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Slide Teoria Psicanalitica de Sigmund Freud II Profa. Damiana

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(...) Não somos apenas o que pensamos ser.

Somos mais:
somos também o que lembramos e aquilo de que nos
esquecemos; somos as palavras que trocamos, os
enganos que cometemos, os impulsos a que cedemos “sem
querer”.
Sigmund Freud
Mas, agora sim, estou realmente certo do espanto dos ouvintes: “existe então –
perguntarão - uma sexualidade infantil?”. “A infância não é, ao contrário, o período da vida
marcado pela ausência do instinto sexual?” Não, meus senhores. Não é verdade certamente
que o instinto sexual, na puberdade, entre no indivíduo como, segundo o Evangelho, os
demônios nos porcos. A criança possui, desde o princípio, o instinto e as atividades sexuais.
Ela os traz consigo para o mundo, e deles provêm, através de uma evolução rica de etapas, a
chamada sexualidade normal do adulto. Não são difíceis de observar as manifestações da
atividade sexual infantil, ao contrário, deixa-las passar desapercebidas ou incompreendidas
é que é preciso considerar- se grave. (FREUD, 1970, p.39-40 apud NUNES; SILVA, 2000, p.46).
Uma grande descoberta de Sigmund Freud foi que a grande maioria
de pensamentos e desejos reprimidos referiam-se a conflitos de ordem
sexual, ocorridos nos primeiros anos de vida dos indivíduos.
Na vida infantil, estavam as experiências de caráter traumático,
reprimidas, que se configuravam como origem dos sintomas atuais e,
confirmava-se, dessa forma, que as ocorrências deste período da vida
deixam marcas profundas na estruturação da personalidade.
Portanto, para a Psicanálise Freudiana a

“SEXUALIDADE - é o centro da vida psíquica”.


[...] Falando sério, não é fácil delimitar aquilo que abrange o conceito de sexual.
Talvez a única definição acertada fosse tudo o que se relaciona com a distinção entre
os dois sexos. [...] Se tomarem o fato do ato sexual como ponto central, talvez
definissem como sexual tudo aquilo que, com vistas a obter prazer, diz respeito ao
corpo e, em especial, aos órgãos sexuais de uma pessoa do sexo oposto, e que, em
última instância, visa à união dos genitais e à realização do ato sexual. [...] Se, por
outro lado, tomarem a função de reprodução como núcleo da sexualidade, correm o
risco de excluir toda uma série de coisas que não visam à reprodução, mas
certamente são sexuais, como a masturbação e, até mesmo, o beijo. (FREUD, 1901)
❑ Estágio Oral

❑ Estágio Anal

❑ Estágio Fálico

❑ Estágio
Latente

❑ Estágio Genital
Freud, como um bom estudioso de Psicologia e Biologia, vê o ser
humano ao nascer, como um ser totalmente dependente e essa
dependência é longa, se comparada a outros mamíferos. O bebê
humano necessita de ser nutrido, protegido e cuidado pelo adulto.
Durante todo esse tempo, as transformações ocorrem em seu corpo
e em sua afetividade e em paralelo com a sua maturação psíquica, o
que chamamos de (formação da personalidade em psicanálise).
O homem ou mulher que a criança se tornará, terá traços de sua infância.
Nesse sentido, a educação recebida é de suma importância para o
desenvolvimento. A disciplina é fator de constituição do ser humano
enquanto ser social e cultural. Educar seria uma forma de disciplinar as
pulsões humanas. Deve haver um limite para a satisfação dos impulsos
básicos. Freud considerava que a educação desde sempre era repressora, se
constituía, então, na causa das neuroses. Portanto, uma boa educação
deveria ser resultado de um equilíbrio entre a permissividade e a proibição
(repressão).
Somente alguém que possa sondar
as mentes das crianças será capaz de
educá-las e nós, pessoas adultas, não
podemos entender as crianças porque
não mais entendemos a nossa própria
infância.
Com essa afirmativa sugere que os educadores necessitam, para exercerem
suas funções de forma mais fácil, se reconciliarem com certas fases do
desenvolvimento infantil. Isso significa voltar à sua própria infância, através da
memória, compreendendo as origens de sua própria neurose.
Enquanto o SEXO é entendido a partir do biológico, remetendo-se a ideia de
gênero, feminino e masculino, a SEXUALIDADE vai além das partes do corpo,
constituindo-se como uma característica que está estabelecida e presente na
cultura e na história do homem.
Uma grande descoberta de Sigmund Freud foi que a grande maioria
de pensamentos e DESEJOS REPRIMIDOS referiam-se a conflitos de
ordem sexual, ocorridos nos primeiros anos de vida dos indivíduos.
Na VIDA INFANTIL, ocorrem as experiências de CARÁTER TRAUMÁTICO,
REPRIMIDAS, que se configuram como origem dos SINTOMAS ATUAIS e
confirmava-se, dessa forma, que as ocorrências deste período da vida
deixam marcas profundas na estruturação da personalidade. Portanto,
para a psicanálise Freudiana a “Sexualidade, é o centro da vida
psíquica”.
EXISTÊNCIA DA SEXUALIDADE INFANTIL

Os principais aspectos destas descobertas são: a função sexual existe


desde o princípio da vida, logo após o nascimento, e não só a partir da
puberdade; o período de desenvolvimento da sexualidade é longo e
complexo até chegar à sexualidade adulta; as funções de reprodução e de
prazer podem estar associadas, tanto no homem como na mulher.
Para Freud, a LIBIDO é a energia dos instintos sexuais...

quando nos referirmos a libido como energia sexual

psíquica, usar-se-á o termo “a libido”, comumente utilizado

na psicanálise.
Energia de natureza sexual, componente do Id, presente no ser

humano desde o nascimento, que impulsiona a pessoa em

busca de satisfação.
Portanto, na perspectiva de Freud, a teoria é dividida em
períodos, os quais chamamos de “Fases do desenvolvimento
sexual ou/e psicossexual”:

Fase oral, anal, fálica, de latência e genital.


Freud descreveu a evolução da sexualidade de um sujeito, durante sua
infância, propondo a ideia radical de que o desenvolvimento sexual não
começa na puberdade, mas sim muito antes, na infância. O conceito de
“Instinto sexual”, de Freud, é de fato um “instinto sensual”, pois Freud
considerava não apenas os órgãos genitais, mas qualquer parte do corpo
onde as sensações poderiam ser focadas.
De acordo com ele, todas as crianças passam por 5 estágios de
desenvolvimento psicossexual, nos quais o instinto sexual é focado em
diferentes zonas erógenas do corpo.
CONCEITO DE ZONAS ERÓGENAS

• Zonas erógenas são partes do corpo que podem funcionar como


“GATILHOS” para o prazer e a excitação sexual. Todas elas são
extremamente ricas em terminações nervosas, que podem gerar
uma quantidade de sensações variadas e intensas quando
submetidas a um estímulo.
As zonas erógenas mais conhecidas, claro, estão na região genital e são
comuns a quase todo mundo: no caso das mulheres, são o clitóris e o
polêmico ponto G; nos homens, a glande (a cabeça do pênis) e o saco
escrotal. Mas, na verdade, o grande integrador das emoções vividas, das
fantasias e dos estímulos é o CÉREBRO, que talvez seja o maior de todos
os órgãos sexuais. É ele, em última instância, que consegue aumentar ou
diminuir o prazer causado por um estímulo e definir as suas zonas
erógenas.
VEJA DETALHADAMENTE OS CONCEITOS

1º Estágio: Fase Oral - Este período do desenvolvimento da


personalidade é assim chamado, porque a maior parte das necessidades e
interesses da criança está concentrada na porção superior do trato
digestivo. Quer dizer, seus impulsos são satisfeitos principalmente na área
da boca, esôfago e estômago, ou melhor, a libido está intimamente
associada ao processo de alimentação. É o período de aproximadamente
um ano que segue ao nascimento.
2º Estágio: Fase Anal – A criança passa, aos poucos, de uma posição
predominantemente passiva e receptiva para uma posição predominantemente
ativa. Durante o segundo e terceiro ano de vida, a região do ânus adquire uma
importância fundamental na formação da personalidade. Nesse, período a energia
libidinosa está centrada na porção posterior do trato digestivo, e a satisfação anal
ocupa uma posição de destaque. A criança obtém prazer pela estimulação da
mucosa retal e das partes adjacentes. Precursores do superego. Desenvolvimento
psicossocial: Autonomia X vergonha e dúvida. É o período de transição de um ano
para o segundo e que segue até os três anos de idade.
3º Estágio: Fase Fálica – Corresponde ao período que vai dos três aos cinco
ou seis anos de idade. O termo fálico, relativo ao pênis, usado para esta fase,
provém do fato da libido concentrar-se nos órgãos genitais que passam a ser a
zona erógena predominante. Nesse período ocorre o complexo de Édipo e o
complexo de castração, bem como o desenvolvimento psicossocial: Iniciativa X
culpa. Veremos de forma mais aprofundada essa fase na próxima disciplina, o
importante é você fixar esses conceitos que são muito utilizados em sua
formação e no seu exercício profissional.
4º Estágio: Fase de Latência - Período que vai, aproximadamente,
dos cinco aos dez anos. Este período caracteriza-se por uma aparente
interrupção do desenvolvimento sexual, na qual os impulsos eróticos
exercem menor influência na conduta. E o ego encontra uma trégua
para os conflitos emocionais que vinham se desenrolando nas fases
anteriores. Afastando-se, temporariamente, dos interesses sexuais, a
criança utiliza a energia psíquica para o fortalecimento do ego.
O complexo de Édipo é um conceito que foi defendido pelo
psicanalista Sigmund Freud, que se refere a uma fase de
desenvolvimento psicossexual da criança, chamada fase fálica, em que
ela começa a sentir desejo por sua mãe e ódio e ciúme de seu pai. Este
complexo acontece em meninos, enquanto que nas meninas recebe o
nome de COMPLEXO DE ELECTRA.
COMO IDENTIFICAR O COMPLEXO DE ÉDIPO

O complexo de Édipo faz parte do desenvolvimento psicossexual da criança, podendo as


características serem notadas a partir dos 3 anos de idade, sendo as principais:

• Sentimento de grande afeto à mãe;


• Sentimentos negativos em relação ao pai,
podendo haver sentimento de ódio;
• Maior interesse pelo órgão sexual;
• Ciúme excessivo quando os pais estão juntos;
• Atitudes agressivas em relação ao pai, já que o
enxerga como rival;
Essas características podem desaparecer naturalmente à
medida que a criança se desenvolve, isso porque percebe que a
mãe não responde aos seus sentimentos da forma como gostaria,
passando a se comportar de forma semelhante ao pai.
COMO RESOLVER O COMPLEXO DE ÉDIPO?

A fim de desenvolver um adulto bem-sucedido, com uma identidade


saudável, a criança deve identificar-se com o genitor do mesmo sexo, com o
intuito de resolver o conflito do complexo de Édipo. Freud sugeriu que,
enquanto o primitivo id quer eliminar o pai, o mais realista ego sabe que o pai
é muito mais forte. De acordo com Freud, o menino, então, experimenta o que
ele chamou de angústia de castração – um medo literal e figurativo.
Freud acreditava que, como a criança se torna ciente das diferenças físicas
entre homens e mulheres, ele assume que o pênis do sexo feminino foi
removido e que seu pai também vai castrá-lo como um castigo por desejar a
sua mãe. A fim de resolver o conflito, o menino, em seguida, identifica-se com
seu pai. É neste ponto que o SUPEREGO é formado. O superego torna-se uma
espécie de autoridade moral interna, uma internalização da figura paterna que
se esforça para reprimir os impulsos do id e fazer o ego atuar em cima destas
normas idealistas.
NO LIVRO, “O EGO E O ID”, FREUD EXPLICA QUE:

O superego mantém o caráter do pai, quanto mais poderoso o Complexo


de Édipo era e quanto mais rapidamente ele sucumbiu à repressão (sob a
influência de autoridade, ensino religioso, educação e leitura), mais restrita
será a dominação do superego sobre o ego, mais tarde – na forma de
consciência ou talvez de um sentimento inconsciente de culpa.
ANSIEDADE DE CASTRAÇÃO é um conceito freudiano que se refere ao
medo que uma criança tem quanto à sua genitália, ou seja, se ela poderá
ou não ser prejudicada pelo genitor do mesmo sexo, como punição, por
sentimentos sexuais em relação ao outro progenitor. É tanto literal (medo
de realmente perder a genitália) quanto metafórico (representação
simbólica da genitália).
A ansiedade de castração, ou complexo de castração, surge em razão
do COMPLEXO DE ÉDIPO. Isso pode ocorrer em ambos os sexos, masculino
e feminino, e se apresenta durante a fase fálica (que ocorre entre as
idades de 3 -7 anos). Por exemplo, um filho teme que seu pai irá danificar
seus órgãos genitais por causa de seus sentimentos sexuais em relação a
sua mãe.
REFERÊNCIAS

FREUD Sigmund. Introduction à la Psychanalyse,Payot, 1976.

EUZÉBIO;Alessandro.Um a introdução a psicanálise,São Paulo, 2016.

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