Resumos APF
Resumos APF
Capacidade de converter ativos em dinheiro ou obter dinheiro para cumprir obrigações de curto prazo.
Capacidade da empresa de cobrir as suas obrigações de curto-prazo
• Vantagens dos descontos (a empresa não tem dinheiro para pagar as contas, então falha os
pagamentos a pronto pagamento)
• Oportunidades lucrativas (se tiver inventários a preço mais baixo e se não tiver dinheiro)
• Ações de gestão (porque não tem dinheiro)
• Cobertura das obrigações correntes (provavelmente não consegue cobri-las)
• Menor lucratividade
• Oportunidades restritas
• Perda do controlo do proprietário
• Perda de investimento de capital
• Insolvência e falência
Passivos correntes: obrigações para serem cumpridas num período relativamente curto, geralmente um ano.
• Medida relevante de cobertura de passivos correntes, proteção contra perdas e reserva de recursos
líquidos.
• Limitações: uma medida estática.
• Deve ser maior que 1. Normalmente, é entre 1 e 2.
NOTA: Normalmente, a Liquidez Reduzida (Quick Ratio) é à volta de 1 e a Liquidez Imediata (Cash to current
liabilities ratio) tem valores mais baixos, inferiores a 1.
Definição estática
Ponto de vista do financiamento: o excesso de financiamento de longo prazo sobre o ativo não corrente.
NOTA: Fundo de maneio disponível é diferente do fundo de maneio necessário. Precisamos de comparar os
dois, para vermos a liquidez da empresa.
Exercício
“Sendo o ativo corrente de uma empresa substancialmente superior ao seu passivo corrente, isso será
garantia de equilíbrio financeiro de curto prazo (liquidez)”
R: Afirmação falsa, pois não é garantia que temos liquidez. Uma das contas que temos dentro de um ativo
corrente é inventários/stocks. Se tivermos um ativo corrente elevado por causa de elevados inventários, não
temos liquidez, porque significa que podemos não estar a conseguir transformar os inventários rapidamente
em dinheiro.
Definição dinâmica:
Necessidades de Fundo de Maneio: quantidade de dinheiro vinculada ao ciclo operacional que precisa de ser
financiada e pode drenar significativamente os recursos necessários para investimento em ativos. Dinheiro
que vamos investir no ciclo operacional.
NOTA: É necessário estudar o ciclo operacional de uma empresa para conhecer as suas NFM, que dependem
do tipo e volume de negócios. As necessidades não são iguais para uma empresa comercial e industrial. A
comercial tem menos necessidades.
Ciclo operacional: período de tempo, geralmente medido em dias, entre a compra do inventário de uma
empresa (matérias-primas ou mercadorias) e o recebimento do caixa das contas a receber
Ciclo de caixa: nº dias durante os quais uma empresa tem que financiar as suas atividades operacionais
usando financiamento externo (até aos clientes lhe pagar).
Exemplo 2
NOTA: Uma empresa pode funcionar com um ciclo de caixa negativo, estando financeiramente equilibrada.
Mas pode estar desequilibrada, temos de analisar.
NOTA: O resultado do método direto e indireto deve ser igual, mas, na prática, não acontece isso. O método
indireto não é muito seguro/preciso, porque envolve saldos médios, ou seja, o saldo a 31 de dezembro.
BALANÇO FUNCIONAL
• Ciclo de Investimento: desde que fazemos o investimento até vender o investimento. Investir e
desinvestir em ativos (ativos não correntes)
Ex: contruímos uma fabrica (até pode estar amortizada, mas tem valor) e depois vendemos.
• Ciclo de Exploração
• Ciclo de Operações Financeiras:
o Ciclo de Operações de Capital (long-term financing: ANC e PNC)
o Ciclo de Operações de Tesouraria (short-term financing)
o A diferença entre os dois é o tempo
Balanço Funcional obtido:
TESOURARIA LÍQUIDA
• É difícil reclassificar todos os itens/contas do balanço de acordo com o respetivo ciclo financeiro.
o Como auditores externos é difícil classificar os 3 tipos. Ex: nas taxas, não sabemos se é IVA,
IRC…
• É difícil identificar fontes de financiamento estáveis: alguns empréstimos de curto-prazo podem ser
estáveis devido ao facto de poderem ser renovados regularmente (ex. alguns descobertos
bancários/linhas de crédito abertas)
o Ex: se temos um empréstimo a 6 meses, mas a cada 6 meses vamos renovando, devíamos
classificar como financiamento de longo prazo, mas, enquanto analistas externos, não
conseguimos saber isto.
RÁCIOS DE LIQUIDEZ
Rácios que comparam o ativo corrente com o passivo corrente
• Rácio Liquidez Geral
• Rácio Liquidez Reduzida
• Rácio Liquidez Imediata (pode não ser superior a 1, até porque, se for, pode significar irracionalidade
económica)
• PMR: nº dias que a empresa precisa de esperar para receber o pagamento dos seus clientes. Quanto
maior o rácio, pior para a empresa, pois recebe o dinheiro mais tarde.
• Rotação de clientes: velocidade com que a empresa é capaz de receber o pagamento dos seus
clientes. Quanto maior, melhor para a empresa, pois recebe o dinheiro mais cedo.
• Período de cobrança de contas a receber: nº dias que leva, em média, para receber as contas a
receber com base no saldo médio das contas a receber.
NOTA: Vendas a crédito: não sabemos enquanto analistas externos, então usamos as vendas líquidas.
Média das contas a receber: não temos acesso, a não ser que esteja nas notas explicativas. Podemos fazer a
média da subtração do valor do início do ano (31 dez do ano anterior) e do valor do final do ano. Mas o mais
habitual é trabalhar com o valor a 31 dez.
• Os rácios de rotação das contas a receber e os períodos de cobrança são comparados com as médias
da indústria/ dos concorrentes (é importante fazê-lo; ainda mais importante do que o próprio valor)
ou com as condições de crédito (se for menor do que o dos clientes, está numa posição má, pois terá
problemas para pagá-lo).
• O cálculo do rácio pode ser feito usando o valor bruto (valor total) ou líquido (líquido das
imparidades: bruto - imparidades) das contas a receber.
Essa escolha geralmente depende da perspetiva dos analistas financeiros e do que quiser calcular;
(No entanto, normalmente preferem calcular e fazer análises com base no valor bruto da conta a receber (as
imparidades são uma estimativa e, dependendo do nível de conservadorismo do analista, o seu valor pode
afetar a análise).
Normalmente, usam-se valores líquidos. Mas, às vezes, mesmo querendo trabalhar com valores líquidos, não
se tem as imparidades dos clientes e temos de usar valores brutos.
Se for mais conservador em contabilizar as imparidades, os clientes vão estar sobrevalorizados. Por isso,
alguns autores dizem que se devem ter valores Brutos, para evitar estes enviesamentos e empresas mais ou
menos conservadoras.)
• Algumas análises de tendências também precisam de ser analisadas.
o Período de cobrança ao longo do tempo (recebimentos ao longo do período): é importante
para ajudar a avaliar a qualidade e a liquidez dos recebíveis.
o Observar a relação entre a provisão para cobrança duvidosa/imparidades e contas a receber
𝑃𝑟𝑜𝑣𝑖𝑠ã𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑜𝑏𝑟𝑎𝑛ç𝑎 𝑑𝑢𝑣𝑖𝑑𝑜𝑠𝑎
brutas:
𝐶𝑜𝑛𝑡𝑎𝑠 𝑎 𝑟𝑒𝑐𝑒𝑏𝑒𝑟 𝑏𝑟𝑢𝑡𝑎𝑠
Aumentos neste rácio ao longo do tempo sugerem um declínio na capacidade de cobrança dos recebíveis,
portanto, uma má posição financeira.
• Rácio de rotação de inventário: taxa média de velocidade na qual os inventários se movem dentro e
fora de uma empresa. (custo das mercadorias vendidas ou vendas/média da indústria).
Quanto maior, melhor para a empresa, pois a liquidez dos inventários parece ser alta.
• Dias para vender o inventário: nº dias necessários para vender o inventário final.
Quanto maior o rácio, pior para a empresa, pois a liquidez dos inventários parece ser baixa.
Se a rotação de inventários diminuiu significa que os inventários ficam mais tempo em armazém, porque, por
exemplo: prevemos que vamos ter um grande volume de vendas no Natal e compramos mais inventários,
então ficam à espera em armazém para vendermos no Natal; ou existe uma greve e os inventários não
conseguiram ser vendidos.
Se a rotação de inventários aumentar pode ter a ver, por exemplo, com fazermos uma gestão de inventários
mais eficiente.
• PMP
o Mede até que ponto as contas a pagar representam obrigações atuais e não vencidas.
o Em vez de custo dos produtos vendidos, geralmente usamos Compras e Fornecimento de
Serviços Externos.
o Quanto maior o rácio, melhor para a empresa, já que pode de cumprir as suas obrigações
mais tarde.
• Rotação de Contas a Pagar: velocidade com que a empresa paga as compras a prazo. Quanto maior,
pior para a empresa, já que precisa de cumprir as suas obrigações mais cedo.
ANÁLISE DA SOLVABILIDADE
Solvabilidade: viabilidade financeira de longo prazo e a sua capacidade de cobrir obrigações de médio-longo
prazo.
NOTA: Muito capital próprio -> elevado nível de solvabilidade -> maior probabilidade de os credores virem a
receber as suas dívidas -> maior autonomia financeira (maior capacidade de endividamento futuro) -> maior
capacidade/poder negocial com os seus credores (muito independente dos seus credores)
Pelo contrário, uma empresa endividada, não tem solvabilidade e é muito dependente dos seus credores.
Financiamento da Dívida
Ao contrário do capital próprio, tanto o capital de dívida de curto prazo como o de longo prazo devem ser
reembolsados. A dívida deve ser reembolsada em prazos específicos, independentemente da condição
financeira de uma empresa, assim como os juros periódicos.
• Os juros da maioria das dívidas são fixos e, se o custo dos juros for menor do que o retorno gerado,
o retorno excedente é benéfico para os investidores de capital próprio.
• Os juros são uma despesa dedutível do imposto de rendimento.
▪ Então o rendimento disponível para os detentores de títulos pode ser muito maior
(os dividendos em dinheiro para os acionistas não são dedutíveis).
▪ O não pagamento de juros pode levar à banca-rota, enquanto o não pagamento de
dividendos não.
• Alavancagem financeira: montante de financiamento de dívida na estrutura de capital da empresa.
Diz-se que as empresas com alavancagem financeira estão a negociar em capital próprio, ou seja,
estão a usar capital próprio como base de empréstimo no desejo de colher retornos excedentes.
NOTA: Uma empresa só com capital próprio, tem a maior solvabilidade que pode ter e é muito estável, mas
está a perder oportunidades de deduzir a parte fiscal (na DR, os juros são dedutíveis fiscalmente, mas os
dividendos não). Isto contribui para que a empresa, às vezes, queira dívida/ tenha uma parte de dívida.
Quando a empresa tem dívida, aumenta a rendibilidade dos acionistas, porque aumenta o risco da empresa
e risco e rendibilidade estão sempre a par um do outro, até certo ponto (a partir de um certo ponto, a
rendibilidade diminui também). Então, tem de fazer um trade-off: até que ponto deve ir/ se pode endividar,
porque quanto mais dívida tem, mais vai perdendo solvabilidade e autonomia financeira.
RÁCIOS DE SOLVÊNCIA
Quando uma empresa não consegue cumprir com as suas responsabilidades correntes (no vencimento), isto
é, quando não tem liquidez e a sua estrutura financeira não permite a sua recuperação.
Ao longo dos anos, há uma deterioração gradual e sistemática dos rácios de solvência, refletindo a situação
de que a empresa está cada vez mais dependente dos seus credores.
NOTA: É ao longo dos anos. Não é de um ano para o outro/ uma situação em concreto.
Insolvência (e insolvência técnica): forte falta de liquidez da empresa; no entanto, é, geralmente, uma
condição temporária e recuperável. É quando a empresa tem capitais próprios negativos, que podem advir
de ter resultado líquido negativo (o resultado líquido vai para o capital próprio). Se o capital próprio já não é
elevado, o resultado líquido negativo acaba por o “comer” e fica negativo.
Banca-rota: forte falta de liquidez da empresa e uma estrutura de capital que não permite a sua recuperação,
conduzindo à declaração judicial de falência e consequente liquidação/venda de todos os ativos da empresa.
A empresa está mesmo em falência e, legalmente, vai fechar.
Uma empresa insolvente pode ser recuperada se for possível restaurar o seu equilíbrio financeiro no futuro.
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Fluxo de caixa: Diferença entre entradas de caixa e saídas de caixa num determinado período.
NOTA: Não precisa de ser dinheiro vivo, pode ser transferência bancária.
Autofinanciamento:
• O financiamento que é gerado pela empresa e é obtido através dos retained earnings.
• O nível de autofinanciamento está intimamente relacionado com a capacidade da empresa de criar
fluxos de caixa, uma vez que é a parte do Fluxo de Caixa que é retida para futuros investimentos.
- Dividendos pagáveis
= Autofinanciamento
Autofinanciamento
(ex: 30%)
Demonstração de
Resultados
Dividendos
(ex: 70%)
NOTA: A soma entre o que a empresa distribui e o que retém tem de ser igual a 1.
Vantagens:
Desvantagens:
Método indireto: o resultado líquido é ajustado para non-cash items (despesa) e provisões para produzir
fluxos de caixa das operações. Uma vantagem é a divulgação de uma reconciliação das diferenças entre o
resultado líquido e os fluxos de caixa operacionais, que podem ajudar alguns usuários a prever os fluxos de
caixa.
Método direto (ou fluxo de entrada-saída): relata recebimentos de caixa brutos e desembolsos de caixa
relacionados às operações - ajustando essencialmente cada item da demonstração de resultados do regime
dos acréscimos para o regime de caixa.
NOTA: Só vamos ver este método. É o usado em Portugal e obrigatório para todas as empresas cotadas.
NOTA: O formato para calcular o caixa líquido gerado pelas atividades de investimento e financiamento é o
mesmo para ambos os métodos. Apenas a apresentação dos fluxos de caixa líquidos das operações é
diferente.
Cash flow negativo das atv de investimento: estamos a investir em ativos. Os pagamentos são maiores que
os recebimentos. Purchase of the goods and the sale of the old equipment (outflow, inflow)
Financing: negative cash flow (ex: mortgage payable, empréstimo bancário), issue of preferred stocks,
dividend paid to the shareholders (negative). The company is paying more than receiving.
Saldo de Caixa e equivalentes no inicio do ano (só entra dinheiro vivo, transferências e vales; depósitos a
prazo não entram)
• As substituições de ativos são financiadas por fundos internos ou externos? (quando substituímos os
ativos, como é que nos estamos a financiar: autofinanciamento ou financiamento externo?)
• Quais são as fontes de financiamento da expansão e aquisição de negócios?
• A empresa depende de financiamento externo? (se a atv operacional é negativa, somos dependentes
de financiamento externo; a parte de investimento é sempre financiamento externo)
• Quais são as procuras e oportunidades de investimento da empresa?
• Quais são os requisitos e tipos de financiamento?
• As políticas da gestão (como os dividendos) são altamente sensíveis aos fluxos de caixa?
A capacidade de gerar fluxos de caixa das operações é vital para a saúde financeira. Nenhum negócio
sobrevive no longo prazo sem gerar caixa nas operações.
Na sua parte operacional, a empresa tem de gerar sempre um cash flow positivo. Num ano, pode ter
negativo, não se passa nada. Mas consecutivamente, não pode acontecer.
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8. Rentabilidade e Análise de Risco
ANÁLISE DE RENDIBILIDADE
• Analisar a eficiência económica da empresa - a sua capacidade de gerar receitas para fazer face aos
créditos de todas as entidades com quem interage (clientes, fornecedores, credores, acionistas,
colaboradores, ...)
• Inclui a análise de rendibilidade e análise de produtividade
• Ativos Totais
• Ativos Operacionais Líquidos (Ativos Operacionais - Passivos Operacionais)
• Capital Próprio
Retorno sobre ativos (ROA) / Rendibilidade do Investimento Total, Rendibilidade do Ativo ou Rendibilidade
EBIT∗(1−t)
Económica =
Ativos Totais
Taxa de retorno de todo o capital investido, independentemente da fonte de financiamento (Dívida ou
Capital)
Remove o efeito fiscal da dívida e, portanto, é o retorno sobre os ativos, que é independente da estrutura de
capital da empresa
Outras fórmulas alternativas:
Resultado Operacional
ROA =
Ativos Totais
Resultado Líquido + Despesas de Juros
ROA =
Ativos Totais
Resultado Líquido
ROA =
Ativos Totais
Decompondo ROA
Resultado Líquido Resultado Líquido Vendas
= x
Ativos Vendas Ativos
ROA = Retorno sobre vendas (ROS) × Rotação de ativos
Decompondo ROE
Resultado Líquido Resultado Líquido Ativos Totais
= x Capital Próprio
Capital Próprio Ativos Totais
• Modelo aditivo
D
ROE = [ROA Operacional + E * (ROA Operacional - Juros)] * (1 – t)
• Método multiplicativo
EBIT Vendas Ativos EBT Resultado Líquido
ROE =( Vendas x ) x ( Capital Próprio x EBIT ) x ( )
Ativos EBT
Efeito Alavancagem Financeira: efeito positivo ou negativo da alavancagem financeira sobre o ROE.
EBIT x (1−t)
Considerando ROA = e assumindo que não há imposto de renda:
Ativos
ROE > ROA, o efeito de alavancagem financeira é positivo.
Quando o efeito de alavancagem financeira é positivo o ROE aumenta pelo aumento do uso da dívida.
Exemplo: Empresa A
Se a empresa não tivesse utilizado Dívida, o Resultado Líquido para os Acionistas seria: 5000 x 0,12975 =
648,75
No entanto, o Resultado Líquido foi muito superior (=1200).
O diferencial entre o retorno e o custo da Dívida é: 15.000 x (0,12975 – 0,093) = 551,25
Assim, o Resultado Líquido foi: 551,25 (Efeito Alavancagem Financeira) + 648,75 = 1200
Exemplo: Empresa A
ROA < Custo Médio da Dívida; ROA>ROE, portanto o Efeito Alavancagem Financeira é negativo.
A- os rácios são muito baixos; temos 75% de divida (é demasiado endividada), então não convém
acrescentar mais ainda; se a empresa introduzir mais divida, poderá desequilibrar-se
financeiramente (equilíbrio financeiro da empresa é comprometido); não tem margem para usar
mais dívida, pq já tem muita dívida. Apesar da empresa ter um efeito de alavancagem positivo (é
bom contrair dívida), o equilíbrio financeiro da empresa não é muito bom. Como tem muita dívida,
se for à Banca contrair ainda mais dívida, os juros que lhe vão ser impostos vão ser muito altos,
porque há muito risco associado.
B- A empresa tem margem. O efeito de alavanca é negativo, então se acrescentar mais divida, a ROE
diminui.
No, because de capital structure of the Company allows the Company to use more debt, but the
financial leverage Effect is negative. This means that more debt for this Company means a ROE lower.
Ponto crítico das vendas (Break-even sales point): nível de vendas onde os custos fixos e variáveis totais se
igualam às receitas totais (onde a empresa não tem lucro nem prejuízo).
Custos totais = Custos fixos + custos variáveis: quanto maiores os custos fixos, maior o risco comercial da
empresa.
Margem de Segurança: diferença entre as vendas reais (ou projetadas) e o nível do ponto crítico das vendas
(quanto maior essa margem, menor o risco do negócio)
Break-even sales point
“Numa empresa, o ponto crítico das vendas deve constituir uma meta a alcançar em termos de rendibilidade
e de risco”
R: Esta afirmação é falsa. Não deve ser um objetivo. O objetivo deve ser vendas claramente superiores ao
break even point. Se as vendas atuais são próximas ao break-even point, vai significar que o risco de negócio
é maior e mesmo um pequeno decréscimo nas vendas pode afetar e a empresa não vai gerar lucro.
Risco financeiro
Risco financeiro: probabilidade de a empresa não ser capaz de pagar juros, reembolsar empréstimos e
compensar os acionistas.
• Nível de Dívida
• Efeito de Alavancagem Financeira
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9. Planeamento Financeiro
ANÁLISE DE RENDIBILIDADE
• A análise prospetiva é "a etapa final no processo de análise das demonstrações financeiras"
• Inclui a previsão da Demonstração de Resultados, Balanço Patrimonial e Demonstração do Fluxo de
Caixa.
• Tem como objetivo integrar as perspetivas para a evolução do negócio em um plano financeiro que
prevê a posição econômica e financeira da empresa/"Visa integrar as perspetivas de evolução do
negócio num plano financeiro que perspetive a evolução económica e financeira da empresa"
Método Rápido (Quick Method): o objetivo é obter de maneira rápida a estimativa das necessidades de
financiamento (a principal premissa é a evolução das vendas)
Método Direto: o ponto de partida são as previsões de volume de negócios (vendas). Em seguida, são obtidas
estimativas das contas que variam com o volume de negócios. As contas que são independentes das vendas
devem ser estimadas autonomamente. Com base nessas estimativas, poderemos preparar demonstrações
financeiras pro forma.
Método de Consolidação Orçamentária: Este método deriva do processo orçamentário das empresas e as
Demonstrações Financeiras pro forma são obtidas consolidando todos os orçamentos produzidos pelos
diferentes departamentos da empresa.
o Orçamento de Vendas, Orçamento de Produção, Orçamento de Compras, Orçamento de Despesas
Administrativas, Orçamento de Investimentos, Orçamento de Financiamento, Orçamento de Caixa.
O Processo de Projeção
1. Tendências históricas
2. Nível esperado de atividade macroeconômica
3. O cenário competitivo
4. Iniciativas estratégicas (mix de lojas novas versus antigas, etc.)
Passos:
1. Projetar vendas
2. Projetar custo dos produtos vendidos e margens de lucro bruto usando médias históricas como
percentual das vendas
3. Projetar despesas SG&A usando médias históricas como percentual das vendas
4. Projetar despesas de depreciação como uma média histórica percentual dos ativos deprecíaveis no
início do ano
5. Projetar despesas de juros como percentual da dívida com juros no início do ano, usando taxas
existentes se fixas e taxas projetadas se variáveis
6. Projetar despesas de imposto como uma média da despesa de imposto histórica em relação ao lucro
antes de impostos.
BALANÇO PROJETADO
Passos:
1. Projetar ativos circulantes atuais, excluindo o dinheiro, usando as vendas projetadas ou custo dos
produtos vendidos e as proporções de rotação apropriadas.
2. Projetar aumentos em propriedade, planta e equipamento (PP&E) com base na estimativa de
despesas de capital derivada de tendências históricas ou informações obtidas no relatório anual.
3. Projetar passivos circulantes atuais, excluindo dívida, usando as vendas projetadas ou custo dos
produtos vendidos e as proporções de rotação apropriadas.
4. Obter as maturidades atuais da dívida de longo prazo a partir da nota de rodapé da dívida de longo
prazo.
5. Assumir que outras dívidas de curto prazo permanecem inalteradas em relação ao saldo do ano
anterior, a menos que tenham apresentado tendências notáveis.
6. Supõe que o saldo inicial da dívida de longo prazo é igual ao saldo da dívida de longo prazo do período
anterior menos as maturidades atuais do Passo 4.
7. Supõe que outras obrigações de longo prazo são iguais ao saldo do ano anterior, a menos que tenham
apresentado tendências notáveis.
8. Supõe que a estimativa inicial de ações comuns é igual ao saldo do ano anterior.
9. Supõe que o lucro retido é igual ao saldo do ano anterior mais (menos) o lucro (prejuízo) líquido e
menos os dividendos esperados.
10. Supõe que outras contas de patrimônio líquido são iguais ao saldo do ano anterior, a menos que
tenham apresentado tendências notáveis.
Se o saldo estimado de caixa for significativamente maior ou menor, ajustes adicionais podem ser feitos
para:
Análises de Sensibilidade
Variar as premissas de projeção para identificar aquelas com maior impacto nos lucros e fluxos de caixa
projetados: Examinar de perto as variáveis influentes.
Preparar cenários esperados, otimistas e pessimistas para desenvolver uma gama de resultados possíveis.
Gestão financeira de curto prazo
Orçamento de Tesouraria (Cash budget): previsões de fluxos de caixa (recebimentos e pagamentos) a curto
prazo (semana, mês, trimestre, ...)
• Uma ferramenta fundamental na gestão financeira de curto prazo/liquidez de curto prazo.
• Relação entre fluxos de caixa operacionais e não operacionais.
• A viabilidade financeira de uma empresa é determinada pela sua capacidade de gerar fluxos de caixa
das operações.
“Cash provides liquidity, but it doesn’t pay interest” (Brealey & Myers, 2003, p. 901)
GESTÃO DE CAIXA
O nível de Caixa e Equivalentes deve ser reduzido ao mínimo necessário para o desenvolvimento normal da
atividade da empresa. Isso depende de:
• Previsão, planejamento e controle dos fluxos de caixa de curto prazo.
• Flexibilidade no relacionamento com clientes e fornecedores.
• Linhas de crédito existentes ou ativos circulantes que a empresa pode converter facilmente em
dinheiro.
Títulos Negociáveis
• Títulos do governo
• Depósitos bancários
• Fundos mútuos
• Commercial paper (títulos de curto prazo emitidos por empresas)
• Investimentos no ciclo operacional (pagamento em dinheiro para obter descontos de fornecedores,
investimento em estoques antecipando aumentos de preço, etc.)
Gestão de Inventários
À medida que o tamanho do pedido aumenta, o número de pedidos diminui e, consequentemente, os custos
de pedido também diminuem. No entanto, um aumento no tamanho do pedido também aumenta o valor
médio em estoque, fazendo com que os custos de manutenção do estoque subam.
- As empresas precisam equilibrar esses dois custos: custos de pedido e custos de manutenção do estoque.
Gestão de Crédito
• Análise de Crédito: análise para determinar a probabilidade de um cliente pagar suas contas.
Agências de crédito, como Dun & Bradstreet (em Portugal, Informa D&B) e Coface, fornecem relatórios sobre
a solidez financeira de um cliente em potencial.
Índices financeiros podem ser calculados para ajudar a determinar a capacidade de um cliente de pagar suas
contas.
• Termos de Venda: Crédito, desconto e condições de pagamento oferecidas em uma venda.
• Período de Cobrança: sua extensão tenderá a aumentar o nível de vendas. No entanto, é necessário
considerar o impacto nos Requisitos de Capital de Giro, nos encargos financeiros associados ao seu
financiamento e na taxa de inadimplência.
• Descontos por Pagamento à Vista: uma fonte de financiamento de curto prazo, e, portanto, o
desconto deve levar em consideração a taxa de juros de fontes alternativas de financiamento.
• Empréstimos bancários
• Factoring (antecipação de recebíveis)
• Commercial Paper (títulos de curto prazo emitidos por empresas)
• Crédito de fornecedores
• Descontos para clientes.
Crédito de Fornecedores: Uma empresa que compra a prazo está, na verdade, pegando emprestado de seu
fornecedor. Ela economiza dinheiro hoje, mas terá que pagar mais tarde. Isso, claro, representa um
empréstimo implícito do fornecedor.
Podemos calcular o custo implícito desse empréstimo.
Effective annual rate = 1 + - 1 discount discounted price 365 / extra days credit
Discout
( 1 + Discounted price )^(365/extra days credit) -1
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10.Avaliação de empresa
AVALIAÇÃO
Aplicações
Vt = Equity value
BVt = Book Value
RIt = (NIt – k * BVt-1) = Residual Income or Abnormal Income
k = cost of equity capital
RI=NOPAT-Wacc*Ativo
Múltiplos de Avaliação
Fluxo de Caixa Livre para Acionistas (Free Cash Flow to Shareholders): NI+Depreciação+/-mudança nos
requisitos de capital de giro-investimentos em capital (CAPEX)+/-Mudança na Dívida
Fluxo de Caixa Livre para a Empresa (Free Cash Flow to Firm): NOPAT+Depreciação+/-mudança nos requisitos
de capital de giro-investimentos em capital (CAPEX).