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Manual de Avaliação do Uso do Membro Superior

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MANUAL

UPPER EXTREMITY MOTOR ACTIVITY LOG (UE MAL)

1. Geral:
Este instrumento é uma entrevista estruturada que pretende examinar quanto e
como o sujeito usa o seu membro superior mais afetado fora do ambiente
terapêutico. Os participantes são questionados com perguntas padrões sobre a
quantidade de uso dos seus braços mais afetados (Escala de Quantidade de
Movimento, ou QT – Amount Scale ou AS) e a qualidade dos seus movimentos
(Escala de Qualidade de Movimento ou QL - How Well Scale ou HW) durante
as atividades funcionais indicadas. As escalas são impressas em formulários
separados que são colocados à frente do paciente ao longo a administração do
teste. O examinador deve dizer aos sujeitos que eles podem dar 0.5 scores (ex.
0.5, 1.5, 2.5...) entre as pontuações, se for isso que melhor reflete a realidade.

2. Pontuação das escalas:


Antes e após o tratamento, ambas as escalas, QT e QL, são utilizadas em
todas as aplicações dos testes. Embora, durante o tratamento, apenas a QL
seja usada. Quando ambas as escalas são usadas (ex: antes e após o
tratamento e no follow-up), a QT é fornecida primeiro (vide comentário 1 deste
manual). Na administração do pré-tratamento a diferença entre a QT e a QL é
explicada em detalhes e mais tarde, esta diferença é enfatizada em intervalos
freqüentes. Como sugestão, na administração do pré-tratamento um vídeo
demonstrativo da MAL é mostrado para o paciente após a aplicação da QT,
mas antes que a QL seja fornecida, para ajudar a estabelecer uma estrutura
consensual em relação à pontuação da avaliação para todos os sujeitos. O
participante, então, pontua todas as performances com a escala QL. Caso a
sugestão seja seguida, o vídeo demonstrativo da MAL não seria mostrado na
aplicação da triagem (1ª administração) ou para administrações durante o
tratamento, mas seria mostrado novamente durante a aplicação do pós-
tratamento (vide comentário 5-c). O examinador não deve perguntar ao sujeito
a pontuação do membro superior mais afetado na QL se o paciente acabou de
pontuar o braço afetado como 0 (zero) para a escala QT.

- Escala de Quantidade de Movimento – QT

0 Não uso o meu braço mais fraco (não utilizado)


0.5
Ocasionalmente uso o meu braço mais fraco, mas apenas muito
1
raramente (quase nunca)
1.5
Às vezes uso o meu braço mais fraco, mas faço a atividade na maioria
2
das vezes com o meu braço mais forte (raramente)
2.5
Uso o meu braço mais fraco mais ou menos a metade do quanto usava
3
antes da lesão (metade pré-lesão)
3.5
Uso o meu braço mais fraco quase tanto quanto antes da lesão (3/4 pré-
4
lesão)

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4.5
Uso o meu braço mais fraco tão frequentemente quanto antes da lesão
5
(tanto quanto pré-lesão)

- Escala de Qualidade de Movimento – QL

Meu braço mais fraco não foi usado de nenhuma forma para esta
0
atividade (não utilizado)
0.5
Meu braço mais fraco foi movido durante esta atividade, mas não foi útil
1
(muito pobre).
1.5
Meu braço mais fraco foi utilizado de alguma forma nesta atividade, mas
2 necessitou de alguma ajuda do braço mais forte, se movimentou muito
devagar ou com dificuldade (pobre).
2.5
Meu braço mais fraco foi usado para esta atividade, mas os movimentos
3 foram lentos ou foram feitos apenas com algum esforço (regular /
razoável).
3.5
Os movimentos feitos pelo meu braço mais fraco para esta atividade
4 foram quase normais, mas não tão rápidos quanto o normal (quase
normal).
4.5
A habilidade de usar o meu braço mais fraco para esta atividade foi tão
5
boa quanto antes da lesão (normal).

3. Realizando as perguntas:

Passo 1: leia as instruções da MAL (vide instruções para participantes – o


último parágrafo deste manual) para os sujeitos e explique as pontuações das
escalas. Responda qualquer pergunta que o sujeito possa ter. O examinador
deve lembrar o participante que as perguntas da MAL se referem ao que eles
realmente fazem fora do ambiente de tratamento – não o que eles pensam que
são capazes de fazer.

Passo 2: o membro da equipe do projeto deve perguntar sobre o uso do braço


mais fraco para cada atividade usando as seguintes questões:
a) Avaliação de triagem (1ª aplicação do teste): “Considerando as suas
atividades na última semana, você utilizou o seu braço mais fraco
para...(citar a atividade)?”. Se não, então pergunte o porquê e direcione
o sujeito para a lista de razões possíveis pelas quais o braço não foi
usado. Para pontuar no formulário utilize os códigos da margem da folha
de aplicação para categorizar as respostas dos participantes. É
desejável ter esses códigos impressos em folhas separadas, o que
facilita a seleção da resposta pelo participante. Se a resposta for “sim”,
passe para o passo três.

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b) Aplicação pré-tratamento (2ª aplicação do teste): “Considerando as suas
atividades no último ano, você utilizou o seu braço mais fraco para...
(citar a atividade)?” (veja comentário 2 para a qualificação do tempo
para a estruturação da pergunta). Se “não”, pergunte por que e direcione
o participante para a lista de possíveis razões pelas quais o membro
superior não foi utilizado. Para pontuar no formulário utilize os códigos
da margem da folha de aplicação para categorizar as respostas dos
participantes. É desejável ter esses códigos impressos em folhas
separadas, o que facilita a seleção da resposta pelo participante. Se a
resposta for “sim”, passe para o passo três.

Para esta aplicação, após a obtenção de informações sobre a performance do


participante há um ano, repita o teste perguntando “Considerando as suas
atividades na última semana, você utilizou o seu braço mais fraco para...(citar a
atividade)?”. Se resposta for “não”, pergunte por que e direcione o sujeito para
a lista de possíveis razões pelas quais o membro superior não foi utilizado. É
desejável ter esses códigos impressos em folhas separadas, o que facilita a
seleção da resposta pelo participante. Se a resposta for “sim”, passe para o
passo três. Nota: se a avaliação de triagem foi realizada menos de uma
semana antes da aplicação pré-tratamento, diga “desde a última vez que você
foi avaliado para esse projeto, você utilizou... (citar a atividade)?”.

c) Aplicação periódica da MAL durante o tratamento: “Considerando as


suas atividades nos últimos dois dias, você utilizou o seu braço mais
fraco para... (citar a atividade)?”. Se “não”, pergunte por que e direcione
o participante para a lista de possíveis razões pelas quais o membro
superior não foi utilizado. Se sim, vá para o passo 3b e pergunte ao
participante para mensurar qualitativamente (how well) o desempenho
do membro superior na referida atividade.
Durante o tratamento, somente metade da MAL é aplicada diariamente.
Portanto, levará dois dias para obter as respostas para os 30 itens da escala.
Deve ser calculada a média das pontuações de ambos os dias para se obter a
pontuação final.

d) Aplicação pós-tratamento: “Considerando as suas atividades desde a


última vez que te fiz estas perguntas, você utilizou o seu braço mais
fraco para... (citar a atividade)?”. Se “não”, pergunte por que e direcione
o participante para a lista de possíveis razões pelas quais o membro
superior não foi utilizado. Se sim, vá para o passo 3.

e) Todas as demais aplicações: “Considerando as suas atividades na


última semana, você utilizou o seu braço mais fraco para... (citar a
atividade)?”. Se “não”, pergunte por que e direcione o participante para a
lista de possíveis razões pelas quais o membro superior não foi
utilizado. Para pontuar no formulário utilize os códigos da margem da
folha de aplicação para categorizar as respostas dos participantes. Se a
resposta for “sim”, passe para o passo 3. (veja comentário 2 no final do
manual).

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Passo 3: Utilizando a Escala de Quantidade de Movimento (QT) ou Amount
Scale (AS) e a Escala de Qualidade de Movimento (QL) ou How Well Scale
(HW).
a) Escala de Quantidade de Movimento (QT) ou Amount Scale (AS):
pergunto ao participante, “utilizando a Escala de Quantidade de
Movimento, relate como você pontua a freqüência na qual você usou o
seu braço para... (citar a atividade)”. Uma vez que o paciente seleciona
a pontuação, verifique a resposta repetindo a pontuação desta forma:
“Então você acredita que você (fale a descrição do ponto escolhido pelo
paciente)... Está correto?”. Quando verificar a descrição da pontuação,
leia o que está entre parênteses (por exemplo: metade do que realizava
antes da lesão). Para a avaliação de triagem e a pré-tratamento, uma
vez que o participante concordou, marque a resposta no espaço vazio
respectivo à questão, no formulário da escala. Para as outras aplicações
da escala, após a verificação da resposta do indivíduo, o examinador
deve prosseguir com a comprovação. (veja passo 4 (b) e comentário 6).
Para a avaliação pré, pós e de follow-up, uma vez que a escala está
completa, mostre ao participante todo o Vídeo da Escala de Quantidade
de Movimento (QT) para membro superior (veja comentário 5c). Isto feito
passe para a aplicação da Escala de Qualidade de Movimento (QL).
b) Escala de Qualidade de Movimento (QL): pergunte ao participante:
“utilizando a escala QL, me diga como você pontua a qualidade do
movimento do seu braço afetado para (citar a atividade)”. Para a
avaliação de triagem e pré-tratamento (primeira e segunda aplicação),
enfatize a diferença entre a escala QL e a escala QT (veja comentário
3). Uma vez que o participante selecionou a pontuação, verifique a
pontuação apontada da seguinte maneira: “Então, você acredita que
você (leia a descrição da pontuação escolhida pelo participante). Está
correto?” (veja passo 4a, a seguir). Uma vez que ele concordar, marque
a resposta no espaço em branco reservado para esta questão no
formulário da escala, durante a aplicação de triagem e pré-tratamento.
Para as outras aplicações (além das de triagem e pré-tratamento),
prossiga com a comprovação das respostas do sujeito para a escala QL.
(veja passo 4b a seguir e comentário 6).
NOTA: durante a aplicação pré-tratamento (segunda administração) e
após o sujeito fornecer a pontuação da escala QL, peça ao participante
para demonstrar algumas das primeiras atividades (pelo menos 6),
dizendo: “por favor, mostre para mim como você realiza esta atividade”.
(Veja comentário 5c).

Passo 4: Verificando e comprovando a resposta.


a) Verificando a resposta: cada ponto da escala escolhido pelo participante
deve ser verificado pela reformulação da descrição verbal da pontuação
em forma de uma pergunta. Ambas as escalas devem ser verificadas.
Estrutura comum de referência: durante a aplicação pré-tratamento
(segunda administração do teste), o examinador estabelece em comum
acordo com o participante a pontuação da escala. Se há discrepância
óbvia entre o que é observado e a pontuação escolhida, o examinador

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deve discutir a pontuação com o sujeito para desenvolver a pontuação
de referência (por exemplo: “você pontuou esta atividade como um 5.
Entretanto, você movimentou o seu braço muito devagar para esta
atividade. Então, para este projeto seria mais como um 2. você
concorda?”). A pontuação final é determinada pelo sujeito.
Estabelecer uma pontuação comum de referência durante a aplicação
pré-tratamento, antes de a terapia ser iniciada, é um passo importante.
Para ver as sugestões de como realizar isto, veja comentário 5. A
primeira administração da MAL é muito importante e uma hora ou mais
deve ser reservada para isto, para que a pontuação apropriada seja
estabelecida. Como já foi citado, isto deve incluir a solicitação para que o
sujeito demonstre como realiza, pelo menos, 6 atividades, das que ele
pontuou mais que 0 (veja comentário 5ª) e a exibição do vídeo da MAL
para o participante (veja comentário 5c).
b) Comprovando a resposta: durante todas as administrações do teste
(com exceção da triagem e pré-tratamento), após verificar a pontuação
dada pelo sujeito o examinador deve recorrer às pontuações dadas na
aplicação anterior para confirmar que houve mudanças. Este formulário
de pontuação deve estar fora do campo de visão do paciente. Por
exemplo: o formulário de aplicação da MAL anterior ao atual pode ser
mantido numa prancheta próxima ao examinador, mas coberto por um
pedaço de cartolina para tampá-lo. Se há uma mudança na pontuação
(aumento ou diminuição), o examinador deve comprovar a resposta
utilizando as seguintes perguntas:
1- “Hoje você pontuou esta atividade... (citar também maior ou
menor – o que for exato) do que na última aplicação deste teste
no qual você deu (repita a pontuação anterior)”. “Por que isto
aconteceu?” ou “Isto representa uma mudança real?”.
2- “Então, agora que você pensou um pouco mais a respeito disto,
qual pontuação você escolheria?”.
3- “Então, você acredita que a pontuação deve ser (leia a pontuação
específica). Está correto?”. Se sim, marque a resposta e vá para
a pergunta seguinte. Se não, pergunte “Por quê?” e vá para a
questão 2, em seguida. (veja comentário 6).

4. Aplicação da MAL com o cuidador:

Esta MAL deve ser administrada com o cuidador ou alguém significativo; o


paciente não pode estar presente. A mesma pessoa pode ser entrevistada
nas duas ocasiões e deve ser preferencialmente alguém que vive com o
paciente. A escala QT, o vídeo de demonstração da MAL para membros
superiores e a escala QL devem ser usados na administração com
cuidadores.

5. Pontuação:

Após a administração da MAL, a média da pontuação da MAL é calculada


para ambas as escalas pela soma dos pontos de cada escala e dividindo
pelo número de questões realizadas. Assim como dito anteriormente, se ao
longo do teste o participante disser não (ele não realizou a tarefa), tente

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determinar o porquê. Utilize os códigos às margens do formulário para
especificar o motivo. Se você achar que é impossível para o participante
executar a tarefa (por exemplo: não pode prender os cabelos, pois é
completamente careca), a questão é descartada do questionário desta
aplicação e das demais e a pontuação média é calculada usando os itens
restantes somente (por exemplo: dividir por 29 ao invés de 30). Por outro
lado, a pontuação média é calculada usando todos os itens da MAL (por
exemplo: dividir 30). Para as demais considerações acerca das pontuações
N/A (veja comentário 4).
Se um sujeito faz uma atividade ao longo do tratamento, mas não a realizou
porque não houve oportunidade para tal desde a última aplicação da MAL, a
última pontuação é apontada. Esse é um método conservador para pontuar,
já que é indesejável que o desempenho piore ao longo do tratamento,
sendo esperado que a mesma se mostre melhor. Se um participante realiza
uma atividade pré-tratamento, mas não o faz durante o tratamento (por
exemplo: no quarto de hotel no qual o paciente está hospedado a geladeira
é diferente da que ele possui em casa), pontue esse item como N/A (não se
aplica ou deixe o espaço reservado para esta questão em branco,
dependendo do banco de dados que está sendo utilizado). No entanto,
quando o participante retorna para casa e a atividade que o sujeito realizava
antes do tratamento pode ser executada novamente a pontuação desse
item é retomada.
Se o sujeito diz que nunca usa o membro superior mais afetado para várias
tarefas quando você começa a aplicação da MAL, não aceite essa
afirmação como valor declarado. Em vez disso, siga pelos 10 primeiros
itens. Se a resposta para todos eles for 0 (zero), então um pode aceitar que
a resposta inicial é substancial, e outro pode marcar 0 (zero) para os itens
restantes perguntando individualmente.

Comentários

Comentário 1: utilizando as escalas de pontuação


A QM deve ser usada somente durante as administrações do teste antes do
tratamento (avaliação de triagem e pré-tratamento), pós-tratamento e follow-
up. Isso deve ser utilizado durante o tratamento desde que este envolva a
restrição do membro superior menos afetado, pela qual há indução da
melhora do membro superior afetado. Isso deveria aumentar artificialmente
a aparência do efeito terapêutico e não deve persistir após o tratamento.
Sendo assim, o significado das pontuações da QM durante o tratamento
pode ser questionável.

Comentário 2: intervalos utilizados nas questões


Na avaliação de triagem (primeira aplicação do teste) e avaliação no follow
up, as pontuações devem ser obtidas para as atividades executadas
durante a semana anterior. O uso do período de uma semana deve ampliar
a probabilidade dos sujeitos terem oportunidades de realizar um aparte ou
toda a lista de atividades. Durante a aplicação pré-tratamento (segunda
aplicação) as pontuações devem ser obtidas tanto pelas atividades
realizadas na semana anterior quanto pelas atividades realizadas um ano

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antes da avaliação pré-tratamento. Contudo, a aplicação pré-tratamento
(segunda aplicação da MAL) ocorrerá menos de uma semana após a
triagem (primeira aplicação). Nesses casos, a avaliação pré-tratamento
(segunda aplicação) deve envolver a obtenção de pontuações de atividades
realizadas desde a triagem (primeira avaliação) (por exemplo: 3 dias), assim
como completando a aplicação da MAL do ano anterior. Em todas as outras
aplicações, as pontuações devem ser obtidas considerando o período entre
a aplicação atual e a última administração. Considerando que somente
metade da MAL deve ser administrada diariamente durante o período de
tratamento esse período de intervalo é tipicamente de 2 dias.

Pré-teste anual MAL: Os sujeitos são questionados quanto a considerar suas


atividades um ano antes do teste. A expressão do intervalo de tempo para o
teste do pré-ano deve ser: “Considerando suas atividades no ano passado,
nessa mesma época...” Se necessário o examinador pode dar um mês
específico ou um feriado dentro deste mês (“Considerando suas atividades na
época do carnaval...” para dar a eles um ponto de referência para relembrar
quais atividades estavam sendo realizadas pelo membro superior mais fraco
um ano antes do teste. Se o sujeito tem tempo de lesão menor ou igual a 18
meses, então a avaliação pré-ano MAL não é realizada desde que o intervalo
de tempo um ano antes do teste vai se referir à fase aguda ou subaguda de
recuperação do sujeito do AVC, quando a recuperação espontânea ainda
estaria ocorrendo.

Comentário 3: Diferenciação entre as 2 pontuações das escalas

Quando duas escalas estão sendo usadas para pontuar as atividades,


particularmente durante a avaliação de triagem e avaliação pré-teste, é muito
importante ter certeza de que os sujeitos entenderam a diferença entre as
escalas. As frases seguintes podem ser usadas antes de perguntar sobre a
escala QL para realizá-la. “Lembre-se que eu estou pedindo a você para
pontuar algo diferente nesta escala, a escala QL, do que você anteriormente
pontuou a outra escala, a escala QT. Antes você foi questionado a pontuar
sobre o quanto você usava o seu braço mais fraco, se você o usava. Por
exemplo, você deve ter usado a sua mão mais afetada para pegar um copo de
vidro e bebê-lo apenas raramente. A pontuação da quantidade de uso deve ter
sido entre 1,5 e 2. Entretanto, quando você fez essa atividade, você usou a sua
mão realmente bem: vamos dizer entre regular e quase normal, ou um 3.5.
Esta é a diferença entre os dois tipos de pontuação que eu estou pedindo para
que você faça, apenas para esclarecer, ok?” Repetir isso várias vezes se
necessário e deixe a pessoa verbalizar a diferença entre os dois tipos de
pontuação para ter a certeza de que ela entendeu.

Comentário 4: Usando o código “N/A”

Quando uma tarefa é impossível, tal como pentear o cabelo, caso a pessoa
seja careca, o código “N/A” deve ser usado. Entretanto, “N/A” deve ser usado,
muitas vezes quando o sujeito indicar que a atividade é impossível. Porém,
muitas vezes a atividade, na verdade não está sendo realizada por que a
atividade ainda é muito difícil para o sujeito, inconveniente ou requer aumento

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de tempo para que seja completada. Tem sido encontrado que quando os
sujeitos progridem com a TCI, eles começam, algumas vezes, a fazer tarefas
que anteriormente eles achariam impossível. Assim, um item recebe o código
“N/A” apenas quando esta atividade é verdadeiramente impossível de ser
realizada; este item é então anulado do teste e a pontuação média é calculada
com os itens remanescentes apenas (dividir por 29, ao invés de 30).

Comentário 5: Estabelecendo um contexto ou um senso comum de referência


de pontuação para a escala QL:
a) Durante o teste do pré-tratamento, deve-se pedir para que o sujeito
demonstre o número de atividades (pelo menos 6 atividades) que eles
tenham pontuado na escala QL; o sujeito deve fazer uma mímica da
atividade perguntada. As atividades para cada demonstração que é
perguntada, vão usualmente ser atividades do início da MAL; e isto vai
permitir ao examinador captar a idéia da fração geral de referência do
sujeito e vai reduzir a necessidade de demonstração da performance de
uma atividade nos itens finais da MAL. Durante a administração do pré-
tratamento, a demonstração da performance de uma atividade deve
também ser perguntada sempre que o examinador está na incerteza de
o que o sujeito quer dizer com a pontuação. A demonstração deve ser
realizada após a tentativa do sujeito de pontuar a atividade e apenas
quando usar a escala QL. Observação da mímica de uma atividade
permite ao examinador uma oportunidade de discutir a pontuação da
escala QL, em ordem de se chegar a um ponto de concordância em
relação à pontuação da atividade. Desde que esse processo aumente a
probabilidade que o sujeito entenda a referência motora pretendida ou o
significado da escala QL, isso deve aumentar a compatibilidade dos
resultados através dos sujeitos. O examinador não precisa que o
paciente demonstre cada item da MAL se caso na opinião dele a escala
QL é consistente com a performance previamente demonstrada em uma
tarefa similar (ex: abrindo uma geladeira e abrindo uma porta girando a
maçaneta). Estabelecer um contexto deve ser usado durante o teste do
pré-tratamento apenas, para que o viés do experimento e característica
da demanda resultado deste procedimento e não pode artificialmente
aumentar a aparência do efeito do tratamento.
b) Quando um claro disparate existe entre a pontuação da escala QL e o
que o examinador observou em relação à habilidade motora do sujeito, o
examinador deve explicar o significado da pontuação da escala QL para
a tarefa em questão com exemplos sendo dados para cada passo,
especialmente para aqueles que focam na pontuação da escala QL em
questão (ex: “Você pontuou esta atividade como “3”. Entretanto, você
moveu seu braço muito lentamente para fazer essa atividade. Então,
para esse projeto isso seria mais parecido como um “2”. Você
concorda?). O sujeito vai ser sempre influenciado pela explicação do
examinador. Se eles não forem influenciados ou continuarem a reiterar a
estimativa original, o examinador deve educadamente continuar a
discussão até que o paciente aceite a referência de pontuação da clínica
ou laboratório. Assim, a MAL tem aspectos de ambos os instrumentos:
auto-relato e entrevista estruturada. Novamente, este processo deve ser

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completado prioritariamente desde o início do tratamento para diminuir a
chance do experimento ter viés e influenciar a pontuação da escala QL.
c) Videotape: O vídeo da demonstração da MAL para membro superior
provê exemplos de diferentes níveis de pontuação para várias atividades
para os 30 itens originais da MAL para MS. Este vídeo da MAL é
extremamente útil no estabelecimento de um senso comum de
referência com o paciente. Isto deveria ser mostrado inteiramente ao
paciente na administração do teste do pré-tratamento e discutido através
desse tempo. A demonstração do vídeo da MAL para MS deve também
ocorrer no teste do pós-tratamento e nos seguimentos dos 6, 12 e 24
meses para refrescar a referência do sujeito em relação ao senso para
pontuação das atividades da MAL. Também, baseado em observação
direta do comportamento durante a terapia, se o examinador acredita
que a qualquer tempo que o senso de referência do sujeito tenha
mudado, o vídeo da Mal para MS pode ser mostrado e discutido.

Comentário 6: Verificando e Investigando as respostas

Verificando a resposta do sujeito deve ser feito para cada administração.


Cada número de pontuação que o sujeito seleciona deve ser verificado através
do restabelecimento da pontuação verbalmente de volta para o sujeito em
forma de pergunta.

Investigar as respostas dos sujeitos é realizado para todas as


administrações exceto para triagem e teste pré-tratamento. Durante o
questionamento padrão, não é dito para os sujeitos as suas pontuações
anteriores. Entretanto, se o relato deles reflete uma mudança na pontuação,
um aumento ou diminuição, a mudança na pontuação deve investigada para
determinar o que isso reflete em uma mudança verdadeira, como dita acima. O
tipo mais comum de situação na qual a investigação tem sido encontrada como
aumento da exatidão da resposta algumas vezes ocorre aproximadamente na
metade do período de intervenção. Alguns sujeitos se tornam tão agradecidos
com melhora rápida e ampla da função motora, que eles tendem a ampliar ou
hiperestimar isso. Assim, a maioria dos erros feitos pelos sujeitos representa u
aumento da pontuação da escala QL. Investigação geralmente resulta na
direção de decréscimo da pontuação (ex: o escore de pontuação baixo da QL),
a qual, conseqüentemente, conduz a uma estimativa mais conservadora (e
provavelmente mais exata) do efeito do tratamento, do que deveria outrora ser
obtido.
Durante os experimentos recentes no laboratório na UAB (Taub et al,
1993), não foi realizada investigação para os primeiros 2 pacientes. Os gráficos
da MAL diária para os dois pacientes apresentaram uma aparência irregular,
com dias de decréscimo no seguimento dos dias de uma melhora importante.
Esta variabilidade pareceu para os examinadores, não ser reflexão da
realidade da situação. As melhoras foram freqüentemente maiores do que
pareceram justificadas / garantidas e decréscimo pareceu subestimar a
performance. Quando o procedimento de investigação foi instituído, a curva
dos dados dos pontos da MAL se tornou mais regular. Entretanto, é importante
notar que a performance final não foi melhor do que aquela gravada para os
primeiros dois pacientes (quando a investigação não foi usada). O projeto de

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suporte teve a opinião clara de que as curvas lisas mais exatas descreveram a
performance dos sujeitos e que isto foi alcançado eliminando fatores de
confusão do processo de pontuação. (ex: falta de atenção dos sujeitos durante
o teste, mudança espontânea no senso de pontuação do sujeito etc.)

Comentário 7: Confiabilidade e validação: um estudo foi conduzido indicando


que a é psicometricamente forte: confiabilidade inter-teste para 2 escalas MAL
= .99 e .96; correlação das escalas da MAL com o teste Abilhand- .88 e .71.
1. Johnson A, Judson L, Morris D, Uswatte G, TAub E. A confiabilidade e
validação dos 45 itens da MAL para MS. Estudo apresentado na
American Physical Therapy Assossiation, Combined Sections Meeting,
Nashville, fevereiro, 2004.
2. Uswatte G, Taub E, Morris D, Vignolo M, McCullough K (2005).
Confiabilidade e validação da MAL para MS-14 para mensuração do uso
do braço no mundo real. Stroke, 36, 2496-2499.
3. Uswatte G, Taub E, Morris D, Light K e Thompson P (2005).
Confiabilidade e validação da MAL para MS – 28 para mensuração do
uso do braço diariamente após o AVC. Manuscrito submetido para
publicação.

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Nome_______________Data_________Examinador____________________

Motor Activity Log (MAL MS) Formulário de Pontuação

Grupo de Pesquisa da Terapia por Contensão Induzida


Universidade do Alabama em Birmingham

Escala Quantidade de Movimento Escala Qualidade de Movimento

1. Ligar uma luz _____ _____ Se não, por quê? (usar código) __________
no interruptor Comentário _____________________

2. Abrir uma gaveta ______ _____ Se não, por quê? (usar código) _________
Comentário _________________________

3. Remover um item de roupa _____ _____ Se não, por quê? (usar código) _________
de uma gaveta Comentário ________________________

4. Pegar um telefone _____ _____ Se não, por quê? (usar código) _________
Comentário ________________________

5. Limpar um balcão _____ _____ Se não, por quê? (usar código) _________
de cozinha ou outro Comentário ________________________

6. Sair de um carro _____ _____ Se não, por quê? (usar código) _________
(inclui apenas o movimento necessário Comentário ________________________
para passar de sentado para de pé fora
do carro, uma vez que a porta está aberta)

7. Abrir a geladeira _____ _____ Se não, por quê? (usar código) _________
Comentário _________________________

8. Abrir uma porta girando _____ _____ Se não, por quê? (usar código) _________
a maçaneta Comentário ________________________

9. Usar um controle remoto de TV _____ _____ Se não, por quê? (usar código) _________
Comentário ________________________

10. Lavar as mãos _____ _____ Se não, por quê? (usar código) _________
(inclui ensaboar e enxaguando as mãos; Comentário ________________________
não inclui girar a torneira para ligar e desligar
a água)

Códigos para preencher respostas “não”:

1. “Eu usei o meu braço não afetado inteiramente.” (assinalar “0”)


2. “Alguém fez isso por mim.” (assinalar “0”)
3. “Eu nunca faço essa atividade, com ou sem ajuda de alguém por que é impossível”.
Por exemplo, pentear o cabelo para pessoas que são carecas. (assinalar “N/A” e tirar
da lista de itens).
4. “Eu algumas vezes faço essa atividade, mas não tive a oportunidade de fazê-la desde
a última vez que respondi essas questões.” (colocar a última pontuação assinalada
para essa atividade).
5. Hemiparesia da mão não-dominante (apenas aplicável para # 24; assinalar “N/A” e tirar
da lista de itens).

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Nome_______________Data_________Examinador____________________

Escala Quantidade de Movimento Escala Qualidade de Movimento


11. Ligar e desligar a água _____ _____ Se não, por quê? (usar código) ______
na torneira na pia Comentário______________________

12. Secar as mãos _____ _____ Se não, por quê? (usar código) ______
Comentário______________________

13. Colocar as meias _____ _____ Se não, por quê? (usar código) ______
Comentário______________________

14. Tirar as meias _____ _____ Se não, por quê? (usar código) ______
Comentário______________________

15. Colocar os sapatos _____ _____ Se não, por quê? (usar código) ______
(inclui apertar o cadarço e amarrá-lo) Comentário______________________

16. Tirar os sapatos _____ _____ Se não, por quê? (usar código) ______
(inclui folgar o cadarço e tirá-los) Comentário______________________

17. Levantar de uma _____ _____ Se não, por quê? (usar código) ______
cadeira de braços Comentário______________________

18. Puxar a cadeira _____ _____ Se não, por quê? (usar código) ______
para longe da mesa antes de sentar-se Comentário______________________

19. Puxar a cadeira _____ _____ Se não, por quê? (usar código) ______
para próximo da mesa após sentar-se Comentário______________________

20. Pegar um copo, _____ _____ Se não, por quê? (usar código) ______
garrafa, beber de uma xícara ou lata Comentário______________________
(não precisa incluir o beber)

Códigos para preencher respostas “não”:

1. “Eu usei o meu braço não afetado inteiramente.” (assinalar “0”)


2. “Alguém fez isso por mim.” (assinalar “0”)
3. “Eu nunca faço essa atividade, com ou sem ajuda de alguém por que é impossível”.
Por exemplo, pentear o cabelo para pessoas que são carecas. (assinalar “N/A” e tirar
da lista de itens).
4. “Eu algumas vezes faço essa atividade, mas não tive a oportunidade de fazê-la desde
a última vez que respondi essas questões.” (colocar a última pontuação assinalada
para essa atividade).
5. Hemiparesia da mão não-dominante (apenas aplicável para # 24; assinalar “N/A” e tirar
da lista de itens).

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Nome_______________Data_________Examinador___________________

Escala Quantidade de Movimento Escala Qualidade de Movimento


21. Escovar os dentes _____ _____ Se não, por quê? (usar código) ______
(não inclui preparação da escova ou Comentário______________________
escovar dentaduras a não ser que as
dentaduras sejam escovadas dentro da boca)

22. Colocar maquiagem, loção _____ _____ Se não, por quê? (usar código) ______
ou creme de barbear no rosto Comentário______________________

23. Usar uma chave para _____ _____ Se não, por quê? (usar código) ______
destrancar uma porta Comentário______________________

24. Escrever em um papel _____ _____ Se não, por quê? (usar código) ______
(se a mão usada para escrever antes do AVC Comentário______________________
é a mão mais afetada; se a mão que não escrevia
antes do AVC é a mais afetada, eliminar o item
e assinalar N/A)

25. Carregar um objeto _____ _____ Se não, por quê? (usar código) ______
na sua mão (apoiar um item em cima do braço não Comentário______________________
é aceitável)

26. Usar um garfo ou _____ _____ Se não, por quê? (usar código) ______
colher para comer (refere-se à ação de Comentário______________________
trazer comida para a boca com garfo ou colher)

27. Pentear seu cabelo _____ _____ Se não, por quê? (usar código) ______
Comentário______________________

28. Pegar uma xícara pela alça _____ _____ Se não, por quê? (usar código) ______
Comentário______________________

29. Abotoar uma camisa _____ _____ Se não, por quê? (usar código) ______
Comentário______________________

30. Comer meio sanduíche _____ _____ Se não, por quê? (usar código) ______
ou comida de se pegar com os dedos Comentário______________________

Códigos para preencher respostas “não”:

1. “Eu usei o meu braço não afetado inteiramente.” (assinalar “0”)


2. “Alguém fez isso por mim.” (assinalar “0”)
3. “Eu nunca faço essa atividade, com ou sem ajuda de alguém por que é impossível”.
Por exemplo, pentear o cabelo para pessoas que são carecas. (assinalar “N/A” e tirar
da lista de itens).
4. “Eu algumas vezes faço essa atividade, mas não tive a oportunidade de fazê-la desde
a última vez que respondi essas questões.” (colocar a última pontuação assinalada
para essa atividade).
5. Hemiparesia da mão não-dominante (apenas aplicável para # 24; assinalar “N/A” e tirar
da lista de itens).

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Escala Quantidade de Movimento (QT)

0 – Não uso o meu braço mais fraco (Não uso)

.5

1 – Ocasionalmente uso o meu braço mais fraco, mas apenas


muito raramente (muito raramente)

1.5

2 – Algumas vezes uso o meu braço mais fraco, mas faço a


atividade na maioria das vezes com o braço mais forte
(raramente)

2.5

3 – Uso meu braço mais fraco cerca de metade do quanto eu


usava antes do AVC (metade pré-AVC)

3.5

4 – Uso o meu braço mais fraco quase tanto quanto antes do


AVC (3/4 pré-AVC)

4.5

5 – Uso o meu braço mais fraco tão freqüentemente quanto


antes do AVC (o mesmo antes do AVC)

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Escala Qualidade de movimento (QL)

0 – O braço mais fraco não foi usado de nenhuma forma para


esta atividade (nunca)

.5

1 – O braço mais fraco foi movido durante a atividade, mas não


foi útil (muito pobre)

1.5

2 – O braço mais fraco foi usado de alguma forma nessa


atividade, mas necessitou de alguma ajuda do braço mais forte
ou se moveu lentamente ou com dificuldade (pobre)

2.5

3 – O braço mais fraco foi usado para a proposta indicada, mas


os movimentos foram lentos ou foram feitos com apenas algum
esforço (regular)

3.5

4 – Os movimentos feitos pelo braço mais fraco foram quase


normais, mas não foram tão rápidos ou exatos quanto o normal
(quase normal)

4.5

5 – A habilidade de usar o braço mais fraco para essa atividade


foi tão boa quanto antes do AVC (normal)

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Possíveis Razões para Não Usar o Braço mais Fraco na
Atividade

Razão 1. “Eu usei o braço não afetado inteiramente”

Razão 2. “Alguém fez isso por mim”

Razão 3. “Eu nunca faço essa atividade, com ou sem ajuda de


alguém por que é impossível.” Por exemplo, pentear o cabelo
para pessoas que são carecas.

Razão 4. “Eu algumas vezes faço a atividade, mas não tive a


oportunidade desde a última vez que eu respondi a essas
perguntas.”

Razão 5. “Esta é uma atividade que eu normalmente fazia


apenas com a mão dominante antes do AVC, e continuo a
fazer com a minha mão dominante agora.”

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