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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA


INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA
FARROUPILHA - CAMPUS SANTO AUGUSTO

CURSO SUPERIOR DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

ACADÊMICO
GUILHERME FAUSTINO BOELTER

RELATÓRIO DE ATIVIDADES DO ESTÁGIO CURRICULAR


SUPERVISIONADO IV

SANTO AUGUSTO
2022
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA
FARROUPILHA - CAMPUS SANTO AUGUSTO

CURSO SUPERIOR DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

ACADÊMICO
GUILHERME FAUSTINO BOELTER

RELATÓRIO DAS ATIVIDADES DE ESTÁGIO CURRICULAR


SUPERVISIONADO IV

Trabalho de estágio apresentado


como requisito para a aprovação da
Disciplina de Estágio Curricular
Supervisionado IV do Curso de
Licenciatura em Ciências Biológicas
do Instituto Federal Farroupilha
Campus Santo Augusto.

SANTO AUGUSTO
2022
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA
FARROUPILHA - CAMPUS SANTO AUGUSTO

A orientadora, professora Dra Camila Rodrigues Cabral, e o estagiário


Guilherme Faustino Boelter, abaixo assinados, cientificam-se do teor do
Relatório de Atividades de Estágio, do curso Superior de Licenciatura em
Ciências Biológicas.

RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO IV
Elaborado por
Acadêmico

GUILHERME FAUSTINO BOELTER

_______________________________________
Profa. Dra. Camila Rodrigues Cabral
Orientadora

________________________________________
Guilherme Faustino Boelter
Acadêmico

Santo Augusto
2022
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
1 Estagiário
1.1 Nome: Guilherme Faustino Boelter
1.2 Curso: Licenciatura em Ciências Biológicas
1.3 Turma: 8º semestre
1.4 Endereço: Rua Mário Fucilline, bairro Cerro Azul, Nº 1485

1.5 Município: Santo Augusto


1.6 CEP: 98590-000
1.7 Telefone: (55)99705-7994
1.8 E-mail: [email protected]

2 Instituição
2.1 Escola: Escola Estadual de Ensino Médio Santo Augusto
2.2 Endereço: Rua Professor Romalino Torres
2.3 Município: Santo Augusto
2.4 CEP: 98590-000
2.5 Telefone: (55) 3781-1412

2.6 E-mail: [email protected]

3 Estágio
3.1 Área de realização: Ensino Médio
3.2 Coordenador(a) do Curso: Flávia Oliveira Junqueira
3.3 Professora Orientadora do Instituto Federal Farroupilha- Campus
Santo Augusto: Camila Rodrigues Cabral
3.4 Supervisor do Estágio: Luis Paulo de Castro
3.5 Carga horária total: 20 horas
3.6 Data de início e término: 22/09/2022-24/11/2022
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 6
2. REFERENCIAL TEÓRICO 7
3. DESENVOLVIMENTO 12
3.1 Apresentação da escola 12
3.2 Apresentação da turma 14
3.3 Descrição das atividades desenvolvidas na regência 15
4. ANÁLISE DAS INTERAÇÕES 20
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 24
6. REFERÊNCIAS 25
7. ANEXOS 27
1. INTRODUÇÃO

O relatório em questão é parte integrante das atividades da disciplina de


Estágio Curricular Supervisionado IV, do curso de Licenciatura em Ciências
Biológicas do Instituto Federal Farroupilha, Campus Santo Augusto.
O Estágio Curricular Supervisionado IV apresenta grande importância no
que tange o critério de experiências e vivências da sala de aula pela visão
crítica do estagiário. O relatório busca demonstrar as experiências vivenciadas
durante o processo de estágio de observação, além de, utilizando como
fundamentação teórica, autores da área da educação, apresentar as
concepções do que consiste o estágio e da importância do mesmo na carreira
acadêmica de um futuro profissional da educação.
O relatório aborda questões relativas à regência da turma de realização
do estágio, a análise das vivências ocorridas ao longo deste período, além da
análise das interações vivenciadas entre o estagiário regente e a turma.
2. REFERENCIAL TEÓRICO

O presente referencial teórico toma como base autores estudados na


disciplina de Estágio Curricular Supervisionado IV, do Curso de Licenciatura em
Ciências Biológicas do IFFar Campus Santo Augusto e visa apresentar as
concepções destes autores acerca da atividade de estágio curricular
supervisionado.
Referente ao que é estágio, recorro a recorro a Pimenta e Lima (2010),
que definem o estágio como uma atividade que permeia, envolve todas as
disciplinas do curso de graduação, podendo até ser compreendido como um
projeto político pedagógico de formação de professores. Para as autoras no
estágio:
[...] o futuro professor irá a escola não como um aluno que deve
aprender um determinado conteúdo, mas como um profissional
interessado em detectar as condições de ensino e de não ensino;
analisar as interações construtivas e destrutivas entre professor e
aluno; ver como o papel do professor interfere no clima da aula e
discutir qual a visão de ciências que o conteúdo ensinado transmite
aos alunos (PIMENTA e LIMA, 2010, p. 11).

Em suma, o estagiário precisa neste momento concentrar-se na forma


como ocorre a aprendizagem na sala, as metodologias empregadas pelo
professor regente e analisar como os alunos interagem com este professor,
como ocorre a aprendizagem por parte dos alunos.
Quanto a possíveis atividades, a serem realizadas durante o seu
processo de estágio, Zabalza (2008) traz que o ato de escrever sobre as
atividades profissionais, podendo ser estas em sala de aula ou em outros
contextos, é uma excelente pedida para uma autoconscientização dos próprios
atos, torna-se uma forma de refletir sobre o próprio modo de atuação, além de
auxiliar no conhecimento particular do docente. Desta forma, o entendimento
de como a turma funciona e as principais metodologias que o professor utiliza
em sala de aula podem ser mais facilmente percebidas pelo estagiário, além de
que este material pode vir a ajudar durante o seu processo de estágio de
regência.
Pensando no que o estágio de observação deve proporcionar ao futuro
docente, Carvalho (2017), sugere que os estagiários devem ir às escolas não
mais com olhar de aluno, mas sim com o de um profissional, que busca
entender o processo de ensino, e que está acima de tudo, interessado em
analisar a interação existente entre o professor e os alunos, além de buscar
compreender também as condições de aprendizagem e não aprendizagem dos
estudantes.
Frente à perspectiva do que o estágio representa para o professor em
formação, pode-se descrever o estágio como algo que vai muito além de
apenas mais um componente curricular, mas sim como uma possibilidade de
permear a maioria dos saberes que o estudante teve até então em sua jornada
acadêmica. O estágio é um processo que vai além da perspectiva da sala de
aula, trata-se de um momento que proporciona ao acadêmico de licenciatura
um conhecimento referente a pesquisa acadêmica e análise bibliográfica,
estabelecendo assim a ideia de professor pesquisador, como alguém que não
somente usa de autores, mas busca adentrar cada vez mais neste universo,
realizando pesquisas (PIMENTA e LIMA, 2010).
Um profissional que realiza uma reflexão de lecionar, necessita possuir
além de um olhar mais criterioso, um conhecimento pautado em estudos de
cunho originado em pesquisas bibliográficas. Nesse sentido pode-se entender
tal conhecimento como algo que:
Envolve o estudo, a análise, a problematização, a reflexão e a
proposição de soluções de situações de ensinar e aprender. Envolve
experimentar situações de ensinar, aprender a elaborar, executar e
avaliar projetos de ensino não apenas nas salas de aula, mas
também nos diferentes espaços da escola (PIMENTA e LIMA, 2010,
p. 55).

Desta maneira percebe-se que a maioria dos saberes disciplinares


aliam-se à experiência vivenciada durante o estágio e, que em conjunto tal
conhecimento agrega para a formação deste futuro docente, diferentemente do
que apenas a ideia de teoria e prática como duas ações separadas. Nesse
sentido, percebe-se que o processo de estágio permite ao futuro professor,
entrar em um mundo acadêmico como um professor pesquisador (PIMENTA e
LIMA, 2010).
Ainda neste contexto, e destacando a importância da reflexão e da auto
análise, Martins et. al (2014) mencionam que os estágios estabelecem nos
estagiários um processo muito importante em sua formação acadêmica, pois
possibilita que os mesmos observem a importância que a prática da pesquisa
possui em sua profissão. Neste ínterim, os futuros professores acabam por
tornarem-se profissionais mais capazes de realizar as reflexões e auto
análises, com elaborações não somente sobre si próprios, mas também sobre
os acontecimentos em sala de aula e na escola, e a suas interações com os
alunos (MARTINS et. al, 2014).
Santos e Mota (2021) contribuem discorrendo que o ato de refletir
trata-se de um momento de grande relevância para o professor. É neste
momento que ele pode rever seus atos, analisar sua metodologia e ponderar
possíveis pontos de sua aula que podem ser modificados, a fim de serem
melhor compreendidos pelos alunos.
Sobre o pensamento acerca das atitudes tomadas pelo professor
regente da turma durante o processo de estágio, Zabala (1998) argumenta que
os educadores precisam confiar nas capacidades de seus alunos, gerando um
ambiente confortável para eles, para então ganhar a sua confiança a partir do
respeito mútuo.
Já quanto a prática docente, como estágio, trago Rosmann (2021) que
menciona a questão do ensino e aprendizagem dentro da licenciatura, de forma
geral, esta precisa chegar ao acadêmico, precisa ser uma ação transformadora
estimulando a criatividade e a inventividade do aluno.
Refletindo um pouco sobre o que o estágio representa ao docente em
formação, Rosa et. al (2012) argumenta que o estágio deve agir como um
facilitador para a articulação entre teoria e prática, demonstrando de maneira
moderada a realidade profissional desta área. Desta forma, o estagiário
experimenta por meio da observação o ser docente, e constata como o
professor precisa conciliar os diferentes conhecimentos, em prol da
aprendizagem dos seus alunos.
Ainda referente a linha de pensamento, acerca do que o estágio
representa ao acadêmico em formação, Bozzini e Santos (2013) abordam que
o momento de estágio trata-se de um período onde o que ocorre é a
mobilização dos saberes docentes trabalhados ao longo da formação do
professor em formação. Neste período, o estagiário pode perceber a união de
todos os saberes, como todos se relacionam durante o momento da docência.
Bozzini e Santos (2013) trazem ainda que é nesta hora em que a maioria dos
futuros professores descobre o gosto pelo ensinar, conseguindo desta forma
transformar o momento de estágio de regência em um experiência na qual
ocorre uma grande identificação pela profissão.
Dando continuidade ao pensamento acerca da formação de um
professor, o profissional de educação experiencia esta constituição da sua
identidade docente antes de atuar de fato na sua área. Isto se dá por
intermédio de seus conhecimentos anteriores, de suas crenças provenientes de
sua bagagem escolar (SILVA, GULLICH; FERREIRA, 2011). Ainda segundo
os autores, a atividade de estágio beneficia não somente o professor em
formação, mas também cria uma ligação entre as escolas públicas e as
universidades, possibilitando desta forma o conhecimento das realidades
dessas instituições.
Neste sentido, segundo Marques, Tolentino Neto e Branchet (2019), o
estagiário precisa aprender a equilibrar não somente os saberes disciplinares
com os saberes pedagógicos, mas junto deles, o saber experiencial, realizando
dessa forma um árduo, porém necessário desafio.
Para além deste desafio no estágio, cabe também enfatizar que o
professor em formação, neste caso o estagiário, encontra-se em outro desafio,
sua entrada no espaço de sala de aula, agora como um profissional da
educação. Segundo Nóvoa (2017), esta pode ser entendida como o primeiro
gênero do conhecimento, uma primeira aproximação, ou entrada na sala de
aula, uma experiência controversa em um primeiro momento, dada a
inexperiência do professor. Porém, à medida que este adquire o ritmo da sala
de aula, ele acende o segundo gênero de conhecimento, que trata-se da
compreensão da essência do ensino.
Segundo Nóvoa (2017), ainda referente aos gêneros de conhecimento, o
terceiro e ultimo ato é o de aproximação, sendo uma ideia de discernimento, na
qual cabe ao docente em formação ponderar, refletir e julgar as suas ações no
dia a dia. Aproveitando o ensejo, pode-se discutir também sobre as
dificuldades que este estagiário, o futuro professor, irá encontrar durante o seu
dia a dia, na profissão docente. Assim como aponta Santos e Mota (2021), é
neste período de estágio supervisionado em que os estagiários se deparam
com a falta de equipamento, a falta de manutenção nos laboratórios, e a falta
de recursos, inerentes às condições precárias da maioria das escolas públicas
brasileiras.
A seguir, será discutido a vivência do estágio de regência em um ensino
de modalidade presencial, pós pandemia, descrevendo o que foi observado em
sala, e analisando tais interações com embasamento teórico em autores da
área pedagógica.
3. DESENVOLVIMENTO
3.1 Apresentação da escola
A escola na qual o Estágio Curricular Supervisionado IV ocorreu foi a
Escola Estadual de Ensino Médio Santo Augusto - Ginásio. A instituição está
localizada no município de Santo Augusto/ RS, na rua Professor Romalino
Tôrres, no bairro Floresta. Trata-se de uma escola de ensino fundamental e
médio, fundada no ano de 1964, e perdura até os dias de hoje como uma
referência dentro das escolas do município. Conta com um grande quantidade
de alunos, segundo a coordenadora da escola, o número total de alunos
matriculados gira em torno de 690 estudantes, abrangendo todos os períodos e
turnos de funcionamento. A escola possui turmas no período matutino,
vespertino e noturno, sendo este último destinado aos alunos que buscam
correlacionar trabalho com escola.
No hall de entrada encontramos flores e adornos coloridos que nos
levam a um saguão amplo, localizado no centro da instituição. A disposição das
salas é muito bem definida, ao entramos no saguão encontram-se as salas de
coordenação, sala dos professores e secretaria da escola, todas dispostas
contornando o pátio central. Durante os momentos de intervalo, ou anterior as
aulas, podemos encontrar este saguão repleto de vida, com vários estudantes
de todas as idades e séries conversando, indo para suas salas ou apenas
sentados nos bancos e cadeiras do local. Também há uma mesa de pebolim,
na qual sempre há alunos entretidos, disputando uma partida.
Ao fundo do pátio central está o refeitório, este possui vidraças grandes
nas paredes e bancos com mesas bem distribuídas, para os alunos
acomodarem-se e desfrutarem de seu lanche que é disponibilizado diariamente
pela escola a todas as turmas.
A sala dos professores é um ambiente bem amplo, contando com uma
mesa grande e várias cadeiras dispostas ao seu redor. Também há bancos
estofados dispostos em um formato de semicírculo, onde os docentes, em sua
maioria, costumam se sentar e discutir assuntos dos mais variados temas. É
uma sala bem arejada, com janelas amplas na lateral, e com ar condicionado
para momentos de calor ou frio, no inverno ou no verão.
Nota-se que há uma boa convivência entre os docentes, além disso os
alunos sempre se mostram respeitosos e costumam bater na porta antes de
adentrar ao recinto. Ao fundo da sala pode-se observar uma grande quantidade
de armários e locais para disposição de materiais de aula. Cada armário possui
identificação de um professor, assim como um espaço logo acima de cada
armário, destinado a livros ou demais documentos que os docentes possuam.
Também há uma banca que percorre toda a parede lateral da sala, na qual
existem livros didáticos antigos e pequenos vasos de flores como decoração.
Voltando ao saguão e dirigindo para as salas de aula, estas estão
dispostas em direções contrárias possuindo o saguão como ponto de ligação.
Ao percorrermos o saguão e nos dirigimos ao lado esquerdo encontramos um
grande corredor com salas alocadas uma ao lado da outra. Como uma imagem
espelhada, ao nos dirigirmos ao lado direito, encontramos uma situação muito
semelhante, porém agora pode-se notar uma escada que leva ao ginásio
esportivo da escola, local em que acontecem muitos torneios da própria
instituição, assim como torneios e jogos municipais. A escola também possui
uma quadra esportiva, porém não é coberta, com piso de concreto. Ela é
utilizada para outros jogos além do futsal, como por exemplo o basquete. Além
do ginásio, tem um pequeno parque para os alunos do fundamental, como
também uma área verde com algumas árvores de grande porte que
proporcionam uma boa sombra durante os períodos da manhã. Há ainda uma
biblioteca e um laboratório de informática, para eventuais aulas de
computação.
Esta instituição é um local bem acolhedor, com mesas e bancos
coloridos, cartazes e luzes nas paredes. Devido a proximidade da data festiva
do Natal, algumas luzes coloridas com escritas de Feliz Natal estão dispostas
no hall de entrada.
Em suma, trata-se de um local destinado à aprendizagem, um ambiente
acolhedor tanto para os alunos quanto para os professores, para os alunos e
professores.
3.2 Apresentação da turma
A turma com a qual eu realizei o estágio de regência foi a turma do 3º
ano do ensino médio da Escola Estadual de Ensino Médio Santo Augusto -
Ginásio. Esta turma apresenta um bom comportamento, nota-se que os alunos
possuem em sua maioria um aspecto mais reservado, há uma certa
participação em aula, em dados momentos.
Esta turma apresenta um perfil misto, sendo um total de 14 alunos
matriculados, metade meninos e metade meninas.
Ao longo da regência pude perceber que os alunos apresentam um
grande entusiasmo em aulas que fogem do habitual, gostando de realizar
momentos de ensino fora da sala de aula, ou o uso de metodologias
audiovisuais. Alguns alunos possuem curiosidade em determinados assuntos,
especialmente sobre evolução. Em dado momento ocorreram discussões sobre
algumas curiosidades em alguns assuntos tratados em aula, os quais envolvem
boa parte da sala.
Ocorreram poucos momentos de conversa paralela, somente com dois
alunos. Os demais momentos de aula transcorreram com tranquilidade. Em
suma, trata-se de uma turma com características positivas, alunos com
interesse nos conteúdos e dispostos a realização das atividades trabalhadas e
desenvolvidas ao longo das aulas.
3.3 Descrição das atividades desenvolvidas na regência
Referente às atividades desenvolvidas durante o período de Estágio
Curricular Supervisionado IV, as atividades realizadas foram anotadas e alguns
aspectos foram destacados, sendo eles a interação entre o professor e os
alunos, as propostas de metodologias utilizadas em sala de aula, e os
métodos avaliativos que foram empregados e utilizados pelo estagiário durante
o seu período de regência.
Como forma de enriquecer as anotações realizadas, estas foram
registradas em um diário de formação. Este documento foi desenvolvido
concomitantemente com este relatório, servindo como uma base para a escrita
de descrição das atividades desenvolvidas na regência.
No dia 22 de setembro de 2022, durante os dois primeiros períodos da
manhã ocorreu o primeiro dia de regência. O primeiro conteúdo trabalhado em
sala de aula foi evolução.
Como este foi o primeiro contato que tive com a turma do 3º ano B,
inicialmente eu conversei com os alunos. Realizei a minha apresentação e
expliquei como aconteceriam as demais atividades durante o período de
estágio.
Discutimos inicialmente a evolução da vida, desde o seu surgimento até
as propostas mais recentes de como os seres vivos apareceram. Como uma
forma de introdução a temática de evolução. Desta forma a aula transcorreu
com auxílio de slides previamente construídos, abordando os principais
teóricos de origem da vida, até os pensadores evolucionistas, como Lamarck e
Darwin.
Como forma de complementar a aula, e buscar compreender o que os
alunos conseguiram entender do conteúdo discutido, realizamos algumas
questões retiradas de processos seletivos de grandes universidades. Os alunos
ao final realizaram a devolutiva destas questões como material avaliativo de
aula.
Durante o dia 29 de setembro de 2022 transcorreu o segundo momento
de estágio da regência. Nesta aula damos continuidade a temática de
evolução, realizando uma breve retomada do conteúdo discutido na aula
passada. Abordamos logo no início os grandes teóricos do tema evolução,
Lamarck e Darwin, e suas respectivas teorias. Posteriormente começamos a
debater as novas propostas de evolução, tais como deriva genética, efeito
fundador, mutação, efeito gargalo, migração e seleção natural. O material de
trabalho estabelecido foi o livro “Evolução e Universo”, de Sergio Rosso e
Sônia Lopes.
Buscamos trabalhar este tema como uma metodologia voltada ao debate
e discussão das teorias apresentadas. Os alunos se mostraram dispostos a
discutir sobre o assunto, trazendo seus pontos de vista, à medida que
avançávamos no conteúdo.
Semelhante a última aula, realizamos algumas questões de processo
seletivos previamente construídas em slides. Os alunos realizaram tais
questões e mantiveram as respostas em seus cadernos, os trazendo para que
eu avaliasse antes do fim da aula.
No dia 06 de outubro de 2022, ocorreu a terceira aula do estágio de
regência. Esta aula aconteceu de um modo diferente das demais. Neste dia
especificamente foi realizado o conselho de classe, desta forma a aula ocorreu
no modo remoto. Por intermédio da ferramenta social WhatsApp, conversei
com alunos da turma e lhes designei uma tarefa para ser entregue na próxima
aula. Os alunos deveriam realizar a leitura de duas páginas do livro Evolução e
Universo, e construir um resumo referente ao capítulo proposto. Posteriormente
deveriam também fazer três questões contidas no livro, que tratavam sobre o
assunto.
O quarto momento de regência ocorreu no dia 13 de outubro de 2022.
Nesta aula, inicialmente discutimos sobre a tarefa da semana passada. Alguns
alunos realizaram tal atividade, porém não todos. Demos continuidade a
temática de evolução, porém agora discutimos sobre evolução humana
especificamente.
Trabalhamos o conteúdo com discussões entre a turma, de como as
características da humanidade foram se alterando à medida que o tempo
passou. De tal forma que em alguns momentos os alunos traziam para a
conversa seus conhecimentos prévios.
Devido a um pequeno problema com o projetor, os alunos tiveram
autorização para utilizar os seus smartphones para acessar os slides desta
aula. A aula transcorreu muito bem, ao final da aula lhes informei que no
próximo encontro iríamos realizar a primeira avaliação, discutindo a temática de
evolução e realizamos um fechamento deste tema, para entrarmos no tema de
ecologia. Para esta avaliação, foi permitida uma cola autorizada. Os alunos
também tinham a tarefa de realizar um mapa conceitual da temática de
distribuição dos seres humanos pelo mundo, possuindo como material, base o
livro didático já estabelecido.
Durante o dia 20 de outubro de 2022, no quinto dia de estágio de
regência, realizamos a avaliação sobre evolução. Esta não foi a primeira
avaliação que eu realizei dentro dos estágios de regência, pois uma semana
antes havia feito uma prova com os alunos do estágio do ensino fundamental.
Porém as expressões, e comportamentos dos alunos se mostraram
semelhantes. Alguns estavam com um certo nervosismo, mesmo possuindo
acesso a uma colinha autorizada.
O processo de avaliação transcorreu sem problemas, em nenhum
momento necessitei chamar a atenção dos alunos, também não ocorreram
tentativas de cola durante a avaliação. Ao terminarem, os alunos foram
entregando a avaliação e permanecendo em seus lugares, até que todos
tivessem terminado. Ao final da avaliação, conversamos sobre a mesma, os
questionei se eles acharam muito difícil os alunos responderam não. O sexto
momento do estágio de regência ocorreu no dia 27 de outubro de 2022. Esta
foi a nossa primeira aula sobre Ecologia, com conteúdo introdutório. Assim
como já havíamos estabelecido, lhes enviei os slides previamente construídos
via WhatsApp e os alunos puderam fazer uso dos smartphones para acessar e
acompanhar a aula.
Organizamos pequenos grupos de 4 a 5 componentes, pois havia uma
atividade para que os alunos realizassem ao final da aula. Porém alguns
pediram licença pois teriam que organizar o ginásio de esporte para um torneio
de vôlei, no qual o lucro iria para as turmas dos 3º anos da escola.
Discutimos inicialmente sobre como os organismos se estabelecem
dentro da ecologia, abordando a organização em indivíduo, população,
comunidade, ecossistema e biosfera, também trabalhamos os níveis tróficos e
teias alimentares. Por fim, como atividade em conjunto, os alunos deveriam
realizar quatro questões sobre as pirâmides ecológicas, fazendo uso do
material de aula, o livro sobre ecologia intitulado “Biologia Hoje” de Sérgio
Linhares et al. Ao final da aula os alunos entregaram a tarefa.
No dia 03 de novembro de 2022, ocorreu o sétimo momento do estágio
de regência. Esta foi uma aula na qual realizei o acompanhamento da turma no
torneio de vôlei da escola. Tal tarefa se mostrou muito interessante para os
alunos, pois trata-se de uma atividade diferente. Os acompanhei no ginásio
esportivo e observamos os jogos que ocorreram entre as demais séries do
turno matutino da escola.
O oitavo momento de aula foi no dia 10 de novembro de 2022. Nesta
aula continuamos a temática de ecologia. No início da aula realizamos uma
retomada do que foi trabalhado na última aula, pois ocorreu um torneio na
semana anterior.
Posteriormente, continuamos trabalhando sobre crescimento e densidade
populacional. Em dado momento quando discutimos sobre as taxas ligadas ao
crescimento de uma população, começamos a debater sobre danos ao meio
ambiente e adentramos à área de defensivos agrícolas.
Foi muito interessante ver o posicionamento dos alunos sobre este assunto,
pois eles se mostraram maduros, ao entender que o uso desses agroquímicos
causam danos ao meio ambiente e à biodiversidade, porém eles colocaram
que a produção de alimentos associada ao uso dos defensivos agrícolas ainda
é uma grande fonte de renda na nossa região. Na sequência continuamos o
conteúdo e ao final da aula avisei os alunos que iríamos realizar uma aula
prática na semana seguinte, fazendo uso dos laboratórios do Instituto Federal
Farroupilha Campus Santo Augusto (IFFar).
No dia 17 de novembro de 2022 ocorreu a primeira aula prática no
Estágio Curricular Supervisionado IV, nas dependências do IFFar. Nos
organizamos na escola primeiramente, e posteriormente partimos para o
Campus do IFFar. Os alunos se mostraram bastante animados para esta
prática. Iniciamos as atividades no bosque à frente do Campus, como forma de
observarmos dois estágios distintos dentro de um ecossistema: um bosque
com árvores com copas altas e, ao lado, uma lavoura em um campo aberto.
Discutimos sobre os processos danosos ao solo como a erosão, sobre a
contaminação do bosque devido a proximidade da lavoura e o uso de
agroquímicos. Posteriormente no mesmo local, observamos a biodiversidade, a
serapilheira do local e também nos deparamos com resíduos sólidos
descartados incorretamente. Discutimos sobre os efeitos do descarte incorreto
de lixo em locais como aquele. Posteriormente trabalhamos a poluição sonora
e do ar, devido aos carros e fábricas. Para trabalhar a poluição em lagos e
afluentes utilizamos dois microscópios previamente organizados no laboratório
de Biologia Geral pela técnica do Campus. Os alunos se mostraram
interessados pelos equipamentos e pela prática de visualização de
protozoários no microscópio. Por fim retomamos o que foi trabalhado e
abordado naquela aula, em uma roda de conversa no laboratório. Retornamos
à escola em seguida, e estabelecemos a próxima e última atividade, um
seminário previamente organizado sobre os ciclos biogeoquímicos.
A décima e última aula com os alunos do ensino médio durante o estágio
de regência, ocorreu no dia 24 de novembro de 2022. Esta foi uma aula
novamente diferente das demais. Como havíamos combinado, os alunos
iniciaram a aula com as suas apresentações, sobre os ciclos biogeoquímicos.
Foram um total de quatro grupos, cada um abordando um dos ciclos
biogeoquímicos descritos no material didático. As apresentações foram de um
modo diferente, não necessariamente os alunos deveriam usar slides, mas
seria bem-vindo caso quisessem utilizar desta ferramenta.
Pude observar que esta é uma atividade que não foi muito trabalhada ao
longo da formação desses alunos, pois as apresentações foram quase que
totalmente leituras dos resumos que realizaram para estudo. Porém alguns
alunos buscaram utilizar do quadro como forma de demonstrar o processo do
ciclo que estavam descrevendo. Esta foi uma estratégia bem-vinda, pois
quebra um pouco o ar de apenas leitura. Houveram alguns grupos que
prepararam apresentações em slides, e assim fizeram uso de imagens para
sua explicação.
Após o seminário, adentrarmos no assunto de sucessão ecológica e
interação entre os seres vivos. Como exemplo, utilizei o caso da ilha de
Krakatoa, e como a sucessão ecológica pode ser visualizada com exatidão ali.
Por fim me despedi da turma e pedi para tirarmos uma foto de lembrança.
Posteriormente me despedi do professor supervisor e da coordenadora da
escola, agradecendo pela disponibilidade do estágio e da turma.

4. ANÁLISE DAS INTERAÇÕES


Após a descrição das atividades transcorridas ao longo do Estágio
Curricular Supervisionado IV, uma reflexão dos fatos descritos, auxiliado por
uma fundamentação teórica pode ser realizada neste momento. Tal reflexão foi
feita buscando realizar uma análise crítica das vivências do estágio em
questão, pautada em alguns critérios, tais como interações entre professor
(estagiário) e alunos, a metodologia utilizada durante o estágio, assim como os
métodos avaliativos utilizados. Como forma de estabelecer a análise e o
embasamento teórico, os autores que outrora foram trazidos no relatório irão
fundamentar estas análises.
Buscando descrever de maneira mais detalhada das experiências
vividas ao longo do estágio de regência, um diário de formação foi
desenvolvido em conjunto com o relatório. Desta forma, para além da descrição
do estágio, este material possibilitou um momento de autoanálise. Pois, assim
como Zabalza argumenta, “Escrever sobre o que estamos fazendo como
profissional (em aula ou em outros contextos) é um procedimento excelente
para nos conscientizarmos de nossos padrões de trabalho” (ZABALZA, 2008,
p. 10).
O ato de descrever as vivências da sala de aula, na perspectiva de um
docente, auxilia-nos a refletir sobre nossas ações, e repensar nossa prática,
possibilitando assim um desenvolvimento tanto humano quanto profissional
(ZABALZA, 2008).
Durante o Estágio Curricular Supervisionado IV, em se tratando da
minha interação com os alunos, pode-se perceber que a turma mostrou-se bem
receptiva. Assim como no estágio de observação, busquei trazer momentos de
interação com diálogos e questionamentos para a turma. O uso de
questionários durante as aulas também foram metodologias muito significativas
pois foi um modo de buscar compreender o quanto a turma estava entendo do
conteúdo e o quanto eles já possuíam de conhecimento prévio.
Os momentos de aulas em duplas ou grupos permitiram aos alunos
desenvolver seu senso de pesquisa e as suas habilidades de análise e
produção de trabalhos. Desta forma recorro a Carvalho (2017), a qual
menciona que aulas nas quais os professores são responsáveis por quase toda
a narrativa do conteúdo, acaba por limitar a capacidade de cada aluno de
entender, analisar e propor uma síntese do que está sendo pedido. Ainda
segundo a autora, os questionamentos realizados por docentes buscando
respostas óbvias, como "sim" e "não", apenas limitam os estudantes, não lhes
dando a devida oportunidade de demonstrarem seus conhecimentos e suas
habilidades.
Durante os momentos de aula, os questionamentos dos alunos
ocorreram sem que houvesse a necessidade de uma pergunta prévia. Tais
perguntas iniciaram após algumas aulas e demonstram o interesse dos alunos
pelo o que estava sendo discutido. Da mesma forma, a maneira como o
professor irá desenvolver um conteúdo proposto pelo seu aluno afeta
diretamente a forma como este aluno irá interagir no futuro (CARVALHO,
2027). A autora ainda acrescenta que ao permitir que o estudante intervenha
durante a explicação, e ao trabalhar a partir do que foi proposto por ele, sem
repreendê-lo ou ignorar seu questionamento, pode levar o docente a ter um
clima de aula e uma interação com a turma muito produtiva.
A metodologia empregada dentro da sala de aula está diretamente
relacionada à interação que ocorre entre professor e aluno, assim como os
saberes que este professor traz consigo (MARQUES, NETO E BRANCHE,
2019). Dentre os saberes pedagógicos que o licenciado em formação ou recém
formado professor deve possuir, o saber experiencial encontra-se somente no
fazer. Segundo Marques Neto e Branche (2019), o saber experiencial só pode
ser encontrado na vivência da docência, o que o difere daqueles que fazem
parte dos conhecimentos conceituais. Houveram momentos ao longo do
estágio que necessitei experienciar para poder compreender. Desde formular
uma avaliação e estipular o tempo para os alunos a fazerem, até como propor
uma atividade e desenvolvê-la em sala de aula.
Ocorreram momentos também em que me vi refletindo como meus
professores agiriam. Marques, Neto e Branche (2019) argumentam que não é
o bastante apenas o domínio do conteúdo, se o docente não é capaz de
transmitir de forma que os seus alunos compreendam. Assim como o contrário
se faz verdade, a falta de domínio do que se pretende explicar afeta no que os
alunos irão entender. Por outro lado, Santos e Mota (2021) trazem que o
Estágio Curricular Supervisionado de regência, é uma chance de o licenciando
demonstrar os seus conhecimentos e suas habilidades.
O ato de aprender a ser professor, também pode ser compreendido
como um fazer-se professor, ao longo de uma infindável construção. Rosmann
(2012) comenta que o processo de formação de um futuro docente é um
caminho no qual estará sempre inacabado, construindo-se à medida que este
se faz professor, e esta é a beleza da prática docente e da construção da
identidade docente. Segundo a autora, o movimento que realizamos à medida
que compreendemos que a identidade docente se constrói aos poucos, e
deixamos de lado o imediatismo, apenas torna esta ação mais compreensível,
“Esse movimento é o que promove a sólida constituição da identidade docente.
Sólida, porque se faz e se refaz na dialética constitutiva do espaço-tempo
escolar” (ROSMANN, 2012, p.78).
Outro ponto a ser analisado é referente a forma como ocorreram as
avaliações do que foi trabalhado em aula. Assim como observei durante o
Estágio Curricular Supervisionado III, busquei trazer diferentes metodologias de
avaliação, visando as diferentes formas de aprendizagem de cada aluno.
Carvalho (2017) comenta que uma proposta interessante seria trabalhar para
além da prova bimestral, outras atividades avaliativas ao longo das aulas,
mapas conceituais, questionários, pesquisas e construção de resumos,
seminários dentre outros, visando atingir todos os alunos da turma, e perceber
em quais pontos da matéria pode-se reforçar o ensinado. Deste modo pude
perceber, no decorrer das avaliações propostas nas aulas, que alguns alunos
apresentam melhores resultados em diferentes avaliações, podendo também
avaliar o meu próprio desempenho como intermediador de conhecimento.
Carvalho comenta que:
[...] Essas avaliações formativas também permitem ao professor
verificar onde surgem os problemas de aprendizagem de seus alunos,
servindo então de instrumento de autoavaliação do trabalho
pedagógico do professor. (CARVALHO, 2017, p.58)

Faz-se necessário ter uma abordagem mista, trabalhar com notas


classificatórias, para que os estudantes compreendam como de fato é a
sociedade escolar. Porém, estas avaliações devem propiciar que este aluno
possa perceber e pensar sobre o que de fato ele está compreendendo, e o que
lhe falta ainda, ou se encontra carente no seu aprendizado. (CARVALHO,
2017).
Tendo em vista os pontos descritos e analisados, possuindo
embasamento teórico pelos autores trazidos e discutidos no decorrer deste
trabalho, assim como diante dos aspectos já observados, cabe agora uma
conclusão do que foi vivenciado, abordado e analisado no decorrer do Estágio
Curricular Supervisionado IV.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estágio além de configurar-se como uma matéria dentro da grade
curricular de um curso de licenciatura, também permite vivenciar como de fato
é a experiência de ser professor. Pode-se perceber a distinção de um estágio
de observação para o de regência. Ambos são importantes, pois se
complementam. Porém, enquanto observadores ainda temos um ar de alunos,
observando e buscando compreender a forma como o professor leciona. No
momento da regência, o ar de aluno já não mais se faz tão presente, agora
somos detentores da responsabilidade de sermos aqueles que intermediam o
conhecimento.
Ao longo do percurso da formação, realizamos a construção de nossas
identidades enquanto docentes. Vivenciamos experiências que agregam e nos
fazem entender saberes que não temos como aprender apenas no conceitual.
Ao mesmo tempo recordamos o que aprendemos ao longo da graduação, e
para além disso, nos vemos em momentos semelhantes aqueles que nos
ensinaram, porém agora na perspectiva docente.
O ato de ser professor trata-se desse entendimento, de que somos
possuidores de determinado poder na sala de aula, porém acompanhado de
uma grande responsabilidade. Não nascemos professores, nos constituímos ao
longo do caminho, dentro da formação e posteriormente, na sala de aula.
6. REFERÊNCIAS

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licenciados em Ciências Biológicas sobre papel do estágio
supervisionado em sua formação. Atlas do IX Encontro em Educação em
Ciências- IX ENPEC. Águas de Lindóia, SP. 2013.

CARVALHO, Anna Maria Pessoa de. Os estágios nos cursos de


licenciatura. São Paulo: Cengage Learning, 2017.

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MARQUES, Keiciane, Canabarro Drehmer; NETO TOLENTINO,Luis Caldeira


Brant de ; BRANCHE, Vantoir Roberto. Dos saberes disciplinares aos saberes
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ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed,


1998.

ZABALZA, Miguel A. Diários de aula: um instrumento de pesquisa e


desenvolvimento profissional. Porto Alegre: Artmed, 2008. p. 160.
7. ANEXOS

Avaliação referente a temática de evolução:

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