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Aula Ligações 2

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LIGAÇÕES EM ESTRUTURAS DE AÇO

Com base na ABNT NBR 8800:2008

- EXEMPLOS -

Maximiliano Malite

Departamento de Engenharia de Estruturas da


Escola de Engenharia de São Carlos - USP

Setembro, 2018
SUMÁRIO
Exemplo 1 – ligação dupla cantoneira – pilar

Exemplo 2 – solda em ligação chapa de nó - pilar

Exemplo 3 – nó de treliça

Exemplo 4 – grupo de parafusos sob cisalhamento excêntrico

Exemplo 5 – grupo de soldas sob cisalhamento excêntrico

Exemplo 6 – ligação viga - pilar (com chapa de topo)

Exemplo 7 – ligação viga - viga (com dupla cantoneira de alma)

Exemplo 8 – emenda parafusada em barra axialmente solicitada

Exemplo 9 – emenda parafusada em viga

Exemplo 10 – efeito de alavanca


EXEMPLO 1
Exemplo 1: ligação dupla cantoneira - pilar
Admitir ligação por atrito

Perfis e chapas: aço ASTM A36 (fy = 250MPa ; fu = 400MPa)


Parafusos ASTM A325 (fub = 825MPa) – diâmetro 3/4” (19 mm)
Eletrodos classe 60 (fw = 415MPa)

_5 Ø19
20
16 A325

70 Nt,Sd = 160kN

70

ch 8 63 x 5
40 60 40
SIMBOLOGIA DE SOLDA - AWS
Verificações:
a) Parte parafusada (dupla cantoneira – chapa de nó)
a.1) deslizamento

a.2) cisalhamento do parafuso


É necessário também
verificar a ligação como
a.3) pressão de contato em furos
sendo uma ligação por
contato!
a.4) colapso por rasgamento

b) Parte soldada (chapa de nó – pilar)


b.1) metal da solda

b.2) metal-base

c) Elemento de ligação (chapa de nó)


a) Parte parafusada

a.1) deslizamento
Furo-padrão: deslizamento é ELS

fator de furo
número de planos
coeficiente de deslizamento
de atrito

 Ft , Sk 
F f , Rk  0,80 Ch FTb ns 1  
 0,80 FTb 
protensão

força de tração que reduz


o contato entre as partes
0
 Ft , Sk 
F f , Rk  0,80 Ch FTb ns 1  
 0,80 FTb 
μ = 0,35 (coeficiente de atrito, superfície classe A)
Ch = 1,00 (fator de furo correspondente ao furo-padrão)
ns = 2 (número de planos de deslizamento)
Ft,Sk = 0 (força de tração solicitante que reduz a protensão)

 db 
2
FTb  0,70 Abe f ub  0,70 0,75  f ub  123kN

 4 

F f , Rk  0,80 x 0,35 x1,00 x123 x 2  69kN / parafuso


Para ELS a verificação deve ser feita para

Nt,Sk = 0,7Nt,Sd = 0,7 x 160 = 112kN

calculada com base nas combinações raras de serviço


ou, simplificadamente, tomada como 0,7Nt,Sd

Como são dois parafusos:

112
FSk   56kN  F f , Rk  69kN OK!
2
6.1.5 - Resistência mínima de ligações
6.1.5.2 – Ligações sujeitas a uma força solicitante de cálculo, em qualquer
direção, inferior a 45kN, excetuando-se diagonais e montantes de travejamento
de barras compostas, tirantes constituídos de barras redondas, travessas de
fechamento lateral e terças de cobertura de edifícios, devem ser dimensionadas
para uma força solicitante de cálculo igual a 45kN, com direção e sentido da
força atuante.

6.1.5.3 – Recomenda-se, a critério do responsável técnico pelo projeto, que


as ligações de barras tracionadas ou comprimidas sejam dimensionadas
no mínimo para 50% da força axial resistente de cálculo da barra, referente
ao tipo de solicitação que comanda o dimensionamento da respectiva
barra (tração ou compressão).

N t , Sd  160 kN (comanda)
A ligação deve ser
dimensionada para
o maior valor entre 45kN
0,5 N t , Rd  0,5 x196  98kN (RSL)
a) Parte parafusada

a.2) cisalhamento do parafuso


Admitindo que o plano de corte passa pela rosca:

0,4 Ab f ub 0,4 x 2,83x82,5


Fv, Rd  x2  x 2  138kN / parafuso
 a2 1,35

dois planos de corte

Como são dois parafusos:

160
FSd   80kN  Fv, Rd  138kN OK!
2
a) Parte parafusada

a.3) pressão de contato em furos

1,2 f tf u 2,4dbtf u
Fc,Rd é o menor valor entre: e
 a2  a2

Sendo fu e ℓf iguais para a chapa Rasgamento Esmagamento


e cantoneiras, resulta que:
f1 =30
Espessura da chapa de nó: 8mm
t é o menor
valor entre Duas vezes a espessura
da cantoneira: 2x5 = 10mm
f2 =40
f1 =30
a) Parte parafusada
2 1

a.3) pressão de contato em furos


f2 =40

1,2 x3,0 x0,8 x 40 2,4 x1,9 x0,8 x 40


Pos. 1 Fc, Rd 1   85kN   108kN
1,35 1,35

1,2 x 4,0 x 0,8 x 40 2,4 x1,9 x0,8 x 40


Pos. 2 Fc, Rd 2   114kN   108kN
1,35 1,35

Como são dois parafusos:

160
FSd   80kN  Fc , Rd  85kN OK!
2
f1 =30
a) Parte parafusada
2 1
a.3) pressão de contato em furos

f2 =40
Alternativamente, a verificação pode ser feita
em termos de força resistente total, igual a
Posição 1
soma das forças resistentes à pressão de
de contato calculadas para todos os furos. Fc , Rd 1  85kN
Neste caso, resulta: Posição 2
Fc , Rd 2  108kN
( Fc , Rd )total  85  108  193kN

FSd  160kN  ( Fc , Rd )total  193kN OK!


a) Parte parafusada

a.4) colapso por rasgamento (block shear):


aplicável às cantoneiras e à chapa de nó

- cantoneiras

Av
35

28
At
40 60

Fr, Rd 
1
γ a2

0,60 f u Anv  Cts f u Ant   1 0,60 f y Agv  Cts f u Ant
γ a2

Av
35

- cantoneiras 28
At
40 60

Agv = 2x10x0,5 = 10cm2 Diâmetro do furo-padrão:

Anv= 2x(10 – 1,5x2,05)x0,5 = 6,93cm2 db + 1,5mm = 20,5mm


Ant = 2x(2,8 – 0,5x2,05)x0,5 = 1,77cm2

Fr, Rd 
1
γ a2
0,60 f u Anv  Cts f u Ant   1
γ a2

0,60 f y Agv  C ts f u Ant 

N t , Sd  160kN  Fr , Rd  163kN OK!


100
ch. 8mm

- chapa de nó

60

Agv = 10x0,8 = 8cm2


Diâmetro do furo-padrão:
Anv= (10 – 1,5x2,05)x0,8 = 5,54cm2
db + 1,5mm = 20,5mm
Ant = ( 6 – 0,5x2,05)x0,8 = 3,98cm2

N t , Sd  160kN  Fr , Rd  207 kN OK!


b) Parte soldada
b.1) metal da solda (solda de filete)
dw= 5mm
de de = 0,7 dw= 3,5mm
dw
t

Como a linha de ação da força passa pelo centróide do grupo de


soldas (no caso, dois filetes), a tensão pode ser admitida uniforme,
portanto, a verificação pode ser feita diretamente com base na força.

0,60 Aw f w 0,60 x(0,35 x 2 x14 x 41,5)


Fw, Rd    181kN
 w2 1,35

N t , Sd  160kN  Fw, Rd  181kN OK!


b) Parte soldada

b.1) metal-base: verificar escoamento e ruptura na zona


adjacente à solda, na seção a-a (chapa de nó) e na
seção b-b (mesa do pilar)

Seção a-a (chapa de nó):


Tensões normais
a
b Seção b-b (mesa do pilar):
Tensões de cisalhamento

b
b) Parte soldada

b.1) metal-base (chapa de nó comanda!)

Nesse caso, deve-se verificar escoamento e ruptura


por tensões normais, na zona adjacente à solda:

Escoamento:
AMB f y 0,8 x14 x 25
N t , Sd  160kN  FMB , Rd    254kN OK!
 a1 1,10

Ruptura:
AMB f u 0,8 x14 x 40
N t , Sd  160kN  FMB , Rd    332kN OK!
 a2 1,35
c) Elemento de ligação (chapa de nó)

É uma verificação de “barra tracionada”, portanto, deve ser


verificado o escoamento da seção bruta e a ruptura da seção
líquida junto à seção 1-1, que é a seção crítica:

35
F F/2
70
140 F/2
35

10 140

1
11  12cm
Ag  0,8 x12  9,6cm 2

Ae  An  (12  2,25) x0,8  7,8cm 2  0,85 Ag  8,16cm 2

Escoamento da seção bruta:

Ag f y 9, 6 x 25
N t , Sd  160kN  N t , Rd 
 a1

1,1
 218kN OK!
Ruptura da seção líquida:
Ae f u 7,8 x 40
N t , Sd  160kN  N t , Rd 
 a2

1,35
 231kN OK!
EXEMPLO 1 - QUADRO RESUMO
EXEMPLO 2
Exemplo 2: solda em ligação chapa de nó – pilar

Nt,Sd = 195kN

40°
Perfis e chapas: aço ASTM A36
9,5
(fy = 250MPa ; fu = 400MPa)

Eletrodos classe 60
64 x 5 (fw = 415MPa)
130
200

ch 9,5mm
70

E60
6

A linha de ação da força solicitante não passa pelo centróide do grupo


de soldas, portanto, trata-se de uma ligação com excentricidade
N t , Sd  195kN (comanda)
A ligação deve ser
dimensionada para 45kN
o maior valor entre
0,5 N t , Rd  98kN (RSL)

125kN
447kN.cm
125kN
195kN G
G
+ +
e=30

149kN
40°

149kN
f1 f2 f3
ponto mais
solicitado
Grupo de soldas: dois cordões iguais e paralelos

dw = 6mm
de
de = 0,7dw = 4,2mm

Seção efetiva: propriedades geométricas


w
Aw  2d e  w  2 x0,42 x 20  16,8cm 2

d e  3w 0,42 x 20 3
de
Iw  2 2  560cm 4
12 12
a) tensões na seção efetiva da solda (valores de cálculo)

F 125
dw = 6mm f1  v   7,44kN / cm 2
Aw 16,8
de = 0,7dw = 4,2mm

F 149
Aw  2d e  w  2 x0,42 x 20  16,8cm 2 f2  H   8,87 kN / cm 2
Aw 16,8

d e  3w 0,42 x 20 3
Iw  2 2  560cm 4 M  w 447
12 12 f3   10  7,98kN / cm 2
I w 2 560

Tensão resultante (resultante vetorial):


fw,Sd=18,42 kN/cm2
f w,Sd  7,44 2  (8,87  7,98) 2  18,42kN / cm 2

f w, Rd  0,6 f w /  w2  18,44kN / cm 2 7,44

f w, Sd  f w, Rd OK! 8,87 7,98


b) tensões no metal-base (valores de cálculo)

b.1) escoamento: não necessita ser verificado, pois implica


numa eventual plastificação localizada

b.2) ruptura (seção a-a comanda)


chapa de nó
A favor da segurança, admite-se que atuem b b
apenas tensões de cisalhamento no metal-base, a t=9,5
portanto, basta multiplicar a tensão resultante na b b
a

seção efetiva da solda (já calculada) pela relação


entre espessuras: Vista superior

2d e 2 x0,42
f MB, Sd  f w, Sd  18,42  16,3kN / cm2
tch 0,95

f MB, Rd  0,6 f u /  a 2  0,6 x 40 / 1,35  17,8kN / cm 2

f MB , Sd  f MB , Rd OK!
EXEMPLO 3
Exemplo 3: nó de treliça

Perfis e chapas: aço ASTM A36 Admitir ligação por contato


(fy = 250MPa ; fu = 400MPa)

Parafusos ASTM A325 (fub = 825MPa) - diâmetro 5/8” (16mm)


Eletrodos classe 60
(fw = 415MPa)
Verificações:

a) Parte parafusada (diagonais – chapa de nó)


a.1) cisalhamento do parafuso

a.2) pressão de contato em furos

a.3) colapso por rasgamento

b) Parte soldada (chapa de nó – banzo)


b.1) metal da solda

b.2) metal-base
a) Parte parafusada: ligação dupla cantoneira – chapa de nó

N t , Sd  N c , Sd
Basta verificar a ligação da
Seção transversal, material diagonal tracionada
e detalhe de ligação são os mesmos
A ligação deve ser
N t , Sd  130kN (comanda)
dimensionada para
o maior valor entre 45kN
0,5 N t , Rd  0,5 x 200  100kN (RSL)

a.1) cisalhamento do parafuso


0, 4 Ab fub 0, 4 x 2, 0 x82,5
Fv , Rd  x2  x 2  98kN / parafuso
 a2 1,35

Como são dois parafusos:

130
FSd   65kN  Fv , Rd  98kN OK!
2
a.2) pressão de contato em furos

Fc,Rd é o menor valor entre:


1,2 f tf u 2,4dbtf u
e
 a2  a2
df = 17,5mm
Rasgamento Esmagamento

Dupla cantoneira:

1, 2 x 2,12 x(2 x0, 63) x 40 2, 4 x1, 6 x(2 x0, 63) x 40


Fc , Rd   95kN   143kN
1,35 1,35

Chapa de nó:
1, 2 x3,12 x0,95 x 40 2, 4 x1, 6 x0,95 x 40
Fc , Rd   105kN   108kN
1,35 1,35
a.2) pressão de contato em furos

130
Como são dois parafusos: FSd   65kN  Fc , Rd  95kN
2
OK!
a.3) colapso por rasgamento (block shear):
aplicável à dupla cantoneira

Diâmetro do furo-padrão:
db + 1,5mm = 17,5mm

Agv = 2x0,63x8 = 10,08cm2

Anv = 2x(8 – 1,5x1,75)x0,63 = 6,77cm2


Ant = 2x(2,2 – 0,5x1,75)x0,63 = 1,67cm2

Fr, Rd 
1
γ a2

0,60 f u Anv  Cts f u Ant   1 0,60 f y Agv  Cts f u Ant
γ a2

(170kN) (161kN)

N t , Sd  130kN  Fr , Rd  161kN OK!


b) Parte soldada: transferir a força resultante das diagonais para o banzo

Equilíbrio: F x 0

130sen45o  130sen45o  184kN

 352kN  168kN
A linha de ação da força não passa pelo centróide do grupo de solda.
Trata-se, portanto, de uma ligação excêntrica.

Por simplificação, é razoável admitir que o momento decorrente


da excentricidade seja equilibrado por forças na direção do eixo
dos cordões de solda (binário), resultando:

184 184 x 23
Grupo de solda 1: F1, Sd    133kN
2 102
184 184 x 23
Grupo de solda 2: F2, Sd    51kN
2 102
b.1) metal da solda (solda de filete)

Como os dois grupos de solda são idênticos,


basta verificar o mais solicitado – grupo 1:

0, 60 Aw f w 0, 60 x(0,35 x 2 x30) x 41,5


Fw, Rd    387kN
 w2 1,35

F1, Sd  133kN  Fw, Rd  387 kN OK!


b.2) metal-base

Escoamento:
0, 60 AMB f y 0, 60 x(0,95 x30) x 25
FMB , Rd    389kN
 a1 1,10

Ruptura:

0, 60 AMB fu 0, 60 x(0,95 x30) x 40


FMB , Rd    507kN
 a2 1,35

F1, Sd  133kN  FMB , Rd  389kN OK!


EXEMPLO 3 - QUADRO RESUMO
EXEMPLO 4
Exemplo 4: grupo de parafusos sob cisalhamento excêntrico

270

30 80 30 200
Perfis e chapas: aço ASTM A36
(fy = 250MPa ; fu = 400MPa)
Fd =50kN
Parafusos ASTM A325 (fub = 825MPa)
30 diâmetro 5/8” (16 mm)
60
~

60
Admitir ligação por contato
30 ch. 9,5mm

Ø 16mm
17_5
A325
~

ch. 12,5mm
Método vetorial: trata-se de uma análise elástica
Validade da superposição de efeitos

Hipótese central do método:


centro de rotação coincide com o centróide do grupo de parafusos

M= F.e
F F

G
FM
Formulação do método vetorial Fv

FR
F r
1 Efeito da força F: FVi 
n G

2 Efeito do momento M:

A força num parafuso é proporcional à sua


distância ao centróide do grupo e é perpendicular ao raio vetor.

- compatibilidade de deformações
admitindo que todos os parafusos do grupo
tenham o mesmo diâmetro, resulta:

FM 1 FM 2 F M
  ...  Mn FMi  ri
r1 r2 rn
- condição de equilíbrio
 ri 2

FM 1r1  FM 2 r2  FM 3r3  ...  FMn rn  M


(1) FMx,1
FM,1
Verificação dos parafusos: FMy,1 FM
Fv
posição 1 FR Fv FR
G (2)

Fd 50 Fv
FV    8,3kN FM,2
6 6

Fd e 50 x 27
FM ,1  r
2 1
 7,21  40,6kN
 ri 2
(2 x 4  4 x7,21 ) 2

y 6
FM ,1x  FM ,1  40,6  33,8kN
r1 7,21

x 4
FM ,1 y  FM ,1  40,6  22,5kN
r1 7,21

FSd ,1  FM2 ,1x  ( FV  FM ,1 y ) 2  45,7 kN


(1)
FM,1
Verificação dos parafusos: Fv
posição 2 FR
G (2)

Fv
Fd 50
FV    8,3kN FM,2
6 6

Fd e 50 x 27
FM , 2  r  4  22,5kN
 ri 2 2 2 2
(2 x 4  4 x7,21 )

FSd , 2  FV  FM , 2  8,3  22,5  30,8kN

Conclusão: parafusos na posição 1 são mais solicitados

FSd ,1  45,7 kN
a) cisalhamento do parafuso

Admitindo que o plano de corte passa pela rosca:

0,4 Ab f ub 0,4 x 2,01x82,5


Fv , Rd    49kN
 a2 1,35

FSd ,1  45,7 kN  Fv , Rd  49kN OK!


b) pressão de contato em furos

1,2 f tf u 2,4dbtf u
Fc,Rd é o menor valor entre: e
 a2  a2
270

30 80 30 200
Rasgamento Esmagamento
Fd =50kN
72kN 108kN
30

60
~

60 espessura da chapa do console: 9,5mm


30 ch. 9,5mm

Ø 16mm
t é o menor
17_5
A325 valor entre
~

espessura da mesa do pilar: 12,5mm


ch. 12,5mm

FSd ,1  45,7 kN  Fc , Rd  72kN OK!


EXEMPLO 5
Exemplo 5: grupo de soldas sob cisalhamento excêntrico

Trata-se do mesmo console do exemplo 3, porém com ligação soldada

Perfis e chapas: aço ASTM A36


e=297 (fy = 250MPa ; fu = 400MPa)
x 200
Eletrodos classe 60 (fw = 415MPa)
Fd =50kN 140

42,6 97,4

G
~

180

ch. 9,5mm

180
G
2 x140 x70
5
E60 x  42,6mm
ch. 12,5mm
140
2 x140  180
Método vetorial aplicado ao grupo de soldas

F M= F.e
F

G G

solda
Formulação do método vetorial y
(em termos de tensão) fM
fv
r
F fR
1 Efeito da força F: fVi  G
Aw x

2 Efeito do momento M:
A tensão num ponto é proporcional à sua
distância ao centróide do grupo e é perpendicular ao raio vetor.

- compatibilidade de deformações

fM1 fM 2
  ... 
f Mn M
f Mi  ri
r1 r2 rn Ip
- condição de equilíbrio

f
A
M rdA  M Momento de inércia polar
Ip = Ix + Iy
Propriedades geométricas do grupo de soldas

d w  5mm
d e  0,7 x5  3,5mm

Como todos os filetes têm a mesma dimensão nominal, as propriedades


geométricas do grupo de filetes podem ser calculadas admitindo espessura
unitária (método linear) e, no final, basta multiplicá-las pela espessura.

Aw'  2 x14  18  46cm  Aw  d e Aw'  0,35 x 46  16,1cm 2

18 3
I x'   2 x14 x9 2  2.754cm 3  I x  d e I x'  0,35 x 2.754  964cm 4
12
 14 3 
I y'  18 x 4,26  2
2
 14 x 2,74 2   994cm 3  I y  d e I y'  0,35 x994  348cm 4
 12 
I p  I x  I y  964  348  1.312cm 4
a) tensões na seção efetiva da solda (valores de cálculo)

f Mx
fM
fv f My fM

fR fv fR
G
a) tensões na seção efetiva da solda (valores de cálculo)

Fd 50
fV    3,1kN / cm 2
Aw 16,1
Fd e 50 x 29,7
fM  r 13,3  15kN / cm 2
Ip 1.312

y 9
f Mx  f M  15  10,2kN / cm 2
r 13,3

x 9,7
f My  f M  15  10,9kN / cm 2
r 13,3

2
f w,Sd  f Mx  ( fV  f My ) 2  17,3kN / cm 2
2
OK!
f w,Sd  f w, Rd  0,6 x 41,5 / 1,35  18,44kN / cm
b) tensões no metal-base (valores de cálculo)

b.1) escoamento: não necessita ser verificado, pois implica


numa eventual plastificação localizada

b.2) ruptura (chapa do console comanda)


A favor da segurança, admite-se que atuem apenas tensões de cisalhamento
no metal-base, portanto, basta multiplicar a tensão resultante na seção efetiva
da solda (já calculada) pela relação entre espessuras:

de 0,35
f MB,Sd  f w, Sd  17,3  6,4kN / cm 2
tch 0,95

f MB, Rd  0,6 f u /  a 2  0,6 x 40 / 1,35  17,8kN / cm 2

f MB , Sd  f MB , Rd OK!
EXEMPLO 6
Exemplo 6: ligação viga – pilar (com chapa de topo)

Verificar a parte parafusada, admitindo ligação por atrito

Perfis e chapas: aço ASTM A572 – grau 50 (fy = 345MPa ; fu = 450MPa)


Parafusos ASTM A325 (fub = 825MPa) – diâmetro 5/8” (16 mm)

End plate connection 5_ Ø16


17
A325

30
30
ch 16

40

475
320
M Sd = 90kN.m
W410 x 38,8

15 40
VSd = 84kN

30 120 30
180
16
CLASSIFICAÇÃO DAS LIGAÇÕES

Quanto ao tipo:

Ligações metálicas:
Conexão entre os componentes
metálicos do sistema

Ligações mistas:
Quando a laje de concreto participa
da transmissão de momento fletor
CLASSIFICAÇÃO DAS LIGAÇÕES

Quanto à rigidez Análise global elástica

S i  0,5 EI v / Lv Ligação rotulada

S i  25 EI v / Lv Ligação rígida

0,5 EI v / Lv  S i  25 EI v / Lv Ligação semirrígida

Si é a rigidez da ligação
CLASSIFICAÇÃO DAS LIGAÇÕES (rigidez)

Tipo FR (AISC - LRFD)


rígida
Tipo 1 (AISC - ASD)

Momento ( M )
Tipo PR (AISC - LRFD)
Tipo 3 (AISC - ASD) semirrígida

Tipo PR (AISC - LRFD)


Tipo 2 (AISC - ASD) rotulada

Rotação ( 0 )
LIGAÇÕES METÁLICAS PRÉ-QUALIFICADAS (AISC)
Rígidas
LIGAÇÕES METÁLICAS PRÉ-QUALIFICADAS (AISC)
Rígidas
LIGAÇÕES METÁLICAS PRÉ-QUALIFICADAS (AISC)
Rígidas
LIGAÇÕES METÁLICAS PRÉ-QUALIFICADAS (AISC)
Rotuladas
LIGAÇÕES METÁLICAS PRÉ-QUALIFICADAS (AISC)
Rotuladas
LIGAÇÕES METÁLICAS PRÉ-QUALIFICADAS (AISC)
Rotuladas
LIGAÇÕES METÁLICAS PRÉ-QUALIFICADAS (AISC)
Rotuladas
LIGAÇÕES METÁLICAS PRÉ-QUALIFICADAS (AISC)
Rotuladas
LIGAÇÕES MISTAS PRÉ-QUALIFICADAS – semirrígida
[ LEON et al. (1996) – Steel Design Guide Series, 8 ]

Ligação metálica rotulada ou semirrígida +


contribuição da armadura da laje
CLASSIFICAÇÃO DAS LIGAÇÕES

Quanto à resistência Análise global plástica

- Rotulada M R  M pl , viga

- Resistência total: resistência igual ou superior à da viga

- Resistência parcial: resistência inferior à da viga

Obs: as ligações mistas pré-qualificadas por LEON et al.


são semirrígidas e de resistência parcial
CLASSIFICAÇÃO DAS LIGAÇÕES
(rigidez e resistência)

MOMENTO

Resistência
total

Mpl,viga
rígida
Resistência
semi-rígida parcial

rotulada

ROTAÇÃO
RETORNANDO AO EXEMPLO 6
Verificar a parte parafusada, admitindo ligação por atrito
Perfis e chapas: aço ASTM A572 – grau 50 (fy = 345MPa ; fu = 450MPa)
Parafusos ASTM A325 (fub = 825MPa) – diâmetro 5/8” (16 mm)

End plate connection _5 Ø16


17
A325

30
30
ch 16

40

475
320
M Sd = 90kN.m
W410 x 38,8

15 40
VSd = 84kN
Ligação rígida
30 120 30
(dependendo das dimensões dos
componentes da ligação!) 180
16
a) deslizamento
Furo-padrão: deslizamento é ELS

M Sk  0,7 x 90  63kN.m
z=390 VSk  0,7 x84  59kN
V M

M Sk 63
TSk  C Sk    162kN
z 0,39

z  d  t f  399  8,8  390mm


Nota sobre o braço de alavanca a considerar:

De acordo com o Eurocódigo 3 (parte 1.8) - Design of steel structures:


design of joints, a força resultante na parte comprimida deve ser
considerada atuando na linha média da mesa comprimida e a força
resultante na parte tracionada atuando na linha média dos parafusos
em tração.
M
T C 
z
A figura ao lado ilustra o
caso de ligação com apenas
uma linha de parafusos na T
região tracionada

C
M
Nota sobre o braço de alavanca a considerar:

Para três ou mais linhas de


parafusos na região tracionada,
o braço de alavanca deve ser
M
determinado considerando apenas
as duas linhas de parafusos
mais afastadas, conforme ilustrado
na figura ao lado, isto é, apenas as
as duas linhas mais afastadas são
consideradas efetivas.
Parafusos superiores comandam! (parte tracionada)

T M Sk
TSk  CSk  
z
z=390 63
V M   162kN
0,39
C

 Ft , Sk 
F f , Rk  0,80Ch FTb ns 1    10kN
 0,80 FTb 
TSk 162
Ft , Sk    40,5kN  FTb  85kN OK!
4 4
Por parafuso:
VSk 59
Fv, Sk    9,8kN  F f , Rk  10kN OK!
6 6
T
b) tração nos parafusos
M Sd  90kN.m
z=390
VSd  84kN V M

1 Efeito de alavanca: C
Redução de 33% em Ft,Rd se a espessura
da chapa de topo for calculada com base
M Sd 90
no momento resistente plástico (Zfy) TSd  CSd    231kN
z 0,39
 Abe f ub 
Ft , Rd  0,67   61kN
  a2 

TSd 231
Por parafuso: Ft , Sd    58kN  Ft , Rd  61kN OK!
4 4
1 Um modelo para cálculo do efeito de alavanca é apresentado no exemplo 10
c) cisalhamento nos parafusos

Admitindo que o plano de corte passa pela rosca:

84 0, 4 Ab fub
Fv , Sd   14kN  Fv , Rd   49kN OK!
6  a2
d) tração e cisalhamento combinados

Ft , Sd
2 2
Ft , Rd  Ft , Sd   Fv, Sd 
     1,0
2 2  Ft , Rd   Fv, Rd 
 58   14     
      0,9  0,08  0,98  1,0 OK!
 61   49 
no plano de
corte analisado
alternativa

Fv, Sd
Fv, Rd
d) tração e cisalhamento combinados

2 2
 Ft , Sd   Fv, Sd 
     1,0
 Ft , Rd   Fv, Rd 
   

2 2
 58   14 
      0,9  0,08  0,98  1,0
 61   49 
e) pressão de contato em furos

1,2 f tf u 2,4dbtf u
Fc,Rd é o menor valor entre: e
 a2  a2

30
Rasgamento Esmagamento
f =21 134kN 205kN

30
Nota: t = 16mm
espessura da chapa de topo e da
mesa do pilar

84
Fv , Sd   14kN  Fc , Rd  134kN OK!
6
EXEMPLO 6 - QUADRO RESUMO
EXEMPLO 7
Exemplo 7: ligação viga – viga (com dupla cantoneira de alma)
Perfis e chapas: aço ASTM A572 – grau 50 (fy = 345MPa ; fu = 450MPa)
Parafusos ASTM A325 (fub = 825MPa) – diâmetro 3/4” (19 mm)
Eletrodos classe 70 (fw = 485MPa)

Admitir ligação por contato

10 7,9
W 360x58
64 64

50 35
t w =7,9 75
220
75
~

W 530x66 35

102x8

8,9
E70
6
Trata-se de uma ligação rotulada pré-qualificada, usual
também para ligações viga – pilar.

Do ponto de vista da análise global da estrutura, tal ligação praticamente


não transmite momento fletor (é classificada como rotulada), porém há
excentricidades e consequentemente momentos no grupo de parafusos
e no grupo de cordões de solda, os quais devem ser considerados.

e 1=81

Analisando o equilíbrio das cantoneiras de ligação,


conclui-se que o sistema é estaticamente
0,5VSd
indeterminado, pois os momentos no grupo de solda Ms e
no grupo de parafusos Mp dependem da rigidez dos
componentes da ligação.
A análise do equilíbrio conduz a uma equação com
duas incógnitas:
10 92

M s  VSd  e1  M p 102

0,5VSd
Como simplificação, é aceitável e usual desconsiderar Ms ao se
verificar o grupo de parafusos, e desconsiderar Mp ao se verificar
os cordões de solda, o que equivale a admitir uma “rótula” ora
junto aos cordões de solda, ora junto ao grupo de parafusos,
resultando, portanto, num sistema determinado estaticamente:

VSd
Esforços para verificação dos parafusos:
M p  VSd  e1

VSd
Esforços para verificação da solda:
M s  VSd  e1
A capacidade de rotação da ligação, essencial
para uma ligação rotulada, depende
fundamentalmente da deformabilidade
das cantoneiras.

Nesse sentido, o AISC Manual of Steel Construction recomenda


nesse caso que a aba parafusada seja de 4” (102 mm) e a aba
soldada de 3 1/2” (89 mm), resultando em cantoneira de 4” x 3 1/2”.

Como atualmente no Brasil são produzidas cantoneiras


laminadas somente de abas iguais, em geral são especificadas
cantoneiras de 3” ou 4” (de preferência 4”).
a) parte soldada: considerando uma cantoneira

Para a seção efetiva da solda, resulta: Aw  17cm2 I p  1.451cm 4


0,5VSd 105
fV    6,18kN / cm 2
Aw 17 y
f Mx  f M  6,45kN / cm 2
0,5VSd  e1 105 x8,1 r
fM  r 13,1  7,68kN / cm 2
Ip 1.451 x
f My  f M  4,16kN / cm 2
r
fv
e 1=81 y
fM
f w, Sd  ( fV  f My ) 2  f Mx 2  12,19kN / cm 2
f w, Rd  0, 6 f w /  w 2  0, 6 x 48,5 /1,35  21,56kN / cm 2 0,5VSd r =131

220
x
G
fv

f w, Sd  f w, Rd OK! fM

10 92 71 21
102 92

0,5VSd
Para o metal-base, a alma da viga comanda a verificação, pois:

Espessura da alma: 7,9mm (ASTM A572 – grau 50)

Espessura das duas cantoneiras: 2 x 8 = 16 mm (ASTM A36)

2d e 2 x(0,7 x6)
f MB , Sd  f w, Sd  12,19  12,96kN / cm 2
tw 7,9

f MB, Rd  0,6 f u /  a 2  0,6 x 45 / 1,35  20kN / cm 2

f MB , Sd  f MB , Rd OK!
b) parte parafusada: considerando uma cantoneira

b.1) cisalhamento nos parafusos


38 e2=64 t /2
w
FV
0,5VSd 105
FV    35kN 0,5VSd

35
3 3 FM

75
0,5VSd e2 105 x6,4

220
FM  r  7,5  44,8kN
 ri
2 2

75
i
2 x7,5

35
2 2 0,5VSd
Fv , Sd  FV  FM  56,8kN CL alma

0,4 Ab f ub
Fv , Rd   69kN  Fv , Sd  56,8kN OK!
 a2
Admitindo que o plano de corte
passa pela rosca
b.2) pressão de contato em furos:

Espessura da cantoneira: 8mm (ASTM A36)

Espessura da alma (W530x66): 8,9mm (ASTM A572 – grau 50)

 f  35  0,5 x 20,5  24,75mm

1,2 f tf u 2,4dbtf u
Fc,Rd é o menor valor entre: e
 a2  a2
Rasgamento Esmagamento
70,4kN 108kN

Fc , Rd  70,4kN  Fv , Sd  56,8kN OK!


b.3) tração nos parafusos:

Considerando análise elástica, a linha neutra situa-se a 35mm


da face inferior da cantoneira.

e 1=81 102
0,5VSd

1

2

L N
y = 35
c
0,5VSd região
comprimida
O momento de inércia da seção formada pela parte comprimida
e pelos parafusos tracionados resulta:

 
3
10, 2 x 3,5
I  2,83 7,52  152   942cm 4
3

A força de tração no parafuso mais solicitado (superior) resulta:

0,5VSd e1
Ft , Sd   1 Ab  y1 Ab  38kN
I

0,75 Ab f ub
Ft , Rd  0,67  87kN  Ft , Sd  38kN OK!
 a2
b.4) tração e cisalhamento combinados

2 2
 Ft , Sd   Fv, Sd 
     1,0
 Ft , Rd   Fv, Rd 
   

2 2
 38   56,8 
     0,87  1,0 OK!
 87   69 
38
c) colapso por rasgamento

Considerando uma cantoneira:

Agv = 0,8x18,5 = 14,8cm2

185
Anv = 0,8(18,5 – 2,5x2,05) = 10,7cm2
Ant = 0,8(3,8 – 0,5x2,05) = 2,22cm2

Fr, Rd 
1
γ a2

0,60 f u Anv  Cts f u Ant   1 0,60 f y Agv  Cts f u Ant
γ a2

(256kN) (230kN)

Fr , Rd  230kN  0,5VSd  105kN OK!


d) cantoneiras: verificadas para força cortante
Considerando uma cantoneira:
Ag  0,8 x 22  17,6cm 2
An  0,8(22  3 x 2,05)  12,68cm 2

d.1) escoamento da seção bruta (por força cortante):

220
0,6 f y Ag 0,6 x34,5 x17,6
VRd    240kN
 a1 1,1

d.2) ruptura da seção líquida (por força cortante): An Ag

0,6 f u An 0,6 x 45 x12,68


VRd    225 N (comanda!)
 a2 1,35

VRd  225kN  0,5VSd  105kN OK!


EXEMPLO 7 - QUADRO RESUMO
EXEMPLO 8
Exemplo 8: emenda parafusada em barra
solicitada axialmente

Perfis e chapas:
aço ASTM A36 (fy = 250MPa ; fu = 400MPa) Esforços solicitantes
na seção da emenda:
Parafusos ASTM A325 (fub = 825MPa)
diâmetro 5/8” (16 mm) Nt,Sd = 280kN
Nc,Sd = 125kN

Admitir ligação por contato


8

CH1
76

L 76 x 5 Emenda
6,3 CH2
32 96 32
A área total das cobrejuntas deve ser igual ou
maior que a área da seção da barra:

Cobrejunta vertical (chapa 1): A1 = 0,8x7,6 = 6,1cm2

Cobrejunta horizontal (chapa 2): A2 = 0,63x16 = 10,1cm2

Ach = 16,2cm2 > Ag = 14cm2 OK!


8

CH1
76

6,3 CH2
32 96 32
Considerando a força axial de tração (caso mais desfavorável):

N t , Sd  280 kN (comanda)

A emenda deve ser


dimensionada para 45kN
o maior valor entre
0,5 N t , Rd  151kN (RSL)

Admitindo, por hipótese, deformação uniforme na seção da emenda,


resulta que a parcela de força transmitida por cada cobrejunta é
proporcional à sua área:

A1 6,1 A2 10,1
N Sd ,1   280  104kN N Sd , 2   280  176kN
Ach 16,2 Ach 16,2
Análise da ligação associada à cobrejunta vertical (chapa 1):

CH1
75
Parafusos submetidos a corte duplo
6,3 N Sd ,1 104
160
CH2
n p1    1,2  2 parafusos
Fc , Rd 89

0,4 Ab f ub
Fv , Rd  2  98kN
 a2
60 40
1,2 f tf u 2,4d btf u
Fc , Rd    Fc, Rd  89kN
 a2  a2 (comanda)
onde t = 8mm (menor valor entre a espessura da cobrejunta f =31mm
e duas vezes a espessura da cantoneira)
Análise da ligação associada à cobrejunta horizontal (chapa 2):

CH1
75
Parafusos submetidos a corte simples

6,3 N Sd , 2 176
160
CH2
n p2    3,6  4 parafusos
Fv , Rd 49

0,4 Ab f ub
Fv , Rd   49kN (comanda)
 a2
60 40
1,2 f tf u 2,4d btf u
Fc , Rd    Fc, Rd  55kN
 a2  a2
onde t = 5mm (menor valor entre a espessura da cobrejunta f =31mm
e a espessura da cantoneira)
Detalhe da emenda
290
10
40 60 40 40 60 40
8

32
CH1
76
44

6,3 CH2
32 96 32
Colapso por rasgamento:
ligação associada à cobrejunta vertical (chapa 1)

60 40
Cobrejunta comanda (t = 8mm)

Agv = 10x0,8 = 8cm2


32
Anv= (10 – 1,5x1,75)x0,8 = 5,9cm2 44
~
Ant = (3,2 – 0,5x1,75)x0,8 = 1,86cm2
t = 8mm

Fr, Rd 
1
γ a2
0,60 f u Anv  Cts f u Ant   1
γ a2

0,60 f y Agv  C ts f u Ant 

N Sd ,1  104kN  Fr , Rd  144kN OK!


Colapso por rasgamento:
ligação associada à cobrejunta horizontal (chapa 2)

60 40
Cantoneira comanda (t = 5mm)
32
Agv = 2x10x0,5 = 10cm2

Anv= 2x(10 – 1,5x1,75)x0,5 = 7,37cm2


Ant = 2x(3,2 – 0,5x1,75)x0,5 = 2,32cm2 ~ 32

t = 5mm

Fr, Rd 
1
γ a2
0,60 f u Anv  Cts f u Ant   1
γ a2

0,60 f y Agv  C ts f u Ant 

N Sd ,2  176kN  Fr , Rd  180kN OK!


Verificação da cobrejunta vertical (chapa 1)

Ag  0,8 x7,6  6,1cm 2 An  6,1  0,8 x1,95  4,54cm 2

Obs: em chapas de emendas parafusadas: Ae = An ≤ 0,85Ag

Escoamento da seção bruta:


Ag f y 6,1x 25
N Sd ,1  104kN  N Rd ,1    139kN OK!
 a1 1,1

Ruptura da seção líquida:


Ae fu 4,54 x 40
N Sd ,1  104kN  N Rd ,1    134kN OK!
 a2 1,35
Verificação da cobrejunta horizontal (chapa 2)

Ag  0,63 x16  10,1cm 2 An  10,1  2 x 0,63 x1,95  7,64cm 2

Obs: em chapas de emendas parafusadas: Ae = An ≤ 0,85Ag

Escoamento da seção bruta:

Ag f y 10,1x 25
N Sd ,2  176kN  N Rd ,2    229kN OK!
 a1 1,1

Ruptura da seção líquida:

Ae fu 7, 64 x 40
N Sd ,2  176kN  N Rd ,2    226kN OK!
 a2 1,35
EXEMPLO 8 - QUADRO RESUMO
EXEMPLO 9
Exemplo 9: emenda parafusada em viga
Perfis e chapas: aço ASTM A572 – grau 50
Esforços solicitantes
(fy = 345MPa ; fu = 450MPa)
na seção da emenda:
Parafusos ASTM A325 (fub = 825MPa)
diâmetro 3/4“ (19 mm) MSd = 190kN.m
VSd = 110kN
Admitir ligação
290
por contato 178
40 60 40 40 60 40 ch. 8mm
35 54 54 35
10
12,8
43,5
40 35 35

80 ch. 8mm

381 407 320 80

80
7,7
40 ch. 6,3mm
43,5
12,8 10
178 40 40
40 40
W410x60 170
Dimensões das chapas de ligação (cobrejuntas)
12,8
- cobrejuntas das mesas: reproduzir a área das mesas

A f  1,28 x17,8  22,8cm 2 (uma mesa) 381 407

Ach, f  0,8 x17,8  2 x0,8 x7,0  25,4cm 2  A f OK! 7,7

12,8
178
- cobrejuntas da alma: reproduzir a área da alma

2 178
Aw  0,77 x38,1  29,3cm ch. 8mm
35 54 54 35

Ach,w  2 x0,63x32  40,3cm 2  Aw OK!


35 35
Obs: é recomendável que a altura das cobrejuntas de ch. 8mm
alma seja superior a 2/3 da altura da alma
2
hch, w  320mm  381  254mm OK!
3 ch. 6,3mm
Ligação das mesas
Dimensionada para MSd
290
178
40 60 40 40 60 40 ch. 8mm 35 54 54 35
10

43,5
40 35 35

80 ch. 8mm

320 80

80

40 ch. 6,3mm
43,5
10
40 40
40 40
170 Parafusos ASTM A325 – db = 19mm
a.1) ligação das mesas: cisalhamento nos parafusos

Considerando o binário correspondente ao MSd tem-se:

482kN
M Sd 190
FSd    482kN z = 394mm
z 0,394
482kN
(corte duplo)

0,4 Ab f ub 0,4 x 2,83x82,5


Fv, Rd  2 2  138kN
 a2 1,35

Quantidade necessária de parafusos em cada mesa (corte duplo):

FSd 482
nb    3,5 4 parafusos
Fv , Rd 138
a.2) ligação das mesas: pressão de contato em furos

1,2 f tf u f ~= 30mm
2,4dbtf u
Fc, Rd  
 a2  a2
Rasgamento Esmagamento
(153kN) (195kN) 60 40

FSd 482
Fv , Sd    120,5kN  Fc , Rd  153kN OK!
nb 4

Espessura da mesa: 12,8mm


t é o menor
valor entre Duas vezes a espessura
da cobrejunta: 2x8 = 16mm
a.3) ligação das mesas: colapso por rasgamento

100
2
Agv  2(1,28 x10)  25,6cm
35
2
Anv  2(1,28 x6,92)  17,7cm
108
Ant  2(1,28 x 2,47)  6,32cm 2
35

Fr, Rd 
1
γ a2
0,60 f u Anv  Cts f u Ant   1
γ a2

0,60 f y Agv  C ts f u Ant 
(565kN) (603kN)

FSd  482 kN  Fr , Rd  565kN OK!


a.4) ligação das mesas: verificação da mesa tracionada e
respectivas cobrejuntas quanto à ruptura da seção líquida

Basta verificar a mesa da viga, pois sua espessura é


inferior à soma das espessuras das cobrejuntas

A mesa é tratada como barra tracionada:

An  1,28 x17,8  2 x1,28 x 2,25  17cm 2


Obs:
Para chapas de emendas
parafusadas: Ae = An ≤ 0,85Ag
Ae f u 17 x 45
N t , Rd    567 kN (nesse caso: 0,85Ag = 19,4cm2)
 a2 1,35

FSd  482 kN  N t , Rd  567 kN OK!


Ligação da alma
Dimensionada para força excêntrica
centro da
emenda

Fv FM

120
V Sd.e
40
G G G

VSd

e=45 VSd
b.1) ligação da alma: cisalhamento nos parafusos

Com base no método vetorial (análise elástica), resulta:

VSd 110
FV    27,5kN FM
4 4

VSd e 110 x 4,5 Fv Fv,Sd


FM  r 12  18, 6kN
 ri 2 i
320

Fv , Sd  27,52  18,6 2  33,2kN  Fv , Rd  138kN OK!


b.2) ligação da alma: pressão de contato em furos

1,2 f tf u 2,4dbtf u
Fc,Rd é o menor valor entre: e
 a2  a2
Rasgamento Esmagamento
92kN 117kN

Espessura da alma: 7,7mm


t é o menor
valor entre Duas vezes a espessura
da cobrejunta: 2x6,3 = 12,6mm

Fv , Sd  33,2kN  Fc , Rd  92kN OK!


EXEMPLO 9 - QUADRO RESUMO
EXEMPLO 10
M Sd 90
Exemplo 10: efeito de alavanca TSd    231kN
z 0,39
T

z=390
V M

5_ Ø16
17
A325

30
30
ch 16

35

475
330
M Sd = 90kN.m
W410 x 38,8

35
VSd= 84kN

15
30 120 30
Ligação viga-pilar do
180
16 exemplo 5
FAIXA

Modelo teórico: ANALISADA


e2
e1
análise de faixa isolada p
e1
e2
F+Q F+Q a b

F+Q F+Q
Q Q
Q Q
2 1

a' b'

2F
2F M2
(M )
M1
No modelo teórico, a linha de ação
da força é deslocada de 0,5db
a '  a  0,5d b b '  b  0,5d b
F A IX A
A N A L IS A D A
e2 Equilíbrio:
e1
p
e1 M 2  Qa '
e2

a b

F+Q F+Q
M 1  ( F  Q )b '  Q (a '  b ' ) 
Q Q  Fb '  Qa '  Fb '  M 2
2 1

Hipótese:
A força de alavanca (Q) está
a' b'
associada à plastificação
total da seção 1
2F

M2
(M ) p  dh
M1 M2  M 1  M 1
p
a '  a  0,5d b b '  b  0,5d b parâmetro geométrico
a '  30  0,5 x16  38mm
b '  30  0,5 x16  22mm
e2 e1

p é a largura tributária do parafuso.


No caso, resulta:

e1/2 = 120/2 = 60mm (entre parafusos)


e2 = 30mm (entre parafuso e borda) p = 30 + 38 = 68mm
b + 0,5db = 30 + 0,5x16 = 38mm
F A IX A
A N A L IS A D A
e2
Equilíbrio:
e1
p
e1 M 2  Qa '
e2

a b

F+Q F+Q M 1  ( F  Q )b '  Q (a '  b ' ) 


Q Q  Fb '  Qa '  Fb '  M 2
2 1

M2 Fb  M 1 '
a' b'
 
2F  M1  M1
M2
(M )
M1
M2 Fb  M 1 '
 
 M1  M1
Se α > 1 tem-se M2 > M1. A hipótese inicial não é verificada, uma vez
que a seção 2 atinge a plastificação total antes que a seção 1

Se α ≤ 0 não há efeito de alavanca, pois implica em Q ≤ 0

Se 0 < α ≤ 1 a hipótese é verificada e a força de alavanca resulta em:

Zf y
M 2 Fb  M 1 '
M 1  M Rd 
Q '  '
 a1
a a
M2 Fb  M 1 '
 
 M1  M1

Zf y ( pt 2 / 4) f y (6,8 x1,6 2 / 4)34,5


M1     136kN .cm
 a1 1,10 1,10

p  d h 68  17,5
   0,74
p 68

Fb '  M 1 (231/ 4)2, 2  136


   0, 09  0
 M1 0, 74 x136
Não há efeito de alavanca
Qual a menor espessura da chapa para
que não ocorra efeito de alavanca?

α=0

M2 Fb  M 1 '
=0
 
 M1  M1
Fb '  M 1  0  M 1  Fb '
(6,8t 2 / 4)34,5
 (231/ 4) x 2, 2  t  1,54cm
1,10
Análise para chapa com espessura t = 12,5mm

Zf y ( pt 2 / 4) f y (6,8 x1,252 / 4)34,5


M1     83kN .cm
 a1 1,10 1,10

Fb '  M 1 (231/ 4)2, 2  83


   0, 72 0<α<1
 M1 0, 74 x83

M 2 Fb  M 1 (231/ 4) x 2, 2  83
'
Q '  '
  12kN
a a 3,8

Ft , Sd  (231/ 4)  12  70kN Acréscimo de 20%


Observação:

O AISC Manual (2005) alterou fy por fu nos cálculos,


cuja justificativa é a de que o modelo superestima
o efeito de alavanca.
Entretanto, tal alteração é inconsistente do ponto de vista
conceitual, pois estabelece como momento fletor resistente

MR = Zfu !

Assim, foi aqui mantido o momento fletor resistente


correspondende à plastificação total da seção, isto é
MR = Zfy
Bibliografia básica

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2008). ABNT NBR 8800:2008: Projeto de


estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios. Rio de Janeiro.

AMERICAN INSTITUTE OF STEEL CONSTRUCTION (2016). ANSI/AISC 360-16. Specification


for structural steel buildings. Chicago.

AMERICAN WELDING SOCIETY (2010). AWS D1.1/D1.1M:2010. Structural welding code – steel.

CUNHA, L.J.G. (1989). Solda: como, quando e por quê. Porto Alegre: D.C. Luzzato.

KULAK, G.L.; FISCHER, J.W.; STRUIK, J.H.A. (2001). Guide to design criteria for bolted and
riveted joints. American Institute of Steel Construction. Chicago, 2001.

KULAK, G. (2002). High strength bolts - a primer for structural engineering. AISC Steel Design
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MALITE, M et al. (2003). Ligações em estruturas de aço. Apostila. Escola de Engenharia de São
Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2003.

MILLER, D.K. (2006). Welded connections – a primer for engineers. AISC Design Guide, 21.

RESEARCH COUNCIL ON STRUCTURAL CONNECTIONS (RCSC). Specification for structural


joints using high-strength bolts. Chicago, 2014.

SALMON, C.G.; JOHNSON, J.E.; MALHAS, F.A.(2009). Steel structures: design and behavior.
Pearson Prentice Hall.

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