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Ministério Da Justiça: Conselho Nacional de Política Criminal E Penitenciária Ouvidoria Do Sistema Penitenciário/Depen

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MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CRIMINAL E PENITENCIÁRIA


OUVIDORIA DO SISTEMA PENITENCIÁRIO/DEPEN

RELATÓRIO DE INSPEÇÃO EM ESTABELECIMENTOS PENAIS DO ESTADO DE


PERNAMBUCO 1 2 3

PERÍODO: 30 e 31 de março de 2015

CNPCP: Conselheiros (as) MARIANA LOBO BOTELHO DE ALBUQUERQUE e LUIZ


ANTÔNIO SILVA BRESSANE e Analista Técnico-Administrativo JEFFERSON ALVES LOPES

Ouvidoria do Sistema Penitenciário/DEPEN: Sociólogo NAUM PEREIRA DE SOUSA

1
Com base no Modelo de Relatório Padrão aprovado no âmbito do Acordo de Cooperação Nº 17/2011 - Melhoria
do Sistema Penitenciário, para uso do Ministério da Justiça, Conselho Nacional de Justiça, Conselho Nacional do
Ministério Público, Conselho Nacional de Defensores Públicos Gerais e Secretaria de Direitos Humanos da
Presidência da República.
2
Considerando que a Vara de Execução Penal (VEP), o Ministério Público (MP) e o Conselho da Comunidade (CC)
têm determinação legal de visita mensal aos estabelecimentos penais, foram classificados os capítulos conforme a
necessidade de inspeção ponderando os aspectos cíclicos e perenes. O Conselho Penitenciário, Conselho Nacional
de Política Criminal e Penitenciária, Defensoria Pública e Ouvidoria do Sistema Penitenciário que realizam
inspeções anuais deverão preencher todos os itens.
3
No que tange à inspeção anual da VEP, MP e CC, sugere-se que seja convencionado o mês de março e que a
inspeção semestral seja no mês de setembro. Importante mencionar que esses órgãos devem registrar nas
inspeções mensais alterações observadas em aspectos que são semestrais ou anuais, mas que no mês corrente
excepcionalmente sofreram mudanças.
Página 1
SUMÁRIO:

Item Página
1. Introdução 03
2. Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros – PJALLB 04
3. Presídio Frei Damião de Bozzano – PFDB 21
4. Presídio de Igarassu – PI 37
5. Reunião com órgãos da execução penal, autoridades e convidados 55
6. Considerações e Recomendações
7. Anexos

Página 2
1. Introdução

O presente relatório discorre sobre a visita de inspeção conjunta realizada em 03


estabelecimentos penais de Pernambuco, situados nas cidades de Recife e Igarassu, e apresenta um
relato da reunião realizada com órgãos da execução penal do estado e convidados. Há, ainda,
recomendações a serem adotadas visando a garantia dos direitos humanos e o aprimoramento do
sistema penal pernambucano, tendo como parâmetro as normas de execução penal vigentes, os
programas adotados pelo DEPEN, a política criminal e penitenciária recomendada pelo CNPCP e as
diretrizes estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A inspeção ocorreu no dia 30 de março de 2015 e foi realizada nas seguintes unidades
prisionais: 1ª - Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros (PJALLB); 2ª - Presídio Frei Damião de
Bozzano; e 3ª - Presídio de Igarassu (PI).
As visitas foram realizadas com o conhecimento prévio das autoridades públicas locais, com o
acompanhamento de representantes da Defensoria Pública (DPPE), Ministério Público (MPPE) e
Conselho Penitenciário do Estado de Pernambuco (COPEN/PE). Aproveitamos para agradecer à
Secretaria de Justiça e Direitos Humanos pela estrutura logística dispensada à equipe durante os 02
dias que ficamos no estado. E, em especial, ao motorista Josué, servidor da Secretaria.
Participaram da inspeção, em todos os estabelecimentos penais, as seguintes autoridades:
Carla Deveille-Fontinha, magistrada francesa em serviço na Embaixada da França no Brasil; Marianna
Granja e Joanna Malheiros, defensoras públicas do Estado de Pernambuco (DPPE); Viviane Souza,
assessora de Comunicação da DPPE; Jorge Neves, presidente do Conselho Penitenciário de
Pernambuco; e Marcellus Ugiette, promotor de Justiça (MPPE). Também acompanharam a inspeção,
em todas as unidades, agentes penitenciários do Grupo de Operações de Segurança (GOS).
Segue, abaixo, a estrutura organizacional do sistema prisional do estado de Pernambuco:

1 – Estrutura Organizacional ANUAL


1.1 Esfera Estadual Federal
1.2 Secretaria da pasta Própria (Secretaria Executiva de Ressocialização -
SERES)
Subsecretaria
Diretoria/Departamento
Superintendência
Instituto / Agência
Outro:
Obs.: A SERES encontra-se vinculada à Secretaria de
Justiça e Direitos Humanos (SJDH).
1.3 Unidade do MP /
Defensoria:
1.4 Tribunal: TJ/PE
1.5 Grau de Jurisdição: 1º
1.6 Comarca: Recife e Igarassu
1.7 Há Escola Penitenciária? Não Sim
1.8 Há Ouvidoria Estadual do Não Sim
Sistema Prisional? Obs.: A Ouvidoria existente é vinculada à SJDH e,
portanto, não atende apenas o sistema prisional.
1.9 Há Corregedoria Estadual Não Sim

Página 3
do Sistema Prisional? Obs.: A Corregedoria não está vinculada à SERES, mas à
segurança pública.
1.10 Há Plano de Carreira? Não Sim
Todos servidores penitenciários
Agentes Penitenciários
Outro:
1.11 Há Plano Estadual de Não Sim
Educação do Sistema
Penitenciário?

2. Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros – PJALLB

A equipe foi recepcionada pelo gerente da unidade, José Sidney de Souza, que acompanhou a
inspeção junto com o Cel. Clinton Dias, superintendente de segurança da SERES, Taciana Costa,
psicóloga da SERES, e Sheila Eurides Mattos, enfermeira da SERES.

2 – Identificação do Estabelecimento ANUAL


2.1 Estabelecimento: Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros
2.2 Apelido da unidade: PJALLB
2.2.1 Endereço: Av. Liberdade, s/n – Sancho, CEP: 50920-310
2.2.2 Cidade/UF: Recife/PE
2.3
Penitenciária Cadeia Pública / Presídio
Colônias agrícolas, industriais ou similares Centro de Observação Criminológica
Hospital de Custódia Casa de Albergado
2.4
Masculino Feminino

3 – Administração SEMESTRAL
3.1 Gestão Pública
Terceirização de serviços complementares (alimentação,
limpeza, lavanderia)
Terceirização da equipe técnica e administrativa
Terceirização da equipe de segurança
Método APAC
3.2 Responsável José Sidnei de Souza – Agente Penitenciário
pelo
estabelecimento:
3.3 Cargo: Gerente
3.4 Formação Direito Ciências Sociais Psicologia Pedagogia
Profissional Administração Serviço Social Outra:
3.5 Responsável Ildson Santos de Arruda
pela segurança:
3.6 Cargo: Supervisor de Segurança
3.7 Formação Gestão Ambiental
Profissional:
3.8 Quantidade de 1a3 4a6 7a9 10 a 12 13 a 15 > 15
computadores:
3.9 Acesso à Sim Não
Internet
3.10 Alimenta o Integralmente Parcialmente Não alimenta
INFOPEN Mensal Trimestral Semestral Anual
Outro:

Página 4
3.11 Regulamento Não Sim 3.12 Regulamento Não Sim
interno da disciplinar penitenciário
unidade/Estado da unidade/Estado

4 – Características do Estabelecimento SEMESTRAL


4.1 Capacidade total: 1.195
4.1.2 Lotação total: 3.112
4.2 Capacidade Mulheres: 4.3 Capacidade homens: 4.4 Capacidade LGBT:
1.195
4.2.1 Lotação Mulheres: 4.3.1 Lotação homens: 3.112 4.4.1 Lotação LGBT:
Condenada Provisória Condenado Provisório Condenada/o Provisória/o
4.5 Há alas separadas para diferentes regimes? sim não
4.6 Há alas separadas para presos provisórios e sim não
condenados?
4.7 Há alas separadas para idosos? sim não
4.8 Há alas separadas para mulheres, se for o caso? sim não
4.9 Há alas separadas para pessoas em medida de sim não
segurança?
4.10 Há alas separadas para LGBT? sim não
4.11 Há local especial para cumprimento de sim não
seguro/custódia diferenciada?
4.12 Há acessibilidade para pessoas com deficiência? sim não
4.13 Há celas metálicas? sim não
4.14 Programa de Estabelecimento

Albergado
necessidades por tipo de penal Peniten-

Colônia6

Casa do
pública7
estabelecimento penal4

Cadeia

HCTP9
ciária

COC8
Assinale na tabela: Módulos5
Ausência (A) Guarda Externa
Inconforme (I) Agente Penitenciário / I
Conforme (C) Monitor
Administração I
Observações: Recepção/Revista I
Centro observação / I
triagem / Inclusão
Tratamento Penal I
Vivência coletiva I
Vivência individual I
Serviços I
Saúde I
Tratamento para A
dependentes químicos
Oficina de trabalho
Educativo I
Polivalente A
Creche
Berçário A

4
Parâmetros estabelecidos na Resolução CNPCP 09/2011 – Arquitetura Penal
5
Legenda: Existência obrigatória Existência facultativa Não é necessário
6
Colônia agrícola, industrial ou similar.
7
Presídio ou estabelecimento congênere.
8
Centro de observação criminológica.
9
Considerando a Política de Saúde Mental brasileira e suas normativas, os serviços de atendimento ao paciente
judiciário serão prestados em meio aberto, sendo que os HCTPs devem ser substituídos por outras estruturas. No
entanto, considerando a sua existência no momento, acrescemos essa coluna no formulário que originalmente
não consta da Resolução.
Página 5
Visita íntima A
Esportes
4.15 Número de celas Homens: 0 Mulheres: 0
individuais
4.15.1 Lotação celas Homens: Mulheres:
individuais
4.15.2 Dimensão _______m X ______ m _______m X ______ m
4.16 Número de celas Homens: 198 Mulheres: 0
coletivas
4.16.1Capacidade média Homens: variável Mulheres: 0
das celas coletivas
4.16.2 Lotação média das Homens: variável Mulheres: 0
celas coletivas
4.16.3 Dimensão variável_m X ______ m ___0__m X ___0__ m
4.17 Permeabilidade do 1 a 3% 3 a 5% 5 a 10% > 10%
solo (áreas sem
pavimentação)
4.18 Ventilação cruzada insuficiente suficiente excessiva
geral Obs.: Depende do pavilhão.
4.19 Ventilação cruzada insuficiente suficiente excessiva
nas celas
4.20 Iluminação natural inexistente existente
nas celas Obs.: depende do pavilhão.
4.21 Incidência de sol nas insuficiente suficiente excessiva
celas
4.22 Programa de inexistente existente
combate a incêndio Obs.: precário.
4.23 Extintores de insuficiente suficiente
incêndio sem condições de uso em condições de uso
4.24 Construído ou sim 4.25 Reformado com sim
ampliado com subvenção não subvenção de recursos não
de recursos federais? federais?
4.26 Indicativos da sim Quais: Primeiro Comando da Capital (PCC) e
atuação de facções no Comando Vermelho (CV).
estabelecimento? não

5 – Características das Pessoas Presas MENSAL


10 5.1 Há pessoas com deficiência? sim Quantidade:
não
5.2 Há pessoas com mais de 60 anos presas? sim Quantidade:
não
5.3 Há indígenas presos? sim Quantidade:
não
5.4 Há notificação para Funai quanto ao ingresso do sim não
indígena?
5.5 Há estrangeiros presos? sim Quantidade: 02
não
5.6 Há adolescentes internados no local? sim Quantidade:
não
5.9 Há pessoas presas com transtorno mental? sim Quantidade: 03
não
5.10 Há pessoas presas em tratamento para sim Quantidade:
dependência química? não
5.11 Há pessoas presas com Diabetes? sim Quantidade:
não
5.12 Há pessoas presas com Hipertensão? sim Quantidade:
não

Página 6
5.13 Há pessoas presas com HIV? sim Quantidade:
não
5.14 Há pessoas presas com Hepatite? sim Quantidade:
não
5.15 Há pessoas presas com Tuberculose? sim Quantidade:
não
5.16 Há pessoas presas com Hanseníase? sim Quantidade:
não
5.17 Há pessoas presas em RDD? sim Quantidade:
não
Obs.: o diretor não soube informar a quantidade dizendo que o servidor responsável pelas
informações supras estava de licença paternidade.

7 – Características dos Funcionários em Exercício no Estabelecimento


SEMESTRAL
7.1 Total de RH na área de 101
segurança:
7.2 Total de RH na área 25
administrativa:
7.3 Total de RH na área técnica: 22
7.4 Total Geral: 148
7.5 Advogados / Defensores não sim Quantidade: 10
Públicos alocados na unidade Defensoria Pública Própria Unidade
Outra forma de contratação:
Mensal Quinzenal Semanal Diária
7.6 Auxiliares de Enfermagem não sim Quantidade: 02
SUS Própria Unidade
Mensal Quinzenal Semanal Diária
7.7 Assistentes Sociais não sim Quantidade: 06
SUAS Própria Unidade
Mensal Quinzenal Semanal Diária
7.8 Dentistas não sim Quantidade: 01
SUS Própria Unidade
Mensal Quinzenal Semanal Diária
7.9 Enfermeiros não sim Quantidade: 03
SUS Própria Unidade
Mensal Quinzenal Semanal Diária
7.10 Médicos – Clínico Geral não sim Quantidade: 02
SUS Própria Unidade
Mensal Quinzenal Semanal Diária
7.11 Médicos – Psiquiatras não sim Quantidade:
SUS Própria Unidade
Mensal Quinzenal Semanal Diária
7.13 Pedagogos não sim Quantidade: 01
Secretaria de Educação Própria Unidade
Mensal Quinzenal Semanal Diária
7.14 Psicólogos não sim Quantidade: 03
SUS SUAS Própria Unidade
Mensal Quinzenal Semanal Diária
7.15 Terapeutas Ocupacionais não sim Quantidade:
SUS Própria Unidade
Mensal Quinzenal Semanal Diária
7.16 Outros: Educador Físico Quantidade: 01
Própria Unidade
Mensal Quinzenal Semanal Diária
7.17 Agentes Prisionais sim Quantidade: 18 mulheres e 105
homens
não
Página 7
7.18 Escala de trabalho: 24 x 72 (plantonistas) e 8h/dia (administrativo)
7.19 Há utilização de uniforme? sim Com identificação pessoal: sim não
não
7.20 Quais os tipos de cursos
ocorrem para o treinamento dos
agentes? Mensal Quinzenal Semanal Diária
Curso de Formação
Cursos Especiais
Entidade Executora: Escola Penitenciária de Pernambuco (EPPE).

8 – Condições Materiais SEMESTRAL


8.1 Há camas e colchões para todos os presos? sim não
8.2 Há distribuição de uniformes? sim não
8.3 Há distribuição de calçados? sim não
8.4 Há distribuição de roupas de cama? sim não
8.5 Há distribuição de toalhas? sim não
8.6 Periodicidade de substituição do material entregue:
8.7 Há distribuição de artigos de higiene pessoal? sim não
Quais:
8.8 Há distribuição de artigos de limpeza? sim não
Quais:
8.11 Há local destinado à venda de produtos e objetos sim não
permitidos e não fornecidos pela administração?
Descrever como é feito o pagamento, controle de preços e
destino da receita:
8.12 Descrever a mobília que compõe as celas: Varia de pavilhão para
pavilhão.
8.13 Há sanitário e lavatório em todas as celas? sim não
8.14 Caso não haja instalações sanitárias na cela, como é
garantido o acesso aos banheiros externos?
8.15 É garantido o acesso ao banheiro no período noturno? sim não
8.16 Número de pessoas por vaso sanitário Variado, dependendo do
pavilhão e cela.
8.17 É garantido a qualquer momento o uso da descarga sim não
do vaso sanitário?
8.18 Há privacidade para uso das instalações sanitárias? sim não
8.19 Número de pessoas por chuveiro Variado, dependendo do
pavilhão e cela.
8.20 É garantido o banho diário? sim não
8.21 A água é aquecida? sim não
8.22 É fornecida água potável? sim não
8.23 A água é racionada? sim não
8.23.1 Qual a frequência e duração oferecida? Obs.: 04 (quatro) vezes ao dia
(há poços artesianos).

8.24 Problemas visíveis nas instalações: hidráulico


elétrica
edificação
outros:

Página 8
9 – Alimentação SEMESTRAL
9.1 A alimentação é preparada na própria sim não
unidade?
9.2 Em caso negativo, de onde provém e qual o
custo diário da alimentação por preso?
9.3 O cardápio é orientado por nutricionista? sim não
9.4 Qual a quantidade de alimentação fornecida
no almoço e janta à pessoa presa (peso)?
9.5 N.º de refeições 9.6 Horários das 9.7 Onde as refeições são realizadas?
diárias: 03 refeições: 06h, 11h e celas refeitório outro:
17h30

9.8 Há controle de qualidade? sim Qual: Acompanhamento


realizado pela nutricionista.
não
9.9 Descrever o controle:

9.10 As refeições são padronizadas


adaptadas por motivos de:
saúde religiosos outros
9.11 Os presos deslocados para audiências e sim não
outras atividades externas recebem alimentação e
água potável quando saem e quando retornam,
independentemente do horário?
9.12 Há outras formas de fornecimento de família compra outro:
alimentos? Obs.: há venda de produtos
alimentícios dentro da unidade
controlada pelos próprios presos.

10 – Rotina padrão SEMESTRAL


10.1 Tempo diário dentro da cela: Os presos ficam no pavilhão e retornam à cela para
dormir.
10.2 Tempo de pátio de sol: 2h 10.3 Tempo de visita: 9h
Frequência: diária Frequência: semanal
10.4 Tempo de atividades educacionais: 10.5 Tempo de atividades laborais: 6h
Frequência: segunda a sexta Frequência: segunda a sexta
10.6 Tempo de atividades religiosas: semanal 10.7 Tempo de visita íntima: 9h (realizada
Frequência: durante a visita social)
Frequência: semanal
10.8 Tempo de atividades esportivas: 2h 10.8 Tempo das atividades culturais: não
Frequência: diária há
Frequência:
10.9 Há programa individualizado para o sim não
cumprimento da pena?

Página 9
11 – Assistência à Saúde SEMESTRAL
11.1 Existe unidade básica de saúde do SUS? sim não
11.2 Está integrado à Rede Cegonha do SUS? sim não
11.3 Há distribuição de preservativos? sim Frequência: semanal
não
11.4 Há acesso às medicações definidas pelo SUS para sim não
farmácias de unidades prisionais?
11.5 Há acesso às medicações prescritas que não estão no sim não
pacote SUS?
11.6 Há exames e consultas de ingresso? sim não

11.8 Há vacinação regular? sim não


Se sim, quais vacinas são oferecidas?
11.9 As pessoas presas têm acesso a médico particular, sim não
caso haja a contratação deste profissional por seus
familiares?
11.10 As pessoas presas têm acesso aos exames médicos sim não
necessários?
11.11 Quais trabalhos são realizados para prevenção ou Palestras com as técnicas do
controle de doenças infecto-contagiosas? Setor Psicossocial.
11.12 Há ambulância na unidade? sim não

11.13 Para que estabelecimentos da rede de Unidade Básica de Saúde – UBS


saúde as pessoas presas tem acesso, Unidade de Pronto Atendimento – UPA
quando necessário? Hospital
Centro de Atendimento Psicossocial – CAPS
Outro:

Página 10
12 – Assistência à Saúde ANUAL
12.1 Programa de
necessidades do Estabelecimentos Penais
módulo de saúde PROGRAMA Pro-
11 12
por tipo de DISCRIMINADO por- P CP COL COC HCTP13
estabelecimento ção
penal10 Sala de recepção e espera I
Sala de acolhimento
Assinale na tabela: A
multiprofissional

Até 100 presos (10h/sem)


Ausência (A)
Inconforme (I) Sala de atendimento clínico
I
Conforme (C) multiprofissional
Consultório de atendimento
-
Observações: A ginecológico com sanitário14
sala de coleta de Estoque A
material para
Dispensação de medicamentos e
laboratório e o C
consultório médico estoque
estavam em Cela enfermaria com solário15 I
reforma. Já o Sanitário para pacientes -
sanitário para Consultório de atendimento

De 101 a 300
equipe de saúde I
odontológico

presos
não estava sendo
Sala multiuso A
usado por suas
condições Sala de procedimentos A
precárias. Laboratório de diagnóstico16 A
700 presos
De 301 a

Sala de coleta de material


A
para laboratório
Sala de Raio X A
Cela de espera A
De 701 a 1000 presos (40h\semana)

Consultório Médico A
Sala de curativos, suturas e
A
Posto de Enfermagem
Cela de Observação (02
A
leitos)
Central de material
esterilizado / expurgo A

Rouparia A
Depósito de Material de
A
Limpeza
Sanitários para equipe de saúde I

10
Parâmetros estabelecidos na Resolução CNPCP 09/2011 – Arquitetura Penal
11
Legenda: Existência obrigatória Não é necessário
12
Legenda: P - Penitenciária; CP - Cadeia Pública ou estabelecimento congênere; COL – Colônia Agrícola, Industrial
ou silimar; COC – Centro de Observação Criminológico; HCTP – Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico.
13
Conforme nota de rodapé 8.
14
Em caso de unidades femininas.
15
Dimensionado para 0,5% da capacidade da Unidade.
16
O laboratório de diagnóstico e a sala de Raio X compõem o serviço de diagnóstico, prevenção e tratamento de
Tuberculose, HIV e imunização contra doenças, sendo obrigatórios nas unidades planejadas para serem a porta de
Página 11
13 – Assistência Jurídica SEMESTRAL
13.1 Às pessoas presas sem condições financeiras é sim não
proporcionada assistência jurídica gratuita e permanente?
13.2 Em caso positivo, por quem é prestada a assistência? Defensoria Pública e
Assessores Jurídicos da
unidade.
13.3 A Funai presta assistência jurídica aos presos/internos sim não
indígenas? Obs.: Não há presos indígenas
13.4 Onde é realizado o contato entre a pessoa presa e o Sala da Defensoria e
advogado? Parlatório.
13.5 A Defensoria Pública do Estado comparece com sim não
regularidade? Periodicidade: 04 (quatro)
vezes por semana.
13.6 Direitos concedidos
a. Saídas temporárias 00/ mês
b. Livramento condicional 18/ mês
c. Progressões 83/ mês
d. Indulto 00/ ano

14 – Assistência Laboral SEMESTRAL


14.1 Há oficinas de trabalho? sim Quantidade: 02
não
14.2 Quantas das oficinas são administradas pelo Total: 02 (duas)
estabelecimento?
14.3 Quantas das oficinas são administradas em parceria Total: 0
com a iniciativa privada?
Quantidade de Envolvidos Envolvidos
14.4 Atividade Envolvidos Remunerados Não-Remunerados
Mulher Homem Mulher Homem Mulher Homem
a. Cozinha - 52 - - -
b. Limpeza - 39 - - -
c. Serviços Administrativos - - - - -
d. Oficinas de trabalho - 06 - - -
e. Biblioteca - - - - -
f. Fábrica - - - - -
g. Agricultura - - - - -
h. Artesanato - - - - -
i. Pecuária - - - - -
j. Outros: 63
Especificar: Saúde, escola, mensageiros, representantes de pavilhões e faxineiros.

14.4.1 Remuneração Mulher Homem


a. Cozinha - 2/3 do salário mínimo
b. Limpeza - 2/3 do salário mínimo
c. Serviços Administrativos - -
d. Oficinas de trabalho - 2/3 do salário mínimo
e. Biblioteca - -
f. Fábrica - -
g. Agricultura - -
h. Artesanato - -
i. Pecuária - -
j. Outros -

entrada do sistema prisional de um estado ou região (quando houver essa centralização). É facultado no caso de
estabelecimento penal que faz parte de um conjunto prisional que já possua esse serviço ou que seja atendido por
um serviço de diagnóstico que dê cobertura a várias unidades prisionais de uma região geográfica.
Página 12
14.5 Total de presos ou internos com permissão para 0
trabalho externo:
14.6 Há avaliação das aptidões e capacidades do preso sim não
para sua alocação em determinado trabalho?
Em caso positivo, como essa avaliação é realizada? O setor de segurança realiza a
triagem inicial e passa para o
setor de assistência social, o
qual faz a avaliação do preso.
14.7 Há avaliação e estímulo ao crescimento profissional sim não
que permita a qualificação ou diversificação do trabalho?
Em caso positivo, descreva.

15 – Assistência Educacionais/Desportivas/Culturais e de Lazer SEMESTRAL


15.1 Programa de necessidades
do módulo de educação por tipo
de estabelecimento penal17
PROGRAMA
18 19
Assinale na tabela: DISCRIMINADO P CP COL COC HCTP20
Ausência (A)
Inconforme (I) Biblioteca
Conforme (C) I

Sala de aula 21 C
Observações: São 06 salas de
aula: 04 internas e duas externas;
estas são climatizadas. Instalação
sanitária (pessoa C
presa)
Sala de
A
professores
Sala de
A
informática
Sala de encontros
22
com a sociedade
15.2 Indique nas atividades o número de presos envolvidos:
51 alfabetização
231 ensino fundamental
72 ensino médio
0 profissionalizante
_____ outros:
Especificar:________________________________________________________________

17
Parâmetros estabelecidos na Resolução CNPCP 09/2011 – Arquitetura Penal
18
Legenda: Existência obrigatória Não é necessário
19
Legenda: P - Penitenciária; CP - Cadeia Pública ou estabelecimento congênere; COL – Colônia Agrícola, Industrial
ou similar; COC – Centro de Observação Criminológico; HCTP – Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico.
20
Conforme nota de rodapé 8.
21
Quantidade dimensionada para atender a 100% dos presos em 03 turnos. Capacidade de até 30 alunos.
22
Obrigatório em unidades com capacidade de mais de 100 pessoas presas.
Página 13
15.3 Os cursos são ministrados por:
Professores do Sistema Penitenciário Estadual
Professores da Secretaria Estadual de Educação
Professores da Secretaria Municipal de Educação
Presos monitores
Voluntários
Outros professores:
Especificar:________________________________________________________________

15.4 Há atividades esportivas? não


sim Quais: futebol, vôlei,
capoeira
Onde: Pátio
15.5 Há atividades culturais/lazer? não
sim Quais:
Onde:
15.6 Se há biblioteca, como funciona o acesso das Só os presos que estudam têm acesso
pessoas presas aos livros: aos livros.

16 – Assistência Religiosa SEMESTRAL


16.1 Há visita de religiosos? sim não
16.2 Quais denominações visitam o Espíritas Católicos
estabelecimento? Evangélicos de Matriz Africana
Outra:
16.3 Onde são realizadas as cerimônias Em locais próprios e pátio da unidade.
religiosas?
16.4 É permitida a entrada de objetos que sim não
fazem parte da cerimônia? Obs.: desde que não comprometa a
segurança.
16.5 As necessidades religiosas são sim não
consideradas com relação às vestimentas,
horários e rotinas?

17 – Assistência Social SEMESTRAL


17.1 Há recintos adequados para a atividade de sim não
assistência social? Obs.: A sala de Assistência Social está em
reforma. O atendimento é realizado na
mesma sala em que atendem os
psicólogos.
17.2 Ações de assistência social desenvolvidas:

Contato com familiares sim não


Documentos sim não
Benefícios da Previdência Social sim não
Ações com os egressos sim não
Ações com o SUAS sim não
Projetos, se sim, quais: sim não

18 – Segurança SEMESTRAL
18.1 A segurança interna é realizada por:
policiais civis policiais militares agentes penitenciários
terceiros outros:

Página 14
18.2 Equipamentos disponibilizados pelos responsáveis
pela segurança interna:
Arma menos letal (bala de borracha) sim não
Arma letal sim não
Taser sim não
Gás de pimenta / lacrimogênio sim não
Cassetete / Tonfa sim não
Algemas sim não
Rádio sim não
Alarme sim não
Circuito de vigilância interna sim não
Outro: sim não
18.3 No caso de uso de arma de fogo:
Os usuários têm porte de armas? sim não
É garantido treinamento periódico? sim não
18.4 No caso de emprego de arma de fogo? sim não
18.5 No caso de uso de arma tipo Taser os registros de sim não
descarga do equipamento são identificados por servidor?
18.6 A segurança externa é realizada por:
policiais civis policiais militares agentes penitenciários
terceiros outros:
18.7 A escolta externa é realizada por:
policiais civis policiais militares agentes penitenciários
terceiros outros:
18.8 Há escolta externa especifica para área de saúde:
sim não
18.9 Existe grupo de intervenção especial vinculado à sim não
unidade?
18.10 Caso exista, quem são os envolvidos:
policiais civis policiais militares agentes penitenciários
terceiros outros:
18.11 Equipamentos disponibilizados para o controle da
entrada:
Portal detector de metal sim não
Raquete detectora de metal sim não
Banco detector de metal sim não
Raio X sim não
Espectômetro sim não
Boddy Scanner sim não
Outro:

19 – Disciplina e ocorrências MENSAL


19.1 Há registro de imposição de sanção disciplinar aos sim não
presos?
19.2 Qual a forma adotada para o registro? Livro PAD
Procedimento Eletrônico
Outro
19.3 No registro da sanção de natureza grave é anotado o sim não
prévio procedimento disciplinar?
19.4 Há sanção disciplinar de natureza grave sem sim não
instauração do respectivo procedimento?
19.5 Toda notícia de falta disciplinar enseja a instauração sim não
de procedimento?
19.6 A falta disciplinar é reconhecida judicialmente? sim não
19.7 São executadas sanções coletivas? sim não

Página 15
19.8 É observado o direito de defesa do preso? sim não

Se sim, em qual fase? fase administrativa


fase judicial
19.9 O ato administrativo que determina a aplicação da sim não
sanção disciplinar é motivado?
19.10 Quais as condições da cela usada para aplicação de
sanção disciplinar?
19.11 Qual o maior período aplicado de isolamento? 10 dias 20 dias
30 dias outro:
19.12 Qual o tempo médio de rebaixamento de
comportamento ou reabilitação por falta grave?
19.13 Qual o número de sanções por falta grave (mês)? 200
19.14 Houve motins ou rebeliões nos últimos 12 meses? sim não
19.15 Ocorrências nos últimos 12 meses: Mulheres Homens
19.16 Fugas (pessoas) - 0
19.17 Pessoas evadidas - 0
19.18 Saídas temporárias (pessoas) - 0
19.19 Mortes naturais - 01
19.20 Mortes por homicídio - 03
19.21 Mortes acidentais - 0
19.22 Mortes por suicídio - 0
19.23 Incidentes com funcionários (pessoas) - 0

20 – Visitas SEMESTRAL
20.1 A visita social ocorre regularmente? sim frequência: semanal
não
20.2 Quantas pessoas podem ser cadastradas 1 ou 2 3 ou 4
por preso para realizarem a visita? 5 ou 6 6 ou 7
8 ou mais
20.3 Quantas pessoas podem realizar a visita 1 ou 2 3 ou 4
por vez? 5 ou 6 7 ou 8
9 ou mais
20.4 Qual o local que ocorre a visita social: pátio de visita pátio do banho de sol
celas outro:
20.5 Há local específico para visita de crianças? sim não
20.6 Há permissão para visitas íntimas? sim frequência: semanal (mesmo
dia da visita social)
não
20.7 Há permissão para visitas íntimas sim não
homoafetivas?
20.8 Qual o local que ocorre a visita íntima? módulo de visita íntima
pátio do banho de sol
celas outro:
20.9 Quais os procedimentos de revista dos mecânica(detector de metais,
visitantes? raquetes, banco, espectômetro)
manual sem desnudamento
com desnudamento
outro:
20.10 É permitida a visita de menores de 18 sim não
anos?

21 – Relato das pessoas presas ou de funcionários MENSAL


21.1 Há reclamações Instalações
sobre quais aspectos: Assistência Jurídica
Assistência Saúde
Assistência Educacional

Página 16
Assistência social
Atividades Esportivas
Lazer
Visita
Maus tratos ou tortura
Outros: falta de assistência material

21.2 No caso de maus Não


tratos ou tortura, há Sim
indícios dos fatos Ferimentos no corpo
relatados? Marcas de projéteis nas celas ou outros ambientes
Relatos idênticos em diferentes alas
Nas datas dos eventos houve cancelamento de visita,
entrada de grupos especiais de intervenção, transferência de
presos, movimentações noturnas ou outra situação atípica
Locais característicos como ambiente de castigo (sem
colchão, sem sanitário, sem iluminação, sem ventilação, sujos,
com insetos, entre outros aspectos)
Uso de bala clava (capuz)
Outros:

21.3 Quais providências Exame de corpo de delito


foram tomadas para Denúncia formalizada ao Juiz ou Ministério Público
apurar os fatos até o Inquérito
momento? Instauração de procedimento administrativo
Outro:

21.4 Quais providências Exame de corpo de delito


serão tomadas para Denúncia formalizada ao Juiz ou Ministério Público
apurar os fatos a partir de Inquérito
agora? Instauração de procedimento administrativo
Outro:

21.5 Há orientação no Ouvidoria Conselho da Comunidade


estabelecimento quanto à Corregedoria Conselho Penitenciário
forma de acessar: Disque 100 Comissão de DH da OAB
Outro:
21.6 Outras informações:

22 – Diversos SEMESTRAL
22.1 No momento da inclusão da pessoa presa, há sim não
explicações sobre o funcionamento do
estabelecimento?
22.2 No momento da inclusão da pessoa presa, há sim não
explicações sobre direitos e deveres do preso?

Página 17
22.3 Quando se aproxima a liberdade há algum sim Frequência: _______
trabalho realizado para preparação do preso? não
22.4 É permitida a entrada de jornais e revistas? sim não
22.5 Como funciona o envio e recebimento de Envio por familiares e recebimento via
correspondências? Correios.
22.6 As pessoas presas têm acesso a telefone sim não
público?
22.7 Há alistamento, transferência e revisão sim não
eleitoral de presos provisórios?
Motivo: Parceria com o TER.
22.8 É permitido o uso de:
a. Rádio/Aparelho de Som sim não
b. TV sim não
c. Vídeo/DVD sim não
d. Geladeira sim não
e. Fogão/Fogareiro/Mergulhão/Rabo Quente sim não
f. Ventilador sim não
g. Outros:
22.9 Há organizações não governamentais atuando sim não
no estabelecimento?
22.10 Se existe, em quais áreas: gestão educação
saúde assistência social
trabalho religiosa
comunicação cidadania
reciclagem manutenção
Outras:

Qual a frequência: diária semanal


quinzenal mensal
esporádico outro:
22.11 Como é tratado o lixo produzido no separado reciclado
estabelecimento? não é recolhido coleta municipal
outro:

23 – Inspeções MENSAL
23.1 O estabelecimento é inspecionado regularmente por:
a. Juiz Corregedor sim Frequência: semanal
não
b. Juiz de Execução sim Frequência: semanal
não
Obs.: o juiz de execução e o juiz
corregedor é Luiz Rocha.
c. Ministério Público sim Frequência: mensal
não
d. Defensor Público sim Frequência: semanal
não
e. Conselho Penitenciário sim Frequência: _______
não
f. Conselho da Comunidade sim Frequência: _______
não
g. Conselho Estadual de Direitos Humanos ou sim Frequência: semanal
Comitê Estadual de Combate à Tortura não
c. Comissão de Direitos Humanos da OAB sim Frequência: _______
não
h. Pastoral Carcerária sim Frequência: semanal
não
i. Outros: Serviço Ecumênico de Militância nas Prisões (SEMPRI)

Página 18
24 – Valoração sobre os itens inspecionados SEMESTRAL

Item avaliado Ótimo Bom Regular Ruim Não


10-9 8-7 6-4 3-0 avaliado
24.1. Estrutura predial X X
(administração) (pavilhões)
24.2 Manutenção
24.3 Limpeza X
24.4 Ventilação das celas X
24.5 Iluminação das celas X
24.6 Insolação das celas X
24.7 Cozinha X
24.8 Refeitório
24.9 Assistência à saúde X
24.10 Assistência à X
educação
24.11 Assistência jurídica X
24.12 Assistência social X
(estava
em
reforma)
24.13 Atividades laborais
24.14 Cela para X
isolamento/seguro
24.15 Cela de sanção X
disciplinar
24.16 Local de visita social
24.17 Local de visita íntima Não há
24.18 Pátio de sol X
24.19 Alojamento dos
agentes
24.20 Segurança
24.21 Procedimentos da X
unidade

25 – Conclusão SEMESTRAL

25.1 Irregularidades encontradas com base na Lei n.º 7.210/84 (Lei de Execução
Penal - LEP), Constituição Federal/88, Lei n.º 8.069/90 (Estatuto da Criança e do
Adolescente - ECA), Resoluções do Conselho Nacional de Política Criminal e
Penitenciária – CNPCP, Lei nº 9.455/97 (Crimes de Tortura), Lei 10.172/2011 –
Plano Nacional de Educação, e Portaria Interministerial - Saúde e Justiça - nº
1.777/2003.

X Ocupação total superior à capacidade da unidade (art. 85 da LEP)


X N.º de presos por cela superior ao n.º definido em lei (art. 88 da LEP)
X Presença de pessoas com idade acima de 60 anos junto aos demais presos
(art. 82, § 1º da LEP)
X Irregularidade na distribuição dos presos nas celas, com presença de presos
provisórios junto a presos condenados e presos primários com reincidentes
(art. 84, § 1º da LEP, art. 7º da Resolução n.º 14/94 do CNPCP)
X Falta de programa individualizador da pena privativa de liberdade (art. 6º
da LEP)
- Existência de pessoas presas por medida de segurança cumprindo pena junto
aos demais presos (anexo da Resolução nº 05/2004 do CNPCP, e art.

Página 19
4º, Resolução nº 12/2009 do CNPCP)
- Presença de adolescentes no estabelecimento (arts. 123 e 185 do ECA);
- Presença de mulheres em ambientes de homens (art. 82, § 1º da LEP)
- Presença de agentes do sexo masculino nas dependências internas dos
estabelecimentos penais femininos (art. 83 § 3º da LEP)
- Inexistência de berçário para crianças nas unidades prisionais femininas (art.
83 § 2º da LEP, e art. 10, Resolução nº 4/2009 do CNPCP)
- Ausência de seção para gestante e parturiente nos estabelecimentos penais
femininos (art. 89 da LEP)
- Ausência de creche para abrigar crianças entre 06 meses e 7 anos nos
estabelecimentos penais femininos (art. 89 da LEP)
X Ausência ou número insuficiente de camas individuais (art. 8º, § 2º da
Resolução n.º 14/94 do CNPCP)
X Condições precárias de higiene e limpeza das celas (art. 9º da Resolução
n.º 14/94 CNPCP)
- Falta de cardápio alimentar orientado por nutricionistas (art. 13 da
Resolução n.º 14/94 do CNPCP)
- N.º de refeições por dia inadequado às necessidades dos presos (art. 13 da
Resolução n.º 14/94 do CNPCP)
- Roupas fornecidas pelo estabelecimento impróprias às condições climáticas
(art. 12, caput, da Resolução n.º 14/94 do CNPCP)
- Roupas sujas e/ou em mau estado de conservação (art. 12, § 2º da
Resolução n.º 14/94 do CNPCP)
X Inexistência de local para aquisição de produtos permitidos para higiene
pessoal, mas não fornecidos pela administração (art. 13 da LEP)
- Inexistência de sanitário na própria cela (art. 88, caput, da LEP)
- Falta de assistência jurídica regular aos presos carentes (arts. 15, 16 e 41,
VII da LEP)
- Ausência de instalação destinada à Defensoria Pública (art. 83 § 5º da LEP)
X Inexistência de local destinado a atividades de estágio para universitários
(art. 83, § 1º da LEP)
- Inexistência de curso de alfabetização (art. 40, p. un. da Resolução n.º
14/94 do CNPCP)
- Inexistência de educação de ensino fundamental (art. 18 da LEP, meta 17
da Lei 10.172/2001)
X Inexistência de educação de ensino profissional (art. 19 da LEP, meta 17
da Lei 10.172/2001)
- Ausência de biblioteca (art. 21 da LEP)
- Não oferecimento de atividade física e/ou recreação (art. 23, IV e art. 41,
V e VI da LEP, art. 14 da Resolução n.º 14/94 do CNPCP)
- Ausência de sala de aula para cursos básico e profissionalizante (art. 83 §
4º da LEP)
- Falta de serviço de assistência social (arts. 22 e 41, VII da LEP)
- Inexistência de cursos de qualificação para o servidor penitenciário (art. 77,
§ 1º da LEP e art. 49 da Resolução n.º 14/94 do CNPCP)
Ausência de equipe de saúde própria nas unidades com mais de 100 presos
(art. 8º da Portaria Interministerial - Saúde e Justiça - n.º 1.777, de
09/09/2003)
Não disponibilização dos medicamentos básicos do SUS (art. 8º, § 4º da
Portaria Interministerial - Saúde e Justiça - n.º 1.777/2003)
X Nº de agentes penitenciários inferior ao recomendado: 5 presos por agente
penitenciário, no mínimo (art. 1º, Resolução nº 09/2009 do CNPCP)
X Ausência de profissionais da equipe técnica ou nº insuficiente abaixo do
recomendado (art. 2º, Resolução nº 09/2009 do CNPCP)
Inexistência de audiência especial com o diretor do estabelecimento (art. 41,
XIII da LEP)
- Falta de concessão de banho de sol regular aos presos (art. 14 da

Página 20
Resolução n.º 14/94 do CNPCP)
- Proibição da utilização dos meios de informação (art. 41, XV da LEP)
- Proibição da utilização de correspondência escrita externa (art. 41, XV da
LEP);
Falta de tratamento nominal dos presos (art. 41, XI da LEP e art. 4º da
Resolução n.º14/94 do CNPCP);
X Inexistência de local específico para guarda de objetos pessoais dos presos
(art. 45, §§ 1º e 2 da Resolução n.º 14/94 do CNPCP);
- Impedimento de visita íntima para relações homoafetivas (art. 2º,
Resolução nº 04/2011 do CNPCP)
Inexistência de Comissão Técnica de Classificação dos Condenados (art. 6º
da LEP)
Deficiência na composição da Comissão Técnica (art. 7º da LEP)
Condições inadequadas de realização de trabalho:

Trabalho não remunerado (arts. 29 e 41, II da LEP);


Jornada reduzida ou ampliada (art. 33 da LEP);
Tipo de trabalho incompatível com a condição de idoso, doente ou pessoa
com deficiência (art. 32, §§ 2º e 3º da LEP);
Inexistência de trabalho voltado para a reinserção social do condenado (art.
23, V da LEP);
Indícios de ocorrência de atos tipificados como tortura (Lei 9.455/97)

3. Presídio Frei Damião de Bozzano – PFDB

A equipe foi recepcionada pelo chefe de segurança da unidade, Marcos Antônio Siqueira, que
acompanhou a inspeção, junto com o Cel. Clinton Dias, superintendente de segurança da SERES, e
Lucia Gominho, assessora da SERES.

2 – Identificação do Estabelecimento ANUAL


2.1 Estabelecimento: Presídio Frei Damião de Bozzano
2.2 Apelido da unidade: PFDB
2.2.1 Endereço: Rua Orfeu do Carnaval, s/n, Sancho, CEP: 50920-690
2.2.2 Cidade/UF: Recife/PE
2.3
Penitenciária Cadeia Pública / Presídio
Colônias agrícolas, industriais ou similares Centro de Observação Criminológica
Hospital de Custódia Casa de Albergado
2.4
Masculino Feminino

3 – Administração SEMESTRAL
3.1 Gestão Pública
Terceirização de serviços complementares (alimentação,
limpeza, lavanderia)
Terceirização da equipe técnica e administrativa
Terceirização da equipe de segurança
Método APAC
3.2 Responsável Robson Fernando Vasconcelos
pelo
estabelecimento:
3.3 Cargo: Gerente – Agente de segurança penitenciário
3.4 Formação Direito Ciências Sociais Psicologia Pedagogia

Página 21
Profissional Administração Serviço Social Outra:
3.5 Responsável Marcos Antônio Siqueira
pela segurança:
3.6 Cargo: Agente de segurança penitenciário
3.7 Formação Direito
Profissional:
3.8 Quantidade de 1a3 4a6 7a9 10 a 12 13 a 15 > 15
computadores:
3.9 Acesso à Sim Não
Internet
3.10 Alimenta o Integralmente Parcialmente Não alimenta
INFOPEN Mensal Trimestral Semestral Anual
Outro:
3.11 Regulamento Não Sim 3.12 Regulamento Não Sim
interno da disciplinar penitenciário
unidade/Estado da unidade/Estado

4 – Características do Estabelecimento SEMESTRAL


4.1 Capacidade total: 454
4.1.2 Lotação total: 1.811
4.2 Capacidade Mulheres: 4.3 Capacidade homens: 454 4.4 Capacidade LGBT:
4.2.1 Lotação Mulheres: 4.3.1 Lotação homens: 1.811 4.4.1 Lotação LGBT:
Condenada Provisória Condenado Provisório Condenada/o Provisória/o
4.5 Há alas separadas para diferentes regimes? sim não
4.6 Há alas separadas para presos provisórios e sim não
condenados?
4.7 Há alas separadas para idosos? sim não
4.8 Há alas separadas para mulheres, se for o caso? sim não
4.9 Há alas separadas para pessoas em medida de sim não
segurança?
4.10 Há alas separadas para LGBT? sim não
4.11 Há local especial para cumprimento de sim não
seguro/custódia diferenciada?
4.12 Há acessibilidade para pessoas com deficiência? sim não
4.13 Há celas metálicas? sim não
4.14 Programa de Estabelecimento

Albergado
necessidades por tipo de penal
Colônia25

pública26
Peniten-

Casa do

HCTP28
estabelecimento penal23
Cadeia

COC27
ciária

Assinale na tabela: Módulos24


Ausência (A) Guarda Externa I
Inconforme (I) Agente Penitenciário / I
Conforme (C) Monitor
Administração I
Observações: Recepção/Revista I
Centro observação / I
triagem / Inclusão
Tratamento Penal I
Vivência coletiva I
Vivência individual I
Serviços I
Saúde I
Tratamento para A
dependentes químicos
Oficina de trabalho A
Educativo I
Polivalente A

Página 22
Creche A
Berçário A
Visita íntima A
Esportes
4.15 Número de celas Homens: 0 Mulheres:
individuais
4.15.1 Lotação celas Homens: 0 Mulheres:
individuais
4.15.2 Dimensão _______m X ______ m _______m X ______ m
4.16 Número de celas Homens: 134 Mulheres: 0
coletivas
4.16.1Capacidade média Homens: 05 Mulheres: 0
das celas coletivas
4.16.2 Lotação média das Homens: 09 Mulheres:
celas coletivas
4.16.3 Dimensão _______m X ______ m _______m X ______ m
4.17 Permeabilidade do 1 a 3% 3 a 5% 5 a 10% > 10%
solo (áreas sem
pavimentação)
4.18 Ventilação cruzada insuficiente suficiente excessiva
geral
4.19 Ventilação cruzada insuficiente suficiente excessiva
nas celas
4.20 Iluminação natural inexistente existente
nas celas
4.21 Incidência de sol nas insuficiente suficiente excessiva
celas
4.22 Programa de inexistente existente
combate a incêndio
4.23 Extintores de insuficiente suficiente
incêndio sem condições de uso em condições de uso
4.24 Construído ou sim 4.25 Reformado com sim
ampliado com subvenção não subvenção de recursos não
de recursos federais? federais?
4.26 Indicativos da sim Quais: Primeiro Comando da Capital (PCC).
atuação de facções no não
estabelecimento?
5 – Características das Pessoas Presas MENSAL
10 5.1 Há pessoas com deficiência? sim Quantidade: 10
não
5.2 Há pessoas com mais de 60 anos presas? sim Quantidade: 03
não
5.3 Há indígenas presos? sim Quantidade:
não
5.4 Há notificação para Funai quanto ao ingresso do sim não
indígena?
5.5 Há estrangeiros presos? sim Quantidade:
não
5.6 Há adolescentes internados no local? sim Quantidade:
não
5.9 Há pessoas presas com transtorno mental? sim Quantidade: 04
não
5.10 Há pessoas presas em tratamento para sim Quantidade: 34
dependência química? não
5.11 Há pessoas presas com Diabetes? sim Quantidade: 10
não
5.12 Há pessoas presas com Hipertensão? sim Quantidade: 28

Página 23
não
5.13 Há pessoas presas com HIV? sim Quantidade: 13
não
5.14 Há pessoas presas com Hepatite? sim Quantidade: 02
não
5.15 Há pessoas presas com Tuberculose? sim Quantidade: 41
não
5.16 Há pessoas presas com Hanseníase? sim Quantidade: 08
não
5.17 Há pessoas presas em RDD? sim Quantidade:
não

7 – Características dos Funcionários em Exercício no Estabelecimento


SEMESTRAL
7.1 Total de RH na área de 71
segurança:
7.2 Total de RH na área 17
administrativa:
7.3 Total de RH na área técnica: 20
7.4 Total Geral: 108
7.5 Advogados / Defensores não sim Quantidade: 03
Públicos alocados na unidade Defensoria Pública Própria Unidade
Outra forma de contratação:
Mensal Quinzenal Semanal Diária
7.6 Auxiliares de Enfermagem não sim Quantidade: 04
SUS Própria Unidade
Mensal Quinzenal Semanal Diária
7.7 Assistentes Sociais não sim Quantidade: 04
SUAS Própria Unidade
Mensal Quinzenal Semanal Diária
7.8 Dentistas não sim Quantidade: 02
SUS Própria Unidade
Mensal Quinzenal Semanal Diária
7.9 Enfermeiros não sim Quantidade: 02
SUS Própria Unidade
Mensal Quinzenal Semanal Diária
7.10 Médicos – Clínico Geral não sim Quantidade: 01
SUS Própria Unidade
Mensal Quinzenal Semanal Diária
7.11 Médicos – Psiquiatras não sim Quantidade: 01
SUS Própria Unidade
Mensal Quinzenal Semanal Diária
7.13 Pedagogos não sim Quantidade:
Secretaria de Educação Própria Unidade
Mensal Quinzenal Semanal Diária
7.14 Psicólogos não sim Quantidade: 05
SUS SUAS Própria Unidade
Mensal Quinzenal Semanal Diária
7.15 Terapeutas Ocupacionais não sim Quantidade:
SUS Própria Unidade
Mensal Quinzenal Semanal Diária
7.16 Outros: Quantidade:
Própria Unidade
Mensal Quinzenal Semanal Diária
7.17 Agentes Prisionais sim Quantidade: 06 mulheres ___homens
não
7.18 Escala de trabalho: 24 x 72

Página 24
7.19 Há utilização de uniforme? sim Com identificação pessoal: sim não
não
7.20 Quais os tipos de cursos
ocorrem para o treinamento dos
agentes? Mensal Quinzenal Semanal Diária
Curso de Formação
Cursos Especiais
Entidade Executora: Escola Penitenciária do Estado de Pernambuco (EPPE)

8 – Condições Materiais SEMESTRAL


8.1 Há camas e colchões para todos os presos? sim não
8.2 Há distribuição de uniformes? sim não
8.3 Há distribuição de calçados? sim não
8.4 Há distribuição de roupas de cama? sim não
8.5 Há distribuição de toalhas? sim não
8.6 Periodicidade de substituição do material entregue:
8.7 Há distribuição de artigos de higiene pessoal? sim não
Quais:
8.8 Há distribuição de artigos de limpeza? sim não
Quais:
8.11 Há local destinado à venda de produtos e objetos sim não
permitidos e não fornecidos pela administração?
Descrever como é feito o pagamento, controle de preços e
destino da receita:
8.12 Descrever a mobília que compõe as celas: Varia de cela para cela,
inclusive porque há presos que
dormem nos corredores dos
pavilhões.
8.13 Há sanitário e lavatório em todas as celas? sim não
8.14 Caso não haja instalações sanitárias na cela, como é
garantido o acesso aos banheiros externos?
8.15 É garantido o acesso ao banheiro no período noturno? sim não
8.16 Número de pessoas por vaso sanitário 09
8.17 É garantido a qualquer momento o uso da descarga sim não
do vaso sanitário?
8.18 Há privacidade para uso das instalações sanitárias? sim não
8.19 Número de pessoas por chuveiro 09
8.20 É garantido o banho diário? sim não
8.21 A água é aquecida? sim não
8.22 É fornecida água potável? sim não
8.23 A água é racionada? sim não
8.23.1 Qual a frequência e duração oferecida?
8.24 Problemas visíveis nas instalações: hidráulico
elétrica
edificação
outros:

Página 25
9 – Alimentação SEMESTRAL
9.1 A alimentação é preparada na própria sim não
unidade?
9.2 Em caso negativo, de onde provém e qual o
custo diário da alimentação por preso?
9.3 O cardápio é orientado por nutricionista? sim não
9.4 Qual a quantidade de alimentação fornecida
no almoço e janta à pessoa presa (peso)?
9.5 N.º de refeições 9.6 Horários das 9.7 Onde as refeições são realizadas?
diárias: 03 refeições: 6h, 10h30min celas refeitório outro: Pátio
e 17h30min

9.8 Há controle de qualidade? sim Qual: realizado pela


nutricionista.
não
9.9 Descrever o controle: Baseado em Programa da SERES:
estoque alimentar (planilha).
9.10 As refeições são padronizadas
adaptadas por motivos de:
saúde religiosos outros
9.11 Os presos deslocados para audiências e sim não
outras atividades externas recebem alimentação e
água potável quando saem e quando retornam,
independentemente do horário?
9.12 Há outras formas de fornecimento de família compra outro:
alimentos? Obs.: Há venda de produtos dentro da
unidade, realizada pelos próprios
presos.

10 – Rotina padrão SEMESTRAL


10.1 Tempo diário dentro da cela: 15h

10.2 Tempo de pátio de sol: 09h 10.3 Tempo de visita: 08h


Frequência: diária Frequência: sábado e domingo
10.4 Tempo de atividades educacionais: 04h 10.5 Tempo de atividades laborais: 08h
Frequência: segunda a sexta Frequência: segunda a sexta
10.6 Tempo de atividades religiosas: 01h 10.7 Tempo de visita íntima: 08h
Frequência: diária Frequência: sábado
10.8 Tempo de atividades esportivas: 09h 10.8 Tempo das atividades culturais: -
Frequência: diária Frequência: -
10.9 Há programa individualizado para o sim não
cumprimento da pena?

Página 26
11 – Assistência à Saúde SEMESTRAL
11.1 Existe unidade básica de saúde do SUS? sim não
11.2 Está integrado à Rede Cegonha do SUS? sim não
11.3 Há distribuição de preservativos? sim Frequência: semanal
não
11.4 Há acesso às medicações definidas pelo SUS para sim não
farmácias de unidades prisionais?
11.5 Há acesso às medicações prescritas que não estão no sim não
pacote SUS?
11.6 Há exames e consultas de ingresso? sim não

11.8 Há vacinação regular? sim não


Se sim, quais vacinas são oferecidas?
11.9 As pessoas presas têm acesso a médico particular, sim não
caso haja a contratação deste profissional por seus
familiares?
11.10 As pessoas presas têm acesso aos exames médicos sim não
necessários?
11.11 Quais trabalhos são realizados para prevenção ou -
controle de doenças infecto-contagiosas?
11.12 Há ambulância na unidade? sim não

11.13 Para que estabelecimentos da rede de Unidade Básica de Saúde – UBS


saúde as pessoas presas tem acesso, Unidade de Pronto Atendimento – UPA
quando necessário? Hospital
Centro de Atendimento Psicossocial – CAPS
Outro:

Página 27
12 – Assistência à Saúde ANUAL
12.1 Programa de
necessidades do Estabelecimentos Penais
módulo de saúde PROGRAMA Pro-
30 31 32
por tipo de DISCRIMINADO por- P CP COL COC HCTP
estabelecimento ção
penal29 Sala de recepção e espera I
Sala de acolhimento
Assinale na tabela: C
multiprofissional

Até 100 presos (10h/sem)


Ausência (A)
Inconforme (I) Sala de atendimento clínico
C
Conforme (C) multiprofissional
Consultório de atendimento
-
Observações: ginecológico com sanitário33
Estoque A
Dispensação de medicamentos e
C
estoque
Cela enfermaria com solário34
Sanitário para pacientes
Consultório de atendimento

De 101 a 300
I
odontológico

presos
Sala multiuso A
Sala de procedimentos A
Laboratório de diagnóstico35 A
700 presos
De 301 a

Sala de coleta de material


C
para laboratório
Sala de Raio X A
Cela de espera A
De 701 a 1000 presos (40h\semana)

Consultório Médico C
Sala de curativos, suturas e
C
Posto de Enfermagem
Cela de Observação (02
A
leitos)
Central de material
esterilizado / expurgo A

Rouparia A
Depósito de Material de
Limpeza
Sanitários para equipe de saúde

Página 28
13 – Assistência Jurídica SEMESTRAL
13.1 Às pessoas presas sem condições financeiras é sim não
proporcionada assistência jurídica gratuita e permanente?
13.2 Em caso positivo, por quem é prestada a assistência? Advogados e Defensoria
Pública.
13.3 A Funai presta assistência jurídica aos presos/internos sim não
indígenas?
13.4 Onde é realizado o contato entre a pessoa presa e o
advogado?
13.5 A Defensoria Pública do Estado comparece com sim não
regularidade? Periodicidade: semanal
13.6 Direitos concedidos
a. Saídas temporárias 0/ mês
b. Livramento condicional 06/ mês
c. Progressões ____________/ mês
d. Indulto ____________/ ano

14 – Assistência Laboral SEMESTRAL


14.1 Há oficinas de trabalho? sim Quantidade:
não
14.2 Quantas das oficinas são administradas pelo Total:
estabelecimento?
14.3 Quantas das oficinas são administradas em parceria Total:
com a iniciativa privada?
Quantidade de Envolvidos Envolvidos
14.4 Atividade Envolvidos Remunerados Não-Remunerados
Mulher Homem Mulher Homem Mulher Homem
a. Cozinha - - - - - -
b. Limpeza - - - - - -
c. Serviços Administrativos - - - - - -
d. Oficinas de trabalho - - - - - -
e. Biblioteca - - - - - -
f. Fábrica - - - - - -
g. Agricultura - - - - - -
h. Artesanato - - - - - -
i. Pecuária - - - - - -
j. Outros:
Especificar:________________________________________________________________

_________________________________________________________________________

14.4.1 Remuneração Mulher Homem


a. Cozinha - -
b. Limpeza - -
c. Serviços Administrativos - -
d. Oficinas de trabalho - -
e. Biblioteca - -
f. Fábrica - -
g. Agricultura - -
h. Artesanato - -
i. Pecuária - -
j. Outros - -
14.5 Total de presos ou internos com permissão para 0
trabalho externo:

Página 29
14.6 Há avaliação das aptidões e capacidades do preso sim não
para sua alocação em determinado trabalho?
Em caso positivo, como essa avaliação é realizada?

14.7 Há avaliação e estímulo ao crescimento profissional sim não


que permita a qualificação ou diversificação do trabalho?
Em caso positivo, descreva.

15 – Assistência Educacionais/Desportivas/Culturais e de Lazer SEMESTRAL


15.1 Programa de necessidades
do módulo de educação por tipo
de estabelecimento penal36
PROGRAMA
37 38 HCTP
Assinale na tabela: DISCRIMINADO P CP COL COC 39
Ausência (A)
Inconforme (I) Biblioteca
Conforme (C) I

Sala de aula 40 C
Observações: São 06 salas de
aula, duas delas climatizadas.
Instalação
sanitária (pessoa C
presa)
Sala de
C
professores
Sala de
A
informática
Sala de encontros
41 A
com a sociedade
15.2 Indique nas atividades o número de presos envolvidos:
80 alfabetização
175 ensino fundamental
43 ensino médio
_____ profissionalizante
_____ outros:
Especificar:________________________________________________________________

15.3 Os cursos são ministrados por:


Professores do Sistema Penitenciário Estadual
Professores da Secretaria Estadual de Educação
Professores da Secretaria Municipal de Educação
Presos monitores
Voluntários
Outros professores:
Especificar:________________________________________________________________

15.4 Há atividades esportivas? não


sim Quais: Futebol
Onde: Quadra
15.5 Há atividades culturais/lazer? não
sim Quais:
Onde:
15.6 Se há biblioteca, como funciona o acesso das Disponível apenas para os alunos
pessoas presas aos livros: durante as aulas.

Página 30
16 – Assistência Religiosa SEMESTRAL
16.1 Há visita de religiosos? sim não
16.2 Quais denominações visitam o Espíritas Católicos
estabelecimento? Evangélicos de Matriz Africana
Outra:
16.3 Onde são realizadas as cerimônias Templo ecumênico
religiosas?
16.4 É permitida a entrada de objetos que sim não
fazem parte da cerimônia?
16.5 As necessidades religiosas são sim não
consideradas com relação às vestimentas,
horários e rotinas?

17 – Assistência Social SEMESTRAL


17.1 Há recintos adequados para a atividade de sim não
assistência social?
17.2 Ações de assistência social desenvolvidas:

Contato com familiares sim não


Documentos sim não
Benefícios da Previdência Social sim não
Ações com os egressos sim não
Ações com o SUAS sim não
Projetos, se sim, quais: sim não

18 – Segurança SEMESTRAL
18.1 A segurança interna é realizada por:
policiais civis policiais militares agentes penitenciários
terceiros outros:
18.2 Equipamentos disponibilizados pelos responsáveis
pela segurança interna:
Arma menos letal (bala de borracha) sim não
Arma letal sim não
Taser sim não
Gás de pimenta / lacrimogênio sim não
Cassetete / Tonfa sim não
Algemas sim não
Rádio sim não
Alarme sim não
Circuito de vigilância interna sim não
Outro: sim não
18.3 No caso de uso de arma de fogo:
Os usuários têm porte de armas? sim não
É garantido treinamento periódico? sim não
18.4 No caso de emprego de arma de fogo? sim não
18.5 No caso de uso de arma tipo Taser os registros de sim não
descarga do equipamento são identificados por servidor?
18.6 A segurança externa é realizada por:
policiais civis policiais militares agentes penitenciários
terceiros outros:
18.7 A escolta externa é realizada por:
policiais civis policiais militares agentes penitenciários
terceiros outros:
18.8 Há escolta externa especifica para área de saúde:
sim não
18.9 Existe grupo de intervenção especial vinculado à sim não
unidade?
Página 31
18.10 Caso exista, quem são os envolvidos:
policiais civis policiais militares agentes penitenciários
terceiros outros:
18.11 Equipamentos disponibilizados para o controle da
entrada:
Portal detector de metal sim não
Raquete detectora de metal sim não
Banco detector de metal sim não
Raio X sim não
Espectômetro sim não
Boddy Scanner sim não
Outro:

19 – Disciplina e ocorrências MENSAL


19.1 Há registro de imposição de sanção disciplinar aos sim não
presos?
19.2 Qual a forma adotada para o registro? Livro PAD
Procedimento Eletrônico
Outro
19.3 No registro da sanção de natureza grave é anotado o sim não
prévio procedimento disciplinar?
19.4 Há sanção disciplinar de natureza grave sem sim não
instauração do respectivo procedimento?
19.5 Toda notícia de falta disciplinar enseja a instauração sim não
de procedimento?
19.6 A falta disciplinar é reconhecida judicialmente? sim não
19.7 São executadas sanções coletivas? sim não
19.8 É observado o direito de defesa do preso? sim não

Se sim, em qual fase? fase administrativa


fase judicial
19.9 O ato administrativo que determina a aplicação da sim não
sanção disciplinar é motivado?
19.10 Quais as condições da cela usada para aplicação de
sanção disciplinar?
19.11 Qual o maior período aplicado de isolamento? 10 dias 20 dias
30 dias outro:
19.12 Qual o tempo médio de rebaixamento de
comportamento ou reabilitação por falta grave?
19.13 Qual o número de sanções por falta grave (mês)?
19.14 Houve motins ou rebeliões nos últimos 12 meses? sim não
19.15 Ocorrências nos últimos 12 meses: Mulheres Homens
19.16 Fugas (pessoas) - 10
19.17 Pessoas evadidas - -
19.18 Saídas temporárias (pessoas) - -
19.19 Mortes naturais - -
19.20 Mortes por homicídio - 05
19.21 Mortes acidentais - -
19.22 Mortes por suicídio - -
19.23 Incidentes com funcionários (pessoas) - -

20 – Visitas SEMESTRAL
20.1 A visita social ocorre regularmente? sim frequência: semanal
não
20.2 Quantas pessoas podem ser cadastradas 1 ou 2 3 ou 4
por preso para realizarem a visita? 5 ou 6 6 ou 7
8 ou mais

Página 32
20.3 Quantas pessoas podem realizar a visita 1 ou 2 3 ou 4
por vez? 5 ou 6 7 ou 8
9 ou mais
20.4 Qual o local que ocorre a visita social: pátio de visita pátio do banho de sol
celas outro:
20.5 Há local específico para visita de crianças? sim não
20.6 Há permissão para visitas íntimas? sim frequência: _______
não
20.7 Há permissão para visitas íntimas sim não
homoafetivas?
20.8 Qual o local que ocorre a visita íntima? módulo de visita íntima
pátio do banho de sol
celas outro:
20.9 Quais os procedimentos de revista dos mecânica(detector de metais,
visitantes? raquetes, banco, espectômetro)
manual sem desnudamento
com desnudamento
outro:
20.10 É permitida a visita de menores de 18 sim não
anos?

21 – Relato das pessoas presas ou de funcionários MENSAL


21.1 Há reclamações Instalações
sobre quais aspectos: Assistência Jurídica
Assistência Saúde
Assistência Educacional
Assistência social
Atividades Esportivas
Lazer
Visita
Maus tratos ou tortura
Outros: superlotação, truculência da PM e do GOS durante
as revistas.
21.2 No caso de maus Não
tratos ou tortura, há Sim
indícios dos fatos Ferimentos no corpo
relatados? Marcas de projéteis nas celas ou outros ambientes
Relatos idênticos em diferentes alas
Nas datas dos eventos houve cancelamento de visita,
entrada de grupos especiais de intervenção, transferência de
presos, movimentações noturnas ou outra situação atípica
Locais característicos como ambiente de castigo (sem
colchão, sem sanitário, sem iluminação, sem ventilação, sujos,
com insetos, entre outros aspectos)
Uso de bala clava (capuz)
Outros:

21.3 Quais providências Exame de corpo de delito


foram tomadas para Denúncia formalizada ao Juiz ou Ministério Público
apurar os fatos até o Inquérito
momento? Instauração de procedimento administrativo
Outro:

21.4 Quais providências Exame de corpo de delito


serão tomadas para Denúncia formalizada ao Juiz ou Ministério Público
apurar os fatos a partir de Inquérito
agora? Instauração de procedimento administrativo
Outro:

Página 33
21.5 Há orientação no Ouvidoria Conselho da Comunidade
estabelecimento quanto à Corregedoria Conselho Penitenciário
forma de acessar: Disque 100 Comissão de DH da OAB
Outro:
21.6 Outras informações:

22 – Diversos SEMESTRAL
22.1 No momento da inclusão da pessoa presa, há sim não
explicações sobre o funcionamento do
estabelecimento?
22.2 No momento da inclusão da pessoa presa, há sim não
explicações sobre direitos e deveres do preso?
22.3 Quando se aproxima a liberdade há algum sim Frequência: _______
trabalho realizado para preparação do preso? não
22.4 É permitida a entrada de jornais e revistas? sim não
22.5 Como funciona o envio e recebimento de Pelos Correios.
correspondências?
22.6 As pessoas presas têm acesso a telefone sim não
público?
22.7 Há alistamento, transferência e revisão sim não
eleitoral de presos provisórios?
Motivo: Apesar de ser uma cadeia pública,
todos os presos são condenados.
22.8 É permitido o uso de:
a. Rádio/Aparelho de Som sim não
b. TV sim não
c. Vídeo/DVD sim não
d. Geladeira sim não
e. Fogão/Fogareiro/Mergulhão/Rabo Quente sim não
f. Ventilador sim não
g. Outros:
22.9 Há organizações não governamentais atuando sim não
no estabelecimento?
22.10 Se existe, em quais áreas: gestão educação
saúde assistência social
trabalho religiosa
comunicação cidadania
reciclagem manutenção
Outras:

Qual a frequência: diária semanal


quinzenal mensal
esporádico outro:

Página 34
22.11 Como é tratado o lixo produzido no separado reciclado
estabelecimento? não é recolhido coleta municipal
outro:

23 – Inspeções MENSAL
23.1 O estabelecimento é inspecionado regularmente por:
a. Juiz Corregedor sim Frequência: _______
não
b. Juiz de Execução sim Frequência: _______
não
c. Ministério Público sim Frequência: mensal
não
d. Defensor Público sim Frequência: _______
não
e. Conselho Penitenciário sim Frequência: mensal
não
f. Conselho da Comunidade sim Frequência: _______
não
g. Conselho Estadual de Direitos Humanos ou sim Frequência: diária
Comitê Estadual de Combate à Tortura não
c. Comissão de Direitos Humanos da OAB sim Frequência: _______
não
h. Pastoral Carcerária sim Frequência: semanal
não
ii. Outros: Serviço Ecumênico de Militância nas Prisões (SEMPRI).

24 – Valoração sobre os itens inspecionados SEMESTRAL

Item avaliado Ótimo Bom Regular Ruim Não


10-9 8-7 6-4 3-0 avaliado
24.1. Estrutura predial X
24.2 Manutenção X
24.3 Limpeza X
24.4 Ventilação das celas X
24.5 Iluminação das celas X
24.6 Insolação das celas X
24.7 Cozinha X
24.8 Refeitório X
24.9 Assistência à saúde X
24.10 Assistência à educação X
24.11 Assistência jurídica
24.12 Assistência social X
24.13 Atividades laborais X
24.14 Cela para
isolamento/seguro
24.15 Cela de sanção disciplinar
24.16 Local de visita social X
24.17 Local de visita íntima Não há
24.18 Pátio de sol X
24.19 Alojamento dos agentes X
24.20 Segurança X
24.21 Procedimentos da X
unidade

Página 35
25 – Conclusão SEMESTRAL

25.1 Irregularidades encontradas com base na Lei n.º 7.210/84 (Lei de Execução
Penal - LEP), Constituição Federal/88, Lei n.º 8.069/90 (Estatuto da Criança e do
Adolescente - ECA), Resoluções do Conselho Nacional de Política Criminal e
Penitenciária – CNPCP, Lei nº 9.455/97 (Crimes de Tortura), Lei 10.172/2011 –
Plano Nacional de Educação, e Portaria Interministerial - Saúde e Justiça - nº
1.777/2003.

X Ocupação total superior à capacidade da unidade (art. 85 da LEP)


X N.º de presos por cela superior ao n.º definido em lei (art. 88 da LEP)
X Presença de pessoas com idade acima de 60 anos junto aos demais presos
(art. 82, § 1º da LEP)
Irregularidade na distribuição dos presos nas celas, com presença de presos
provisórios junto a presos condenados e presos primários com reincidentes
(art. 84, § 1º da LEP, art. 7º da Resolução n.º 14/94 do CNPCP)
X Falta de programa individualizador da pena privativa de liberdade (art. 6º
da LEP)
Existência de pessoas presas por medida de segurança cumprindo pena junto
aos demais presos (anexo da Resolução nº 05/2004 do CNPCP, e art.
4º, Resolução nº 12/2009 do CNPCP)
- Presença de adolescentes no estabelecimento (arts. 123 e 185 do ECA);
- Presença de mulheres em ambientes de homens (art. 82, § 1º da LEP)
- Presença de agentes do sexo masculino nas dependências internas dos
estabelecimentos penais femininos (art. 83 § 3º da LEP)
- Inexistência de berçário para crianças nas unidades prisionais femininas (art.
83 § 2º da LEP, e art. 10, Resolução nº 4/2009 do CNPCP)
- Ausência de seção para gestante e parturiente nos estabelecimentos penais
femininos (art. 89 da LEP)
- Ausência de creche para abrigar crianças entre 06 meses e 7 anos nos
estabelecimentos penais femininos (art. 89 da LEP)
X Ausência ou número insuficiente de camas individuais (art. 8º, § 2º da
Resolução n.º 14/94 do CNPCP)
X Condições precárias de higiene e limpeza das celas (art. 9º da Resolução
n.º 14/94 CNPCP)
- Falta de cardápio alimentar orientado por nutricionistas (art. 13 da
Resolução n.º 14/94 do CNPCP)
- N.º de refeições por dia inadequado às necessidades dos presos (art. 13 da
Resolução n.º 14/94 do CNPCP)
- Roupas fornecidas pelo estabelecimento impróprias às condições climáticas
(art. 12, caput, da Resolução n.º 14/94 do CNPCP)
- Roupas sujas e/ou em mau estado de conservação (art. 12, § 2º da
Resolução n.º 14/94 do CNPCP)
Inexistência de local para aquisição de produtos permitidos para higiene
pessoal, mas não fornecidos pela administração (art. 13 da LEP)
- Inexistência de sanitário na própria cela (art. 88, caput, da LEP)
- Falta de assistência jurídica regular aos presos carentes (arts. 15, 16 e 41,
VII da LEP)
X Ausência de instalação destinada à Defensoria Pública (art. 83 § 5º da LEP)
X Inexistência de local destinado a atividades de estágio para universitários
(art. 83, § 1º da LEP)
- Inexistência de curso de alfabetização (art. 40, p. un. da Resolução n.º
14/94 do CNPCP)
- Inexistência de educação de ensino fundamental (art. 18 da LEP, meta 17
da Lei 10.172/2001)
X Inexistência de educação de ensino profissional (art. 19 da LEP, meta 17
da Lei 10.172/2001)

Página 36
- Ausência de biblioteca (art. 21 da LEP)
- Não oferecimento de atividade física e/ou recreação (art. 23, IV e art. 41,
V e VI da LEP, art. 14 da Resolução n.º 14/94 do CNPCP)
- Ausência de sala de aula para cursos básico e profissionalizante (art. 83 §
4º da LEP)
- Falta de serviço de assistência social (arts. 22 e 41, VII da LEP)
Inexistência de cursos de qualificação para o servidor penitenciário (art. 77,
§ 1º da LEP e art. 49 da Resolução n.º 14/94 do CNPCP)
Ausência de equipe de saúde própria nas unidades com mais de 100 presos
(art. 8º da Portaria Interministerial - Saúde e Justiça - n.º 1.777, de
09/09/2003)
- Não disponibilização dos medicamentos básicos do SUS (art. 8º, § 4º da
Portaria Interministerial - Saúde e Justiça - n.º 1.777/2003)
X Nº de agentes penitenciários inferior ao recomendado: 5 presos por agente
penitenciário, no mínimo (art. 1º, Resolução nº 09/2009 do CNPCP)
X Ausência de profissionais da equipe técnica ou nº insuficiente abaixo do
recomendado (art. 2º, Resolução nº 09/2009 do CNPCP)
Inexistência de audiência especial com o diretor do estabelecimento (art. 41,
XIII da LEP)
- Falta de concessão de banho de sol regular aos presos (art. 14 da
Resolução n.º 14/94 do CNPCP)
- Proibição da utilização dos meios de informação (art. 41, XV da LEP)
- Proibição da utilização de correspondência escrita externa (art. 41, XV da
LEP);
Falta de tratamento nominal dos presos (art. 41, XI da LEP e art. 4º da
Resolução n.º14/94 do CNPCP);
X Inexistência de local específico para guarda de objetos pessoais dos presos
(art. 45, §§ 1º e 2 da Resolução n.º 14/94 do CNPCP);
Impedimento de visita íntima para relações homoafetivas (art. 2º,
Resolução nº 04/2011 do CNPCP)
Inexistência de Comissão Técnica de Classificação dos Condenados (art. 6º
da LEP)
Deficiência na composição da Comissão Técnica (art. 7º da LEP)
Condições inadequadas de realização de trabalho:

Trabalho não remunerado (arts. 29 e 41, II da LEP);


Jornada reduzida ou ampliada (art. 33 da LEP);
Tipo de trabalho incompatível com a condição de idoso, doente ou pessoa
com deficiência (art. 32, §§ 2º e 3º da LEP);
X Inexistência de trabalho voltado para a reinserção social do condenado (art.
23, V da LEP);
Indícios de ocorrência de atos tipificados como tortura (Lei 9.455/97)

4. Presídio de Igarassu – PI

A equipe foi recepcionada pelo diretor da unidade, Cel. Benício Caetano da Silva, o qual também
acompanhou a inspeção.

2 – Identificação do Estabelecimento ANUAL


2.1 Estabelecimento: Presídio de Igarassu
2.2 Apelido da unidade: Presídio de Igarassu
2.2.1 Endereço: Rodovia BR 101 – Norte, KM 32,5 – Tabatinga, CEP: 53610-
970

Página 37
2.2.2 Cidade/UF: Igarassu/PE
2.3
Penitenciária Cadeia Pública / Presídio
Colônias agrícolas, industriais ou similares Centro de Observação Criminológica
Hospital de Custódia Casa de Albergado
2.4
Masculino Feminino

3 – Administração SEMESTRAL
3.1 Gestão Pública
Terceirização de serviços complementares (alimentação,
limpeza, lavanderia)
Terceirização da equipe técnica e administrativa
Terceirização da equipe de segurança
Método APAC
3.2 Responsável Benício Caetano da Silva
pelo
estabelecimento:
3.3 Cargo: Gerente Executivo
3.4 Formação Direito Ciências Sociais Psicologia Pedagogia
Profissional Administração Serviço Social Outra:
3.5 Responsável Agente Penitenciário Gerailton Ferreira da Silva
pela segurança:
3.6 Cargo: Chefe de Segurança (Supervisor de segurança)
3.7 Formação Estudante do curso de Direito
Profissional:
3.8 Quantidade de 1a3 4a6 7a9 10 a 12 13 a 15 > 15
computadores:
3.9 Acesso à Sim Não
Internet
3.10 Alimenta o Integralmente Parcialmente Não alimenta
INFOPEN Mensal Trimestral Semestral Anual
Outro:
3.11 Regulamento Não Sim 3.12 Regulamento Não Sim
interno da disciplinar penitenciário
unidade/Estado da unidade/Estado

4 – Características do Estabelecimento SEMESTRAL


4.1 Capacidade total: 530
4.1.2 Lotação total: 3.703
4.2 Capacidade Mulheres: 4.3 Capacidade homens: 506 4.4 Capacidade LGBT: 24
4.2.1 Lotação Mulheres: 4.3.1 Lotação homens: 3.684 4.4.1 Lotação LGBT: 19
Condenada Provisória Condenado Provisório Condenada/o Provisória/o
4.5 Há alas separadas para diferentes regimes? sim não
4.6 Há alas separadas para presos provisórios e sim não
condenados?
4.7 Há alas separadas para idosos? sim não
4.8 Há alas separadas para mulheres, se for o caso? sim não
4.9 Há alas separadas para pessoas em medida de sim não
segurança?
4.10 Há alas separadas para LGBT? sim não
4.11 Há local especial para cumprimento de sim não
seguro/custódia diferenciada?
4.12 Há acessibilidade para pessoas com deficiência? sim não
4.13 Há celas metálicas? sim não

Página 38
4.14 Programa de Estabelecimento

Albergado
necessidades por tipo de penal

Colônia44

pública45
Peniten-

Casa do

HCTP47
estabelecimento penal42

Cadeia

COC46
ciária
Assinale na tabela: Módulos43
Ausência (A) Guarda Externa
Inconforme (I) Agente Penitenciário / I
Conforme (C) Monitor
Administração I
Observações: Recepção/Revista I
Centro observação / I
triagem / Inclusão
Tratamento Penal I
Vivência coletiva I
Vivência individual I
Serviços I
Saúde I
Tratamento para A
dependentes químicos
Oficina de trabalho C
Educativo C
Polivalente I
Creche
Berçário A
Visita íntima I
Esportes
4.15 Número de celas Homens: 26 Mulheres:
individuais
4.15.1 Lotação celas Homens: 124 Mulheres:
individuais
4.15.2 Dimensão 3mX2m _______m X ______ m
4.16 Número de celas Homens: 96 Mulheres:
coletivas
4.16.1Capacidade média Homens: 5 Mulheres:
das celas coletivas
4.16.2 Lotação média das Homens: 15 Mulheres:
celas coletivas
4.16.3 Dimensão 4mX4m _______m X ______ m
4.17 Permeabilidade do 1 a 3% 3 a 5% 5 a 10% > 10%
solo (áreas sem
pavimentação)
4.18 Ventilação cruzada insuficiente suficiente excessiva
geral
4.19 Ventilação cruzada insuficiente suficiente excessiva
nas celas
4.20 Iluminação natural inexistente existente
nas celas
4.21 Incidência de sol nas insuficiente suficiente excessiva
celas
4.22 Programa de inexistente existente
combate a incêndio
4.23 Extintores de insuficiente suficiente
incêndio sem condições de uso em condições de uso
4.24 Construído ou sim 4.25 Reformado com sim
ampliado com subvenção não subvenção de recursos não
de recursos federais? federais?
4.26 Indicativos da sim Quais:

Página 39
atuação de facções no não
estabelecimento?

5 – Características das Pessoas Presas MENSAL


10 5.1 Há pessoas com deficiência? sim Quantidade: 20
não
5.2 Há pessoas com mais de 60 anos presas? sim Quantidade: 26
não
5.3 Há indígenas presos? sim Quantidade:
não
5.4 Há notificação para Funai quanto ao ingresso do sim não
indígena?
5.5 Há estrangeiros presos? sim Quantidade:
não
5.6 Há adolescentes internados no local? sim Quantidade:
não
5.9 Há pessoas presas com transtorno mental? sim Quantidade:
não
5.10 Há pessoas presas em tratamento para sim Quantidade:
dependência química? não
5.11 Há pessoas presas com Diabetes? sim Quantidade: 18
não
5.12 Há pessoas presas com Hipertensão? sim Quantidade: 39
não
5.13 Há pessoas presas com HIV? sim Quantidade: 11
não
5.14 Há pessoas presas com Hepatite? sim Quantidade:
não
5.15 Há pessoas presas com Tuberculose? sim Quantidade: 48
não
5.16 Há pessoas presas com Hanseníase? sim Quantidade: 02
não
5.17 Há pessoas presas em RDD? sim Quantidade:
não

7 – Características dos Funcionários em Exercício no Estabelecimento


SEMESTRAL
7.1 Total de RH na área de 58
segurança:
7.2 Total de RH na área 19
administrativa:
7.3 Total de RH na área técnica: 29
7.4 Total Geral: 106
7.5 Advogados / Defensores não sim Quantidade: 04
Públicos alocados na unidade Defensoria Pública Própria Unidade
Outra forma de contratação:
Mensal Quinzenal Semanal Diária
7.6 Auxiliares de Enfermagem não sim Quantidade: 03
SUS Própria Unidade
Mensal Quinzenal Semanal Diária
7.7 Assistentes Sociais não sim Quantidade: 07
SUAS Própria Unidade
Mensal Quinzenal Semanal Diária
7.8 Dentistas não sim Quantidade: 02
SUS Própria Unidade
Mensal Quinzenal Semanal Diária
7.9 Enfermeiros não sim Quantidade: 04

Página 40
SUS Própria Unidade
Mensal Quinzenal Semanal Diária
7.10 Médicos – Clínico Geral não sim Quantidade: 02
SUS Própria Unidade
Mensal Quinzenal Semanal Diária
7.11 Médicos – Psiquiatras não sim Quantidade:
SUS Própria Unidade
Mensal Quinzenal Semanal Diária
7.13 Pedagogos não sim Quantidade: 20
Secretaria de Educação Própria Unidade
Mensal Quinzenal Semanal Diária
7.14 Psicólogos não sim Quantidade: 04
SUS SUAS Própria Unidade
Mensal Quinzenal Semanal Diária
7.15 Terapeutas Ocupacionais não sim Quantidade:
SUS Própria Unidade
Mensal Quinzenal Semanal Diária
7.16 Outros: Quantidade: 06: 04 nutricionistas, uma farmacêutica
e 02 auxiliares de dentista.
Própria Unidade
Mensal Quinzenal Semanal Diária
7.17 Agentes Prisionais sim Quantidade: 11 mulheres e 66 homens
não
7.18 Escala de trabalho: 24 x 72 (plantão) e diarista de 8h/dia
7.19 Há utilização de uniforme? sim Com identificação pessoal: sim não
não
7.20 Quais os tipos de cursos
ocorrem para o treinamento dos
agentes? Mensal Quinzenal Semanal Diária
Curso de Formação
Cursos Especiais
Entidade Executora: Escola Penitenciária.
Obs.: Quando há disponibilidade de curso ou estágio.

Página 41
8 – Condições Materiais SEMESTRAL
8.1 Há camas e colchões para todos os presos? sim não
8.2 Há distribuição de uniformes? sim não
8.3 Há distribuição de calçados? sim não
8.4 Há distribuição de roupas de cama? sim não
8.5 Há distribuição de toalhas? sim não
8.6 Periodicidade de substituição do material entregue:
8.7 Há distribuição de artigos de higiene pessoal? sim não
Quais:
8.8 Há distribuição de artigos de limpeza? sim não
Quais:
8.11 Há local destinado à venda de produtos e objetos sim não
permitidos e não fornecidos pela administração? Obs.: Há vendas por pequenos
Descrever como é feito o pagamento, controle de preços e ambulantes e algumas
destino da receita: pequenas cantinas que são
exploradas pelos próprios
presos, com preços praticados
próximo aos preços do
comércio formal.
8.12 Descrever a mobília que compõe as celas: Varia de cela para cela.

8.13 Há sanitário e lavatório em todas as celas? sim não


8.14 Caso não haja instalações sanitárias na cela, como é
garantido o acesso aos banheiros externos?
8.15 É garantido o acesso ao banheiro no período noturno? sim não
8.16 Número de pessoas por vaso sanitário 25
8.17 É garantido a qualquer momento o uso da descarga sim não
do vaso sanitário?
8.18 Há privacidade para uso das instalações sanitárias? sim não
8.19 Número de pessoas por chuveiro Em regra o banho é de cuia.
8.20 É garantido o banho diário? sim não
8.21 A água é aquecida? sim não
8.22 É fornecida água potável? sim não
8.23 A água é racionada? sim não
8.23.1 Qual a frequência e duração oferecida? 03 vezes ao dia
8.24 Problemas visíveis nas instalações: hidráulico
elétrica
edificação
outros:

Página 42
9 – Alimentação SEMESTRAL
9.1 A alimentação é preparada na própria sim não
unidade?
9.2 Em caso negativo, de onde provém e qual o
custo diário da alimentação por preso?
9.3 O cardápio é orientado por nutricionista? sim não
9.4 Qual a quantidade de alimentação fornecida Em média 700 gramas.
no almoço e janta à pessoa presa (peso)?
9.5 N.º de refeições 9.6 Horários das 9.7 Onde as refeições são realizadas?
diárias: 03 refeições: 6h30, 11h30 celas refeitório outro:
e 17h30

9.8 Há controle de qualidade? sim Qual:


não
9.9 Descrever o controle:

9.10 As refeições são padronizadas


adaptadas por motivos de:
saúde religiosos outros
9.11 Os presos deslocados para audiências e sim não
outras atividades externas recebem alimentação e
água potável quando saem e quando retornam,
independentemente do horário?
9.12 Há outras formas de fornecimento de família compra outro:
alimentos?

10 – Rotina padrão SEMESTRAL


10.1 Tempo diário dentro da cela: 19h

10.2 Tempo de pátio de sol: 02h 10.3 Tempo de visita: 8h


Frequência: diária Frequência: semanal
10.4 Tempo de atividades educacionais: 04h 10.5 Tempo de atividades laborais: 8h
Frequência: segunda a sexta Frequência: segunda a sexta
10.6 Tempo de atividades religiosas: 10.7 Tempo de visita íntima: 8h (hora da
Frequência: diária visita social.
Frequência: semanal
10.8 Tempo de atividades esportivas: 10.8 Tempo das atividades culturais:
Frequência: diária Frequência: diária
10.9 Há programa individualizado para o sim não
cumprimento da pena?
10.10 Em caso positivo, qual a freqüência de mensal trimestral semestral
atualização: outro:
10.10.1 Quais profissionais participam da
elaboração do programa:
10.10.2 Descreva os procedimentos para
elaboração do programa individualizado:

Página 43
11 – Assistência à Saúde SEMESTRAL
11.1 Existe unidade básica de saúde do SUS? sim não
11.2 Está integrado à Rede Cegonha do SUS? sim não
11.3 Há distribuição de preservativos? sim Frequência: semanal,
durante as visitas íntimas.
não
11.4 Há acesso às medicações definidas pelo SUS para sim não
farmácias de unidades prisionais?
11.5 Há acesso às medicações prescritas que não estão no sim não
pacote SUS?
11.6 Há exames e consultas de ingresso? sim não

11.8 Há vacinação regular? sim não


Se sim, quais vacinas são oferecidas? Febre, gripe, complexo
vitamínico etc.
11.9 As pessoas presas têm acesso a médico particular, sim não
caso haja a contratação deste profissional por seus
familiares?
11.10 As pessoas presas têm acesso aos exames médicos sim não
necessários?
11.11 Quais trabalhos são realizados para prevenção ou Através de distribuição de
controle de doenças infecto-contagiosas? camisinhas, coleta de sangue
etc.
11.12 Há ambulância na unidade? sim não

11.13 Para que estabelecimentos da rede de Unidade Básica de Saúde – UBS


saúde as pessoas presas tem acesso, Unidade de Pronto Atendimento – UPA
quando necessário? Hospital
Centro de Atendimento Psicossocial – CAPS
Outro:

Página 44
12 – Assistência à Saúde ANUAL
12.1 Programa de
necessidades do Estabelecimentos Penais
módulo de saúde PROGRAMA Pro-
49 50 51
por tipo de DISCRIMINADO por- P CP COL COC HCTP
estabelecimento ção
penal48 Sala de recepção e espera I
Sala de acolhimento
Assinale na tabela: I
multiprofissional

Até 100 presos (10h/sem)


Ausência (A)
Inconforme (I) Sala de atendimento clínico
I
Conforme (C) multiprofissional
Consultório de atendimento
-
Observações: ginecológico com sanitário52
Estoque A
Dispensação de medicamentos e
C
estoque
Cela enfermaria com solário53 A
Sanitário para pacientes C
Consultório de atendimento

De 101 a 300
C
odontológico

presos
Sala multiuso A
Sala de procedimentos C
Laboratório de diagnóstico54 A
700 presos
De 301 a

Sala de coleta de material


A
para laboratório
Sala de Raio X A
Cela de espera C
De 701 a 1000 presos (40h\semana)

Consultório Médico C
Sala de curativos, suturas e
A
Posto de Enfermagem
Cela de Observação (02
A
leitos)
Central de material
esterilizado / expurgo A

Rouparia I
Depósito de Material de
A
Limpeza
Sanitários para equipe de saúde C

Página 45
13 – Assistência Jurídica SEMESTRAL
13.1 Às pessoas presas sem condições financeiras é sim não
proporcionada assistência jurídica gratuita e permanente?
13.2 Em caso positivo, por quem é prestada a assistência? Advogados da unidade.
13.3 A Funai presta assistência jurídica aos presos/internos sim não
indígenas?
13.4 Onde é realizado o contato entre a pessoa presa e o
advogado?
13.5 A Defensoria Pública do Estado comparece com sim não
regularidade? Periodicidade:
13.6 Direitos concedidos
a. Saídas temporárias 0/ mês
b. Livramento condicional 24/ mês
c. Progressões 35/ mês
d. Indulto 02/ ano

14 – Assistência Laboral SEMESTRAL


14.1 Há oficinas de trabalho? sim Quantidade: 05
não
14.2 Quantas das oficinas são administradas pelo Total: 03
estabelecimento?
14.3 Quantas das oficinas são administradas em parceria Total: 02
com a iniciativa privada?
Quantidade de Envolvidos Envolvidos
14.4 Atividade Envolvidos Remunerados Não-Remunerados
Mulher Homem Mulher Homem Mulher Homem
a. Cozinha - 28 - -
b. Limpeza - 08 - -
c. Serviços Administrativos - 20 - -
d. Oficinas de trabalho - 40 - -
e. Biblioteca - 03 - -
f. Fábrica - 50 - -
g. Agricultura - 05 - -
h. Artesanato - 06 - -
i. Pecuária - 0 - -
j. Outros:
Especificar: Há duas empresas conveniadas instaladas nas dependências da unidade (Pórtico
e Ondunorte) que oferecem trabalho aos presos. No convênio com a Ondunorte existem 18
presos na função de auxiliar de produção. No convênio com a Pórtico, 20 presos trabalhando
em diversas atividades, a saber: 11 na montagem, 02 como auxiliar de produção na
ferragem, 02 como auxiliar de produção na usinagem, 02 como auxiliar de produção no
galpão de gesso, 01 como operador de máquinas, e um sub-encarregado na produção.
_________________________________________________________________________

14.4.1 Remuneração Mulher Homem


a. Cozinha
b. Limpeza
c. Serviços Administrativos
d. Oficinas de trabalho
e. Biblioteca
f. Fábrica
g. Agricultura
h. Artesanato
i. Pecuária
j. Outros
14.5 Total de presos ou internos com permissão para 0
trabalho externo:

Página 46
14.6 Há avaliação das aptidões e capacidades do preso sim não
para sua alocação em determinado trabalho?
Em caso positivo, como essa avaliação é realizada?

14.7 Há avaliação e estímulo ao crescimento profissional sim não


que permita a qualificação ou diversificação do trabalho?
Em caso positivo, descreva.

15 – Assistência Educacionais/Desportivas/Culturais e de Lazer SEMESTRAL


15.1 Programa de necessidades
do módulo de educação por tipo
de estabelecimento penal55
PROGRAMA
56 57 HCTP
Assinale na tabela: DISCRIMINADO P CP COL COC 58
Ausência (A)
Inconforme (I) Biblioteca
Conforme (C) C

Sala de aula 59 C
Observações: Há 06 salas de aula.
A instalação sanitária para os
presos estava com mau cheiro. No Instalação
caso da sala de informática, os sanitária (pessoa C
computadores estavam presa)
disponíveis, mas o espaço ainda Sala de
C
estava sendo reestruturado. Há professores
uma escola dentro da unidade, Sala de
I
com biblioteca. Além disso, há informática
bibliotecas nos pavilhões. Sala de encontros
60
com a sociedade
15.2 Indique nas atividades o número de presos envolvidos:
02 alfabetização
10 ensino fundamental
10 ensino médio
0 profissionalizante
_____ outros:
Especificar:________________________________________________________________

15.3 Os cursos são ministrados por:


Professores do Sistema Penitenciário Estadual
Professores da Secretaria Estadual de Educação
Professores da Secretaria Municipal de Educação
Presos monitores
Voluntários
Outros professores:
Especificar:________________________________________________________________

15.4 Há atividades esportivas? não


sim Quais: Capoeira, Jiu Jitsu,
Fubetol e Musculação.
Onde: Espaço próprio da
unidade.
15.5 Há atividades culturais/lazer? não
sim Quais: Diversas, como
música.
Onde: Áreas livres

Página 47
15.6 Se há biblioteca, como funciona o acesso das A biblioteca da escola é acessível
pessoas presas aos livros: apenas aos estudantes. Já o acesso às
bibliotecas dos pavilhões é livre.

16 – Assistência Religiosa SEMESTRAL


16.1 Há visita de religiosos? sim não
16.2 Quais denominações visitam o Espíritas Católicos
estabelecimento? Evangélicos de Matriz Africana
Outra:
16.3 Onde são realizadas as cerimônias Na igreja da unidade ou nos pavilhões.
religiosas?
16.4 É permitida a entrada de objetos que sim não
fazem parte da cerimônia?
16.5 As necessidades religiosas são sim não
consideradas com relação às vestimentas,
horários e rotinas?

17 – Assistência Social SEMESTRAL


17.1 Há recintos adequados para a atividade de sim não
assistência social?
17.2 Ações de assistência social desenvolvidas:

Contato com familiares sim não


Documentos sim não
Benefícios da Previdência Social sim não
Ações com os egressos sim não
Ações com o SUAS sim não
Projetos, se sim, quais: sim não

18 – Segurança SEMESTRAL
18.1 A segurança interna é realizada por:
policiais civis policiais militares agentes penitenciários
terceiros outros:
18.2 Equipamentos disponibilizados pelos responsáveis
pela segurança interna:
Arma menos letal (bala de borracha) sim não
Arma letal sim não
Taser sim não
Gás de pimenta / lacrimogênio sim não
Cassetete / Tonfa sim não
Algemas sim não
Rádio sim não
Alarme sim não
Circuito de vigilância interna sim não
Outro: sim não
18.3 No caso de uso de arma de fogo:
Os usuários têm porte de armas? sim não
É garantido treinamento periódico? sim não
18.4 No caso de emprego de arma de fogo? sim não
18.5 No caso de uso de arma tipo Taser os registros de sim não
descarga do equipamento são identificados por servidor?
18.6 A segurança externa é realizada por:
policiais civis policiais militares agentes penitenciários
terceiros outros:
18.7 A escolta externa é realizada por:
policiais civis policiais militares agentes penitenciários
terceiros outros:
Página 48
18.8 Há escolta externa especifica para área de saúde:
sim não
18.9 Existe grupo de intervenção especial vinculado à sim não
unidade?
18.10 Caso exista, quem são os envolvidos:
policiais civis policiais militares agentes penitenciários
terceiros outros:
Obs.: caso haja necessidade, são acionados o GOE, Ciods, batalhão de choque etc.
18.11 Equipamentos disponibilizados para o controle da
entrada:
Portal detector de metal sim não
Raquete detectora de metal sim não
Banco detector de metal sim não
Raio X sim não
Espectômetro sim não
Boddy Scanner sim não
Outro:

19 – Disciplina e ocorrências MENSAL


19.1 Há registro de imposição de sanção disciplinar aos sim não
presos?
19.2 Qual a forma adotada para o registro? Livro PAD
Procedimento Eletrônico
Outro
19.3 No registro da sanção de natureza grave é anotado o sim não
prévio procedimento disciplinar?
19.4 Há sanção disciplinar de natureza grave sem sim não
instauração do respectivo procedimento?
19.5 Toda notícia de falta disciplinar enseja a instauração sim não
de procedimento?
19.6 A falta disciplinar é reconhecida judicialmente? sim não
19.7 São executadas sanções coletivas? sim não
19.8 É observado o direito de defesa do preso? sim não

Se sim, em qual fase? fase administrativa


fase judicial
19.9 O ato administrativo que determina a aplicação da sim não
sanção disciplinar é motivado?
19.10 Quais as condições da cela usada para aplicação de Não há cela
sanção disciplinar?
19.11 Qual o maior período aplicado de isolamento? 10 dias 20 dias
30 dias outro:
19.12 Qual o tempo médio de rebaixamento de
comportamento ou reabilitação por falta grave?
19.13 Qual o número de sanções por falta grave (mês)?
19.14 Houve motins ou rebeliões nos últimos 12 meses? sim não
19.15 Ocorrências nos últimos 12 meses: Mulheres Homens
19.16 Fugas (pessoas) - 0
19.17 Pessoas evadidas - 0
19.18 Saídas temporárias (pessoas) - 0
19.19 Mortes naturais - 2
19.20 Mortes por homicídio - 0
19.21 Mortes acidentais - 0
19.22 Mortes por suicídio - 0
19.23 Incidentes com funcionários (pessoas) - 0

Página 49
20 – Visitas SEMESTRAL
20.1 A visita social ocorre regularmente? sim frequência: semanal
não
20.2 Quantas pessoas podem ser cadastradas 1 ou 2 3 ou 4
por preso para realizarem a visita? 5 ou 6 6 ou 7
8 ou mais
20.3 Quantas pessoas podem realizar a visita 1 ou 2 3 ou 4
por vez? 5 ou 6 7 ou 8
9 ou mais
20.4 Qual o local que ocorre a visita social: pátio de visita pátio do banho de sol
celas outro:
20.5 Há local específico para visita de crianças? sim não
20.6 Há permissão para visitas íntimas? sim frequência: semanal
não
20.7 Há permissão para visitas íntimas sim não
homoafetivas?
20.8 Qual o local que ocorre a visita íntima? módulo de visita íntima
pátio do banho de sol
celas outro:
20.9 Quais os procedimentos de revista dos mecânica(detector de metais,
visitantes? raquetes, banco, espectômetro)
manual sem desnudamento
com desnudamento
outro:
20.10 É permitida a visita de menores de 18 sim não
anos?

21 – Relato das pessoas presas ou de funcionários MENSAL


21.1 Há reclamações Instalações
sobre quais aspectos: Assistência Jurídica
Assistência Saúde
Assistência Educacional
Assistência social
Atividades Esportivas
Lazer
Visita
Maus tratos ou tortura
Outros: superlotação, falta de torneira e chuveiro, controle
da água, alimentação.

21.2 No caso de maus Não


tratos ou tortura, há Sim
indícios dos fatos Ferimentos no corpo
relatados? Marcas de projéteis nas celas ou outros ambientes
Relatos idênticos em diferentes alas
Nas datas dos eventos houve cancelamento de visita,
entrada de grupos especiais de intervenção, transferência de
presos, movimentações noturnas ou outra situação atípica
Locais característicos como ambiente de castigo (sem
colchão, sem sanitário, sem iluminação, sem ventilação, sujos,
com insetos, entre outros aspectos)
Uso de bala clava (capuz)
Outros:

21.3 Quais providências Exame de corpo de delito


foram tomadas para Denúncia formalizada ao Juiz ou Ministério Público
apurar os fatos até o Inquérito
momento? Instauração de procedimento administrativo

Página 50
Outro:

21.4 Quais providências Exame de corpo de delito


serão tomadas para Denúncia formalizada ao Juiz ou Ministério Público
apurar os fatos a partir de Inquérito
agora? Instauração de procedimento administrativo
Outro:

21.5 Há orientação no Ouvidoria Conselho da Comunidade


estabelecimento quanto à Corregedoria Conselho Penitenciário
forma de acessar: Disque 100 Comissão de DH da OAB
Outro:
21.6 Outras informações:

22 – Diversos SEMESTRAL
22.1 No momento da inclusão da pessoa presa, há sim não
explicações sobre o funcionamento do
estabelecimento?
22.2 No momento da inclusão da pessoa presa, há sim não
explicações sobre direitos e deveres do preso?
22.3 Quando se aproxima a liberdade há algum sim Frequência: _______
trabalho realizado para preparação do preso? não
22.4 É permitida a entrada de jornais e revistas? sim não
22.5 Como funciona o envio e recebimento de Um agente envia e pega as
correspondências? correspondências nos Correios.
22.6 As pessoas presas têm acesso a telefone sim não
público?
22.7 Há alistamento, transferência e revisão sim não
eleitoral de presos provisórios?
Motivo: Falta de convênio com o Poder
Judiciário.
22.8 É permitido o uso de:
a. Rádio/Aparelho de Som sim não
b. TV sim não
c. Vídeo/DVD sim não
d. Geladeira sim não
e. Fogão/Fogareiro/Mergulhão/Rabo Quente sim não
f. Ventilador sim não
g. Outros:
22.9 Há organizações não governamentais atuando sim não
no estabelecimento?

Página 51
22.10 Se existe, em quais áreas: gestão educação
saúde assistência social
trabalho religiosa
comunicação cidadania
reciclagem manutenção
Outras:

Qual a frequência: diária semanal


quinzenal mensal
esporádico outro:
22.11 Como é tratado o lixo produzido no separado reciclado
estabelecimento? não é recolhido coleta municipal
outro:

23 – Inspeções MENSAL
23.1 O estabelecimento é inspecionado regularmente por:
a. Juiz Corregedor sim Frequência: Quinzenal
não
b. Juiz de Execução sim Frequência: Quinzenal
Obs.: Também é o Juiz Corregedor, Luiz Rocha. não
c. Ministério Público sim Frequência: Quinzenal
não
d. Defensor Público sim Frequência: _______
não
e. Conselho Penitenciário sim Frequência: Anual
não
f. Conselho da Comunidade sim Frequência: _______
não
g. Conselho Estadual de Direitos Humanos ou sim Frequência: Mensal
Comitê Estadual de Combate à Tortura não
c. Comissão de Direitos Humanos da OAB sim Frequência: _______
não
h. Pastoral Carcerária sim Frequência: Semanal
não
iii. Outros: Serviço Ecumênico de Militância nas Prisões (SEMPRI).

24 – Valoração sobre os itens inspecionados SEMESTRAL

Item avaliado Ótimo Bom Regular Ruim Não


10-9 8-7 6-4 3-0 avaliado
24.1. Estrutura predial X
24.2 Manutenção X
24.3 Limpeza X
24.4 Ventilação das celas X
24.5 Iluminação das celas X
24.6 Insolação das celas X
24.7 Cozinha
24.8 Refeitório
24.9 Assistência à saúde X
24.10 Assistência à educação X
24.11 Assistência jurídica X
24.12 Assistência social
24.13 Atividades laborais X
24.14 Cela para
isolamento/seguro
24.15 Cela de sanção disciplinar
Página 52
24.16 Local de visita social
24.17 Local de visita íntima
24.18 Pátio de sol
24.19 Alojamento dos agentes
24.20 Segurança
24.21 Procedimentos da
unidade

25 – Conclusão SEMESTRAL

25.1 Irregularidades encontradas com base na Lei n.º 7.210/84 (Lei de Execução
Penal - LEP), Constituição Federal/88, Lei n.º 8.069/90 (Estatuto da Criança e do
Adolescente - ECA), Resoluções do Conselho Nacional de Política Criminal e
Penitenciária – CNPCP, Lei nº 9.455/97 (Crimes de Tortura), Lei 10.172/2011 –
Plano Nacional de Educação, e Portaria Interministerial - Saúde e Justiça - nº
1.777/2003.

X Ocupação total superior à capacidade da unidade (art. 85 da LEP)


X N.º de presos por cela superior ao n.º definido em lei (art. 88 da LEP)
Presença de pessoas com idade acima de 60 anos junto aos demais presos
(art. 82, § 1º da LEP)
Irregularidade na distribuição dos presos nas celas, com presença de presos
provisórios junto a presos condenados e presos primários com reincidentes
(art. 84, § 1º da LEP, art. 7º da Resolução n.º 14/94 do CNPCP)
Falta de programa individualizador da pena privativa de liberdade (art. 6º
da LEP)
- Existência de pessoas presas por medida de segurança cumprindo pena junto
aos demais presos (anexo da Resolução nº 05/2004 do CNPCP, e art.
4º, Resolução nº 12/2009 do CNPCP)
- Presença de adolescentes no estabelecimento (arts. 123 e 185 do ECA);
- Presença de mulheres em ambientes de homens (art. 82, § 1º da LEP)
- Presença de agentes do sexo masculino nas dependências internas dos
estabelecimentos penais femininos (art. 83 § 3º da LEP)
- Inexistência de berçário para crianças nas unidades prisionais femininas (art.
83 § 2º da LEP, e art. 10, Resolução nº 4/2009 do CNPCP)
- Ausência de seção para gestante e parturiente nos estabelecimentos penais
femininos (art. 89 da LEP)
- Ausência de creche para abrigar crianças entre 06 meses e 7 anos nos
estabelecimentos penais femininos (art. 89 da LEP)
X Ausência ou número insuficiente de camas individuais (art. 8º, § 2º da
Resolução n.º 14/94 do CNPCP)
Condições precárias de higiene e limpeza das celas (art. 9º da Resolução
n.º 14/94 CNPCP)
- Falta de cardápio alimentar orientado por nutricionistas (art. 13 da
Resolução n.º 14/94 do CNPCP)
- N.º de refeições por dia inadequado às necessidades dos presos (art. 13 da
Resolução n.º 14/94 do CNPCP)
Roupas fornecidas pelo estabelecimento impróprias às condições climáticas
(art. 12, caput, da Resolução n.º 14/94 do CNPCP)
Roupas sujas e/ou em mau estado de conservação (art. 12, § 2º da
Resolução n.º 14/94 do CNPCP)
Inexistência de local para aquisição de produtos permitidos para higiene
pessoal, mas não fornecidos pela administração (art. 13 da LEP)
Inexistência de sanitário na própria cela (art. 88, caput, da LEP)
X Falta de assistência jurídica regular aos presos carentes (arts. 15, 16 e 41,
VII da LEP)
Ausência de instalação destinada à Defensoria Pública (art. 83 § 5º da LEP)

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X Inexistência de local destinado a atividades de estágio para universitários
(art. 83, § 1º da LEP)
Inexistência de curso de alfabetização (art. 40, p. un. da Resolução n.º
14/94 do CNPCP)
Inexistência de educação de ensino fundamental (art. 18 da LEP, meta 17
da Lei 10.172/2001)
X Inexistência de educação de ensino profissional (art. 19 da LEP, meta 17
da Lei 10.172/2001)
- Ausência de biblioteca (art. 21 da LEP)
- Não oferecimento de atividade física e/ou recreação (art. 23, IV e art. 41,
V e VI da LEP, art. 14 da Resolução n.º 14/94 do CNPCP)
- Ausência de sala de aula para cursos básico e profissionalizante (art. 83 §
4º da LEP)
- Falta de serviço de assistência social (arts. 22 e 41, VII da LEP)
Inexistência de cursos de qualificação para o servidor penitenciário (art. 77,
§ 1º da LEP e art. 49 da Resolução n.º 14/94 do CNPCP)
Ausência de equipe de saúde própria nas unidades com mais de 100 presos
(art. 8º da Portaria Interministerial - Saúde e Justiça - n.º 1.777, de
09/09/2003)
- Não disponibilização dos medicamentos básicos do SUS (art. 8º, § 4º da
Portaria Interministerial - Saúde e Justiça - n.º 1.777/2003)
X Nº de agentes penitenciários inferior ao recomendado: 5 presos por agente
penitenciário, no mínimo (art. 1º, Resolução nº 09/2009 do CNPCP)
X Ausência de profissionais da equipe técnica ou nº insuficiente abaixo do
recomendado (art. 2º, Resolução nº 09/2009 do CNPCP)
Inexistência de audiência especial com o diretor do estabelecimento (art. 41,
XIII da LEP)
- Falta de concessão de banho de sol regular aos presos (art. 14 da
Resolução n.º 14/94 do CNPCP)
- Proibição da utilização dos meios de informação (art. 41, XV da LEP)
- Proibição da utilização de correspondência escrita externa (art. 41, XV da
LEP);
Falta de tratamento nominal dos presos (art. 41, XI da LEP e art. 4º da
Resolução n.º14/94 do CNPCP);
Inexistência de local específico para guarda de objetos pessoais dos presos
(art. 45, §§ 1º e 2 da Resolução n.º 14/94 do CNPCP);
Impedimento de visita íntima para relações homoafetivas (art. 2º,
Resolução nº 04/2011 do CNPCP)
Inexistência de Comissão Técnica de Classificação dos Condenados (art. 6º
da LEP)
Deficiência na composição da Comissão Técnica (art. 7º da LEP)
Condições inadequadas de realização de trabalho:

Trabalho não remunerado (arts. 29 e 41, II da LEP);


Jornada reduzida ou ampliada (art. 33 da LEP);
Tipo de trabalho incompatível com a condição de idoso, doente ou pessoa
com deficiência (art. 32, §§ 2º e 3º da LEP);
Inexistência de trabalho voltado para a reinserção social do condenado (art.
23, V da LEP);
Indícios de ocorrência de atos tipificados como tortura (Lei 9.455/97)

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5. Reunião com órgãos da execução penal, autoridades e convidados

A reunião foi realizada no dia 31/03, das 09h30 às 11h25, no auditório da


Controladoria do Estado de Pernambuco, comparecendo a equipe de inspeção, a magistrada
francesa em serviço na Embaixada da França no Brasil, Carla Deveille-Fontinha (a qual
acompanhava a equipe de inspeção) e as seguintes autoridades do estado e convidados:
Pedro Eurico de Barros e Silva (Secretário de Justiça e Direitos Humanos); Marianna Granja
(Defensora Pública/DPPE); Joanna Malheiros (Defensora Pública/DPPE); Ronaldo Lira Silva
(Promotor de Justiça/MPPE); Irene Cardoso Sousa (Promotora de Justiça/MPPE); Luís Sávio
Silveira (Promotor de Justiça/MPPE); Liliane Asfore (Promotora de Justiça/MPPE); Marcellus
Ugiette (Promotor de Execução Penal/MPPE); Jorge Neves (Presidente do Conselho
Penitenciário de PE); Daniele Castro (Conselho Penitenciário de PE); Isabel Cristina Holanda
Leite (Conselho Penitenciário de PE); Agilana de Inojosa Barbosa (Corpo de Bombeiros/PE);
Major Erick Marcílio Aprígio da Silva (Corpo de Bombeiros/PE); Rosemere Nunes (SJDH);
Valderize Campos (SJDH); Dilma Oliveira (SERES); Valéria Fernandes (SERES); Lorenza
Pinto de Lemos (SERES); Lúcia Gominho (SERES); Ane Almeida (SERES); Anna Carolina de
Lima (SERES); Juliane Lustosa (SERES); Cláudia Mendes (Secretaria de Educação/SEE/PE);
Paulo Muniz; e Luiz Rocha, juiz da 1ª VEP.
Segundo o conselheiro Luiz Bressane, presidente do CNPCP, este é um dos órgãos da
execução penal responsáveis por inspecionar os presídios, auxiliando o Ministério da Justiça
na elaboração da política criminal e penitenciária. O Conselho é contrário à proposta de
enfrentamento da criminalidade por meio do encarceramento - racionalização do uso da
prisão enquanto única resposta penal. Destacou situações que demandam ações de muitos
segmentos, como é o caso do estado de Pernambuco.
Segundo Bressane, quanto à prisão provisória, é necessário implementar a audiência
de custódia. Informou que, no estado de São Paulo, a perspectiva é a apresentação diária
de cerca de 100 presos, com resultados imediatos. O conselheiro assegurou que a audiência
de custódia é um grande passo e que o CNPCP vem buscando fomentar essa política em
todos os estados para a sua implementação, a qual demanda a participação do Judiciário,
do Ministério Público e da Defensoria Pública. A necessidade de expandir o monitoramento
eletrônico foi destacada, o qual deve ser um substitutivo da prisão e não uma política de
controle.
A conselheira Mariana Lobo destacou que o CNPCP está revisando o Plano Nacional
de Política Criminal e Penitenciária de 2011. Houve, por parte da conselheira, a proposição
de três agendas prioritárias para o sistema penitenciário de Pernambuco:
1ª - com o Tribunal de Justiça, destacando a necessidade de monitoramento
eletrônico para os presos do semiaberto e não apenas para saída temporária. Ressaltando o
Monitoramento como uma politica de desencarceramento e não de apenas de controle.

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2ª - com a Defensoria Pública: necessidade de mais defensores públicos na área da
execução penal e que esta seja uma prioridade; e
3ª - a necessidade de uma presença maior do Estado nos estabelecimentos, por
exemplo, aumentando o efetivo de agentes penitenciários.
O secretário Pedro Eurico informou que se reuniu no Palácio com o núcleo de gestão
do governo para tratar da construção de novas unidades. Dessa forma, apresentou outras
informações, a saber:
• o estado está tratando da construção de um presídio de segurança máxima; pelo
levantamento realizado pela Secretaria, essa unidade custará 35 milhões de reais e gerará
530 vagas;
• há uma dificuldade dentro do sistema prisional pernambucano, pois há 32 mil
presos encarcerados e apenas 9 mil vagas. Portanto, precisaria construir mais 20 mil vagas,
pois, pelo cálculo realizado pela Secretaria, se fossem atender as 20 mil vagas, teriam de
construir 28 unidades, o que daria algo em torno de 1 bilhão de reais, sem custeio. E para
operar 30 unidades precisariam de 5 mil agentes;
• o governo estadual contratou 20 advogados para atuarem dentro do sistema
prisional do Estado;
• será realizado concurso para a Defensoria Pública, o qual se encontra em
andamento. Em aparte, a defensora pública Marianna Granja informou que a Defensoria
solicitou mais 30 defensores.
O secretário Pedro Eurico ressaltou que está provado que a construção de unidades
por si só não vai resolver o problema do sistema penitenciário. Entretanto, asseverou que o
que o governo está fazendo e pensando é de que há, sim, necessidade de construir novas
unidades, como o Complexo de Araçoiaba. E informou que havia um projeto de Parceria
Público-Privada (PPP) que não vingou [construção de uma unidade em Itaquitinga].
Segundo o secretário, o estado está tomando todas as medidas necessárias para a
humanização do sistema e foram liberados recursos na ordem de 8 milhões de reais, para a
recuperação do Complexo. E também para a construção de mais um pavilhão no Centro de
Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (COTEL). A meta, segundo o
secretário, é passar os 4 anos construindo, chegando ao máximo. Mas asseverou que é
preciso resolver o problema de Itaquitinga.
O secretário disse que o estado transpôs o limite da lei de responsabilidade fiscal.
Por isso, há uma determinação do governo de limitar contratação até o final do ano. No
entanto, ressaltou que a dificuldade é nacional e que, por isso, não podem colaborar para o
agravamento dessa crise. O secretário ofereceu exemplos de estados que estão passando
por essa dificuldade, como o Paraná e o Rio Grande do Sul. Segundo Pedro Eurico, a
vantagem de Pernambuco é que é um estado adimplente e tem um baixo endividamento da
dívida pública. Em relação aos precatórios, afirmou que tem estados que se insurgiram,
como o Rio de Janeiro, pelo que foi fixado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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O) secretário garantiu que as providências necessárias serão tomadas pelo Estado e
avançará em temas como o da audiência de custódia e destacou a necessidade de se
avançar medidas de desencarceramento.
Marcellus Ugiette se referiu à presença de vários promotores de Justiça na reunião,
afirmando que o Ministério Público é um órgão comprometido com a causa do sistema
prisional. Mesmo porque o MP da execução penal demanda muito mais do que as questões
judiciais. O promotor informou que entregou ao secretário alguns diagnósticos sobre o
sistema prisional. E que também deixou em Brasília, na semana anterior, com o DEPEN e o
CNPCP, a proposta do desencarceramento responsável. Segundo Ugiette, é preciso utilizar a
tecnologia como instrumento para ajudar o desencarceramento. Argumentou que 30 a 40%
das pessoas que estão nas unidades prisionais poderiam estar de fora. No entanto,
ressaltou que a filosofia do encarceramento não é uma filosofia apenas do Executivo, mas
também do Judiciário e do MP. Ugiette criticou o programa do governo estadual, o “Pacto
Pela Vida”, que, segundo argumentou, focou na questão do encarceramento pagando bônus
para que a polícia prenda mais. Assim, disse que muita coisa deve ser filtrada pelo MP e
pelo Judiciário, sendo necessário compartilhar as responsabilidades. Outra necessidade,
segundo o promotor, é uso das medidas cautelares, mas com a criação de critérios
objetivos para o monitoramento. O promotor considerou que o Decreto nº 8.380/2014 do
indulto apresenta uma forma de melhorar essa questão. Por fim, Ugiette afirmou que o
Conselho Penitenciário também necessita de apoio.
O sociólogo Naum Pereira informou que acompanha o sistema prisional
pernambucano desde 2012, afirmando que a abertura da nova gestão para o diálogo e a
tomada de providência é um ponto positivo que deve ser ressalta. Também salientou que
outros pontos positivos são:
• percentual acima da média nacional de pessoas presas envolvidas em atividades
educacionais e laborais. Exemplificou que a estrutura para atividades educativas nos
presídios inspecionados é boa;
• fim da revista vexatória;
• algumas ações positivas no campo da saúde, oferecendo como exemplo a parceria
entre as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, com a municipalização da saúde, e a
adesão do Estado à Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de
Liberdade no sistema prisional (Pnaisp), o que levou a uma ação conjunta entre o governo
federal e o governo estadual para realização de cadastramento prioritário das equipes
médicas, pelo governo estadual, no contexto da Pnaisp, em articulação com o Ministério da
Saúde. Informou que haverá aparelhamento e reaparelhamento, pelo governo estadual,
com apoio financeiro do DEPEN, de ambulatórios e Unidades Básicas de Saúde do Complexo
Prisional do Curado, entres outros estabelecimentos penais do estado. Nesse caso, informou
que o governo federal também equipará 06 unidades de saúde no sistema prisional
pernambucano.

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No entanto, o sociólogo argumentou que é necessário avançar muito para atender as
medidas provisórias impostas pela Corte Interamericana de Direitos Humanos da
Organização dos Estados Americanos. Quanto à estrutura médica do PJALLB, por exemplo,
disse que estava ruim, mas em reforma. Segundo o sociólogo, alguns pontos negativos
verificados foram:
1º - a superlotação e o efetivo insuficiente agravam o problema, tornando a área de
saúde ainda precária;
2º - a presença de vários animais no PJALLB, com possibilidade de reprodução de
doenças;
3º - problema no acondicionamento do lixo; o sociólogo afirmou que o estado
precisa realizar um armazenamento mais adequado do lixo, por meio de contêineres. Por
exemplo: no PJALLB havia caçambas para armazenamento do lixo, mas em alguns locais
ainda havia o lixo sem acondicionamento adequado.
O sociólogo também cobrou a reativação do Mecanismo de Prevenção e Combate à
Tortura (MEPCT/PE), compromisso que o secretário assumiu durante a 3ª reunião do Fórum
de Monitoramento das Medidas Provisórias da Corte. Nesse caso, o secretário informou que
os membros do Mecanismo já foram contratados e legalizados.
Em seguida, o conselheiro penitenciário Jorge Neves disse que estava muito otimista
com a vinda do CNPCP e da Ouvidoria do DEPEN, sendo uma oportunidade para o Conselho
Penitenciário, pois a inspeção ao Complexo já estava na programação do COPEN. O
conselheiro informou que o COPEN já realizou inspeção em 06 das 20 unidades prisionais
do estado. Segundo Neves, o COPEN só realiza inspeção anual por falta de estrutura. Mas a
intenção, agora, é realizar inspeções semestralmente. Jorge Neves disse que ficou bastante
impressionado com a situação das 03 unidades inspecionadas, principalmente com o
pavilhão N do PJALLB. Segundo Neves, esse pavilhão é uma violação permanente de
direitos humanos. Já em Igarassu, disse que a coisa é mais racionalizada. Por isso,
ressaltou que se devia pensar numa forma de humanizar o Complexo. Disse que também
apresentará um relatório acerca da inspeção realizada.
A defensora pública Marianna Granja realizou as seguintes considerações:
1ª - o quadro na Defensoria Pública é insuficiente; ressaltou que o concurso é para
apenas 20 vagas, mas já há conversa para tentar ampliar esse número. Disse que, caso
consigam mais cargos, o defensor público geral informou que colocará todos no sistema
prisional. Segundo Marianna Granja, só em Igarassu seriam 04 defensores públicos; já na
capital, apenas 03 defensoras atuam na execução penal. Marianna Granja disse que
também fazem atendimento das famílias na capital. Além disso, há 10 defensores públicos
atuando em outras unidades prisionais, como a Colônia Penal Feminina de Recife e no
semiaberto da APAE;
2ª - a audiência de custódia é um ponto importante. Disse que em breve terão a
audiência de custódia para diminuir a porta de entrada; e

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3ª - a força tarefa realizada no início do mês de março pela “Defensoria sem
fronteiras”, com a participação de 08 defensores do estado e 40 de outras Unidades da
Federação, tinha a meta de atender todos os detentos, mas foi realizada uma escolha;
durante as duas semanas de realização da força tarefa, conseguiram atender 5.200 presos.
Informou, por exemplo, que apenas um preso gerou 04 tipos de pedidos diferentes. Os
pedidos foram realizados para as Varas de Execuções Penais. Segundo Marianna Granja, a
Defensoria de Pernambuco está buscando ampliar o atendimento.
A promotora de Justiça Irene Cardoso informou que, dos 32 mil presos de
Pernambuco, a 1ª VEP fica com 16 mil. Disse que esse número é mais real do que se
pensa, ou seja, metade da demanda judicial num só lugar, das 4 VEP’s, sem contar com os
abertos, que também ficam sob a tutela da 1ª Vara. Quanto ao MP, disse que abriu vários
procedimentos judiciais em 06 eixos, por meio de um grupo temático: saúde, segurança
institucional, violência, educação, jurídico e superlotação. Disse que na educação o prejuízo
é diurno, pois um dia atende o aberto, outro o semiaberto. Além disso, há um difícil acesso
dos professores. A promotora ressaltou o avanço na municipalização da saúde. Todos esses
06 eixos estão documentados nos inquéritos civis que tramitam na Promotoria. No entanto,
há poucos agentes penitenciários para entrar nas unidades para dar medicação. Assim,
disse que, quando necessita de medicação, o doente coloca a bunda para fora da grade e a
recebe do técnico. Informou que, no MP, as tarefas são divididas, sendo que os
encaminhamentos são realizados para quem está no dia a dia das unidades. A promotora
ressaltou que o PAMFA tem sala de aula, mas não tem escola. Por fim, colocou-se à
disposição para qualquer questionamento sobre as unidades pelas quais é responsável.
O promotor Luís Sávio destacou preocupação com a implementação da audiência de
custódia em virtude do atual diagnóstico da não aplicação de medidas cautelares em
virtude da ausência de fiscalização. Argumenta a articulação entre os trabalhos da Polícia
Militar (PM), do Conselho Penitenciário, da Chefia de Apoio a Egressos e Liberados (CAEL), e
a criação de um departamento de fiscalização das medidas cautelares. Por fim, assegurou
que o desencarceramento responsável é uma contribuição do MPPE.
Por último, o conselheiro Luís Bressane respondeu que, quanto à audiência de
custódia, uma das resistências é de que não há fiscalização às medidas cautelares. Na
verdade, segundo Bressane, deve-se partir de um pressuposto: há um índice muito grande
de encarceramento provisório. E são basicamente 08 tipos penais que levam ao
encarceramento, havendo um índice altíssimo de crime por furto. Bressane, por isso,
indagou: como fiscalizar? Segundo o conselheiro, a lei propiciou um crescimento gigantesco
do aparato do Estado e, por isso, é preciso modificar a concepção acerca do sistema
prisional. E ofereceu como exemplo a audiência de custódia no estado de Rondônia, com a
apresentação do preso ao juiz. Bressane afirmou que pessoalizar a prisão é significativo.
Por fim, solicitou o relatório da Defensoria, dando encerramento à reunião.

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6. CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES

Considerações
Histórico

Em 2011, o Estado de Pernambuco recebeu denúncia na Comissão


Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (CIDH/OEA),
da Pastoral Carcerária Nacional, Pastoral Carcerária de Pernambuco, Serviço Ecumênico de
Militância nas Prisões (SEMPRI), Justiça Global e Clínica Internacional de Direitos Humanos
da Universidade de Harvard, acerca da situação das pessoas privadas de liberdade no
então Presídio Professor Aníbal Bruno (PPAB). Assim, no dia 04 de agosto de 2011, a CIDH
adotou medidas cautelares ao Estado brasileiro em favor das pessoas privadas de liberdade
no PPAB. Ao adotar as medidas cautelares, a CIDH considerou insuficientes as respostas
dadas pelo Estado brasileiro no dia 08/07/2011. Por isso, solicitou do Estado brasileiro o
seguinte:

1. adotar todas as medidas necessárias para proteger a vida,


integridade pessoal e saúde das pessoas privadas da liberdade no
Presídio Professor Aníbal Bruno na cidade de Recife, Estado do
Pernambuco;
2. adotar as medidas necessárias para aumentar o pessoal de
segurança do Presídio Professor Aníbal Bruno e garantir que sejam
os agentes das forcas de segurança do Estado os encarregados das
funções de segurança interna, eliminando o sistema dos chamados
“chaveiros” e assegurando que não lhes sejam conferidas às
pessoas privadas da liberdade funções disciplinárias, de controle ou
de segurança.
3. assegurar o provimento de uma atenção médica adequada aos
beneficiários, oferecendo atendimento médico que permita a
proteção da vida e da saúde dos beneficiários;
4. adotar todas as medidas necessárias para evitar a transmissão
de doenças contagiosas dentro do Presídio Professor Aníbal Bruno,
inclusive através de uma redução substantiva da superpopulação
das pessoas ali privadas de liberdade;
5. adotar estas medidas em consulta com os representantes dos
beneficiários; e
6. informar sobre as ações adotadas a fim de diminuir a situação de
superpopulação verificada no Presídio Professor Aníbal Bruno.

Após as medidas cautelares, nova resposta à CIDH foi realizada pelo Estado
brasileiro, em que se informou sobre os investimentos que estavam sendo feitos na área
de saúde, infraestrutura e dos esforços para diminuir a superlotação do atual Complexo
Prisional do Curado. No mês de outubro de 2012, as medidas cautelares foram ampliadas
pela CIDH, objetivando a proteção dos visitantes do então PPAB e dos servidores da
unidade. Em resposta, também em outubro, o Estado brasileiro informou à CIDH que o
PPAB não existia mais, tendo sido dividido em 03 estabelecimentos penais, desde o dia
07/02/2012, a saber: Presídio Juiz Antonio Luiz Lins de Barros (PJALLB), de segurança
mínima; Presídio ASP Marcelo Francisco de Araújo (PAMFA), de segurança média, e
Presídio Frei Damião de Bozzano (PFDB), de segurança máxima. Cada uma dessas
unidades com administração própria e independente. As 03 unidades formam o atual
Complexo Prisional do Curado, na cidade de Recife. Ressalta-se que a divisão do PPAB em

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03 unidades foi realizada por sugestão do CNPCP.
Em novembro de 2012, no dia 27, o CNPCP, a Ouvidoria do Sistema
Penitenciário do DEPEN e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República
(SDH/PR) inspecionaram os Presídios Frei Damião de Bozzano (PFDB) e Juiz Antonio Luiz
Lins de Barros (PJALLB). No dia seguinte ocorreu uma audiência pública realizada na
Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco. A intenção era verificar as condições do
Complexo Prisional do Curado e as principais modificações ocorridas desde a última
inspeção do CNPCP ao estado.
Em outubro de 2013 ocorreu uma reunião interinstitucional na sede da
Procuradoria da República de Pernambuco para tratar do objeto do inquérito civil nº
1.26.000.002034/2011-38, que versa sobre o Complexo Prisional do Curado. Participaram
da reunião representantes dos poderes Executivo e Judiciário, Ministério Público (MP),
Defensoria Pública (DP) e sociedade civil do estado e representantes do Ministério das
Relações Exteriores (MRE), da SDH/PR, MJ e Ministério da Saúde (MS). Nessa reunião foi
acordada a criação de um Fórum Permanente para o Acompanhamento das Medidas
Cautelares delimitadas pela CIDH (os pontos relevantes eram: procedimentos que tratam
do Complexo no âmbito do MP, controle do uso de munições, controle do número de óbitos
e medidas preventivas, tratamento de denúncias, questões de saúde e coleta de lixo), a
criação de um momento reservado para tratar de denúncias sigilosas realizadas durante o
monitoramento, bem como o repasse de informações solicitadas pelos peticionários.
Em 09/04/14 a CIDH considerou que a situação era de extrema gravidade e
urgência, com risco iminente de danos irreparáveis aos direitos à vida e integridade física
dos presos do Complexo Prisional do Curado e das outras pessoas presentes na unidade
prisional (servidores e visitantes), e, por isso, resolveu acionar o mecanismo de medidas
provisórias na Corte Interamericana de Direitos Humanos. As medidas provisórias foram
outorgadas por meio da Resolução de 22/05/2014, solicitando a adoção, por parte do
Estado brasileiro, das seguintes medidas, em curto prazo:

a) elaborar e implementar um plano de emergência em relação à


atenção médica, em particular, aos reclusos portadores de doenças
contagiosas, e tomar medidas para evitar a propagação dessas
doenças; b) elaborar e implementar um plano de urgência para
reduzir a situação de superlotação e superpopulação no Complexo
do Curado; c) eliminar a presença de armar de qualquer tipo dentro
do Complexo do Curado; d) assegurar as condições de segurança e
de respeito à vida e à integridade pessoal de todos os internos,
funcionários e visitantes do Complexo do Curado; e e) eliminar a
prática de revistas humilhantes que afetem a intimidade e a
dignidade dos visitantes.

Até o presente momento, foram realizadas 03 reuniões do Fórum de


Monitoramento das Medidas Provisórias da Corte da OEA, sendo que um plano de trabalho
foi elaborado, para atendimento da resolução da Corte. Concluído em fevereiro de 2015, o
prazo final para a pactuação do plano de trabalho foi o dia 20/04/2015. Participam do
Fórum representantes dos seguintes órgãos: DEPEN; MRE; SDH; MS; MPPE; Ministério
Público Federal; Tribunal de Justiça (TJPE); DPPE; Defensoria Pública da União (DPU);
Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH); Secretaria Executiva de Justiça e Direitos
Humanos (SEJUDH); SERES; SES; órgãos de Segurança Pública (Departamento de
Homicídios e de Proteção à Pessoa – DHPP; Polícia Militar); COPEN/PE; Procuradoria Geral
do Estado de Pernambuco; sociedade civil e peticionários.
É importante lembrar que, em fevereiro do ano corrente, o DEPEN e o governo
estadual, pactuaram um conjunto de medidas para o sistema prisional pernambucano (com
a colaboração do Ministério Público, Defensoria Pública e Poder Judiciário),
comprometendo-se em:

Página 61
• apresentação de proposta ao Poder Judiciário para “apresentação de proposta ao Poder
Judiciário de implementação da audiência de apresentação dos presos em flagrante, para
qualificar o processo decisório de aplicação de alternativa penal ou prisão provisória”;
• implementação “de serviço de alternativas penais e monitoração eletrônica
(tornozeleiras), no fórum criminal da capital, de forma a dar o suporte adequado para o
controle do cumprimento das condições fixadas judicialmente”;
• “Disponibilização, pela Defensoria Pública, de 48 defensores públicos, mobilizados pelo
CONDEGE - Colégio Nacional de Defensores Gerais, para atendimento das pessoas privadas
de liberdade e revisão da situação processual dos presos do Complexo do Curado, com
possibilidade de extensão do projeto para o interior do Estado”;
• “Estudo, pela Defensoria Pública do Estado de Pernambuco, da possibilidade de
nomeação de novos defensores públicos”;
• “Classificação, pela Defensoria Pública do Estado de Pernambuco, de defensores na área
criminal e de execução criminal, com atribuição de efetuar atendimentos dentro dos
estabelecimentos prisionais”;
• “Aceleração, pelo Governo do Estado, das obras com recursos federais do Programa
Nacional de Apoio ao Sistema Prisional, no Complexo de Araçoiaba, para construção de
2.754 vagas no sistema carcerário pernambucano, com o incremento da contrapartida do
Estado, e o apoio financeiro e assistência técnica do Departamento Penitenciário Nacional
do Ministério da Justiça”;
• “Conclusão, pelo Governo do Estado, da primeira etapa da reforma do Complexo do
Curado”;
• “Implantação de programa de manutenção continuada e reforma dos estabelecimentos
prisionais pelo Governo do Estado”.
• “Implantação de programa de recomposição gradativa do pessoal penitenciário e
modernização da atividade-meio do sistema prisional, pelo Governo do Estado”;
• “Criação de programas de capacitação, a partir da Escola Nacional de Serviços Penais do
Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça e da reformulação, pelo
Governo do Estado, da Escola Penitenciária do Estado de Pernambuco”;
• “Cadastramento prioritário das equipes médicas, pelo Governo do Estado, no contexto da
PNAISP – Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade
no Sistema Prisional, em articulação com o Ministério da Saúde”;
• “Aparelhamento e reaparelhamento, pelo Governo do Estado, com apoio financeiro do
Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça, dos ambulatórios e Unidades
Básicas de Saúde do Complexo do Curado, Hospital de custódia e tratamento psiquiátrico,
Barreto Campelo, Igarassu e Apae (Itamaracá) e Cotel - Centro de Triagem Professor
Everardo Luna”;
• “Doação, pelo Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça, de
equipamentos tecnológicos de inspeção, com detectores de metais: 22 detectores do tipo
pórtico, 77 detectores do tipo manual, 33 detectores do tipo banqueta e 6 aparelhos de
raio-x”;
• “Doação de veículos ao sistema prisional de Pernambuco, pelo Departamento
Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça”;
• “Fortalecimento da Ouvidoria e da Corregedoria Prisional pelo Governo do Estado”;
• “Implantação, pelo Governo do Estado, de programa de supressão de armamentos letais
no perímetro interno dos estabelecimentos prisionais”;
• “Realização de estudos pelo Governo do Estado para implementação de monitoração do
complexo do Curado por sistema de câmeras (CFTV)”.

Por fim, cabe também lembrar que há recomendações e ações dos Ministérios
Públicos Federal e Estadual relativos ao Complexo, a saber:
• Recomendação nº 001/2014, de 09/06/2014, da 21ª Promotoria de Justiça Criminal da
Capital, recomendando aos gestores do sistema prisional e da saúde a implementação de
medidas para atender à Resolução da Corte, e também aos diretores dos presídios que
formam o Complexo Prisional do Curado para não admitirem pessoas privadas de liberdade
provenientes de outros estabelecimentos penais, sem “prévia autorização judicial da 1ª

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Vara Regional de Execução Penal de Pernambuco”;
• Recomendação do MPF e MPPE, de 23/07/2014, direcionada à SERES, proibindo
“expressamente o uso de apetrecho da espécie capuz ou balaclava para todos os
servidores penitenciários que laboram nas três unidades prisionais do Complexo do Curado
[...], salvo autorização expressa da instância máxima da pasta, sendo considerada falta
grave a violação da referida determinação”; “providencia a confecção de crachás de
identificação funcional para todos os servidores lotados e em exercício no referido
complexo prisional”, e, com os terceirizados, que “tal identificação seja feita por meio de
número de ordem inscrito nas respectivas fardas e conforme orientação às empresas
responsáveis pelos contratos de trabalho”; “determine a utilização obrigatória e sempre em
local visível, enquanto estiverem em serviço, de crachás de identificação funcional por
todos os servidores lotados e terceirizados em exercício no referido complexo prisional”;
• Pedido de interdição do Complexo Prisional do Curado, de 02/12/2014, feito pela 21ª
Promotoria de Justiça Criminal da Capital.

Ressalta-se que, em 2009, a Defensoria Pública Estadual ajuizou duas Ações


Civis Públicas para que o governo garantisse o fornecimento de roupas de cama, colchões,
vestuários, uniformes, sabonete, pasta de dente, papel higiênico etc, a saber: Processo
153628-46.2009.8.17.0001, agravo 2178-25.2010.8.17.0000 (208020-8), para todos os
estabelecimentos penais do estado, exceto o HCTP; e Processo 861-74.2009.8.17.0760,
agravo 5375-85.2010.8.17.0000 (211729-1), para o HCTP. Em uma das decisões judiciais,
afirma-se: “contra o ESTADO DE PERNAMBUCO, com pedido de tutela antecipada,
objetivando compelir o réu a fornecer roupas e material de higiene pessoal a todos os
internos, residentes e domiciliados em cadeias, presídios e penitenciárias estaduais”; na
outra, afirma-se que “objetivando compelir o ESTADO DE PERNAMBUCO a cumprir com a
obrigação de fazer consistente em propiciar aos pacientes do Hospital de Custódia e
Tratamento Psiquiátrico, localizado neste município [Itamaracá], condições dignas de
internamento com o fornecimento de vestimentas, roupas de cama, colchões, calçados,
materiais de limpeza e higiene pessoal”.
Em ambos os casos, o Estado de Pernambuco foi determinado a cumprir a
decisão judicial, sob pena de pagamento de “multa diária no valor de R$ 3.000,00 para
cada determinação não cumprida no prazo estabelecido” (1º caso) e “multa diária no valor
de R$ 5.000,00 [...] para o caso de descumprimento da presente decisão, sem prejuízo
das demais sanções” (2º caso).
Por fim, foram assinados no dia 09/04/15, pelo ministro da Justiça e o
presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), acordos de cooperação técnica visando a
implantação do projeto “Audiência de Custódia” em todos os estados brasileiros. Nesse
caso, será dado pelo MJ suporte à implementação do modelo através de financiamento
para implantação de monitoração eletrônica e de centrais de alternativas penais.

Dados do sistema prisional pernambucano

Conforme dados do Sistema Integrado de Informações Penitenciárias do DEPEN


(InfoPen/junho de 2013), o estado de Pernambuco possui 85 estabelecimentos penais,
sendo 14 penitenciárias (duas femininas), duas colônias agrícolas, 68 cadeias públicas
(duas femininas) e 01 Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP). São
custodiadas nesses estabelecimentos 30.894 pessoas em privação de liberdade, mas o
número de vagas é de apenas 11.557, sendo o déficit, portanto, de 19.337 vagas. O
percentual de presos provisórios é de 62,25%.
A maioria dessa população é jovem, situada na faixa etária entre 18 e 34 anos
(74,88%): 31,23% entre 18 e 24 anos; 25,42% entre 25 e 29 anos; e 18,23% entre 30 e
34 anos. Já o nível de escolaridade dessa população carcerária é baixo: 17,11%
considerados analfabetos; 8,12%, alfabetizados; 45,53%, com ensino fundamental

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incompleto; e 4,01%, com ensino fundamental completo.
Quanto aos crimes tentados e/ou consumados, os dados indicam que 39,67%
das pessoas se encontravam presas por crimes contra o patrimônio, principalmente roubo
simples (12,12%), furto simples (8,91%), roubo qualificado (8,52%) e furto qualificado
(3,47%); 23,68% por crimes contra a pessoa; e 18,31% por tráfico de entorpecentes.
O percentual de pessoas envolvidas em atividades educacionais é de 24,08%,
enquanto que as envolvidas em atividades de laborterapia é de 14,70%, sendo 13,11% em
trabalho interno.
Ainda segundo os dados do InfoPen, o quantitativo de servidores penitenciários
atuando no sistema prisional do estado (funcionários na ativa) é de: 40 no Apoio
Administrativo; 1.564 agentes penitenciários, 42 enfermeiros, 100 auxiliares e técnicos de
Enfermagem, 80 psicólogos, 20 dentistas, 78 assistentes Sociais, 61 advogados, 18
médicos (clínicos gerais), um médico ginecologista, 13 médicos (psiquiatras), 110
professores e 10 terapeutas.

Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros – PJALLB

As condições da unidade não se diferenciavam daquelas encontradas na


inspeção de novembro de 2012. O PJALLB possui 16 pavilhões e, por isso, foram
inspecionados aqueles considerados mais problemáticos, além do pavilhão novo,
inaugurado em abril do ano passado, a área administrativa, a enfermaria e a área técnica.
Foi construída, na área administrativa, uma sala para atendimento da Defensoria Pública.
Primeiramente foi estabelecida uma conversa inicial com o gerente da unidade, em que a
equipe coletou algumas informações sobre o estabelecimento.
Os pavilhões inspecionados foram: pavilhão intitulado “Espera” (dos presos que
aguardam para audiência); pavilhão 12 ou anexo “P”, intitulado, pelos peticionários, de
“Minha cela, minha vida”; pavilhão 09 (“Q”); pavilhão 2 (“N”); pavilhão 4 (galpão);
pavilhão 7 (“O”) ou pavilhão novo. Em todos esses pavilhões a ocupação era superior à sua
capacidade. O PJALLB é uma unidade destinada apenas para presos provisórios, mas,
conforme indicado neste relatório, há presos condenados, e segundo as informações
obtidas, estes são cerca de 40% do total de detentos custodiados no local. A equipe
também conversou com presos do pavilhão 12, mas não o adentrou.
Foi possível perceber esgoto a céu aberto, lixos sem acondicionamento
adequado e vários cachorros perambulando em toda a unidade. A estrutura física dos
pavilhões é extremamente precária (hidráulica, elétrica e de edificação). Como, pouco
antes da inspeção, tinha chovido, havia vazamento em todo o local onde ficam os presos.
Devido à superlotação, não havia cama nem colchões para todos os presos. Muitos
dormem no chão, principalmente nos pavilhões de estrutura mais precária. Além disso, as
condições de higiene e limpeza dos pavilhões eram extremamente precárias, com mau
cheiro, lixos espalhados por diversos lugares, restos de comida etc. Diversos presos
reclamaram sobre o quantitativo de pessoas nos pavilhões. Como muitos não têm colchão,
forram o lençol no chão para dormir. Em função da superlotação, também reclamaram
sobre as condições das celas, como calor e falta de exaustor etc. Segundo os presos, os
ventiladores que utilizam não são suficientes para amenizar a situação.
Os pavilhões 02, 04, 9 e 12 são totalmente favelizados; contudo, nessa
precariedade, são visíveis certas regalias, como as das celas que propiciam um pouco de
conforto para alguns presos, de melhor poder aquisitivo, principalmente nos pavilhões 02 e
04, pois os outros 02 foram construídos pelos presos: o pavilhão 09, apenas o
“puxadinho”, e o pavilhão 12, totalmente. A violação de direitos humanos, nesses locais, é
a regra. A descrição desses pavilhões não é capaz, por mais que se tente, de expressar o
horror do local, com suas degradações e desumanização.
A visita ao pavilhão 9 se deu por sugestão do próprio gerente da unidade. Ao ser
perguntado por que gostaria que a equipe deveria inspecioná-lo, a resposta foi: “é pior do
que o anexo”. A respeito da irregularidade de funcionamento desse pavilhão, a informação
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do gerente é de que os “puxadinhos” foram autorizados pela gestão anterior. Aliás, os
chamados “puxadinhos” existem também nos outros pavilhões, com exceção do pavilhão
novo. Nos pavilhões 4 e 12, por exemplo, os presos “regalias”, para dormir, sobem a
escada e se acomodam em suas celas.
Há, ainda, a venda de diversos produtos na unidade, como água, suco,
eletrônicos (controle de TV, DVD etc). Para piorar a situação, não há extintor de incêndios
suficientes, mesmo no pavilhão novo, nem módulo de visita íntima, sendo esta realizada
nas celas ou nos pavilhões.
Apesar da recente força tarefa da Defensoria Pública no início do mês, muitos
presos se mostravam interessados em saber o andamento do seu processo. Ao serem
indagados se foram atendidos, diziam que sim, mas que ainda não tiveram retorno. A
informação que as defensoras públicas que acompanhavam a equipe forneciam é que os
pedidos foram encaminhados ao Judiciário, mas, por serem muitos, ainda aguardavam
retorno.
Foi observada, pelo relato dos internos, a completa ausência do juiz de execução
penal no interior da unidade, afirmando os mesmos que nunca tiveram contato ou
receberam vista do representante do poder judiciário enquanto recolhidos no
Estabelecimento prisional. Também foram constates as reclamações dos internos
condenados acerca do desconhecimento do tempo de pena a ser cumprida, sendo, pois
informado pela defensoria a ausência e muitas vezes a demora da emissão do atestado de
pena a cumprir pelo juiz da execução (em especial da 1 vara regional de execução).
Chamou a atenção de várias reclamações de internos sobre a demora da
prestação jurisdicional e marcação de audiências, bem como a morosidade da 3 vara da
comarca de Olinda.
Foi relatada pela defensoria a forma ineficaz da comunicação por parte do juízo
de execução das decisões de progressão de regime e livramento condicional que não eram
feitas por via eletrônica e nem por oficial de justiça, sendo o advogado da Secretaria que ia
as varas e tinha acesso um livro com as decisões e levava ao estabelecimento prisional e
entregava ao jurídico da unidade, o que acarreta uma demora imensa no cumprimento da
mesma podendo a levar mais de 10 dias para o conhecimento das decisões, contrariando
já resoluções do CNJ.
O número de agentes penitenciários é inferior ao recomendado pelo CNPCP
(Resolução nº 9/2009), que estabelece a proporção de um agente para 05 presos. Para se
ter uma ideia da deficiência, a unidade conta com 101 agentes penitenciários na área de
segurança, mas a metade trabalha no setor administrativo e o restante no plantão. Como
são 04 plantões, geralmente sobram 10 a 12 agentes, por plantão, o que daria um total de
mais ou menos 259 presos por agente. Além disso, o gerente da unidade informou que
esse total de agentes por plantão é relativo e nunca há esse total de 10 ou 12 no plantão,
pois, se têm de realizar escolta externa, esse total diminui. Em conversa com os servidores
da unidade, na realidade o total de agentes no plantão é de 03 a 04, não mais do que isso.
Por esse motivo, o sistema de chaveiros torna-se quase que uma necessidade,
no exercício da função de segurança interna, e, como indicado anteriormente, uma das
medidas cautelares da CIDH era para a extinção dessa prática. Os presos costumam falar
do mesário, representante de pavilhão, chaveiro e seus auxiliares. Geralmente, em
qualquer conversa com os presos eles tendem a ficar perto, pois foram legitimados na
função de disciplina e de controle dos presos. Ao contrário da gestão anterior, o sistema de
chaveiros não é ignorado pela atual gestão, mas, ao que parece, encontra-se legitimada,
pelo menos enquanto não se aumenta o efetivo de agentes penitenciários. Por exemplo: o
coronel Clinton perguntou pelo representante de um dos pavilhões; segundo informação do
coronel, o representante organiza o pavilhão, faz a limpeza, e, quando tem problema, leva
para a direção. O Estado também contabiliza o representante de pavilhão como preso
envolvido em atividade laboral, que, geralmente, são atividades exercidas pelos
concessionados. Em um dos pavilhões os presos disseram que o chaveiro e o auxiliar
estavam trabalhando conforme a lei. Foi observada frente a essa realidade a ausência de
plano operacional padrão com a contagem e chamada nominal dos internos, sendo essa

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contagem e informação muitas vezes efetuada pelo chaveiro, ou seja, pelos próprios
internos.
Um dos agentes penitenciários do GOS que acompanhava a inspeção disse que,
no sistema prisional do estado, vê dois problemas: a falta de vagas e de efetivo. Além
disso, informou que são 48 agentes atuando no GOS e, até 2009, todos os agentes
encontravam-se vinculados à Segurança Pública, e apenas a partir daí se submetem à
Secretaria responsável pela administração do sistema penitenciário. No entanto, assegurou
que a Corregedoria ainda é da Segurança. E reclamou que o Estado fornece capacete,
algema e armamento, menos o uniforme.
Foi constatada a falta de padronização dos agentes, uniforme e identificação dos
mesmos, tendo sido confirmado pelo representante da secretaria de Justiça o não
fornecimento de uniformes e material de segurança. É, igualmente patente a ausência de
plano operacional padrão para cada unidade, o que acarreta o uso de armamento letal por
parte dos agentes no interior da unidade.
Durante a visita ao galpão, o conselheiro penitenciário Jorge Neves afirmou que
este é o pavilhão dos drogados, mas que, paradoxalmente, segundo o coronel Clinton, os
que querem largar o vício vão para esse pavilhão. Nesse pavilhão, havia um local para
artesanato, onde dormiam vários presos, no meio de seus apetrechos. Fica ao lado do
galpão, mas no interior do pavilhão, mas, segundo os presos que ali se encontravam, “o
pessoal do artesanato saiu do local”. Por isso, eles passaram a utilizar o local para dormir,
devido à falta de espaço. Em quase todos os pavilhões foi verificada a presença da
população LGBT na convivência.
O sanitário para a equipe de saúde não estava sendo usado. Já a assistente
social e a psicóloga estavam atendendo na mesma sala, pois a sala de assistência social
estava em reforma. A Enfermaria possui 07 celas, assim distribuídas: cela 1 para os
cadeirantes; celas 2 e 3, para recuperação (no geral presos com a perna quebrada); cela 4
para os presos com HIV; cela 5, para os que estão com transtorno mental; cela 6 para os
que estão com tuberculose; e cela 7 para os idosos. O atendimento à saúde é agravado
pela superlotação e falta de efetivo. Ressalta-se, ainda, que, para a quantidade de presos
na unidade, o quantitativo de profissionais da equipe técnica é insuficiente (conforme
Resolução CNPCP nº 9/2009) para o atendimento da demanda. Por isso, diversos presos
reclamaram da pouca frequência de médicos e dentista na unidade e da falta de
medicamento.
Muitos presos também preparam a sua comida na unidade. Apesar da proibição
de utilizar fogareiro, fogão ou mergulhão, os presos improvisam, colocando a panela em
que preparam a comida em cima de tijolos furados. Sobre a quantidade e qualidade da
alimentação, a reclamação de vários presos é de a direção não fornece mais fruta no
cardápio e, nos 7 dias da semana, só servem galinha. Além disso, reclamaram que não há
verdura na comida.

Presídio Frei Damião de Bozzano

Antes de adentrar a unidade, a equipe teve de esperar o chefe de segurança


negociar com os presos, pois a situação estava tensa. Um dos agentes do GOS disse que
os presos desta unidade “são mais folgados” do que os dos outros estabelecimentos. A
unidade possui 04 pavilhões, sendo que a equipe visitou apenas um deles. Também
inspecionou a enfermaria e o setor educativo. Mas, assim que a equipe foi liberada a entrar
na unidade, deparou-se com os presos que, num barulho ensurdecedor, esperavam para
receber a comida. A entrega desta estava sendo feita a céu aberto, sem quaisquer
condições de higiene: o vasilhame contendo o arroz encontrava-se num carrinho
improvisado, enquanto os outros estavam no chão. Como a comida é preparada na
unidade e, por isso, não há marmitex, os presos levam seu próprio vasilhame para receber
a alimentação. Não foi verificada a presença de verduras, salada ou frutas na alimentação.
Havia restos de comida no chão da unidade. Ressalta-se que há duas cozinhas, uma para

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os presos, outra para os servidores. A equipe almoçou no refeitório da unidade, onde é
servida a refeição para os servidores. A alimentação é diferente.
Havia colchões no pátio e, ao que parece, presos dormiam no local. E, como no
PJALLB, havia lixo e esgoto a céu aberto. E também toda uma economia funcionando
dentro do estabelecimento, com presos vendendo diversos tipos de produtos: ovos,
paçoca, doces, massa de milho, café, jujuba, carne (sem refrigeração, mas, ao que parece,
carne seca), pipoca doce, arroz, balinha, bolacha, detergente, relógio, pulseira de relógio,
mochila, alicate etc.
No pavilhão que foi inspecionado pela equipe, havia diversos colchões, roupas,
mochilas etc, no corredor. Foi encontrado preso dormindo apenas em um lençol. Havia
presos cortando o cabelo de outros.
Alguns presos reclamaram que, durante a revista, há ação truculenta da PM
(tropa de choque) e dos agentes do GOS, que os colocam na Igreja e jogam bomba nas
celas. Os que fizeram tal queixam diziam, inclusive, que tal atitude era um desrespeito ao
local onde realizam suas atividades religiosas. Outros reclamaram da superlotação e da
falta de assistência jurídica na unidade.
Foi observado e relatado pelos internos as mesmas questões de ausência de juiz
de execução, da morosidade da prestação jurisdicional e da falta de informações básicas
como o atestado de pena a cumprir, bem como a forma ineficaz de comunicação por parte
da autoridade judiciária das decisões e benefícios concedidos aos internos.

Presídio de Igarass

No presídio, a equipe visitou a enfermaria, o setor educativo e de trabalho, e


diversos pavilhões, inclusive o destinado à população LGBT, onde eram custodiadas 19
pessoas. Nesse pavilhão havia diversas frases na parede, como: “Respeito. Uma vida sem
violência é um direito de todos”; “A homossexualidade não é doença, a homofobia sim”;
“Cada um faz sua própria opção e você não tem direito de oprimi-la! Homofobia não se
justifica; se combate e se destrói! Somos todos iguais”; “Aceitar é uma escolha. Respeitar
é um dever de todos”
Segundo o gerente da unidade, como o local está superlotado, apesar de existir
local para cumprimento de custódia diferenciada, na prática havia muitos presos nos
pavilhões, por falta de espaço. A superlotação, na verdade, espanta, como a verificada no
pátio de banho de sol, com diversos presos sentados. Praticamente não havia espaço para
se locomover. O gerador de energia, em função das gambiarras, estava supercarregado.
Da mesma forma que no PJALLB e PFDB, havia locais controlados pelos próprios
presos destinados à venda de produtos. Foi possível verificar a venda de ovos, bombons,
sardinha, paçoca, gilete, sabonete etc. No momento da inspeção, assim como no PFDB,
presos realizavam o corte de cabelo.
Apesar de haver uma escola na unidade (Escola Estadual Dom Helder Câmara) e
06 salas de aula, o número de presos envolvidos nas atividades educacionais é muito baixo
(apenas 22), para uma unidade que tem quase 4.000 presos, sendo muitos analfabetos.
Por exemplo: apenas num pavilhão, foi solicitado aos presos, para facilitar, que
escrevessem suas demandas num papel, e pelo menos 03 afirmaram que não sabiam ler
nem escrever. E todos eles aparentemente com menos de 25 anos de idade.
Presos reclamaram que tudo na unidade é precário. Assim, reclamaram: 1º - da
quantidade excessiva de presos nas celas, com alguns dormindo no chão; 2º - da
inexistência de chuveiro nas celas, tendo apenas torneira; 3º - do racionamento da água,
fornecida 03 vezes ao dia, por apenas 15 minutos, iniciando-se nos seguintes horários:
6h45, 11h e 17h; por isso, não tem como dar descarga, para tomar banho, precisam
acumular água; 4º - devido à superlotação, o médico não consegue atender a todos os
presos; 5º - que o atendimento hospitalar é apenas para casos de emergência; 6º - a
qualidade da comida oferecida foi considerada péssima (“galinha crua”, “feijão com muita
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água”, sem tempero); alguns presos afirmaram que a comida é melhor no dia da visita, ou
seja, sábado e domingo; sobre a quantidade da comida, consideraram suficiente, mas
afirmaram que, se todos comerem, não dá; por isso, alguns fazem a sua própria comida,
ou refazem a que é fornecida pela unidade (como cozinhar novamente o feijão e a carne);
a unidade não oferece fruta; e 7º - quanto ao tratamento dado ao visitante, a reclamação
foi a de que este é tratado mal por causa da demora para entrar e da revista vigorosa; não
se trata da revista vexatória, que afirmaram não existir mais, mas sim a revista na
alimentação que o familiar pode levar; nesse caso, afirmaram que não pode entrar fruta.
Ressalta-se que um preso, com uma bolsa de colostomia, reclamou que não estava sendo
atendido, mas foi verificado que o atendimento estava sendo realizado.
Salienta-se que todas as demandas de assistência jurídica (feitas no PJALLB e
no Presídio de Igarassu) foram encaminhadas, ainda durante a inspeção, à defensora
pública Marianna Granja para providências.
As atividades realizadas pela equipe psicossocial são: organização das visitas
(são cerca de 5.000 mulheres por mês, 1.200 homens e 1.000 crianças); elaboração de
pareceres e laudos (cerca de 27 por mês); atendimento aos presos (cerca de 1.800 por
mês); atendimento aos familiares (cerca de 900 por mês); encaminhamento a outros
setores do estabelecimento (cerca de 200 por mês); e grupos de tuberculoso, idosos e
LGBT.
O setor jurídico entregou documentação (lista) contendo os seguintes dados: 1º
- 27 pedidos de livramento condicional; 2º - 206 pedidos de autorização para serem
transferidos para a Penitenciária Barreto Campelo; 3º - 72 pedidos para progressão de
regime, do fechado para o semiaberto; 4º - 41 pedidos de autorização de transferência
para o regime semiaberto; 5º - 05 autorizações para ser transferido para o regime aberto;
6º - 04 solicitações para extinção de punibilidade; e 7º - resultado do mutirão: 27
transferências para a Penitenciária Barreto Campelo, 67 progressões para o regime
semiaberto e 36 livramentos condicionais. Há, ainda, a informação de que, entre 29/01/15
a 11/03/15, entraram no presídio 240 pessoas, saindo apenas 69 presos. Segundo os
dados apresentados, do total de 404 condenados, 344 são “em regime fechado, sendo 91
com direito a progressão para o regime semiaberto; 30 com direito a livramento
condicional e 02 [com] direito a extinção de punibilidade pelo cumprimento integral da
pena”. Os outros 60 condenados são do “regime semiaberto, sendo 05 com direito a
progressão para o regime aberto e 02 com direito a extinção de punibilidade pelo
cumprimento integral da pena”.

Providências/ Recomendações
Tendo em vista as considerações realizadas neste relatório e as ações que estão em
andamento no Estado, ou seja, considerando: 1º - as medidas cautelares da Comissão
Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos, outorgadas
em 2011; 2º - as medidas provisórias da Corte Interamericana de Direitos Humanos da
Organização dos Estados Americanos, de 2014; 3º - o plano de trabalho elaborado no
âmbito do Fórum de Monitoramento das Medidas Provisórias da Corte da OEA; 4º - a
pactuação entre o DEPEN e o governo estadual para implementação de um conjunto de
medidas para o sistema prisional pernambucano; 5º - a Recomendação nº 001/2014, do
Ministério Público Estadual; 6º - a Recomendação MPF e MPPE, de 23/07/2014 sobre o uso
de balaclava, capuz e de identificação dos agentes e servidores penitenciários; 7º - o
pedido do MPPE e MPF para a interdição do Complexo Prisional do Curado, de 02/12/2014;
8º - as duas Ações Civis Públicas ajuizadas pela Defensoria Pública de Pernambuco em
2009; 9º - os acordos de cooperação técnica assinados entre o MJ e o CNJ em 09/04/15; e
10º - o que foi observado durante a inspeção e relatado na reunião realizada no auditório
da Controladoria do Estado, recomendamos as medidas abaixo:

Ao Governador do Estado de Pernambuco

1. Que crie uma Ouvidoria do Sistema Penitenciário específica, nos termos da resolução nº

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3/2014 – CNPCP, com estrutura adequada e autônoma, com Ouvidor (a) externo (a) e
com mandato próprio, tendo em vista que a Ouvidoria existente pertence à estrutura
da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos.

2. Que crie uma Corregedoria do Sistema Penitenciário específica, com estrutura


adequada e autônoma, com Corregedor (a) externo (a) e com mandato próprio.

3. Que os (as) 67 defensores (as) públicos (as) aprovados (as) no concurso em


andamento sejam nomeados com a urgência que o caso requer e sejam alocados de
preferência nos estabelecimentos penais mais necessitados, visando ampliar as ações
da Defensoria Pública em todas as fases processuais e fortalecer os núcleos voltados à
execução penal.

4. Que sejam providos, através de concurso público, todos os demais cargos vagos de
defensores públicos, a fim de garantir o acesso à justiça aos privados de liberdade.

5. Que, na realização de concurso público previsto para contratação de 200 agentes


penitenciários para atuação no sistema prisional do estado, haja ampliação desse
quantitativo, tendo em vista que, apenas para suprir o déficit existente, o Estado
precisaria de, no mínimo, mais 2.200 agentes penitenciários.

6. Que intensifique o programa de monitoramento eletrônica para aos presos provisórios e


do regime semi-aberto como forma de desencarceramento suprindo a ausência de
vagas, não sendo usado o monitoramento como uma política de segurança pública a
exemplo da saída temporária.

7. Que reavalie o programa Pacto pela Vida, evitando a adoção de política de incentivo ao
encarceramento como opção para redução de índices de criminalidade.

8. Que articule com o Conselho Nacional de Justiça, o Departamento Penitenciário


Nacional, Tribunal de Justiça, Secretaria de Defesa Social, Secretaria de Justiça,
Defensoria Pública e Ministério Público para a implementação da Audiência de Custódia
com a apresentação dos presos em flagrante, para fiscalizar a legalidade das prisões,
racionalizar o uso da prisão cautelar e viabilizar de aplicação de medidas alternativas a
prisão preventiva.

9. Que promova a ampliação de vagas no sistema penitenciário pernambucano.

Ao Presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco e a Corregedoria Geral de


Justiça do TJ de Pernambuco

10. Que invista no processo de formação dos Juízes Criminais no sentido do uso racional da
pena privativa de liberdade e da aplicação das medidas cautelares e das alternativas
penais.

11. Que crie meios para garantir a celeridade e o devido processo legal nas questões
criminais, diminuindo o número de presos provisórios no Estado, com o fomento da
aplicação das medidas alternativas a prisão e o princípio da duração razoável do
processo.

12. Que determine providências junto a 1ª vara regional de execuções penais, a fim de
corrigir a morosidade na prestação jurisdicional, a ausência ou demora de na prática de
atos processuais atinentes a execução tais como: a não emissão de atestado de pena a
cumprir, o cálculo de pena, demora na análise de benéficos aos internos,
condicionamento de análise de beneficio à prisão e a não intimação da defensoria
pública.

Página 69
13. Que determine providências junto a 3ª vara criminal de Olinda e a vara criminal do
Cabo de Santo Agostinho, a fim de corrigir a morosidade na prestação jurisdicional do
processo de conhecimento.

14. Que dote as varas criminais e as de execução (em especial a 1 vara de execuções) de
estrutura física e de pessoal, bem como estabeleça forma eficaz de comunicação dos
atos e decisões judiciais, de preferência, por meio eletrônico ou malote digital, dando
celeridade no cumprimento das decisões.

15. Que os alvarás de solturas sejam cumpridos imediatamente a ordem judicial e por ato
do poder judiciário, em virtude da constatação da deficiência e demora da
comunicação.

16. Que oriente os juízes da execução penal sobre a importância da política de controle e
participação social no sistema de execução penal, para que busquem criar conselhos da
comunidade nas comarcas onde não existam e que os fortaleçam jurídica, social e
financeiramente, conforme medida 8 do Plano Nacional de Política Criminal e
Penitenciária do CNPCP.

17. Que fiscalize e determine o comparecimento do juiz da execução responsável pela


corregedoria de presídios aos estabelecimentos penitenciários e promova a audiência
justificação e oitiva com os internos no interior da unidade.

18. Que crie e estabeleça rotinas para o comparecimento dos juízes criminais do
conhecimento às unidades prisionais.

19. Que oriente os magistrados a fiscalizar, juntos aos cartórios dos seus órgãos
jurisdicionais, a célere expedição da carta de guia, criando mecanismo de sanção
administrativa para a não expedição em tempo hábil das mesmas.

20. Que seja cumprida a resolução n.113 do CNJ no tocante a autuação em separado dos
incidentes de execução.

21. Que seja criada uma nova vara de execução penal com a redistribuição dos processos
da primeira vara.

Ao Secretário de Estado da Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco e


Secretário Executivo de Ressocialização

22. Que forneça uniforme aos agentes e providencie, no prazo de 180 dias, a identificação
de todos os agentes penitenciários em seus uniformes e por meio de crachá.

23. Que estabeleça controle do uso de armas e munições, com documentação de disparos e
respectivas justificativas, bem como que capacite continuamente os servidores para o
uso progressivo da força, substituindo o uso de armas letais por menos letais.

24. Que oriente os agentes penitenciários e policiais militares que atuam no sistema
prisional sobre a necessidade de observância da Portaria Interministerial SDH/MJ nº
4.226 de 2010.

25. Que continue a desenvolver e amplie políticas de oferta de postos de trabalho aos
presos do sistema penitenciário do estado, em conformidade com a Lei de Execução
Penal, não deixando de enviar, de ofício, na forma da LEP ao judiciário a respectiva
comprovação para fins de remição.

26. Que continue a desenvolver políticas de ampliação das vagas de educação onde estas
já existam, e que as forneçam nas unidades onde não existam, em conformidade com o

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Plano Estratégico de Educação do Sistema Prisional (Decreto nº 7.626/2011), em
parceria com as Secretarias Estadual e Municipal de Educação, não deixando de enviar,
de oficio, ao judiciário a respectiva comprovação para fins de remição.

27. Que oriente a direção do Presídio de Igarassu e Presídio Frei Damião de Bozzano sobre
a necessidade de se providenciar um acesso maior dos presos à água potável no
estabelecimento.

28. Que crie um programa de fornecimento, especialmente às Cadeias Públicas,


acompanhamento da qualidade e quantidade, bem como da distribuição da alimentação
aos reeducandos, fiscalizando através de nutricionistas, observado o aporte nutricional
adequado, e garantindo a utilização de utensílios próprios para a população carcerária.

29. Que crie uma política de alternativas penais, criando e intensificando as centrais de
execução de penas alternativas e aplicação de medidas cautelares, também, pela
capacitação e contratação dos técnicos para a aplicação das medidas alternativas, em
especial, junto às Audiências de Custódia.

30. Que rearticule o Comitê Estadual de Prevenção e Combate à Tortura, bem como o
mecanismo de prevenção e combate a tortura, conforme disposições da Lei nº
12.847/2013, assim como o Conselho Estadual de Direitos Humanos.

31. Que implante o programa de manutenção continuada e de reforma dos


estabelecimentos penais, em especial do Complexo Prisional do Curado, atentando-se
especificamente para as situações irregulares dos pavilhões 2, 4, 9 e 12 do PJALLB, os
barracos externos, as celas de presos regalias etc, dando fim ao processo de
favelização das unidades prisionais.

32. Que proceda ao controle da comercialização diversificada de produtos que há no


Complexo do Curado e no Presídio de Igarassu, assim como em outros
estabelecimentos penais onde esta exista, impedindo a entrada e a circulação do
dinheiro em espécie.

33. Que proíba a existência de internos com funções de segurança, disciplina e controle
interno, sejam eles intitulados chaveiros, mesários ou representantes.

34. Que implemente ações contra incêndio e pânico em todo o Complexo do Curado, com
participação do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Pernambuco.

35. Que proceda a um armazenamento e recolhimento adequados do lixo no Complexo


Prisional do Curado e as demais unidades do Estado.

36. Que adote procedimentos emergenciais para fornecimento de assistência material aos
presos dos estabelecimentos penais do Estado, garantindo periodicamente artigos de
higiene pessoal e de limpeza, colchões, calçados e vestuário.

37. Que mantenha lista atualizada nominal de presos nas unidades penitenciárias e que
realiza a contagem nominal sistemática dos internos.

38. Que com a participação dos internos e servidores do sistema possa criar e estabelecer
plano operacional padrão para cada unidade do sistema penitenciário.

39. Que intensifique e agilize a política de ampliação e construção de novas vagas em todo
o Estado de Pernambuco.

40. Que sejam cumpridas a constituição e as decisões do STF no sentido de garantir que o
acesso à justiça prestado pelo Estado seja via Defensoria Pública, devendo os
advogados terceirizados contratados pela administração penitenciárias ficarem

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subordinados a Defensoria Púbica, via convênio.

41. Que seja uniformizado o sistema de prontuário dos internos com o correto
arquivamento das informações atualizadas e decisões sobre o mesmo, bem como que
no campo eletrônico seja aperfeiçoado o SIC.

42. Que as violações, oriundas do monitoramento eletrônico, sejam comunicadas ao Juiz


responsável não existindo recolhimento do interno sem a respectiva decisão judicial.

43. Que seja criado estabelecimento penitenciário para abrigar o regime semi-aberto
feminino.

44. Que regularize formalmente todas as unidades penitenciarias do estado, em especial as


colônias penais femininas.

45. Que fortaleça o Conselho Penitenciário de Pernambuco, fornecendo estrutura material e


humana.

Ao Presidente do Tribunal de Justiça e ao Secretário Executivo de Ressocialização

46. Que se articulem com o Conselho Nacional de Justiça e o Departamento Penitenciário


Nacional para a implementação da Audiência de Custódia com a apresentação dos
presos em flagrante, para fiscalizar a legalidade das prisões, racionalizar o uso da
prisão cautelar e viabilizar de aplicação de medidas alternativas a prisão preventiva.

Ao Secretário de Estado da Justiça e da Cidadania e ao Secretário de Saúde

47. Que implante e implemente a política nacional de atenção integral à saúde das pessoa
privadas de liberdade no sistema prisional (PNAISP), no estado de Pernambuco e
especial no complexo do curado, alocando equipes de saúde nas unidades básicas de
saúde no sistema prisional.

48. Que intensifiquem com aquisição e manutenção de equipamentos, material de consumo


para assistência a saúde dos internos.

49. Que seja acionada a vigilância sanitária para inspeção dos espaços de saúde, cozinha e
vivencia para emissão de laudos técnicos das unidades prisionais do estado, cujos
laudos deverão ser remetidos ao CNPCP.

50. Que seja implantado o serviço de avaliação e acompanhamento de medidas


terapêuticas aplicáveis à pessoa com transtorno mental em conflito com a lei (Portaria
MS nº94/2014) com vistas às estratégias de desinstitucionalização e fechamento da
“porta de entrada” do HCTP de Itamaracá.

Ao Defensor Público Geral de Pernambuco

51. Que fortaleça os órgãos de atuação da Defensoria pública em execução penal e junto a
justiça criminal dotando-os de estrutura física, material e pessoal.

52. Que garanta a presença de defensores públicos dentro das unidades penitenciarias,
com a criação de grade de apoio técnico, comprometendo-se a lotar parte dos
defensores aprovados no ultimo concurso nas unidades penitenciárias e na execução
penal.

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53. Que trabalhe em Parceria com o Poder Judiciário, executivo e com o Ministério Público
pela implantação da audiência de custódia no Estado de Pernambuco.

Ao Ministério Publico do Estado de Pernambuco

54. Que fiscalize e garanta a visita dos promotores da execução penal aos estabelecimentos
penitenciários com a concretização do dialogo com a população carcerária.

55. Que trabalhe para contribuir pelo fim da morosidade da prestação jurisdicional, dando
celeridade aos atos ministeriais e fiscalizando a garantia da efetividade do princípio da
duração razoável do processo.

56. Que fomente junto aos órgãos ministeriais a necessidade da aplicação das medidas
alternativas ao encarceramento, principalmente com o fortalecimento da aplicação das
medidas cautelares alternativas a prisão preventiva (provisória).

57. Que trabalhe em Parceria com o Poder Judiciário, executivo e com a Defensoria Pública
pela implantação da audiência de custódia no Estado de Pernambuco.

58. Que fomente o uso do monitoramento eletrônico como uma medida alternativa ao
encarceramento, em especial ao preso provisório e ao preso no semiaberto.

Remeta-se cópia deste relatório a todas os órgãos de execução penal, bem como ao
Conselho Nacional de Justiça e à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da
República.

10. ANEXOS

Anexo 1 – Registro Fotográfico


Anexo 2 – Relatório de inspeção em estabelecimentos penais: Presídio ASP Marcelo
Francisco de Araújo
Anexo 3 – Relatório de inspeção em estabelecimentos penais: Hospital de Custódia e
Tratamento Psiquiátrico
Anexo 4 – Relatório de inspeção em estabelecimentos penais: Penitenciária Prof. Barreto
Campelo
Anexo 5 – Relatório de inspeção em estabelecimentos penais: Penitenciária Agroindustrial
São João
Anexo 6 – Relatório de inspeção em estabelecimentos penais: Colônia Penal Feminina de
Recife
Anexo 7 – Relatório de inspeção em estabelecimentos penais: Penitenciária Juiz Plácido de
Souza
Anexo 8 – Relatório de inspeção em estabelecimentos penais: Centro de Observação
Criminológica e Triagem Prof. Everardo Luna
Anexo 9 – Relatório de inspeção em estabelecimentos penais: Presídio Desembargador
Augusto Duque
Anexo 10 – Relatório de inspeção em estabelecimentos penais: Penitenciária Doutor
Edvaldo Gomes
Anexo 11 – Relatório de inspeção em estabelecimentos penais: Presídio Advogado Brito
Alves

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Anexo 12 – Relatório de inspeção em estabelecimentos penais: Colônia Penal Feminina de
Buíque
Anexo 13 – Relatório de inspeção em estabelecimentos penais: Presídio de Vitória de Santo
Antão
Anexo 14 – Relatório de inspeção em estabelecimentos penais: Centro de Ressocialização
do Agreste
Anexo 15 – Relatório de inspeção em estabelecimentos penais: Presídio Dr. Rorinildo da
Rocha Leão
Anexo 16 – Relatório de inspeção em estabelecimentos penais: Presídio de Salgueiro
Anexo 17 – Relatório de inspeção em estabelecimentos penais: Penitenciária Dr. Ênio
Pessoa Guerra
Anexo 18 – Questionário Ministério Público: 19ª PJCC com atuação na 2ª VEP;
Anexo 19 – Questionário Ministério Público: 21ª Promotoria de Justiça Criminal da Capital
(Execuções penais)
Anexo 20 – Questionário Ministério Público: Caruaru/PE
Anexo 21 - Recomendação nº 001/2014, de 09/06/2014, da 21ª Promotoria de Justiça
Criminal da Capital
Anexo 22 – Recomendação do Ministério Público Federal e Ministério Público Estadual, de
23/07/2014
Anexo 23 – Pedido de interdição do Complexo Prisional do Curado, de 02/12/2014,
realizado pela 21ª Promotoria de Justiça Criminal da Capital
Anexo 24 – Resultado do mutirão (12/03/15) – Presídio de Igarassu
Anexo 25 – Solicitação da extinção de punibilidade – Presídio de Igarassu
Anexo 26 – Autorização para ser transferido para o regime aberto – Presídio de Igarassu
Anexo 27 – Pedidos de autorização de transferência para o semiaberto – Presídio de
Igarassu
Anexo 28 – Progressões do regime fechado para o semiaberto – Presídio de Igarassu
Anexo 29 – Pedidos de autorização para serem transferidos para PPBC – Presídio de
Igarassu
Anexo 30 – Pedido de livramento condicional – Presídio de Igarassu
Anexo 31 – Atividades desenvolvidas pela equipe psicossocial do Presídio de Igarassu
Anexo 32 – Convênio Ondunorte – Presídio de Igarassu
Anexo 33 – Serviços realizados no Centro de Saúde do Presídio de Igarassu
Anexo 34 – Relatório da Defensoria Pública do Estado de Pernambuco

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