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Caracteristícas

-Poesia caracterizada, principalmente, por grande sensibilidade e delicadeza.

- Suas poesias expressam a realidade do mundo, para isso, usou imagens visuais em seus
poemas.

- Presença, em suas poesias, de naturalidade (expressão de forma natural).

-Retratou aspetos da vida urbana e rural de Portugal, principalmente ligados ao cotidiano

- Presença de vocabulário objetivo.

- Uso de metáforas, sinestesias e comparações.

- As poesias são marcadas por: quadras (uma estrofe de quatro versos) e versos decassílabos
(verso com dez sílabas poéticas), que também são conhecidos como versos alexandrinos.

A representação da cidade e dos tipos sociais

- A análise do real assenta no espaço citadino , um contexto confinador , doentio e


destrutivo, que impossibilita o amor e o exercicio da liberdade
- A cidade significa opressão e aprisionamento
- O sujeito poético identifica se com o povo, denunciando as injustiças a que está sujeito
- A poesia assume uma intenção satírica

Perceção sensorial e transfiguração poética do real



--Apreensão da realidade através das sensações: primado dos sentidos (visão, audição...).
-Os estímulos sensoriais (a cor, o movimento, o cheiro, o som e o paladar) conduzem à
metamorfose
-poética do real, à criação de uma nova realidade a partir dos elementos observados.
Deambulação e imaginação: o observador acidental
- O poeta deambula por Lisboa, uma cidade triste, nauseabunda, melancólica e soturna, que
origina o desejo de evasão
-A fuga do espaço citadino , opressor e decadente , é feita pelo sujeito liríco , através da
evocação de um tempo passado, futuro ou ainda de locais longíquos
-A apreensão da realidade objetiva através dos sentidos é o ponto de partida para o
trabalho da poetização

O imaginário épico

– o facto de se tratar de um poema longo de pendor narrativo;


– a estruturação do poema como uma viagem individual (física, mental e sentimental), que
é também a viagem de uma entidade coletiva (a nação ou a civilização ocidental);
– a representação de um povo; uma reflexão sobre o passado, o presente e o futuro.
• Alusões a Camões e ao passado heroico de Portugal.
O poema apresenta ainda uma faceta antiépica «a epopeia moderna possível»:

– o Portugal presente não é celebrado: é uma realidade decadente e sem brilho;


– a atitude do sujeito poético pauta-se pelo desânimo e pelo pessimismo;
– apesar da sua carga retórica, o poema é, sobretudo, prosaico.

Sentimento dum ocidental


AOO -O modo como Cesário celebra o terceiro centenário da morte de Camões exprime
´uma representação objetivada da...decadência histórica´´ em que tinham encalhado
Portugal e os Portugueses
-A exaltação formal a que oficialmente aderiu , Cesário Verde contrapõe a denúncia da triste
realidade em que o país se encontrava
-O ambiente que se desenvolve no poema , acerca da ´´triste cidade´´ é simbolicamente
depreciativo
-A poesia de Cesário faz nos entrar num mundo em que as coisas se acumulam dentro da
cidade, cuja heterogeneidade faz, aliás parte da própria experiência urbana
-O poema regista as perceções e impressões de um observador caminhando nas ruas
noturnas da cidade

Personagens
• Povo (positivas) – pessoas desprotegidas, frágeis, vitimas…
• Burgueses (negativas) – pessoas favorecidas pela sorte ao que andam à voltas dessas
pessoas
• Regulação social – representantes das condições em vigor (soldados,patrulhas, padres…).
• Conscientes e sensíveis – reconhecem a realidade à sua volta (emparedados), sem nada
poderem fazer para altera-la.

Criticas do poema

Os descobrimentos são vistos como uma experiência pura e grandiosa à qual


não é feito jus no presente, em que o mar é um comercio e uma desgraça, algo
que se estende à cidade e ao povo português.
Os militares perderam o seu orgulho ao servir lideres medíocres (o rei –
Cesário era visto como republicano).
As armadas já não existem são agora apenas sonhos. A vontade e os sonhos
dos portugueses deixaram de existir, as gentes passaram a ser submissas e
desgraçadas, abusadas pelos poderes instituídos (minoria privilegiada e feliz).
O poeta encara com felicidade aqueles que partem e com tristeza os que
ficam, pois são os que vão sofrer mais.
A critica recai maioritariamente sobre os mais favorecidos, que se deixam levar
pela sua situação sem ter consciência das outras realidades.
Outra das criticas presentes reside na utilização de estrangeirismos ou de
produtos vindos do estrangeiro.

Avé-Marias
(corresponde ao cair da tarde)
O sujeito inicia a sua caminhada, ao anoitecer, no momento em que varias pessoas se
reúnem para rezar.
As mulheres são também um tema presente, em particular as mais humildes e
trabalhadoras que se deslocam para casa, naquele momento.
Desejo de fuga (evasão).
Denúncia social (más condições de vida dos trabalhadores).

TEMPO ESPAÇO PERSONAGENS PENSAMENTOS


anoitecer Céu baixo, neblina. turba Enjoo pelo gás
Edifícios e chaminés. Cor extravasado.
monótona e londrina Tristeza
provocada pela
cor do ambiente
As badaladas (anúncio Casas de madeiras como Pessoas dentro das casas (inferir). Poeta a cismar e
do fim do trabalho) gaiolas, ou viveiros, com Carpinteiros como morcegos de a passear
pessoas amontoadas viga em viga, deixando o trabalho errantemente
Fim da tarde hora de Mar, escaleres de Presença de ingleses Incomodo com o
jantar couraçado inglês vogam. (subentendido) privilegiados a fim da tarde
Jantar em hotéis jantar em hoteis
Trem da praça, varandas 2 dentistas, um arlequim trôpego, Simpatia pelos
casas, lojas crianças e comerciantes desfavorecidos e
enfadados pela falta de clientes hostilidade pelos
privilegiados
Varinas de troncos fortes, filhos Tristeza pela
das varinas dentro das canastras vida das varinas
e pelo futuro
dos seus filhos.

Noite fechada (corresponde ao acender das luzes)

Observador solitário. Nostalgia, opressão, aprisionamento (Aljube – metáfora


para a cidade confinadora). Memórias de um passado trágico --- Camões e o
passado como oposição do presente de doença e sofrimento

ESPAÇO PERSONAGENS PENSAMENTOS


Prisões, a velhas sé, as cruzes Pessoas desprotegidas nas Desconfiança sobre a sua saúde mental e
prisões (inferidas) física (pensa estar a sofrer um aneurisma)
devido à morbidez que vê.
Duas igrejas espaço de evasão Padres que deixaram a igreja Pouca simpatia pelas igrejas e clero
locais onde ocorreram praticas vitimas da igreja devido às praticas do passado. desejo de
repressivas (Inquisição) compensar o sofrimento
Largo com estátua de Camões Procura a respostas para os problemas no
(feita em bronze) num largo passado (Camões, como figura
comum importante
magasins Costureiras, floristas Sobressaltado com a vida dupla de
comparsas e coristas algumas mulheres (profissão humilde
durante o dia e duvidosa à noite)
Brasserie onde se joga dominó emigrados Poeta atento e íntegro
Ao Gás (corresponde à fixação da noite)
Opressão da noite “A noite pesa, esmaga”.
Prostituição e doença na cidade.
Melancolia que permanece desde o inicio, desperta ao “eu” o desejo de sofrer. Registo de
acontecimentos que ocorrem à volta do “eu”.

ESPAÇO PERSONAGENS PENSAMENTOS


hospitais com ambiente de Impuras que se arrastam nos Desconforto com o ambiente de riso e
fantasmas que afeta os pobres passeios pobres andrajosos e jogo abatido pelo peso e
mal vestidos e doentes doentes esmagamento da noite
Lojas tépidas espaço imaginário Personagens imaginarias (santos Sente-se cercado sente que as lojas
(catedral imensa com círios de capelas, andores...) são semelhantes a catedrais cerco
laterais...) provocado pela religião e pelo
desequilíbrio social
Casas de confeção Modistas. Ratoneiro imberbe Intenção de intervir na sociedade
(criança delinquente) (sonha escrever um livro que cause
impacto)
Velha de bandós o Contrapõe ostentação e luxo à miséria
mecklenburgueses e indivíduos e desgraça
com o mesmo estatuto da velha
(que através dela conseguem o
sucesso e boa vida)
Esquinas (símbolo do abandono Homem idoso, calvo, eterno, sem Compaixão pelos desfavorecidos
dos valores culturais) repouso (o velho professor de (velho professor de latim) repúdio
latim do poeta) pelo desprezo (simbólico ) aos valores
culturais do país

Horas Mortas (corresponde à noite silenciosa)


O sujeito poético continua a deambular por Lisboa, atingindo um momento de
escuridão mais profunda.
Vontade de viver num ambiente de amor, onde a solidão e a melancolia não
exista, um mundo perfeito.
Oposição entre a luz e a escuridão.
A luz símbolo de liberdade e amor “luz em mansões de vidro transparente” e a
escuridão da cidade “de prédios sepulcrais”.
TEMPO ESPAÇO PERSONAGENS SENTIMENTOS
Noite (céu limpo) Ruas estritas ladeadas Imaginarias (astros, Dominado pela vontade
por prédios com solidários com os de evasão enlevado
trapeiras os astros, homens conscientes, pela quimera azul de
com olheiras, libertam chorando lágrimas de transmigrar (passar
lágrimas de luz luz) para outro espaço-
tempo que não o
magoe)
Cidade às escuras Portões e Impressionado com os
arruamentos portões e os
particulares lajes onde arruamentos das
se ouve cair um propriedades abastadas
parafuso taipais consciência dos
caleche de luzes desequilibros sociais.
acesas
Tempo de silêncio Fachadas das casas Inferidas (tocador de Consciente dos ínfimos
parecem a linha de flauta) pormenores da cidade,
uma pauta notas anseia e sente saudade
pastoris de uma flauta do ambiente pastoril
Espaço imaginado (no Personagens Sonha com a raça ruiva
futuro, quando as imaginarias (raça do porvir (seguir o
frotas dos avós e os ruiva do porvir, os exemplo do passado
nómadas ardentes avós, os nómadas português)
explorarem todos os ardentes)
continentes)
Os nebulosos Tristes bebedores. Náusea provocado pela
corredores, as ruas. visão do interior das
Ventres das tabernas tabernas. Sensível à
(vida no interior) presença dos bebedores
que regressam a casa a
cantar

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