as mesmas são liberadas, permitindo assim o direcionamento e sustentação do Msl
(Figura 1-35).
1.6.3 Sequência de engajamento
1.6.3.1 Primeiramente a U Tir entra em posição, seguindo uma diretriz de
desdobramento da seção à qual pertence. As ligações com o órgão de comando e
controle e radares de busca são estabelecidas. Nesta fase, o posto de tiro deve estar
completamente instalado, já com o míssil conectado ao pedestal.
1.6.3.2 O operador agora deve realizar as ações de preparação para o tiro, como a
seleção da compensação da velocidade do vento, caso a mesma esteja a mais de 5
metros por segundo; da iluminação do retículo do telescópio, conforme esteja operando
de dia, no crepúsculo ou à noite; e da trajetória elevada, caso exista algum obstáculo
dentro do setor de busca da U Tir.
1.6.3.3 Agora deve ser realizada a busca no setor de vigilância atribuído à U Tir. O
Operador fará a busca de algum alvo dentro do setor, com o auxílio do Observador, ou a
U Tir reberá a missão de tiro do órgão de comando e controle, que informará a posição e
os dados do alvo. Durante a sua busca, o operador estará com a cabeça já fixada no
suporte do telescópio realizando uma varredura grosseria, utilizando para isso o visor ali
existente.
1.6.3.4 Quando um alvo é detectado ou informado pelo comando e controle, o
operador passa a acompanhá-lo utilizando o telescópio, o mantendo dentro do círculo
nele existente, o anel de dioptria. Neste momento, a manopla esquerda deve ser
acionada, energizando e sincronizando todo o sistema, liberando o facho laser e a
plataforma do espelho, somente mecanicamente. Se um equipamento IFF fosse utilizado
o operador emitiria um interrogatório IFF manual, pressionando o seu respectivo botão,
localizado próximo à manopla esquerda. O operador deve agora decidir qual o tipo de
espoleta será utilizado e confirmar o acionamento ou não do dispositivo de trajetória
elevada. O feixe de facho laser está à baixa potência.
1.6.3.5 Já autorizado pelo Ch U Tir, o operador fica em condições de realizar o
disparo, desde que o alvo já esteja no alcance do material. Lembrando que para realizá-lo
a luz do diodo inferior do telescópio já deve estar ascesa ininterruptamente, sinalizando
assim o tiro permitido.
1.6.3.6 O operador consegue enquadrar corretamente o alvo em seu telescópio e
aperta o botão de disparo na parte superior da manopla esquerda, gerando um pulso que
42
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

é enviado do aparelho de pontaria ao míssil, já sincronizados, fazendo com que os


dispositivos que trancam o míssil ao seu tubo o liberem, iniciando a queima do motor de
lançamento. Este pulso de disparo também libera a plataforma para a regulação do zoom
e do feixe de orientação.
1.6.3.7 Ao sair do tubo as asas e alhetas se desdobram para o guiamento do
míssil, e o motor de lançamento já finalizou a sua queima. O operador agora começa a
realizar o acompanhamento com ajuste fino, agindo com o polegar direito no joystick e
mantendo o alvo em sua linha de visada e consequentemente na linha central do corredor
de guimento. Quando o míssil atingir a distância de 7 metros da U Tir o motor de
lançamento é liberado do mesmo e a 220 metros é acionado o dispositivo de armar do
míssil (SAD), que somente ocorre se for atingida a velocidade mínima de 150m/s.
Se a espoleta selecionada tiver sido a de proximidade, a mesma é ativada 2 segundos
após o lançamento. Ao atingir uma distância de aproximadamente 2.000 metros acaba o
combustível do motor de cruzeiro (9). Quando o míssil atinge o alvo (espoleta de impacto)
ou na sua proximidade (4m de distância), a espoleta é ativada acionando a carga de
arrebentamento para detonação da ogiva (10), ou carga oca, que possui 3.000 balíns de
tungstênio (Figura 1-36). O poder de penetração do míssil é muito grande, no caso da
função de impacto da espoleta.
1.6.3.8 Após realizado o engajamento do alvo, o operador solta a manopla
esquerda para a interrupção do facho laser e para o sistema não estar mais energizado.
O feixe de orientação é desligado. O tubo de lançamento vazio é retirado do berço do
pedestal pelo próprio operador, afim de que um novo míssil seja colocado pelo
recarregador.
1.6.4 Motor de retrocesso: É acionado quando o msl sai 15 cm do tubo e tem como
objetivo minimizar o recuo do mesmo.

43
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX
MÍSSIL

3b-Bateria do míssil ativada, suas


funções se iniciam em 0,3 seg
4a- Inicia o motor de lançamento
5-Termina a queima do motor de
lançamento, o mesmo sai do tubo
6-Asas e alhetas compensadoras estão
abertas. O motor de cruzeiro é iniciado
7-O motor de lançamento é separado
do tubo
8-A espoleta de proximidade está
ativada
9-Acaba a queima de combustível do
motor de cruzeiro
10-Acionamento da cabeça de guerra
por impacto ou proximidade
11-Detonação da ogiva

OPERADOR
1-Gira a manopla esquerda e ativa as
funções do aparelho de pontaria
2-Realiza a aquisição e
acompanhamento do alvo pelo
telescópio
3a-Realiza o disparo apertando o botão
na manopla esquerda
4b-Acompanha o alvo com o joystick
11-Larga a manopla esquerda e coloca
o aparelho de pontaria em segurança
Figura 1-36 Sequência de engajamento da U Tir

1.7 EQUIPAMENTO DE VISÃO NOTURNA COND


1.7.1 Utilizado para operar o sistema RBS 70 à noite, sem que o mesmo perca a sua
eficiência. Não existe a necessidade de realizar o qualquer tipo de alinhamento do
equipamento com o aparelho de pontaria.
1.7.2 O COND utiliza um scanner infravermelho que detecta a radiação de calor e a
converte para uma imagem visível que é refletida na janela de visada do RBS 70, para
que o operador possa enxergá-la em seu telescópio. O operador pode selecionar para
que a fonte de calor apareça na cor preta ou vermelha. A radiação IR detectada é

44
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

convertida em sinais elétricos, que são processados num módulo eletrônico. Os sinais
elétricos são convertidos para luz visível e uma imagem criada por meio de LED.
1.7.3 Ele trabalha na faixa de comprimento de onda 8-12 mm que é utilizada para fornecer
a faixa de detecção máxima. Um objeto em sua temperatura normal tem uma elevada
radiação de calor e a atmosfera também tem um grande nível de transmissão, o que
permite o perfeito funcionamento do equipamento.
1.7.4 Quanto maior for a velocidade da aeronave e sua emissão de calor, maior a sua
detecção. São as variações de temperatura do cenário do alvo que fornecem a imagem
por calor. O equipamento completo é composto por:
• COND com tampas das lentes
• adaptador CA / CC (armazenado na caixa de transporte acolchoada)
• caixa de transporte acolchoada
• caixa de Transporte / Armazenagem
1.7.5 O COND divide-se em (Figura 1-37):
• COND com tampas de proteção da lente
• Espaço para bateria
• Suporte de apoio

Proteção da ótica IR Suporte de apoio Bateria Proteção do prisma ótico

Figura 1-37 COND

1.7.6 A bateria é conectada na parte da frente por dois parafusos. A bateria é do mesmo
tipo que o utilizado para ligar a unidade de RBS 70, NiCd ou íons de lítio.
1.7.7 Para fins de situações táticas específicas um adaptador CC/CA pode ser usado. O
adaptador está incluído nos acessórios.

45
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

1.7.8 No seu lado externo, o COND é dividido em (Figura 1-38):


• Módulo IR
• Parte central
• Unidade de prisma

Módulo IR Parte central Unidade de prisma

Figura 1-38 Divisões do COND

1.7.9 A janela do módulo de IR e a unidade de prisma são protegidos pelas respectivas


lentes.
1.7.10 O COND possui os seguintes mostradores e dispositivos para comandos:
• ON/STAND BY/OFF
• Contador de tempo de funcionamento do IDCA
• Chave de polaridade

46
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX
Unidade de controle

Conecetor de testes

Figura 1-39 Dispositivos do COND

Figura 1-40 Retaguarda do COND


1.7.11 O conector de teste está localizado no lado frontal da COND. Contraste e brilho
são ajustados por botões localizados no lado esquerdo. Um interruptor de controle de
fundo também está ali localizado, com três (3) posições: dinâmica (para baixo) estática
(centro) AUTO (para cima) (Figura 1-40).
1.7.12 Há duas luzes de aviso no topo do COND, de frente para o operador (Figura 1-41).
A lâmpada superior, de cor amarela e a marcação T para a temperatura e a mais baixa,
na cor vermelha com a marcação B para a bateria. Ambas emitem um alerta, quando o
equipamento já resfriou e está em condições de operar e quando a bateria está próxima
de acabar a carga.

47
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

Figura 1-41 Luzes indicadoras de bateria e temperatura

1.7.13 Também existem os seguintes dispositivos na parte central do COND (Figura 1-


42):
• Secador desicante
• Cartucho Desicante
• Indicador de umidade

Secador desicante Cartucho desicante Indicador de umidade

Figura 1-42 Componentes de controle de umidade

1.7.14 Um dos secadores está equipado com uma válvula de ventilação que permite a
passagem de ar e o cartucho desicante absorve a umidade. O indicador de umidade é
graduado em setores de 30, 50 e 70%. Se a cor nesses setores é azul, indica que a
umidade relativa do ar não ultrapassou o valor percentual para o setor. Quando a cor azul

48
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

desaparece, a umidade aumentou. Para serem aprovados, os setores de 50 a 70%


devem ser azuis.
1.7.15 O COND é equipado com dispositivos que se encaixam nos suportes
correspondentes no aparelho de pontaria (Figuta 1-43).

Ganchos

Suportes de trancamento

Figura 1-43 Suportes para encaixe no aparelho de pontaria

1.7.16 O COND é composto por um módulo IR, parte central e unidade de prisma. O
módulo IR é protegido por uma janela de Germânia e está ligado à parte central que
contém o scanner com os componentes eletrônicos e um telescópio para visualização da
imagem. A unidade de prisma está localizada do lado esquerdo (visão do operador) da
parte central (Figura 1-44).

49
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

Telescópio Eletrônicos
Scanner Prisma dicróico

Ótica IR

Figura 1-44 Componentes do COND


1.7.17 Sistema óptico
1.7.17.1 A radiação de calor do cenário do alvo é projetada através da parte ótica e
depois convertida em luz visível por um scanner IR (Figura 1-45). Um telescópio ajusta a
ampliação global do sistema. A imagem é refletida para o aparelho de pontaria através da
unidade de prisma e para o espelho giroestabilizado. O operador tem uma visão ampliada
em 7x através do telescópio.

Figura 1-45 Reflexão da imagem IR detectada até o aparelho de pontaria


1.7.17.2 O telescópio IR consiste em quatro lentes de germânia que ajusta o
campo de visão do scanner para 8º x 12,4º (Figura 1-46).

50
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

Campo de visão do COND


12,4° x 8°
Moldura de pontaria gorsseira
6° x 4°

Retículo 2,3°

Campo de visão do Telescópio 9°

Figura 1-46 Imagem no telescópio


1.7.17.3 O scanner converte a imagem IR de entrada para uma imagem visível.
Para que o detector tenha um melhor desempenho, os componentes devem ser
refrigerados até uma temperatura de aprox. -190°C (1,5 minutos), o que ocorre através do
dispositivo IDCA.
1.7.18 Finalidade dos comandos (Figura 1-47):
1.7.18.1 Posição DYN (dinâmica, para baixo): Posição normalmente utilizada para
aquisição e acompanhamento de alvos. A temperatura média do cenário do alvo é usada
como referência. Somente as variações de sinal dessa temperatura são processadas.
1.7.18.2 Posição STAT (central): A temperatura do entorno do dispositivo é
utilizada como referência, sendo que somente os seus sinais são processados.
1.7.18.3 Posição AUTO (para cima): Nesta posição, o sistema eletrônico controla
os sinais de modo que a imagem utilizada é obtida pela variação entre as temperaturas do
fundo e as configurações anteriores obtidas na posição STAT.

51
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

Interruptor de controle de imagem

Figura 1-47 Controle do plano de fundo da imagem


1.7.19 Para a instalação do equipamento de visão noturna junto ao aparelho de pontaria
existem duas operações de preparação, que devem ser tomadas anteriormente:
1.7.19.1 Próxima à manopla esquerda deve ser selecionada a opção “NIGHT”, no
dispositivo que seleciona a iluminação do retículo do aparelho de pontaria (Figura 1-48).

Figura 1-48 Controles do aparelho de pontaria

52
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

1.7.19.2 O dispositivo de conexão localizado do lado esquerdo do berço do


pedestal deve ser corretamente encaixado para que uma mola pneumática seja acionada,
assim haverá um equilíbrio no peso do equipamento (Figura 1-49).

Figura 1-49 Operador acionando a mola pneumática


1.8 EQUIPAMENTO DE VISÃO NOTURNA BORC
1.8.1 O BORC (Figura 1-50) é um dispositivo para ser utilizado no sistema RBS 70
durante o período noturno. Sua instalação e operação requer simples e rápidas ações da
guarnição da U Tir, pois assim como o COND, não existe a necessidade de realizar um
alinhamento com o aparelho de pontaria, apenas encaixá-lo no mesmo.
1.8.2 No tocante ao seu princípio de funcionamento, o BORC utiliza um detector de IR
que capta a radiação de calor, convertendo-a em imagem visível, a ser refletida para a
janela de saída da linha de visada, permitindo assim que o operador a veja no seu
telescópio. Assim como o COND, o operador também pode optar pela cor da
apresentação da fonte de calor em seu telescópio, podendo ser preta ou vermelha
(imagem negativa ou positiva). O equipamento trabalha na faixa de comprimento de onda
7-9,3 mm, o que fornece a faixa de detecção máxima.
1.8.3 É com posto de:
• Equipamento BORC
• Caixa de carregamento
• Caixa de Transporte
53
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

1.8.4 Seus acessórios são:


• Adaptador de veículos
• Cabo de alimentação
• Baterias
1.8.5 O BORC converte uma imagem de infravermelho à uma visível. A radiação IR
captada é convertida em sinais eléctricos que são processados num módulo eletrônico.
Os sinais elétricos são convertidos para luz visível e uma imagem é criada por um visor
LCD, que corresponde à imagem de IV, construída na proporção de 1: 1. O equipamento
possui tampas de proteção para as superfícies óticas da lente frontal de IR e o espelho
dicróico. Estas tampas também servem como proteção contra chuva. As baterias são
guardadas em sua caixa, fechada por botões de pressão. A bateria a ser utilizada deve
ser do tipo Li BA5590/U (não recarregáveis). O equipamento também pode ser operado
utilizando um adaptador de veículo robusto. Possui um conversor de corrente (CC / CA)
que somente serve para testes e manutenção, não devendo ser utilizado no disparo real.

Figura 1-50 BORC


1.8.6 O equipamento possui os seguintes controles para executar comandos:
1.8.6.1 O interruptor de alimentação, que possui três posições, ON/STAND
BY/OFF, está localizado na parte de cima à direita, na visão do operador.

54
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

1.8.6.2 A chave seletora da bateria, que está localizada entre as duas caixas de
bateria.
1.8.6.3 A unidade de controle, localizada na extremidade esquerda do BORC, que
tem os seguintes dispositivos para ajuste manual e automático da imagem (Figura 1-51):
• interruptor LEVEL/GAIN
RDC interruptor /MAN
• botão AUTO/calibração
• botão de polaridade (GAIN)

Figura 1-51 Dispositivos para ajuste da imagem


1.8.6.4 Luzes de advertência: Há dois LED de indicação no punho principal, de frente
para o operador. O direito é amarelo e indica a alimentação externa, fica aceso quando o
BORC é alimentado por uma fonte de alimentação externa. O LED à esquerda, é
indicador da bateria, é vermelho e está aceso quando a mesma precisa ser substituída
(Figura 1-52).

55
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

Figura 1-52 Luzes indicadoras


1.8.6.5 Cartuchos de Câmaras de secagem e indicador de umidade. Estão localizados
na extremidade direita: Um dos desicantes está equipado com uma válvula de ventilação
que permite a passagem de ar mas impede a absorção de umidade. Podem ser
substituídos pelo lado de fora e não são interpermutáveis. O indicador de umidade é
graduado em setores de 30%, 50% e 70% de umidade relativa. Se a cor nesses setores é
azul, indica que a umidade relativa do ar não ultrapassou o valor percentual indicado para
o mesmo. Quando a cor azul desapareceu, a umidade aumentou. Para serem aprovados,
os setores 50% e 70% devem estar na cor azul (Figura 1-53).

Figura 1-53 Dispositivos de controle da umidade


56
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

1.8.6.6 Dispositivo de montagem: O BORC possui dipositivos de montagem que se


encaixam nos suportes correspondentes no aparelho de pontaria. Os ganchos são
protegidos com braços localizados no referido aparelho (Figura 1-54).

Figura 1-54 Componentes para o encaixe no aparelho de pontaria


1.8.7 Funcionamento geral: A radiação IR do cenário do alvo é captada para o detector.
O mesmo, com sua eletrônica associada, converte a imagem térmica em luz visível, que
aparece já corrigida e ampliada. A imagem corrigida é refletida para o aparelho de
pontaria através do espelho dicróico do BORC. O operador visualiza a imagem através do
telescópio, que a amplia em 7x (Figura 1-55). Os principais componentes do BORC, com
a exceção da caixa de transporte, são integrados numa única unidade. As partes
principais são: módulo IR, módulo visual, módulo divisor de feixe (espelho dicróico) e
eletrônica (Figura 1-56).

57
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

Figura 1-55 Reflexão da imagem IR detectada

Figura 1-56 Principais componentes


58
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

1.8.7.1 Módulo IR: A função do módulo de IR é de captar a radiação de calor para o


detector, afim de criar uma imagem térmica. A ótica IR consiste em um sistema compacto
de lentes feitas de germânia e tem um revestimento anti-reflexo otimizado para a
sensibilidade espectral do detector. O módulo IR também contém o sistema eletrônico de
processamento de imagens e interface com o sistema eletrônico de exibição.
a) Ótica IR (Figura 1-57): Consiste em quatro lentes de germânia que dá ao
aparelho de pontaria um campo de visão de aprox. 9° x 12°. Na objetiva IR é utilizado um
sistema de servo ativo, a fim de manter a concentração durante o intervalo de
temperatura total do sistema RBS 70.

Figura 1-57 Ótica IR


b) BORC QWIP 32 (módulo detector): O alvo a ser acompanhado é
projetado sobre o detector IR (Figura 1-58), que é chamado de detector QWIP, Quantum
Well Infrared Foto Detector. O dispositivo deve ser arrefecido até à 63K (-210°C) para se
obter um bom desempenho (aproximadamente 4 minutos).

59
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

Figura 1-58 Módulo detector


1.8.7.2 Módulo Visual (Figura 1-59): É composto pela ótica visual e pela unidade de
exibição. A função do módulo visual é criar uma imagem visível a partir da imagem-IR
com o campo de visão correto e ampliado. A imagem é apresentada em um monitor de
tela plana e pequena, e é focada no horizonte com a ótica visual. A ampliação da imagem
no equipamento BORC é em x1, após ajustar os componentes óticos. Sobrepondo-se a
imagem visível existe uma moldura quadrada onde o operador realiza o apontaria pelo
movimento grosseiro, utilizando o aparelho de pontaria. A mesma possui um formato
retangular gerando um campo de visão de aprox. 6° horizontal e 4° vertical (metade do
campo de visão total do equipamento de visão noturna).

60
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

Figura 1-59 Módulo visual


a) Unidade de exibição: A unidade é composta por um display
monocromático LCD com resolução de 640x480 pixels, aquecedor, iluminação de fundo e
eletrônica. É criada uma imagem visível correspondente à imagem de IR e também existe
uma moldura retangular para auxiliar no acompanhamento grosseiro do aparelho de
pontaria (Figura 1-60).

Figura 1-60 Imagem do telescópio

61
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

b) Ótica Visual: É um sistema central, composto por quatorze lentes em 12


grupos diferentes. Ajusta a ampliação global do BORC para x1, o que implica que nenhum
alinhamento seja necessário antes da instalação.

1.8.7.3 Módulo divisor de feixe (espelho dicróico): Seu objetivo é refletir a imagem
visível do módulo visual para o caminho ótico do sistema RBS 70, e permitir a passagem
do feixe de orientação laser a partir do aparelho de pontaria. O módulo divisor de feixe
também absorve luz visível evitando assim imagens de interferência para o operador.
a) Espelho dicróico (Figura 1-61): Reflete a luz vermelha visível a partir da
exibição no aparelho de pontaria, e transmite o feixe de laser do mesmo. O espelho
também bloqueia a luz do dia. Isto significa que se BORC é utilizado sob à luz solar,
apenas a imagem visível do BORC é apresentada no campo de visão do operador no
aparelho de pontaria. A iluminação do telescópio é sobreposta à imagem visível. O
retículo é iluminado por um LED montado no aparelho de pontaria, e controlado através
do acionamento do pino seletor com as indicações DIA/CREPÚSCULO
(PENUMBRA)/NOITE localizado próximo à manopla esquerda.

Figura 1-61 Espelho dicróico

62
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

1.8.7.4 Eletrônica
a) Placa de alimentação: Converte a tensão da alimentação externa,
utilizando a bateria interna nr 1 ou 2 do BORC, utilizadas alternadamente. A chave
seletora de bateria determina a utilização de uma das baterias internas. O indicador de
energia fica em EXT ON quando a mesma é fornecida por uma fonte externa e INT LOW
quando a carga da bateria interna selecionada está acabando.
b) Placa de controle: Funciona como um centro de comunicação. Ele está
ligado à unidade de controle, ao módulo QWIP e aos sensores de temperatura. Ele
também contém o servo de focagem que está ligado ao módulo-IR e compensa as
variações de temperatura e mantém o foco do mesmo.
c) Função de controles
1) Posição DRC: Dynamic Range Compression (DRC) serve para
melhoria de imagem. Otimiza continua e automaticamente o contraste, para obter melhor
probabilidade de detecção, embora o fundo da imagem possa variar. A posição DRC é o
modo normal para o engajamento alvo.
2) Posição MAN: No modo manual o ganho e nível deve ser ajustado
manualmente para se obter a melhor imagem. Quando o fundo da imagem muda, pode
ser necessário reajustá-la. É possível, em condições extremas, utilizá-lo no
acompanhamento do alvo. Ao usar o BORC para uma busca em determinado setor de
vigilância, o modo MAN pode dar uma imagem com mais detalhes. Também é utilizado na
manutenção.
3) Botão AUTO/CALIB AUTO: Quando pressionado por menos de 2
segundos e o interruptor/MAN DRC (interruptor GAIN) estiver definido para o modo
manual, o sistema eletrônico gera automaticamente uma "imagem inicial" aceitável. Ao
pressionar o botão por mais de 2s, é realizada uma calibração de deslocamento interno
dos elementos detectores QWIP .
4) Intensidade do Display: Quando o botão é pressionado e,
simultaneamente, o interruptor é inclinado para "+", a intensidade de exibição da imagem
passa a ser alta. Esta definição é utilizada quando se opera de dia. A de baixa intensidade
é selecionada da mesma maneira, mas o interruptor deve estar inclinado para "-".
5) Mensagens de exibição: ao ligar o BORC, o botão AUTO/CAL é
utilizado para reconhecer e apagar o Power On Self Test (POST), a mensagem de erro ou
outras mensagens exibidas no display. Essas mensagens devem ser removidas antes das
funções AUTO de calibragem serem utilizadas.
63
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

6) A chave de polaridade ou interruptor POL é utilizado para


selecionar polaridade da imagem, ou Red/Hot ou Black/Hot, para que a fonte de calor
apareça na cor vermelha ou preta no telescópio. A definição normal é Red/Hot.
7) LED BAT LOW: Do lado esquerdo e na cor vermelha, indica
quando a carga da bateria está baixa, devendo neste momento selecionar a outra.
Quando surge tal indicação ainda há carga para essa substituição.
8) LED EXT ON: Na cor amarela, indica quando o BORC é alimentado
a partir de uma fonte externa.
9) OFF (desligar): O BORC está desligado, sem consumo de energia.
10) Stand by: Para economizar bateria, um modo stand by está
disponível. Somente a máquina de refrigeração e alguns eletrônicos são alimentados. Não
há imagem. O consumo de energia é menor do que para a operação. Este modo é para
ser utilizado, quando nenhuma imagem é necessária, mas é necessário um tempo de
reação curto. Com o detector totalmente resfriado, leva apenas 20 segundos para se
obter uma imagem (posição ON). Ao se aproximar do local da entrada em posição, o
BORC deve ser ligado no modo stand-by.
11) ON: funcionamento normal.
1.8.8 Caixa de transporte: É estofada oferecendo assim proteção ao equipamento,
evitando danos aos seus componentes. O interruptor de alimentação ON/STAND BY/OFF
fica acessível mesmo com o equipamento na caixa (Figura 1-62).

Figura 1-62 Caixa de transporte

64
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

1.8.9 A bateria a ser utilizada deve ser do tipo Li BA5590/U. As baterias de NiCd e íons de
lítio não servem para o BORC.
1.8.10 Modificações no aparelho de pontaria para a instalação dos equipamentos de visão
noturna (COND/BORC): Os dispositivos de montagem e fixação ficam na frente do posto
de tiro (Figura 1-63).

Figura 1-63 Montagem do BORC no aparelho de pontaria


1.8.10.1 No pedestal, a mola pneumática é acionada antes de se usar o
equipamento de visão noturna, a fim de compensar o peso extra, equilibrando todo o
sistema. Além da mola pneumática, existe o dispositivo para conectá-la e ajustá-la junto
ao aparelho de pontaria (Figura 1-64).

Figura 1-64 Dispositivo para acionamento da mola pneumática


65
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

Figura 1-65 Dispositivo com a mola pneumática acionada

1.9 CAIXA DE ACESSÓRIOS, KIT DE CAMUFLAGEM, FONTE DE ALIMENTAÇÃO


EXTERNA E CARREGADOR DE BATERIAS
1.9.1 Em cada posto de tiro existe uma caixa de acessórios. Em seu conteúdo temos os
materiais mostrados na Figura 1-66, que servem tanto para a operação, como para a
manutenção da U Tir. Nela existe uma indicação FF que quer dizer Freon Free, o material
não contém este gás.

66
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

Filtro de laser
Baterias

Capa de ferramentas Bolsa para o kit de Loção de limpeza de


limpeza lentes

Testador de bateria
Instruções
de limpeza

Escova de limpeza
Chaves de fenda Kit de limpeza ótica
Tampa do cartucho
desicante
Chave ajustável

Alicate

Faca

Figura 1-66 Caixa de acessórios e seus componentes

Figura 1-67 Testador de bateria

1.9.2 Também compõe o posto de tiro o kit de camuflagem o qual é erguido e montado
para proteger a U Tir das vistas inimigas (Figura 1-69), principalmente o que tange a
observação aérea. Além desse aspecto, a rede de camuflagem montada também protege
a guarnição e o material do sol, principalmente em temperaturas superiores a 35° C e com
o sol brilhando. O acionamento da rede de camuflagem é rápido e fácil, e pode ser feito

67
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

mesmo com a U Tir já em posição. Caso seja necessário retirar a camuflagem, para um
acompanhamento de outro setor de vigilância por exemplo, o operador, agindo com um
pino de liberação, pode rapidamente colocá-la ao chão. O kit de camuflagem é composto
pelos materiais ilustrados na Figura 1-68.

Capa de armazenamento Base da armação

Redes de camuflagem

Histais de ferro

Sacos para areia

Estacas
Cordas

Cordas

Cordas

Marreta

Figura 1-68 Kit de camuflagem desmontado


Direção de tiro

Corda elástica

Figura 1-69 Kit de camuflagem montado


68
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

1.9.3 Fonte de alimentação externa (Figura 1-70): Material que NÃO pode ser utilizado
para o disparo real do míssil, e possui os seguintes componentes:
• Carretel de cabo com cabo de alimentação
• Caixa de Transporte
• Cabos de distribuição
- Cabo do RBS 70
- Cabo do IR-aparelho de pontaria
• Conversor CC/CC
• Conversor CA/CC
• Cabo adaptador de veículos
1.9.3.1 Instruções de Montagem.
a) Retire o assento do pedestal. Coloque o conversor CA/CC sob o braço do
assento.
b) Desconecte o cabo do pedestal.
c) Conecte um cabo em “Y” do conversor, sendo uma ponta no pedestal e outra no
aparelho de pontaria, verifique as marcações nos cabos para as conexões.
d) Se o equipamento de visão noturna for utilizado, conecte o seu respectivo cabo,
prendendo-o na cinta de velcro.
e) Conecte o cabo de alimentação, encaixe-o no gancho abaixo do assento.
f) Desenrole o cabo de alimentação para conectá-lo ao conversor CA/CC.
g) Conecte o conversor CA/CC para a fonte de alimentação elétrica.

Figura 1-70 Conversor CA/CC

69
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

1.9.4 O carregador de bateria (Figura 1-71) é uma unidade portátil, que pode ser utilizado
para carregar até 4 baterias separadamente, independentes uma da outra, porém
simultâneamente. As baterias que podem ser carregadas são do tipo NiCd 12V/2,2 Ah.
Pode ser conectado com qualquer uma das voltagens, seja 100-240V, ou 12/24V, quando
ligado a um veículo. Possui uma tomada de energia na qual existem dois cabos de
alimentação diferentes, uma para alimentação de CA e outro para CC. O status de
carregamento e falhas são mostradas por lâmpadas de indicação.

Figura 1-71 Carregador de baterias


1.9.4.1 Aspectos importantes:
a) Frequência 50/60 Hz (45-66 Hz)
b) Tempo de carregamento de aproximadamente 1h e 30 min
c) Tipo de bateria NiCd 12V / 2,2 Ah
d) Faixa de temperatura de operação: - 20°C a + 60°C
e) Faixa de temperatura para armazenamento: - 55°C a + 70°C
f) Peso 13 kg
g) Dimensões: 486 x 392 x 192 mm
1.9.4.2 Características e funcionamento: O carregador de bateria consiste em um
Multicharger com um adaptador de bateria (NiCd). Uma lâmpada vermelha com luz
constante é acessa quando o carregador está alimentado, sendo que a mesma se apaga
quando a primeira bateria está conectada. Uma luz verde constante é acessa quando a
bateria está sendo carregada. Essa luz verde fica piscando no momento em que a bateria
70
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

está com a sua carga completa. Quando a luz vermelha está piscando lentamente e a
verde apagada, é um sinal de que está ocorrendo alguma pane no material, que podem
ser:
• Excesso de baixa tensão/abastecimento
• Temperatura interna no carregador de bateria muito alta.
• Falha interna no carregador de bateria. Nesse caso, deve se verificar a tensão de
alimentação e/ou a temperatura, se OK enviar o carregador de bateria para o suporte
técnico.
Quando essa luz vermelha pisca mais rapidamente, está sinalizado que o
adaptador de bateria não é reconhecido pelo carregador. Não é possível utilizar o
carregador de bateria sem um adaptador. Este também é um caso de suporte técnico.
Quando estão piscando rapidamente as luzes verde e vermelha, foi detectada uma falha
de bateria. Nessa situação, remova a mesma. Quando não há nenhuma indicação nas
lâmpadas, deve ser verificado o fusível, se o mesmo não estiver danificado o carregador
deve ser enviado ao suporte técnico.
1.9.4.3 Existe o risco de choque elétrico no caso de substituição de fusíveis,.
Desligue a alimentação elétrica antes da manutenção de qualquer equipamento. Toda a
manutenção deve ser realizada apenas por pessoal qualificado. Substitua os fusíveis
apenas com o tipo especificado. O carregador de bateria tem dois fusíveis, um para o CA
e outro para CC. Existem fusíveis sobressalentes no fundo da caixa do carregador.

71
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

CAPÍTULO II

MANUTENÇÃO, TESTES E INSPEÇÕES

2.1 GENERALIDADES
As verificações relacionadas à manutenção do posto de tiro são divididas em
inspeções diárias e inspeções especiais. A inspeção diária é realizada sem uma finalidade
específica, é genérica esimples. Já a especial é realizada em datas programadas, com
periodicidades específicas. Quaisquer falhas e defeitos encontrados durante qualquer
inspeção devem ser corrigidas e registradas.
2.2 INSPEÇÕES DIÁRIAS
2.2.1 Baterias: Se houver qualquer suspeita de baixa tensão, as baterias devem ser
substituídas. Durante essa substituição, use uma moeda ou similar, não utilize chave de
fenda, para evitar danos aos parafusos de fixação da mesma. Cada bateria vazia deve ser
marcada. Sua carga dura normalmente de 100 a 120 engajamentos. A mesma deve ser
testada depois de ser carregada, tendo que estar com uma voltagem mínima de 9,5V. Tal
teste deve ser realizado sob uma temperatura entre -10º e 40º C. As baterias de Lítio (Li
SO2) devem estar armazenadas em locais de até 60% de umidade relativa do ar.
2.2.2 Indicadores de umidade: Sempre devem ser conferidos os indicadores de umidade
do aparelho de pontaria , do pedestal e do tubo de lançamento, atentando para a cor
visualizada. Se o setor da marcação de 50% do indicador não é azul, o técnico em
manutenção deve ser acionado (Figura 2-1).

72
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

Figura 2-1 Indicador de umidade

2.2.3 Partes Óticas (Figura 2-2): É de extrema importância a limpeza das partes óticas,
porém a janela de visada e a lente do telescópio somente devem ser limpos se estiverem
com mais de 10% de suas superfícies sujas, e por técnicos. Manchas de óleo e gordura,
bem como impressões digitais devem ser removidas tão rapidamente quanto possível.
Durante a limpeza utilizar sempre o material constante da caixa de acessórios, sendo que
a lente de germânia somente pode ser limpa com álcool isopropílico. Se for utlizada água,
a mesma deve ser corrente e não pressurizada

73
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

Figura 2-2 Inspeção da parte ótica

2.2.4 Partes mecânicas: Devem ser sempre verificadas, principalmente se estão limpas e
intactas, dando destaque às seguintes partes:
• Míssil no seu tubo de lançamento,
• Cabos,
• Conectores, incluindo pinos de contato e mangas,
• Tampas protetoras, e
• Mola pneumática externa.
2.2.5 Equipamento COND
2.2.5.1 Inspeção Mecânica: Devem ser feitos os seguintes checks:
• Verificação da mola pneumática
• Verificacar se a tampa de segurança para o enchimento de mola pneumática não
tem nenhum dano mecânico externo
• Verificar se COND não tem nenhum dano mecânico externo
• Verificar se os controles não estão danificados
• Verificar o dispositivo de bloqueio para as funções da mola pneumática
• Verificar o indicador de umidade. Se o campo 50% é rosa, o COND deve ser
inspecionado mais detalhadamente.
• Verificar o tempo para o funcionamento do IDCA
2.2.5.2 Inspeção do funcionamento:
1. Conectar o COND no posto de tiro.

74
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

2. Conectar a bateria (ou fonte de alimentação externa através do adaptador


CC/CA) no COND.
3. Colocar a chave ON/STAND BY/OFF na posição ON e verificar se o
arrefecimento começou no acionamento da chave e se o tempo do mesmo excedeu 4
minutos.
4. Colocar a chave de controle na posição DYN.
5. Verificar se o botão para regular o contraste e o brilho estão funcionando
ajustando-o até que uma imagem IR seja visível.
6. Agir no interruptor de polaridade e verificar se as fontes de calor estão
apresentadas na cor vermelha (positiva) ou preta (negativa).
7. Repetir a operação 5 com o interruptor na posição STAT.
8. Após a definição de contraste e brilho com o controle de fundo na posição STAT,
o interruptor deve ser colocado na posição AUTO para se verificar a imagem IR.
9. Selecionar o interruptor ON/STAND BY/OFF para a posição STAND BY e
verificar se o scanner parou de operar (dimuni o nível de ruído).
10. Selecionar o interruptor ON/STAND BY/OFF para a posição OFF e verificar se
o IDCA parou de operar.
11. Desligar a fonte de energia do COND.
12. Comunicar quaisquer falhas ou defeitos para o técnico.
2.2.5.3 Inspeção ótica
a) Devem ser tomados os seguintes cuidados
1) Use álcool isopropílico para limpar a lente de germânio
2) A água pode danificar a superfície da lente
b) Verificar se toda a parte ótica (lente de germânia, frente da unidade
prisma e superfícies óticas na retaguarda do COND) não está danificada ou suja, e
realizar a limpeza de acordo com as instruções abaixo.
Antes de realizar a limpeza, a poeria deve ser assoprada das partes óticas. Se a
sujeira permanecer (manchas de óleo, graxa ou impressões digitais), as seguintes
medidas deverão ser adotadas:
• Se a sujeira estiver em grande quantidade (lama por exemplo) a mesma
deve ser lavada separadamente com água e uma escova ou pano macio. Não pode haver
"fricção" nas superfícies. Restos de água não podem ser secos com panos.

75
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

• As impressões digitais, gordura e resíduos de óleo devem ser removidos


utilizando algodão e álcool isopropílico. Comece a limpeza no centro e faça movimentos
circulares.
2.2.6 Equipamento BORC
2.2.6.1 Parte mecânica: Devem ser feitos os seguintes checks
• Verificar se há danos mecânicos na mola pneumática
• Verificar se a tampa de segurança da mola pneumática não tem nenhum dano
mecânico.
• Verificar seo BORC tem algum dano mecânico especialmente:
-Nos controles.
-No dispositivo de bloqueio para a mola pneumática.
• Verificar o indicador de umidade. Se o campo de 50% não for azul, o BORC deve
ser checado mais detalhadamente.
2.2.6.2 Teste de funcionamento
a) Power On Self Test (POST)
b) Colocar o interruptor ON/STAND BY/OFF na posição ON, é iniciado o
procedimento POST, neste momento deve aparecer na tela um "OK" (canto
superior esquerdo).
c) Status e mensagens de erro: Na tabela a seguir estão enumeradas as
mensagens de erro no funcionamento do BORC. A ausência de um "OK" ao ligar o
equipamento ou mensagens de erro durante a operação também são indicações de
mau funcionamento. A mensagem de erro ou "OK" permanecem visíveis até que
sejam confirmadas com o botão AUTO/CALIBR.

MENSAGEM SIGNIFICADO
OK Condições normais
POSTO NO FAN Ventilador de arrefecimento não está funcionando
corretamente
REDUCE PERF Um ou mais itens do centro de controle não está funcionando
ERROR IR-IMAGE#2 Código FPGA não carregado
ERROR IR-IMAGE#3 Erro de comunicação entre as placas HRVP e AD
ERROR IR-IMAGE#4 O sistema interno não pode ser carregado (registro padrão)
ERROR IR-IMAGE#5 O sistema interno não pode ser carregado (registro range)

POST Power On Self Test

FPGA Field Programmable Gate Array


76
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

HRVP High Resolution Video Processor

AD board Analog to Digital board

2.2.7 As especificações do material estão de acordo com as regras internacionais para


transporte (Míssil UN 0182 class 1-2E , bateria de lítio UN 3090 class9 e o laser 3B).
2.2.8 O sistema deve ser armazenado em ambientes entre 35 e 55% de umidade relativa
e com temperaturas abaixo de 40º (20º é o ideal), preferencialmente, embora os testes do
sistema na fase de produção são realizados em temperaturas entre -30º e +60º. Não é
interessante que a temperatura do local de estocagem varie mais de 10º.

77
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

CAPÍTULO III

SIMULADOR DO MÍSSIL ANTIAÉREO TELECOMANDADO RBS 70

3.1 APRESENTAÇÃO
3.1.1 Generalidades
3.1.1.1 O simulador do Msl Tcmdo (Míssil Telecomandado) RBS 70 consiste de
dois sistemas básicos:
- Simulator propriamente dito (estação do operador); e
- Estação do Instrutor
3.1.1.2 A figura abaixo mostra os componentes principais do Simulador do Msl
Tcmdo RBS 70.

1- Estação do Instrutor
2- Gerador da Força de Recuo
3- Tela de Pontaria Grosseira
4- Simulador do Aparelho de
Pontaria
5- Simulador do Pedestal
6- Cabo Y

Fig 3-1 Simulador do Míssil Telecomandado RBS 70

3.2 MODOS DE OPERAÇÃO


3.2.1 O simulador do Msl Tcmdo RBS 70 pode ser utilizado em dois modos:
- Modo autônomo (stand-alone mode)

78
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

- Modo operador / instrutor (distributed mode)


3.2.2 No ambiente de trabalho do simulador do RBS 70, dois ícones podem ser
encontrados para iniciar os modos de treinamento:
- Modo autônomo (stand-alone) – Neste modo, o operador poderá melhorar seu
adestramento, desenvolvendo sua capacidade de monitorar, interceptar e destruir uma
ameaça aérea. No modo autônomo são apresentados cenários pré-definidos, nos quais o
operador pode treinar sozinho e receber uma avaliação após cada cenário simulado. As
informações de desempenho são exibidas na tela (monitor) de pontaria grosseira.
- Modo operador / instrutor (distributed mode) – Este é o modo de execução onde o
instrutor, operando sua estação, controla o cenário de treinamento. A estação do instrutor
está sincronizada com o simulador propriamente dito (estação do operador), permitindo
que o instrutor possa verificar todos os procedimentos tomados pelo operador durante a
execução do exércício.
3.3 SEQUÊNCIA DE ACIONAMENTO DO SIMULADOR DO MSL TCMDO RBS 70
3.3.1 Modo operador / instrutor (distributed mode)
1º - Realizar a inspeção visual e verificar se todos os cabos estão conectados;
2° - Ligar a fonte de alimentação;
3º - Ligar a unidade de interface;
4° - Ligar o computador da estação do operador, acionando as chaves posicionadas na
frente e atrás da CPU;
5º - Ligar o computador da estação do instrutor, acionando as chaves posicionadas na
frente e atrás da CPU;
6º - Verificar se os monitores da estação do instrutor e da estação do operador (tela da
pontaria grosseira) estão ligados;
7º - Iniciar o software da estação do instrutor;
8° - Iniciar o software da estação do operador;
Obs: Para o acionamento do simulador no modo operador / instrutor (distributed mode), é
recomendável seguir sempre a sequência apresentada acima.

3.3.2 Modo autônomo


1º - Realizar a inspeção visual e verificar se todos os cabos estão conectados;
2° - Ligar a fonte de alimentação;
3º - Ligar a unidade de interface;

79
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

4° - Ligar o computador da estação do operador, acionando as chaves posicionadas na


frente e atrás da CPU;
5º - Verificar se o monitor da estação do operador (tela da pontaria grosseira) está ligada;
6° - Iniciar o software da estação do operador;
Obs: Para o acionamento do simulador no modo autônomo (stand-alone mode), é
recomendável seguir sempre a sequência apresentada acima.
3.4 LOG IN DO OPERADOR
3.4.1 Antes de iniciar o treinamento no simulador, é necessário realizar o “log in” do
operador. Para isso, basta pressonar a tecla 3 do teclado, localizado na estação do
operador, selecionar o nome de usuário, digitar a respectiva senha e apertar enter. Para
mover a seta indicadora (semelhante à seta do mouse de um computador convencional),
deve-se agir no joystick. Após posicionar a seta indicadora no local desejado, deve-se
pressionar o botão de fogo para acionar o respactivo comando. A realização do “log in”
permite que os dados obtidos pelo operador durante a sessão de treinamento, fiquem
armazenados na memória do simulador e possam ser carregados posteriormente (Figura
3-2).

Fig 3-2 Log In do Operador


3.5 CARREGANDO UM CENÁRIO OU UM PACOTE DE TREINAMENTO
3.5.1 O operador poderá realizar o treinamento em cenários pré-definidos ou em pacotes
de treinamento com características e níveis de dificuldade variados. Após a execução de
cada exercício, o operador receberá uma avaliação de acordo com o seu desempenho.
Para carregar um cenário ou um pacote de treinamento, basta acionar o ícone “Load
Scenario”, selecionar o exercício desejado e iniciar o treinamento (Figura 3-3).

80
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

1) Filtro.
2) Nome do cenário ou do pacote de treinamento.
3) Classificação de acordo com o nível de dificuldade.
4) Descrição do cenário ou do pacote de treinamento.

Fig 3-3 Carregando um Cenário ou um Pacote de Treinamento

3.6 SEQUÊNCIA DE ENGAJAMENTO


3.6.1 Uma sequência de engajamento normal pode ser realizada da seguinte forma:
1. O cenário começa;
2. O radar identifica um novo alvo;
3. O terminal de arma (estação do operador) recebe os dados do alvo e gera tons de
designação para o operador.
Em seguida, o operador deverá tomar os seguintes procedimentos:
1. Energizar o sistema, agindo na manopla esquerda;
2. Girar o aparelho de pontaria na direção do alvo;
3. Enquadrar o alvo na pontaria grosseira;
4. Enquadrar o alvo no retículo da pontaria precisa;
5. Verificar a luz indicadora de tiro permitido;
6. Agir na chave seletora de espoleta de proximidade (se for o caso);
7. Agir no botão IFF (se for o caso);
8. Agir na chave seletora de trajetória elevada (se for o caso);

81
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

9. Lançar o míssil, pressionando o botão de fogo;


10. Executar o acompanhamento preciso, agindo no joystick, até o momento do impacto;
11. Caso o míssil não consiga interceptar o alvo, inicia-se a autodestruição pela liberação
da manopla de segurança (manopla esquerda).
3.7 AVALIAÇÃO
3.7.1 O resultado da avaliação de cada exercício pode ser exibido na tela de pontaria
grosseira (na estação do operador), pressionando a tecla 7 do teclado do operador. A
avaliação também pode ser exibida no monitor da estação do instrutor. A figura abaixo
mostra as informações da tela de avaliação:

Fig 3-4 Tela de Avaliação


3.7.2 A pontuação ideal é próxima a 0 (zero) e a mínima aceitável é 1,00. Para que a nota
do engajamento seja mais próxima a zero deve ser mantida uma constância do
acompanhamento no alvo, sem grandes oscilações, principalmente nos últimos 2
segundos da trajetória. A distância do impacto para a cabine da aeronave também é
importante, quanto menor melhor será a pontuação.

82
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

3.8 UTILIZANDO O TECLADO DO OPERADOR


3.8.1 Quando o simulador é utilizado no modo autônomo, o operador deve usar o teclado
para acessar as diversas funções e recursos disponíveis para treinamento. Abaixo estão
listadas as teclas existentes e suas respectivas fiunções (Figura 3-5):

Fig 3-5 Teclado do Operador

1 - Play / F1
Inicia um cenário carregado.

2 - Pause / F2
Pausa um cenário carregado.

3 - Stop / F3
Finaliza a execução de um cenário carregado.

4 - Rec / F4
Tecla de gravação.

5 - Visualização da avaliação / 7
Permite a visualização da avaliação na tela da pontaria grosseira.
83
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

6 - Seta para cima / 8


Usada para calibração do retículo da pontaria precisa.

7 - Visualização do radar / 9
Permite a visualização do radar na tela da pontaria grosseira.

8 - Abrir / F5
Permite o carregamento de um cenário ou de um pacote de treinamento.

9 - Seta para esquerda / 4


Usada para calibração do retículo da pontaria precisa.

10 - Calibração / 5
Aciona a calibração do retículo da pontaria precisa

11 - Seta para direita / 6


Usada para calibração do retículo da pontaria precisa.

12 - Revive / F6
Deve ser pressionado quando um operador comete um erro grave, como por exemplo,
energizar o sistema sem que um novo míssil tenha sido carregado.

13 – Traqueador de Alvos / 1
Mostra ou esconde um retângulo ao redor do alvo, caso este recurso esteja disponível no
cenário carregado.

14 - Seta para baixo / 2


Usada para calibração do retículo da pontaria precisa.

15 - Log in / 3
Abre uma caixa de diálogo que permite o “log in” do operador.

16 - Num Lock
Muda a funcionalidade de todos os botões, transformando o teclado em um teclado
numérico. A segunda funcionalidade de todos os botões é mostrada no canto superior
direito de cada tecla. A entrada numérica é necessária para identificar o operador por
meio de senha cadastrada.

17 – Entrada Numérica / 0
Esta tecla serve apenas para acionar a função de entrada numérica.

18 - Entrada Numérica / .
Esta tecla serve apenas para acionar a função de entrada numérica.

19 - Enter
Botão padrão "Enter", usado para confirmar as alterações.

84
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

3.9 VISUALIZAÇÃO DA TELA DO RADAR


3.9.1 Esta visualização é totalmente dinâmica e mostra a posição de todos os alvos do
cenário. Ela também indica a direção em que o operador está apontando. A distância
entre cada círculo é de 5 km (Figura 3-6).

1) A distância entre cada círculo é de 5 km.


2) A posição dos alvos é indicada por triângulos vermelhos. O míssil também
é visível como uma cruz branca.
3) A linha vermelha indica a direção em que o operador está apontando.

Fig 3-6 Visualização da Tela do Radar


3.10 UTILIZANDO O TRAQUEADOR DE ALVOS
3.10.1 Para facilitar a localização do alvo, é possível utilizar o traqueador de alvos. O
traqueador de alvos pode ser acionado pressionando a tecla 1 do teclado do operador. Ao

85
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

acionar este recurso, aparecerá um retângulo ao redor do alvo que será visível na tela de
pontaria grosseira (Figura 3-7).

Fig 3-7 Utilização do Traqueador de Alvos

3.11 VISUALIZAÇÃO DA PONTARIA GROSSEIRA


3.11.1 A pontaria grosseira deve ser realizada assim que ocorre a identificação de um
novo alvo. Nesse momento, o operador deve girar o aparelho de pontaria na direção do
alvo até que o mesmo esteja corretamente enquadrado. Ao realizar a pontaria grosseira, o
operador não deve agir no joystick, tendo em vista que o destravamento completo do
sistema de pontaria precisa só ocorre após o disparo.
3.11.2 A visualização da pontaria grosseira também pode ser obtida na estação do
instrutor. Este recurso permite que o instrutor observe a conduta do operador e realize
correções, caso seja necessário (Figura 3-8).

86
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

Fig 3-8 Visualização da pontaria grosseira

3.12 VISUALIZAÇÃO DA PONTARIA PRECISA


3.12.1 A pontaria precisa deve ser realizada assim que ocorre o enquadramento do alvo
pela pontaria grosseira. A pontaria precisa é realizada por meio do retículo do telescópio.
Tão logo o operador realize o enquadramento do alvo pela pontaria precisa, deverá
realizar o disparo. Ato contínuo, deverá agir no joystick, mantendo o míssil na direção
desejada até que o mesmo intercepte o alvo.
3.12.2 A visualização da pontaria precisa também pode ser obtida na estação do
instrutor. Este recurso permite que o instrutor observe a conduta do operador e realize
correções, caso seja necessário (Figura 3-9).

87
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

Fig 3-9 Visualização da pontaria precisa

3.13 VISUALIZAÇÃO DA TELA DE EVENTOS E GRÁFICOS


3.13.1 Os gráficos de desvio da pontaria e a tabela de eventos mostram informações
sobre os procedimentos do operador desde a aquisição do alvo até o momento em que o
míssil atinge o mesmo (Figura 3-10).

88
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

1) Tabela de Tempos e Avaliação


2) Gráfico de desvio da pontaria em elevação
3) Gráfico de desvio da pontaria em azimute

Fig 3-10 Visualização da tela de eventos e gráficos

3.14 CUIDADOS NO USO DO SIMULADOR DO MSL TCMDO RBS 70


3.14.1 A fim de aumentar a vida útil do simulador, alguns cuidados devem ser tomados
durante o uso do equipamento. Abaixo seguem algumas medidas que devem ser
observadas, para evitar a ocorrência de problemas eletrônicos e/ou mêcanicos no
simulador:

89
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

a) O local de funcionamento do simulador deve possuir uma rede elétrica segura e


confiável, a fim de evitar que oscilações de tensão elétrica danifiquem o material. Além
disso, deve ser utilizado um “nobreak”, para aumentar ainda mais a proteção do
equipamento contra danos elétricos. Não devem ser ligados mais de um computador na
mesma tomada (potência de 1Kva).
b) A fim de evitar danos aos componentes eletrônicos, o local de funcionamento do
simulador deve ser climatizado e com baixa umidade relativa do ar. Se possível, a sala de
operação do material deve contar com equipamentos que permitam o controle de
umidade, como por exemplo, desumidificadores de ar.
c) Deve ser dada especial atenção às chaves que contém os códigos de segurança dos
“softwares” do simulador. Existe uma chave para o computador da estação do operador e
outra para o computador da estação do instrutor. Os “softwares” do simulador não podem
ser carregados sem as respectivas chaves.
d) Os computadores do simulador são sincronizados por meio do equipamento de
interface, portanto não é possível a troca de computadores de simuladores diferentes,
como por exemplo: utilizar o computador do assistente do simulador “A” com o
computador do operador do simulador “B”.
e) Não deve ser conectada nenhuma mídia, além das chaves de segurança, nos
computadores do simulador. Os computadores do simulador não devem ser conectados à
internet. Estas medidas visam evitar danos aos “softwares” do simulador, como por
exemplo, a entrada de vírus ou outros tipos de “malwares”.
f) Não devem ser instalados “softwares” adicionais no simulador, exceto os necessários
para utilização de impressoras, porém deve ser verificada a procedência dos mesmos.
g) Os computadores do simulador não devem ser utilizados para outros fins que não
sejam o treinamento de operadores.
h) Os indicadores de umidade devem ser constantemente verificados e os agentes
dessecantes deverão ser substituídos quando necessário.
i) O contador de horas de operação é trocado a cada 300 horas de operação, pelo
técnico.
j) Falhas no funcionamento do simulador ocorrem normalmente por falta de contato em
cabos e conectores.

90
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

3.15 BIT
O Built in test (BIT, ou auto teste) é realizado para verificar todos os componentes
eletrônicos do simulador (Msl). É realizado no monitor do pedestal clicando com o botão
do IFF no ícone do canto inferior direito da tela. Para que seja testado o disparo, não
aciona a manopla esquerda e se deve tirar a tampa posterior do msl por causa do
dispositivo de segurança.
3.16 CALIBRANDO O TELESCÓPIO
Para se calibrar o alinhamento da cruzeta com o retículo do telescópio basta
apertar o botão 5 (segunda função) do teclado do simulador. Tal alinhamento é muito
importante para a precisão dos disparos.

91
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

CAPÍTULO IV

REGRAS E PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA

4.1 GENERALIDADES
Do ponto de vista da segurança, RBS 70 é um armamento muito eficiente. No
entanto, a luz laser utilizada no o seu funcionamento merece uma atenção especial. Dada
as suas propriedades, a probabilidade de falha de ignição ou acidente com o míssil é
muito pequena. Se houver um mau funcionamento, as medias de segurança a serem
tomas são as descritas no próximo item.
4.2 RADIAÇÃO DO LASER
4.2.1 Geral: trata-se de um feixe de laser invisível de classe 3B, não sendo visível a olho
nú porque está fora da faixa de 0,4 a 0,7nm (0,9 nm). A luz do feixe laser serve como um
guia para o míssil, assim sendo, até antes do lançamento, a visão humana está segura. A
potência do feixe de orientação pode causar ferimentos nos olhos se uma pessoa estiver
no interior da área de risco. A espoleta de proximidade do míssil também utiliza laser para
a detecção do alvo. No treinamento com alvo real (somente acompanhamento, sem
disparo), não se usa o facho laser, para isso se utliza a lente de germânia ou se coloca
um papel na conexão do míssil com o pedestal, nessa situação só não vai aparecer a luz
de tiro permitido, porém se apertar o fogo a plataforma fica liberada.

RADIAÇÃO LASER ATENÇÃO


Não olhe para a janela de vista

Figura 4-1 Sinalização de alerta de radiação laser


4.2.2 Área de risco (Figura 4-2): A maior parte da área perigosa na frente do aparelho de
pontaria é cônica, com um raio de 50m e uma largura angular de 80° dividida igualmente
em ambos os lados da janela de visada, Tal área corresponde à largura máxima da
92
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

deflexão do feixe de orientação e uma margem de segurança adicional. A área total de


perigo constitui a zona abrangida pelo giro do aparelho de pontaria em torno do eixo do
pedestal. Os limites desta zona podem definir o setor de tiro.

Figura 4-2 Área de risco

4.2.3 Área de proteção: Ao se definir uma área de proteção, deve ser levado em conta se
há pessoas utilizando binóculo. Se houver, o raio da área de risco aumenta por um fator
diretamente proporcional ao aumento da imagem do binóculo.
Ampliação Distância de segurança
6x 390m
7x 460m
8x 530m
9x 605m
10x 675m

4.2.4 Míssil: Não utilizar binóculo para observar um míssil que venha a cair. Existe o risco
da radiação do laser da espoleta de proximidade causar ferimentos aos olhos.
4.3 MOLA PNEUMÁTICA
Deve ser verificada a existência da tampa da válvula de gás na extremidade da
mola pneumática externa.
93
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

4.4 MOTOR DE LANÇAMENTO


Deve ser sempre utilizada proteção auditiva durante um disparo do míssil. Para
melhor funcionamento do motor de lançamento torna-se necessário considerar as
seguintes áreas de perigo:
4.4.1 Área de exaustão (letal): A 10m à retaguarda do posto de tiro não pode haver
objetos que desviem a chama de escape para o mesmo, causando assim danos à
guarnição.
4.4.2 Área de perigo (Figura 4-3): Não pode haver pessoas sem proteção, equipamentos
de exaustão ou outros objetos dentro de uma área de 50m à retaguarda do posto de tiro e
um setor de 60º, tendo em vista o movimento do aparelho de pontaria no eixo central do
pedestal. Trata-se de uma limitação do setor de tiro. Deve-se manter a área de perigo livre
de materiais inflamáveis. O carregador não deve entrar no setor do escape, ou seja, ± 30°
da linha central do tubo de lançamento.

Figura 4-3 Área de perigo e área letal

4.4.3 Área de queda do motor de lançamento (Figura 4-4): O motor de lançamento pode
cair dentro de uma faixa de 300m na direção do lançamento, após o disparo.

94
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

Figura 4-4 Setor de queda do motor de lançamento


4.5 BATERIAS DE LÍTIO
4.5.1 Manuseio: Mantenha as baterias em sua embalagem selada o maior tempo
possível. Após a violada a embalagem, as baterias devem ser mantidas num ambiente
seco. Sempre se deve conferir se os polos da bateria estão limpos e secos. Devem ser
protegidas de um aquecimento excessivo, por exemplo, por chamas ou exposição ao sol.
Quando aquecidas, podem emitir dióxido de enxofre (SO2), gás incolor e sufocante que
prejudica a respiração.
95
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

4.6 FALHA NA IGNIÇÃO


4.6.1 A falha de ignição significa que o motor de lançamento do míssil não iniciou seu
funcionamento por ocasião do disparo. Sua causa pode ser um aparelho de pontaria
danificado ou uma pane no míssil. Do ponto de vista da segurança, considere sempre a
pane no míssil, até que um técnico ou um operador tenha verificado que a o problema
está em outro local.
4.6.2 No caso de uma falha de ignição, o operador deve verificar se o míssil está ativado
ou não. Míssil ativado significa que a bateria térmica foi ativada, de modo que o circuito
eletrônico do míssil está operando.
4.6.3 A condição do míssil normalmente pode ser verificada pela indicação no telescópio.
Se o míssil é ativado todos os quatro diodos do telescópio vão aparecer com uma luz
constante, depois de 2-3 segundos, até que a bateria térmica do míssil seja iniciada. Caso
o míssil não esteja ativado surge somente a indicação normal para "fogo permitido", até
que a manopla esquerda seja liberada.
4.6.4 O motor de lançamento, no entanto, pode ser ativado até 1 minuto após o
acionamento do botão de disparo, porém, após dois segundos, esta probabilidade é muito
baixa.
4.6.5 Míssil ativado
4.6.5.1 Durante uma situação de paz (exercício de tiro ou adestramento da tropa):
Se o míssil é ativado, as medidas abaixo enumeradas devem ser tomadas. O carregador
deverá permanecer em pé ao lado do míssil, e nunca na sua retaguarda.
1- Tampar a janela de visada do aparelho de pontaria.
2- Fixar o aparelho de pontaria em elevação.
3- Aguardar um minuto mantendo o posto de tiro na direção de tiro.
4- Levante do banco do operador para que o movimento do aparelho de pontaria
esteja bloqueado.
5- Aguarde 30 minutos antes de tomar o próximo passo (para permitir o
arrefecimento da bateria do míssil).
6- Substitua as tampas. Verifique se o míssil está travado (bloqueado) ou não no
tubo de lançamento. Em caso de dúvida, chame o técnico.
7- Após a verificação, prossiga com as operações para travar ou destravar o míssil
(o que for aplicável).
8- No caso de se tornar um engenho falhado, o míssil deve ser destruído pela
equipe preparada tecnicamente para tal.
96
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

Trava do míssil

Míssil travado

Míssil destravado
Figura 4-5 Destravamento do míssil
4.6.5.2 Em uma situação de conflito (real), as medidas abaixo enumeradas devem
ser tomadas. O carregador deverá permanecer em pé ao lado do míssil, e nunca na sua
retaguarda.
1- Tampe a janela de visada do aparelho de pontaria.
2- Fixe o aparelho de pontaria em elevação.
3- Aguarde um minuto mantendo o posto de tiro na direção de tiro.
4- Levante do banco do operador para que o movimento do aparelho de
pontaria esteja bloqueado.

97
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

5- Substitua as tampas.
6- Desbloqueie o tubo de lançamento do míssil com a alavanca do lado direito.
7- Segure o tubo de lançamento do míssil e o retire do berço. O mantenha com
sua parte traseira para baixo.
8- Recoloque a tampa do conector. MANTENHA a parte traseira para baixo.
9- Mova o míssil para um LOCAL 50m distante de qualquer pessoa.
MANTENHA A PARTE TRASEIRA do tubo de lançamento para baixo durante o
transporte.
10- Aguarde 30 minutos antes de tomar o próximo passo (para permitir o
arrefecimento da bateria do míssil).
11- Verifique se o míssil está travado ou não no tubo de lançamento. Em caso
de dúvida, chame o técnico.
12- Após a verificação, prossiga com as operações para travar ou destravar o
míssil (o que for aplicável).
13- No caso de se tornar um engenho falhado, o míssil deve ser destruído pela
equipe preparada tecnicamente para tal.

Figura 4-6 O carregador retirando o míssil

4.6.6 Míssil não ativado: A potência do motor para realizar o lançamento é iniciada a partir
da bateria do míssil. Se a ativação da bateria não proceder, ocorrerá uma falha na
ignição. Se o míssil não for ativado, as seguintes medidas devem ser seguidas.
1- Tampe a janela de visada do aparelho de pontaria
2- Se a situação tática permitir, faça uma nova tentativa de disparar o míssil.
3- Se não for possível outro disparo, relatar a falha de ignição para o técnico.

98
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

4.6.7 Míssil ativado e travado (bloqueado): No caso do míssil ativado e travado


mecanicamente ao tubo de lançamento, as seguintes medidas deverão ser tomadas.
1- Desbloqueie e desconecte o tubo de lançamento do pedestal com a alavanca
do lado direito.
2- Segure o tubo de lançamento como no carregamento.
3- Retire o tubo de lançamento do pedestal.
4- Recoloque a tampa do conector e o acolchoado da parte central.
5- Marque o míssil claramente para indicar que o mesmo falhou.
6- Relatar a falha de ignição.
4.6.8 Míssil ativado e não travado (mecanicamente no tubo):
1- Travar o míssil em seu tubo, executando as ações:
 Retirar a tampa de plástico acima do local de fechamento do míssil.
 Alterar a posição do atuador na fechadura do míssil como mostrado na
figura, e mantê-lo nessa posição.
 Pressione um objeto adequado, por exemplo, uma chave de fendas, para
frente e para baixo de encontro ao colo do braço do controle.
 Recoloque a tampa de plástico.

Figura 4-7 Míssil não travado

99
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

Figura 4-8 Operação de travar o míssil no seu tubo

100
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

Figura 4-9 Míssil travado

101
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

Figura 4-10 Componentes da parte central do tubo de lançamento


4.6.9 Míssil falhado
4.6.9.1 Se o motor de cruzeiro não funcionar, o míssil deverá cair dentro de uma
faixa de 300 metros do posto de tiro. Este míssil não deve ser observado com binóculo,
pois existe o risco de radiação do laser da espoleta de proximidade, causando assim
ferimentos aos olhos.
4.6.9.2 Não se aproxime do míssil até 30 minutos após o incidente para permitir
que a bateria esfrie.
4.6.9.3 Sempre considere que um míssil que falhado esteja armado. O míssil
falhado deve permanecer no ponto de queda, devendo ser coberto para a proteção da
guarnição. Para isso, use sacos de areia, troncos, ou similares. A turma de destruição de
engenho falhados da OM deve ser acionada.
4.6.9.4 Não destrua o míssil até 30 minutos após o incidente. Existe um pequeno
risco de ignição elétrica enquanto a bateria míssil estiver ativada.
4.6.9.5 para a destruição de engenhos falhados os explosivos são colocados
divididos em três partes uma no motor de lançamento, uma no motor de cruzeiro e uma
na carga oca (arrebentamento).

102
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

4.7 PREPARAÇÃO E PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA PARA O TIRO REAL


4.7.1 Deve ser precedida a entrada em posição com o Posto de Tiro (Pedestal e Aparelho
de Pontaria).
4.7.2 Deve ser realizada a verificação do travamento completo das flechas do Pedestal e
o nivelamento do Posto de Tiro (o mais horizontal possível - “seguindo a linha do
horizonte”).
4.7.3 Em seguida deve ser realizada a verificação dos conectores IFF e TDR, se estão
devidamente fechados.
4.7.4 Deve ser verificado o travamento completo do aparelho de pontaria (trava do
Aparelho de Pontaria), verificando, também, os limites direito e esquerdo do setor de tiro
para que o acompanhamento grosseiro se realize dentro do mesmo.
4.7.5 Ocorre em seguida, a verificação do nível da carga das baterias antes de conectá-
las ao Pedestal.
4.7.6 Em seguida verifica-se a conexão do cabo de energia e dados para o Aparelho de
Pontaria (“click” e som ao girar a Manopla de Segurança) e obtenção e registro da direção
e velocidade do vento.
4.7.7 Deve-se verificar e ajustar se necessário, o equilíbrio do aparelho de pontaria.
4.7.8 Verificar e retirar, se for o caso, o filtro do laser.
4.7.9 Ajustar a espoleta de proximidade para o efeito desejado no alvo.
4.7.10 Amarrar os tirantes do dispositivo de transporte do aparelho de pontaria, ou retirá-
lo completamente.
4.7.11 Preparar o míssil ao lado do posto de tiro e assegurar que o pessoal próximo à
unidade de tiro esteja utilizando proteção auricular.
4.7.12 O oficial de segurança do tiro deve autorizar o carregamento do míssil.
4.7.13 Quando o oficial de segurança do tiro permitir, retirar a almofada de proteção
posterior.
4.7.14 O chefe da unidade de tiro deve assegurar que as zonas de segurança à frente e à
retaguarda da unidade de tiro estejam preservadas e informa “Tiro LIBERADO!” ou
“SUSPENDER TIRO!”, conforme o caso.
4.7.15 Em seguida o atirador deve informa “Alvo na mira!”, quando o alvo estiver visível
na luneta de pontaria
4.7.16 O comandante da unidade de tiro deve comandar ao Atirador “PREPARAR!”.
4.7.17 O Atirador deve gira a manopla esquerda e acionar, ou não, a chave de elevação
da trajetória, conforme estabelecido pela segurança do tiro.
103
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

4.7.18 O Atirador deve informar ao comandante de tiro “ATIRADOR PRONTO!”.


4.7.19 O comandante da unidade de tiro coteja o pronto e comanda “FOGO A
VONTADE!”.
4.7.20 Após a realização do tiro, se houver falha, o comandante da unidade de tiro deve
realizar os procedimentos de segurança do míssil e informar ao oficial de segurança.
4.7.21 Não esquecer o abafador devido ao elevado som do disparo (160 dB).
4.7.22 No que diz respeito ao alvo aéreo o mesmo deve ter 3m, por causa do pulso duplo
da espoleta de proximidade, e deve ter a capacidade de ser remotamente pilotado de 3 a
4Km.
4.7.22.1 Quando transportada por avião real, a biruta é ligada ao mesmo por um
cabo de 2,5 a 3Km de comprimento, sendo que a mesma deve ser cônica, com 8 metros
de comprimento, uma lado com 1m e o outro com 60 cm de diâmetro.
4.7.22.2 No tocante a alvos fixos, os mesmos devem estar sobre uma base com
10m de altura. Devem ter no mínimo 4m² e estar a uma distância de aproximadamente
3km.

104
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

CAPÍTULO V

ENTRADA EM POSIÇÃO

5.1 GENERALIDADES
5.1.1 A U Tir é transportada numa Vtr 1 ou 2½ Ton e é composta pelo pedestal, aparelho
de pontaria e o míssil em seu tubo de lançamento, além do equipamento de visão
noturna, se for o caso. Sua guarnição é composta pelo Operador, Carregador/Observador
de alvos/Motorista e o Chefe da U Tir/Rádio operador
5.1.2 No reconhecimento de 2º escalão o Cmt Seç designa a área em que a U Tir deverá
entrar em posição, e o Chefe da mesma deverá escolher o local exato de ocupação,
levando-se em consideração os seguintes aspectos:
• Deve ocupar uma região elevada, com comandamento na área, para que o
acompanhamento do alvo possa ser realizado de maneira eficaz.
• Dentro do setor de tiro principal da U Tir não podem haver obstáculos maiores de 10’’’
vistos do telescópio, e nos outros setores não podem exceder 100’’’.
• Se a missão é engajar aeronaves de baixa performance é ineteressante que a U Tir
deve ser ocupada numa posição situada a pelo menos 6m acima do obstáculo mais alto
terreno, e há uma distância entre 300 e 1000 m do referido obstáculo, para se evitar a
utilização do dispositivo de trajetória elevada.
• A posição escolhida deve permitir o cumprimento das regras de segurança do material.
• O solo deve ser firme e não deve apresentar uma inclinação superior a 4° (para o
nivelamento do pedestal).
5.1.3 No tocante ao transporte o equipamento deve estar corretamente acondicionado em
suas respectivas caixas, evitando danos ao material, porém deve permitir uma rápida
entrada em posição. A dotação da U Tir é um míssil para o posto de tiro mais dois
reservas, totalizando três
5.1.4 No plano de carregamento e embarque da U Tir devem constar todos os
equipamentos previstos no capítulo I deste manual.
5.2 CARREGAMENTO E EMBARQUE
5.2.1 Como já foi visto, o material da Unidade de Tiro RBS 70 pode ser transportado em
um veículo de porte médio cross-country (1 ou 2½ Ton), de preferência com uma
adaptação especial para o encaixe do mesmo. A viatura utilizada deve proteger o
equipamento contra qualquer dano e permitir um descarregamento rápido para uma
105
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

consequente entrada em posição com o máximo de presteza. Desse modo o aparelho de


pontaria e o pedestal são fixados com tiras de liberação rápida. Tais características
também permitem um disparo de emergência (Figura 5-1).

Figura 5-1 Guarnição da U Tir (Marruá e 2½ Ton)


5.2.2 O material a ser transportado na viatrura é (Figura 5-2 e 5-3):
1. Mísseis (3)
2. Aparelho de pontaria
3. Pedestal
4. Caixa de acessórios
5. Equipamento de visão noturna (COND ou BORC)
6. Headsets
7. Equipamento rádio
8. Baterias
9. Kit de Camuflagem
10. Fonte de alimentação externa e carregador de baterias, SFC

106
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

11. Equipamento individual da Guarnição.

Figura 5-2 Guarnição e materiais embarcados (Marruá e 2½ Ton)


Carr Fonte de COND Material
Material individual da guarnição Banco
Bat alimentação ou individual da 2½
ext e caixa BORC da Ton
de (em Cx COND
guarnição Fonte de
aces ou
acessórios pé) Carr alimentação
sórios BORC
K Banco Bat ext
03 da
i Marruá Op
Aparelho de pontaria 1 Msl 1 Msl Aparelho de
Msl t Com Com
na caixa de pontaria na
pedes Kit caixa de
carregamento C tal em Cmf
carregamento
(Pedestal em cima) a cima em
m cima
u Op
f 1 Msl sem cx transp

Figura 5-3 Croqui do material embarcado na viatura (Marruá e 2½Ton)


5.2.3 O pedestal com suas 04 (quatro) baterias, o aparelho de pontaria e 01 (um) míssil,
devem ser a primeira leva de equipamentos a ser desembarcada. Na sequência vêm o
equipamento rádio, o kit de camuflagem, o equipamento de visão noturna (SFC) e os
demais mísseis.
5.2.4 Todo o material, após embarcado, deve estar devidamente enfitado para que não
haja choques durante o deslocamento. A medida visa a segurança da guarnição e a
integridade do material.
5.2.5 O equipamento rádio e o palm top são embarcados na frente da viatura, juntamente
com o Ch U Tir.

107
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

5.2.6 Uma viatura 2½ Ton comporta o material e a guarnição da U Tir em melhores


condições em relação a viatura Marruá
5.3 ENTRADA EM POSIÇÃO
5.3.1 Para o acionamento do pedestal o operador deve realizar as seguintes ações:
1- Coloque o pedestal no chão e remova a capa do berço e armação tipo mochila
agindo no gancho com mola.
2- Libere o assento e as pernas do pedestal soltando a correia (Figura 5-4).
• Puxe a parte curta da alça
• Solte o gancho de segurança
• Abra as pernas e assento.

Figura 5-4 Liberação do assento e das pernas do pedestal

3- Suspenda o pedestal do chão e agindo no berço gire-o em torno do seu próprio


eixo (Figura 5-6), de modo que as pernas sejam trancadas na sua posição.
Certifique-se que as pernas foram fixadas (Figura 5-5).

108
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

Figura 5-5 Pernas do pedestal fixadas

Figura 5-6 Movimento para a abertura das pernas do pedestal e seu travamento
4- Coloque o pedestal com a perna ajustável em um nível mais baixo do que as
outras duas, no caso de um terreno irregular.
5- Use a rosca (anel giratório) da perna ajustável para nivelar o pedestal para que
seu eixo central esteja na vertical (Figura 5-7). Em situações de urgência o
nivelamento pode ser realizado mais tarde, no momento em que for possível.

109
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

Figura 5-7 Perna articulada (ajustável) do pedestal


6- Abra a tampa do conector do berço (míssil).
7- Coloque o assento no seu suporte e sente no mesmo para a colocação do
aparelho de pontaria.

Figura 5-8 Suporte do assento


5.3.2 Para a colocação do aparelho de pontaria, a guarnição deverá executar as
seguintes ações (Figura 5-9):
1- O Chefe da U Tir Prenda o aparelho de pontaria sobre os suportes superiores.
2- Coloque a parte inferior do aparelho de pontaria também no suporte para que o
mesmo seja travado no pedestal.

110
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

Figura 5-9 Encaixe do aparelho de pontaria no pedestal


3- Fixe o aparelho de pontaria no berço por meio da trava no lado direito do
pedestal (Operador).
5.3.2.1 Uma vez fixado o aparelho de pontaria, o operador deve (Figura 5-10):
1- Abrir a tampa de proteção do telescópio e levantar o dispositivo de pontaria
grosseira, onde colocará sua testa.
2- Retirar o cabo do pedestal e conectá-lo no aparelho de pontaria.
3- Desdobrar o punho direito.
4- Definir a posição do pino seletor da espoleta nas funções impacto ou
proximidade, lembrando que a função alvos pequenos só serve para o míssil
BOLIDE.
5- Colocar o interruptor de transmissão TEST para a posição desligado.

111
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

Figura 5-10 Ações de preparação do aparelho de pontaria para operação


5.3.3 Na preparação do pedestal:
1- Coloque o assento na altura correta, rosqueando o parafuso do mesmo no seu
suporte.
2- Abra a tampa da janela de visada.
3-Com a testa no dispositivo de pontaria grosseira, verifique se a visão do
telescópio está clara, sem mover no entanto a cabeça (Figura 5-11).

Figura 5-11 Operador conferindo a imagem do telescópio


4- Faça o ajuste final da altura do banco, se necessário.
5- Feche a tampa da janela até que a situação exija sua abertura.

112
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

6- Certifique-se que todos os conectores do pedestal que não estão sendo


utilizados (HEAD SET e TDR) estão tampados (Figura 5-12).
7- Certifique-se de que as baterias estão totalmente carregadas.

Figura 5-12 Conectores do pedestal e assento do operador


5.3.4 Na operação de carregamento do míssil, o carregador deve:
1- Examinar o tubo de lançamento para verificar se não há nenhum dano (Figura 5-
13).

Figura 5-13 Tubo de lançamento com todas as capas e acolchoado central


2- Levantar a alavanca de trancamento do míssil no pedestal (Operador),
conforme Figura 5-14

113
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX
Posição Posição
inicial Final

Figura 5-14 acionamento da alavanca de trancamento do míssil

Figura 5-15 Partes principais do berço


3- Retirar o acolchoado central do tubo de lançamento (Figura 5-16).
4- Retirar a capa anterior do tubo de lançamento.

Figura 5-16 Tubo de lançamento sem capas e acolchoado central


114
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

5- Desdobrar a tampa de proteção para o conector no tubo de lançamento


(Figura 5-17).

Figura 5-17 Abrindo a tampa do conector


6- Erguer o tubo de lançamento com a parte anterior voltada pra cima, com a mão
direita na alça de transporte e a esquerda na capa posterior (Figura 5-18).
7- Levantar o tubo de lançamento até a altura do seu encaixe no berço do
pedestal, mantendo-o na vertical com a parte anterior pra cima.

Tubo de
lançamento

Operador

Carregador apoiando
o tubo com a mão
esquerda

Capa
posterior

Figura 5-18 Carregando o míssil


8- Após encaixar no pedestal, abaixe a parte da frente do tubo de lançamento até
que fique na horizontal, após isso o operador deve abaixar a alavanca de

115
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

trancamento do míssil, do lado direito do berço, assim o míssil estará fixado no


posto de tiro.
9- Retirar a capa posterior. A unidade de tiro está agora pronta para engajar algum
vetor aéreo.
5.3.5 Montagem e operação do BORC
5.3.5.1 Mesmo com o BORC dentro da caixa de transporte, o interruptor
para ON/STAND BY/OFF fica acessível, assim sendo já pode ser colocado na
posição STAND BY antes mesmo de ser acoplado no posto de tiro, dessa forma o
tempo de operação do refrigerador é adiantado. Isto desde que a bateria esteja
conectada.
5.3.5.2 Para a colocação do BORC (Figura 5-19):
• O operador deve bloquear o aparelho de pontaria em elevação
• Mantenha o tubo com a capa posterior (traseira)
• Abra a alavanca de travamento do tubo de lançamento e empurre o mesmo
para baixo, agindo na parte traseira.
• Retirar a armação tipo mochila do aparelho de pontaria, se não já foi feito.

Armação

Figura 5-19 Armação do aparelho de pontaria


116
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

• Acione a mola pneumática (Figura 5-20):


- Libere a trava da elevação
- Eleve o aparelho de pontaria ao máximo
- Coloque a mola pneumática na posição para o BORC
- Empurre e trave o botão de bloqueio da mola pneumática
- Abaixe o aparelho de pontaria com ajuda do carregador
- Trave o aparelho de pontaria em elevação

Figura 5-20 Acionamento da mola pneumática, colocando na posição para o BORC


• Retire o BORC da caixa de transporte

Figura 5-21 Caixa de transporte

117
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

• Se houver tempo, verifique se não há nenhum dano mecânico externo no BORC.


• Se o tempo permitir, verifique se os indicadores de umidade ainda são azuis no
campo 50%.
• Ligue uma das baterias de lítio. Verifique se a bateria não tem danos antes da
conexão.
• Coloque o interruptor da bateria na posição selecionada, 1 ou 2.
• Coloque o interruptor ON/ STAND BY/OFF na posição ON

Figura 5-22 Dispositivos de controle de umidade do BORC

Figura 5-23 Controles do BORC


118
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

• Abra a tampa da janela de visada do BORC.

Figura 5-24 Carregador encaixando o BORC no aparelho de pontaria


• Encaixe o BORC no gancho do suporte inferior no aparelho de pontaria e o
levante para encaixar no suporte mais fino (Figura 5-24).
• Segure o BORC até que seu encaixe esteja concluído .
•Travar os dois braços (Figura 5-25).

Figura 5-25 BORC sendo travado junto ao aparelho de pontaria

119
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

• Se não for feito anteriormente selecionar o botão ON/STAND BY/OFF na


posição ON. Depois de aprox. 5 minutos, o detector é arrefecido e o painel
interno de teste mostra OK.
• Abra as duas tampas (coberturas) de proteção da lente (Figura 5-26).

Figura 5-26 Tampas de proteção


5.3.5.3 O carregador deverá agora recolocar o míssil e retirar a capa posterior
(traseira) do tubo de lançamento (Figura 5-27).

Figura 5-27 Carregador recolocando o míssil


5.3.5.4 O operador deverá:

120
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

• Ajustar o equilíbrio do sistema, se necessário, para isso o aparelho de pontaria deverá


estar na máxima elevação (Figura 5-28).

Figura 5-28 Ajuste do equilíbrio


• Definir a seleção da iluminação do retículo Noite/Crepúsculo/Dia na posição adequada.
A unidade RBS 70 está pronta para operar com o equipamento de visão noturna BORC.
5.3.6 Na montagem do equipamento de visão boturna COND as operações de
acionamento da mola pneumática são as mesmas, sendo diferente somente a posição do
botão que dessa vez será COND.
5.3.6.1 Outra diferença será na preparação do equipamento (Figura 5-29):
• Defina o OFF/STAND BY/ON para a posição ON.
• Ajuste a chave de polaridade positiva para a posição (à direita). Coloque o
interruptor de DYN/STAT/ AUTO para posição DYN (inferior).
• Defina o controle do contraste.
• Defina o controle do brilho.

121
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

Controle de imagem

Figura 5-29 Controles do COND


• Colocar o COND no aparelho de pontaria no garfo do suporte inferior e o
mova para cima para seu encaixe (Figura 5-30).

Figura 5-30 Carregador encaixando o COND no aparelho de pontaria


• Segure o equipamento até que o mesmo esteja realmente encaixado.
• Travar os dois braços de bloqueio (Figura 5-31).
122
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

Figura 5-31 COND acoplado no posto de tiro

Figura 5-32 Carregador recolocando o míssil


• Conectar a bateria, se não for feito anteriormente. Definir o controle
ON/STAND BY/OFF para a posição ON.

123
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

• Escolha a imagem Positivoa/Negativa usando a chave de polaridade (Figura


5-33).

Figura 5-33 Chaves do COND


• Coloque o interruptor de controle de fundo para a posição DYN e retire as
tampas de proteção e as deixe fixadas pelo velcro (Figura 5-34).

Figura 5-34 COND em operação


5.3.7 Na entrada em posição sob altas temperaturas (>35º), deve ser acionado o kit de
camuflagem, montando o mesmo conforme previsto no capítulo I deste manual.
5.3.8 Pode ser que também seja necessária a introdução da correção do vento, caso sua
velocidade seja >5m/s:

124
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

1. Verifique a direção do vento.


• Coloque a cavilha no índice e gire para a direção do vento.
• Bloqueie a brocha.
2. Coloque o pino seletor da correção do vento na posição >5m/s.
5.3.9 Quadro resumo da entrada em posição da U Tir Msl AAe Tcmdo RBS 70

FASE SERVENTE
OPERADOR CARREGADOR CH U TIR
Desembar Desembarca portando o pedestal Desembarca portando um Desembarca portando o
Tubo de Lç (míssil) aparelho de pontaria e o
que da Vtr
material de comando e
controle e comunicações
Acionamen 1- Coloque o pedestal no chão e remova a capa do berço e 1- Auxilia o operador até a
armação tipo mochila agindo no gancho com mola. abertura das pernas do
to do
2- Libere o assento e as pernas do pedestal soltando a correia. pedestal
pedestal • Puxe a parte curta da alça
• Solte o gancho de segurança
• Abra as pernas e assento.
3- Suspenda o pedestal do chão e agindo no berço gire-o em
torno do seu próprio eixo, de modo que as pernas sejam
trancadas na sua posição. Certifique-se que as pernas foram -
fixadas.
4- Coloque o pedestal com a perna ajustável em um nível mais
baixo do que as outras duas, no caso de um terreno irregular.
5- Use a rosca (anel giratório) da perna ajustável para nivelar o
pedestal para que seu eixo central esteja na vertical. Em situações
de urgência o nivelamento pode ser realizado mais tarde, no
momento em que for possível.
6- Abra a tampa do conector do berço (míssil).
7- Coloque o assento no seu suporte e sente no mesmo para a
colocação do aparelho de pontaria.

Colo 1- Após encaixado o aparelho de pontaria, fixa o mesmo no berço 1- Após auxiliar o 1- Prender o aparelho de
por meio da trava no lado direito do pedestal operador no acionamento pontaria sobre os suportes
cação do
do pedestal, desembarca superiores do pedestal.
aparelho de os outros dois mísseis. 2- Coloque a parte inferior
pontaria do aparelho de pontaria
também no suporte para que
o mesmo seja travado no
pedestal.

Prepara 1- Abrir a tampa de proteção do telescópio e levantar o dispositivo 1- Retira a armação tipo
de pontaria grosseira, onde colocará sua testa. mochila do aparelho de
ção do
2- Retirar o cabo do pedestal e conectá-lo no aparelho de pontaria
aparelho de pontaria. 2- Abra a tampa da janela de
pontaria 3- Desdobrar o punho direito. visada.
4- Definir a posição do pino seletor da espoleta nas funções -
impacto ou proximidade, lembrando que a função alvos pequenos
só serve para o míssil BOLIDE.
5- Colocar o interruptor de transmissão TEST para a posição
desligado.

Prepara 1- Coloca o assento na altura correta, rosqueando o parafuso do 1- Examina o tubo de


mesmo no seu suporte. lançamento para verificar
ção do
2-Com a testa no dispositivo de pontaria grosseira, verifica se a se não há nenhum dano.
pedestal visão do telescópio está clara, sem mover no entanto a cabeça. 2- Retira o acolchoado
3- Faz o ajuste final da altura do banco, se necessário. central do tubo de
4- Fecha a tampa da janela até que a situação exija sua abertura. lançamento. -
5- Certifica-se que todos os conectores do pedestal que não estão 3- Retira a capa anterior
sendo utilizados estão tampados (HEAD SET e TDR). do tubo de lançamento
6- Certifica-se de que as baterias estão totalmente carregadas. 4- Desdobra a tampa de
proteção para o conector
no tubo de lançamento.

Carregamen 1- Levanta a alavanca de trancamento do míssil no pedestal .


2- Após o carregador colocar o míssil na horizontal, encaixando-o 1- Ergue o tubo de
to do míssil no berço, o operador deve abaixar a alavanca de trancamento do lançamento com a parte
míssil, do lado direito do berço, assim o míssil estará fixado no anterior voltada pra cima,

125
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

posto de tiro. com a mão direita na alça


de transporte e a
esquerda na capa
posterior.
2- Levanta o tubo de
lançamento até a altura do
seu encaixe no berço do
pedestal, mantendo-o na
vertical com a parte -
anterior pra cima.
3- Após encaixar no
pedestal, abaixa a parte
da frente do tubo de
lançamento até que fique
na horizontal.
4- Retira a capa posterior.
A unidade de tiro está
agora pronta para engajar
algum vetor aéreo.

Montagem e 1- Bloqueia o aparelho de pontaria em elevação 1- Mantém o tubo com a OBS: Já havia ligado seu
2- Abra a alavanca de travamento do tubo de lançamento e capa posterior (traseira) interruptor na posição
operação do empurre o mesmo para baixo, agindo na parte traseira. 2- Auxilia o operador na STAND BY antes mesmo de
BORC 3- Aciona a mola pneumática: hora de abaixar o desembarcar e retirar da
- Libera a trava da elevação aparelho de pontaria caixa de transporte
- Eleva o aparelho de pontaria ao máximo 3- Após encaixado o 1- Retira o BORC da caixa
- Coloca a mola pneumática na posição para o BORC BORC no aparelho de de transporte
- Empurra e trave o botão de bloqueio da mola pneumática pontaria, recoloca o míssil 2- Se houver tempo, verifica
- Abaixa o aparelho de pontaria com ajuda do carregador e retirar a capa posterior se não há nenhum dano
- Trava o aparelho de pontaria em elevação (traseira) do tubo de mecânico externo no BORC.
4- Após instalado o BORC, ajusta o equilíbrio do sistema, se lançamento 3- Se o tempo permitir,
necessário, para isso o aparelho de pontaria deverá estar na verifica se os indicadores de
máxima elevação. umidade ainda são azuis no
5- Define a seleção da iluminação do retículo campo 50%.
Noite/Crepúsculo/Dia na posição adequada 4- Liga uma das baterias de
lítio. Verifica se a bateria não
tem danos antes da
conexão.
5- Coloca o interruptor da
bateria na posição
selecionada, 1 ou 2.
6- Coloca o interruptor ON/
STAND BY/OFF na posição
ON
7- Abra a tampa da janela de
visada do BORC.
8- Encaixe o BORC no
gancho do suporte inferior no
aparelho de pontaria e o
levante para encaixar no
suporte mais fino
Segure o BORC até que seu
encaixe esteja concluído
Travar os dois braços
9- Abra as duas tampas
(coberturas) de proteção da
lente.

COND 1- As operações são semelhantes à operação do BORC, somente lembrar de colocar o interruptor DYN/STAT/ AUTO na posição
DYN e realizar o ajuste do contraste e do brilho.
Outras 1- Na entrada em posição sob altas temperaturas (>35º), deve ser acionado o kit de camuflagem
2- Pode ser que também seja necessária a introdução da correção do vento, caso sua velocidade seja >5m/s:
situações
a- Verifique a direção do vento.
• Coloque a cavilha no índice e gire para a direção do vento.
• Bloqueie a brocha.
b- Coloque o pino seletor da correção do vento na posição >5m/s.

126
EB60-ME-23.XXX
EB60-ME-23.XXX

5.3.10 Quadro resumo dos níveis de prontidão

SERVENTE NÍVEIS DE PRONTIDÃO


Alerta máximo Alerta médio Alerta mínimo Repousar
Operador Preparado para Preparado para Abrir fogo em até Tampa da janela de visada do
atirar a qualquer atirar em até 5 120 segundos aparelho de pontaria fechada. Abrir
instante. segundos. fogo dentro do tempo determinado
Observando (no mínimo 120 segundos)
Observador Observando Observando Iniciar observação Iniciar observação dentro
(Carregador) em até do tempo
60 segundos determinado (no mínimo 60
segundos)

127

Você também pode gostar