0% acharam este documento útil (0 voto)
36 visualizações24 páginas

Livro - Unidade 2

Livro

Enviado por

Dayane
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
36 visualizações24 páginas

Livro - Unidade 2

Livro

Enviado por

Dayane
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 24

Psicologia

Psicopatologia II
Profª Olívia Dayse Leite Ferreira
Unidade 2: Síndromes depressivas e psicóticas

Seção 1: Síndromes depressivas


Seção 2: Transtorno Bipolar
Seção 3: Síndromes psicóticas: Esquizofrenia
Seção 4: Outras síndromes psicóticas

Desafio
Saiba Mais
Finalizando a Unidade
Glossário
Referências
Unidade I: Síndromes depressivas e psicóticas
Olá, seja muito bem-vindo(a) à Unidade II!

A Unidade II está organizada em quatro seções que abordam, na sequência, os


seguintes conteúdos: Síndromes depressivas; Transtorno Bipolar; Síndromes psicóticas:
Esquizofrenia e Outras síndromes psicóticas.
Nessa unidade você entenderá mais sobre outras síndromes psicopatológicas,
principalmente as relacionadas com sinais e sintomas da depressão, a exemplo do
transtorno de depressão maior e da distimia. Também compreenderá mais sobre os tipos
do Transtorno Bipolar, sobre o Transtorno de Espectro da esquizofrenia e demais
síndromes psicóticas. Todos os temas abordados aqui, lhe ajudarão na sua rotina
profissional diante do quadro psicopatológico, fazendo com que você se aproprie de um
conhecimento teórico fundamental para sua atuação e conheça a importância para o
profissional de psicologia.
É importante que você leia as seções e busque pesquisar outras fontes que
possam ampliar o seu entendimento acerca dos assuntos aqui apresentados. Lembre-se
de ler os artigos sugeridos e de complementar suas pesquisas, pois a psicopatologia é
uma área que requer constante atualização, sendo uma visão fundamentada por várias
vertentes e você terá a possibilidade de conhecer e estudar novas percepções de autores
diferentes.

Introdução

A psicopatologia envolve uma ampla gama de conhecimentos que se articulam,


sendo uma disciplina de fundamental importância. Na atuação profissional muitas vezes
observa-se uma supervalorização ou uma subvalorização dos conhecimentos ofertados
por essa amplitude de campo teórico, entretanto, conforme você aprendeu na
psicopatologia I trata-se de uma área cientifica, que se esforça para ser sistemática,
desmistificante e elucidativa.
Conhecer as síndromes psicopatológicas permite ao profissional melhor
compreensão do agrupamento de sintomas para dialogar com outros profissionais,
elaborar formar de intervir, atuando na prevenção e promoção de saúde. O número

4
crescente de pesquisas também possibilita atualizações sobre a área e maiores
possibilidade de políticas públicas.
O profissional de psicologia precisa está atento não só a descrição de sinais e
sintomas patológicos, mas como estes se articulam e podem se fazer presente em vários
quadros, considerando a individualidade humano. O diagnóstico sindrômico vem sendo
utilizado para observar como um agrupamento de signos podem desenvolver um
transtorno mental. As pesquisas mostram que os índices de sintomas depressivos e
psicóticos estão crescendo na população. Na prática o psicólogo precisará acompanhar
todo este crescimento para atuar diante do ser humano em sofrimento.

Partindo desse entendimento, a Unidade II tem como objetivos:

● Conhecer as sintomatologias das síndromes depressivas


● Identificar os subtipos do transtorno bipolar
● Entender sobre o transtorno do espectro da esquizofrenia
● Esclarecer o diagnóstico diferencial das síndromes psicóticas

Todos os objetivos serão explicados nas seções seguintes, em que utilizaremos


os conteúdos de uma forma clara e bastante explicativa, a fim de proporcionar um maior
entendimento sobre o ser humano em sofrimento mental. Nessa unidade também serão
apresentados alguns conceitos que se julgam importantes para sua formação.

Palavras-chave da Unidade: síndromes; depressão; psicose, transtorno

Seção 1: Síndromes depressivas

As pessoas podem vivenciar altos e baixos no dia a dia, mas, quando suas
perturbações de humor chegam a um ponto de significância clínica, pode-se considerar
que elas tenham um transtorno depressivo ou bipolar. Em todo o mundo, estima-se que
mais de 300 milhões de pessoas sofram com esse transtorno. No Brasil atinge 11,5
milhões de pessoas (5,8% da população). Cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio
a cada ano, sendo essa a segunda principal causa de morte entre pessoas com idade entre

5
15 e 29 anos. A depressão de uma forma geral causa impacto a saúde física e mental,
trazendo prejuízos para a qualidade de vida (FERRARI et al., 2013).
As síndromes depressivas têm como característica o humor triste e, na esfera
volitiva, o desânimo, acompanha uma multiplicidade de sintomas afetivos, instintivos e
neurovegetativos, ideativos e cognitivos, relativos à autovaloração, à vontade e à
psicomotricidade. Em formas graves de depressão, sintomas psicóticos (delírios e/ou
alucinações), alterações psicomotoras (geralmente lentificação ou estupor) e fenômenos
biológicos (neuronais ou neuroendócrinos) estão associados (CHENIAUX, 2018).
Veja o Quadro 1 com alguns sintomas proeminentes nas esferas psíquicas que
alteram.

Quadro 1: Principais sintomas nas síndromes depressivas segundo Dalgallarondo


(2019).
Sintomas Ideativos: Sintomas neurovegetativos
Ideação negativa, pessimismo em relação a tudo Fadiga, cansaço fácil e constante (sente o corpo
Ideias de arrependimento e de culpa Ruminações pesado) Insônia ou hipersonia Diminuição ou
com mágoas atuais e antigas Visão de mundo aumento do apetite Constipação, palidez, pele
marcada pelo tédio (“A vida é vazia, sem sentido; fria com diminuição do turgor Diminuição da
nada vale a pena”) Realismo depressivo: libido (do desejo sexual) Diminuição da resposta
inferências sobre a vida mais realistas e sexual (disfunção erétil, orgasmo retardado ou
pessimistas em relação a pessoas sem depressão, anorgasmia)
sendo que estas tenderiam a apresentar um viés
positivo de avaliação da realidade Ideias de
morte, desejo de desaparecer, dormir para sempre
Ideação, planos ou atos suicidas
Sintomas afetivos: Sintomas volitivos e psicomotores:
Tristeza, sentimento de melancolia, na maior Desânimo, diminuição da vontade (hipobulia;
parte do dia, todos ou quase todos os dias Choro
“não tenho pique para mais nada”) Anedonia
fácil e/ou frequente Apatia (indiferença afetiva;
(incapacidade de sentir prazer em várias esferas
da vida, como alimentação, sexo, amizades)
“tanto faz como tanto fez.”), na maior parte do
Tendência a permanecer quieto na cama, por
dia, todos ou quase todos os dias Sentimento de
falta de sentimento (“É terrível: não consigotodo o dia (com o quarto escuro, recusando
sentir mais nada!”) Sentimento de tédio, de visitas) Aumento na latência entre as perguntas e
as respostas Lentificação psicomotora (pode
aborrecimento crônico Irritabilidade aumentada (a
ruídos, pessoas, vozes, etc.), na maior parte do
progredir até o estupor/catatonia)
dia, todos ou quase todos os dias São frequentes
Estupor/catatonia Diminuição da fala, fala em
também: Angústia Ansiedade Desespero
tom baixo, lenta, e aumento da latência entre
Desesperança perguntas e respostas Mutismo (negativismo
verbal completo) Negativismo (recusa à
alimentação, à interação pessoal, etc.
Sintomas de autovalorização: Sintomas cognitivos:
Autoestima diminuída Sentimento de Déficit de atenção e concentração Déficit
insuficiência, de incapacidade Sentimento de secundário de memória Dificuldade de tomar
vergonha Autodepreciação decisões Pseudodemência depressiva

6
As síndromes depressivas podem ser divididas em subtipos (SINGH; GOTLIB,
2014). Na prática clínica, observa-se alguns mais frequentes de acordo com a
Classificação Internacional das Doenças e problemas relacionados à saúde (CID11) e o
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) como o Episódio de
depressão e transtorno depressivo maior recorrente, o Transtorno depressivo persistente
e transtorno distímico, Depressão psicótica, Depressão como transtorno disfórico pré-
menstrual, Depressão mista e Depressão unipolar ou depressão bipolar
(DALGALLARONDO, 2019).

Episódio de depressão e transtorno depressivo maior recorrente


No episódio depressivo são frequentes sintomas de humor deprimido, anedonia,
fatigabilidade, diminuição da concentração e da autoestima, ideias de culpa e de
inutilidade, distúrbios do sono e do apetite presentes por pelo menos duas semanas de
forma ininterrupta. Os episódios podem variar de curtos (até três meses) a longos (maior
que três meses). Além disso, pode ter um curso crônico, quando o episódio ocorre por
mais que dois anos (SILVA, A. T. C.; SAMPAIO, 2019).
As pessoas recebem um diagnóstico de transtorno depressivo maior recorrente se
tivessem tido dois ou mais episódios depressivos maiores com um intervalo de pelo
menos dois meses consecutivos. O transtorno depressivo maior pode ser diagnosticado
com uma variedade de outros transtornos, entre os quais os da personalidade, os
relacionados a substâncias e os de ansiedade (OLIVEIRA et al, 2011).

Transtorno depressivo persistente e transtorno distímico


Pessoas com transtorno depressivo persistente (distimia) têm, por pelo menos 2
anos (1 ano para crianças e adolescentes), um conjunto mais limitado dos sintomas
presentes na depressão maior, a exemplo de distúrbios do sono e do apetite, energia
baixa ou fadiga, autoestima baixa, dificuldade com concentração e tomada de decisão e
sentimentos de desesperança. Também são comuns na distimia o mau humor crônico e a
irritabilidade, nos adultos, os sintomas devem estar presentes de forma ininterrupta.
As pessoas com transtorno depressivo persistente nunca estão livres dos
sintomas por mais de 2 meses. Além do mais, apresentam outros transtornos, incluindo

7
um risco aumentado para desenvolver transtorno depressivo maior, transtorno da
personalidade e transtorno por uso de substância. Em suma, são mais crônicos que a
depressão maior, porém mais limitados em termos de intensidade e sintomatologia
(SILVA, A. T. C.; SAMPAIO, 2019).

Depressão psicótica ou depressão com sintomas psicóticos


Uma forma de Depressão muito grave, na qual encontra-se associada aos
sintomas depressivos, um ou mais sintomas psicóticos, como delírio e/ou alucinação.
São delírios típicos o delírio de ruína ou culpa, o delírio hipocondríaco ou de negação
de órgãos. Alucinações auditivas ocorrem em 5 a 59% dos pacientes com depressão
maior, e alucinações visuais, em 1 a 25% (DALGALLARONDO, 2019).
Por fim, cabe notar que a depressão psicótica revela mais alterações cerebrais do
que a não psicótica, o que indica maior gravidade fisiopatológica dessa forma da doença
(BUSATTO et al., 2013). Encontra-se maiores casos em ambulatórios especializados.

Depressão como transtorno disfórico pré-menstrual

Trata-se de forma de depressão relacionada à síndrome pré-menstrual que ocorre


na semana final antes da menstruação, na maioria dos ciclos menstruais. Está presente
pelo menos um dos seguintes sintomas: tristeza marcante, nervosismo/ansiedade
acentuada, sentimentos de estar “no limite para explodir”, oscilações do humor ao longo
do dia ou labilidade afetiva, irritabilidade ou raiva acentuada (WHITBOURNE;
HALGIN,2015).
Faz necessário outros sintomas, tais como interesse diminuído, dificuldade de
concentração, falta de energia ou fadiga fácil, alteração do apetite, hipersonia ou
insônia, “sentir-se sobrecarregada” ou “fora do controle”, sintomas físicos como
inchaço e aumento da sensibilidade nas mamas, dor articular ou muscular e “sensação
de inchaço” no corpo. Os sintomas retrocedem após o início do período menstrual na
maioria dos ciclos dos últimos 12 meses (WHITBOURNE; HALGIN,2015).
Os autores do DSM-5 acreditavam que ao tornar essa patologia parte do rol de
transtornos mentais pode melhorar o diagnóstico e tratamento para mulheres que de fato
vivenciam uma alteração do humor exagerada antes de seu ciclo menstrual mensal.

8
Depressão mista ou depressão com características mistas
Uma síndrome depressiva ocorrendo ao mesmo tempo que uma síndrome
maníaca, ou seja, uma associada a outra. Nesse caso, durante a maioria dos dias da
depressão, ocorrem também sintomas maníacos, como humor elevado ou expansivo,
grandiosidade e autoestima elevada, inflada; o paciente se apresenta loquaz, falando
muito e com pressão para falar; há aceleração do pensamento até fuga de ideias,
aumento da energia no trabalho ou na vida sexual ou envolvimento em atividades
excitantes, mas perigosas e redução da necessidade de sono. Esses sintomas da série
maníaca devem ter sido observados por outras pessoas e provocar alterações no
comportamento (WHITBOURNE; HALGIN, 2015).

O que falam as teorias etiológicas?


Pesquisas mostram que os transtornos do humor ocorrerem com mais frequência
entre membros da família com parentesco biológico, trabalham-se na perspectiva
tentando localizar os aspectos genéticos. Entretanto, é muito provável que existam
múltiplos genes interagindo de formas complexas com fatores ambientais. O
funcionamento da serotonina parece desempenhar um papel no desenvolvimento de
transtorno depressivo maior. Teorias psicológicas como as psicodinâmicas, a
comportamental e a interpessoal também relacionam como os transtornos depressivos
podem está relacionados a percepções, sentimentos, aspectos familiares e de relações
(DURAND; BARLOW, 2016).
Na perspectiva sociocultural, os indivíduos desenvolvem síndromes depressivas
em resposta a circunstâncias de vida. Essas circunstâncias podem envolver eventos
específicos. As mulheres têm mais propensão do que os homens, um fato que pode
explicar, pelo menos em parte, a frequência mais alta do diagnóstico depressivos em
mulheres (DURAND; BARLOW, 2016).

Seção 2: Transtorno Bipolar


O Transtorno bipolar (TB) que veio substituir o termo "depressão maníaca'
tem como principal característica o caráter fásico, episódico de mania e depressão,
ocorrendo de modo delimitado no tempo, e, com frequência, há períodos de remissão,

9
em que o humor encontra-se normal e as alterações mais intensas regridem (MORENO
et al, 2015).
A idade média de início é em torno de 21 anos. Apesar de períodos de remissão,
o TB é um transtorno mental grave, com prejuízos na qualidade de vida, na
produtividade e sociabilidade das pessoas, assim como prejuízo neuropsicológico e
risco de doenças físicas e suicídio (MORENO, 2015).
As duas principais categorias de transtorno bipolar são tipo 1 e tipo II. Um
diagnóstico de transtorno bipolar tipo 1 envolve um curso clínico com a presença de um
ou mais episódios maníacos com a possibilidade, embora não a necessidade, de
experimentar um ou mais episódios depressivos maiores. Já um diagnóstico de
transtorno bipolar tipo II significa que o indivíduo teve um ou mais episódios
depressivos com episódios hipomaníacos. O DSM-5 usa um especificador de "aspectos
mistos" para explicar quando o indivíduo vivencia episódios de mania ou hipomania
enquanto exibe aspectos depressivos (APA, 2014).
De todos os transtornos psicológicos, o transtorno bipolar é o que tem mais
probabilidade de ocorrer em pessoas que também têm problemas com abuso de
substâncias. Em torno de 22 a 40% dos pacientes bipolares apresentam algum
Trasntorno de personalidade, sendo comum o diagnostico de TB junto com o de
Boderline (DALGALARONDO, 2019).
O TP pode ser do tipo ciclagem rápida, quando ocorre quatro ou mais episódios
que satisfaçam os critérios para transtorno maníaco, hipomaníaco ou depressivo maior
nos últimos 12 meses. A ciclagem pode ocorrer também em 1 semana ou mesmo em 1
dia. Tal características se torna fator de risco para a gravidade da patologia, ideação e
tentativas de suicídio e desencadear de mais patologias associadas (APA, 2014).

Como caracterizar um episódio maníaco e hipomaníaco?

A síndrome maníaca envolve sintomas de euforia, alegria exacerbada, elação


(expansão do Eu), grandiosidade ou irritabilidade marcante, desproporcionais aos fatos
da vida e distintos do estado comum de alegria ou entusiasmo que o indivíduo
apresenta. Observa-se nos quadros maníacos a aceleração das funções psíquicas
(taquipsiquismo), agitação psicomotora, exaltação, loquacidade e pressão para falar,

10
pensamentos acelerados até fuga de ideias. O quadro clínico geralmente durar pelo
menos uma semana, mas a média de duração do episódio maníaco é por volta de três
meses (GOODWIN; JASMISON, 2010).
Ideias de grandeza, poder, riqueza e/ou importância social também podem estar
presentes nos quadros maníacos. Podem configurar delírios, como os delírios de
grandeza, de missão ou poder, ou serem incongruentes com o humor, a exemplo do
delírio de perseguição ou de passividade. As alucinações geralmente auditivas, olfativas
ou visuais apresentam-se em alguns casos (CHENIAUX, 2018).
Já a hipomania envolve um episódio maníaco sem receber atenção médica ou
psicológica. O indivíduo encontra-se mais disposto, eufórico, fala muito, conta piadas,
faz muitos planos, não se ressente com as dificuldades e os limites da vida. O sono é
reduzido, mas não se sente cansado e sempre tem muitas coisas para fazer ao mesmo
tempo. Entretanto, para as classificações diagnósticas trata-se de um episódio que não
pode ser suficientemente grave a ponto de causar prejuízo no funcionamento social ou
profissional ou de necessitar de internação. Ou seja, para ser considerada hipomania
exige-se um período mínimo de quatro dias (e não de uma semana, como é o caso da
mania), não há sintomas psicóticos e muitas vezes, a pessoa não busca serviços médicos
(CHENIAUX, 2018). A Figura 1 representa as diferenças entre os episódios e os tipos
de TB.

Figura 1: características diagnósticas

Fonte: DALGALARRONDO (2019)

11
Algumas pessoas com frequência podem exibir períodos de poucos e leves
sintomas depressivos seguidos, sem períodos ao certo, por elevação do humor. Isso
acontece sem episódios completos que satisfação o critério para depressão maior, sendo
assim, o possível diagnóstico seria de ciclotimia
Os sintomas da ciclotimia seriam oscilações de humor, que em média tem
durabilidade de no mínimo dois anos, mas geralmente acompanham as pessoas
acometidas por toda a vida. Os períodos depressivos seriam similares ao da distimia e os
de elevação do humor a hipomania, sendo assim, permanece, aos olhos da maioria das
pessoas na normalidade, não empregando-se, no mais das vezes, a um tratamento
médico e/ou psicológico adequado (DALGALLARONDO, 2019).

Seção 3: Síndromes psicóticas: Transtorno do Espectro da


Esquizofrenia

Segundo Dalgallarondo (2019) a uma controvérsia a respeito da definição de


psicose. Algumas tradições psicodinâmicas expõem a falta de conexão com a realidade,
a fenomenologia ressalta que na psicose há uma perca de fundamentos básicos que
alteram o senso de espaço e tempo. Já a clínica psiquiatra dá ênfase aos sintomas
presentes, tais como alucinações, delírios, pensamento e comportamento desorganizado.
Sabe-se que de forma geral, envolve sintomatologias graves que traz prejuízos a pessoa
e seus familiares, com um nível baixo de insight sobre o quadro clínico.
A esquizofrenia seria a forma de psicose mais frequente e conhecida. Os estudos
internacionais apontam que a incidência da patologia é em torno de 15 a 42 por 100 mil
habitantes e prevalência de 0,4% (4,5 pessoas por 1.000 habitantes). O risco de ter
esquizofrenia alguma vez na vida é, em média, de 0,7% – 7 pessoas em cada 1.000
habitantes (MATOS et al., 2015).
Um importante teórico na construção da definição da esquizofrenia foi Kraeplin,
o qual uniu as definições dos transtornos hebefrênico, catatônico e paranóide, dando o
nome de demência precoce, tendo, logo após, o acréscimo da definição pelo psiquiatra
Eugen Bleuler, o qual substituiu o nome demência precoce por esquizofrenia. que se

12
origina das palavras gregas dividida (skhizein) e mente (phen) (WHITBOURNE;
HALGIN, 2015).
A denominação de Bleuler envolve a esquizofrenia concebida em: Alterações
formais do pensamento, no sentido de afrouxamento até perda das associações
Aplainamento até embotamento afetivo Ambivalência afetiva; afetos contraditórios
vivenciados intensamente ao mesmo tempo “Autismo”, como tendência a isolamento
psíquico global em relação ao mundo Dissociação ideoafetiva, desarmonia profunda
entre as ideias e os afetos Evolução muito heterogênea; muitos casos podem apresentar
evolução benigna (WHITBOURNE; HALGIN, 2015).
O psiquiatra alemão Kurt Schneider também colaborou na construção do
conceito e característica clínica da esquizofrenia. Acreditava que os médicos devem
diagnosticar esquizofrenia na presença de "sintomas de primeira ordem', os quais
incluem (Percepção delirante Vozes que comentam a ação Vozes que comandam a ação
Eco ou sonorização do pensamento Difusão do pensamento Roubo do pensamento
Vivências de influência no plano corporal, dos afetos, das tendências, da vontade)
(DALGALLARONDO, 2019).
No final do século XIX e início do XX os pesquisadores da área de
psicopatologia começaram a dividir a esquizofrenia em quatro subtipos: a forma
paranoide, caracterizada por alucinações e ideias delirantes; a forma catatônica,
alterações motoras, hipertonia, flexibilidade cerácea e alterações da vontade, mutismo e
impulsividade; a forma hebefrênica, pensamento desorganizado, comportamento bizarro
e afeto pueril, infantilizado; e um subtipo dito “simples”, um lento e progressivo
empobrecimento psíquico e comportamental, com negligência quanto aos cuidados de si
(DALGALLARONDO, 2019).
Os subtipos com as edições da CID-11 e do DSM-5 foram abolidos, devido os
mesmos não se mostrarem estáveis com o passar do tempo da patologia, não predizer
formas de tratamento e curso do transtorno, não serem utilizados em pesquisas, visto
toda a heterogeneidade. Assim sendo, unifica-se todos os subtipos e a patologia passa a
ser denominada de Transtorno do Espectro da Esquizofrenia. Para estabelecer o
diagnóstico são considerados um conjunto de sintomas e comportamentos que podem se
combinar, bem como observar evolução e remissão (APA, 2014).

13
Vamos agora conhecer esses sintomas de forma individual, conforme explicitado
na Figura 2.

Figura 2: Sintomatologia do Transtorno do Espectro da Esquizofrenia

Fonte: A autora

Sintomas positivos
Os sintomas positivos geralmente dizem respeito a manifestações mais ativas do
comportamento anormal ou excesso ou distorção do comportamento normal. Os
sintomas ditos positivos são manifestações novas, salientes, do processo esquizofrênico,
a exemplo das alucinações, das ideias delirantes e da distorção da realidade. São
frequentes os delírios e as alucinações com conteúdo implausíveis, bizarros (eventos ou
fatos praticamente impossíveis de ocorrer), assim como não congruentes com o humor
basal do paciente, são indicadores robustos de esquizofrenia (SOUSA; PINHO;
PEREIRA, 2017).
Para Kurt Schneider os sintomas positivos, que seriam aqueles de primeira
ordem têm importância central no diagnóstico, como: Eco do pensamento ou
sonorização do pensamento; Difusão, divulgação ou publicação do pensamento; Roubo
do pensamento, Distúrbios da vivência do eu, invasão maciça de algo do mundo externo
sobre seu ser íntimo).

Sintomas negativos
Os sintomas ditos negativos envolvem perda de certas funções psíquicas (na
esfera da vontade, do pensamento, da linguagem, etc.) e pelo empobrecimento global da

14
vida afetiva, cognitiva e social. São exemplos: Distanciamento e aplainamento afetivo
ou afeto embotado; retração social ou associalidade, apatia, abulia, e redução do
“drive”, restrição dos interesses; Alogia ou empobrecimento da linguagem e do
pensamento; Diminuição da vontade (avolição), hipopragmatismo e Anedonia (SOUSA;
PINHO; PEREIRA, 2017).
Há na literatura discussões em torno desses sintomas negativos serem primários
(decorrentes de forma intrínseca da própria esquizofrenia) ou secundários (decorrentes
de efeitos colaterais dos medicamentos antipsicóticos, de depressão ou de privação e
isolamento social) (DURAND; BARLOW, 2016).
O possível fator causal destes sintomas negativos e sua neurofisiopatologia não
se conhece ao certo, entretanto, os mesmos são resistentes ao tratamento farmacológico
e junto dos déficits cognitivos, são componentes que se agravam no curso da doença e
empobrece a vida em termos sociais, laborais e emocionais (DURAND; BARLOW,
2016).

Sintomas de desorganização
Semelhança com o subtipo classicamente denominado de esquizofrenia
hebefrênica. Ou seja, envolve os pensamentos progressivamente desorganizados, de
leve afrouxamento das associações, passando por descarrilamento do pensamento até a
total desagregação; os comportamentos desorganizados e incompreensíveis,
particularmente comportamentos sociais e sexuais bizarros e inadequados; e os afetos
inadequados, marcadamente ambivalente, incongruente e em descompasso.

Sintomas psicomotores/catatonia
Semelhante ao subtipo catatonia. Não é incomum pacientes com esquizofrenia
apresentarem lentificação e empobrecimento psicomotor com restrição do repertório da
esfera gestual e motora; estereotipias de movimentos; maneirismos; posturas bizarras.
Alguns pacientes fazem caretas (que não se sabe por que), vestem roupas e usam
adornos bizarros; síndrome catatônica ou catatonia - embora os pacientes apresentem o
nível de consciência preservado, podem revelar sintomas de estupor (ausência de
atividade psicomotora, com retenção da consciência, mutismo e negativismo);

15
flexibilidade cerácea, ou catalepsia (o paciente fica na posição que o colocam); ecolalia;
ecopraxia; agitação psicomotora.

Sintomas de alterações do humor


Na esquizofrenia existem uma série de alterações no humor, o que seria
conhecido por “paradoxo emocional da esquizofrenia”. As pessoas com esquizofrenia
apresentam taxas mais altas do que a população em geral de sintomas ansiosos e
depressivos, bem como depressão clínica;
Esses sintomas de humor podem também surgir atrelados a sintomas da
esquizofrenia ou a efeitos colaterais dos antipsicóticos (chamada de “disforia dos
neurolépticos”). Além disso, após surto psicótico é comum observar uma “depressão
pós-psicótica”, sendo os níveis de suicídio elevado em tal psicopatologia (DUTTA;
HARKAVY-FRIEDMAN, 2012).

Sintomas de prejuízos cognitivos


Há alterações cognitivas difusas na doença, que, na maior parte das vezes,
precedem mesmo o surgimento dos sintomas psicóticos e são muito relevantes, pois
afetam marcadamente a evolução funcional dos pacientes. Observa-se prejuízos na
atenção, na memória episódica, na memória de trabalho, na velocidade de
processamento e nas funções executivas frontais (inclusive fluência verbal) (LIMA;
ESPINDOLA, 2015).
Estudos na área das neurociências tem verificado que a esquizofrenia é uma
patologia que envolve alterações na cognição social, que esta ligado a compreensão de
intencionalidade, pistas sociais e modulação comportamental. Dificuldades na
percepção e no gerenciamento de emoções também são observadas (perceber e
compreender as emoções a partir de pistas faciais, tom de voz, gestos) (LIMA;
ESPINDOLA, 2015).

16
Quais outras características clínicas e diagnósticas do Transtorno de Espectro da
Esquizofrenia?

Os primeiros sinais e sintomas da doença aparecem mais comumente durante a


adolescência ou início da idade adulta. Apesar de poder surgir de forma abrupta, o
quadro mais frequente se inicia de maneira insidiosa. Sintomas prodrômicos pouco
específicos, incluindo perda de energia, iniciativa e interesses, humor depressivo,
isolamento, comportamento inadequado, negligência com a aparência pessoal e higiene,
podem surgir e permanecer por algumas semanas ou até meses antes do aparecimento
de sintomas mais característicos da doença (APA, 2014).
Familiares e amigos em geral percebem mudanças no comportamento do
paciente, nas suas atividades pessoais, contato social e desempenho no trabalho e/ou
escola. É comum os pacientes negarem que tenham necessidade de tratamento, visto o
empobrecimento de insight sobre seus déficits.
Sintomas neurológicos inespecíficos são constantes, tais como: prejuízo na
função olfativa, hipoalgesia e alterações da motilidade dos olhos. Também podem
apresentar prejuízo nas habilidades de coordenação motora fina e de sequenciamento de
tarefas motoras complexas, presença aumentada de reflexos primitivos de liberação
cortical, assim como maior prevalência de mancinismo (WHITBOURNE; HALGIN,
2015).
As teorias explicativas da esquizofrenia se enquadram em: biológica e
psicológica. Os pesquisadores começaram a aceitar que tanto a biologia quanto a
experiência interagem e forma-se um modelo teórico complexo com multifatores. A
esquizofrenia também aborda componentes do neurodesenvolvimento, visto que surge
durante os anos da adolescência ou no início da idade adulta devido a alterações no
controle genético do amadurecimento cerebral (WHITBOURNE; HALGIN, 2015).
As classificações diagnósticas consideram o conjunto de sintomatologia,
presente por pelo menos um mês, conforme se observa na Figura 3.

17
Figura 3: Critérios diagnósticos da CID-11 e DSM-5

Fonte: DALGALLARONDO (2019)

Seção 4: Outras síndromes psicóticas


Nesta seção vamos conhecer outras síndromes psicóticas, que são importantes ao
conhecimento do profissional em psicologia, tendo em vista o diagnóstico diferencial,
as formas de tratamento medicamentoso e psicoterapêuticos.

Transtorno delirante (paranoia)


Se caracteriza pelo surgimento e pelo desenvolvimento de um delírio ou sistema
delirante (vários delírios de alguma forma interligados tematicamente) com
considerável preservação da personalidade, da afetividade, da cognição e do resto do
psiquismo do indivíduo acometido. Os delírios são do tipo bem organizados e
sistematizados, já as alucinações não devem ser o elemento proeminente do quadro,
mas, se ocorrerem, geralmente têm relação com o tema do delírio. Um exemplo, são os
delírios envolvendo ciúmes e perseguição (OPJORDSMOEN, 2014).
A faixa etária de maior incidência são entre os 40 ou 50 anos de idade e costuma
ter curso crônico e estável. A duração do delírio deve ser de no mínimo um mês (DSM-
5) ou três meses (CID-11), mas em geral é mais longa, podendo perdurar anos.

18
Esquizofrenia Tardia
Conhecida por o termo chamado parafrenia e envolve uma entidade nosológica
da tradição psicopatológica referente a formas de psicose esquizofreniforme, de
aparecimento tardio (após os 50 ou 60 anos). Surgem delírios, em geral organizados e
acompanhados de alucinações, mas nas quais, de forma semelhante ao transtorno
delirante há relativa preservação da personalidade, sem alterações ou com alterações
mínimas da afetividade e da vontade. Alguns autores consideram a parafrenia uma
forma tardia de esquizofrenia, que surge em geral após os 50 anos de idade
(WHITBOURNE; HALGIN, 2015).

Transtornos psicóticos agudos, breves e transitórios


Nesta patologia os sintomas mais ou menos semelhantes à esquizofrenia (pode
haver alucinações e delírios, bem como discurso e comportamento desorganizados), de
surgimento bem agudo (geralmente eclodem e alcançam máxima gravidade em até duas
semanas) (DALGALARRONDO, 2019).
A remissão dos sintomas ocorre relativamente rápido (dias ou semanas), logo
após o episódio psicótico, retorno completo ao nível de funcionamento anterior. Um dos
possíveis eliciadores seriam estressores da vida cotidiana, intensa perplexidade, certa
confusão mental e turbulência emocional e pode haver ansiedade acentuada e medos
difusos.

Transtorno esquizoafetivo
Um grupo de pacientes não pode ser compreendido e classificado nem
plenamente no campo da esquizofrenia, nem no campo de um transtorno do humor
grave, mesmo aqueles com sintomas psicóticos (JAGER ET AL., 2011).
Para o diagnóstico faz-se necessário a presença de sintomas requeridos para a
esquizofrenia em conjunto (no mesmo episódio, simultaneamente, ou com distância de
poucos dias entre eles) com sintomas típicos de um episódio de depressão maior, de
mania ou de episódio misto (para a CID-11, concomitância com duração de pelo menos
um mês).

19
Desafio
No dia 24 de maio é celebrado o Dia Mundial da Pessoa com Esquizofrenia
(assista um vídeo do ministério da saúde sobre esta campanha:
https://www.youtube.com/watch?v=3wUp3HUbtBU) e com base neste movimento
procure escrever um texto dissertativo no AVA (máximo 10 linhas) sobre esta
campanha e sua importância para a sociedade.

Saiba Mais

No livro de Paulo Dalgallarondo, intitulado “Psicopatologia e Semiologia dos


Transtornos Mentais” leia os capítulos para obter mais informações sobre os assuntos
abordados nesta unidade.

Finalizando a Unidade

Chegamos ao final da segunda Unidade, aqui foram abordados alguns pontos


esclarecedores sobre sobre as síndromes depressivas, sua composição sintomática e tipo
de psicopatologia, o transtorno bipolar, o transtorno do espectro da esquizofrenia e
outras síndromes psicóticas.
Em resumo, aprendemos que as síndromes depressivas trás uma serie de
alterações a vida volitiva, emocional, neurovegetativa, intuitiva, cognitiva e funcional
das pessoas. Ao estuda-la e analisa-la na prática temos que ter em mente a característica
da patologia e quais aspectos encontra-se atrelado para melhor ressaltar projetos de
diagnósticos e interventivos. Ressalta-se que reconhecer os tipos auxilia neste processo
de compreensão da psicopatologia para além dos sintomas.
As síndromes psicóticas envolvem muitas pesquisas e uma complexidade de
componentes, tendo em vista todas as transformações na vida que acarretam. A
esquizofrênica pensada na visão espectral de sintomas e níveis de gravidade surgiu por
meio de pesquisas cientificas e estudos clínicos, bem como o reconhecimento de outras
síndromes psicóticas.
20
Vale ressaltar que todas as patologias aqui mencionadas seguem os critérios
estabelecidos pelo DSM 5 e a CID 11. No entanto, em 2022 a edição revisada do DSM
5 será lançada e terá alterações em alguns modelos estruturais. Sugere-se que você
acompanhe essas atualizações para melhor compreensão e comunicação entre os
profissionais.
Acreditamos que o conteúdo aqui trabalhado pode estimular também o/a aluno/a
a pesquisar novas fontes de informações para que ele/a mesmo/a consiga construir suas
opiniões de maneira significativa para formar seu o próprio perfil profissional, afirnal se
faz importante a busca de fontes e matérias atuais. Cada sugestão de leitura deve ser
explorada para a complementação dos assuntos abordados, de forma que o/a aluno/a
amplie o seu entendimento a respeito da temática.

Glossário

Afeto embotado: É a dificuldade de expressar emoções e sentimentos; perda do contato


emocional.
Abulia: Incapacidade de tomar decisões de forma voluntária.
Anedonia: É a dificuldade ou incapacidade de uma pessoa em sentir prazer ou se
motivar a realizar atividades que antes eram prazerosas
Classificação Internacional das Doenças (CID): É um registro estatístico que reúne e
organiza as mais diversas doenças e sintomas conhecidos pela ciência em capítulos,
sendo publicada pela OMS.
Episódio: É comum utilizar-se o termo episódio de forma inespecífica, quando não há
condições de precisar a natureza do fenômeno mórbido.
Espectro: Representação das amplitudes ou intensidades.
Flexibilidade cerácea: O indivíduo ou uma parte de seu corpo é colocada em uma
posição e permanece nessa posição como se fosse um homem de cera.
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM): Manual para
profissionais (clinico e pesquisadores) da área da saúde mental que abarca categorias de
transtornos mentais e critérios diagnósticos, publicada pela Associação Americana de
Psiquiatria (American Psychiatric Association - APA).

21
Sinais: Vivências objetivos, verificáveis pela observação direta do paciente.
Sintomas: vivências subjetivas relatadas pelos indivíduos, suas queixas e narrativas,
aquilo que o sujeito experimenta e, de alguma forma, comunica a alguém.
Síndrome: Agrupamento relativamente constante e estáveis de determinados sinais e
sintomas.
Transtorno Mental: É uma perturbação de ordem psicológica e/ou mental que causa
incômodo na pessoa.
Volitivo: Atividade que envolve o ato de mover-se/motivação.

Referências

AMERYCAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION (org.). Manual Diagnostico e


Estatístico de Transtornos Mentais: dsm-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. 1401
p.

BUSATTO, G.F. et al. Structural and functional neuroimaging studies in major


depressive disorder with psychotic features: a critical review. Schizophrenia
Bulletin, v. 39, n. 4, p. 776-786, 2013

CHENIAUX, E. Manual de psicopatologia. 5 ed. Rio de Janeiro: Gen, 2018

DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais. 3.


ed. Porto Alegre: Artmed, 2019. 505 p.

DURAND, V. M.; BARLOW, D. H. Psicopatologia: Uma abordagem integrada –


Tradução da 7ª edição norte-americana. São Paulo: Cengage Learning Brasil, 2016

DUTTA R, HARKAVY-FRIEDMAN J. Clinical management of suicidal behavior in


schizophrenia. In: Lieberman, Murray. Comprehensive Care of Schizophrenia. 2nd ed.
Oxford University Press Inc, p. 244-61, 2012
.
FERRARI, A. J. et al. Global variation in the prevalence and incidence of major
depressive disorder: a systematic review of the epidemiological literature.
Psychological Medicine, v. 43, p. 471-481, 2013

22
JAGER, M. et al. Schizoaffective disorder – an ongoing challenge for psychiatric
nosology. Eur. Psychiatry, v. 26, p. 159-165, 2011.

GOODWIN, F. K.; JAMISON, K. R. Doença maníaco-depressiva, transtorno


bipolar e depressão recorrente. Porto Alegre: Artmed, 2010

LIMA, A. B. de; ESPINDOLA, C. R. Esquizofrenia: funções cognitivas, análise do


comportamento e propostas de reabilitação. Rev. Subj. [online], v.15, n.1, pp. 105-
112, 2015.

MATOS, G. et al. Schizophrenia, the forgotten disorder: the scenario in Brazil


Revista Brasileira de Psiquiatria, v. 37, p. 269-270, 2015.

MORENO, R. A., et al. (Orgs.). Aprendendo a viver com o transtorno bipolar:


manual educativo. Porto Alegre: Artmed, 2015.

OLIVEIRA, D. de; CASAROTTO, M. E.; EBERT, C.; LAUTER, D. S.


DALLABRIDA, F. A.; KOLANKIEWICZ, A. C. B. Relato de Caso de um Paciente
com Diagnóstico de Transtorno Obsessivo Compulsivo e Depressão. Revista
Contexto & Saúde, v. 11, n. 20, p. 1325-1330, 2011. Disponível em:
https://revistas.unijui.edu.br/index.php/contextoesaude/article/view/1803/1509. Acesso
em: 18 fev 2021.

OPJORDSMOEN, S. Delusional disorder as a partial psychosis. Schizophrenia


Bulletin, v. 40, n. 2, p. 244- 247, 2014.
SINGH, M. K.; GOTLIB, I. H. The neuroscience of depression: implications for
assessment and intervention. Behav Res Ther., v. 62, p. 60-73, 2014.

SOUSA, D.; PINHO, L. G. DE; PEREIRA, A. Qualidade de Vida e Suporte Social


em Doentes com Esquizofrenia. Psicologia, Saúde & Doenças, v.18, n.1, p. 91-101,
2017.

SILVA, A. T. C.; SAMPAIO, M. S. Transtornos depressivos: condutas atuais e


inovadoras sobre diagnóstico e tratamento. São Paulo : Editora dos Editores, 2019.

WHITBOURNE, S. K; HALGIN, R. P. Psicopatologia: Perspectivas clínicas dos


transtornos mentais. 7 ed. Porto Alegre : AMGH, 2015.

23

Você também pode gostar