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Avaliação Dos Métodos de Retenção de Escória Nos Conversores LD Da Companhia Siderúrgica Nacional

Siderúrgica escória

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Siderúrgica escória

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XXXV Seminário de Fusão, Refino e Solidificação dos Metais

XXXV Steelmaking Seminar - 2004

AVALIAÇÃO DOS MÉTODOS DE RETENÇÃO DE ESCÓRIA


NOS CONVERSORES LD DA COMPANHIA
SIDERÚRGICA NACIONAL1

Antônio Augusto de Rezende Martins2


Antônio de Pádua Sobreira Leal3
Victor Hugo Leal de Araújo 4
Roberto Vilmar Formage5
Marcos Silva Monteiro6

RESUMO

A produção de aços de elevada limpidez aliados a um baixo custo de


processamento, é uma exigência do mercado siderúrgico atual. Dentro deste
cenário, a redução da escória proveniente do refino primário se apresenta como um
recurso indispensável.

O presente trabalho apresenta o histórico do desenvolvimento desta técnica


na Companhia Siderúrgica Nacional, discutindo as características metalúrgicas e
vantagens dos diversos métodos de retenção de escória empregados, além dos
ganhos e resultados obtidos com o desenvolvimento destes métodos.

Palavras chave: escória, conversor LD, dardo

1
Contribuição Técnica a ser apresentada no 35º SEMINÁRIO DE FUSÃO,REFINO E
SOLIDIFICAÇÃO DOS METAIS, 17 a 19 de Maio de 2004, Salvador, BA, Brasil.
2
Engenheiro Metalúrgico, Gerência de Tecnologia Metalúrgica, GTME-CSN, Volta
Redonda, RJ, Brasil.
3
Engenheiro Metalúrgico, Gerência Geral de Planejamento e Obras, GGPO-CSN, Volta
Redonda, RJ, Brasil.
4
Engenheiro Metalúrgico, Universidade Federal Fluminense, EEIMVR-UFF, Volta Redonda,
RJ, Brasil.
5
Técnico Industrial, Gerência de Aciaria, GAC-CSN, Volta Redonda, RJ, Brasil.
6
Engenheiro Elétrico da RISA, Belo Horizonte, MG, Brasil.

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XXXV Seminário de Fusão, Refino e Solidificação dos Metais
XXXV Steelmaking Seminar - 2004

1. INTRODUÇÃO
A formação de escória no conversor LD é uma necessidade intrínseca ao
próprio processo de elaboração do aço. Nas etapas posteriores, no entanto, a
escória gerada no conversor se apresenta como um componente indesejável devido
a várias razões metalúrgicas. Esforços no sentido de evitar ou mesmo minimizar a
sua presença nos processos de refino secundário, acarretarão em importantes
benefícios para a qualidade e custo destes processos e seus produtos.
Diversas técnicas têm sido desenvolvidas visando minimizar a quantidade de
escória na panela durante a transferência do aço líquido proveniente do conversor.
Estas técnicas tiveram que ser aprimoradas para melhorar a eficiência e
acompanhar a crescente demanda por aços de elevados requisitos de qualidade e
limpidez interna, atrelados a um baixo custo de processamento. Sendo assim, o
controle da quantidade de escória deixou de depender simplesmente do controle
visual e experiência do operador, e passou a se utilizar de equipamentos e métodos
mais sofisticados que garantem uma retenção de escória com eficiência e precisão.
Acompanhando este cenário, a Companhia Siderúrgica Nacional procurou ao
longo do tempo utilizar técnicas de retenção de escória que melhor atendessem as
necessidades de qualidade de seus processos e produtos.
Busca-se com este trabalho descrever os benefícios obtidos com a
minimização da quantidade de escória presente na panela durante os processos de
refino secundário, discorrer sobre as técnicas adotadas para tal, e apresentar um
histórico do desenvolvimento destas técnicas na Companhia Siderúrgica Nacional,
apresentando resultados práticos e comparativos entre técnicas por ela adotadas.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1. Meios de Transferência da Escória do Conversor para a Panela

Durante o vazamento do metal líquido, a escória poderá ser transferida do


conversor para a panela de três modos distintos:
1- A escória passa através do canal de vazamento no início do basculamento do
conversor, quando este se encaminha para a posição de vazamento (figura 1.a);
2- A escória é arrastada pelo Vórtex formado pelo escoamento do aço líquido
através do canal de vazamento (figura 1.b);
3- A escória passa através do canal ao término do escoamento do aço, pois após
este momento, só há a presença de escória dentro do conversor (figura 1.c).

(a) - Início de Vazamento (b) - Arraste pelo Vórtex (c) - Final de Vazamento

Figura 1 – Modos de Transferência de escória do Conversor para a panela

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Portanto, uma boa técnica de retenção de escória deveria eliminar/reduzir


estes três modos de transferência da escória. Porém, a maior parte das técnicas
conhecidas levam em consideração somente a passagem da escória ao término do
jato de aço (caso 3), onde espera-se que a maior parte da escória seja transferida.

2.2. Processos e Técnicas de Retenção de Escória Existentes

2.2.1. Técnicas de Retenção baseadas na Percepção do Operador


Os tipos de retenção de escória com base na habilidade e na experiência do
operador dependem fundamentalmente da sensibilidade em diferenciar visualmente
o aço e a escória durante o vazamento, e além disso, do tempo de resposta dos
equipamentos envolvidos. Estas técnicas resultam de uma maneira geral, em uma
baixa eficiência, uma grande variabilidade nos resultados, e outros problemas de
origem operacional próprios de cada técnica. Por estas razões, têm comprometida a
sua utilização pelas siderúrgicas modernas. Podemos citar, como principais:

⇒ Basculamento do Conversor ao Término do Vazamento do Aço


Consiste simplesmente em promover a retenção da escória através do
basculamento do conversor (fig. 2.a), realizado no momento em que o operador
visualiza a presença de escória no jato de aço ou na panela. Em função da inércia
do conversor a ser vencida, pode ocorrer significativa passagem de escória,
principalmente em canais com desgastes acentuados.

⇒ Movimentação do Carro de Transferência de Panela


Nesta prática , a escória é separada pelo movimento do carro de transferência
no estágio final do vazamento (fig. 2.b). Um dos grandes inconvenientes
operacionais desta técnica, além da baixa eficiência, é a manutenção e limpeza da
escória que transborda para fora do carro de transferência, que traz uma série de
transtornos mecânicos, para o ambiente, em questões de segurança, entre outros.

⇒ Método de Dupla Panela


Pratica não habitual em separar a escória através do vazamento de uma
panela para outra (fig. 2.c). Além das perdas de produtividade e da necessidade de
maior número de panelas, ela resulta em baixo rendimento metálico e
principalmente, em grande queda de temperatura do aço.

(a) - Basculamento do conversor (b) – Transferência de panela (c) – Dupla panela

Figura 2 – Técnicas de Retenção baseadas na percepção do operador

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2.2.2. Processos baseados na Retenção através de Sólidos Refratários Flutuantes


As práticas de utilizar corpos sólidos refratários que impedem a passagem de
escória através da obstrução mecânica do canal de vazamento são amplamente
utilizadas pelos aciaristas. Estes sólidos possuem densidade intermediária entre o
banho metálico e a escória, de modo a se posicionar na linha de interface metal-
escória, promovendo a retenção da escória durante o término do vazamento do aço.
Estes processos podem ser diferenciados de acordo com a forma e
características do corpo sólido refratário utilizado para a obstrução do canal de
vazamento. Os tipos mais difundidos são descritos a seguir.

⇒ Utilização de Retentor Refratário Esférico (Slagball)


Utiliza-se corpos sólidos refratários de formato esférico para promover a
obstrução da escória (fig. 3.a) A introdução destas esferas refratárias podem ser
realizadas de diferentes formas, como por exemplo, através de empilhadeiras
adaptadas com calhas.
Este método apresenta uma boa retenção de escória, porém a sua limitação
está associada ao seu índice de acerto, uma vez que para que a obstrução seja feita
com perfeição, a esfera refratária deverá estar posicionada próximo ao furo de
vazamento ao final do escoamento do aço, e este fato depende do correto
lançamento da esfera próximo ao furo de vazamento e do arraste da mesma pelo
efeito vórtex. Como nem sempre estes fatos ocorrem, devido a imprecisão do
lançamento das esferas, da variação da viscosidade da escória e da movimentação
dos conversores após lançamento, o índice de acerto desta técnica é comprometido.

⇒ Utilização de Retentor Refratário tipo Dardo


Neste processo de retenção os corpos sólidos refratários possuem a forma de
um dardo (constituído de cabeça + haste). Eles são introduzidos dentro do conversor
por intermédio de um equipamento mecânico (fig. 3.b) dotado de uma lança, que em
um determinado tempo antes do término do vazamento, insere com precisão o
dardo no canal de vazamento. Desta forma, a eficiência da retenção independe do
arraste do corpo refratário para o canal de vazamento, e um maior índice de acertos
é obtido.

(a) - Corpo refratário esférico (slagball) (b) - Corpo refratário tipo dardo

Figura 3 – Técnicas de Retenção utilizando sólidos refratários flutuantes

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2.2.3. Processo baseado na Vedação Externa do Canal de Vazamento

⇒ Sistema Pneumático “Slag Stopper”

O princípio deste sistema consiste em reter escória pelo sopro de um gás


inerte comprimido a alta pressão, através de um bocal, seguido imediatamente da
introdução desta peça na extremidade do canal antes que uma maior quantidade de
escória deixe o conversor. Este equipamento é constituído basicamente de uma
peça refratária fixada no final de um braço móvel que é acionado pneumaticamente
por gases proveniente de tanques acumuladores e estação de compressão.
É um eficiente sistema de retenção de escória, dependendo no entanto, da
correta detecção da passagem de escória, que pode ser realizada visualmente pelo
operador ou acoplado a detetores de escória. Logicamente, a maioria das
instalações contempla o uso de detetores, o que resulta em uma maior eficiência na
retenção.

2.2.4. Outros processos de Retenção e Detecção de Escória

⇒ Utilização de Retentor de Escória Inicial

Algumas empresas utilizam uma peça refratária com formato tronco-cônica


que é inserido no canal de vazamento antes do basculamento do conversor para
início de vazamento, com objetivo de minimizar a passagem da escória inicial. Este
“tampão” resiste à pressão exercida pela escória inicial, evitando sua passagem
para a panela. No entanto, após um determinado ângulo de basculamento, a
pressão ferrostática promove a expulsão do tampão, iniciando-se o vazamento. Esta
prática é geralmente utilizada em conjunto com outros processos de retenção, já que
é limitado somente à retenção da primeira escória.

⇒ Processo baseado no sopro supersônico na região do vórtex

Prática não difundida, consiste de uma lança supersônica de gás cujo jato é
direcionado ao canal de vazamento de modo a expulsar a escória presente nesta
região, impedindo principalmente a formação do efeito vórtex. Porém durante o final
de vazamento, não se têm uma comprovada eficiência.

⇒ Sistema de detecção utilizando “Slag Detectors”

Este sistema se baseia na detecção da variação de condutividade elétrica e


magnética do aço dentro do canal de vazamento provocada devido à passagem de
escória pelo mesmo. Ele geralmente é utilizado em conjunto com o pneumatic slag
stopper promovendo uma eficiente retenção de escória.

⇒ Sistema de detecção baseado em termografia

Outro sistema conhecido de detecção de escória é o que se utiliza de


câmeras especiais que detectam a diferença de emissividade entre o metal e
escória, resultado da diferença de temperatura entre ambos. Desta forma, é possível
se detectar o momento em que se inicia a passagem de escória.

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2.3. Histórico dos Processos de Retenção de Escória na Aciaria LD da


Companhia Siderúrgica Nacional

A Aciaria LD da Companhia Siderúrgica Nacional teve no ano de 1977 o início


de sua operação. Nesta época, os métodos de retenção de escória comumente
empregados dependiam exclusivamente da percepção visual do operador. A
utilização da técnica de movimentação do carro de transferência de panela, embora
apresentasse os melhores resultados de retenção, no caso particular da CSN, não
era indicado em função das limitações de lay-out (ala de vazamento / preparação de
panelas estreita e com fluxo de panela de aço e pote de escória no mesmo sentido),
resultando em grandes transtornos operacionais. Outra técnica de possível
utilização, era o método de dupla panela. Porém, esta acarretaria problemas de
perda de temperatura, além de investimento devido à necessidade da aquisição de
maior número de panelas. Assim, a prática de basculamento do conversor ao
término do vazamento do aço foi o método que comparativamente se mostrou mais
adequado. Em relação aos outros métodos até então conhecidos, em função de
suas vantagens operacionais, facilidade de execução e implantação, e nenhuma
interferência na produtividade, ele permaneceu em vigor até meados de 1988.

A partir de então, através de um trabalho em conjunto com a NKK, a CSN


desenvolveu a tecnologia para a utilização e produção de corpos refratários
esféricos (slagball). No caso da CSN, o arremesso da slagball no conversor era feito
através da utilização de empilhadeira que lançava a mesma por intermédio de calha.
Este processo apresentou satisfatórios resultados, limitado somente ao seu índice
de acertos.

Com o aprimoramento nas propriedades dos insumos refratários de resistirem


a altas temperaturas e a pressão exercida pela escória inicial, mas com resistência
insuficiente para suportar a pressão exercida pelo aço, a CSN passou, a partir de
2000, a utilizar também retentor de escória inicial em aços com requisitos de
qualidade de alta exigência.

Após 14 anos de utilização da prática de “slagball”, com objetivo de elevação


do índice de acerto na vedação da escória ao final de vazamento, e maior segurança
operacional, optou-se por implantar a retenção de escória por dardo com máquina
suspensa. Esta prática está sendo atualmente utilizada em todos os conversores em
utilização conjunta com o retentor inicial.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Durante o período inicial de instalação da Máquina de Retenção de Escória


na CSN, foi possível realizar uma coleta de dados para comparação das práticas de
retenção empregadas (utilizando retentor tipo dardo, slagball e método do
basculamento do conversor). Estas informações foram coletadas em todas as
corridas vazadas durante o período entre 01 e 20 de setembro de 2003, e os
resultados obtidos são a seguir demostrados.

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3.1. Espessura de escória na panela


Durante o período de coleta foram realizadas medições da espessura de
escória em todas as corridas. Como pode-se observar (gráfico 1), a utilização de
retentor tipo dardo apresenta resultados ligeiramente melhores em relação à
espessura de escória resultante do uso de retentor esférico. Fica também claro, a
grande superioridade nos resultados destas técnicas (dardo e slagball) quando
comparadas com corridas em que nenhum tipo de retentor foi utilizado
(basculamento do conversor).

3 0 ,0

D a rd o D ard o S lag B a ll S em ret


S la g b a ll
M éd ia 6 ,5 1 6 ,8 9 9 ,9 3
2 5 ,0 S e m re te n to r
D e s v _ P ad rão 1 ,9 2 1 ,9 9 3 ,9 0

2 0 ,0
% Corridas

1 5 ,0

1 0 ,0

5 ,0

0 ,0
< 3 ,0 3 ,0 4 ,0 5 ,0 6 ,0 7 ,0 8 ,0 9 ,0 1 0 ,0 1 1 ,0 1 2 ,0 1 3 ,0 1 4 ,0 1 5 ,0 1 6 ,0 1 7 ,0 1 8 ,0 > 1 8 ,0
E s p e s s u ra d e E s c ó ria (c m )

Gráfico 1 – Espessura de Escória em função da Prática de Retenção

3.2. Índice de Sucesso da Retenção


Outro parâmetro importante para comparação das práticas se refere ao índice
de sucesso (nº corridas com retenção / total de corridas com uso de retentor) obtido.
A superioridade neste índice apresentada pela utilização do retentor tipo
dardo (gráfico 2), resultado da precisão no lançamento do mesmo dentro do canal
de vazamento, constitui em sua grande vantagem em relação à utilização de
retentores esféricos.
100,0
96,8

95,0
ìndice de Sucesso (%)

90,0

83,3
85,0

80,0

75,0

70,0
dardo slagball

Gráfico 2 – Índice de Sucesso em função da Prática de Retenção utilizada.

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3.3. Consumo de Desoxidantes e Ferro-Ligas


A seguir são apresentados os resultados referentes ao consumo médio de
Alumínio e Manganês apresentados pelas práticas.
Tabela 2 – Variação apresentada no consumo de Al e Mn.
Dardo – Basculamento Dardo – Slagball
Alumínio -0,213 kg Al / t aço -0,107 kg Al / t aço
Manganês -0,162 kg Mn / t aço -0,140 kg Mn / t aço

Nos gráficos 3 e 4, apresenta-se a distribuição acumulada dos rendimentos


de Alumínio e de Manganês, onde observa-se claramente o aumento de rendimento
obtido devido à maior retenção resultante da utilização do dardo.
Conv_A - dardo Conv_A - dardo
100,0 100,0
Conv_B - slagball
Conv_B - slagball
Conv_C - sem retenção
Conv_C - sem retenção
80,0 80,0

% Acumulada das Corridas


Freqüência Acumulada (%)

60,0 60,0

40,0 40,0

20,0
20,0

0,0
0,0
0 a 10 10 a 20 20 a 30 30 a 40 40 a 50 50 a 60 60 a 70 70 a 80 80 a 90 90 a 100
< 10,0 10,0 a 14,9 15,0 a 19,9 20,0 a 24,9 25,0 a 29,9 30,0 a 34,9 35,0 a 39,9 > 40,0

Rendimento de Alumínio (%) Faixa de Rendimento do Manganês (%)

Gráficos 3 e 4 – Rendimento de Al e Mn em função da Prática de Retenção

3.4. Refosforação
A variação do teor de fósforo referente a amostras retiradas no lingotamento
contínuo e no fim de sopro, são apresentadas no gráfico 5. Também são
apresentadas (gráfico 6) as reduções no desvio total obtidas devido a utilização de
dardo e slagball em comparação à não utilização de retentores. Estas reduções se
devem principalmente pelo menor número de desvios ocasionados por Fósforo alto
e Alumínio baixo.
60,0%
0,0025

0,0022
Redução Percentual da % de desvio total

0,0021
41,5%
40,0%
Delta de Fósforo (%)

0,0019
0,0018

28,0%

0,0016
0,0015
20,0%

0,0013

0,0010
0,0%
Da rd o Sla g b a ll Se m re te nto r Dardo Slagball

Gráficos 5 e 6 – Delta de P e redução do desvio total em função da Retenção.

3.5. Condições de Segurança


Em termos de segurança para operação, as situações de risco devido à
projeção de metal-escória durante o lançamento da slagball foram eliminadas, já que
o uso do dardo não requer presença de operadores próximo ao jato de vazamento.

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3.6. Desgaste do Refratário da Panela


A influência da redução da quantidade de escória proveniente do conversor
no desgaste do refratário da panela pode ser observada no gráfico 7, onde nota-se
que, a maior utilização do dardo resultou em um decréscimo no desgaste do
refratário.
1,00 60%

0,90 0,88
50% 50%
0,87

0,83
39%
0,80 40%

Utilização do dardo
35%
mm/corrida

0,70
0,70 0,68 30%

0,63

0,60 20%

0,50 10%
9%

0,40 0% 0% 0%
Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro
Mês

Tx desgaste % Utilização de Dardos

Gráfico 7 – Desgaste do Refratário da panela em função da Utilização de Dardo

4. CONCLUSÃO
Os resultados anteriormente apresentados, mostraram que, tanto a utilização
de slagball quanto a de dardo, são métodos eficientes na retenção de escória.
Porém, a maior taxa de acertos em conjunto com a eliminação da condição de
insegurança durante a introdução da bola refratária no interior do forno, justificam a
escolha do dardo em substituição a “slagball”.
A CSN ao longo dos anos vem aprimorando continuamente sua prática de
vazamento no sentido de minimizar a passagem de escória. A concepção atual, uso
de retentor inicial e utilização de dardo refratário, minimizando “vórtex” e com
elevada eficácia na retenção da escória ao final de vazamento atende as
solicitações de limpidez de aços submetidos a condições rigorosas na aplicação
final, tais como aço para latas de duas peças e D.&I..

5. BIBLIOGRAFIA
(1) FILHO,E.A. , PEREIRA,C.L. , MARTINS,A.A.R. ; “Retenção de Escória nos
Conversores LD da CSN”, Seminário ABM sobre Aciaria/Refratários/Ferro-ligas,
dezembro de 1989, Brasil.
(2) NKK / G.T. / SGMA ; Transferência de Tecnologia. 2ª Missão NKK: “Sistema de
Retenção de Escória nos conversores LD/CSN”, Relatório de Acompanhamento,
março de 1988.
(3) KOBE STEEL / VOEST-ALPINE ; “Report on Slag Cutting at LD-Converters”,
fevereiro de 1988.
(4) BARRIOS,S.R. ; Proposta Técnica para uso de Retentores de Escória em
Conversores LD, março de 2002.
(5) VALLE,L.A.R. , DUARTE,J.C. , BARRIOS,S.R. ; “Utilização de Sistemas de
Retenção de Escória no Convertedor LD da CST”, XXXI Seminário de Fusão,
Refino e Solidificação, maio de 2000, ES, Brasil.

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EVALUATION OF THE SLAG CUTTING METHODS AT LD


CONVERTERS OF COMPANHIA SIDERÚRGICA NACIONAL
Antônio Augusto de Rezende Martins
Antônio de Pádua Sobreira Leal
Victor Hugo Leal de Araújo
Roberto Vilmar Formage
Marcos Silva Monteiro

ABSTRACT

High cleanliness of steel and low cost play a key role in the world market
to steelmakers. In order to achieve these goals, the decrease in the amount of
slag from primary metallurgy has become an important ally. Specially because
of its effect on alloying elements consumption.

The present work shows the development of the slag cutting practices in
CSN, discussing its features and benefits.

Key-words: slag, LD converter, dart.

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